Webinar
A Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca (IC) promove, no próximo dia 25 de maio e no âmbito do mês do...

As doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte em Portugal e no Mundo, e a pandemia pela covid-19, veio corroborar estes dados estatísticos.

“O confinamento, devido à Pandemia COVID-19, teve influência negativa nos doentes com Insuficiência Cardíaca. O cancelamento de Consultas presenciais e de exames complementares de diagnóstico, levou a que o seguimento e a monitorização da terapêutica médica fossem muito prejudicados com consequente aumento da morbilidade e mortalidade destes doentes. A menor referenciação de doentes pelos Cuidados Primários e o atraso das primeiras consultas hospitalares da especialidade de Cardiologia, contribuíram para o atraso do diagnóstico e do início de terapêutica otimizada para a Insuficiência Cardíaca.

Se por um lado os doentes tinham mais medo da covid-19 do que da sua própria doença, por outro os serviços de saúde estiveram durante muito tempo focados, quase em exclusivo, no controlo da pandemia”, explica Maria José Rebocho, membro do conselho técnico científico da AADIC e moderadora desta sessão.

A Sessão Online “A Insuficiência Cardíaca em Maio de 21”, decorre no dia 25 de maio, a partir das 21h00, no âmbito das ações da campanha “De Coração Cheio & Sem Reservas”, e conta com a participação de Cândida Fonseca, Cardiologista e Responsável Clínica de Insuficiência Cardíaca do Hospital S. Francisco Xavier, Ricardo Mexia, médico de saúde pública e epidemiologista, Filipe Froes, pneumologista e coordenador do gabinete de crise covid-19 da Ordem dos Médicos e Luís Filipe Pereira, Presidente da AADIC. Maria José Rebocho, cardiologista e membro do conselho técnico-científico da AADIC, assume a moderação da sessão.

“Os dados da pandemia”; “Insuficiência cardíaca na pandemia” e “Saúde pública e a covid-19” são os temas que estarão em debate nesta sessão.

“No mês do Coração faz todo o sentido que a AADIC promova um debate sobre as consequências da pandemia na saúde pública, nomeadamente na área da insuficiência cardíaca. Contamos com intervenientes de grande referência que nos vão permitir aferir conclusões e possíveis soluções para minimizarmos os números nos próximos meses. Convidamos desde o profissional de saúde, ao doente e à população em geral a marcar presença e a partilhar esta reflecção connosco”, conclui Luís Filipe Pereira, Presidente da AADIC.

No final da sessão online a assistência será convidada a partilhar dúvidas e pontos de vista com os oradores.

 

Estudo
As células estaminais do tecido adiposo têm um efeito benéfico sobre alguns problemas relacionados com a obesidade, como a...

Em Portugal, a obesidade afeta 1,5 milhões de pessoas e estes números tendem a crescer de ano para ano, estimando-se que possa atingir os 2,4 milhões já em 2025. Este é um problema de saúde pública à escala global, ao qual estão associadas comorbilidades, como a diabetes, dislipidemia, hipertensão arterial, infertilidade e doenças cardiovasculares, com impacto na qualidade e esperança média de vida da população, sendo expectável uma redução de cerca de 2,2 anos na esperança média de vida no nosso país até 2050, de acordo com o relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico publicado no final de 2019.

“É, por isso, cada vez mais urgente encontrar estratégias que permitam tratar eficazmente a obesidade e os problemas de saúde relacionados. Nesse sentido, as células estaminais mesenquimais, que podem ser obtidas, por exemplo, a partir do cordão umbilical ou de tecido adiposo, são uma abordagem inovadora que tem vindo a ser proposta em vários estudos, pelas suas propriedades imunomoduladoras, anti-inflamatórias e regenerativas, bem como o seu perfil de segurança favorável, demonstrado numa vasta gama de ensaios clínicos”, explica Bruna Moreira, investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal.

Neste estudo, procurou-se avaliar o impacto da administração de células estaminais mesenquimais no peso, composição corporal, glicémia, tolerância à glicose e risco de doença cardiovascular, recorrendo a um modelo animal de ratinhos obesos.

Apesar de não se ter verificado efeito ao nível do peso e da percentagem de massa gorda, os investigadores constataram que as células estaminais administradas promoveram a redução do nível de açúcar no sangue e aumentaram a tolerância à glicose nos ratinhos obesos, para níveis semelhantes aos dos ratinhos saudáveis.

Os autores concluíram ainda que as células estaminais diminuíram os valores do Índice Aterogénico do Plasma (IAP), um parâmetro que tem em conta o nível de triglicerídeos e de colesterol no sangue, pelo que estes resultados podem significar uma redução na tendência para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares nos ratinhos obesos.

Verificou-se também que a administração de células estaminais mesenquimais baixou o nível de moléculas pró-inflamatórias no sangue dos ratinhos obesos, o que pode estar na base dos seus efeitos benéficos, uma vez que estas moléculas estão associadas ao desenvolvimento de diabetes e aterosclerose.

No seu conjunto, estes dados sugerem um efeito benéfico sobre alguns dos problemas relacionados com a obesidade. No entanto, o recurso a este tipo de abordagem inovadora implica a realização de mais estudos em modelo animal e, posteriormente, ensaios clínicos em humanos, que permitam estabelecer a sua segurança e eficácia.

Para aceder aos mais recentes estudos científicos sobre os resultados promissores da aplicação de células estaminais, visite o Blogue de Células Estaminais.

ADEXO e APCOI lançam livro sobre Bullying e Obesidade Infantil
Para assinalar o Dia Nacional de Luta Contra a Obesidade, a Associação de Doentes Obesos e Ex-obesos de Portugal (ADEXO) e a...

