Com a utilização de novos métodos de imagem
Um estudo realizado no Reino Unido identificou, através da utilização de métodos de imagem de ponta, danos pulmonares em...

De acordo com os investigadores, estes danos não haviam sido identificados nos exames de rotina, como a tomografia computorizada, ou testes clínicos, pelo que os pacientes teriam sido informados de que os seus pulmões não apresentariam qualquer problema.  

Recentemente, num artigo publicado na Revista Radiology, a principal revista de radiologia do mundo, os investigadores da Universidade de Sheffield e da Universidade de Oxford disseram que as ressonâncias xenon hiperpolarizadas (XeMRI) tinham encontrado anomalias nos pulmões de alguns doentes com Covid-19 mais de três meses - e em alguns casos, nove meses - depois de terem saído do hospital, quando outras medições clínicas eram normais.

O principal autor do estudo, Jim Wild, Chefe de Imagiologia e Professor de Investigação de NIHR de Ressonância Magnética na Universidade de Sheffield, afirmou que estas conclusões “são muito interessantes”, explicando que “a Ressonância Magnética de 129Xe está a localizar as partes do pulmão onde a fisiologia da absorção de oxigénio é prejudicada devido aos efeitos de longa duração da Covid-19 nos pulmões, apesar de muitas vezes parecerem normais nas tomografias”.

Fergus Gleeson, professor de Radiologia da Universidade de Oxford e Radiologista Consultor dos Hospitais da Universidade de Oxford (OUH) NHS Foundation Trust, acrescentou que "muitos pacientes Covid-19 ainda estão a sentir falta de ar vários meses depois de terem tido alta hospitalar, apesar das tomografias indicarem que os seus pulmões estão a funcionar normalmente”

Isto significa que os exames de seguimento que usam esta tecnologia de ponta permitem identificar “anomalias, normalmente, não visíveis nos exames regulares”. Anomalias estas que “estão a impedir que o oxigénio entre na corrente sanguínea como deveria em todas as partes dos pulmões”.

O estudo, que é apoiado pelo NIHR Oxford Biomedical Research Centre (BRC), já começou a testar pacientes que não foram hospitalizados com Covid-19, mas que têm frequentado clínicas Covid.

"Temos um longo caminho a percorrer antes de compreender completamente a natureza da deficiência pulmonar que se segue a uma infeção Covid-19. Mas estas descobertas, que são o produto de uma colaboração clínica-académica entre Oxford e Sheffield, são um passo importante no caminho para a compreensão da base biológica da Covid de longa duração e que, por sua vez, nos ajudará a desenvolver terapias mais eficazes."

O grupo de investigação Pulmonar, Pulmonar e Respiratório Sheffield (POLARIS), liderado por Jim Wild da Universidade de Sheffield, foi pioneiro nos métodos, desenvolvimento e aplicações clínicas da ressonância pulmonar de gás hiperpolarizado no Reino Unido, realizando os primeiros estudos de investigação clínica no Reino Unido e o primeiro diagnóstico clínico do mundo com esta tecnologia.

Revela investigação
Num novo estudo, uma equipa de investigação da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong (HKUST) revela que a maioria...

Na sua mais recente pesquisa, a equipa compilou e analisou dados de 18 estudos imunológicos à resposta das células T, envolvendo mais de 850 doentes Covid-19 recuperados de quatro continentes que estão bem distribuídos em idade, sexo, gravidade da doença e tempo de recolha de sangue. Eles demonstraram que as células T nestes pacientes tinham como alvo fragmentos (epítopos) de quase todas as proteínas do vírus, incluindo a proteína do pico que é o principal alvo de muitas vacinas existentes. Como uma descoberta importante, baseada na análise de mais de 850.000 sequências genéticas SARS-CoV-2 de todo o mundo, a maioria destes epítopos parecia não ser afetada pelas variantes que atualmente preocupam as autoridades de saúde.

"Concentrámo-nos especificamente nos doentes Covid-19 recuperados, uma vez que as suas respostas imunitárias são representativas de respostas eficazes contra o vírus", explicou Ahmed Abdul Quadeer, Professor Assistente de Investigação do Departamento de Engenharia Eletrónica e Computação.

"Acreditamos que esta é uma boa notícia, particularmente para as vacinas. Em contraste com as respostas anticorpos que se mostraram afetadas por variantes, a nossa análise sugere que as respostas das células T podem ser relativamente robustas, assumindo que as respostas da vacina imitam as de infeção natural", disse Matthew Mckay, investigador que coliderou este estudo.

Enquanto revelava mais de 700 epítopos celulares T, a análise da equipa identificou 20 epítopos específicos-- a que se referem como imunoprevalentes - que induziram respostas celulares T em múltiplas coortes independentes e numa grande fração de pacientes testados. Destes, cinco apareceram altamente imunoprevalentes, registando respostas celulares T em pelo menos quatro estudos imunológicos distintos.

"Os epítopos imunoprevalentes identificados parecem representar partes do vírus que são comumente alvo por parte das células T em doentes que recuperaram da Covid-19", acrescentou o investigador. "É possível, mas sujeito a uma investigação experimental adicional, que procurar atingir estes epítopos possa desempenhar um papel na contribuição para resultados favoráveis da doença."

Condições de igualdade plena
O Centro Anti-Discriminação (CAD), projeto conjunto da Ser+ e do Grupo de Ativistas em Tratamentos (GAT), apresentou uma nova...

 “Congratulamos este Projeto de Lei que vem corrigir uma discriminação clara que persistia há demasiado tempo em Portugal e que, por exemplo, em França já conta com 20 anos de vigência. Contudo, continua a deixar de fora os doentes crónicos que realizam tratamentos que lhes proporcionam uma qualidade e uma esperança média de vida idênticas às das pessoas abrangidas pela atual proposta. É o caso das pessoas que vivem com VIH, cuja terapêutica permite que vivam de forma saudável e ativa, com uma esperança média de vida equivalente à da população geral”, afirmou Ana Duarte, Coordenadora do CAD.

“É, assim, essencial alargar a abrangência do Projeto de Lei n.º 691/XIV/2.ª, de forma a possibilitar que milhares de pessoas (que vivem com VIH e outras patologias crónicas) possam ter pleno acesso aos seus direitos, nomeadamente o direito de aquisição de uma habitação”, acrescentou.

Recorde-se que o Parlamento aprovou, na generalidade, no passado dia 14 de maio de 2021 o Projeto de Lei n.º 691/XIV/2.ª, que trata do direito ao esquecimento na existência de uma condição médica ultrapassada, o que permite a essas pessoas o acesso ao crédito bancário para compra de casa e a seguros, nomeadamente de vida, em condições de igualdade plena com os restantes cidadãos.

 

 

Investigação em crianças e adolescentes portugueses
O estudo foi realizado por docentes e investigadores da Faculdade de Educação e Psicologia (FEP) da Universidade Católica no...

