Investigação
Um novo estudo, assinado por investigadores do Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal), estabelece uma relação entre...

O estudo epidemiológico, publicado no European Journal of Epidemiology, recolheu dados de mais de 70.000 crianças de seis países europeus (Reino Unido, Dinamarca, Holanda, Itália, Grécia e Espanha). Os autores verificaram a informação disponível sobre a sua exposição ao paracetamol (pré-natal ou início) e a subsequente presença de sintomas associados a transtornos neurocomportamentais, concluindo que aqueles que foram expostos 'in utero' ao paracetamol têm 19% mais probabilidade de desenvolver sintomas de transtorno do espectro do autismo e 21% mais propensos a desenvolver transtorno do déficit de atenção com hiperatividade

No entanto, os autores sublinham que os resultados não significam que este analgésico deva deixar de ser prescrito durante a gravidez em caso de necessidade, no entanto aconselham um consumo limitado. "Tendo em conta todas as evidências sobre o uso de paracetamol e desenvolvimento neurológico, concordamos com recomendações anteriores que indicam que, embora o paracetamol não seja suprimido em mulheres grávidas ou crianças, deve ser usado apenas quando necessário", explica Jordi Sunyer investigador do ISGlobal, um centro apoiado pela Fundação "la Caixa", citado hoje pelo jornal El Mundo.

Neste sentido, em Espanha, o Ministério da Saúde, através da Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos de Saúde (AEMPS), já atualizou as suas recomendações dirigidas aos profissionais em 2019 para abordar a questão do paracetamol durante a gravidez. Embora a AEMPS não considerasse então que existissem indícios destas associação, recomendou "a sua utilização na dose mínima efetiva, pelo menor tempo possível".

No entanto, e embora os números mostrem uma relação entre o fármaco e estas condições clínicas, as razões permanecem em grande parte desconhecidas. "Os mecanismos precisos explicados por estas associações não são conhecidos, mas é plausível que a exposição biológica ao paracetamol nas fases iniciais da vida possa alterar o desenvolvimento cerebral; alguns mecanismos propostos incluem alterações em fatores neurotróficos, uma família de proteínas muito relevante para o neurodesenvolvimento", explica Sílvia Alemany, primeira autora do estudo. "Também pode contribuir para o stress oxidativo, que é um mecanismo que tem sido ligado ao PEA e ao TDAH."

A verdade é que em fevereiro de 2014, a JAMA Pediatrics publicou uma pesquisa na Dinamarca que estabeleceu um risco 29% maior de precisar de medicação para a TDAH durante a infância em bebés que foram expostos ao paracetamol, e uma probabilidade aumentada de 13% de mostrar comportamentos semelhantes aos sete anos.

E em 2019, um estudo da Universidade Johns Hopkins, através amostras de sangue do cordão umbilical, observou que os recém-nascidos com maior exposição ao paracetamol tinham aproximadamente três vezes mais probabilidades de ser diagnosticados com alguns destes transtornos na infância.

Situação Epidemiológica
Nas últimas 24 horas, foi registada uma morte associada à Covid-19 e quase 600 novos casos da doença em Portugal.

Desde ontem que morreu mais uma pessoa com Covid-19 em Portugal. O único óbito registou-se na região de Lisboa e Vale do Tejo

Quanto ao número de infetados, segundo o boletim divulgado hoje pela Direção Geral da Saúde, foram diagnosticados 598 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 295 novos casos e a região norte 171. Desde ontem foram diagnosticados mais 54 na região Centro, 15 no Alentejo e 33 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais sete infeções e 23 nos Açores.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 246 doentes internados, mais 13 que ontem.  No entanto, as unidades de cuidados intensivos contam com menos um doente, estando agora 52 pessoas na UCI.

O boletim desta sexta-feira mostra ainda que, desde ontem, 515 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 808.047 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 22.534 casos, mais 82 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 1.053 contactos, estando agora 22.887 pessoas em vigilância.

Saúde feminina
Trata-se de uma condição bastante comum, no entanto, são muitas as mulheres que, apesar dos sintomas

A Síndrome de Congestão Pélvica (SCP) é uma causa comum de dor pélvica crónica. Segundo o especialista, Chefe de Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Centro Hospitalar Universitário do Porto, esta trata-se de uma patologia “multifatorial e mal definida” na qual podem estar envolvidas múltiplas condições, de forma isolada ou em conjunto,  como é o caso de “disfunção valvular das veias pélvicas de etiologia desconhecida, nomeadamente das veias ováricas e/ou as veias ilíacas internas ou dos seus ramos, que condicionam uma hipertensão venosa e consequente processo inflamatório nos órgãos pélvicos” ou “uma obstrução da drenagem venosa pélvica, conhecida como síndrome de Nutt-Cracker, em que a veia renal esquerda é comprimida entre a aorta e a coluna ou entre a artéria mesentérica superior e a aorta, e síndrome de May-Thurner, em que a veia ilíaca comum esquerda é comprimida pela artéria ilíaca comum direita”. Rui Machado acrescenta ainda que também as alterações hormonais, que podem condicionar a fragilidade da parede venosa, resultando nesta condição.

Podendo desenvolver-se em mulheres com idades compreendidas entre os 20 e os 50 anos, ou seja, antes da menopausa, apresenta-se como reconhecido fator de risco a multiparidade (gravidez múltipla). Isto porque, explica o especialista, ocorre um “aumento brutal da capacitância venosa das veias pélvica na gravidez, provocada pelo aumento do volume sanguíneo”. Por outro lado, também o “aumento hormonal da progesterona e estrogénios e a dilatação venosa condicionada pelo efeito compressivo do útero gravídico nas veias pélvicas” condicionam o desenvolvimento desta síndrome.

A dor – pélvica, sacroilíaca, perineal ou na raiz da coxa – que já se arrasta há mais de seis meses, juntamente com a dispareunia, ou seja, dor durante as relações sexuais, e desconforto vaginal após as mesmas são os principais sintomas a que todas devemos estar atentas.

