“A Saúde dos Portugueses: um BI em nome próprio"
O estudo “A Saúde dos Portugueses: um BI em nome próprio", retrato sociológico sobre a saúde em Portugal, realizado no...

O estudo revela que 64% dos portugueses inquiridos são cuidadosos ou muito cuidadosos na prevenção de doenças. Em relação aos motivos que levam os portugueses a este esforço de prevenção, o estudo aponta que 54% dos inquiridos o fazem para “evitar problemas de saúde”, 30% pela “fase da vida em que estes se encontram” e 27% pelo “desejo de longevidade com qualidade de vida”. 61% sente ter controlo no seu estado de saúde, mas apenas 45% acredita que a sua saúde pode melhorar.

Relativamente à potenciação da saúde, ou seja, o esforço que cada um faz para manter/melhorar o estado de saúde, cerca de 85% dos inquiridos dizem fazer um esforço pró-ativo diário para “ser mais saudável”. O principal motivo para o fazerem passa essencialmente para “se sentirem bem no dia-a-dia” (66%), “envelhecer com saúde” é o segundo motivo (44%), destacando-se mais no segmento que começa a sentir os seus efeitos, entre os 45 e os 64 anos. De realçar que, “ganhar anos de vida” (26%) fica atrás da intenção de envelhecer com saúde.

Para fazerem a prevenção e potenciação da sua saúde os portugueses recorrem à tecnologia. O estudo mostra que 64% dos inquiridos acompanha pelo menos um dos indicadores, tais como peso, tensão arterial, nível de stress, etc. Os três principais motivos para este acompanhamento são o “controlo do peso” (39%), a “adoção de comportamentos saudáveis” (37%) e a “prevenção de doenças” (32%). 

O estudo indica também, que os inquiridos que revelam maior esforço de potenciação são, também, os que assumem maior satisfação com a sua vida, provando que saúde traz felicidade, mas que a felicidade também faz potenciar a saúde.                                                                          

 

 

 

Descoberta abre caminho para para desenvolvimento de tratamento imunoterapêutico
Investigadores da Universidade da Colúmbia Britânica e do Cancro descobriram que as células do Sarcoma de Ewing - e...

"Pode pensar-se que uma célula tumoral pode facilmente sobreviver na corrente sanguínea, mas na verdade é um ambiente muito duro", disse o autor sénior do estudo, Poul Sorensen, um ilustre cientista do BC Cancer e professor na Universidade da Colúmbia Britânica.

"O que descobrimos foi que as células do Sarcoma de Ewing são capazes de desenvolver uma resposta antioxidante que as protege e permite que sobrevivam à medida que circulam", disse o investigador. "Isto é semelhante a uma pessoa no Ártico ter que vestir um casaco grosso antes de sair. Se não se protegerem, estão expostos a condições perigosamente severas, nas quais podem não sobreviver."

"O que é emocionante neste estudo é que se conseguirmos direcionar as células em circulação, então talvez possamos impedir que a metástase ocorra. Portanto, esse é o grande objetivo desta pesquisa", explicou Sorensen.

Poucas células são capazes de se tornar metastáticas. Embora tenha havido pesquisa sobre as razões genéticas pelas quais tumor sofre mutações e se espalha, o que estes investigadores descobriram é que as células do Sarcoma de Ewing giram sobre a expressão de um gene natural na superfície da célula, conhecido como IL1RAP, para criar um escudo protetor.

"Este estudo é o primeiro a mostrar que a proteína da superfície, IL1RAP, raramente é expressa em tecido normal, mas é regulada em sarcomas infantis", disse Haifeng Zhang, primeiro autor do estudo. "Isto é uma coisa muito boa porque significa que podemos desenvolver tratamentos para direcionar o IL1RAP sem produzir efeitos secundários tóxicos em células não cancerígenas."

Os colegas de Sorensen e Zhang, que são membros da Equipa de Sonho Pediátrico da Fundação St. Baldrick, bem como da Rede Nacional de Imunoterapia Pediátrica do Instituto Nacional de Cancro (PI-DDN), têm vindo a desenvolver anticorpos que podem visar o IL1RAP.

"Estes poderosos anticorpos podem ligar-se ao exterior da célula e mostramos na nossa pesquisa que estes reagentes podem realmente matar as células de sarcoma de Ewing. Portanto, não só descobrimos um caminho interessante, como estamos no bom caminho para desenvolver um tratamento imunoterapêutico de nível clínico para o sarcoma de Ewing", disse Sorensen.

"Estamos otimistas de que podemos trabalhar para os ensaios clínicos no próximo ano ou dois", acrescentou Zhang.

Atualmente, está em curso uma investigação para avaliar se o mesmo comportamento de proteção pode ser encontrado em outros tipos de células cancerígenas, incluindo leucemia mieloide aguda, melanoma, adenocarcinoma pancreático, tumores do sistema nervoso central, e em alguns tipos de cancros do pulmão e mama.

 

Programa COVAX
A Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu na terça-feira uma conceção de uso de emergência para a vacina inativada da Sinovac...

A autorização abre caminho para que as doses de CoronaVac sejam distribuídas por países de todo o mundo através do programa COVAX coliderado pela OMS. "O mundo precisa desesperadamente de múltiplas vacinas contra a Covid-19 para fazer face à enorme desigualdade de acesso em todo o mundo", afirmou Mariângela Simão, diretora-geral adjunta da OMS para o acesso a produtos de saúde.

As concessões de emergência anteriores da OMS foram concedidas à Pfizer/BioNTech, à Johnson & Johnson, moderna e à vacina AstraZeneca feita por dois fabricantes diferentes, a SK Bio e o Instituto do Soro da Índia. A última autorização surge na sequência de um relatório recente que diz que os funcionários da OMS queriam ver mais dados sobre a segurança do CoronaVac, bem como o processo de fabrico da Sinovac para determinar se a empresa estava a cumprir as normas da OMS.

Ao aprovar o CoronaVac, a OMS destacou o facto de o CoronaVac poder ser armazenado a temperaturas normais do frigorífico, tornando-o "muito manejável e particularmente adequado para configurações de baixo recurso".

Resultados da eficácia mista de estudos globais

A OMS disse ainda que o seu Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em Imunização (SAGE) analisou os resultados da eficácia que mostram que a vacina preveniu a doença sintomática em 51% das pessoas inoculadas e preveniu a doença grave e a hospitalização em 100% dos participantes nos ensaios. A agência referiu que poucos adultos com mais de 60 anos foram matriculados em ensaios clínicos do CoronaVac, "pelo que a eficácia não pode ser estimada nesta faixa etária", embora ainda não esteja a recomendar um limite de idade superior "porque os dados recolhidos durante a utilização subsequente em vários países e dados de imunogenicidade de apoio sugerem que a vacina é suscetível de ter um efeito protetor em pessoas mais velhas".

De acordo com o relatório de avaliação de evidências da SAGE, os ensaios clínicos da fase III da vacina de Sinovac foram realizados na Turquia, Chile, Indonésia e Brasil com resultados de eficácia variados. A proteção contra a Covid-19 sintomática pelo menos 14 dias após a segunda dose foi de 84% no ensaio turco, mas caiu para 65% e 51%, respetivamente, nos estudos realizados na Indonésia e no Brasil. Entretanto, a eficácia da vacina no estudo chileno foi de 67% pelo menos 14 dias após duas doses, e embora se saiba que o P.1. e as variantes B.1.1.7 "circulavam no momento do estudo", diz o relatório da SAGE que diz que "a extensão é desconhecida com base na vigilância disponível".