O livro “O Esconderijo” vai ser distribuído em várias escolas por todo o país e tem como objetivo sensibilizar a comunidade escolar, os encarregados de educação e a população em geral para uma realidade que está bem presente em Portugal. O livro conta-nos a história de um rapaz e de uma rapariga, ambos vítimas de bullying por parte dos seus colegas, e a forma como conseguem superá-lo com o apoio de uma professora.

Em 2020, uma sondagem realizada pela APCOI revelou que a maioria dos 512 pais e encarregados de educação de crianças com excesso de peso inquiridos, já lidaram com pelo menos um episódio de bullying escolar relacionado com o peso da criança, nos últimos 2 anos letivos. Os episódios de bullying reportados foram na maioria realizados por colegas da mesma turma (47%), seguindo-se situações com alunos de outras turmas da escola (40%) e ainda ocorrências com professores ou pessoal não docente (13%).

O livro “O Esconderijo” vai ser apresentado, em televisão, no dia 22 de maio no programa “Aqui Portugal” da RTP e o lançamento oficial será no mesmo dia pelas 15h00, no Facebook da ADEXO.

“É fundamental refletirmos sobre este tema da discriminação, violência, mas também da segurança das nossas crianças na escola. A ADEXO quer com este livro aumentar a consciencialização dos professores, dos pais e da sociedade em geral para um assunto que precisa de ser tratado com seriedade”, afirma Carlos Oliveira – Presidente da ADEXO.

A pandemia da Covid-19 parece ter agravado ainda mais esta situação, uma vez que uma em cada cinco crianças com obesidade foi vítima pela primeira vez de um ataque de cyberbullying, nas redes sociais, relacionado com o seu peso, durante os meses de confinamento e de ensino à distância.

A APCOI alerta os pais e educadores para “abandonarem o velho discurso de não intervir porque as crianças se entendem sozinhas, pois estes ataques na infância refletem-se em consequências que podem ser graves no futuro destes jovens. É importante que se passe à ação, sejam feitas denúncias à escola ou às autoridades, antes que seja tarde demais para atuar”, afirma Mário Silva – Presidente da APCOI.

A maioria das vítimas tende a sofrer de ansiedade generalizada, depressão ou stress pós-traumático – a segunda maior doença psiquiátrica em Portugal. Em casos mais extremos pode levar ao suicídio. Neste sentido, a ADEXO e APCOI apelam a que os pais e educadores estejam atentos aos principais sintomas e mudanças repentinas de comportamentos, tais como tristeza, irritabilidade, apatia, insónias, pesadelos, verbalização de culpas, comportamentos de fuga, recusa em ir à escola, entre outros.

O livro “O Esconderijo” é apadrinhado pelos apresentadores José Carlos Malato e Vanessa Oliveira, da RTP, e conta com o apoio das farmacêuticas Novo Nordisk, Johnson&Johnson e Medinfar.

Estudo
Mais de 70% das embalagens de alimentos utilizadas por restaurantes de ‘fast food’ na Europa contêm produtos químicos...

Segundo os investigadores, a utilização destas substâncias, prejudiciais à saúde, é uma prática generalizada, uma vez que mais de 70% das amostras analisadas continham PFAS, produtos químicos “amplamente utilizados em embalagens de alimentos e pratos descartáveis na Europa".

Os PFAS são também conhecidos como “substâncias químicas para sempre”, por serem extremamente resistentes na natureza, por dificilmente se decomporem e por contaminarem a água potável, os solos e o ar.

Por outro lado, foram associados PFAS a efeitos graves para a saúde, como o cancro e os impactos nos sistemas imunitário, reprodutivo e hormonal, bem como com uma resposta mais baixa às vacinas.

O estudo sublinha ainda que 99% do fluoreto orgânico das amostras selecionadas não é capturado pela análise do composto laboratorial, o que significa que é impossível identificar os compostos PFAS presentes com certeza. A autora principal, Jitka Strakova, afirmou que "está na altura de a União Europeia agir e proibir imediatamente todos os tipos de PFAS nas embalagens de alimentos para proteger os consumidores.

O estudo analisou embalagens de restaurantes de renome como o McDonald's, KFC, Metro e Dunkin Donuts, bem como estabelecimentos de take-away e supermercados em seis países europeus: República Checa, Dinamarca, França, Alemanha, Países Baixos e Reino Unido.

 

 

Falta de estratégia nacional para a saúde da visão
A deficiência visual e cegueira representa o maior grupo de todas as deficiências em Portugal, com mais de 164 mil portugueses,...

“A limitação da atividade assistencial e a ausência de uma verdadeira estratégia nacional para a saúde da visão contribui para que o seu número aumente dramaticamente. Também é este grupo o que mais sente todas as consequências da pandemia, desde a limitação ao acesso à informação, tecnologias assistivas e apoio para a saúde da visão” afirma Raúl de Sousa, Presidente da Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO).

“Recentemente vários dispositivos médicos foram desonerados de tributação em sede de IVA, facilitando o seu acesso em pandemia. Contudo, na área da visão, o mesmo não se aplicou nem aos dispositivos médicos oftálmicos, nem os cuidados de saúde para a visão prestados pelos Optometristas. Mais uma vez a saúde da visão dos portugueses não foi tida em conta. É essencial que se defina um plano nacional que assegure acesso a estes produtos, desonerando-os de tributação excessiva, com o acompanhamento técnico adequado, para a sua utilização correta sob indicação de um profissional” conclui Raúl de Sousa.