No entanto, e uma vez que estes sintomas são comuns a outras patologias, Rui Machado chama a atenção para a necessidade de se excluírem outras doenças como “endometriose, adenomiose, miomatose uterina, doença urológica, doença oncológica retal, aderências intraperitoneais e a doença neurológica relacionada com a coluna lombo-sagrada”.

“O mais importante é o conhecimento da existência da SCP por parte da população em geral e pela comunidade médica no seu conjunto e, em particular, pelos Médicos Assistentes e Ginecologistas. Não se diagnostica aquilo que se desconhece”, sublinha o Chefe de Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Centro Hospitalar Universitário do Porto.

Assim, na presença destes sintomas e após a exclusão de outros diagnósticos, explica o médico, deve “realizar-se uma ecografia transvaginal pélvica, onde se vão observar varizes pélvicas, veias dilatadas e com fluxo sanguíneo invertido e lentificado. Posteriormente, um exame por tomografia computorizada ou ressonância magnética nuclear vai confirmar os achados e mostrar eventuais síndromes compressivos venosos (SMT ou SNC)”.

Confirmada a presença desta Síndrome, o tratamento médico inicia-se com “analgésicos, venotropicos e derivados da progesterona para suprimir a função ovárica”. “Contudo, quando este tratamento falha tem que se recorrer a tratamentos invasivos”, adianta o especialista em Cirurgia Vascular.

De acordo com Rui Machado, o tratamento de eleição, quando a terapêutica farmacológica não resulta, “consiste na realização de uma flebografia pélvica das veias ováricas e ilíacas internas para confirmação do diagnóstico e, simultaneamente, em proceder à embolização destas veias e das varizes pélvicas com coils e/ou agentes esclerosantes”. Embora já se tenham realizado outras técnicas, esta é menos agressiva e mais eficaz.

“Este tratamento, conhecido como cirurgia ou tratamento endovascular, é realizado sob anestesia local com ou sem sedação em regime ambulatório ou com internamento de 24 horas através de cateteres, sendo os riscos mínimos e tendo uma taxa de sucesso que varia entre os 80 e os 90%”, esclarece.

Não obstante, os sintomas podem ressurgir. Por isso, Rui Machado aconselha o seguimento por médico assistente ou ginecologista e, caso volte a apresentar algumas manifestações, deve ser referenciada “ao Cirurgião Vascular para que seja realizada uma nova observação e, se necessário, feito um novo tratamento complementar”.

Com um grande impacto na qualidade de vida das mulheres – sabe-se que “em fases tardias de diagnóstico da doença, é frequente as doentes irem a consultas de apoio psicológico ou psiquiátrico” -, o especialista reforça a mensagem: na presença de sintomas, fale com o seu médico!

As mulheres “devem falar abertamente com o seu Médico Assistente ou Ginecologista sobre a possibilidade de terem uma Síndrome de Congestão Pélvica perante: uma dor pélvica com duração superior a seis meses não cíclica de agravamento vespertino ou com o ortostatismo; quando se queixam de dor durante a relação sexual ou de um desconforto vaginal após uma relação sexual”.

“No caso de não ser encontrada uma causa justificativa, devem ser referenciadas para um Cirurgião Vascular para observação, confirmação do diagnóstico e tratamento. Não deixem, contudo, atrasar o diagnóstico, pois este atraso, além dos problemas físicos e emocionais que tem associados, está relacionado com piores resultados terapêuticos”, sublinha.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Encontro internacional
São quatro jornadas, em formato online (por Zoom), que começam hoje e prosseguem nos dias 29 de maio, 4 e 5 de junho. Falamos...

De acordo com a organização, pretende-se com este workshop «que os participantes se apropriem de procedimentos cuidativos que operacionalizem e sistematizem a relação, que facilitem prestar cuidados em situações complexas, como cuidar de pessoas dependentes e/ou com alterações cognitivas, evitando comportamentos de agitação, oposição/recusa aos cuidados». Intervêm no encontro, professores e profissionais de saúde da ESEnfC, da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, do Centro de Saúde de Cantanhede, do IGM Portugal e IGM Internacional, de instituições sediadas em Portugal, Espanha e Brasil.

A Metodologia de Cuidado Humanitude (MCH), criada pelo professor de Educação Física Yves Gineste e pela psicogerontóloga Rosette Marescotti, privilegia intervenções não-farmacológicas no controlo e redução de “comportamentos de agitação patológica”, melhorando a qualidade de vida da pessoa cuidada e o bem-estar dos cuidadores.

Gineste e Marescotti desenvolveram uma filosofia de cuidados baseados nos “pilares da humanitude” (o olhar, a palavra, o toque e a verticalidade), capazes de promoverem a dignidade, o respeito e a liberdade da pessoa, restituindo-lhe a autoestima.

Esta metodologia proíbe intervenções em força ou não consentidas, enfatizando técnicas que favorecem o estabelecimento de uma verdadeira relação de confiança entre o cuidador e a pessoa cuidada.

Em Portugal, a MCH é utilizada em quase todas as tipologias de instituições que oferecem respostas sociais e de saúde, bem como na área do ensino de enfermagem e no serviço social.

Todas as informações sobre o programa deste workshop internacional estão disponíveis no sítio do evento na Internet, em www.esenfc.pt/event/confhumanitude2021

 

“Depois da pandemia, como evitar o pandemónio da gripe? Vacinar será ainda mais importante”
No dia 31 de maio, das 16h45 às 17h15, realiza-se a conferência patrocinada pela Sanofi Pasteur “Depois da pandemia, como...

A conferência tem como objetivo fazer uma apresentação do real impacto da gripe, explicando a associação às doenças cardiovasculares e reforçando a importância dos cuidados e da prevenção do vírus da gripe num contexto de pandemia.

Com uma intervenção focada na relação entre a doença aterosclerótica e o vírus da gripe, Carlos Rabaçal, cardiologista, explica que existem dados que demonstram que nos três dias seguintes a uma infeção gripal o risco de Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM) é entre 6 a 15 vezes superior.

