“Respire MAIS AR PURO, inspire MENOS TABACO”
A Respira – Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC e Outras Doenças Respiratórias Crónicas e a Fundação Portuguesa do Pulmão...

A epidemia do tabaco é uma importante ameaça à saúde pública, constituindo o principal fator de risco evitável de morte prematura e doença. O tabaco mata até metade do seu número de fumadores. Por ano, mais de 8 milhões de pessoas morrem, das quais mais de 7 milhões são fumadores e cerca de 1,2 milhões são pessoas expostas ao fumo passivo.

“No âmbito do Dia Mundial Sem Tabaco, temos como objetivo alertar para a importância da cessação tabágica e para os malefícios do tabaco. De facto, 80% das doenças pulmonares obstrutivas crónicas, 25 a 30% da totalidade dos cancros, 75 a 80% dos casos de bronquite crónica, 90% dos casos de cancro do pulmão e 20% da mortalidade por doença coronária são causados pelo tabaco. Por outro lado, as vantagens de deixar de fumar são imediatas e tanto maiores quanto mais tempo se estiver sem fumar”, explica a Dra. Isabel Saraiva, Presidente da RESPIRA.

A iniciativa digital “Respire MAIS AR PURO, inspire MENOS TABACO” é composta por uma campanha de conteúdos e testemunhos para as redes sociais da RESPIRA e da Fundação Portuguesa do Pulmão e por um webinar com o tema “MAIS VIDA MENOS TABACO: Deixe de fumar, nós podemos ajudar!”, que irá ser transmitido no Facebook das Associações, de forma gratuita e sem necessidade de inscrição, no dia 31 de maio, segunda-feira, pelas 17h30.

“Queremos também passar a mensagem de que é possível deixar de fumar, através de ajuda especializada e, claro, do apoio da família. A consulta de Cessação Tabágica é fundamental para o sucesso deste processo, uma vez que é baseada numa intervenção de apoio intensivo, em várias sessões, que inclui um conjunto de abordagens de natureza comportamental e medicamentosa. O tratamento da dependência do tabaco é um projeto com vários componentes como o ensino de hábitos e estilos de vida saudável, conselho médico para a cessação, aconselhamento prático para deixar de fumar e apoio psicológico intensivo”, conclui o Professor José Alves, Presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão.

 

Investigadores afiliados a Universidade ou Centro de Investigação
Encontram-se abertas as candidaturas à Bolsa para Jovens Investigadores em Dor 2021, no valor de 10 mil euros. Promovida pela...

São elegíveis os trabalhos cujo investigador principal não ultrapasse os 40 anos de idade (celebrados até ao final do ano de candidatura) e que esteja afiliado a uma universidade ou centro de investigação português.

Os projetos serão avaliados tendo em conta critérios como as qualificações e o curriculum vitae do candidato; o âmbito do projeto; a originalidade da pergunta de investigação, incluindo a importância e possíveis repercussões científicas e sociais; e a qualidade do plano de investigação.

As candidaturas deverão ser enviadas por correio eletrónico para [email protected]. Os candidatos receberão uma mensagem de confirmação após receção das candidaturas por parte da Fundação Grünenthal e só serão consideradas válidas as candidaturas que recebem esta mensagem.

Os trabalhos submetidos serão avaliados por um júri composto por cinco elementos, nomeados pela Fundação Grünenthal.

Mais informações e acesso ao regulamento completo em http://www.fundacaogrunenthal.pt/premios-fundacao-grunenthal/bolsa-jovens-investigadores-em-dor

 

Das manifestações clínicas ao tratamento
Mal compreendida, a Esquizofrenia persiste enleada em vários mitos.

De acordo com o psiquiatra, a Esquizofrenia é “antes de mais, (…) uma doença do neurodesenvolvimento. Isto é, a sua génese no cérebro resulta de um disfuncionamento dos processos que promovem o processo normal de desenvolvimento das estruturas cerebrais”. Assim, “quando esse processo atinge determinado grau de disfunção”, a doença manifesta-se através de “alterações da perceção (isto é, alucinações quer auditivas quer visuais, que são as mais comuns, mas também podem ocorrer alucinações cinestésicas, mais raras, e que têm que ver com alterações da perceção dos movimentos do corpo); alterações da cognição (memória, atenção, entre outras) que normalmente se iniciam antes das alterações da perceção, mas normalmente não são valorizadas ou até diagnosticadas; alterações do sistema do pensamento, normalmente por alterações da forma do pensamento que conduzem à construção de um sistema delirante, em oposição às regras do senso comum e alterações afetivas (sobretudo de tipo depressivo).”

Questionado sobre a presença de sintomas precoces, Marques Teixeira afirma que estes, “considerados «sintomas prodrómicos»”, incluem o “afastamento de atividades sociais ou familiares, isolamento, ansiedade muito elevada, sintomas cognitivos (défice de atenção), desmotivação, dificuldade na tomada de decisões, mudanças das rotinas, alterações nos hábitos de higiene, entre outros”.

Quanto à sua prevalência, o especialista em psiquiatria revela que é necessário “definir que tipo de prevalência estamos a falar”. E explica: “Em termos estatísticos fala-se de prevalência pontual (a proporção de indivíduos que manifestam uma perturbação em torno de um determinado momento), prevalência de período (a proporção de indivíduos que manifestam uma perturbação durante um período específico de tempo - por exemplo, mais de um ano), prevalência ao longo da vida (a proporção de indivíduos na população que alguma vez manifestaram uma doença e que estão vivos num determinado dia), risco mórbido ao longo da vida (a probabilidade de uma pessoa desenvolver uma perturbação durante um período específico de sua vida ou até uma determinada idade - o risco mórbido ao longo da vida difere da prevalência ao longo da vida, pois tenta incluir toda a vida de uma coorte de nascimentos passada e futura e inclui os falecidos no momento da pesquisa)”.