Os produtos assistivos são quaisquer produtos externos, incluindo dispositivos, equipamentos, instrumentos e software, especialmente produzidos ou geralmente disponíveis, cujo objetivo primário é manter ou melhorar a função do indivíduo e independência e desta forma promover o seu bem-estar. Cadeiras de rodas, óculos e aparelhos auditivos estão entre os muitos produtos assistivos que permitem a participação com significado na vida diária por parte das pessoas com dificuldades funcionais.

No que respeita à visão, destacam-se os filtros UV, lupas, óculos pré-graduados, dispositivos de escrita, leitura para baixa visão e cegueira, produtos de assistência à mobilidade na deficiência visual e cegueira.

Primeira plataforma em Portugal
Acaba de chegar a Portugal uma nova plataforma de imagem intravascular com recurso ao software Ultreon 1.0, que funde a...

O novo software Ultreon permite detetar de forma automática a gravidade dos bloqueios de cálcio e medir o diâmetro dos vasos para melhorar a precisão da tomada de decisão dos médicos durante os procedimentos de colocação de stent coronário.

Ao contrário dos métodos de imagem tradicionais como a angiografia convencional, a tecnologia OCT do Abbott recorre a luz infravermelha para fornecer imagens de alta definição a partir do interior de um vaso sanguíneo. A tecnologia OCT também ajuda a melhorar a avaliação médica dos bloqueios nesses vasos e a otimizar as decisões relacionadas com a seleção, colocação e implantação de stents. Através da integração com o novo cateter de imagem Dragonfly OpStar do Abbott, o software Ultreon alarga o alcance da OCT, permitindo aos médicos captar informação mais precisa, até mesmo de contextos clínicos mais complexos.

Dados recentes revelam que os médicos alteraram a sua estratégia de tratamento em 88% dos bloqueios coronários com base em novas informações fornecidas pela OCT, quando utilizada com MLD MAX, uma metodologia de trabalho que ajuda a orientar as decisões de colocação de stent e que fornece aos médicos estratégias de tratamento para otimizar a sua colocação.

“A interface de utilização personalizável do Ultreon e o recurso a IA permitirão tornar a tomada de decisões mais rápida e reduzir a variabilidade dos procedimentos, em especial para o crescente número de médicos que estão a aprender a utilizar a imagem OCT em detrimento de outras tecnologias de imagem mais tradicionais”, afirma José Mª de la Torre Hernández, M.D., chefe de cardiologia interventiva do Hospital Universitário Marques de Valdecilla, e editor-chefe do REC: Cardiologia interventiva. “A exibição automática de detalhes através do Ultreon reduzem a incerteza durante a preparação para a colocação do stent e permite uma maior precisão, que nos ajudará a prestar melhores cuidados aos nossos doentes.”, acrescenta ainda Jose Hernández.

A tecnologia continua a ser uma parte vital para melhorar os cuidados de saúde aos doentes cardiovasculares. No estudo “Beyond Intervention”, realizado em agosto de 2020, médicos e administradores identificaram a tecnologia como um elemento crítico para melhorar os resultados dos doentes, no ciclo contínuo dos cuidados de saúde que a estes são prestados. Neste âmbito, o Software Ultreon exemplifica uma tecnologia concebida para aumentar a tomada de decisões dos médicos, particularmente quando combinada com ferramentas estabelecidas que fornecem uma avaliação fisiológica abrangente do fluxo sanguíneo coronário e da gravidade dos bloqueios, tais como a Relação de Ciclo Completo em Repouso (RFR) e a Reserva de Fluxo Fracionário (FFR).

"A adoção crescente de imagens OCT, quando combinada com tecnologia avançada como a IA, permite que os cardiologistas tenham uma forma mais precisa e mensurável de apoiar os doentes submetidos a procedimentos de stent coronário", comenta Nick West, M.D., médico-chefe e vice-presidente de divisão de assuntos médicos globais da Abbott's vascular business. "O software Ultreon pode melhorar exponencialmente a experiência do médico e do paciente, utilizando um processo sistemático, reduzindo a variabilidade e aumentando a precisão do diagnóstico e da aplicação de terapias", afirma ainda.

Para além do Hospital de Santa Marta – Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central que recebe a primeira solução do género a ser implementada em Portugal, o Abbott estima impactar ainda cerca de 50 unidades hospitalares.

Estudo CINTESIS
Um estudo coordenado por Daniela Figueiredo, investigadora do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde ...

O trabalho publicado no Scandinavian Journal of Caring Sciences demonstra que o aumento das responsabilidades assumidas nos cuidados prestados e a diminuição do apoio de outros familiares, mas também o sentimento de insegurança e o medo de ser infetado pelo vírus SARS-CoV-2, estão entre as principais razões que levam a esta sobrecarga emocional.

Segundo os autores do estudo, “o confinamento aumentou o número de tarefas que os cuidadores tiveram de assumir para minimizar a exposição dos doentes ao vírus, tais como ir às compras e à farmácia ou assegurar o transporte de e para os centros de diálise”.

Por outro lado, destaca-se o medo de ser infetado ou a insegurança em relação ao futuro que associados a outros fatores que tornam os cuidadores mais suscetíveis a um declínio da sua saúde mental e qualidade de vida durante a pandemia.

“As pessoas com doença renal crónica em hemodiálise não podem ficar em casa durante o confinamento, para se protegerem do SARS-CoV-2. Estes doentes precisam de tratamento de substituição da função renal para sobreviverem, o que os obriga a deslocarem-se a um centro para fazerem diálise pelo menos três vezes por semana, durante quatro a cinco hora por dia”, explicam os investigadores.