No decorrer desta sessão, será abordada a relação direta entre a taxa de internamentos por EAM na época gripal, o impacto associado à evolução intra-hospitalar, cuidados terciários e de reabilitação, assim como o papel da vacinação como uma medida preventiva efetiva conta a gripe. De destacar a apresentação dos resultados principais do estudo BARI (Burden of Acute Respiratory Infections) com foco na associação entre gripe e eventos cardiovasculares.

A intervenção de Filipe Froes, pneumologista, será direcionada para a inevitabilidade da ocorrência de uma pandemia e quais as medidas a adotar para evitarmos o pandemónio da gripe. Ainda com esta sessão será realizada uma overview do que podemos esperar na próxima época gripal depois de uma época em que a gripe foi praticamente inexistente, procurando responder à questão: poderemos estar perante uma época gripal mais intensa?

Esta sessão está integrada no 14º Congresso Nacional do Idoso que se realiza no Centro de Congressos Sheraton Porto Hotel e em formato online.

 

 

Esteja atenta aos sintomas!
Geralmente não existem complicações graves associadas à incontinência urinária, no entanto, este pro

Segundo os últimos dados divulgados sobre o tema, estima-se que em Portugal, apesar de 33% das mulheres acima dos 40 anos apresentarem queixas associadas à incontinência urinária, apenas uma pequena percentagem (cerca de 10%) procura o médico. Para Alexandra Henriques, Médica assistente Hospitalar Graduada em Ginecologia e Obstetrícia da Equipa de Uroginecologia do Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução do Hospital de Santa Maria, há três razões para que isto aconteça: “primeiro porque têm que admitir que sofrem deste problema e muitas mulheres entendem que é normal com a idade ter incontinência e acham que não há nada a fazer; segundo não é fácil comentar com o companheiro, com familiares ou com as amigas porque é embaraçoso falar de perda de urina; terceiro quando vão ao médico, e não é diretamente questionado, este problema também é difícil de abordar (os próprios médicos podem não estar alerta para perguntar sistematicamente)”.

Entre os fatores que condicionam o desenvolvimento desta condição clínica, destacam-se “a genética; as gravidezes e os partos; o envelhecimento - sobretudo após a menopausa; a obesidade e outras condições que aumentam a pressão intra-abdominal como é o caso da doença pulmonar obstrutiva crónica ou tosse crónica por tabagismo; algumas doenças como a diabetes mal controlada, doenças do colagénio; o estilo de vida e os hábitos comportamentais”. Assim, sublinha a especialista, a melhor forma de prevenir o problema é manter um estilo de vida saudável. Evitar a obesidade, não fumar manter bons hábitos miccionais (urinar aproximadamente de 2 em 2 horas ou 3 em 3 horas); evitar o consumo de estimulantes (bebidas alcoólicas, gaseificadas, comida picante, café, chocolate) e manter uma boa ingestão de água (cerca de 1,5L /dia), enumera. Por outro lado, há que manter algumas das patologias pré-existentes sob controlo. “Como a diabetes, a doença pulmonar ou doenças psiquiátricas”, acrescenta.

Como sinais de alerta, Alexandra Henriques, destaca: “perda de urina associada ao esforço (por exemplo com tosse, espirro ou riso), vontade urgente de urinar associada ou não a perda de urina, aumento do número de micções (o normal é até 7 vezes por dia) ou noctúria (acordar mais que uma vez para urinar durante a noite)”, são sintomas que a devem levar a procurar o médico.

Embora não esteja associada a complicações graves, “o mau funcionamento da bexiga pode estar associado a situações que propiciam infeções urinárias de repetição e, isso sim, poderá ser gerador de outras complicações”, no entanto a médica admite que estes casos remetem para outras situações clínicas que merecem ser investigadas.

Não obstante, a incontinência urinária tem um grande impacto na qualidade de vida das mulheres que dela sofrem, estando associada a um dia-a-dia vivido sempre com grande ansiedade. “Medo de cheirar mal, medo de ficar suja, medo de perder urina durante as relações sexuais ou medo de não conseguir encontrar uma casa de banho”, são uma constante na vida destas mulheres.

“O verão, que agora se avizinha, pode ter maior impacto na vida das pessoas que sofrem de incontinência urinária de esforço e/ou de urgência (bexiga hiperativa) essencialmente devido aos hábitos e comportamentos sociais que temos tendência a ter nesta época do ano”, acrescenta Alexandra Henriques, sublinhando que os eventos sociais geram sempre muita ansiedade. “As idas à praia, passeios no jardim, caminhadas à beira-mar, são locais onde habitualmente não existem casas de banho de fácil acesso, o que pode ser um motivo de ansiedade e desconforto para as pessoas que sofrem de incontinência”, revela.

“As viagens longas também podem constituir um problema porque há necessidade de fazer várias paragens para ir à casa de banho; esta situação pode ser bem ou mal acolhida por familiares e amigos e pode ser motivo de embaraço para a mulher”, adianta sublinhando que a ansiedade vivida agrava a sensação de urgência miccional.

De um modo geral, explica a especialista, “a incontinência urinária de esforço e/ou de urgência (bexiga hiperativa) podem melhorar através de mudanças simples no estilo de vida das pessoas, nomeadamente através da manutenção do peso ideal (alimentação e exercício físico), treino da bexiga, deixar de fumar, fisioterapia dos músculos do pavimento pélvico”.

Em todo o caso, salienta, quanto à incontinência urinária de esforço, “deve ser ponderada a necessidade de correção cirúrgica”. Já nos casos de bexiga hiperativa, podem ser indicados alguns medicamentos.

Deste modo, e reforçando a ideia de há “medidas que podem melhorar a qualidade de vida” de quem sofre de incontinência urinária, não hesite em procurar apoio médico se apresentar alguns destes sintomas.