Os comportamentos alimentares das crianças e jovens nos dias de hoje são cada vez mais um motivo de debate e preocupação principalmente por parte dos pais, captando, por isso, uma crescente atenção dos clínicos e investigadores. Assim, o principal foco desta investigação foi precisamente o de compreender os mecanismos coexistentes entre o comportamento alimentar e o funcionamento psicológico global de crianças e adolescentes através de uma amostra não-clínica. A realização do estudo foi, também, motivada para compreender os problemas da alimentação e da ingestão considerando a perceção dos pais e professores. “Frequency and Correlates of Picky Eating And Overeating in School-aged Children: A Portuguese Population-based Study”, é o nome do estudo desenvolvido por docentes da Faculdade de Educação e Psicologia da Católica no Porto e investigadores do Centro de Investigação para o Desenvolvimento Humano (CEDH), tendo como autores Bárbara Cesar Machado, Pedro Dias, Vânia Sousa Lima e Alexandra Carneiro - em co-autoria com Sónia Gonçalves (investigadora do GEPA, Unidade de Investigação em Psicoterapia e Psicopatologia do CIPsi – Escola de Psicologia, Universidade do Minho).

A investigação centrou-se na avaliação de um conjunto diversificado de problemas emocionais e comportamentais, incluindo a presença de picky eating (alimentação restritiva) e overeating (alimentação excessiva), em crianças e adolescentes com idades compreendidas entre os 6 e os 18 anos, numa amostra total de 2687 jovens. Esta avaliação contou com a colaboração de pais, professores e dos próprios jovens, considerando a perspetiva de cada um.

De acordo com Bárbara Cesar Machado, uma das autoras do estudo e docente da Faculdade de Educação e Psicologia, “há poucos estudos que combinem a avaliação do picky eating e do overeating em populações não-clínicas em idade escolar (6-18 anos), sobretudo se procurarmos relacionar aqueles comportamentos alimentares com a co-ocorrência de problemas emocionais e comportamentais.”

A investigadora acrescenta ainda que: “Existem vantagens na compreensão destes comportamentos numa moldura que enquadre os diversos aspetos do funcionamento comportamental, emocional e social das crianças e adolescentes, quer do ponto de vista adaptativo, quer desadaptativo, para além de também serem consideradas as competências das crianças e adolescentes (sociais, escolares e relacionadas com as atividades que desenvolvem)”.

Uma das principais conclusões deste estudo revelou que o picky eating foi identificado em 23.1% dos participantes, sendo este mais comum nas crianças mais novas. Já o overeating foi identificado em 24% dos participantes, sendo mais comum nas crianças mais velhas, com nível socio-económico mais baixo e com excesso de peso. Além disso, os resultados evidenciaram que tanto o picky eating como o overeating estão associados à presença de um conjunto diversificado de problemas emocionais e comportamentais nas crianças e adolescentes, e que por sua vez a presença destes problemas foi preditora do picky eating e overeating.

O principal contributo deste artigo foi reforçar que os resultados da investigação suportam a “possibilidade de um padrão mais vasto de problemas emocionais e comportamentais, potencialmente desadaptativos, poderem estar associados à presença de picky eating e de overeating”. Conclui-se ainda a necessidade de haver um olhar integrador sobre o funcionamento global das crianças e adolescentes quando o objetivo é compreender o terreno favorável para a emergência de problemas da ingestão e alimentação, ao longo das diferentes etapas de desenvolvimento das crianças e adolescentes. De acordo com a autora “Através da utilização da bateria de avaliação ASEBA somos capazes de avaliar o picky eating e o overeating, podendo ajudar a contribuir para o prognóstico, curso e evolução de comportamentos que podem ser transitórios ou, pelo contrário, ter uma duração mais prolongada”.

As águas residuais podem ser usadas para identificar precocemente novos surtos da COVID-19 e investigar a diversidade dos...

Os resultados do projeto de investigação COVIDETECT foram apresentados por Nuno Brôco, vice-presidente da AdP VALOR, numa sessão realizada esta quarta-feira, dia 26 de maio, e que contou com a presença de João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente e da Ação Climática, Marta Temido, ministra da Saúde e Inês dos Santos Costa, secretária de estado do Ambiente.

Lançado em abril de 2020 e financiado pelo FEDER através do programa Compete 2020, o projeto COVIDETECT está a ser desenvolvido por um consórcio integrando várias empresas do grupo AdP, a Ciências ULisboa [Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c) e Centro de Estatística e Aplicações da Universidade de Lisboa (CEAUL)] e o Laboratório de Análises do Instituto Superior Técnico da ULisboa.

A metodologia desenvolvida para deteção e quantificação do vírus SARS-CoV-2 em águas residuais foi aplicada a cinco Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) localizadas nos grandes centros urbanos de Lisboa, Cascais, Gaia e Guimarães, servindo cerca de 20% do total da população nacional e abrangendo regiões com elevada prevalência da doença. Adicionalmente, monitorizou-se a circulação do vírus nas redes de drenagem dos efluentes do Hospital Curry Cabral, em Lisboa, do Hospital Eduardo Santos Silva, em Vila Nova de Gaia, e do Hospital Senhora da Oliveira, em Guimarães.

No total, foram analisadas 760 amostras de águas residuais, entre 27 de abril e 2 de dezembro de 2020, confirmando-se que os dados obtidos para SARS-CoV-2 a partir das águas residuais não tratadas seguiam, de forma bastante ajustada, os novos casos diários reportados para as regiões em que se encontram as ETAR testadas neste estudo.

Foram analisadas amostras de águas residuais tratadas, tendo-se detetado nalgumas a presença de material genético de SARS-CoV-2 que se confirmou não ter capacidade infeciosa, ou seja, sem potencial para transmissibilidade ou impacto para o meio recetor.

"O COVIDETECT é um projeto piloto de ID&I que juntou competências de diferentes entidades na área da microbiologia, diagnóstico molecular, genómica, estatística e gestão de sistemas de saneamento, com a missão de contribuir para o esforço de acumulação de conhecimento e controlo da pandemia COVID-19. Criou oportunidades de grande interação, quer a nível interno, em Ciências, nomeadamente entre o cE3c e o CEAUL, mas também com os ecossistemas de inovação do setor empresarial do Estado e, ainda, com outras escolas da Universidade de Lisboa”, explica Mónica Vieira Cunha

O consórcio coordenou ainda o estudo de sequenciação do genoma de SARS-CoV-2 de amostras selecionadas de águas residuais colhidas no período do estudo, em diferentes fases da epidemia COVID-19 em Portugal, tendo detetado mutações das variantes da Califórnia e da Nigéria, detetadas no final de outubro em Lisboa e no início de novembro em Serzedelo respetivamente.

Para Mónica Vieira Cunha, professora do Departamento de Biologia Vegetal da Ciências ULisboa, investigadora do cE3c e coordenadora científica do projeto “ficou demonstrada a viabilidade da vigilância precoce da evolução da pandemia através da monitorização das águas residuais, numa perspetiva de complementaridade com a vigilância sindrómica, com particular relevância para entender as tendências de aumento ou diminuição da transmissão comunitária e a ocorrência de surtos, mas também na identificação precoce de mutações das variantes de interesse clinico em circulação na comunidade”.

