Agência Europeia de Medicamentos
"As quatro vacinas aprovadas até ao momento na União Europeia proporcionam uma elevada proteção contra todas as estirpes...

De acordo com o responsável, os dados preliminares sugerem que no caso das vacinas aprovadas com duas doses - Comirnaty, da Pfizer e Da BioNTech; Spikevax, da Moderna, e Vaxzevria, da AstraZeneca – estas são necessárias para proporcionar uma proteção adequada contra a variante delta, o que torna "ainda mais importante instar a população a completar o calendário de vacinação o mais rapidamente possível, e que o intervalo entre as duas doses seja o mais próximo recomendado em cada caso".

O responsável pela Estratégia para a Vacinação da EMA salientou ainda que, dada a rápida disseminação da variante delta altamente contagiosa, que está a gerar preocupação não só na Europa, mas em todo o mundo, é extremamente importante vacinar o maior número possível de pessoas, como recomendado a nível nacional em cada um dos países.

Recordou que, numa declaração conjunta da EMA e do Centro Europeu de Controlo e Prevenção de Doenças (ECDC), ambas as organizações alertaram precisamente para a situação da pandemia atual, e "encorajamos a população a proteger-se, garantindo que completa o seu calendário de vacinação".

Ainda é muito cedo para saber se uma vacina diferente ou a adaptação de qualquer uma das disponíveis será necessária para lidar com esta variante, "embora já estejam a ser feitos trabalhos para estudar as variações das vacinas”.

O comunicado aponta ainda para a possibilidade de ser necessário administrar uma dose de reforço após os ciclos de vacinação estabelecidos. "Neste momento", disse Cavaleri, "é muito cedo para confirmar se esta dose se tornará necessária, ou quando deve ser considerada, porque ainda não há dados suficientes de campanhas de vacinação ou estudos em curso para concluir quanto tempo a proteção das vacinas vai durar, tendo também em conta o impacto da dispersão de variantes. Em qualquer caso, a EMA irá rever todos estes dados assim que estiverem disponíveis."

 

 

 

Investigação
Num novo estudo, um grupo de investigadores da Escola de Medicina de San Diego, confirmou que aqueles que fazem uso das...

As estatinas são comumente usadas para reduzir os níveis de colesterol no sangue, bloqueando enzimas hepáticas responsáveis pela produção do colesterol.

"No início da pandemia, houve muita especulação em torno de certos medicamentos que afetam o recetor ACE2 do corpo, incluindo Estatinas, no sentido de perceber se estes poderiam influenciar o risco da Covid-19", disse Lori Daniels, autora principal do estudo, professora e diretora da Unidade de Cuidados Intensivos Cardiovasculares da UC San Diego Health.

"Na altura, pensámos que as Estatinas poderiam inibir a infeção SARS-CoV-2 através dos seus conhecidos efeitos anti-inflamatórios e capacidades de ligação, o que poderia potencialmente parar a progressão do vírus."

Utilizando dados do Registo de Doenças Cardiovasculares COVID-19 da American Heart Association, a equipa de investigação da UC San Diego aplicou as suas descobertas originais a uma coorte muito maior: mais de 10.000 pacientes hospitalizados com Covid-19 em todos os estados do país.

Os investigadores analisaram registos médicos anónimos de 10.541 doentes internados com Covid-19, durante um período de nove meses, de janeiro a setembro de 2020, em 104 hospitais diferentes.

De acordo com a equipa de pesquisa, o uso de Estatinas ou um medicamento anti-hipertensivo foi associado a um menor risco de morte (cerca de 32%) entre os pacientes com Covid-19 com um historial de doença cardiovascular ou hipertensão.

No estudo, foram utilizadas técnicas de correspondência estatística para comparar resultados de doentes que usavam Estatinas ou uma medicação anti-hipertensiva com aqueles que não o faziam.

"Combinámos cada paciente com um ou mais pacientes semelhantes, utilizando o local do hospital, o mês de admissão, a idade, a raça, a etnia, o género e uma lista de condições pré-existentes, de forma a tornar os dois grupos o mais comparáveis possível", disse Karen Messer, doutorada, coautora do estudo e professora de bioestatística na Faculdade de Medicina da UC San Diego.

O recetor ACE2 - o alvo regulamentar das Estatinas - ajuda a controlar a pressão arterial. Em 2020, descobriu-se que o vírus SARS-CoV-2 usa principalmente o mesmo recetor para entrar nas células pulmonares.

De acordo com os investigadores, as Estatinas e os medicamentos anti-hipertensivos estabilizam as doenças subjacentes às quais são prescritos, tornando os pacientes mais propensos a recuperar da Covid-19.