“Para quem quiser aprofundar mais sobre o assunto existe um site, Na Bexiga Mando Eu, feito com o apoio da Associação Portuguesa de Neurourologia e Uroginecologia e o site https://www.yourpelvicfloor.org/leaflets/, feito pela International Urogynecological Association, ambos têm muita informação útil sobre este tema, estão disponíveis gratuitamente e em linguagem acessível”, recomenda a especialista.

 

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Projeto de investigação vai ser apresentado na próxima semana
Visando prevenir a repercussão na saúde mental da contínua exposição à adversidade dos bombeiros na sua atividade e melhorar a...

Iniciado em janeiro de 2020, seguindo trabalho prévio da equipa clínica, o estudo, designado “DECFIRE - Treino da tomada de decisão crítica e gestão do stress pós-traumático nos técnicos de combate a incêndios”, envolve a participação de mais de 200 bombeiros do distrito de Coimbra e tem como parceiros o Centro de Prevenção e Tratamento do Trauma Psicológico, CRI de Psiquiatria – Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC, IP) e a Federação dos Bombeiros do Distrito de Coimbra.

Os dados prévios já obtidos pelo grupo de trabalho clínico especializado na área do trauma confirmam a «exposição frequente a vivências potencialmente traumáticas. 82% dos participantes no estudo já estiveram expostos a mais de 20 situações potencialmente traumáticas. A exposição continuada a este tipo de situações poderá vir a colocar em causa os seus mecanismos de funcionamento normais e condicionar a emergência de problemas ao nível da saúde mental», afirma Miguel Castelo-Branco.

O docente da Faculdade de Medicina da UC e investigador do Coimbra Institute for Biomedical Imaging and Translational Research (CIBIT/ICNAS) explica que o projeto DECFIRE, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), explora os «processos cerebrais

envolvidos na tomada de decisão crítica em condições extremas de combate a incêndios e a forma de melhorar a tomada de decisão nessas situações».

Estes processos, clarifica, «são estudados através de eletroencefalograma e imagem por ressonância magnética funcional, mas também com recurso a ambientes de realidade virtual. Foram desenvolvidos simuladores específicos para o projeto, capazes de simular de forma realista situações de combate a incêndios. Deste modo, os participantes no estudo são expostos a cenários de situações de tomada de decisão desafiadoras, mas realistas, o que nos permite estudar a perceção de risco e o controlo emocional em situações extremas».

«O domínio do fogo florestal é bastante diferente de outros cenários de emergência em termos de cenários operacionais e fontes de incerteza. Os bombeiros precisam da capacidade de treinar situações e cenários inerentemente inseguros e difíceis de reproduzir, ou impossíveis devido a restrições ambientais, comunitárias e regulatórias», justifica.

Os resultados obtidos até agora no âmbito do DECFIRE vão ser apresentados na próxima segunda-feira, dia 31 de maio, pelas 21h30m, durante um webinar sobre “A atividade de Bombeiro(a): Impactos do Stress na Saúde e Qualidade de Vida”, que, de acordo com a organização, pretende «discutir o impacto do stress resultante do combate a incêndios na saúde e na qualidade de vida dos bombeiros e das suas famílias». O evento reúne bombeiros e suas famílias, profissionais de saúde e cientistas.

Miguel Castelo-Branco salienta ainda que o projeto inclui um plano de «disseminação com demonstrações práticas para bombeiros, fornecendo oportunidades privilegiadas de treino em situações e cenários específicos de combate e domínio do fogo, inerentemente inseguros e de reprodução difícil fora do contexto de treino». Passará também, conclui, por «sensibilizar os bombeiros e famílias, profissionais de saúde, associações corporativas e comunidade em geral para o impacto na saúde decorrente da exposição continuada à adversidade e para a importância na prevenção e ajuda precoce».

O webinar, que contará ainda com as intervenções de Carlos Santos (Diretor dos CHUC), Rosa Reis Marques (Presidente da ARSC), João Rodrigues (Vice-Presidente da ARSC), Fernando Carvalho (Federação de Bombeiros do Distrito de Coimbra), João Redondo (Médico Psiquiatra) e Vítor Rodrigues (FMUC), pode ser seguido através dos seguintes links: https://videoconf-colibri.zoom.us/j/82185186471https://www.uc.pt/en/uid/cibit/ScienceSociety/WebinarDECFIRE/ ou https://www.facebook.com/decfire.coimbra

Webinar LadoaLado.Com: Competências Avançadas e Diferenciadas – Novos Desafios do Cuidar
A Secção Regional do Centro (SRCentro) da Ordem dos Enfermeiros (OE) vai organizar mais um webinar LadoaLado. Com o tema ...

Esta sessão “será um momento de formação e discussão aberta entre pares e futuros enfermeiros sobre a importância das novas competências para obtenção de conhecimentos, técnicas e formas inovadoras de cuidar, capazes de superar os desafios e problemas que diariamente enfrentam no desempenho das suas funções”.

De acordo com o comunicado, Paula Cristina Marques, Vogal Suplente da Mesa da Assembleia Regional e Membro do Júri Nacional para efeitos de atribuição de Competências Diferenciadas; Rui Macedo, Vogal do Conselho de Enfermagem Regional; e Olinda Oliveira, Secretária do Conselho Diretivo Nacional da Ordem dos Enfermeiros e Membro do Júri Nacional para efeitos de atribuição de Competências Diferenciadas serão os palestrantes convidados.

A moderação estará a cargo de Nuno Pereira, Secretário da Mesa da Assembleia Regional. A SRCentro faz ainda saber que “a atividade está aberta a enfermeiros e estudantes de enfermagem com interesse pelo assunto, atribuindo 0,35 Créditos de Desenvolvimento Profissional”.  

A inscrição gratuita, mas obrigatória no Balcão Único AQUI.

 

 

Dia Mundial marca o início do Mês da Saúde Digestiva
A Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG) alia-se às celebrações da Organização Mundial de Gastroenterologia (WGO) que,...