COVIDETECT colabora com a Comissão Europeia

O consórcio responsável pelo projeto COVIDETECT tem vindo a colaborar com a Comissão Europeia no âmbito da iniciativa pan-europeia relativa à utilização das águas residuais como sentinela da presença do SARS-CoV-2 na população, tendo nomeadamente contribuído para a redação final da Recomendação (EU) 2021/472 da Comissão relativa a uma abordagem comum para o estabelecimento de uma vigilância sistemática do SARS-CoV-2 e das suas variantes nas águas residuais da UE, em 17 de março de 2021.

“Os esforços desenvolvidos neste piloto poderão ser capitalizados, não só pelas autoridades nacionais nas próximas etapas de gestão da pandemia, mas também na capacitação de outras entidades gestoras de sistemas de saneamento e na transferência de conhecimento. Acresce que as ferramentas e procedimentos desenvolvidos no COVIDETECT podem não só ser aplicados a SARS-CoV-2, mas também transpostos para outros vírus, bactérias ou eucariotas, gerando informação sobre a sua abundância em águas residuais brutas, águas residuais tratadas e no ambiente recetor”, conclui Mónica Vieira Cunha.

"O conhecimento e experiência gerados nestes 12 meses foram partilhados com a Comissão Europeia, tendo contribuído, em paralelo com outros países ativos neste domínio, para definir os moldes da Recomendação nº 2021/472 de 17 de março que preconiza a implementação de um sistema de monitorização de SARS-CoV-2 em cerca de 70% da população europeia baseado nas águas residuais”, revela Mónica Vieira Cunha.

 

Aplicação móvel criada por médicos e para médicos
A Alfasigma Portugal e a TONIC APP, startup portuguesa que disponibiliza uma aplicação móvel criada por médicos e para médicos,...

Rui Martins, diretor de Marketing e responsável pela área de Relações Públicas da Alfasigma refere que “a parceria da Alfasigma com a TONIC APP representa mais um passo na nossa visão e missão para proporcionar uma melhor saúde e qualidade de vida aos doentes, ao mesmo tempo que procuramos prestar um melhor serviço a profissionais de saúde. Ao trabalharmos lado a lado com a TONIC APP acreditamos que estamos ainda a acrescentar valor à área da saúde digital”.

Com uma abordagem em 3 áreas distintas, esta parceria dá palco à doença venosa crónica que afeta, no geral, 1/3 da população portuguesa, dos quais cerca de 2 milhões de mulheres com mais de 30 anos de idade1. Também a encefalopatia hepática, uma descompensação muito frequente da cirrose hepática que pode ser muito exigente para a equipa médica, para os cuidadores e para os próprios recursos de saúde. Aos temas apresentados somamos ainda os distúrbios funcionais do intestino que afetam 30% da população portuguesa e com tendência para aumentar, particularmente nos países industrializados. “Ao explorarmos estas patologias através da TONIC APP estamos a aproximar a Medicina Geral e Familiar das restantes especialidades médicas. Um cenário que tem um resultado claro no melhor tratamento dos doentes.” reforça Rui Martins.

Tonic App é uma aplicação móvel portuguesa, criada em 2016, estando atualmente disponível no território nacional e contando já com mais de 19.000 utilizadores portugueses, mas também em Espanha, França e Itália. Em 2018, venceu o segundo prémio da competição de apps médicas da MEDICA, a maior feira de saúde do mundo e foi nomeada pela revista Forbes como uma das 60 startups lideradas por mulheres que estão “a agitar a tecnologia pelo globo”. A Tonic App disponibiliza informação tratada de forma independente por uma equipa especializada, baseada em fontes científicas e de entidades oficiais, o que transmite credibilidade e entrega de valor aos médicos.

 

Nova estirpe P.4
Esta terça-feira uma equipa de cientista anunciou a existência de uma nova variante do coronavírus no Brasil, já identificada...

A Sociedade Brasileira de Virologia (SBV) nomeou a nova estirpe P.4 e indicou numa nota que esta contém a mutação L452R na proteína do pico do vírus, uma alteração também presente na variante indiana (B.1.617).

De acordo com as notícias hoje avançadas, a equipa de investigadores que fez a descoberta suspeita que esta nova estirpe possa derivar da mesma linhagem que deu origem à P.1, detetada na cidade de Manaus, no estado do Amazonas, e considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma variante preocupante.

Desde 4 de maio, quando foi identificada pela primeira vez numa amostra, a P.4 foi encontrada em 21 municípios do interior de São Paulo, encontrando-se a circular livremente em Porto Ferreira.  

Ainda não há informação sobre se esta nova estirpe é mais transmissível, como é o caso da P.1, que é até três vezes mais contagiosa.

No entanto, a presença da mutação L452R, que também está presenta na variante do vírus detetado na Califórnia (EUA), está associada ao aumento do poder de infeção e parecendo escapar aos anticorpos gerados naqueles que já tiveram a doença.

Esta nova descoberta, que envolve várias instituições académicas, como a Universidade Estadual Paulista (Unesp), coincide com uma subida nos casos de Covid-19, uma doença que causa coronavírus, no país, que acumula 452.031 e 16,2 milhões de positivos em apenas quinze meses.

 

 

Animal estava assintomático
Investigadores da Universidade Complutense de Madrid (UCM) detetaram o primeiro de um animal de estimação infetado com a...

O achado foi feito por uma equipa do Centro de Vigilância Veterinária da UCM, que durante meses estudou a prevalência e a seroprevalência do vírus em animais de estimação com a colaboração das universidades de Castilla-La Mancha e Córdoba.

O animal em questão, avança o jornal El Mundo, testou positivo ao vírus. Após isolarem o vírus sequenciaram a proteína de pico e detetaram até 12 mutações genéticas, 9 delas características da variante britânica.

Até agora, o projeto estudou cerca de 800 cães e gatos, quase cem furões, 24 linces e um vison selvagem, de dois grupos: um seletivo, com animais que tinham estado em contacto com pessoas positivas ou com sintomas compatíveis e um aleatório.

Os principais resultados indicam que 95% dos cães ou gatos foram infetados porque estão em contacto com pessoas infetadas, embora a maioria destes animais mal tenha desenvolvido sintomas.

As características infeciosas destas variantes em animais ainda não são conhecidas, embora a variante britânica já tenha sido associada ao aparecimento de cardiomiopatias em animais de estimação do Reino Unido, refere a publicação.

 

Saiba quais são
Por vezes há perigos que espreitam dos quais não damos conta.