Acresce que os doentes renais crónicos em tratamento dialítico são “excecionalmente vulneráveis à Covid-19, devido à combinação de fatores como a idade avançada e outras doenças associadas, além de um sistema imunitário menos eficiente”.

Os cuidadores reportaram ainda a necessidade de mais informação acerca das medidas adotadas pelos centros de diálise para fazerem face à pandemia, prevenirem a propagação do vírus e garantirem a segurança dos doentes.

Todos estes dados sugerem que é preciso prestar mais atenção aos cuidadores familiares para diminuir a sua sobrecarga e para melhorar a sua saúde mental, nomeadamente através da identificação daqueles que precisam de mais apoio. De acordo com outros estudos, cerca de um quarto destes cuidadores apresentavam já sintomas de depressão, problemas de sono e baixa qualidade de vida.

Apoio
Portugal disponibilizou 24 mil doses de vacinas contra a Covid-19 a Cabo Verde, em resposta ao pedido de apoio formulado pelo...

O lote de vacinas, acompanhado do material necessário para viabilizar a sua administração – seringas e agulhas, entre outros –, chegou à Cidade da Praia no dia 14 de maio.

Esta ação resultou do esforço conjunto do Ministério dos Negócios Estrangeiros, designadamente através do Camões, I.P., e do Ministério da Saúde, através da Direção-Geral da Saúde (DGS) e da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. (INFARMED). 

Por outro lado, e no âmbito do sistema europeu de proteção civil - Emergency Response Coordination Centre (ERCC), o Governo português, numa ação conjunta entre a DGS, Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, INFARMED e Ministério dos Negócios Estrangeiros, foram doados cerca de 5500 frascos de medicamento Veklury® (Remdesivir), que poderá permitir o tratamento de doentes internados por pneumonia por SARS-CoV-2 e hipoxemia (nível baixo de oxigénio) confirmada, à Índia.

Esta iniciativa surge em resposta ao pedido de ajuda do governo indiano que solicitou a ativação do mecanismo europeu de proteção civil para fazer face à situação pandémica grave que está a atravessar.

 

Opinião
Contribuir para estimular a investigação científica em Portugal na área da saúde é o propósito do Pr

As candidaturas deverão obedecer a um regulamento disponível em site específico, tendo como prazo de apresentação o dia 6 de junho, sendo que no dia 6 de novembro haverá uma conferência com apresentação das candidaturas finalistas e entrega do prémio e das menções honrosas.

A avaliação das candidaturas é feita por uma Comissão de Avaliação, composta por 7 elementos independentes, de reconhecida idoneidade na área da Saúde, que colabora assim com a MSD na implementação desta iniciativa. A essa Comissão compete escolher o projeto vencedor e ainda a atribuição de 2 menções honrosas às candidaturas que se classifiquem imediatamente a seguir.

Desde a primeira edição, são distinguidos projetos de alta relevância e impacto, pelo que é interessante olhar para as edições anteriores e tomar conhecimento dos trabalhos escolhidos pelo júri.

Assim, em 2019, foi escolhido como vencedor um projeto de investigação apresentado por uma equipa da Maternidade Alfredo da costa, do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, que pretendia avaliar o impacto do tratamento com heparina de baixo peso molecular nas situações de restrição de crescimento fetal. A Dr.ª Catarina Palma dos Reis, interna de Obstetrícia-Ginecologia, foi a face visível deste trabalho. As menções honrosas foram atribuídas ao Centro Cardiovascular da Universidade de Lisboa, que apresentou um protocolo relacionado com a Angiogénese terapêutica no tratamento das feridas crónicas, utilizando células mesenquimais humanas e células progenitoras endoteliais comobilizadas em microgéis e baixas doses de radiação ionizante, e ao Centro Hospitalar Universitário de S. João no Porto, que desenvolveu um projeto que avaliava a função autonómica como preditor de deterioração cognitiva após cirurgia de estimulação cerebral profunda do núcleo subtalâmico na doença de Parkinson.

Por sua vez, em 2020, o projeto vencedor, intitulado “Uncovering novel prognostic and predictive epigenetic biomarkers in malignant testicular germ cell tumors”, foi apresentado pelo Dr. João Lobo, interno de Anatomia Patológica do IPO do Porto. As

duas menções honrosas foram igualmente para o Porto, para o IPO, com um projeto intitulado “Mecanismos de inactivação do segundo alelo em tumores associados à síndrome de Lynch: uma nova fronteira na abordagem diagnóstica e terapêutica”, e para a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, que apresentou o protocolo “The eye as a window to the body: towards an algorithm for heart failure characterization”.

Como se pode ver, foram contempladas áreas muito diversas da investigação médica, com destaque para a participação de médicos a realizarem os seus internatos de especialidade, que é, aliás, um dos requisitos a incluir na elaboração dos projetos.

A investigação médica com aplicação à clínica é um dos objetivos deste prémio, que vem apoiar trabalhos originais desenvolvidos pelos serviços, de modo a facilitar a criação de condições económicas que ajudem à sua execução.

Esperamos que este prémio encontre junto da comunidade médica o mesmo acolhimento das edições anteriores, em que o júri teve a difícil tarefa de escolher entre as muitas dezenas de concorrentes aqueles a quem foram atribuídos os prémios.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Programa de formação de jovens
Após um ano de pandemia, a Glintt vai voltar a apostar no programa de formação de jovens “Academia Glintt” com o intuito de...