Entretanto, não é claro quantas doses quer a Sinovac quer a Sinopharm podem entregar à COVAX nem quando, mas Mariângela Simão afirmou que "instamos os fabricantes a participarem nas instalações da COVAX, a partilharem o seu know-how e dados e a contribuir para controlar a pandemia".

 

Variante da gripe das aves H10N3
Cientistas chineses que descobriram a Covid-19 alertam para o risco de uma nova pandemia, desta vez, de gripe aviária. O PhD,...

Em 2019, dois cientistas chineses, George Fu Gao e Weifeng Shi, identificaram o vírus que transformou o mundo desde então e recebeu o nome de Covid-19. Agora, em matéria publicada pela revista “Science”, eles alertam a população global para o risco de uma outra pandemia.

Se o momento atual teve início na contaminação por morcegos, a ciência ainda precisa desvendar tal mistério. Mas o fato é que agora os olhos do mundo devem se voltar para as aves, em especial pelo potencial da gripe aviária

Tal enfermidade não é uma novidade no meio científico. Afinal, este patógeno circula na Europa desde 2014, e desde então milhões de aves já foram contaminadas com ele, segundo o Centro Europeu de Controlo e Prevenção de Doenças (ECDC).

Porém, agora o sinal de alerta se acende a partir do momento que o vírus atinge os humanos pela primeira vez. Um homem de 41 anos da província de Jiangsu, no leste da China, foi diagnosticado com a variante da gripe das aves H10N3, tornando-se o primeiro caso humano de infeção com esta estirpe, disse a Comissão Nacional de Saúde da China (NHC) esta terça-feira, avança a Reuters.  O homem foi hospitalizado a 28 de abril após desenvolver febre e outros sintomas, tendo sido posteriormente identificado como portador do vírus da gripe aviária H10N3. 

Conforme explicou o PhD, neurocientista e biólogo Fabiano de Abreu Rodrigues, no mês passado “este é um subtipo do vírus influenza A, também chamado de gripe aviária e é altamente letal para aves selvagens e aves domésticas. Até pouco tempo não estava associado a humanos; no entanto, foi descoberto este ano que sete pessoas na Rússia estavam infectadas e agora na China”. No dia 20 de fevereiro deste ano, o governo da Rússia confirmou que estas pessoas foram infectadas numa gigantesca quinta com 900 mil galinhas, na região de Astrakhan, no sul do país. Nenhum deles apresentou sintomas.

Pouco tempo depois, o Ministério da Agricultura espanhol registrou surtos deste vírus em aves selvagens. Em comunicado, a entidade informou que “a deteção deste caso não implica risco para a saúde pública, pois estudos genéticos mostram que se trata de um vírus aviário sem afinidade específica para humanos”.

Por outro lado, segundo a revista Science, os cientistas chineses estão bem preocupados. “A disseminação mundial do vírus da gripe aviária é um problema de saúde pública”, alertam na revista Science. Se o mundo vive atualmente uma pandemia global por conta da Covid-19, será que a sociedade está preparada para mais uma crise sanitária de grandes proporções? Para Fabiano de Abreu, "não podemos ter mais um pânico nem abafar responsabilidades em relação ao que temos agora, que é o Covid-19. Obviamente a gripe H5N8 ou H10N3 preocuparia mais que o Covid-19, até porque a nossa proximidade tanto cultural como de vivência cotidiana é muito maior. As aves estão em todo lado, as criamos em casa, estão nas nossas hortas e quintais”.

Segundo os especialistas, a H5N8 e/ou H10N3 já causou o abate de mais de 20 milhões de aves na Coreia do Sul e no Japão, alertam Fu Gao e Shi. “É imperativo que a disseminação global e o risco potencial do vírus da gripe aviária não sejam ignorados”, alertam.

Ainda assim, Abreu acredita que o momento atual é que “algo que tem que ser observado. Ainda é cedo para essa gripe colocar em risco a saúde pública, mas tem que estar em observação. A China precisa se preocupar mais com a cultura local que favorece ao aparecimento de novos patógenos e em ajudar no combate à Covid-19”, completa o neurocientista.

 

 

 

Crianças podem ir ao podologista a partir dos três anos
No Dia Mundial da Criança que se celebra hoje, a Associação Portuguesa de Podologia (APP), alerta para a importância de se...

Situações morfológicas ou funcionais como o pé plano infantil, ou mesmo patologias dermatológicas como verrugas plantares ou problemas nas unhas, alteram a postura da criança com implicações na coluna lombar e posições incorretas, tais como escolioses que provocam dores lombares, cefaleias ou até alterações na mastigação.

Os pés são a base de apoio e equilíbrio do organismo humano, sendo responsáveis pela posição bípede, pela eficiência funcional do sistema músculo-esquelético e fundamentais para o desempenho desportivo.

 Manuel Portela, presidente da APP, afirma que “é essencial estar atento e valorizar os pés das crianças, saber quais os cuidados de saúde necessários, o tipo de calçado indicado para cada idade, bem como o tipo de desporto mais benéfico para a melhoria de correções posturais do pé e da coluna.”

E acrescenta: “A consulta de Podologia Infantil é uma necessidade de Saúde Pública que deve ser vista como uma prioridade de forma a assegurar um crescimento correto do pé e da criança. É aconselhável que seja realizada a partir dos três anos de idade.”

 

Projeto-Piloto
Está em fase piloto de arranque o Projeto de Vigilância da infeção pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), a rede VigiRSV, que...

A nível global, a infeção por VSR é responsável por cerca de 60% a 80% dos casos de bronquiolite aguda e 40% dos casos de pneumonia pediátrica. Além disso, estima-se que 90% das crianças até aos 2 anos de idade serão infetadas pelo VSR, sendo o mesmo a principal causa de hospitalização em crianças com menos de 1 ano de idade. A maioria das hospitalizações por VSR ocorre em crianças saudáveis nascidas a termo.

Inês Azevedo, presidente da SPP, reforça que “O VSR é, responsável pela maioria das bronquiolites e pneumonias víricas e leva a um grande número de hospitalizações, não apenas em crianças de risco, mas maioritariamente em crianças saudáveis e nascidas a termo, o que se traduz num grande impacto familiar e elevados encargos para o SNS. O conhecimento da realidade epidemiológica é fundamental para definir estratégias de saúde. A criação da rede VigiRSV é um passo muito importante neste sentido.”

A rede de vigilância do VSR arranca, nesta primeira fase piloto, em quatro centros em Portugal: Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto, Hospital Pediátrico do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e Hospital Central do Funchal.  A curto prazo pretende-se que esta rede seja alargada à escala nacional e que destaque a pertinência de dados fidedignos sobre o impacto da infeção por VSR, estando também a ser considerado o seu alargamento a outros grupos etários de modo a ter uma caraterização mais completa da infeção na população portuguesa.

Na Europa, a maioria dos países apresenta um registo de casos de VSR associado a uma rede de vigilância já existente, como a da gripe. No entanto, são poucos os países que têm uma rede de vigilância específica e exclusiva para este vírus, caso do Reino Unido e França, podendo Portugal estar entre os pioneiros neste campo. “Este é mais um passo que Portugal está a dar numa resposta eficaz no conhecimento sobre o VSR para avaliar o impacto socioeconómico que o mesmo representa. Com este projeto, podemos aumentar o nível de consciencialização da população e analisar com mais precisão o impacto que este vírus tem na nossa sociedade, em especial na pediatria”, destaca ainda Inês Azevedo.

O desenvolvimento e disponibilização de uma vacina para o VSR é uma das prioridades da Organização Mundial da Saúde, assumindo estes sistemas de vigilância enorme importância para a avaliação do impacto de introdução destas medidas de prevenção da doença na população.

Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças
Dias depois de a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) ter dado autorização a utilização da vacina da Pfizer em adolescentes...

Assim, sublinha que a vacinação de adolescentes com elevado risco de sofrer de covid-19 grave "deve ser priorizada da mesma forma que é feita com pessoas de alto risco noutras faixas etárias".

Alguns países, como a Áustria, a Bélgica, a Croácia, a República Checa, a Dinamarca, a Estónia, a Finlândia, Malta, os Países Baixos, Portugal, a Roménia ou a Suécia, já tinham incluído adolescentes mais velhos (mais de 16 anos) nas suas estratégias de vacinação, enquanto noutros, como a Alemanha, a Islândia, a Irlanda, a Letónia, a Lituânia, a Noruega ou a Polónia, estavam a ser prioritários outros grupos etários mais vulneráveis.

"À medida que a vacinação avança, estamos a chegar ao ponto em que a vacinação em adolescentes deve ser considerada", disse Andrea Ammon, diretora do ECDC, em comunicado.

No entanto, o documento recorda que a vacinação geral em adolescentes, um grupo em que a doença provou ser significativamente menos grave do que nos idosos, deve ser sempre promovida tendo em conta o contexto geral e os progressos no controlo da pandemia.

"Antes de abordar esta faixa etária, deve ser dada especial atenção à situação epidemiológica e ao estado da administração da vacinação em pessoas idosas", adverte o texto.

Espera-se que os "benefícios individuais diretos da vacinação contra o Covid sejam limitados em comparação com os benefícios de outras faixas etárias", acrescenta o documento, que recomenda também ter em conta considerações éticas e acesso global às vacinas antes de alargar a vacinação aos adolescentes.

 

 

Dia Munda da Esclerodermia assinala-se a 29 de junho
A FESCA, Federação das Associações Europeias de Esclerodermia, está pronta para celebrar outro Dia Mundial da Esclerodermia com...

A Esclerodermia é uma doença reumática autoimune crónica e rara que afeta o corpo através do endurecimento do tecido conjuntivo. A pele e os órgãos internos podem ser danificados por esta doença. É uma doença potencialmente fatal e atualmente não existe cura. No entanto, estão disponíveis tratamentos com sucesso para órgãos individuais.

“O diagnóstico precoce é vital. Se sofrer de refluxo, se tiver os dedos inchados e as mãos mudarem de cor, não hesite em contactar o seu médico!”, escrevem em comunicado.

Por outro lado, alerta que a patologia “pode aparecer em qualquer idade”, mas é mais frequente em mulheres entre os 30 e 50 anos de idade.

"A falta de consciência e compreensão entre os profissionais de saúde leva a um diagnóstico tardio, o que pode ter consequências graves e potencialmente fatais para as pessoas com Esclerodermia. É vital que as pessoas com Esclerodermia sejam identificadas o mais cedo possível, para que possam receber o tratamento e cuidados adequados", disse Sue Farrington, Presidente da FESCA.

Este ano, o tema da campanha de sensibilização da FESCA, é reconhecer que a pessoa com Esclerodermia é muito mais do que a doença.

 "Esta é uma doença que necessariamente orientou o seu percurso de uma forma diferente, mas é essencial valorizar e concentrar-se no que é positivo, desligar-se do que não pode ser feito, mas sempre numa perspetiva positiva, construtiva e até mesmo de superação", disse Helena Gaspar, paciente de Portugal.

Um vídeo, e outros materiais gráficos fazem parte da campanha e serão partilhados por 26 associações membros em 20 países, para aumentar a sensibilização e compreensão de toda a sociedade, nomeadamente autoridades e instituições nacionais e internacionais.

 

 

Entrevista
Ao longo do último ano, foi através dela que muitos portugueses conseguiram chegar ao médico.

Implementada há poucos anos em Portugal, a Telemedicina teve, no último ano, um crescimento exponencial face ao contexto pandémico. Neste sentido, quais as principais vantagens de um serviço que disponibiliza consultas médicas online?

A telemedicina assumiu um papel crucial na prestação de cuidados médicos à população (adulta e em idade pediátrica) em tempos de pandemia, sendo a principal vantagem a flexibilidade e facilidade de acesso a consultas médicas, sem necessidade de se deslocar a uma unidade de saúde, minimizando o risco de contágio de infeção pelo novo coronavírus.

Através de uma teleconsulta, seja por voz ou vídeo, em poucos minutos é possível um médico avaliar situações de doença aguda, mas também permite manter o acompanhamento médico dos doentes crónicos, de forma continuada, seja por rotina ou devido a agravamento da doença. Por outro lado, a disponibilidade de videochamadas é uma mais-valia, dado que permitem fazer uma avaliação mais global do estado geral do doente e realizar parte do exame objetivo como, por exemplo, a observação da pele e das mucosas, permitindo fazer o diagnóstico de patologias que antes não era possível realizar à distância.

Desta forma, a telemedicina permite realizar aconselhamento e triagem médica, encaminhando para avaliação presencial apenas os doentes que realmente necessitam e reduzindo a carga nos serviços de saúde a nível dos cuidados de saúde primários e a nível dos hospitais.

Tendo em conta a experiência do “Médico Online”, considera que este é um serviço que veio para ficar? E em que circunstância? Neste sentido, quando deve o doente recorrer à telemedicina e quando deve recorrer à consulta presencial?

A telemedicina é sem dúvida um serviço que veio para ficar. Durante este período pandémico, o Médico Online teve um papel fundamental no acompanhamento de doentes, uma vez que houve períodos de grande congestionamento nos serviços de saúde, e em que havia dificuldade no acesso a consultas médicas e no acompanhamento presencial. Este serviço conseguiu colmatar algumas destas falhas e tornar a saúde acessível a todos.

Existem várias situações em que os doentes podem recorrer à telemedicina, nomeadamente em situações de doença aguda que podem ser rapidamente resolvidas, como por exemplo infeções respiratórias agudas (eg. amigdalites agudas, bronquites, sinusites), infeções do trato urinário, patologia do foro dermatológico, entre muitas outras. Por outro lado, também podem recorrer a este serviço os doentes que necessitem do acompanhamento de rotina, da realização dos rastreios adequados ao seu grupo etário, género ou situação clínica. Por último, os doentes crónicos que necessitem de realizar pedidos de exames complementares de diagnóstico de rotina ou de medicação crónica.

Por outro lado, em caso de dúvida, o Médico Online pode ser uma solução para solicitar aconselhamento médico, sendo realizada uma triagem médica que permite orientar o doente da forma mais adequada à sua situação: a) medicar e permanecer no domicílio, b) encaminhar para consulta presencial (no domicílio ou numa unidade de saúde, de forma urgente ou programada, e especialidade a observar o doente), c) serviço de atendimento urgente nos cuidados de saúde primários, d) serviço de urgência de um hospital ou e) ligar para o 112 (se se tratar de uma emergência médica). Contudo, em situações de emergência e em situações graves, os doentes devem deslocar-se diretamente a um serviço de urgência ou pedir ajuda através do 112, nomeadamente perante uma suspeita de AVC, de enfarte agudo do miocárdio, hemorragia aguda, traumatismo ou na presença de queixas respiratórias graves.

Quem é o utilizador típico do serviço de telemedicina?

Hoje em dia, o perfil do utilizador dos serviços de telemedicina é muito variado, dado que as novas tecnologias, e serviços como o Médico Online, são bastante intuitivos e de fácil utilização. Por vezes, com uma simples orientação dos profissionais da Linha Médis ou com o apoio de um amigo ou familiar, o doente consegue rapidamente instalar a aplicação da Médis e agendar uma consulta. Doentes com maior dificuldade na utilização de novas tecnologias poderão solicitar uma teleconsulta por telefone na Linha Médis e, de forma simples, falar com um médico.