"Este sábado, ao pentear o cabelo do meu bebé de dois anos de idade, deparei-me com uma carraça estrela. Procurei manter a calma para removê-lo de maneira segura para que não fossem depositados parasitas que se libertam quando o hospedeiro está em risco de vida, neste caso a carraça. Com uma pinça, removi na horizontal, para cima, sem espremer a carraça e, depois, descartei corretamente. Tenho um cão e um gato logo, o segundo passo é procurar saber de onde é o foco. Analisei os tapetes e todos os objetos da casa onde poderiam ter carraças. Analisei os bichinhos e logo me programei para no dia seguinte comprar coleira anti pulgas para ambos", explica.

Segundo o cientista, devemos estar cientes de todas as doenças que este pequeno animal pode transmitir aos seres humanos. Abreu deixa uma lista e as suas implicações e de que forma elas se podem manifestar.

Há mais de uma doença que pode contrair devido à carraça, entre elas, a febre maculosa, doença de Lyme e a doença de Powassan.

Febre maculosa

Essa doença é transmitida pela bactéria Rickettsia rickettsii que infecta a carraça e é transmitida ao ser humano quando mordido. Para que seja transmitida a doença à corrente sanguínea, a carraça precisa ficar de 4 a 10 horas em contato com a pessoa.
Os sintomas são aparecimento de manchas vermelhas nos tornozelos e punhos que não causam comichão, febre acima de 39ºC com calafrios, dor abdominal, dor de cabeça e dor muscular constante, diarreia, entre outros.

Doença de Lyme

- a doença do cantor e ídolo Justin Bieber

Esta doença acomete principalmente a região do hemisfério norte do planeta, é transmitida pela carraça do género Ixodes, a bactéria causadora da doença chama-se Borrelia burgdorferi.

Os sintomas são inchaço e vermelhidão na região da mordida. A bactéria quando entra na corrente sanguínea, pode chegar aos órgãos e causar graves complicações que podem levar à morte.

Doença de Powassan

Este vírus infeta carraças e ao ser mordido, o ser humano pode não sentir os sintomas ou ter sintomas comuns como febre, dor de cabeça, vómito e fraqueza. É um vírus neuroinvasivo, ou seja, ele ataca o sistema nervoso, as células neuronais.
Nos casos mais graves, os sintomas causados pela inflamação são de inchaço do cérebro conhecido como encefalite, inflamação do tecido que envolve a medula e o cérebro, denominada meningite. Outros sintomas são a perda de coordenação, confusão mental, problemas com a fala e a memória. Este vírus pode ser transmitido em poucos minutos.
O tempo de incubação é de até sete dias, depois começam os sintomas após a mordida.
Abreu considera importante que se esteja atento e se saiba identificar os sintomas caso exista transmissão da doença. É ainda importante estar atento, saber proteger os animais de estimação para proteger a casa e quem nela habita.

"A carraça é o vetor de doenças devido ao parasita que usa animais como hospedeiros para obter o sangue necessário para se desenvolver. Matar a carraça enquanto está presa não é recomendado já que pode libertar o parasita que busca um novo hospedeiro. Nem toda a carraça está infetada, caso esteja, de acordo com a literatura, quanto menos tempo ela ficar em contato com a pele, menor será a probabilidade de contrair doença.", conclui.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
O que precisa saber
A campanha internacional #JustAMyth tem como objetivo contribuir para o “empowerment” das mulheres, ajudando a explicar alguns...

#JustAMyth 1: É normal ter menstruações abundantes

A hemorragia uterina abundante (HUA) é uma condição médica em que o fluxo menstrual é excessivo e pode afetar de forma negativa a qualidade de vida física, social e emocional de uma mulher. Uma em cada três mulheres sofre de HUA em algum momento da sua vida. Esta é uma condição que pode ocorrer sozinha ou em conjunto com outros sintomas. No entanto, existem várias opções de tratamento disponíveis. Fale com o seu médico para saber se sofre de HUA e quais as opções que podem ser adequadas para o seu caso.

#JustAMyth. 2: As mulheres não podem mudar as suas hipóteses de ter cancro da mama

Muitos dos fatores de risco mais importantes para o cancro da mama estão para lá do nosso controlo, como ser mulher, a idade, fatores genéticos e histórico familiar. Adicionalmente, ter seios densos aumenta o risco de desenvolver cancro da mama. MAS: As mulheres podem tornar-se ativas na prevenção e reduzir o risco de cancro da mama tanto quanto possível, por exemplo, praticando atividades físicas, mantendo uma dieta equilibrada e peso saudável, para além de não serem fumadoras. Por fim, fazer os exames de rotina recomendados é também um bom começo.

#JustAMyth 3: A menopausa começa de forma repentina aos 50 anos

A menopausa é um processo natural e inevitável devido ao envelhecimento dos ovários, uma vez que estes produzem cada vez menos hormonas sexuais. Embora a idade média para a menopausa seja aos 51 anos, as mulheres podem começar a sentir as suas manifestações (como a irregularidades nos períodos menstruais, afrontamentos e distúrbios do sono) aos 40 anos (ou em alguns casos até aos 30). Os sintomas da menopausa podem ser duradouros e debilitantes, afetando tanto a vida privada, quanto a produtividade no trabalho, mas as mulheres não precisam de viver com eles. Fale com o seu médico sobre os seus sintomas e como é que eles podem ser tratados.

#JustAMyth 4: O cancro da mama causa sempre um caroço que eu posso sentir

O cancro da mama nem sempre causa um nódulo distinto, especialmente nos estadios iniciais. É possível que, quando isso acontecer, o cancro já se tenha espalhado para além da mama para os nódulos linfáticos. Os exames regulares, como a mamografia, podem ajudar a detetar a doença no seu estadio inicial e tratável.

#JustAMyth 5: As mulheres jovens não têm endometriose

Estima-se que até 15% das mulheres em idade fértil são afetadas pela endometriose, uma doença recorrente e persistente nas mulheres. A endometriose pode ser física e emocionalmente debilitante, reduzindo significativamente a qualidade de vida geral das mulheres, exercendo um impacto negativo no seu desempenho académico e produtividade no trabalho. Fale com o seu médico se sentir que pode ser afetada por esta doença para descobrir quais as opções de tratamento que podem ser adequadas ao seu caso.

#JustAMyth 6: Se eu tiver qualquer tipo de cancro no tecido mamário, uma mamografia com certeza vai encontrá-lo

As mamografias padrão não detetam cerca de 20 por cento dos cancros da mama no momento do diagnóstico. Para os tipos de cancro com mais risco a triagem adicional, como a ressonância magnética ou mamografia com contraste, pode ser uma boa opção. Isto é particularmente importante em mulheres com seios densos, onde é ainda mais difícil ver um tumor numa mamografia. Fale com o seu médico sobre a sua densidade mamária e o método de check-up para diagnóstico mais adequado para si.