Deste modo, esclarece que tendo em conta um conjunto vasto de estudos sobre o tema, conclui-se que a prevalência mediana da esquizofrenia “é de 4.6/1000 para a prevalência pontual, 3.3/1000 para a prevalência de período, 4.0/1000 prevalência ao longo da vida e 7.2/1000 para o risco mórbido ao longo da vida”. Para além disso, sublinha o psiquiatra, estes estudos não apontam “diferenças significativas entre homens e mulheres, nem entre locais urbanos, rurais ou locais mistos, muito embora os migrantes e os sem-abrigo tenham taxas mais elevadas e, sem surpresa, os países em desenvolvimento têm taxas inferiores”.

Quanto à sua classificação, e embora existam diferentes tipos de esquizofrenia, com evolução ou prognósticos distintos, João Marques Teixeira chama a atenção para um grupo de doentes que apresentam sintomatologia clínica considerada por muitos psiquiatras como neurótica. “Esses doentes não se deterioram e não têm delírios ou alucinações. No entanto, apresentam sintomatologia clínica muito semelhante à observada nos doentes esquizofrénicos. Em estudos de acompanhamento verificou-se que um número considerável desses doentes tem episódios psicóticos curtos ou, posteriormente, tornam-se francamente esquizofrénicos”, alerta acrescentando que “pela dificuldade no diagnóstico e, em consequência pelo tratamento tardio, bem como pela evolução agravada, este grupo deve ser considerado como um dos grupos graves da doença”.

Desde modo, e dada a complexidade da patologia, existem múltiplos fatores, como o diagnóstico tardio, que podem condicionar o bom prognóstico da doença. Além de ser essencial que a doença seja identificada tão cedo quanto possível, é importante que seja garantido um plano de tratamento adequado a cada caso. “Para além disso, um fator essencial de melhor prognóstico é a prevenção do número de recaídas. Isto consegue-se com uma adesão adequada aos tratamentos que, no plano farmacológico, se consegue com a introdução de fármacos depot (tipicamente injeções com periodicidade mensal ou trimestral) e a integração em equipas multidisciplinares para o chamado “tratamento global” do doente”, acrescenta o João Marques Teixeira sublinhando a complexidade deste processo.

O tratamento da esquizofrenia tem uma base farmacológica. “Hoje existem vários fármacos eficazes para o tratamento dos sintomas positivos (delírios e alucinações) e alguns para minorar os sintomas negativos (défices da personalidade associados à doença). Para os sintomas cognitivos a evidência não nos apresenta grandes resultados com fármacos, pelo que os tratamentos cognitivos não farmacológicos (remediação cognitiva) devem fazer parte do plano de tratamento”, esclarece o especialista. No entanto, reforça, é essencial “todo o apoio psicoterapêutico e a reabilitação para minorar as consequências do episódio agudo sobre a personalidade e integrar o doente na vida sociofamiliar e laboral, bem como apoio psicoeducativo aos doentes e suas famílias”.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Investigação na área da Dor
Criado pela Fundação Grünenthal, este prémio anual destina-se a galardoar trabalhos em língua portuguesa ou inglesa, da autoria...

As candidaturas ao Prémio Grünenthal Dor deverão ser dirigidas ao Presidente da Fundação Grünenthal, Professor Doutor Walter Osswald, e enviadas para o e-mail [email protected], ou por correio registado com aviso de receção para Alameda Fernão Lopes nº12, 8ºA, 1495-190 Algés.

Podem apresentar-se a candidatura trabalhos ainda não publicados ou publicados durante o mesmo ano ou no ano anterior ao do prémio, exceto se já galardoados com outros prémios à data da respetiva receção. Não serão aceites versões integrais de dissertações de mestrado e doutoramento, embora sejam permitidos trabalhos elaborados com material existente nesses textos académicos e obedecendo à formatação usual dos trabalhos publicados em revistas.

O júri do galardão é constituído por sete pessoas, um representante da Fundação Grünenthal e seis personalidades da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED), a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), a Sociedade Portuguesa de Anestesiologia (SPA), a Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), a Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação (SPMFR) e a Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR).

Acesso ao regulamento completo em: http://www.fundacaogrunenthal.pt/premios-fundacao-grunenthal/premio-grunenthal-dor

 

Análise de mercado GlobalData
O mercado de dispositivos de cuidados com diabetes valia mais de 19 mil milhões de dólares em 2020, prevendo-se que cresça para...

A GlobalData antecipa que o crescimento contínuo do mercado de bombas de CGM e de ciclo fechado será superior a 20% em 2021, devido à crescente consciencialização dos pacientes e dos prestadores de cuidados diabéticos. A melhoria tecnológica da CGM tornou os dispositivos cada vez mais fiáveis, mais fáceis de utilizar e eficazes em termos de melhoria do controlo glicémico. Adicionalmente, o uso de CGM expandir-se-á da diabetes tipo 1 (TD1) e da diabetes tipo 2 (TD2) na terapia intensiva da insulina para populações mais amplas, incluindo TD2 não intensivo, pré-diabetes, gravidez e mercado hospitalar.

Tina Deng, Principal Analista de Dispositivos Médicos da GlobalData, comenta: "As colaborações entre a entrega de insulina e os fabricantes de CGM estão mais próximas em 2021 devido à revolução de gestão da diabetes liderada pela CGM. Por exemplo, para competir com o MiniMed 770G, a Abbott está a trabalhar com a Insulet para desenvolver uma plataforma para integrar a sua tecnologia de deteção de CGM com a bomba de remendos da Insulet, a Omnipod.