"Como em qualquer estudo observacional, não podemos dizer com certeza que as associações que descrevemos entre o uso de Estatinas e a redução da gravidade da infeção Covid-19 são definitivamente devido às próprias Estatinas; no entanto, podemos agora dizer com provas muito fortes que podem desempenhar um papel na redução substancial do risco de morte entre pacientes com Covid-19", disse Lori Daniels. "Esperamos que os nossos resultados de investigação sejam um incentivo para que os pacientes continuem com a sua medicação."

O estudo inicial incluiu 170 registos médicos anómimos de doentes que receberam cuidados na UC San Diego Health. Os investigadores descobriram que o uso de Estatinas antes do internamento hospitalar para a Covid-19 resultou numa redução de mais de 50% no risco de desenvolver infeções graves.

 

www.eueocancrodamama.pt
Eu e o Cancro da Mama Metastático trata de temas tão distintos como diagnóstico, tratamentos, emoções, saúde, relacionamentos,...

Muito se sabe sobre o cancro da mama, o cancro mais frequente entre o sexo feminino, mas poucos conhecem os desafios e as necessidades de quem vive com a doença numa fase mais avançada. Fala-se de cancro da mama metastático quando a doença se disseminou para além do tumor primário, neste caso na mama, para outras partes do corpo. Nestes casos, à semelhança do que acontece com outras doenças crónicas, a pessoa terá de (com)viver com o cancro para sempre.

Os progressos científicos têm-nos apresentado cada vez mais opções de tratamento, que proporcionam uma vida mais longa e com maior qualidade para muitos doentes. Por se tratarem, na maioria dos casos, de pessoas em idade ativa, quer a nível profissional, quer familiar, o apoio e a sua (re)integração na sociedade no pós-diagnóstico é essencial. Um período em que o acesso à informação se revela crucial.

Nascem, assim, projetos como www.eueocancrodamama.pt, um website em português que responde a questões relacionadas com o diagnóstico, o tratamento, as emoções, a saúde, os relacionamentos ou o trabalho. No website encontra também um guia onde o doente tem a possibilidade de, ao longo de várias páginas, registar as suas principais dúvidas e sentimentos, tal como num diário.

Lançado pela Pfizer, www.eueocancrodamama.pt pretende ser um valioso recurso para ajudar as pessoas a compreenderem o que significa o seu diagnóstico, as opções disponíveis e os apoios de que podem usufruir na sua (re)integração na sociedade. Importantes ferramentas para quem, perante um diagnóstico de cancro da mama metastático, pretende continuar a viver uma vida plena, integrada e, acima de tudo, de qualidade.

 

Iniciativa da "Mamãs e Bébes"
A iniciativa “Momentos Mamãs e Bebés em Passeio”, da Mamãs e Bebés, proporciona experiências únicas e felizes por todo o país,...

"A pandemia trouxe-nos a insegurança e o medo de nos aproximarmos, mas nos “Momentos Mamãs e Bebés em Passeio” garantimos os 3 princípios básicos para a prevenção da Covid-19: distanciamento, desinfeção e proteção. Não podemos dar abraços, mas temos muitos miminhos para as futuras mamãs. Por isso, nos próximos dias 24 e 25 de julho, o Foz Plaza - Shopping Center, na Figueira da Foz, será palco do grande regresso presencial destes eventos nos shoppings. Entre as 10h00 e as 19h00, as mamãs poderão encontrar junto da área de restauração uma série de atividades especiais e próprias deste momento especial que estão a viver", refere a organização. 

Segundo a "Mamãs e Bebés", "as ecografias emocionais 3D/4D da bebé4D são uma das grandes atrações do evento, uma vez que todas as grávidas vão ter a oportunidade de ver as imagens detalhadas do seu bebé, permitindo ver de que forma este se move e o seu sorriso. É uma experiência única mesmo antes deste nascer, que aumenta o vínculo entre os pais e o bebé".

Além disso, nestes encontro,  podem também fazer uma sessão fotográfica profissional e gratuita, que inclui a oferta de uma fotografia em formato digital e a possibilidade de ser capa do Guia de Gravidez Mamãs e Bebés. Têm, ainda, a oportunidade de esclarecer todas as dúvidas sobre a importância de guardar as células estaminais do cordão umbilical do seu bebé com as profissionais e especialistas da BebéCord.

"Para tornar este evento ainda mais especial, haverá um sorteio de um fantástico e repleto cabaz com produtos para a mamã e para o bebé, no valor de 1.200€! Adicionalmente, todas as mamãs presentes também vão receber o E-book Receitas de Verão e o Guia de Gravidez Mamãs e Bebés com conteúdos relevantes para esta fase tão especial da vida da grávida", acrescenta em comunidado. 

A inscrição é feita através deste link.