#JustAMyth 7: Os métodos naturais para controlo da natalidade não exigem rotinas

Os métodos naturais para controlo da natalidade podem basear-se na duração do ciclo menstrual ou na identificação de sinais e sintomas (como a temperatura basal e muco cervical) para determinar o período fértil. Estes métodos não têm interferência química ou mecânica e não exigem nenhuma toma. No entanto, exigem um entendimento aprofundado da mulher sobre o seu ciclo menstrual, monitorização rigorosa e diária dos sinais de fertilidade e períodos de abstinência sexual. Não são métodos recomendados a mulheres em extremos da vida fértil (adolescência, perimenopausa), têm menor eficácia (até 24% das mulheres pode engravidar no 1º ano de uso) e podem ser difíceis (e até impossíveis) de usar por mulheres com ciclos irregulares ou quando existem condições médicas que dificultam a monitorização dos sinais de fertilidade.

Classificação, sintomas e tratamento
Ao longo dos anos temos assistido a um aumento dramático da prevalência da diabetes mellitus (DM) se

O aumento do número de pessoas com diabetes e o aumento da esperança de vida tem-se traduzido também no aumento das complicações associadas resultante do efeito vascular e metabólico da doença.

A neuropatia diabética (ND) é uma complicação grave da diabetes pelos sintomas debilitantes associados e pelo elevado risco de outras complicações, em particular aquelas relacionadas com os membros inferiores, sendo na maioria das vezes abordada no contexto do pé diabético. Está entre as complicações mais comuns da diabetes, sem definição de caso consensual, com um amplo espectro de manifestações clínicas, sem cura, sem testes de diagnóstico precoce e sem tratamento específico a nível global à exceção do bom controlo glicémico (menos evidente na DM tipo 2) e ao controlo de fatores de risco cardiovasculares; afeta a sensibilidade somática, os nervos motores e autonómicos, e pode manifestar-se de forma focal, difusa e generalizada, proximal ou distal.

A prevalência da neuropatia diabética está estimada em 7% após 1 ano de diagnóstico da DM e em 50% para aqueles com mais de 25 anos de diagnóstico, no entanto, se considerarmos a sua característica subclínica, pensa-se que a prevalência pode ser superior a 90% (segundo Vinik).

Fatores de risco

Existem vários fatores de risco para o desenvolvimento da neuropatia diabética, são reconhecidos como os mais importantes o deficiente controlo da diabetes, duração da diabetes, estatura e idade; e como possíveis a HTA, tabaco, microalbuminúria, dislipidémia e obesidade.

Fisiopatologia

A alteração inicial é estrutural nas pequenas fibras amielínicas, acompanhada de desmielinização paranodal e segmentar das fibras mielínicas ou finamente mielinizadas, com fraca resposta regenerativa. A perda de fibras nervosas é a causa da insensibilidade da polineuropatia diabética sensitivo-motora. Foram encontradas outras alterações nos vasos endoneuronais, tais como o espessamento da membrana basal, proliferação endotelial e hipertrofia; alterações vasculares relacionadas com o débito sanguíneo, níveis de oxigénio, e lesões atribuídas a aterosclerose. A hiperglicemia crónica ou aguda é o gatilho das alterações bioquímicas e imunológicas como a ativação da via poliol, o aumento do stress oxidativo, a formação de produtos finais de glicação avançada (AGE, advanced glication end products) resultam num processo inflamatório associada a secreção de citocinas pró-inflamatórias, com consequente aumento da permeabilidade vascular, angiogenese, vaso constrição e isquémica. Estas alterações incluem as complicações microvasculares e macrovasculares.

Tipos

A neuropatia diabética não é uma entidade singular. Existem várias classificações para as várias apresentações da neuropatia diabética de acordo com a forma de apresentação, extensão, sintomatologia e gravidade da doença. O Consenso de Toronto em 2009 (The Toronto Consensus Panel on Diabetic Neuropathy) classificou as neuropatias pelo seu padrão de envolvimento em focais, multifocais ou generalizadas.

As focais incluem as mononeuropatias múltiplas como a neuropatia do nervo mediano- síndrome do túnel cárpico, as multifocais incluem as mononeuropatias múltiplas como as neuropatias por radiculopatias lombosagradas, torácicas, cervicais.

As generalizadas são classificadas como típicas e atípicas. A típica é definida como crónica e inclui a polineuropatia simétrica distal a mais frequente e a mais reconhecida sendo a que apresenta um padrão anatómico de manifestação dos sintomas sensitivos de meia-luva. As formas atípicas são formas menos estudadas a sua apresentação pode ser aguda, subaguda ou crónica e devem ser referenciadas a consulta de neurologia.

A polineuropatia (PN) simétrica distal é a forma de neuropatia diabética mais comum, deve-se a uma axonopatia retrógrada praticamente sem resposta regenerativa que, frequentemente, envolve as pequenas fibras amielínicas e as fibras maiores mielínicas dos nervos. As pequenas fibras quando afetadas manifestam-se com a presença de dor, sem sinais ao exame objetivo, e sem tradução da lesão nos exames de condução nervosa. O seu envolvimento pode estar presente em fases precoces do diagnóstico de DM com elevado risco para as lesões nos pés, tendo como base o diagnóstico de exclusão.

As grandes fibras estão associadas à insensibilidade que podem levar à ulceração do pé, à ataxia, ao desequilíbrio e aumento do risco de quedas.

A componente motora é responsável pelas deformações características, proeminência da cabeça dos metatarsos e do arco médio e dedos em garra e por alterações na biomecânica que provocam maior suscetibilidade ao trauma.

A disfunção autonómica é comum nos pacientes com longa evolução da diabetes associada muitas vezes a perda da qualidade de vida, morbilidade e a crescente mortalidade sendo mais frequente quando o relacionada com o aparelho cardiovascular com manifestação hipotensão postural, variações da pressão arterial, taquicardia em repouso e a morte súbita, pode também envolver o aparelho gastrointestinal com atraso do transito alimentar e gastroparésia, envolvimento do sistema genitourinário com disfunção sexual eréctil, disfunção do aparelho urinário que inclui disúria, aumento da frequência urinária, nictúria, esvaziamento incompleto da bexiga e incontinência urinária. No Pé manifesta-se com redução da sudação com pele seca e aumento do débito sanguíneo pela presença de shunts arteriovenosos.

É uma complicação subdiagnosticada pois nem sempre é acompanhada por sintomas positivos, quando acontece, traduzem dor neuropática na maioria das vezes com evolução crónica. Quando só temos sintomas negativos dizemos que apresenta uma manifestação subclínica/silenciosa pelo que os programas de rastreio e a suspeição clínica são essenciais para o seu diagnóstico.

Os sintomas de dor neuropática são globalmente chamados de descritores da dor neuropática e são sempre patológicos, espontâneos podendo em alguns casos, como a alodinia, e a hiperalgesia serem evocados e manifestam-se de uma forma progressiva. É grande e frequente o espectro da gravidade destes sintomas, desde alguns doentes apenas com queixas menores como formigueiro localizado até pessoas com sintomas incapacitantes que provocam privação do sono e podem resultar em depressão com interferência no trabalho e vida social.