A escolha deste tema visa promover a consciencialização para aquela que é considerada a pandemia do século XXI, mais letal, inclusive, do que a Covid-19: a obesidade. “Se sofre de obesidade, estamos consigo nesta luta” é a mensagem que a SPG deixa aos portugueses, no filme hoje apresentado com o objetivo de lançar um alerta à população para este problema e destacar o seu grande impacto nas doenças do aparelho digestivo. 

No que respeita à Saúde Digestiva, está provado o aumento dos cinco cancros do aparelho digestivo (cancro do esófago, estômago, pâncreas, fígado e cólon) nas pessoas com obesidade. Além de encurtar a esperança média de vida, a obesidade é um fator de risco para várias doenças do aparelho digestivo, como por exemplo o refluxo gastroesofágico, a obstipação, a doença do fígado (cirrose), entre muitas outras.

“Sabemos que cerca de 75% dos doentes obesos têm doença hepática não alcoólica, o que se reflete num aumento significativo de doença hepática avançada, de cancro de fígado e de necessidade de transplante. Mais de metade da população adulta da União Europeia é obesa, o que justifica o motivo por detrás da escolha do tema do Dia Mundial da Saúde Digestiva”, refere Guilherme Macedo, vice-presidente da SPG e presidente-eleito da WGO. Acrescenta ainda que “o gastrenterologista tem um papel fundamental, trabalhando em conjunto com equipas multidisciplinares, no combate a esta pandemia que se agrava anualmente e que atinge muito a Saúde Digestiva”.  

A obesidade representa também despesas de mais de 81 mil milhões de euros para as economias europeias. Esta realidade reforça a urgência de uma resposta que congrega todos aqueles que convivem com esta pandemia como equipas de saúde multidisciplinares, indústria farmacêutica, nutricionistas, decisores políticos, pessoas afetadas e demais população.

Em conjunto, devem ser adotadas soluções para um problema mundial de saúde pública que pode ser prevenido e se tem agudizado na última década, representando uma das principais causas de doenças digestivas crónicas e também responsável pelo aumento do risco da mortalidade global.

“A adoção de estilo de vida saudável, uma dieta equilibrada, a prática exercício físico regular e consultas regulares com um gastrenterologista são essenciais para evitar a obesidade e todos os riscos que esta acarreta e promover a Saúde Digestiva, que tanto influencia a sua saúde global!”, recomenda a SPG.

“Movimento 50+”
177 pessoas que realizaram o teste de pesquisa de sangue oculto nas fezes no âmbito da campanha de sensibilização para a...

Nesta iniciativa, que decorreu de 15 de março a 14 de abril em 292 farmácias aderentes, foram realizados testes a um total de 4.190 indivíduos, com idades compreendidas entre os 50 e os 74 anos, na sua maioria mulheres (57%). Os resultados negativos ultrapassaram os 95%. Já os testes positivos fixaram-se nos 4,2%, em que nestes casos existiu uma recomendação para consulta médica com o objetivo de análise da situação e definição de próximos passos, nomeadamente a realização de colonoscopia, de acordo com as guidelines nacionais.

Em termos geográficos, o distrito de Lisboa foi o distrito com maior número de rastreios realizados (2.036), seguido do Porto (436), Setúbal (267), Coimbra (210) e Castelo Branco (197).

Katrien Buys, Diretora de Estratégia, Inovação e Sustentabilidade do Grupo Ageas Portugal, refere que “os resultados da campanha superaram as expectativas, o que reforça a importância desta iniciativa, especialmente num momento em que os rastreios e a prevenção passaram para segundo plano. O cancro colorretal é um dos tipos de cancro mais comuns e a sua incidência continua a aumentar, pelo que é urgente sensibilizar e incentivar os portugueses para o rastreio, permitindo identificar a doença numa fase inicial e salvar vidas. O nosso objetivo passa por continuar a abraçar este tipo de iniciativas e contribuir, de alguma forma, para a melhoria da saúde dos portugueses”.

Isabel Luz, Diretora Técnica da Farmácia Rainha do Douro, em Carrezeda de Ansiães, uma das farmácias participantes na campanha, comenta que “os utentes mostraram-se muito interessados em participar na campanha, principalmente num período como este em que muitos diagnósticos ficaram por fazer”.  A farmacêutica destaca a proximidade da rede de farmácias, sublinhando que “estamos perto das pessoas, conhecemos bem os nossos utentes, eles confiam em nós, estamos numa posição privilegiada para este tipo de iniciativas”.

Sensibilizar para a deteção precoce do Cancro Colorretal é uma das principais missões do “Movimento 50+”, que através de uma campanha nacional apoiada pela Fundação Ageas, Médis, Farmácias Portuguesas, Fundação Millennium bcp, Fundação Calouste Gulbenkian, Europacolon Portugal, Alliance Healthcare e Laboratório Germano de Sousa, permitiu testar mais de 4.000 portugueses, com o objetivo de prevenir esta doença.

Mais informações no infográfico e em https://www.medis.pt/cancro-colorretal

 

E já há mais países interessados
Em março, a Rússia anunciou que tinha registado o que dizia ser a primeira vacina contra a Covid-19 específica para animais....

Embora os cientistas digam que não há evidências de que os animais apresentam um papel significativo na propagação da doença aos seres humanos, as infeções foram confirmadas em várias espécies em todo o mundo, como cães, gatos, macacos e visons.

As autoridades estimam que o período de imunidade após a vacina Carnivak-Cov é de seis meses.

Julia Melano, assessora do diretor da Rosselkhoznadzor, disse, citada pela BBC, que as clínicas veterinárias estavam a assistir a um aumento dos pedidos de vacinação por parte de "criadores, donos de animais de estimação que viajam com frequência e também cidadãos cujos animais vagueiam livremente”.

Atualmente, está a ser desenvolvida outra vacina, específica para animais, pela empresa farmacêutica veterinária norte-americana Zoetis.

Países com os Estados Unidos, Argentina, Coreia do Sul e Japão já mostraram interesse na Carnivak-Cov.  