Se, inicialmente, os doentes adultos eram maioritariamente jovens (entre os 30 e 50 anos), hoje em dia recorrem a este serviço doentes de todas as idades, incluindo nas faixas etárias mais seniores (por exemplo dos 65 até aos 80 anos).  

Quanto aos doentes em idade pediátrica, consultamos doentes literalmente desde que nascem até aos 18 anos, exclusive. Os pais recorrem muito a estes serviços para solicitar aconselhamento médico, por forma a evitar expor os mais jovens a riscos de saúde adicionais. Nesta faixa etária recorrem ao Médico Online sobretudo crianças e jovens com doenças agudas (amigdalites, otites, febre, infeções respiratórias, problemas de pele). Já nos adultos, o motivo da consulta varia muito, podendo ser devido a doença aguda ou a doença crónica.

Já no contexto das doenças crónicas, e para além da pandemia, quais as vantagens de contar com a telemedicina? Não só sobre a perspetiva do doente, mas também das unidades de saúde.

Com a telemedicina tornou-se possível acompanhar os utentes com doenças crónicas de forma regular, e sempre que surgem necessidades pontuais como, por exemplo, a necessidade de aconselhamento médico em caso de agudização da doença, a renovação do receituário crónico e a emissão de alguns exames complementares de diagnóstico de rotina, para monitorização da sua situação clínica. Desta forma, evitam-se inúmeras deslocações presenciais às unidades de saúde (centros de saúde e hospitais), e garante-se o acompanhamento adequado e atempado quando os doentes mais necessitam, permitindo a continuidade do tratamento e o atendimento célere destes doentes, com maior proximidade. A telemedicina contribui assim para a prevenção de complicações das doenças crónicas (eg. Diabetes e Hipertensão Arterial), e por conseguinte, para a redução da morbilidade e mortalidade associada às mesmas, reduzindo a carga da doença e contribuindo para melhorar a qualidade de vida dos doentes. Tudo isto tem benefícios que se traduzem na otimização dos recursos existentes, os quais são escassos, e na poupança com complicações da doença (eg. idas aos serviços de urgência, internamentos, incapacidade temporária para o trabalho, entre outros).

Convém igualmente ressalvar que a telemedicina tem algumas limitações, tais como o facto de por vezes não haver acesso ao histórico clínico do doente, pelo que é recomendável que os doentes tenham sempre consigo os relatórios médicos que documentam a sua situação clínica, para um atendimento médico mais célere e adequado às suas necessidades.

Sabendo que a telemedicina, embora tenha o objetivo de facilitar o acesso aconselhamento médico à população, a verdade é que esta ainda não está ao alcance de todos. Na sua opinião, o que ainda falta fazer ou é preciso fazer para que este seja um serviço que chegue a todos, em qualquer parte do país?

De facto, ainda existem algumas limitações na implementação e disponibilização de teleconsultas, bem como no acesso à telemedicina, a nível nacional. Por um lado, devido a constrangimentos tecnológicos, por outro devido a ausência de recursos. Contudo, na Médis essas restrições não se aplicam conforme expliquei anteriormente. Qualquer cliente Médis tem acesso a uma consulta médica (Medicina Geral e Familiar ou Pediatria) por voz e/ou vídeo numa questão de minutos, bastando recorrer à aplicação ou à linha de apoio clínico da Médis, seja em Portugal Continental e Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, ou até quando se encontram deslocados noutro país, por exemplo, em trabalho ou em férias.

Para terminar, quais as principais ideias-chave sobre este tema?

A principal ideia-chave é que a telemedicina é um serviço inovador e imprescindível no atual contexto da pandemia de COVID-19, e um passo em frente no setor da saúde, permitindo apoiar os doentes com maior proximidade. Se havia dúvidas quanto ao funcionamento e à capacidade de resposta da telemedicina, creio que estas se têm vindo a dissipar ao longo do último ano e meio. A pandemia deu um impulso adicional à telemedicina e permitiu compreender que esta é uma ferramenta funcional e capaz de complementar ou até de substituir, de forma adequada e dentro das limitações que conhecemos, consultas e outros atos presenciais, aliviando a pressão nos hospitais e nos centros de saúde.

No caso do serviço Médico Online, disponível via aplicação da Médis, os médicos estão disponíveis para atender os doentes 24 horas por dia, 7 dias por semana, o que representa uma mais-valia porque as pessoas sabem que podem contar connosco em qualquer momento. Basta solicitar uma consulta na hora ou realizar um agendamento num dia ou numa hora à sua escolha. Em alternativa, a Médis disponibiliza também teleconsultas que podem ser agendadas através da sua Linha de apoio clínico. A segurança dos doentes deve ser o elemento chave da atuação médica, pelo que mesmo com limitações, as teleconsultas podem servir como uma forma de triagem médica, e se se tratar de uma situação urgente com indicação para encaminhamento para o hospital, em poucos minutos fazemos a análise da situação clínica do doente e conseguimos ajudá-lo a perceber quais são as medidas que deve adotar e quais os cuidados que deve ter, ou se deve optar por pedir ajuda através do 112.

Por fim, a telemedicina está em constante evolução, pelo que nos próximos anos iremos certamente assistir a grandes progressos tecnológicos nesta área, melhorando assim, os meios e os dispositivos médicos disponíveis para a realização de teleconsultas.  

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Situação Epidemiológica
Desde ontem que não há registo de mortes associadas à infeção provocada pelo novo coronavírus. No entanto, número de novos...

Segundo o boletim divulgado hoje pela Direção Geral da Saúde, foram diagnosticados 455 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 249 novos casos e a região norte 114. Desde ontem foram diagnosticados mais 42 na região Centro, 13 no Alentejo e 12 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais três infeções e 12nos Açores.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 268 doentes internados, menos 15 que ontem.  Também as unidades de cuidados intensivos contam com menos dois doentes, estando agora 50 pessoas na UCI.

O boletim desta terça-feira mostra ainda que, desde ontem, 678 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 809.813 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 22.700 casos, menos 233 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 363 contactos, estando agora 24.489 pessoas em vigilância.

SPO explica o que é a ambliopia
Nas crianças, o primeiro exame é realizado pelos pediatras ainda na maternidade - com o teste do lua

O que é, afinal, a ambliopia?

Consiste, basicamente, na diminuição da acuidade visual e da alteração de outras características da visão como o contraste, de um olho ou dos dois olhos devido a problemas no desenvolvimento da visão durante a primeira infância. Desde o nascimento, os olhos enviam estímulos visuais (as imagens) através do nervo ótico para o cérebro, que as interpreta. Na ambliopia, o cérebro recebe duas imagens diferentes e em simultâneo e vai suprimir a que está pior ou desfocada, ficando apenas com a que está melhor, ignorando o olho cuja imagem é menos nítida. Quando as duas imagens são más, pode não haver uma estimulação cerebral suficiente e não se desenvolver o sistema visual de ambos os olhos.

O que provoca a ambliopia?

A ambliopia é então provocada pela falta de estimulação do córtex visual durante a infância. Isso pode acontecer do ponto de vista oftalmológico por diferentes razões:

  • pela existência de estrabismo - um desalinhamento dos eixos visuais dos olhos;
  • pela existência de uma graduação muito díspar entre os olhos (anisometropia);
  • pela existência de alterações da transparência dos meios óticos, como por exemplo quando existem cataratas (opacidades da lente natural do olho – cristalino) congénitas.