Diagnóstico pode ser considerado sob 3 aspetos:

  • No contexto dos cuidados de saúde primários, o rastreio do pé diabético na avaliação do risco clínico para úlcera de pé, o rastreio da neuropatia diabética pode ser usado para diagnosticar precocemente a neuropatia diabética. Deve incluir a história clínica de lesões e de sintomas neuropáticos, o exame objetivo deve incluir a inspeção de ambos os pés, estado da pele, sudação, ulceração, calosidades, deformidades, atrofia muscular. Deve ser avaliada a sensibilidade protetora nos pés com monofilamento de 10gr e pesquisa da sensibilidade vibratória.
  • No contexto da presença de sintomas o diagnóstico da etiologia da dor num paciente com sintomatologia neuropática nos membros inferiores. História clínica para diagnóstico diferencial do tipo de dor e exclusão outras etiologias com manifestação idêntica, exame objetivo/exame neurológico sumário. Muitas vezes é um diagnóstico de exclusão.
  • No âmbito de estudos clínicos/ investigação clínica necessita de uma avaliação muito mais pormenorizada e à parte da história e exame objetivo exige outros exames como testes sensoriais quantitativos (QST) e eletrofisiologia.

Para a neuropatia autonómica devem ser aplicados testes- padrão para avaliação da função autonómica simpática e parassimpática.

Em todos os casos deve ser atribuída educação terapêutica em relação ao autocuidado do pé de acordo com o grau de risco no sentido da prevenção da lesão.

Os fármacos de primeira linha para alívio da dor neuropática são a Gabapentina, Pregabalina; Amitriptilina e Duloxetina. Estes têm apenas efeito no alívio sintomático da dor. Os potenciais efeitos adversos condicionam por vezes a sua utilização, sendo válida a utilização de vitaminas do complexo B como terapêutica adjuvante, no tratamento de sintomas de ND.

Quanto à vitamina B12, mais do que um papel na abordagem da neuropatia, o seu défice pode ter um papel na génese da neuropatia; sendo conhecida a

associação entre terapêutica de longa duração com metformina e o défice de vitamina B12.

Nunca é de mais referir que as complicações da diabetes não são condições inevitáveis do diagnóstico da diabetes. Elas podem ser prevenidas e cada vez mais, as medidas preventivas e o acompanhamento da pessoa com neuropatia por uma equipa multidisciplinar especializada, são parte essencial da consulta de diabetologia e de pé diabético.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Situação Epidemiológica
Nas últimas 24 horas, foi registada mais uma morte associada à Covid-19 e identificados mais 594 novos casos de infeção.

Segundo o boletim divulgado, há mais um óbito a assinalar, associado à Covid-19, desde o último balanço. A região autónoma da Madeira foi a única região, em todo o território português, a registar uma morte.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 594 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 280 novos casos e a região norte 185. Desde ontem foram diagnosticados mais 64 na região Centro, 13 no Alentejo e 18 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais oito infeções e 26 nos Açores.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 233doentes internados, menos quatro que ontem. Já as unidades de cuidados intensivos contam agora com mais um doente. Estão, atualmente, nas UCI 53 doentes internados.

O boletim desta quarta-feira mostra ainda que, desde ontem, 417 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 807.065 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 22.347 casos, mais 176 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 762 contactos, estando agora 20.613 pessoas em vigilância.

28 de maio
A CUF e a Fundação Amélia de Mello promovem, no próximo dia 28 de maio, a conferência "O Contributo da CUF para a Medicina...

Ao longo de quatro décadas de carreira dedicadas à investigação na área da oncologia, Sandra Swain destacou-se, no panorama internacional, com o estudo “CLEOPATRA Study Group” que foi considerado “o ponto de viragem” no tratamento do cancro da mama metastizado HER2+. Sandra Swain liderou a equipa de investigadores que, em 2015, publicou, no New England Journal of Medicine, o estudo que marca o tratamento de um cancro considerado até então letal.

Esta investigação, que define a formulação de uma combinação terapêutica, permitiu aumentar a taxa de sobrevida dos doentes com cancro da mama metastizado HER2+ para quase 16 meses, alcançando, em muitos casos, vários anos de vida.

Dados recentes, divulgados por Sandra Swain, demonstram que 37% dos doentes com cancro da mama metastizado HER2+ continuam vivos após o diagnóstico e tratamento e que 16% dos casos não viram a doença progredir após terem sido submetidos à combinação terapêutica definida pelo estudo liderado por Sandra Swain.

Presidente da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), de 2012 a 2013, a oncologista tem dedicado a sua vida à investigação do cancro, que inclui ensaios clínicos e pesquisas translacionais em tumores de mama metastático e inflamatório, tratamento adjuvante de cancro da mama e tratamentos de cancro da mama metastático HER2.

Publicou mais de 300 artigos científicos e é reconhecida internacionalmente como líder na área da investigação e tratamento do cancro da mama. Atualmente lidera o Departamento de Investigação e Desenvolvimento do Centro Médico da Universidade de Georgetown e tem vindo a trabalhar em estreita colaboração com a indústria e parceiros da comunidade para melhorar acesso dos doentes a tratamentos e tecnologias de ponta, ampliando as oportunidades de investigação clínica.

A Conferência “O Contributo da CUF para a Medicina em Portugal”, no âmbito do Programa de Comemorações dos 150 Anos de Alfredo da Silva, que tem como tema central a Inovação em Saúde, contará, igualmente, com especialistas nacionais que irão abordar áreas como a Inteligência Artificial aplicada à Saúde - com Ana Teresa Freitas, da HeartGenetics -, a Simulação Médica - com Pedro Garcia, do Centro de Simulação CUF - e a Inovação Farmacológica - com Sérgio Simões, da Bluepharma.

A abertura da conferência estará a cargo de Vasco de Mello, Presidente da Fundação Amélia de Mello e de Rui Diniz, Presidente da Comissão Executiva da CUF. João Paço, Presidente do Conselho Médico da CUF e Diretor Clínico do Hospital CUF Tejo, fará, também, uma intervenção sobre “O Contributo da CUF: Um modelo clínico diferenciador”.

A conferência "O Contributo da CUF para a Medicina em Portugal" integra o ciclo de conferências do Programa de Comemorações dos 150 anos de Alfredo da Silva, constituindo-se como um espaço de reflexão sobre a atuação da CUF no sistema de saúde em Portugal, ao longo de mais de sete décadas, ao mesmo tempo que pretende ser um contributo para a promoção do conhecimento sobre a Inovação em Saúde.

Iniciativa decorre no âmbito de uma campanha da ANADIAL e do Dia Mundial da Criança
A Associação Nacional de Centros de Diálise (ANADIAL) vai realizar várias sessões de esclarecimento sobre a doença renal...

As sessões de esclarecimento estão adaptadas para os alunos que se encontrem no ensino básico e secundário, e vão ser realizadas, em formato online, para as escolas de Almancil, Lisboa e Figueira da Foz.