"A plataforma permite que os dados de glicose de um sensor CGM enviem para a Omnipod e ajustem automaticamente o fornecimento de insulina a um paciente. O disruptor de mercado, Bigfoot Biomedical, recebeu recentemente autorização da FDA para a sua Unidade. O sistema dispõe de tampas de canetas inteligentes conectadas que funcionam em conjunto com o FreeStyle Libre 2 para recomendar doses de insulina para pacientes que usam várias terapias diárias de injeção. Espera-se que estes dispositivos tirem uma parte significativa dos contadores tradicionais de glicose e dos sistemas de entrega."

Além disso, a tecnologia digital e os novos modelos de cuidados com a diabetes foram rapidamente implementados para responder aos desafios da pandemia COVID-19, como não poder visitar regularmente o seu médico.

Detetar e tratar precocemente
O Serviço de Medicina Física e Reabilitação do Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira vai iniciar, no próximo dia 24 de...

O programa que numa primeira fase abrangerá mais de 700 alunos do concelho da Covilhã, tem por referência a faixa etária dos 12 anos, por se tratar de uma idade em que o desenvolvimento músculo-esquelético do indivíduo sofre grandes alterações, e será posteriormente alargado também às escolas dos concelhos do Fundão e Belmonte. A extensão deste programa a todos os municípios da cova da beira visa alertar e sensibilizar professores, pais e comunidade em geral, da área de influência direta do CHUCB, para este verdadeiro problema de saúde pública, que não sendo tratado atempadamente pode deixar marcas irreversíveis e sem tratamento específico, na vida adulta.

De acordo com o comunicado, “todas as situações sinalizadas durante as várias ações de rastreio, as quais serão realizadas por um médico fisiatra e técnicos de fisioterapia do CHUCB, serão referenciadas para consulta da especialidade no hospital ou acompanhamento do médico de família, conforme a gravidade de cada caso”.

Segundo o CHUCB, o “excesso de peso, défice de horas de sono, transporte inadequado do material escolar, ausência de atividade física, mobiliário desajustado às necessidades escolares e adoção de posturas incorretas durante as aulas, são alguns dos fatores de risco que potenciam o surgimento da escoliose no adolescente, as quais urge avaliar e em caso de necessidade corrigir e tratar”

Esta iniciativa conta com a participação das Câmaras Municipais e Escolas dos três concelhos da Cova da Beira.

 

Caminhada
A AIDGLOBAL - Ação e Integração para o Desenvolvimento Global promove a terceira e última edição da Caminhada Global em...

Agendada para o próximo dia 2 de junho, entre as 14h30 e as 17h30, a terceira Caminhada Global – subordinada ao 16° ODS - Paz, Justiça e Instituições Eficazes –, acontece em dois momentos que se entrecruzam. Um deles reúne alunos, professores e restantes caminhantes que a estes se queiram juntar, num encontro virtual dinamizado pelo humorista Pedro Luzindro, e o outro ocorre presencialmente no Município de Vila Franca de Xira ao som da Banda Sebastião Antunes e Quadrilha. O público é convidado a caminhar com estes jovens, assistindo em direto ao evento do próximo dia 2 de junho, a partir das 14h30, através da página do Youtube da AIDGLOBAL.

“A premissa basilar que atravessa o projeto e que norteará a iniciativa do próximo dia 2 de Junho, parte da necessidade premente de edificação de uma sociedade mais justa, igualitária e inclusiva através da Educação para a Cidadania Global enquanto prática universal, o que reforça a responsabilidade e o compromisso com a construção sustentada de uma sociedade livre de medos, de quaisquer formas de violência e na qual cidadãs e cidadãos se sintam seguros na expressão das suas crenças e na vivência daquela que é a sua identidade”, refere Susana Damasceno, Fundadora e Presidente da Direção da AIDGLOBAL.

Ao abrigo deste projeto já foram desenvolvidas ações como a Formação de Professores, os Cursos Educativos para Alunos, Workshops de Liderança Juvenil e outras atividades de sensibilização entre pares (de jovens para jovens), com o objetivo de promover a liderança dos mais jovens, para que através da sua formação enquanto líderes, possam inspirar a mudança que o mundo precisa de ver acontecer.

“Num ano marcado por episódios de violência como aquele que desencadeou o movimento Black Lives Matter e num momento em que assistimos a um reacendimento do conflito entre Israel e a Palestina, torna-se crucial agitar consciências e destacar nas agendas política e mediática a necessidade de aproximação dos povos a uma visão comum da Humanidade, que se erga sob os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e sob os princípios subjacentes a uma Educação para a Cidadania Global”, acrescenta Susana Damasceno.

O Walk the Global Walk é cofinanciado pela Comissão Europeia ‒ Linha de Educação para o Desenvolvimento ‒ e pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua I.P. Estão envolvidos 12 países: Itália, França, Chipre, Reino Unido (País de Gales e Escócia), Portugal, Grécia, Croácia, Bulgária, Roménia, Bósnia e Herzegovina, Albânia, 11 organizações da sociedade civil e 20 entidades parceiras, incluindo a AIDGLOBAL, em parceria com o Município de Vila Franca de Xira.

A AIDGLOBAL – Acção e Integração para o Desenvolvimento Global – é uma Organização Não-Governamental para o Desenvolvimento (ONGD), sem fins lucrativos, que desenvolve e promove diversos projetos no âmbito da Educação para o Desenvolvimento e Cidadania Ativa, em Portugal, incluindo na Região Autónoma da Madeira, onde tem uma delegação em Porto Santo e, ainda, no âmbito da Literacia, em Moçambique, na Província de Gaza.  A sua Missão visa Agir, Incluir e Desenvolver através da Educação, porque acredita que a Mudança acontece pela Educação.