 

Alopecia Areata, Dermatite atópica e Vitiligo: candidaturas até 16 de agosto
Está a decorrer o processo de Submissão de Propostas a um Programa Competitivo de Bolsas promovido pela Pfizer, com um valor de...

Os projetos deverão ser submetidos até dia 16 de agosto de 2021. Apenas serão aceites as propostas que sejam submetidas nos prazos indicados.

Posteriormente, os projetos serão analisados por um painel de revisores da Pfizer, que irão selecionar os projetos para financiamento.

Este Programa Competitivo de Bolsas pretende apoiar a investigação pré-clínica, clínica e de outcomes, de modo a aumentar o conhecimento clínico de doenças como a Alopecia Areata, a Dermatite Atópica e/ou Vitíligo.

As bolsas estão inseridas no programa Pfizer Global Medical Grants (GMG), criado para apoiar iniciativas independentes, com o objetivo de melhorar os resultados em saúde e responder a necessidades médicas não satisfeitas, alinhadas com a estratégia científica da Pfizer.

 

Relatório
O mais recente Relatório de Vacinação indica que 6.213.798 portugueses já iniciaram o processo de vacinação contra a COVID-19,...

O relatório demonstra que 4.337.479 pessoas (42%) finalizaram a vacinação.

Desde o dia 27 de dezembro de 2020, Portugal continental e as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores receberam mais de 11,5 milhões de doses de vacinas e distribuíram quase 10.700.

Iniciou ou terminou a vacinação 99% (672.911 pessoas) da população com 80 ou mais anos e 95% (644.821) tem a vacinação completa.

De acordo com o Relatório de Vacinação, 99% (1.612.579) dos portugueses com idades compreendidas entre os 65 e os 79 anos já iniciaram o processo de vacinação e 88% (1.427.655) concluíram-no.

No grupo populacional entre os 50 e os 64 anos, têm pelo menos a primeira dose 90% (1.963.383) e o processo está concluído em 71% (1.538.586).

Entre os 25 e 49 anos, 57% (1.899.241) receberam a primeira dose ou têm a vacinação completa e 20% (681.588) estão totalmente vacinados.

Já têm pelo menos a primeira dose da vacina 8% das pessoas entre os 18 e 24 anos (62.589) e 5% (42.491) têm as duas.

Iniciaram a vacinação 3.090 pessoas com idade até 17 anos e nesta faixa etária 2.037 já têm a vacinação completa.

 

Candidaturas até 15 de agosto
A Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade NOVA de Lisboa tem a decorrer, até dia 15 de agosto, as candidaturas ao...

Desenhada por um grupo de peritos nacionais com reconhecidas competências científicas, esta formação tem como destinatários investigadores, profissionais de saúde, profissionais com responsabilidade de decisão na área da saúde, em particular no que concerne a tecnologias da saúde, e profissionais da indústria farmacêutica.

“A avaliação económica é uma área científica de suporte à decisão com uma longa tradição em Portugal, desde a sua utilização na avaliação de novas terapêuticas para motivos de financiamento pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), no fim dos anos 90. A ENSP tem sido precursora neste campo, tanto em termos de desenvolvimentos de metodologias, de aplicações práticas no apoio à decisão no âmbito do SNS, e no ensino da matéria a várias gerações de alunos. É uma área transversal que requer competências em termos da ciência económica, estatística, saúde pública e epidemiologia, áreas nas quais a ENSP se tem destacado ao nível nacional”, escreve a organização.

Esta formação tem como “dotar os participantes do conhecimento fundamental para compreender a necessidade, o potencial e as principais metodologias de Avaliação Económica em Saúde em sede de Avaliação das Tecnologias da Saúde, esperando-se que, no final, “os alunos tenham capacidade de compreender, analisar criticamente e interpretar estudos de avaliação económica, e de identificar as principais dimensões a incluir no desenho de um estudo de avaliação económica.

Para mais informações, consulta a página: https://www.ensp.unl.pt/cursos/cursos-de-curta-duracao/avaliacao-economica-para-hta/

 

Inscrições gratuitas
O Centro de Referência de Doenças Hereditárias do Metabolismo do Centro Hospitalar Universitário de S. João, vai realizar, a 8...

A Reunião é dedicada ao grupo de Mucopolissacaridoses, numa visão holística, e pretende reunir um conjunto de especialistas que se dedicam ao diagnóstico, terapêuticas e acompanhamento destes doentes ao longo da sua vida.

AS inscrições são gratuitas, mas limitadas. Toda a informação relativa à reunião e inscrições, disponíveis na página da reunião http://mps360.pt/

 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados mais 3.547 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e sete mortes em território nacional. O...