“Esperamos que esta iniciativa online possa contribuir de forma positiva para o programa de educação em saúde das várias escolas, bem como prevenir e reduzir a incidência da doença renal crónica. Desta forma, iremos continuar a promover diversas ações de consciencialização, ministradas por médicos e enfermeiros, em escolas básicas e secundárias de norte a sul do país, proporcionando aos alunos a oportunidade de aprender a cuidar da saúde dos seus rins”, explica Jaime Tavares, presidente da ANADIAL.

A campanha “A vitória contra a doença renal começa na prevenção” conta com o apoio da Associação de Doentes Renais de Portugal, da Associação Portuguesa de Enfermeiros de Diálise e Transplantação, da Associação Portuguesa de Insuficientes Renais, da Sociedade Portuguesa de Nefrologia e da Sociedade Portuguesa de Transplantação.

A doença renal crónica caracteriza-se pela deterioração lenta e irreversível da função dos rins. Como consequência da perda desta função, existe retenção no sangue de substâncias que normalmente seriam excretadas pelo rim, resultando na acumulação de produtos metabólicos tóxicos no sangue (azotemia ou uremia). Os doentes com diabetes, hipertensão arterial, obesidade e historial familiar de doença renal podem estar em risco de desenvolver esta doença.

 

 

 

Inquérito online
A pandemia por COVID-19 levou a que o uso da máscara faça parte do dia-a-dia em muitas partes do mundo. Mas para quem sofre de...

Embora o uso da máscara seja essencial para a saúde pública, os resultados do novo inquérito online, no qual participaram 220 pessoas do Canadá e da Alemanha, revelam que quase dois terços dos inquiridos (63%) estão a experienciar um agravamento dos sintomas relacionado com o uso da máscara, como vermelhidão (75%), borbulhas e/ou pústulas (72%) e mais surtos (53%).

Um estudo clínico recente e independente realizado em Itália, que investiga o impacto do uso da máscara em doentes com rosácea e acne, também revelou que o uso prolongado de máscaras aumenta a gravidade da doença e afeta significativamente a qualidade de vida dos doentes com rosácea e acne.

Apesar do agravamento dos sintomas, mais de 1 em cada 2 (52%) inquiridos admitiram usar a máscara como forma de ocultar a doença e 40% referiu não sair tão frequentemente para evitar o uso de máscara. O inquérito também evidenciou que quase um terço (30%) está a dedicar mais tempo à sua rotina de cuidado da pele durante a pandemia.

Adicionalmente, quase metade (48%) alterou a forma como gere a doença desde que usa máscara; 51% tem experimentado produtos não sujeitos a receita médica e só 27% recebeu por parte do médico a prescrição de um novo tratamento.

O Departamento Médico Global da Galderma comenta estes resultados: “Com apenas um terço dos doentes com rosácea a agendar uma consulta com o seu médico durante a pandemia, há um enorme motivo de preocupação. O nosso inquérito sugere que mais doentes estão a automedicar-se, o que poderá significar que estão a utilizar produtos que não são adequados para a sua patologia cutânea, e isto poderia acabar por fazer mais mal do que bem”.

Durante a atual pandemia, a automedicação e a fraca adesão aos tratamentos prescritos para a rosácea são uma preocupação.

"Se sofrer de rosácea, não tenha medo de contactar com o seu médico pelo telefone, videochamada, ou se possível, de forma presencial. É importante cumprir com os tratamentos prescritos e procurar ajuda médica no caso de notar o agravamento dos sinais e sintomas da rosácea devido ao uso da máscara", alerta a Galderma em comunicado. O inquérito demonstrou que apenas um terço (33%) dos inquiridos consultou um médico de forma presencial desde o início da pandemia, e que só 8% realizou uma consulta através de videochamada. Dos que não agendaram consulta, 47% afirmou que não queria agendar, enquanto que 21% afirmou não ter conseguido agendar.

Sessão gratuita mas exige inscrição
Realiza-se, no próximo dia 15 de junho, terça-feira, às 9H30, no Grande Auditório do Museu do Oriente, a 9.ª edição da...

Com a presença confirmada de Diogo Serra Lopes, secretário de Estado da Saúde, na sessão de abertura, e Pedro Siza Vieira, Ministro da Economia, na sessão de encerramento, a conferência conta ainda com a participação de inúmeras outras personalidades de relevo no panorama político, social e académico.

Como habitualmente, no primeiro painel, será apresentado o Índice de Saúde Sustentável, desenvolvido pela NOVA Information Management School (NOVA IMS), que nesta edição destaca a resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) face à pandemia de Covid-19. A Pedro Simões Coelho, Presidente do Conselho Científico e Professor Catedrático da NOVA IMS, juntam-se para discussão dos resultados Adalberto Campos Fernandes, ex-ministro da Saúde, e Ricardo Batista Leite, deputado e vice presidente do grupo parlamentar do PSD.

Sob o mote “É tempo de olhar em frente”, será ainda promovido um debate sobre a recuperação da atividade do SNS no pós-pandemia e o futuro dos cuidados de saúde em Portugal. Este segundo painel reúne Alexandre Lourenço, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, António Araújo, diretor do serviço de oncologia médica do Centro Hospitalar e Universitário do Porto, Armando Carvalho, diretor do serviço de medicina interna do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e Carlos Rabaçal, chefe do serviço de cardiologia do Hospital Vila Franca de Xira.

Este tema será ainda objeto de discussão num webinar, no dia 1 de junho, pelas 18h, que antecede a conferência Sustentabilidade em Saúde. Neste pré-evento, transmitido no site do DN, estarão presentes Tamara Milagre, presidente da EVITA (Associação de Apoio a Portadores de Alterações nos Genes relacionados com Cancro Hereditário), Ricardo Mexia, presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública e Guilherme Macedo, diretor do serviço de gastrenterologia do Centro Hospitalar Universitário de São João e presidente eleito da Organização Mundial de Gastrenterologista.

 A entrada na 9ª. Conferência Sustentabilidade em Saúde é gratuita mediante inscrição que pode ser feita aqui.

 

Só este ano utentes pouparam 181 milhões
No período de 2021 a 2023, o lançamento de novos medicamentos genéricos pode gerar uma poupança adicional, em regime...

Só este ano, a dispensa de medicamentos genéricos em ambulatório já permitiu poupar mais de 180 milhões de euros, de acordo com o contador das poupanças disponível no site desta associação. Em 2020, um ano marcado pela pandemia da COVID-19, os medicamentos genéricos geraram uma poupança de 462 milhões de euros ao Estado e às famílias portuguesas, o que a presidente da APOGEN considera ser “uma ajuda muito grande à sustentabilidade financeira do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e das famílias”.

Numa altura em que a associação completa 18 anos de crescimento em Portugal, a presidente realça os principais resultados do trabalho desenvolvido: “O investimento nos medicamentos genéricos e biossimilares contribuiu para que fosse possível alocar mais recursos ao dispor do SNS, criar mais postos de trabalho e contribuir para a economia, nomeadamente através da exportação”. Só no ano passado, a exportação de medicamentos produzidos em Portugal representou 1,5 mil milhões de euros.