De 9 a 12 de setembro
A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) vai realizar a 12ª edição da Escola de Verão de Medicina Interna (EVERMI), um...

Esta edição da EVERMI, à semelhança do que aconteceu em 2020, ficará marcada por algumas particularidades em consequência das contingências provocadas pela pandemia COVID-19 que implicou alterações à estrutura da escola de forma a garantir a segurança para todos os envolvidos.

Desde a sua criação que a EVERMI procura responder a objetivos específicos como a atualização científica dos participantes em áreas diversas no âmbito da Medicina Interna, o desenvolvimento do raciocínio clínico do Internista, o desenvolvimento de competências em técnicas de comunicação e em trabalho em equipa, o fomentar de um “espírito de grupo” na Medicina Interna nacional e a reflexão sobre a formação nesta especialidade médica.

A 12ª edição da EVERMI é uma organização do Núcleo de Estudos da Formação em Medicina Interna (NEForMI) com a direção de Nuno Bernardino Vieira e Zélia Lopes.

 

Comirnaty
A Comissão Europeia anunciou quinta-feira a assinatura de um terceiro contrato com a BioNTech e a Pfizer para o fornecimento de...

Recentemente, a UE exerceu a opção de adquirir mais 100 milhões de doses da vacina Covid-19 baseada em MRNA da Pfizer e da BioNTech, elevando para 600 milhões o número total de doses a entregar ao bloco este ano. A Comissão Europeia afirmou esta quinta-feira que alargou o seu compromisso com a Comirnaty "com base numa boa avaliação científica, na tecnologia utilizada, na experiência das empresas no desenvolvimento de vacinas e na sua capacidade de produção para abastecer toda a UE".

Por outro lado, este contrato exige que a produção da vacina se baseie na UE e que sejam produzidos componentes essenciais na região. O acordo estipula ainda que, desde o início do fornecimento em 2022, a entrega à UE está garantida, enquanto a capacidade de os países revenderem ou doarem doses, nomeadamente através da instalação COVAX, foi reforçada.

Além da Comirnaty, a Comissão Europeia assinou contratos para vacinas Covid-19 com base em várias tecnologias, incluindo as da AstraZeneca, CureVac, Johnson & Johnson, Moderna e Sanofi/GlaxoSmithKline. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, comentou que "os potenciais contratos com outros fabricantes seguirão o mesmo modelo, em benefício de todos".

 

Papel da microbiota
Nem sempre o peso é apenas o reflexo do que comemos. O intestino contém triliões de microrganismos.

Mais de metade da população adulta no nosso país (57%) tem excesso de peso e o número tem vindo a aumentar nos últimos anos. A obesidade afeta 1,5 milhões de portugueses e outros 3,5 milhões estão pré-obesos, de acordo com dados da Direção-Geral da Saúde. “A obesidade não só nos retira anos de vida saudável, como implica um risco acrescido para o desenvolvimento de diversas doenças como a diabetes, doenças cardiovasculares, musculoesqueléticas, doenças neurodegenerativas e alguns tipos de cancro”, alerta Conceição Calhau, Professora catedrática da NOVA Medical School e investigadora do CINTESIS–Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde. 

O intestino é habitado por triliões de microrganismos, entre bactérias, fungos, vírus e protozoários, cuja convivência deve ser o mais harmoniosa possível. “É comum dizer-se que o intestino é o segundo cérebro pela forte ligação cérebro-intestino, por ser chave do equilíbrio saúde/doença. A microbiota intestinal é essencial na monitorização e controlo do equilíbrio metabólico e dos gastos energéticos. Se a nossa microbiota intestinal estiver desequilibrada (disbiose) torna-se incapaz de regular o apetite, a saciedade e o armazenamento de energia”, explica. 

Hafnia Alvei, a enterobactéria aliada na gestão do peso

De acordo com Conceição Calhau, o tipo de microrganismos que habitam o intestino, ao influenciarem o metabolismo energético de cada indivíduo, podem potenciar a nossa vulnerabilidade para o excesso de peso e obesidade. “Vários estudos demonstram que as pessoas obesas ou com excesso de peso têm menos abundância de espécies bacterianas benéficas, como a Akkermansia muciniphila e bifidobactérias e um aumento de bactérias potencialmente prejudiciais que contribuem para o aumento de peso”, acrescenta. Por exemplo, “as bactérias do filo Firmicutes aumentam a nossa capacidade para absorver calorias e armazenar gordura”. Pelo contrário, “as enterobactérias Hafnia alvei HA4597 produzem uma proteína – a ClpB – que atua no controlo do apetite, suprimindo a fome, e que, em simultâneo, são capazes de comunicar com os neurónios responsáveis pela sensação de saciedade, ao nível do hipotálamo, além do efeito no tecido adiposo facilitando a lipólise”, sublinha. 

 Para garantir que os “bons” e os “maus” microrganismos possam viver em paz e harmonia, exercendo os seus papéis fundamentais no corpo humano, “o ideal é garantir a existência de uma microbiota intestinal equilibrada e diversa, com muitos tipos diferentes de bactérias”, frisa a investigadora. E lembra que, ainda recentemente, um grupo de investigadores dinamarqueses analisou a microbiota intestinal de 123 adultos não obesos e 169 adultos obesos, e descobriu que 23% dos que tinham uma baixa diversidade de bactérias eram mais propensos a serem obesos. 