 

Crise climática
Um novo relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) alerta que o aumento médio das temperaturas pode exceder &quot...

No entanto, os peritos sublinham que este aumento não seria uma violação do Acordo de Paris, uma vez que o valor que realmente conta é a continuação da evolução das temperaturas ao longo dos anos. Em 2016, considerado mais quente da história, isto aconteceu ao longo de dois meses.

Recorde-se que o Acordo de Paris, assinado por 195 países, estipula o compromisso de manter o aumento da temperatura global neste século "bem abaixo dos dois graus Celsius, continuando os esforços para limitar o aumento para 1,5 graus". COP 26 de Glasgow, que decorrerá em novembro deste ano, já é considerado o momento crítico da ação climática para evitar que esse limite seja ultrapassado. Os cientistas alertam que a temperatura global pode subir até três graus até ao final do século com o atual nível de emissões.

"Estamos a falar de mais do que estatísticas", avisou o secretário WMO Petteri Taalas. "Este estudo mostra que estamos a aproximar-nos inexoravelmente para o objetivo inferior do Acordo de Paris. Deve servir-nos como uma chamada de atenção para elevarmos os nossos compromissos e alcançar a neutralidade carbónica."

"Ainda não alcançamos o teto máximo, mas estamos perto", avisa.

Leon Harmanson, cientista do Gabinete de Meteorologia, em declarações à BBC, fez saber que se olharmos para "o aumento comparativo das temperaturas e o aumento experimentado na última metade século”, chegamos à conclusão de que “temos pouco tempo e que precisamos de ação forte agora” no combate à crise climática.

 

Várias iniciativas previstas
Sensibilizar para uma patologia que afeta cerca de 2,2 milhões de pessoas em todo o mundo e cerca de 8000 em Portugal, e, ainda...

Entre as atividades previstas para marcar esta efeméride com tanto significado para todos aqueles que vivem ou convivem com a patologia, a SPEM propõe um conjunto de as iniciativas digitais, como o Podcast "Minuto com a EM", um espaço com periodicidade semanal (segundas e quartas-feiras), onde durante 2 minutos são debatidas temáticas acerca das principais questões da Esclerose Múltipla.

Segue-se a Série documental “tEMos voz”, que estreou dia 15 de maio, onde são retratados diversos testemunhos de Pessoas com EM. Os episódios saem todos os sábados e domingos no canal de YouTube da SPEM - SPEM TV.

“3EM’ Linha”, um programa de entrevistas em direto no Instagram oficial da SPEM transmitido todas as terças e sextas-feiras, do mês de maio, pelas 21h - Instagram oficial da SPEM e “Tune in for MS”, um evento que, em colaboração com a Federação Internacional da Esclerose Múltipla” pretende “conectar a comunidade; desafiar barreiras sociais, as quais fazem com que as Pessoas com Esclerose Múltipla se sintam mais solitárias ou socialmente isoladas; e lutar por melhores serviços, celebrando as redes de apoio já existentes e sublinhando o self-care (cuidado individual/autocuidado)”. Neste sentido, no dia 30 de maio, às 14h, será transmitido um evento de talentos a nível internacional, que junta artistas com Esclerose Múltipla ou artistas simpatizantes da causa por todo o mundo.

Além disso, organiza um Webinar em colaboração com os profissionais pela consulta de Esclerose Múltipla da ULS Matosinhos. No dia 28 de maio, às 18h. A sessão será realizada através da plataforma Zoom, Facebook e Canal de Youtube da SPEM.

As iniciativas físicas do Dia Mundial da Esclerose Múltipla contemplam o “Fim-de-semana da EM – Caminhada e Piquenique”, que terá lugar nos dias 29 e 30 de maio.

De forma a incentivar a participação neste fim de semana da Esclerose Múltipla, a SPEM desafia os participantes a vestirem a camisola do Dia Mundial e a publicarem uma fotografia nas redes sociais, identificando a conta oficial da SPEM com as hashtags #diamundialdaEM2021 #emconexões #EMForça. As camisolas, com ilustrações e mensagens de sensibilização e alerta, podem ser adquiridas através da SPEM.

Ainda no âmbito do Dia Mundial da Esclerose Múltipla, a SPEM está a trabalhar no sentido de levar a debate na Assembleia da República o estatuto do doente com Esclerose Múltipla e reforçar alguns pontos do Consenso Nacional de Esclerose Múltipla, tais como: Combater a estigmatização e discriminação das PcEM; Criar um Registo Nacional da EM; Criar Centros de Referenciação/Excelência para a EM; Apoiar os farmacêuticos de proximidade; e Promover a Formação em EM.

Para conhecer melhor as iniciativas poderá consultar o programa aqui: https://spem.pt/comunicacao/imprensa/dia-mundial-da-esclerose-multipla-2021/  

 

Estudo
Com base em várias pesquisas laboratoriais, uma equipa de investigação da Goethe University, em Frankfurt, afirma ter...

Os investigadores, num estudo que ainda não foi analisado por especialistas, afirmaram que as vacinas Covid-19 que usam vetores de adenovírus - vírus frios usados para fornecer material da vacina - enviam parte da sua carga útil para o núcleo das células, onde algumas das instruções para fazer proteínas coronavírus podem ser mal interpretadas. As proteínas resultantes podem desencadear distúrbios de coagulação sanguínea num pequeno número de recetores, sugerem.

Cientistas e reguladores de medicamentos nos Estados Unidos e na Europa têm procurado uma explicação para a causa de coágulos raros, mas com risco de vida, acompanhados por uma baixa contagem de plaquetas, o que levou alguns países a parar ou limitar o uso de vacinas AstraZeneca e J&J.

Num comunicado divulgado por e-mail, a Johnson&Johnson declarou estar “a apoiar a investigação e análise em curso deste evento raro enquanto trabalhamos com especialistas médicos e autoridades de saúde globais. Estamos ansiosos para rever e partilhar os dados à medida que estes ficam disponíveis." No entanto, a AstraZeneca não quis prestar qualquer declaração.