A 5ª edição do programa Academia Glintt tem como objetivo reforçar a sua equipa, através da entrada de novos colaboradores, na área de tecnologia e na área da saúde. Como já é habitual no programa, o processo de recrutamento é, essencialmente, dirigido a recém-licenciados e mestres de diversas áreas, desde ciências farmacêuticas, engenharia informática, engenharia biomédica, farmácia a informática de gestão. Este programa ocorre desde 2016, no entanto, em 2020, devido à pandemia Covid-19, acabou por ficar adiado.

Ao todo, já incluiu nos seus quadros cerca de 249 recém-licenciados e mestres, de um total de 4281 candidaturas.

Segundo Inês Pinto, Human Resources Business Partner da Glintt “este é um projeto muito importante para a Glintt, pelo espírito que criamos à volta desta iniciativa e pelo envolvimento de todos os colaboradores na formação e aculturação dos novos trainees”.

Continua referindo que, “a disputa pela contratação do melhor talento tem sido uma realidade constante, tendo em conta que a oferta e a procura estão bastante desequilibradas. É por termos consciência desta realidade que procuramos fomentar uma cultura muito própria dentro da Glintt, de forma a que os nossos colaboradores sintam que são parte do nosso sucesso. Trabalhamos diariamente para lhes proporcionar os desafios mais aliciantes e as melhores condições para que criem connosco relações duradoras.”

A Academia Glintt é um programa de formação remunerado, que pretende integrar jovens recém-formados (recém-licenciados e recém-mestres) no mercado de trabalho. Tem a duração de 12 meses e permite aos participantes trabalhar em projetos reais da empresa, sempre com o acompanhamento de elementos seniores, de forma a proporcionar a aquisição de conhecimento e experiência em ambiente real de trabalho.

De forma a responder aos desafios de um mercado cada vez mais exigente e competitivo, a Glintt investe na valorização contínua da sua equipa e na contratação dos melhores profissionais para os seus projetos.

Para a multinacional, a integração de jovens talentos tem constituído um dos seus pilares estratégicos, o que se traduz numa elevada retenção de know-how, na fidelização dos clientes e na cooperação contínua com os parceiros de negócio.

As candidaturas estão a decorrer até dia 30 de junho, sendo que a Academia se iniciará a 20 de setembro. Mais informações em: https://academia.glintt.com/

Medicina
O Governo definiu a distribuição de um total de 200 lugares para médicos em zonas consideradas carenciadas. Estão previstos...

Estes incentivos destinam-se, de acordo com o despacho publicado em Diário da República, a especialidades clínicas como anatomia patológica, anestesiologia, angiologia e cirurgia vascular, cardiologia, cirurgia geral, cirurgia maxilofacial, cirurgia pediátrica, dermatovenereologia, doenças infeciosas, gastroenterologia, medicina no trabalho, medicina intensiva, medicina interna, oncologia médica, neurologia, pediatria, pneumologia, psiquiatria, entre outras.

O documento indica ainda o limite máximo de 152 postos de trabalho para o conjunto de especialidades médicas, 42 lugares para a área da medicina geral e familiar e seis para a saúde pública.

Segundo os dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde, os centros hospitalares do Oeste, da Cova da Beira e do Algarve, o Hospital de Espírito Santo de Évora e as unidades locais de saúde do Baixo Alentejo, da Guarda, do Litoral Alentejano, do Nordeste e do Norte Alentejano terão dez lugares, enquanto o Centro Hospitalar do Baixo Vouga e para o Hospital Distrital da Figueira da Foz têm previsto um posto de trabalho com incentivos.

Para médicos de medicina geral e familiar, estão previstos 15 postos de trabalho para a Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo, seguindo-se as administrações regionais de saúde do Centro (sete), do Norte (oito), do Alentejo e do Algarve, com seis cada.

Os seis lugares da área da saúde pública estão distribuídos pelas administrações regionais do Alentejo e Lisboa e Vale do Tejo e pelas unidades locais de saúde do Baixo Alentejo, Litoral Alentejano, Norte Alentejano e Guarda.

 

As recomendações de uma Pediatra
A necessidade de dormir é fisiológica e o sono é essencial ao bem-estar do bebé e dos pais.

A importância do sono do bebé

De uma forma geral, os bebés dormem bastante, podendo chegar a dormir 18 horas por dia, especialmente no primeiro ano de vida. Contudo, trata-se de um sono polifásico, o que significa que estas horas são divididas por vários períodos relativamente curtos de sono, sem ritmo circadiano (período de 24 horas no qual se baseia o ciclo biológico dos seres vivos) e sem distinção entre o dia e a noite. Esta fase dará lugar, já no segundo ano de vida, a um sono bifásico, em que o bebé dorme a sesta e um período noturno longo.

O sono é essencial na recuperação física e psíquica. Mas é particularmente importante nos bebés, já que permite, para além de recuperar energia, a estimulação do desenvolvimento do sistema nervoso central, a produção de hormonas de crescimento, o reforço do sistema imunitário e a ativação da memória. É, por isso, importante respeitar o ritmo de sono do bebé e garantir que as perturbações de sono são evitadas. Neste sentido, a Sociedade Portuguesa de Pediatria e a Associação Portuguesa do Sono estabeleceram um consenso relativo à quantidade de horas de sono recomendadas por dia para as crianças:

  • Bebés entre 0 e 3 meses: entre 14 a 17 horas
  • Bebés entre 4 e 11 meses: entre 12 a 15 horas
  • Bebés entre 1 e 2 anos: entre 11 a 14 horas
  • Crianças entre 3 e 5 anos: entre 10 a 13 horas
  • Crianças entre 6 e 13 anos: entre 9 a 11 horas

À medida que o bebé cresce, os seus padrões de sono sofrem alterações e são adaptados aos ciclos de sono dos pais. Regra geral, o ciclo de sono do bebé começa a tornar-se mais regular por volta dos 6 meses de idade, sendo que aos 3 meses já o bebé consegue estabelecer um ciclo de dia/noite. Porém, cada caso é um caso e não é correto idealizar padrões.