Embora se considere que a obesidade é hereditária entre 40-70% dos casos, a genética também é influenciada por fatores externos como a falta de atividade física, sono insuficiente ou com má qualidade, stresse e uma alimentação pouco variada. No entanto, a investigadora garante que é possível trazer bactérias “boas” para o organismo e enriquecer a microbiota para favorecer o seu funcionamento adequado. 

Seis conselhos que podem fazer a diferença:

  1. Consuma mais alimentos ricos em fibra: hortícolas, fruta e leguminosas. Estes alimentos apresentam, em geral, um baixo valor calórico e conferem saciedade. A fibra, que é um prebiótico, que contribui para alimentar os probióticos presentes na nossa microbiota. Além disso, os alimentos de origem vegetal são ricos em fitoquímicos, muitos deles com importantes funções na regulação da microbiota, de forma benéfica, e ainda na regulação do metabolismo, como por exemplo facilitando a degradação de gordura. Acima de tudo, dê primazia à Dieta Mediterrânica, considerada como uma das dietas alimentares mais saudáveis do mundo.  
  2. Reduza o consumo de alimentos processados, que normalmente têm valores calóricos mais elevados e intensificadores de sabor, adoçantes artificiais não calóricos, emulsionantes, entre outros, que podem provocar o consumo de maiores quantidades de alimentos. Prefira alimentos mais perto da sua versão em natureza. Mais, os aditivos como emulsionantes ou adoçantes podem alterar a microbiota intestinal e ter um impacto metabólico não desejável, como inflamação crónica de baixo grau e resistência à insulina. 
  3. Escolha gorduras de boa qualidade. Privilegie o azeite como gordura de adição. Reduza o consumo de alimentos ricos em gordura saturada. Reduza o consumo de carnes vermelhas. Os frutos secos apesar de serem ricos em gordura, contém gordura de boa qualidade que nos confere saciedade, por isso são uma boa escolha para fazer uma pequena refeição a meio do dia. Dentro das gorduras polinsaturadas, privilegie as gorduras Ómega-3, presentes sobretudo na gordura do peixe. 
  4. Limite o consumo de açúcar. O consumo de açúcar leva à libertação da insulina, esta hormona está implicada não só na regulação do apetite como também em processos metabólicos que gerem a forma como armazenamos energia (gordura) no organismo, em particular no fígado potenciando o risco para esteatose hepática (fígado gordo). Facilita a disbiose. 
  5. Limite o consumo de sal, que está associado não só o aumento da pressão arterial e risco de acidente vascular cerebral, mas também à obesidade. Aumente o consumo de fontes de potássio, como os hortícolas de modo a baixar a razão sódio: potássio, diretamente associada ao risco de hipertensão arterial. Use ervas aromáticas e especiarias e utilize métodos de confeção da dieta Mediterrânica para garantir refeições saborosas. 
  6. Beba água. A água é fundamental para o funcionamento do organismo. Beba água e chás não açucarados e coma sopas. As reações químicas do organismo ocorrem em meio aquoso. A ingestão de água é essencial para que todo o metabolismo funcione. A água é um alimento e como tal varie na sua escolha, entre águas mais ou menos mineralizadas, ou seja, com diferentes composições químicas e nutricionais. 
Fonte: 
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Nota: 
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Iniciativa inserida no "Maio, Mês do Coração"
A Fundação Portuguesa de Cardiologia, em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, acaba de lançar o projeto “Lisboa no...

Estão disponíveis 24 trajetos, em 24 freguesias da cidade de Lisboa, e cada um destes foi traçado para formar um coração que simboliza as comemorações do mês de sensibilização para as doenças cardiovasculares. Todos os trajetos podem ser consultados em www.lisboa.run/trajetos. A Câmara Municipal de Lisboa associou-se a esta campanha da Fundação Portuguesa de Cardiologia, integrando a iniciativa na programação de Lisboa Capital Europeia do Desporto 2021.

A Fundação Portuguesa de Cardiologia reforça a importância da prática regular de atividade física, ao dedicar todo o mês de maio à sensibilização para esta temática e ao relembrar a população sobre os benefícios do exercício, enquanto promotor de saúde e aliado na prevenção das doenças cardiovasculares.

A prática de exercício físico ajuda a controlar a glicemia, o peso e a pressão arterial, melhora a qualidade do sono e a autoestima, alivia o stresse, fortalece os ossos e as articulações, aumenta a força e a resistência muscular, promove a sensação de bem-estar, combate a ansiedade e a depressão e fortalece o sistema imunológico, entre outros benefícios.

Mais informações sobre esta campanha e outras iniciativas da Fundação Portuguesa de Cardiologia em: www.maionocoracao.pt.

 

 

Reforçar a segurança sanitária global
Os Estados-Membros da União Europeia (UE) aprovaram hoje a participação do bloco nas negociações com a Organização Mundial de...

De acordo com o comunicado disvulgado, espera-se que a Assembleia Mundial da Saúde, principal órgão dirigente da OMS, apoie o estabelecimento de um processo para uma Convenção-Quadro sobre a Preparação e Resposta à Pandemia durante a reunião virtual que começa na segunda-feira.

O objetivo da decisão do Conselho da UE é assegurar a sua participação nas negociações que abordam questões da competência da União, tendo em vista uma possível adesão ao tratado internacional sobre pandemias.

A proposta de concluir um tratado sobre pandemias é discutida no contexto dos esforços internacionais para reforçar a segurança sanitária global, em particular sobre a preparação e resposta a emergências sanitárias, à luz das lições aprendidas com a Covid-19.

 

Evento destinado a profissionais de saúde
Destinada a profissionais de saúde, a 2.ª edição do iCHANGE: Transforming Patients’ Lives Together vai decorrer no dia 28 de...

