Reserva estratégica de medicamentos e dispositivos vai ser reforçada, garante Governo
“De janeiro a julho de 2020 foram já aprovados 36 novos medicamentos para utilização pelos utentes, com particular incidência nas áreas de oncologia, anti-infeciosos, cardiovasculares e neurologia, possibilitando mais opções terapêuticas”, revelou Jamila Madeira na conferência de imprensa de atualização dos dados relativos à evolução da Covid-19 em Portugal.
A governante sublinhou que a reserva estratégica de medicamentos e dispositivos – que inclui medicamentos para a pandemia de SARS-CoV-2, bem como medicamentos experimentais em uso nos hospitais – “será reforçada de forma descentralizada junto dos hospitais e de forma centralizada pelo Infarmed e pelo Laboratório Militar”, conforme estava já contemplado no orçamento suplementar.
Entre janeiro e junho deste ano, a despesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com medicamentos em ambulatório totalizou 683 milhões de euros, mais 5,4% face ao período homólogo de 2019. Já a despesa do SNS em medicamentos em meio hospitalar ascendeu a 671 milhões nos primeiros seis meses do ano, ou seja, um crescimento de
133 doentes com covid-19 tratados com Remdesivir
De acordo com o dados avançados por fonte oficial, o SNS já tratou 133 doentes com covid-19 com o fármaco Remdesivir desde o início da pandemia do novo coronavírus
O fármaco – objeto de uma autorização condicional da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla inglesa) para o tratamento da covid-19 em adultos e adolescentes com mais de 12 anos com pneumonia e que precisem de oxigénio – está a ser distribuído num programa de “acesso especial”.
“Temos conseguido assegurar a disponibilização do medicamento aos doentes para os quais ele tem sido prescrito”, observou o presidente do Infarmed na sequência do anúncio hoje divulgado pela Comissão Europeia, que oficializou um contrato de 63 milhões de euros com a farmacêutica Gilead para assegurar tratamentos com este antiviral na União Europeia.