Como ensinar o bebé a dormir

É indiscutível que uma boa higiene do sono é crucial para a saúde física e mental do bebé. Mas esta preocupação deve começar quando ele está ainda na barriga da mãe. Nesse período, a secreção da hormona que regula o sono, a melatonina, é regulada pelo organismo da grávida, pelo que deverá haver um cuidado redobrado para que exista uma rotina de sono e que este seja de qualidade.

Já após o nascimento, a aprendizagem deve continuar e ser reforçada. As primeiras semanas de vida do bebé são importantes para que os bons hábitos sejam impostos desde cedo e que se mantenham nos anos vindouros. Para isso, deve seguir algumas dicas e garantir que são aplicadas desde o primeiro momento:

  1. Mantenha o berço do bebé no quarto dos pais até aos 6 meses de idade, altura em que deverá começar a habituar a criança a dormir sozinha.
  2. Adapte as sestas e a sua duração às necessidades de descanso do bebé, mantendo uma regularidade de horários, variando apenas cerca de 30 minutos entre a semana e o fim de semana.
  3. Crie uma rotina da hora de ir dormir, habituando o bebé a deitar-se após o jantar e sempre à mesma hora, seguindo um ritual.
  4. Habitue o bebé desde cedo a dormir no berço e não ao colo ou na cama dos pais, por exemplo. Isto fará com que comece a perceber que o berço é o espaço próprio para dormir.
  5. Esforce-se para que o bebé adormeça já deitado no berço, para que ele aprenda a adormecer, não dependendo da intervenção de ninguém.
  6. Tenha atenção à temperatura do quarto para que não ultrapasse os 20ºC.
  7. Garanta que o bebé dorme num ambiente escuro, de modo a que o sono não seja prejudicado. Não há problema em ter uma luz de presença, por exemplo.
  8. Dê uma chucha ao bebé quando ele já estiver habituado à amamentação. A chucha pode ser muito útil na hora de dormir, uma vez que acalma. No entanto, deve ser retirada até aos 2 anos de idade, de modo a evitar a dependência e outros problemas clínicos.
  9. Garanta que o bebé dorme confortável, deitado num colchão firme e sem roupa solta na cama.
  10. Procure manter o bebé deitado durante o período de sono, evitando pegar nele depois de o deitar.
  11. Espere alguns minutos antes de responder aos apelos da criança. Se notar que mesmo assim o bebé não adormece, verifique se há motivos para algum incómodo (fome ou dor, por exemplo), mas evite ligar a luz ou pegar ao colo.
  12. Assegure-se de que existe uma redução dos estímulos depois do jantar, evitando brincadeiras mais animadas e a utilização de equipamentos eletrónicos.
  13. Procure garantir que o seu filho se sente seguro na cama. Se ajudar, pode deixar a porta do quarto aberta.

Os maus hábitos de sono são difíceis de corrigir. A criança que se habitua a adormecer ao colo passa a precisar deste estímulo para conseguir voltar a adormecer sempre que acordar, da mesma forma que a criança que se habitua a ser confortada sempre que chora durante a noite passa a precisar dessa atenção para se acalmar. É, por isso, crucial que todos estes cuidados sejam implementados desde o início e que os pais não baixem os braços nem desmotivem à primeira complicação. Ensinar um bebé a dormir pode ser um desafio, mas é verdadeiramente imperativo para o bem-estar e a saúde da criança, assim como da família.

Para ajudar os pais, a Médis criou um programa de saúde disponível através da app Médis ou da área de cliente no site que ajuda a planear, a receber e a cuidar do seu bebé desde o 1º momento. Saiba mais aqui.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Inquérito online
Segundo o estudo EpireumaPT, 56% da população Portuguesa sofre de uma doença reumática. No entanto, muitos são aqueles que...

Muitas destas patologias são invisíveis (e até incompreendidas) e os diagnósticos são maioritariamente tardios, devido, principalmente, às dificuldades de implementação da Rede Nacional de Especialidade Hospitalar e de Referenciação de Reumatologia.

Ao longo dos anos, as diversas associações nacionais de doentes de doenças reumáticas, têm recebido inúmeras reclamações de utentes, referentes à desvalorização por parte de profissionais de saúde aquando do diagnóstico ou queixas do foro reumático.

“Tendo como referência o estudo “Invalidation in Patients with Rheumatic Diseases: Clinical and Psychological Framework” realizado por Santiago et al 2017 (5), neste projeto pretendemos avaliar a desvalorização das doenças reumáticas no contexto da saúde”, escrevem as entidades na apresentação deste projeto.

“Sendo este um assunto recorrente nas associações e redes sociais”, este estudo irá avaliar a existência da desvalorização nos diversos contextos da saúde e o grau da mesma. “Sendo que existe uma linha muito ténue entre uma resposta que o doente não concorde e discriminação (e até mesmo falta de respeito), pretendemos perceber em que “grau” estas situações recorrentes acontecem”, acrescentam.

Para participar deste estudo basta responder a um questionário disponibilizado em https://forms.gle/aR2uBMDdLV3aPNkE7.

Os critérios de inclusão neste projeto de investigação determinam que os participantes devem residir em Portugal, terem sido diagnosticados com, pelo menos, uma doença reumática e terem 18 anos ou mais.