Investigadores da Goethe University em Frankfurt e outros centros explicaram no seu artigo que as vacinas que usam uma tecnologia diferente conhecida como RNA mensageiro (mRNA), como as desenvolvidas pela BioNTech com o seu parceiro Pfizer e Moderna, fornecem o material genético da proteína do pico coronavírus apenas ao líquido dentro das células, não no âmago deles. "Todas as vacinas baseadas em mRNA devem representar produtos seguros", lê-se no documento.

O artigo sugere ainda que os fabricantes de vacinas que usam vetores de adenovírus podem modificar a sequência de proteína de pico "para prevenir reações indesejadas e aumentar a segurança destes fármacos".

 

Situação Epidemiológica
Nas últimas 24 horas, não foi registado nenhum óbito associada à Covid-19. Já o número de infeções identificadas, desde o...

Segundo o boletim divulgado hoje pela Direção Geral da Saúde, foram diagnosticados 572 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 264 novos casos e a região norte 159. Desde ontem foram diagnosticados mais 64 na região Centro, 22 no Alentejo e 11 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais 14 infeções e 38 nos Açores.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 233doentes internados, o mesmo número registado ontem.  Também as unidades de cuidados intensivos contam com o mesmo número de doentes: 53.

O boletim desta quinta-feira mostra ainda que, desde ontem, 467 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 807.532 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 22.452 casos, mais 105 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 1.221 contactos, estando agora 21.834 pessoas em vigilância.

Sessão virtual
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), promove entre hoje e amanhã, a 4ª edição da conferência...

De acordo com o comunicado do INSA, a ICFC 2021 é dedicada aos desafios futuros na área da segurança alimentar e saúde humana, “este ano relacionados com a exposição precoce a contaminantes químicos e o seu impacto na saúde humana, nomeadamente os riscos associados à exposição de populações vulneráveis a contaminantes nos alimentos e os efeitos tóxicos decorrentes da exposição precoce a estes contaminantes”.

Trata-se de “um evento multidisciplinar onde investigadores de todo o mundo, independentemente da sua experiência e notoriedade, podem partilhar ideias e conhecimento sobre a saúde humana e os contaminantes alimentares”.

Segundo o INSA, a principal via de exposição a contaminantes químicos é a via alimentar, “pelo que a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) estabeleceu como obrigatória a análise dos riscos (Risk Analysis) associados à cadeia alimentar”. Esta avaliação, esclarece, “pretende estudar os efeitos adversos para a saúde, que resultam da exposição do homem a perigos com origem nos alimentos”.

 

Covid-19
Portugal vai receber mais de 1,4 milhões de vacinas contra a Covid-19 nos próximas dias, permitindo um acelerar o processo de...

“Estima-se que cheguem a território nacional cerca de 950 mil doses da vacina da Pfizer, 340 mil doses da AstraZeneca, 68 mil doses da Moderna e 88 mil doses da Johnson & Johnson” (Janssen), esta última de toma única, revelou fonte da task force, citada pela página oficial do Serviço Nacional de Saúde 

Deste modo, prevê-se que o país receba 1.446.000 vacinas durante os próximos dias, um número que representa cerca de 25% do total de doses entregues a Portugal desde que arrancou o plano de vacinação, a 27 de dezembro de 2020.

De acordo com a task force,  “prioridade passou por vacinar, de forma o mais equitativamente possível entre administrações regionais de saúde”, o maior número de pessoas de diferentes faixas etárias. 

 

Sessões organizadas pela ANEM
Em Portugal, estima-se que existam mais de 8.000 doentes com esclerose múltipla (EM), uma doença crónica e degenerativa que...

Nas últimas décadas surgiram novas terapêuticas que precisam ainda de ganhar aceitação por parte dos gestores de saúde e das agências reguladoras do medicamento, que continuam a utilizar as medidas mais habituais. No entanto, com os ensaios clínicos, o médico consegue acompanhar a atividade da doença e a sua progressão ou estabilização, com o rigor científico exigido na utilização de novos fármacos. Por isso, o primeiro webinar, dia 29 de maio, será sobre “Ensaios Clínicos - O Processo de Dispensa de Medicação”, guiado por Sara Vieira, Farmacêutica Especialista em Ensaios Clínicos do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, que nos apresentará o tema.

No dia 30 de maio, a sessão será guiada por Carla Cecília Nunes, Neurologista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, que irá partilhar a sua visão sobre a “Disfunção Sexual na Esclerose Múltipla e Alterações Hormonais na EM”. As alterações a nível do funcionamento sexual destes doentes podem ainda ter grande influência na sua qualidade de vida. Sabe-se que cerca de 44,5%* dos doentes com EM sofrem de distúrbios sexuais importantes, o que leva à perda do desejo sexual, ausência de excitação e orgasmo inexistente. A estes aspetos estão também associados fatores psicossociais e biológicos ainda não resolvidos.

Os dois webinares contarão também com a presença de Grilo Gonçalves, médico Neurologista, que irá moderar estas sessões dedicadas à partilha de conhecimento acerca da Esclerose Múltipla.

 

Estudo contará com mais de 35 mil voluntários acima dos 18 anos
O ensaio clínico de Fase 3, composto por duas etapas avaliará formulações de vacinas tendo como alvo o vírus original D.614,...

A Sanofi e a GSK começaram já deram início ao processo de recrutamento para o ensaio clínico de Fase 3 que irá avaliar a segurança, eficácia e imunogenicidade da sua vacina candidata de proteína recombinante e adjuvada contra a COVID-19. O estudo de Fase 3 global, aleatorizado, em dupla-ocultação, controlado por placebo, incluirá mais de 35.000 voluntários com idade superior a 18 anos, de vários países, incluindo Estados Unidos, Ásia, África e América Latina.