Evidentemente do ponto de vista neurológico, qualquer alteração grave nos centros de leitura e interpretação das imagens ao nível do cérebro também pode implicar o não desenvolvimento da visão.

Para corrigir a ambliopia e dependendo da causa oftalmológica poderá ser necessário recorrer a óculos ou cirurgia complementados com a oclusão (tapar o olho dominante).

Quanto mais precoce for o tratamento, maior a probabilidade de recuperação da capacidade de visão da criança. 

É aconselhável realização de rastreio ocular por volta dos 2-3 anos de vida para exclusão de ambliopia e a observação por médico oftalmologista em qualquer idade caso surjam sinais ou sintomas.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
UNICEF
Especialistas e agências internacionais têm alertado para as consequências que uma pandemia, como a atual, pode ter sobre a...

"O sul da Ásia é o lar de quase 2.000 milhões de pessoas e mais de um quarto das crianças do mundo. A região agora é responsável por metade das novas infeções do coronavírus [...] Temos de agir agora, depressa, para salvar vidas. Mas também precisamos de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para manter os serviços críticos de saúde de que as crianças e mães dependem tanto", alertou no passado dia 25 de maio o diretor regional da Unicef para o Sul da Ásia, George Laryea-Adjei, durante uma conferência de imprensa da ONU na sua sede em Genebra.

Segundo os dados divulgados, estima-se que 228.000 crianças e 11.000 mães no sul da Ásia morreram devido a graves perturbações nos serviços essenciais de saúde devido à pandemia, de acordo com o relatório da UNICEF “Efeitos Diretos e Indiretos da Pandemia COVID-19 e da Resposta no Sul da Ásia”. O estudo, que se centra nos países do Afeganistão, Nepal, Bangladesh, Índia e Sri Lanka, confirma que, juntamente com os adolescentes, estas são as principais vítimas desta situação.

O mesmo relatório assinala que, durante a pandemia, o número de crianças que recebem tratamento para a desnutrição grave diminuiu mais de 80% no Bangladesh e no Nepal, tendo a imunização diminuído 35% e 65 por cento na Índia e no Paquistão, respetivamente. Por seu lado, o Sri Lanka é o país da região onde as mortes maternas foram as que mais aumentaram: 21,5%, seguido de 21,3% no Paquistão.

O mesmo estudo confirma ainda que a mortalidade infantil atingiu o pico na Índia em 2020, atingindo os 15,4%, seguido do Bangladesh com 13%. "Com 27 milhões de nascimentos e 30 milhões de gravidezes por ano, os serviços essenciais para ajudar as mulheres a dar à luz são cruciais na Índia. No entanto, como as unidades de saúde continuam sobrelotadas para tratar doentes, chegam-nos notícias de que as mulheres grávidas estão a lutar para encontrar o apoio necessário para dar à luz", disse Yamin Ali Haque, representante da Unicef no país, numa conferência de imprensa na sede das Nações Unidas, em Genebra, no início de maio, citada pelo El País. 

 

 

Coleção imaginária para angariar 150 mil euros
Dados publicados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram-nos que mais de 50% das doenças mentais têm início durante a...

Assim, a Clínica do Gil surge no âmbito do projeto de Desenvolvimento da Fundação do Gil, e pretende acompanhar crianças e famílias, com dificuldades de integração social, devido a problemas do foro físico, emocional ou comportamental. O espaço será aberto a toda a comunidade, com preços sociais e de mercado, e com o apoio de uma equipa técnica de terapeutas especialistas e permitirá uma intervenção especializada e integrada, no plano familiar, social, psicopedagógico e terapêutico.

Localizada no jardim da Fundação do Gil, em Lisboa, a Clínica disponibilizará terapias nas áreas da Psicologia Clínica, Psicopedagogia, Terapia da Fala, Educação Especial, Terapia Ocupacional e Terapias das Artes.

Os problemas de saúde mental nem sempre são fáceis de identificar e, segundo a OMS, mais de 30% dos jovens têm sintomas depressivos, mais de 16% dos jovens sofrem com ansiedade e, Portugal é o 2º país da Europa com a maior prevalência de doenças psiquiátricas. É essencial agir.

Patrícia Boura, Presidente Executiva da Fundação do Gil, explica que “os problemas de saúde mental afetam cerca de 20% dos jovens e verificamos uma maior prevalência nos grupos mais desfavorecidos da população. A par disto, e quando pensamos que é na infância que a personalidade se forma e que o acompanhamento adequado permitirá às crianças tirar o melhor partido dela, compreendemos que soluções como a Clínica do Gil são urgentes. Ambicionamos que todos tenham acesso aos melhores cuidados, através de uma forte equipa de especialistas, e que as crianças de hoje se tornem adultos mais confiantes amanhã”.

No ano em que celebra 25 anos ao lado das famílias portuguesas, a Zippy procura sensibilizar e promover uma discussão saudável sobre este tema que afeta tantas crianças. Para isso, apresenta a Coleção Imaginária, em que 100% das vendas líquidas das peças revertem para a construção da Clínica do Gil. A marca portuguesa inspirou-se nos amigos imaginários das crianças, que muitas vezes aparecem para ajudar a solucionar problemas, e criou uma coleção com peças que efetivamente não existem.

“No momento em que tivemos conhecimento do projeto (ainda imaginário) da Clínica do Gil, foi imediata a nossa vontade de nos envolvermos e ajudar a dar vida ao mesmo, com unhas e dentes. Enquanto marca que atua junto de pais e filhos, sentimos que o nosso papel deve ser muito maior do que o propósito comercial. Queremos ser um agente ativo e presente na sociedade em que vivemos, que promove discussões sobre temas nem sempre fáceis, mas de extrema importância. Queremos envolver a sociedade, promover a discussão e evolução, encontrar soluções ou, no limite, ajudar uma família que seja, a identificar um problema que até então era desconhecido. Todos atuamos quando sentimos uma dor física, mas a reação não é a mesma quando se trata de emoções. Certo?

Nunca tanto como agora a problemática da saúde mental está na ordem do dia, principalmente junto de crianças, e isso exige que estejamos alertas e atuemos o quanto antes.

O nosso compromisso é estar ao lado das famílias, nos bons e maus momentos. Esta iniciativa está em tudo alinhada com o propósito da marca – we go together – sem deixar ninguém para trás, e especialmente no ano em que celebramos 25 anos, não podíamos estar mais orgulhosos de podermos, de facto, fazer a diferença.”, partilha Filipa Bello, Head of Brand & Creative da Zippy.

Metade das crianças com asma não tem doença controlada
A asma é uma das doenças crónicas mais frequentes em idade pediátrica.

De acordo com os dados nacionais, cerca de metade das crianças com asma não terá a sua doença controlada. Um dos maiores obstáculos para alcançar o controlo resultará da fraca perceção do impacto real da asma na qualidade de vida da criança, e das limitações que advêm da ausência de controlo, em atividades características desta faixa etária, como rir, correr e brincar. A má perceção dos sintomas por parte das crianças e dos pais, origina subdiagnóstico, subtratamento e não adesão à terapêutica.

A asma não controlada associa-se com faltas escolares da criança, laborais dos pais, mais consultas médicas, mais idas aos serviços de urgência, maior número de internamentos hospitalares, e potencialmente, com maior mortalidade por asma.

Uma preocupação dos efeitos a longo prazo é que a asma esteja associada com obstrução fixa das vias aéreas, anos mais tarde, já na idade adulta. Na criança, este risco associa-se sobretudo com a asma não controlada, que contribuirá para o um crescimento pulmonar anormal.