 

Webinar “Saúde e Tecnologia”
A Samsung Electronics Co. Ltd. aliou-se à Fundação Portuguesa de Cardiologia para promover, no próximo dia 20 de maio pelas...

A parceria entre tecnologia e saúde existe há séculos, e tem sido essencial para a evolução de ambos os setores. Uma revolução ao nível dos cuidados, mas também no papel do paciente quanto à prevenção e tratamento de inúmeras doenças, nomeadamente, as doenças cardiovasculares. As soluções desenvolvidas a partir da combinação entre estas duas grandes áreas tem sido fundamental para o desenvolvimento de novas respostas para os atuais desafios.

“Estamos empenhados em oferecer o melhor que a tecnologia pode oferecer em todas as áreas em que estamos inseridos, com destaque para a saúde e para a prevenção de doenças, como é o caso das doenças associadas ao coração.”, afirma José Correia, Diretor de Marketing de Produto Mobile da Samsung. “A parceria com a Fundação Portuguesa de Cardiologia é uma excelente oportunidade para discutirmos em conjunto o propósito da tecnologia como peça essencial para o futuro dos cuidados de saúde, do nosso bem-estar e da promoção de um estilo de vida ativo”.

“A pandemia de Covid-19 obrigou à reestruturação de vários setores de atividade e mudou a forma como as pessoas interagem entre si e, neste sentido, a Fundação Portuguesa de Cardiologia não podia deixar passar mais um ano sem marcar aquele que é o mês mais importante em termos de sensibilização para as doenças cardiovasculares. Desde o dia 1 de maio que temos realizado diversas iniciativas para profissionais de saúde e cidadãos em geral com o objetivo de sensibilizar para a importância da prevenção no que toca às doenças do coração. No próximo dia 20 será mais um momento de partilha de conhecimento e a possibilidade de discutirmos o papel da tecnologia no futuro da saúde”, salienta Manuel Oliveira Carrageta, presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia.

 

Webinar “O papel da Telessaúde para dar resposta a todos os doentes que não podem ficar esquecidos”
No próximo dia 24 de maio, vai decorrer, o webinar, “O papel da telessaúde para dar resposta a todos os doentes que não podem...

Para dar vida a esta iniciativa, podemos contar com a participação de Henrique Martins, com a intervenção “O investimento em Telessaúde veio para ficar? Que mecanismos precisam os sistemas de saúde para uma melhor abrangência”, Dulce Brito, que abordará “A redução de internamentos na insuficiência cardíaca”, e Teresa Magalhães, com “Os desafios e vantagens da Telessaúde para a gestão de recursos hospitalares”.

 Os Sistemas de Informação (SI) da Saúde, como a telessaúde e a telemonitorização permitem monitorizar de forma proativa e contínua o estado fisiológico e as condições de saúde de cada doente. Desta forma, é possível detetar atempadamente sintomas de agudização, permitindo ainda a intervenção imediata no domicílio do doente, o que facilita o acesso entre doente e o prestador de cuidados de saúde, promovendo a Saúde de Proximidade. Contribui-se assim para a redução das idas às urgências e dos internamentos hospitalares.

 Os objetivos dos programas de telessaúde passam também por elevar a qualidade dos serviços de saúde prestados aos cidadãos, fazendo com que se sintam acompanhados de forma contínua na sua doença e melhorando significativamente a sua qualidade de vida. Além disto, pretendem ainda contribuir para a Literacia em Saúde, promovendo o papel ativo do doente na gestão da doença, dignificar o papel do médico e fomentar a aprendizagem contínua e em equipa entre profissionais de saúde.

A sessão arranca às 15h e poderá ser acompanhada através do link /linde.up.events/activities/view/5978, cuja abertura e encerramento será efetuada pela Diretora da Linde Saúde, Maria João Vitorino.

 

Opinião
O SNS sobre o qual todos falam, bem ou mal, é um serviço público aos cidadãos que dele esperam capac

Os médicos de família devem exercer a promoção da saúde e a prevenção de doença, assumindo de vez um papel decisivo na chamada “prevenção primária”.

Este período terrível de combate à infeção pela COVID-19 deixou os utentes longe dos seus médicos e os centros de saúde entrincheiraram-se em “muros” que, dificultam o acesso e a proximidade, os princípios fundamentais dos Cuidados Primários e da Medicina Geral e Familiar.

Não é possível cumprir o objectivo dos cuidados antecipados à população, reduzindo o risco de aparecimento de determinadas patologias e atuar sobre os factores de risco de modo atempado e precoce, se o acesso aos médicos de família não for retomado urgentemente!

Quando pensamos no acidente vascular cerebral, o AVC, temos de recordar que a idade é, também, como no caso da COVID-19, o mais importante e mais forte fator de risco. E não devemos esquecer o peso da história familiar de AVC, como possível preditor de eventos.

Mas se estes fatores, idade ou genética, são fatores de risco que os médicos não podem modificar, outras questões são tidas como modificáveis. Por exemplo, os benefícios da atividade física regular e continuada, bem como o seu impacto no controlo da hipertensão arterial, da diabetes e do peso. Ou a importância de cumprir os tratamentos indicados pelos médicos, tomando os medicamentos diariamente, nos horários e doses prescritas.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Investigação da Faculdade de Educação e Psicologia da Católica
Os resultados desta investigação foram publicados na reconhecida revista “International Journal of Environmental Research and...