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que mais mortes registou, nas últimas 24 horas, em todo o território nacional: três de sete. A região Norte e o Algarve contabilizaram duas mortes cada, desde o último balanço.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 3.547 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 1.460 novos casos e a região norte 1.305. Desde ontem foram diagnosticados mais 304 na região Centro, 105 no Alentejo e 302 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais 21 infeções e 50 nos Açores.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 778 doentes internados, mais 4 que ontem.  As unidades de cuidados intensivos têm agora 171 pacientes, menos três doentes internados que no dia anterior.

O boletim desta sexta-feira mostra ainda que, desde ontem, 2.751 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 857.108 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 49.445 casos, mais 969 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 944 contactos, estando agora 79.625 pessoas em vigilância.

Entrevista
Os nossos pés são um sistema muito importante para a nossa saúde, devemos observá-los, dar-lhes ouvi

Partindo da premissa de que os pés são um reflexo da nossa saúde, o que diria da saúde dos portugueses? Acha que estamos despertos para a importância de cuidarmos da saúde dos nossos pés?

Manuel Portela (MP): A saúde dos nossos pés reflete muito a nossa saúde em geral. Os nossos pés não são bem tratados. Penso que, por um lado, se trata de ser uma questão cultural, de lhes darmos pouca importância e porque passam 2/3 da nossa vida fechados. Como tal, e devido a esses fatores, não lhes damos a devida atenção no momento exato, mas sim quando já existe um problema ou alguma dor.

Infelizmente, o que acontece muitas das vezes é que as pessoas só procuram um profissional em podologia, quando já fizeram muitas tentativas de tratamento, que não foram as mais corretas, o que acaba por agravar mais os problemas e tornar certos casos mais difíceis de tratar. Ou seja, não tratamos bem os nossos pés.

Essa atenção aos pés deve começar quando começamos a dar os primeiros passos. É nas crianças que vamos começar a educar e mudar esse paradigma. Começamos nos mais jovens para que os mais velhos comecem a mudar a saúde dos seus pés em particular

Apesar de já muito se falar nesta área, haverá muitos portugueses que ainda não sabem o que é e para que serve a podologia. Pode explicar?

A podologia é uma especialidade da área das ciências da saúde, que tem como objetivo o estudo, o diagnóstico e o tratamento das patologias do pé e da marcha. É uma profissão regulamentada em Portugal pela Assembleia da República, desde 2014, e conta com mais de 500 Podologistas licenciados e certificados para o exercício da profissão. Atualmente, os Podologistas exercem a sua atividade em contexto clínico, público e privado, nomeadamente em clínicas da especialidade, em policlínicas e hospitais. A intervenção do Podologista passa por áreas infantil, pela área laboral, pela área do desporto e pela área da geriatria.

Quais as principais áreas de intervenção? E o que é preciso para se ser podologista?

Para ser Podologista terá de frequentar um curso de Licenciatura em Podologia e poderá ainda especializar-se em algumas áreas, tais como: a podiatria infantil, podiatria clínica, podiatria desportiva, podiatria geriátrica e cirúrgica. A especialização é feita através de cursos de Mestrado, que podem ser realizados em Portugal ou em alguns países da comunidade europeia.

Sabendo que existem mais de 300 condições patológicas que afetam os pés, quais as mais frequentes e aquelas que apresentam maior gravidade e que não devem ser descuradas?

Uma das condições patológica mais graves e mais preocupantes é a do pé diabético, sem dúvida. Os dados epidemiológicos demonstram que o pé diabético é responsável pela principal causa de internamento do portador de diabetes. A previsão para o ano de 2025 é de mais de 450 milhões de portadores de diabetes, destes, pelo menos 25% vão ter algum tipo de comprometimento significativo nos seus pés. Atualmente, estima-se que, mundialmente, ocorram duas amputações por minuto à custa do pé diabético sendo que 85% destas são precedidas por úlceras e feridas.

Existem outras situações que são de facto mais relevantes, dada a sua condição de incapacidade, como por exemplo, os chamados joanetes, os esporões do calcâneo, os Neuromas de Morton ou as tendinopatias, muito frequentes no desporto.

Estas são as patologias mais frequentes e que apresentam maior gravidade, não só pela dor que provocam, mas também pela incapacidade no desenvolvimento de atividades, mesmo a nível do desporto.

Existem pés em risco? Se sim, quais os grupos mais vulneráveis?

Sim, existem pés em risco, tal como o pé diabético; o pé vascular, que está associado a alterações hemodinâmicas, patologias arteriais e venosas que provocam soluções de continuidade, feridas e úlceras no pé e na perna, sendo de difícil cicatrização; o pé reumático, pela sua incapacidade, perda de mobilidade e dor incapacitante; e, por fim, o pé geriátrico, quando se associam várias patologias do foro osteoarticular, muscular e dermatológico, associadas ao envelhecimento.