Controlar a asma implica tratá-la de forma adequada. O tratamento da asma compreende dois tipos de medicamentos: a medicação de controlo (especialmente anti-inflamatórios – corticosteroides inalados) que deve ser tomada de forma regular para prevenir o aparecimento dos sintomas, melhorar a função pulmonar e prevenir as crises; e a medicação de alívio (broncodilatadores de ação rápida) para o tratamento das crises.

Neste dia da criança, a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), alerta para a necessidade de que todas as crianças com suspeita de asma sejam avaliadas e tratadas de acordo com as recomendações internacionais da Global Initiative for Asthma (GINA). O tratamento adequado da asma contribuirá para uma melhor qualidade, e constituirá um investimento na saúde futura da criança.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Investidor europeu especializado na área da saúde
Empresa de capital de risco portuguesa nomeia um reputado grupo internacional de cientistas e executivos como Conselheiros...

Os membros deste novo órgão consultivo trazem uma larga experiência e conhecimento adquiridos em várias empresas farmacêuticas e de biotecnologia internacionais, e aconselharão a Bionova Capital nos seus novos investimentos em start-ups do setor da saúde por toda a Europa. Estes membros irão permitir à Bionova Capital aceder a novas oportunidades de investimento e também apoiarão o desenvolvimento das empresas do seu portefólio.

 Assim, fazem parte do Conselho Consultivo Científico José Luis Cabero, Dr. Med Sc, Consultor na Symbiokraft em Espanha. Anteriormente vice-presidente de investigação cardiovascular e gastrointestinal na AstraZeneca na Suécia, tendo liderado várias empresas de biotecnologia por toda a Europa. Foi, até recentemente, CEO da AELIX Therapeutics em Espanha.

Kristina Beeler, PhD, Diretora de Negócios da Biognosys na Suíça. Principal na empresa de capital de risco Suíça Nextech Invest e investigadora na Universidade de Oxford e de Zurique.

Mark Wilson, PhD, Consultor na Strategic Technology Bioconsulting no Reino Unido, que antes havia sido diretor de licenciamento de tecnologia na GlaxoSmithKline e na SR One (braço de investimento da GlaxoSmithKline), ambas no Reino Unido.

Riccardo Camisasca, MD, Vice-Presidente de Desenvolvimento Clínico da Syneos Health em Portugal. Anteriormente foi Diretor de Desenvolvimento Clínico na BIAL em Portugal, tendo também sido Diretor Médico do grupo Takeda no Reino Unido e Novartis na Suíça.

 “Temos a honra de integrar estes especialistas mundialmente reconhecidos no nosso novo Conselho Consultivo Científico", afirmou Peter Villax, Chairman da Bionova Capital. "Os membros deste novo órgão consultivo partilham a visão da Bionova Capital de impactar positivamente a inovação biomédica na Europa e apoiar os empreendedores no desafiante processo de trazer novos tratamentos aos doentes que deles necessitam".

 “O nosso novo Conselho Consultivo Científico vai expandir a nossa já extensa rede de contatos, permitindo que as start-ups do nosso portefólio consigam aceder às maiores empresas farmacêuticas e de biotecnologia do mundo", disse Ricardo Perdigão Henriques, CEO da Bionova Capital. "Ao serem especializados em várias áreas médicas e estando localizados em vários países, os nossos Conselheiros Científicos dão-nos um acesso único a oportunidades de investimento na vanguarda da inovação médica por toda a Europa".

Autoridades dizem que é um caso isolado
As autoridades sanitárias chinesas anunciaram hoje a deteção do primeiro caso de gripe aviária H10N3 em humanos.

Em comunicado, a Comissão Nacional de Saúde diz que até agora nunca tinha sido detetada uma transmissão humana do vírus. Por outro lado, revela que esta se trata de uma transmissão "acidental" e que o risco de propagação em larga escala é "muito baixo".

O doente é um homem de 41 anos da província de Jiangsu oriental que no dia 23 de abril começou a apresentar febre e outros sintomas, tendo sido hospitalizado cinco dias depois e após o seu estado se ter agravado.

As autoridades locais salientam que o estado da pessoa infetada melhorou ao ponto de atingir os requisitos para receber alta hospitalar

Por se tratar de um caso novo, as autoridades procederam à avaliação de todos os contactos próximos na província e não encontraram "anormalidades".

Segundo os especialistas, trata-se de um caso isolado, sendo que o vírus H10N3 “não tem a capacidade de infetar eficazmente os seres humanos”.

Pelo sim, pelo não, a Comissão exortou os cidadãos a evitarem o contacto com as aves mortas ou vivas, a prestarem atenção à higiene alimentar e a procurarem imediatamente apoio médico no caso de manifestarem sintomas como febre ou problemas respiratórios.

 

Estudo
O calor pode matar e o aumento das temperaturas devido às alterações climáticas é já responsável por mais de um terço das...

Esta é a principal conclusão um estudo internacional publicado esta segunda-feira na revista Nature Climate Change após ter recolhido dados de 732 populações em 43 países. De acordo com estimativas globais feitas pela equipa de investigação responsável pelo estudo, durante os anos de 1991 e 2018, 37% das mortes ligadas à exposição ao calor são uma consequência do aquecimento global devido às atividades humanas.

De acordo com a informação avançada no jornal El Mundo, estima-se que, desde o início da era industrial, a temperatura global da Terra já tenha aumentado, em média, um grau Celsius devido à acumulação de gases com efeito de estufa na atmosfera. Agora, com este estudo, sabe-se que já houve um aumento da mortalidade por esta mesma razão. No entanto, devido à falta de dados disponíveis, salienta a publicação, “não foi possível incluir grandes áreas da África e do Sul da Ásia”.

Em declaração a este jornal, a epidemiologista ambiental Ana María Vicedo-Cabrera, investigadora da Universidade de Berna, na Suíça, e primeira autora deste estudo, revela que por base em estudos anteriores, sabe-se que “o calor funciona como um gatilho para eventos cardiovasculares e respiratórios, como enfartes do miocárdio, isquemias e insuficiências respiratórias, além de outras patologias como doenças renais e doenças mentais”.

Segundo o estudo, as percentagens de mortes adicionais associadas às alterações climáticas recolhidas nesta investigação variam de acordo com a área geográfica, atingindo 76% em países da América do Sul, como o Equador ou a Colômbia, e variando entre 48% e 61% nos países do Sudeste Asiático.

O estudo inclui também uma estimativa do número de mortes adicionais devido ao calor ligado às atividades humanas em algumas cidades.

Em Santiago do Chile, por exemplo, registaram-se mais 136 mortes (44,3%), 189 em Atenas (26,1%), 172 em Roma (32%), 156 em Tóquio (35,6%), 82 em Londres (33,6%), 141 em Nova Iorque (44,2%) ou 137 em Ho Chi Minh City (48,5%).

 

Investigação internacional
Num estudo realizado com 11 doentes, uma equipa internacional de investigação descobriu uma nova e singular forma de esclerose...

"A ELA é uma doença paralisante e muitas vezes fatal que geralmente afeta pessoas de meia-idade. Descobrimos que uma forma genética da doença também pode ameaçar as crianças. Os nossos resultados mostram pela primeira vez que a Esclerose Lateral Amiotrófica pode ser causada por mudanças na forma como o corpo metaboliza os lípidos", disse Carsten Bönnemann, investigador sénior do Instituto Nacional de Doenças Neurológicas e Acidente Vascular Cerebral (NINDS) do NIH e autor sénior do estudo publicado na Nature Medicine.