De acordo com o comunicado, este encontro estará dividido em dois momentos. A sessão “Terapêuticas Biológicas: Chegou o momento de quebrar o paradigma”, onde uma equipa multidisciplinar (reumatologia, farmácia hospitalar, pneumologia, imunoalergologia, psicologia, enfermagem e endocrinologia) estará reunida a partilhar experiências e opiniões sobre o paradigma que existe na gestão do doente com asma grave, para entender a melhor forma de controlar a doença e melhorar a qualidade de vida de quem vive com a mesma.

A iniciativa inclui ainda a apresentação e lançamento do livro “Mudar vidas é um Privilégio”, por Sérgio Alves, Country President da Astrazeneca Portugal, Professor Manuel Branco Ferreira, Presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica e o Professor António Morais, Presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.

Para participar, basta fazer o registo em:  https://saudeflix.pt/ichange/

 

 

Mas pede cautela porque a pandemia ainda não terminou
As vacinas atualmente disponíveis e aprovadas até agora são eficazes contra "todas as variantes do vírus", afirmou...

Embora a situação na Europa esteja a melhorar, a evolução da pandemia ainda não permite que as viagens internacionais sejam retomadas em segurança devido a "uma ameaça persistente e muitas incertezas", disse Hans Kluge, diretor da OMS para a Europa.

A responsável pela área de emergências da OMS na Europa, Catherine Smallwood, acrescentou que esta "é uma ameaça imprevisível", sublinhando que “a pandemia ainda não acabou."

Segundo a OMS, o número de novos casos globais caiu 60% num mês, de 1,7 milhões em meados de abril para 685.000 na semana passada.

"Vamos na direção certa, mas temos de estar atentos (...) O aumento da mobilidade, das interações físicas e das reuniões pode levar a um aumento da transmissão na Europa", insistiu o diretor regional, adiantando que as viagens essenciais permanecem autorizadas.

A redução das restrições sociais deve ser efetuada em paralelo com o aumento da deteção, rastreio e vacinação. "Não há nenhum risco", reiterou Kluge. "As vacinas são talvez uma luz ao fundo do túnel, mas não podemos nos dar ao luxo de nos deixarmos cegar por esta luz."

 

Iniciativa Solidária
Foram 66 os artistas que, num gesto solidário, se juntaram para dar cor às paredes do átrio do Hospital Pediátrico do Centro...

Para Carlos Robalo Cordeiro, Diretor da FMUC, “a Medicina e a Arte assumem ligações tão antigas como íntimas. A voz e a mão do médico e dos profissionais de saúde encerram um poder insubstituível, razão maior para que a relação médico-doente seja atualmente candidata a património cultural imaterial da humanidade. Nesta medida, a generosidade dos estudantes da AAC, o acolhimento institucional do Hospital Pediátrico e do CHUC e a genialidade do Colégio das Artes e dos Artistas, só poderiam ser encaradas pela Faculdade de Medicina como mais um relevante contributo para que a Arte e a Medicina se encontrem de novo, sob o olhar agradecido das nossas crianças."

Como explica o presidente da AAC, Daniel Azenha "o projeto tem como principal objetivo tornar a passagem pelo Hospital Pediátrico mais afetiva. Existe uma ligação muito estreita entre os cuidados médicos de qualidade e o bem-estar do doente, e por isso quisemos dar mais alegria a todas as crianças que passam pelos corredores do Hospital Pediátrico.”

Com uma área total de 2,85 metros de altura e 13,5 de comprimento, é em azul e branco que se encontram representados no painel uma série de elementos gráficos que apelam ao imaginário de quem atravessa o átrio do Hospital Pediátrico do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. António Olaio, Diretor do Colégio das Artes da UC, acrescenta ainda que viu "neste projeto uma intervenção com um enorme potencial de mobilização artística, o qual foi confirmada pela participação entusiástica dos artistas envolvidos”.

A inauguração está marcada para dia 24 maio, como forma de assinalar o regresso a alguma normalidade, após um período marcado por fortes restrições de circulação.

 

SPEDM junta-se à SPEO e ADEXO na plataforma “Recalibrar a Balança”
A obesidade precisa urgentemente de ser tratada como uma doença crónica e reincidente. O apelo é da Sociedade Europeia de...

Neste Dia Nacional de Luta contra a Obesidade, que se assinala a 22 de maio, a SPEO, a SPEDM e ADEXO sublinham a urgência de Portugal melhorar a forma como é feito o tratamento e gestão de obesidade, recordando as cinco prioridades definidas na plataforma “Recalibrar a Balança”. São elas, promover uma abordagem holística e digna no tratamento da obesidade - do ónus individual é urgente passar para uma visão partilhada de saúde pública, no qual todos têm um papel a desempenhar; mobilizar recursos para garantir a formação especializada dos profissionais de saúde; criar um programa de consultas de obesidade nos cuidados de saúde primários; viabilizar a comparticipação do tratamento farmacológico da obesidade, garantindo equidade e criar mecanismos de combate ao estigma e discriminação associados a esta doença.

De acordo com a Sociedade Europeia de Endocrinologia, a obesidade está a tornar-se o problema de saúde mais prevalente a nível mundial, vivendo mais de metade dos europeus com excesso de peso ou obesidade, uma realidade que também se aplica a Portugal.

Tendo em conta esta realidade, a União Europeia (UE) criou várias iniciativas e campanhas de combate e prevenção da obesidade e, por ocasião do Dia Mundial da Obesidade, deste ano (4 de março), a Comissão Europeia publicou um documento sobre prevenção da obesidade na qual é feita a categorização desta como doença não transmissível. No entanto, não foram tomadas medidas para implementar um tratamento uniforme da obesidade como doença endócrina crónica em toda a Europa. Aliás, na Europa só Portugal, Itália e Holanda classificam a obesidade como doença.