Nos grupos mais vulneráveis, incluímos as pessoas que sofrem de artrite reumatoide, diabéticos, pessoas com idade mais avançada e com problemas de mobilidade.

Sabendo que o pé diabético é uma das condições mais afetam a qualidade de vida de quem dela padece, qual a importância do doente com diabetes ser acompanhado regularmente por um Podologista? De que forma a diabetes pode afetar a saúde dos pés?

A diabetes implica sempre risco ao nível do pé, principalmente quando é mal controlada e a atenção, bem como a observação, são descuradas. Um doente diabético tem sempre riscos enormes de patologia a nível do pé e, por isso, a intervenção precoce do Podologista pode em última instância salvar-lhe a vida, porque um pé diabético negligenciado, ou maltratado vai desenvolver feridas crónicas, úlceras e infeções que podem custar a vida do doente. É importante que as pessoas saibam que a intervenção precoce de um profissional na avaliação dos sinais de risco do pé diabético pode evitar o aparecimento de lesões, feridas e úlceras, evitando, assim, as amputações e diminuindo a morte associada a estas complicações.

De acordo com os últimos dados divulgados, o pé diabético é a causa para mais de mil amputações dos membros inferiores. Na sua opinião, como poderíamos contrariar estes números? Sei, por exemplo, que defende a criação de consultas de podologia nos cuidados de saúde primários…

Temos mais de 1000 amputações por ano. Em Portugal, uma amputação no pé implica custos que podem atingir os 25 mil euros e estima-se que os custos com as amputações possam chegar aos 25 milhões de euros por ano, sendo uma situação que se pode evitar ao realizar um diagnóstico precoce, com identificação do grau de risco e com o acompanhamento de proximidade dos doentes diabéticos.

Dadas as condições socioeconómicas deste grupo de risco e pela dificuldade de acesso às consultas de podologia no privado, só com a proximidade das consultas de podologia nos cuidados primários, nomeadamente no SNS e nos centros de saúde, é que os doentes podem ter acesso a cuidados especializados e diferenciados durante a prevenção e o tratamento das patologias do pé diabético. Não deve ser considerado um custo, mas sim um investimento, porque a prevenção de uma única amputação que podia chegar aos 30.000€, justifica e é mais do que suficiente para os honorários de um Podologista nos cuidados de saúde primários.

De um modo geral, o que falta fazer para que esta área chegue a mais pessoas?

Em primeiro lugar é importante que as pessoas conheçam qual é o papel do Podologista, em que áreas podem intervir e quando é que podem recorrer. Acima de tudo, é importante que as entidades de saúde com responsabilidade na administração da saúde incluam o Podologista como um profissional indispensável nos cuidados às patologias do pé.

Para terminar, e no âmbito do dia do Podologista, que se assinalou no passado dia 8 de julho, que mensagem gostaria de deixar?

A mensagem que gostaria de deixar é que sendo os nossos pés um sistema muito importante para a nossa saúde, devemos observá-los, dar-lhes ouvidos e a devida atenção para que sempre que exista um sinal de alerta, procurem um Podologista para melhorar a sua condição de vida, prevenindo, assim, situações mais incapacitantes. O Podologista é o profissional indicado com conhecimentos.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Presidente do Conselho Diretivo do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA)
Esta quinta-feira, dia 15 de julho, GS1 Portugal promoveu a 7ª edição do Seminário de Saúde, subordinado ao tema “Aprender com...

A partilha de dados e a rastreabilidade são chave fundamental para o setor da saúde

A primeira intervenção da sessão coube ao Presidente do Conselho Diretivo do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), Fernando Almeida, que realçou o trabalho que tem vindo a ser feito no setor da saúde em Portugal, desde o início da pandemia, destacando a importância da partilha de dados e da interoperabilidade entre todos os interlocutores entre os quais investigadores, médicos, académicos. Fernando Almeida destacou que, mais do que as várias vagas da pandemia, o mundo tem vindo a enfrentar outras “quatro ondas”. “Além da pandemia, propriamente dita, uma segunda onda que enfrentamos são as outras patologias que deixaram de ser tratadas que têm tido um grande impacto na sociedade com cirurgias adiadas e deslocação de recursos médicos para outros áreas primordiais. Já para não falar das doenças e problemas de saúde mental que são cada vez mais uma realidade urgente”, explicou. O Presidente do INSA falou ainda da “onda económica, social, de desenvolvimento e competitividade, que foi gerada, sobretudo pelas alterações no emprego e no modo de trabalho, que deram origem a um país economicamente mais fragilizado”. Sobre a “quarta onda”, Fernando Almeida mostrou-se preocupado com a “onda da informação, ou desinformação”, alertando para a urgência do papel de instituições como a GS1 Portugal em “trabalhar a informação de forma clara e transparente”.