O tema do impacto da tecnologia na vida dos jovens durante o confinamento foi provavelmente um dos mais debatidos no último ano. Esta temática tem vindo a ser estudada por uma equipa de docentes e investigadores, da qual também fazem parte estudantes do mestrado em Psicologia da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica no Porto.  Recentemente, publicaram o artigo intitulado “Protective Factors in the Use of Electronic Media According to Youth and Their Parents: An Exploratory Study”, no Special Issue "Media Use during Childhood and Adolescence" (secção Digital health) da revista International Journal of Environmental Research and Public Health.

O objetivo dos investigadores Luísa Campos, Lurdes Veríssimo, Bárbara Nobre, Catarina Morais e Pedro Dias – autores do artigo que faz parte do projeto “Media Activity and Mental Health” do Centro de Investigação para o Desenvolvimento Humano  (CEDH) da Faculdade – era perceber como se pode “proteger” os jovens, quer a nível pessoal, quer a nível familiar, no que diz respeito ao impacto negativo do uso dos Meios de Comunicação Eletrónicos (MCE), ou seja quais os fatores que podem proteger os jovens relativamente ao uso dos MEC (telemóveis, computadores, tablets, etc.).

“O principal resultado obtido indica que a diminuição do impacto negativo percebido pelos jovens dos meios de comunicação eletrónicos (MCE) é mais determinada pela frequência de atividades extracurriculares (ex. praticar desporto, independentemente do tempo que lá estão), do que pelo menor tempo de utilização dos MCE”, explica Luísa Campos uma das autoras do artigo. A investigadora vai mais longe e afirma: “Mais do que estarmos preocupados em, por exemplo, reduzir o tempo de ecrã, deveríamos centrarmo-nos na integração dos jovens em atividades que lhes permitam desenvolver competências socio emocionais para, assim, estarem protegidos do possível impacto negativo dos MCE. Acreditamos que este artigo dá importantes pistas para pais e profissionais (como por exemplo, professores, treinadores, psicólogos) em relação ao papel protetor da frequência de atividades extracurriculares relativamente ao uso dos MCE”.

O estudo envolveu 1413 participantes - 729 jovens (entre os 11 e os 17 anos) e os seus pais, que estudavam em escolas públicas e privadas, de todas as regiões de Portugal (incluindo as regiões autónomas dos Açores e da Madeira).

Vencedor recebe 10 mil euros
O prazo de candidaturas à 3ª edição do Prémio MSD de Investigação em Saúde, uma distinção que tem como objetivo reconhecer e...

Desta forma, todas as equipas de trabalho com atividade num estabelecimento de prestação de cuidados de saúde, de natureza pública ou privada, ou em instituições científicas sem fins lucrativos podem submeter os seus protocolos científicos até dia 6 de junho, através do site do Prémio: www.premiomsdinvestigacaoemsaude.pt

Todos os projetos submetidos serão avaliados pela sua criatividade, relevância para a população-alvo, estrutura, objetivo, metodologia e exequibilidade. Ao Grande Vencedor será atribuído um prémio no valor de 10 000€ e será ainda concedida uma menção honrosa no valor de 1 500€ a cada uma das duas candidaturas finalistas.

A Comissão de Avaliação é constituída pelos seguintes elementos: Prof.ª Doutora Catarina Resende de Oliveira, Prof.ª Doutora Emília Monteiro, Prof. Doutor Henrique Luz Rodrigues, Prof. Doutor Jorge Torgal Garcia, Prof. Doutor Manuel Abecasis, Prof.ª Doutora Mariana Monteiro e Prof. Doutor Nuno Sousa.

Os vencedores da 3ª edição do Prémio MSD de Investigação em Saúde serão conhecidos na Conferência Leading Innovation, Changing Lives, que decorrerá no dia 6 de novembro.

Para consultar o regulamento do Prémio e a ficha de candidatura, visite o site.

Acesso universal e justo às vacinas
A proposta norte-americana de levantar as patentes das vacinas Covid-19 resultou num confronto ideológico no Parlamente Europeu...

A Comissão Europeia, representada na quarta-feira perante o hemiciclo europeu pelo seu vice-presidente económico, Valdis Dombrovskis, defende que "o acesso universal e justo às vacinas deve ser a prioridade da comunidade internacional" e que o método mais eficaz é "aumentar a produção” das mesmas, refere a agência Efe.

Bruxelas não se opõe ao debate sobre a liberalização dos direitos dos medicamentos no seio da Organização Mundial do Comércio (OMC), em detrimento de conhecer os detalhes da proposta de Administração de Joe Biden, mas insiste que "isso vai demorar".

Segundo a informação avançada hoje pela comunicação social, a Comissão Europeia vai apresentar "em breve" uma proposta à OMC com base em três ideias que Bruxelas tem tido desde que os Estados Unidos impulsionaram, a nível global, o debate sobre a liberalização das patentes, anteriormente suscitado pela Índia, África do Sul ou Brasil.

 

Estudo
De acordo com um estudo conduzido na Catalunha, a forma ativa da vitamina D consegue reduzir "significativamente" a...

O estudo analisou 8.076 doentes adultos tratados com vitamina D antes da pandemia e comparou-os a uma população de características semelhantes. Os pacientes que tomam este suplemento tinham 34% menos probabilidade de morrer de Covid-19 do que pacientes não suplementados, por isso os autores avaliaram a possibilidade de que a vitamina D pode ser útil para conter formas graves de Covid-19.

O estudo foi promovido pela Parc Taulí Health Corporation em Sabadell, pela Universidade de Barcelona, pelo Instituto do Hospital del Mar de Investigaciones Médicas e pela Agência para a Avaliação da Qualidade e Saúde da Catalunha e contou com o apoio da revista Biomedicines.

 

 

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