Paula Freitas, presidente da SPEO recorda que “lançámos o Recalibrar a Balança por ocasião do Dia Mundial da Obesidade porque sentimos que é urgente implementar uma mudança na forma como o nosso país aborda a obesidade. Sobretudo agora que a pandemia já exerce menos pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde, mas temos uma população mais pobre e mais doente. É importante relembrar a toda a população que perder peso significa ganhar saúde e que o médico pode ser o melhor aliado na luta contra o excesso de peso”.

Já João Jácome de Castro, presidente da SPEDM que integra a plataforma “Recalibrar a Balança”  considera que “a obesidade é efetivamente uma doença endócrina e o tecido adiposo é hoje em dia encarado como um órgão endócrino. É preciso lembrar que o tecido adiposo está totalmente integrado na regulação do metabolismo e das funções neuroendócrina e imunitária e por isso a gestão e tratamento da obesidade têm de envolver profissionais de saúde. Além disso, Portugal precisa de tornar mais eficaz a forma como se lida com o tratamento da obesidade. Os caminhos apontados pelo “Recalibrar a Balança” podem efetivamente fazer toda a diferença”.

Carlos Oliveira, presidente da ADEXO, defende que “se por um lado Portugal considera formalmente que a obesidade é uma doença, algo que não acontece em muitos países da Europa, na prática há ainda muitas mudanças a implementar. É preciso tratar a obesidade antes de tratar as suas consequências, como são a diabetes, a hipertensão ou alguns cancros e temos também de lutar contra o estigma e a discriminação com os quais as pessoas com obesidade vivem diariamente.”

Estima-se que haja 650 milhões de adultos a viver com obesidade em todo o mundo, segundo números da Organização Mundial de Saúde de 2016 e 1,5 milhões em Portugal (Inquérito Nacional de Saúde 2019). A obesidade é um fator de risco para várias comorbilidades: além de aumentar o risco de morte por covid-19, estima-se que aumente o risco até  80% dos casos de diabetes tipo 2, 35% dos casos de doença cardíaca isquémica, 55% dos casos de hipertensão arterial e 40% dos casos de cancro na Europa. A esta lista junta-se o impacto económico: em 2014 estimava-se um custo de 120.6 mil milhões de euros em cuidados de saúde prestados na Europa, associados ao excesso de peso e obesidade, um número que se estima que seja de 197 mil milhões até 2025.

Situação Epidemiológica
Nas últimas 24 horas, foi registado mais uma morte associada à Covid-19 e identificados mais 451 novos casos de infeção. Número...

Segundo o boletim divulgado, registou-se apenas uma morte associada à Covid-19, desde o último balanço, em todo o território do país. Tendo este óbito sido registado na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 451 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 159 novos casos e a região norte 172. Desde ontem foram diagnosticados mais 59 na região Centro, 10 no Alentejo e 18 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais 11 infeções e 22 nos Açores.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 208 doentes internados, menos três que ontem. No entanto, as unidades de cuidados intensivos contam agora com mais dois doentes. Estão, atualmente, nas UCI 58 doentes internados.

O boletim desta quinta-feira mostra ainda que, desde ontem, 346 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 804.522 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 22.193 casos, mais 104 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 207contactos, estando agora 18.620 pessoas em vigilância.

Fadiga e dispneia como as principais sequelas da long COVID
Pelo recente surgimento do novo coronavírus (SARS-CoV-2), só agora começa a emergir algum conhecimen

As sequelas que estão a ser reportadas mais frequentemente após 3 e 6 meses da COVID-19 são a fadiga/cansaço muscular, dispneia/falta de ar, dificuldades em dormir, problemas de concentração, entre outros.

A evidência científica é cada vez mais forte quando aponta os sintomas de fadiga e dispneia como as principais sequelas da long COVID. É neste contexto que a fisioterapia respiratória, enquanto subespecialidade da fisioterapia, pode ter um contributo importante para o tratamento e prevenção destes sintomas, utilizando diferentes abordagens, de acordo com uma avaliação individualizada e detalhada.

Os objetivos principais da fisioterapia respiratória junto da pessoa com sequelas da COVID-19 devem incluir a melhoria e o controlo dos sintomas de fadiga e dispneia, aumento da força muscular, aumento da tolerância ao esforço, promoção da autogestão dos sintomas e aumentar o nível de atividade. As estratégias utilizadas para atingir estes objetivos podem passar por técnicas específicas de fisioterapia respiratória, exercício estruturado e adaptado à condição respiratória e educação sobre estratégias de conservação de energia, aumento e sustentabilidade da atividade física a longo-prazo e suporte na autogestão dos sintomas. Antes de tudo, é imprescindível a avaliação pelo médico e fisioterapeuta para que intervenção seja adaptada às necessidades e objetivos da pessoa em recuperação da COVID-19.

Independentemente da sua importância em todo o processo, o fisioterapeuta não trabalha sozinho! Quando falamos em reabilitação respiratória, dirigimo-nos a programas que incluem equipa multidisciplinares e têm demonstrado excelentes resultados para várias doenças respiratórias. Apesar de não existir evidência de resultados específicos para a COVID-19, este modelo de cuidados pode ser benéfico para esta doença. A OMS publicou orientações para a criação de vias de cuidados coordenados e multidisciplinares com vários problemas onde é necessário intervir: suporte nas atividades relevantes, descondicionamento físico, complicações pulmonares, cognitivas, deglutição, comunicação, entre outras. Assim, podemos entender que a reabilitação respiratória deve incluir profissionais da área da saúde como também das ciências sociais, no sentido de suportar o melhor possível o regresso a casa e/ou a autonomia destas pessoas.