Fernando Almeida deixou ainda um alerta: “não sabemos quando, mas garantidamente iremos enfrentar uma nova pandemia nos próximos anos e é importante retermos o conhecimento das lições aprendidas ao longo do último ano e meio”.

Por seu lado, Guy Villax, Administrador Delegado da Hovione e Presidente do Health Cluster Portugal, focou o seu discurso na ameaça global que constitui a falsificação de medicamentos e dispositivos médicos, com especial destaque para as vacinas COVID-19. “Este é um tema pouco falado, tanto pelos médicos, farmacêuticos, como pelos media, mas a verdade é que 1 em cada 10 medicamentos é falsificado”, alertou Guy Villax que realçou também o número crescente de denúncias de medicamentos falsificados com “94 incidentes reportados em 32 países diferentes no que diz respeito às vacinas COVID-19”. Para combater eficazmente este flagelo global, Guy Villax destacou a importância de sistemas e standards, como os que a GS1 disponibiliza, para garantir a rastreabilidade de medicamentos e dispositivos médicos.

Ulrike Kreysa, Vice-Presidente da GS1 Healthcare, na sua intervenção abordou a necessidade da colaboração dos diferentes interlocutores da cadeia de valor, num momento pandémico como o que vivemos. “Um problema global como este, exige soluções e colaboração globais, através de standards únicos e interoperáveis”, explicou. A Vice-Presidente da GS1 Healthcare falou do esforço que tem vindo a ser feito por organizações como a UNICEF, o Banco Mundial e a Organização Mundial na criação de uma plataforma global de rastreabilidade, de forma a garantir a “confiança, interoperabilidade, transparência e visibilidade” ao longo da cadeia de valor.

Ainda durante o Seminário, Raquel Abrantes, Diretora de Qualidade, Compliance e Formação da GS1 Portugal, apresentou os serviços GS1 Verified by GS1 e Global Data Model como exemplos de modelos normalizados para a gestão de dados. “Estes dois serviços, ainda pouco aplicados no setor da saúde, poderão ajudar a garantir a qualidade da informação dos produtos e a sua identificação única, trazendo confiança e eficiência à cadeia de valor”, explicou Raquel Abrantes.

“Agora que temos a vacina, é preciso que as pessoas a aceitem”

Ainda como parte do Seminário de Saúde, a GS1 Portugal promoveu um debate sobre os Pilares da Cadeia de Abastecimento da Saúde com a participação de Pedro Simas, do Instituto de Medicina Molecular, Bárbaria Faria, da Multicare, Pedro Lima, do Grupo Luz Saúde, e Rui Costa, da General Electric Healthcare. Os quatro intervenientes partilharam várias perspetivas, de cada uma das suas organizações, com diferentes papéis no setor da saúde.

Pedro Simas, do Instituto de Medicina Molecular, realçou na sua intervenção a importância da colaboração entre cientistas de todo o mundo na disponibilização de uma solução rápida e fiável para a crise pandémica. Mas chamou a atenção para o facto de os grandes desafios da humanidade serem sociais. “É aí que temos de evoluir. Na ciência produzimos de forma rápida e eficiente uma vacina. Mas depois é preciso que as pessoas a aceitem”, sublinhou. Pedro Simas alertou ainda para a assimetria na aplicação das vacinas “Temos cerca de 25% da população mundial a ser vacinada, com cerca de 70% dos europeus já com uma dose. No entanto, países em vias de desenvolvimento só têm 1% da população vacinada”, afirmou.

Já Pedro Lima, do GLSMED Trade e do Grupo Luz Saúde, destacou a importância da centralização do processo logístico e da diversificação da origem dos produtos como ações chaves que garantiram ao grupo uma melhor eficiência num período pandémico. Pedro Lima, realçou ainda que “as imposições regulamentares aplicáveis à importação e exportação não devem ser desprezadas, mas acabam por ser barreiras à eficiência do negócio sobretudo dos países mais pequenos”.

Bárbara Faria, da Multicare, falou sobre a importância da aposta na medicina preventiva por parte das seguradoras face ao aumento dos custos, fruto do adiamento de tratamentos, falta de diagnóstico e pausa em cirurgias. Num outro ângulo, Bárbara Faria, a par de outros intervenientes, destacou a importância de ter “dados com a melhor qualidade possível e de forma regulada, de modo a garantir a privacidade, para permitir prestar um melhor serviço ao cliente final”. “É inevitável que existam mais pandemias, mas todos temos de estar mais preparados para o que aí vem”, concluiu.