Perante estes números, a presidente sublinha que o “Governo deve estar ao lado daqueles que criam mais-valias e facilitam uma gestão equilibrada dos seus recursos”. A APOGEN acrescenta, ainda, que “o acesso a cuidados de saúde, através da maior penetração dos medicamentos genéricos e biossimilares no mercado, é um importante indicador de desenvolvimento económico e social da sociedade, e tal é uma realidade nos países mais ricos da Europa, os quais têm todos uma elevada quota de mercado destas soluções terapêuticas”.

Sob o lema “18 anos ao lado dos portugueses para mais acesso e melhor saúde”, a APOGEN assinala um percurso que contribuiu para o aumento da confiança dos portugueses nestas soluções terapêuticas e permitiu um maior acesso a medicamentos mais acessíveis, com inquestionável qualidade, eficácia e segurança.

 

Estudo colaborativo
Um consórcio constituído por cinco parceiros europeus, do qual o Centro Hospitalar e Universitário (CHUC) faz parte, recebeu do...

De acordo com o CHUC, “trata-se de um projeto a dois anos e que terá a empresa sueca Tada Medical a trabalhar com as empresas irlandesas Gasgon Medical e a Remote Signals para desenvolver dispositivos médicos para reduzir as questões de desconexão intravenosa (IV) e Air-in-Line, respetivamente, enquanto a Remote Signals irá criar um dispositivo do tipo sensor ligado à cloud para informar remotamente os clínicos sobre o desempenho da infusão. Os resultados esperados para este projeto, irão determinar se a tecnologia desenvolvida vai contribuir para melhorar a entrega de medicamentos intravenosos em ambientes hospitalares e de cuidados domiciliários”.

Segundo o centro hospitalar, este estudo colaborativo vai testar as tecnologias desenvolvidas em dois hospitais europeus, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, em Portugal e o Parc Sanitari Sant Joan de Déu, em Espanha, antes do lançamento a nível europeu.

“A infusão intravenosa é o procedimento invasivo mais comum nos cuidados de saúde modernos, com mais de 80% dos doentes em hospitais a receberem uma IV como parte do seu tratamento. A IV fornece medicação diretamente na veia utilizando tubos que estão ligados a um saco de líquidos”, explica em comunicado. As complicações da IV são frequentes, “com interrupções da dose prescrita, levando a uma redução da qualidade dos cuidados aos doentes, especialmente nos casos em que são necessários fármacos críticos em termos de tempo. Os riscos de IV podem incluir a entrada de ar na veia, o fluxo do medicamento ser perturbado ou sofrer exposição a fluidos, perturbações que concorrem também para que a terapia seja entregue a preços sub-óptimos”.

O mercado de dispositivos IV de utilização única está avaliado em mais de 40 mil milhões de euros a nível mundial. As interrupções para a IV e os respetivos acontecimentos adversos resultantes, concorrem para uma carga adicional significativa para os sistemas de saúde.

“Ao partilhar recursos e soluções de fabrico para necessidades comuns não satisfeitas, os parceiros pretendem fornecer um valor significativo aos seus parceiros hospitalares e aos prestadores de cuidados de saúde a nível mundial. Este projeto fará com que cada tecnologia atinja a marca CE com aprovação para vender os dispositivos em toda a Europa até 2023”, acrescenta o CHUC.

Alertar e sensibilizar para a DM1
Com o objetivo de alertar e sensibilizar para a diabetes mellitus tipo 1 (DM1) em idade pediátrica e desafiar as crianças com...

Esta iniciativa, que arranca no Dia Mundial da Criança e conta com o apoio da Sanofi, é dirigida a todas as crianças com diabetes entre os 6 e os 10 anos de idade, residentes em Portugal. A participação decorre até 15 de setembro e os vencedores serão anunciados na Reunião Anual da SPEDP.

A Diabetes mellitus tipo 1(DM1) é uma das doenças crónicas mais frequentes em crianças e adolescentes e continua a ser a forma mais comum de diabetes nesta faixa etária. A sua incidência tem vindo a aumentar, particularmente nas crianças mais pequenas.

Segundo o relatório mais recente da IDF (International Diabetes Federation), de 2019, calcula-se que existam cerca de 1,1 milhões de crianças e adolescentes (idade < a 20 anos) com DM1 no mundo inteiro. A Europa é o continente com mais casos, estimando-se um número total de 297000.

Antes da descoberta da insulina, a esperança de vida destas crianças e jovens, não ia além dos 2-3 anos. Com a descoberta da insulina há cem anos, em Toronto, pelas mãos de Frederick Banting e Charles Best, estas crianças e jovens viram a sua esperança de vida prolongada.

De acordo com Teresa Borges, Presidente da SPEDP, “Nos últimos 20-30 anos temos assistido a um grande progresso da tecnologia associada à diabetes que, sem dúvida, tem contribuído para melhorar a qualidade de vida e a sobrevida destas pessoas que vivem com diabetes desde tenra idade. Atualmente estas crianças e adolescentes conseguem ter uma vida normal igual aos seus pares, apenas com alguns cuidados adicionais”.

O concurso ‘Diabetes com cor’ é, assim, uma forma de assinalar junto das crianças uma descoberta tão marcante e revolucionária como a insulina, além de promover uma maior literacia em saúde ao mesmo tempo que é valorizado o imaginário e a criatividade dos mais novos.

 

 

 

Avaliação do quadro clínico
A Lusíadas Saúde acaba de lançar uma nova linha de atendimento telefónico, que vai permitir fazer uma avaliação clínica de...

Com base na avaliação do quadro clínico do doente, este será encaminhado, através da Linha de Saúde Lusíadas, para o canal de atendimento mais adequado dentro da oferta de serviços disponível. Este encaminhamento contempla as Unidades de Atendimento Urgente ou Consultas sem Marcação, as Teleconsultas SOS Pediatria ou Adultos, Consultas ou Teleconsultas de Especialidade, entre outros. Em alguns casos, pode ser aconselhada a autovigilância, evitando uma deslocação desnecessária às unidades.

“A Linha de Saúde Lusíadas oferece apoio e direcionamento clínico para além das portas das nossas Unidades. A personalização e humanização são core para a Lusíadas, com a Linha de Saúde pretendemos garantir o acompanhamento e proximidade com os doentes ainda antes de chegarem às nossas unidades. Importa salientar que esta linha telefónica não responde a situações de emergência médica, para as quais as pessoas devem ligar de imediato para o 112”, revela Sofia Couto da Rocha, Chief Transformation Officer da Lusíadas Saúde.

O novo serviço de aconselhamento clínico é gratuito e está disponível para crianças e adultos, durante todos os dias, das 8h às 24h, sendo assegurado por uma equipa de enfermeiros qualificados, que seguem protocolos validados com base nas melhores práticas internacionais.

 

 

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