Da experiência que existe do passado, sabe-se que os programas de reabilitação respiratória têm inúmeros benefícios tanto para o participante no programa, como, em termos de poupança, para as famílias e sistema de saúde. Podemos pensar que, por exemplo, se existe redução e melhoria dos sintomas, melhoria das capacidades físicas ou maior capacidade para gerir o seu dia-a-dia sem complicações, levará a uma menor necessidade de recorrer ao serviço de urgência, de consultas extra, maior qualidade de vida e possibilidade de investir o tempo saudável no trabalho ou lazer.

Este é, sem dúvida alguma, um dos maiores desafios de saúde pública com que grande parte das gerações se depararam. As mudanças que esta pandemia mundial provocou em muitos setores da sociedade foram profundas. O conhecimento científico sobre esta área precisa de evoluir rapidamente para dar resposta a uma realidade futura, mas próxima, que são as sequelas a médio e longo prazo da COVID-19. A abordagem multidisciplinar é urgente e, preferencialmente, de uma forma integrada. Neste sentido, parece pertinente pensar em abordagens realmente integradas e multidisciplinares, sendo a reabilitação respiratória uma peça incontornável na recuperação de uma doença que afeta muito mais sistemas do que o respiratório.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Parceria com Unidade de Investigação em Ciências da Saúde
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) inicia, em outubro deste ano, um novo curso de pós-graduação em Cuidados de...

Esta nova pós-graduação, cujo plano de estudos se organiza em dois semestres e quatro unidades curriculares – A Implementação da Evidência (anual), A Procura e Organização de Evidência (semestral), Fundamentos para os Cuidados de Saúde Informados pela Evidência (semestral) e Síntese da Evidência (anual) –, é dirigida a profissionais de saúde de diversas áreas, sendo que os interessados têm até ao dia de 7 de junho (1ª fase) para apresentar a candidatura ao curso.

Promover a formação avançada em cuidados de saúde informados pela evidência junto de profissionais de saúde e investigadores, seja ao nível do questionamento clínico, da procura e análise crítica de evidência, da síntese da evidência e da respetiva implementação na prática clínica diária, contribuindo para a capacitação para a tomada de decisão clínica informada pela melhor evidência científica, são objetivos desta pós-graduação que irá começar a 8 de outubro de 2021.

De acordo com a literatura disponível, os cuidados de saúde informados pela evidência promovem cuidados de elevado valor, melhorando a experiência do utente e os resultados de saúde, e reduzem os custos que lhes estão associados. Todavia, não são devidamente utilizados na prestação de cuidados de saúde em todo o mundo, existindo uma lacuna entre investigação, prática clínica e políticas em saúde.

Mais informações sobre o curso, coordenado pelo professor João Luís Alves Apóstolo (coordenador científico da UICISA: E), podem ser obtidas no sítio da ESEnfC na Internet, em www.esenfc.pt (menu Estudar/Cursos/Pós-graduações).

 

Webinar
A Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca (IC) promove, no próximo dia 25 de maio e no âmbito do mês do...

As doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte em Portugal e no Mundo, e a pandemia pela covid-19, veio corroborar estes dados estatísticos.

“O confinamento, devido à Pandemia COVID-19, teve influência negativa nos doentes com Insuficiência Cardíaca. O cancelamento de Consultas presenciais e de exames complementares de diagnóstico, levou a que o seguimento e a monitorização da terapêutica médica fossem muito prejudicados com consequente aumento da morbilidade e mortalidade destes doentes. A menor referenciação de doentes pelos Cuidados Primários e o atraso das primeiras consultas hospitalares da especialidade de Cardiologia, contribuíram para o atraso do diagnóstico e do início de terapêutica otimizada para a Insuficiência Cardíaca.

Se por um lado os doentes tinham mais medo da covid-19 do que da sua própria doença, por outro os serviços de saúde estiveram durante muito tempo focados, quase em exclusivo, no controlo da pandemia”, explica Maria José Rebocho, membro do conselho técnico científico da AADIC e moderadora desta sessão.

A Sessão Online “A Insuficiência Cardíaca em Maio de 21”, decorre no dia 25 de maio, a partir das 21h00, no âmbito das ações da campanha “De Coração Cheio & Sem Reservas”, e conta com a participação de Cândida Fonseca, Cardiologista e Responsável Clínica de Insuficiência Cardíaca do Hospital S. Francisco Xavier, Ricardo Mexia, médico de saúde pública e epidemiologista, Filipe Froes, pneumologista e coordenador do gabinete de crise covid-19 da Ordem dos Médicos e Luís Filipe Pereira, Presidente da AADIC. Maria José Rebocho, cardiologista e membro do conselho técnico-científico da AADIC, assume a moderação da sessão.

“Os dados da pandemia”; “Insuficiência cardíaca na pandemia” e “Saúde pública e a covid-19” são os temas que estarão em debate nesta sessão.

“No mês do Coração faz todo o sentido que a AADIC promova um debate sobre as consequências da pandemia na saúde pública, nomeadamente na área da insuficiência cardíaca. Contamos com intervenientes de grande referência que nos vão permitir aferir conclusões e possíveis soluções para minimizarmos os números nos próximos meses. Convidamos desde o profissional de saúde, ao doente e à população em geral a marcar presença e a partilhar esta reflecção connosco”, conclui Luís Filipe Pereira, Presidente da AADIC.

No final da sessão online a assistência será convidada a partilhar dúvidas e pontos de vista com os oradores.

 

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