Durante o debate, Rui Costa, da General Electric Healthcare, explicou que a crise pandémica “veio realçar a necessidade da interoperabilidade e da partilha de dados para, por exemplo, criar circuitos COVID e não COVID nas áreas hospitalares”. “Estamos no advento dos dados e sua harmonização e standardização para serem integrados em algoritmos pode agilizar a decisão dos atores clínicos. As decisões continuam a ser clínicas, mas têm mais dados para essa tomada de decisão”, revelou. Por isso, “o empurrão para a transição digital permitiu também desenvolver ferramentas e funcionalidades para apoiar o diagnóstico por parte dos técnicos do setor”, concluiu Rui Costa.

O caso de sucesso da Well’s na uniformização da cadeia de abastecimento na saúde

Ainda no evento Madalena Centeno, Gestora de Saúde e Standards da GS1 Portugal, apresentou o trabalho que a organização tem vindo a fazer com a Well’s, a cadeia de parafarmácias da Sonae MC, num projeto de Fiabilidade de Leitura em Armazém (FLA). O plano implementado na insígnia da SONAE MC especializada em saúde, bem-estar e ótica, dividido em quatro fases, tem como objetivo aumentar a eficiência da conferência das entregas na plataforma de receção, uniformizar as codificações aplicadas e lançar bases para a digitalização da cadeia de abastecimento.

Com base nos resultados iniciais apresentados, foi possível aferir que, entre os mais de 200 fornecedores avaliados, 68% já utilizam a simbologia GS1. No entanto, vários fornecedores utilizam mais do que um tipo de simbologia nas suas entregas (entre caixas soltas, paletes multiproduto e paletes monoproduto), sendo evidente a falta de coerência nas próprias entregas, comprometendo a eficiência.

Madalena Centeno sublinhou que o projeto, que arrancou em janeiro, terá uma avaliação mais profunda em setembro, para que, após 9 meses de trabalho, seja possível perceber o verdadeiro impacto deste trabalho no armazém da Well’s.

“Este é um projeto inovador na área da saúde que pretendemos fazer chegar a outras empresas, de forma a evoluir para um setor mais digitalizado que garante uma melhor comunicação e interoperabilidade entre fornecedores e retalhistas”, concluiu a Gestora da GS1 Portugal.   

Um iniciativa da Agência Nacional de Inovação (ANI)
Projetos EARHART (Instituto Superior de Educação e Ciências – ISEC Lisboa), SmartText (Atlântica – Instituto Universitário,...

Um software que recorre à Inteligência Artificial para ligar o setor aeronáutico em Blockchain e que promete patrocinar a primeira transferência entre aeronaves no mundo; uma tecnologia que filtra 85% dos óleos e gorduras alimentares presentes na água, reduzindo a poluição que os mesmos causam; e um jogo que pretende devolver a motivação ao ensino. Estas são três das ideias nascidas do conhecimento científico e tecnológico realizado em Instituições de Ensino Superior portuguesas premiadas ontem, 15 de julho, na edição de 2020 do programa Born from Knowledge Ideas, promovido pela Agência Nacional de Inovação (ANI), e que visa impulsionar a transferência de conhecimento para o tecido empresarial. As ideias de negócio distinguidas ganharam acesso a um programa de aceleração em Ciência e Tecnologia com a duração de 3 meses, também da responsabilidade da ANI. Estão previstas três edições - Norte, Centro e Alentejo - em que os participantes terão ao longo de três meses o acompanhamento próximo de uma rede de mentores, constituída por outros empreendedores, entidades parceiras da ANI, empresas, entre outros. O objetivo é capacitá-los de forma a poderem acelerar o processo de transferência de conhecimento em produtos ou serviços para o mercado.

Numa edição ainda marcada pela pandemia, o júri decidiu premiar dois projetos de saúde: na categoria “Soluções Tecnológicas para Prevenção, Deteção e Tratamento da Covid-19”, distinguiu-se o projeto spiro4MALAIDS que descobriu uma molécula promissora que, além de inibir o HIV-1 e o HIV-2 também mostrou ser ativa contra estirpes multirresistentes do mesmo vírus. Provou, igualmente, ser ativa contra vírus como o influenza ou o coronavírus. Por sua vez, o expressPIK, um teste de diagnóstico complementar com base na expressão de mutação do RNA, para ajudar os médicos a identificar pacientes com cancro de mama com maior probabilidade de responder ao tratamento com alpelisibe ou outras terapias anti-PIK, venceu na categoria “Saúde e Bem-Estar”.

No BfK Ideas 2020, adiado por causa da pandemia, estiveram a concurso 33 projetos, distribuídos por seis categorias: Inteligência Artificial e Tecnologias Avançadas de Produção; Recursos Naturais, Ambiente, Energia e Mobilidade Sustentável; Saúde e Bem-Estar; Turismo, Indústrias Culturais e Criativas; Recursos naturais para a valorização do interior; e Soluções Tecnológicas para Prevenção, Deteção e Tratamento da Covid-19.