"Esperamos que estes resultados ajudem os médicos a reconhecer esta nova forma de ELA e a levar ao desenvolvimento de tratamentos que melhorem a vida destas crianças e jovens adultos. Esperamos também que os nossos resultados possam fornecer novas pistas para compreender e tratar outras formas da doença”, afirmou.

Bönnemann lidera uma equipa de investigadores que usa técnicas genéticas avançadas para resolver algumas das mais misteriosas doenças neurológicas da infância em todo o mundo. Neste estudo, a equipa descobriu que 11 destes casos tinham ELA que estava associada a variações na sequência de ADN do SPLTC1, um gene responsável pelo fabrico de uma classe diversificada de gorduras conhecidas por esfingolipídios.

O estudo começou com Claúdia Digregorio, uma jovem mulher italiana a quem o Papa Francisco deu bênção pessoalmente antes de partir para os Estados Unidos para ser examinada pela equipa de Bönnemann no Centro Clínico do NIH.

Como muitos outros pacientes, Claúdia precisava de uma cadeira de rodas e de tubo de traqueostomia implantado cirurgicamente para ajudar na respiração. Exames neurológicos realizados pela equipa revelaram que ela e os outros tinham muitas dos traços da ELA, incluindo músculos severamente enfraquecidos ou paralisados. Além disso, os músculos de alguns pacientes mostraram sinais de atrofia quando examinados sob um microscópio ou com scanners não invasivos.

No entanto, esta forma de Esclerose Lateral Amiotrófica parecia-lhes ser diferente. A maioria dos doentes, esclareceram os especialistas, é diagnosticada por volta dos 50 ou 60 anos de idade. A doença agrava-se tão rapidamente que os pacientes normalmente morrem dentro de três a cinco anos de diagnóstico. Em contraste, os sintomas iniciais, como alterações na caminhada e a espasticidade, nestes doentes, desenvolveu-se por volta dos quatro anos de idade. Além disso, no final do estudo, estes tinham vivido entre cinco a 20 anos mais.

"Estes jovens pacientes tinham muitos dos problemas do neurónio motor neuronais que são indicativos de ELA", disse Payam Mohassel, um investigador clínico do NIH e o principal autor do estudo. "O que tornou estes casos únicos foi a idade precoce do início e a progressão mais lenta dos sintomas. Isto fez-nos pensar o que estava subjacente a esta forma distinta de ELA."

As primeiras pistas vieram da análise do ADN dos pacientes. Os investigadores usaram ferramentas genéticas de próxima geração para ler os exomas destes doentes, ou seja, as sequências de ADN que guardam as instruções para a produção de proteínas. Eles descobriram que todos tinham alterações visíveis na mesma parte estreita do gene SPLTC1. Quatro dos pacientes herdaram estas mudanças de um dos progenitores. Enquanto os outros seis casos pareciam ser o resultado do que os cientistas chamam de mutações "de novo" no gene. Estes tipos de mutações podem ocorrer espontaneamente à medida que as células se multiplicam rapidamente antes ou pouco depois da conceção.

Mutações no SPLTC1 também são conhecidas por causar uma desordem neurológica diferente chamada Neuropatia autonómica e sensitiva hereditária tipo 1 (HSAN1). A proteína SPLTC1 é uma subunidade de uma enzima, chamada SPT, que catalisa a primeira de várias reações necessárias para fazer esfingolipídios. As mutações HSAN1 fazem com que a enzima produza versões atípicas e nocivas de esfingolipídios.

No início, a equipa pensou que as mutações causadoras de ELA que descobriram podem produzir problemas semelhantes. No entanto, as análises ao sangue dos pacientes não mostraram sinais dos esfingolipídios nocivos.

"Naquele momento, sentimos que não conseguíamos entender completamente como as mutações observadas nos pacientes com ELA não mostravam as anomalias esperadas do que se sabia sobre as mutações do SPTLC1", disse Bönnemann. "Felizmente, a equipa Teresa M. Dunn tinha algumas ideias."

Durante décadas, a equipa de Teresa M. Dunn, da Universidade de Zurique, estudou o papel dos esfingolipídios na saúde e na doença. Com a ajuda a ajuda da sua equipa os investigadores reexaminaram amostras de sangue dos doentes com ELA e descobriram que os níveis de esfingolipídios típicos eram anormalmente altos. Isto sugeriu que as mutações de ELA aumentaram a atividade SPT.

Resultados semelhantes foram vistos quando os investigadores programaram neurónios cultivados em placas de Petri para transportar as mutações causadoras de ELA no gene SPLTC1. Os neurónios mutantes que transportam neurónios produziram níveis mais altos de esfingolipídios típicos do que as células de controlo. Esta diferença foi melhorada quando os neurónios foram alimentados com a serina de aminoácidos, um ingrediente chave na reação do SPT.

Estudos anteriores sugeriram que a suplementação de serina pode ser um tratamento eficaz para o HSAN1. Com base nos seus resultados, os autores deste estudo recomendaram evitar a suplementação de serina no tratamento dos pacientes com ELA.

Em seguida, realizaram uma série de experiências que mostraram que as mutações causadoras de ELA impedem outra proteína chamada ORMDL de inibir a atividade do SPT.

"Os nossos resultados sugerem que estes doentes com esclerose lateral amiotrófica vivem essencialmente sem travão na atividade do SPT. O SPT é controlado por um ciclo de feedback. Quando os níveis de esfingolipídios são altos, então as proteínas ORMDL ligam-se e abrandam o SPT. As mutações que estes doentes carregam entram em curto-circuito neste ciclo de feedback", explicou. "Achámos que restaurar este travão pode ser uma boa estratégia para tratar esta nova forma da doença."

Para testar esta ideia, a equipa de Bönnemann criou pequenas vertentes de ARN que interferem para desligar os genes SPLTC1 mutantes encontrados nestes doentes. Experiências nas células cutâneas dos pacientes mostraram que estes fios de ARN reduziram os níveis de atividade genética SPLTC1 e restabeleceram os níveis de esfotina ao normal.

"Estes resultados preliminares sugerem que podemos ser capazes de usar uma estratégia de silenciamento de genes de precisão para tratar pacientes com este tipo ELA. Além disso, estamos também a explorar outras formas de pisar o travão que retarda a atividade do SPT", disse Bonnemann. "O nosso objetivo final é traduzir estas ideias em tratamentos eficazes para os doentes que atualmente não têm opções terapêuticas."

 

SPO esclarece
Para assinalar o Dia Mundial da Criança, a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) elaborou 10 mi
  1. Até a criança falar, não é preciso ir ao oftalmologista.

Existem exames simples, capazes de quantificar a visão nos bebés desde tenra idade, como por exemplo o teste do olhar preferencial em que, através do interesse demonstrado pelo bebé por padrões de riscas com larguras diferentes, se consegue obter o valor da acuidade visual de cada um dos olhos. Para cada idade existem, nas consultas de oftalmologia, testes adaptados com complexidade crescente até às escalas de visão dos adultos. É crucial o exame dos olhos nos primeiros dias de vida pelo mé dico Assistente, um rastreio de erros refrativos entre os 2 e os 3 anos de idade e uma consulta de Oftalmologia em qualquer idade em que se suspeite de alterações oculares ou dificuldades visuais.

  1. As crianças não podem usar óculos de sol.

As medidas que se aplicam à proteção da pele estendem-se à proteção ocular: evitar a exposição direta ao sol entre as 11h e as 15h, no verão ou onde houver maior radiação. Os óculos de sol não são obrigatórios, mas ao escolher uns para os seus filhos, certifique-se de que as lentes têm filtro UV (ultravioleta) próximo dos 100% e que são de boa qualidade ótica (sem distorção) - nunca devem estar riscadas ou com falhas. A cor escura não é sinónimo de maior proteção! A luz natural é aliada de uma boa saúde ocular, mas com precauções. Usar um chapéu de abas largas também ajuda.