O objetivo primário do estudo é avaliar a prevenção de COVID-19 sintomática em adultos não infetados anteriormente por SARS-CoV-2; os endpoints secundários são aferir a prevenção da COVID-19 grave e a prevenção de infeção assintomática. Numa abordagem de duas etapas, o estudo investigará inicialmente a eficácia de uma formulação de vacina para o vírus D.614 original (Wuhan) e posteriormente será avaliada uma segunda formulação para a variante B.1.351 (África do Sul).

Evidências científicas recentes demonstram que os anticorpos criados contra a variante B.1.351 podem fornecer ampla proteção cruzada contra outras variantes mais transmissíveis1. O estudo de Fase 3, conduzido em diversas geografias, permite também a avaliação da eficácia da vacina candidata contra uma variedade de outras estirpes circulantes.

Após os resultados preliminares encorajadores do recém-terminado estudo de Fase 2, as empresas iniciarão nas próximas semanas um programa adicional de ensaios clínicos para avaliar a capacidade desta vacina candidata gerar uma forte resposta imunitária quando utilizada como vacina de reforço, independentemente da vacina inicialmente recebida.

"Somos encorajados a ver as primeiras vacinas a começarem a ocorrer num estudo tão importante e fundamental da Fase 3, pois acreditamos que a nossa plataforma tecnológica única fornecerá uma opção de vacinação clinicamente relevante", disse Thomas Triomphe, vice-presidente executivo da Sanofi Pasteur. "Adaptámos a nossa estratégia de desenvolvimento de vacinas com base em considerações prospetivas à medida que o vírus continua a evoluir, bem como antecipando o que pode ser necessário num ambiente pós-pandemia. Este ensaio é um testemunho da urgência e da agilidade na nossa abordagem para ajudar a superar o impacto contínuo desta pandemia”, acrescentou.

Segundo Roger Connor, presidente da GSK Vaccines, “são necessárias mais soluções para o combater a COVID-19 e que estas cheguem às pessoas em todo o mundo, especialmente à medida que a pandemia evolui e as variantes continuam a emergir”.  “Ajustar a nossa tecnologia e os nossos projetos de estudo reflete esta necessidade e irá continuar a construir o potencial desta vacina baseada em proteínas adjuvante. Estamos gratos aos voluntários que vão participar nos testes e esperamos que os resultados acrescentem aos dados encorajadores que temos visto até agora para que possamos disponibilizar a vacina o mais rapidamente possível”, afirmou.

O estudo da Fase 3 segue os resultados provisórios da Fase 2 que mostraram que o candidato adjuvante da vacina Covid-19 atingiu altas taxas de neutralização das respostas anticorpos em todas as faixas etárias adultas, com taxas de seroconversão de 95 a 100%. Após uma única injeção, altos níveis de anticorpos neutralizantes também foram gerados em participantes com evidências de infeção SARS-CoV-2 anterior, sugerindo um forte potencial de desenvolvimento como uma vacina de reforço.

Enquanto se aguarda os resultados positivos da Fase 3 e as revisões regulamentares, a vacina poderá ser aprovada/autorizada no 4º trimestre de 2021. O fabrico começará nas próximas semanas para permitir o rápido acesso à vacina caso seja aprovada.

Tratamento homeopático
A menopausa é uma etapa natural na vida de todas as mulheres, supõe o fim da menstruação e resulta d

Na menopausa, o nosso corpo sofre algumas alterações. Este período é vivido na mulher muitas vezes de forma silenciosa, solitária, angustiante, sentindo-se por vezes incompreendida por parte dos que a rodeiam. 

Chegada esta fase e devido à quebra hormonal, podem surgir vários sintomas associados à menopausa, destacam-se as alterações do ciclo menstrual, dores de cabeça, dores abdominais, afrontamentos ("calores") e aumento de peso. Muitas mulheres sentem-se extremamente cansadas, têm insónias, alterações de humor, suores noturnos, secura vaginal, alterações da pele, falta de concentração, dores articulares, entre outros. Porém, este processo é diferente em cada uma de nós, pelo que será de extrema importância aceitar estas mudanças como algo natural, observar e "ouvir" o nosso corpo, de maneira a dar resposta às necessidades que vão surgir nesta fase e tentar minorar alguns sintomas incómodos. 

Há casos de mulheres que conseguem lidar com estes sintomas sem grande desconforto, enquanto outras têm necessidade de controlá-los através de terapêutica. Nestes casos, a Homeopatia pode revelar-se uma boa aliada, sendo bastante eficaz na prevenção e controlo de alguns sintomas e isenta de toxicidade ou de efeitos secundários, podendo igualmente ser usada em combinação com a terapia hormonal.

Segundo o perfil e o quadro clínico do doente, chegaremos ao tratamento homeopático mais adequado. Alguns dos mais comummente utilizados são:

  • Lachesis mutus – indicado no alívio dos episódios de calor e os sufocos;
  • Sepia oficinallis – indicado para a secura vaginal, os sufocos e suores noturnos;
  • Cimicifuga racemosa – contém substâncias estrogénicas que ajudam a aliviar os incómodos provocados na pré e pós-menopausa, especialmente os afrontamentos e a secura vaginal;
  • Ignatia amara – auxilia no tratamento da ansiedade, nervosismo, variações de humor e insónias ocorrentes durante a menopausa;
  • Aurum Metallicum – para o tratamento das cefaleias e enxaquecas, próprias desta fase. 

Num período marcado por tanta mudança hormonal, a Homeopatia pode ser notavelmente eficaz e, em muitos dos casos, a companheira ideal para suavizar e facilitar a transição para uma nova fase da vida da mulher.

A adoção de um estilo de vida saudável será crucial que, juntamente com os medicamentos homeopáticos, vão contribuir muito positivamente no alívio dos sintomas e na prevenção de outros problemas que podem aparecer nesta fase, como a osteoporose, hipertensão e problemas cardiovasculares, diabetes, alterações da tiroide, entre outros. Ter uma dieta equilibrada, praticar exercício físico regular, exposição solar, a prática da meditação, são estratégias que permitem aliviar a sintomatologia deste ciclo de vida da mulher, além de trazerem importantes benefícios para todo o organismo.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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