  1. Ler dentro de um veículo em movimento é perigoso para os olhos.

Qualquer focagem em movimento implica um esforço acrescido porque é constante a necessidade de fixação/refixação do objeto que não está fixo, seja um livro, um tablet ou qualquer outro. Não sendo necessariamente perigoso, algumas crianças podem sentir-se enjoadas, irritadas ou com dor de cabeça, sendo desaconselhada a leitura nestas circunstâncias.

  1. Os ecrãs fazem mal aos olhos.

Os dispositivos digitais quando bem utilizados podem ser importantes ferramentas educativas e de lazer. É importante vigiar os conteúdos apresentados para estarem de acordo com o escalão etário e monitorizar o tempo de uso.  O uso não regrado e muito perto dos olhos pode levar a queixas de cansaço visual, de olho seco e de perturbação da focagem. Assim, devem ser instituídos períodos regulares de pausa como a regra dos 20/20/20, que quer dizer, a cada 20 minutos, um mínimo de 20 segundos de pausa a uma distância não inferior a 20 pés (6 metros).

  1. Os olhos mais claros sofrem mais com a luz.

A cor clara dos olhos é determinada pela quantidade de pigmento presente na íris (“menina dos olhos”), sendo maior nos tons mais escuros, o que teoricamente confere maior proteção. No entanto, a sensibilidade à luz é condicionada por vários fatores que não dependem da presença de pigmento como a existência de erros refrativos (de focagem) como o astigmatismo, o tipo de lubrificação, o tamanho das pestanas e o formato dos olhos. Assim, sensibilidade à luz varia de pessoa para pessoa.

  1. O estrabismo na criança cura-se automaticamente à medida que a ela cresce.

Não é verdade: qualquer alteração do alinhamento dos eixos visuais, mesmo que não permanente, presente após os seis meses de idade não é normal e a criança deve ser observada em consulta. Por outro lado, há formas de estrabismo que aparecem mais tarde, nomeadamente as que estão associadas ao esforço acomodativo (de focagem), que tipicamente surgem pelos 3-4 anos de idade, em crianças até aí sem qualquer alteração aparente. O tratamento do estrabismo é diferente conforme o tipo de apresentação, as características do mesmo e a idade de aparecimento, podendo englobar medidas médicas como o uso de óculos ou de oclusão (“tapar”) e medidas cirúrgicas. Mais do que existir uma “cura” simples, o tratamento do estrabismo é um processo de reabilitação exigindo um trabalho em conjunto do oftalmologista, da criança e dos pais.

  1. É natural as crianças coçarem os olhos.

Natural é, mas isto não significa que seja benéfico! Coçar os olhos de maneira repetitiva constitui um traumatismo físico que pode levar ao adelgaçamento e deformação da córnea (parte transparente do olho que se situa à frente da íris) e condicionar o aparecimento de queratocone na adolescência ou início da idade adulta. Adicionalmente o coçar podem induzir inflamação ocular e mesmo infeção, quando as mãos são portadoras de agentes infeciosos. Assim, apesar do estímulo que as crianças, nomeadamente as que sofrem de alergias, sentem, o coçar dos olhos deve ser desincentivado.

  1. As crianças não podem usar lentes de contacto.

A primeira ferramenta na correção das perturbações da focagem (erros refrativos) nas crianças são os óculos com lentes graduadas. No entanto, em caso selecionados as lentes de contacto também são uma opção, podendo ser adaptadas em qualquer idade. O uso de lentes de contacto neste escalão etário exige maior vigilância pelo oftalmologista e uma monitorização contínua diária por parte dos pais.

  1. Lacrimejar é comum e normal nos mais novos.

A obstrução do canal nasolacrimal (que leva as lágrimas do olho ao nariz) é frequente nos bebés, acabando por se resolver nos primeiros meses de vida na grande maioria dos casos só com recurso a massagem no canto interno do olho. No entanto, na presença de lacrimejo constante que condicione episódios repetidos de infeção ocular (conjuntivite) e/ou na ausência de resolução até aos 6 meses, o bebé deve ser observado por um oftalmologista.

  1.  Devemos poupar os olhos das crianças.

Errado - devemos cuidar dos olhos dos nossos filhos, sempre com a ajuda do Oftalmologista!

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Neurocientista explica como a nicotina vicia e quais os seus efeitos no organismo
Dados da Organização Mundial da Saúde apresentados no final de 2020 revelam que o tabaco mata mais de 8 milhões em todo o mundo...

Para chamar a atenção para as mortes que causam, o Dia Mundial sem Tabaco é celebrado anualmente no dia 31 de maio. Nessa oportunidade, a OMS promove uma série de campanhas para informar o público sobre os perigos do uso do tabaco, as estratégias da indústria do tabaco e as ações para o controle do tabagismo.

 Mas afinal, o que é o tabaco?

 Conforme explica o, neurocientista, neuropsicólogo e biólogo Fabiano de Abreu, o tabaco é uma planta (Nicotiana tabacum) “cujas folhas são utilizadas na confeção de diferentes produtos que têm como princípio ativo a nicotina, que causa dependência. No mercado se encontram diversos produtos derivados de tabaco: cigarro, charuto, cachimbo, cigarro de palha, cigarrilha, bidi, tabaco para narguilé, rapé, fumo-de-rolo, dispositivos eletrônicos para fumar e outros”.

Nicotina: "A molécula de Nicotina, considerada uma droga psicoativa, ela imita o papel de um neurotransmissor chamado acetilcolina, que está relacionado com o movimento muscular, respiração, frequência cardíaca, apetite, humor, no aprendizado e na memória. Inclusive tem relação com o tratamento da doença de Alzheimer no retardamento da degeneração do sistema nervoso central. Pessoas com a Doença de Alzheimer têm níveis baixos de acetilcolina no cérebro”.

Além disso, quando a nicotina chega no cérebro, “ela se junta aos recetores de acetilcolina imitando suas ações assim como ativa áreas do cérebro envolvidas com o prazer e gratificação aumentando os níveis de dopamina, outro neurotransmissor, relacionado ao vício”. A título de curiosidade, isso explica de forma científica como o jogo também vicia, devido a ativação constante deste neurotransmissor da recompensa.

 Fabiano revela que a nicotina também induz a liberação de mais um neurotransmissor, "o glutamato, que é excitatório e está envolvido com a plasticidade sináptica. Por isso a nicotina pode melhorar na memória, mas não pela forma de tabaco, já que é um redutor da oxigenação cerebral”.

Vale lembrar que pequenas doses de nicotina "pura" agem como estímulo e subsequentemente como depressor. “Já as altas doses têm efeito rápido de estímulo, mas também tem um efeito depressor duradouro e tóxico”, e isso pode ser percebido por qualquer pessoa que tenha contato com fumantes, observa Fabiano. “Sabe quando as pessoas ficam nervosas quando param de fumar? Isso acontece porque o cérebro recebe menos dopamina. Por não absorver nicotina, outro neurotransmissor é produzido, na exigência de resposta para a liberação de dopamina, a noradrenalina”.

Além da nicotina, Fabiano lembra que há outras substâncias químicas que são prejudiciais para o cérebro e o organismo em geral. Para quem não sabe, “o tabagismo pode levar ao aumento da ansiedade, depressão e esquizofrenia. Assim como aumentam os riscos para a pessoa desenvolver a doença de Alzheimer”, completa.

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