O júri, formado por João Mendes Borga, administrador da ANI; José Vale, head of innovation and entrepreneurship do IAPMEI; Rui Ferreira, vice-presidente executivo da Portugal Ventures; e Cláudia Montenegro, diretora de Responsabilidade Social da Galp, avaliou os oito finalistas, que ontem apresentaram os seus pitches, depois de uma mentoria recebida no Instituto Pedro Nunes (IPN).  

Se para Catarina Trindade, da SmarText, a distinção significa “o reconhecimento do potencial da ideia”, essencial para a angariação do financiamento necessário à prossecução do projeto, para Luís Santos, da EARHART, o prémio reconheceu que o projeto “transformará o mundo da aviação”.

Nuno Alves, da Spiro4MALAIDS, garantiu que os próximos passos estão bem definidos: “vamos avançar com os estudos in vivo logo que possível e constituir-nos como start-up para podermos concorrer a financiamento”. Também Ana-Teresa Maia, da expressPIK tem os planos bem definidos: “A prioridade é angariarmos investidores para continuar a desenvolver a tecnologia e contratar recursos humanos”.

 Por sua vez, Eduardo Nunes, só pensa continuar a trabalhar para implementar logo que possível o Kendir Studios, pelas instituições de ensino das mais diversas geografias. “A prioridade é lançar logo que possível o jogo adaptado à matemática do 6º ano”.

Dor crónica como principal sintoma
A Espondilartrite Axial (EspAx) é uma doença reumática inflamatória crónica que se caracteriza pelo

De acordo com Pedro Carvalho, reumatologista no Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) e Hospital Particular do Algarve (HPA), trata-se de uma doença sem cura, cujos sintomas têm, habitualmente, início em idades bastantes jovens, entre os 20 e os 40 anos. À dor, “presente logo de manhã, ainda antes de existir qualquer esforço físico” e que não melhora com repouso, junta-se a rigidez matinal prolongada. “A associação com outros sinais e sintomas periféricos como artrite, entesite e dactilite é também característico. Os doentes apresentam níveis de fadiga, perda de capacidade funcional para as suas atividades de vida diária e prejuízo da sua atividade laboral bastante importantes, mesmo em fases muito precoces da doença”, refere o especialista quanto às suas manifestações clínicas. A perda de mobilidade da coluna vertebral e das articulações afetadas é frequente na doença avançada, tendo um enorme impacto na qualidade de vida do doente.

Assim, e tratando-se esta de uma doença que afeta indivíduos jovens – sendo raros os casos em os primeiros sintomas surgem após os 45 anos -, é particularmente importante que esteja atento aos sinais. “Em particular destaque estão os doentes que apresentem ainda outros fatores de risco para esta doença, nomeadamente lombalgia de ritmo inflamatório, artrite, entesite, dactilite e antecedentes pessoais ou familiares de outras doenças associadas a EspAx (doença inflamatória intestinal, psoríase e uveíte)”, acrescenta o especialista em reumatologia.

Segundo Pedro Carvalho, o diagnóstico desta patologia é sempre feito com base na identificação pelo Reumatologista de achados clínicos sugestivos de Espondilartrite Axial. “Nos doentes em que o médico considere que diagnóstico seja possível ou provável devem ser então solicitados exames complementares que permitirão estabelecer um diagnóstico definitivo. Assim, para basear um diagnóstico clínico é necessária a positividade de pelo menos um desses exames, que poderão ser laboratoriais (presença do gene HLA-B27) ou imagiológicos (radiografia ou ressonância magnética que documentem inflamação ou alterações estruturais sugestivas desta patologia)”.

No entanto, dada a prevalência da lombalgia na população portuguesa – um estudo recente estimou que 26% da população sofre de dor lombar -, onde apenas uma percentagem muito pequena (1,6%) corresponde ao diagnóstico de Espondilartrite Axial, torna possível que os clínicos, expostos a repetidas situações de dor comuns, desvalorizem os sintomas. “Apesar desta situação poder levar a uma dessensibilização do clínico para este problema, este deve permanecer atento para os sinais de alarme que os doentes possam apresentar, de forma a investir em termos diagnósticos naqueles que poderão ter uma doença reumática crónica subjacente à sua dor. Este facto aliado à falta de disponibilidade da ressonância magnética, muitas vezes indispensável para estabelecer este diagnóstico, poderá condicionar um subdiagnóstico destes doentes”, aponta o reumatologista.

Quanto ao tratamento, este deve ser individualizado e está assente em dois grandes pilares: o tratamento farmacológico e o não farmacológico.

“O primeiro consiste essencialmente no uso de fármacos anti-inflamatórios que felizmente são eficazes na maioria dos doentes. É possível inclusivamente que induzam períodos de remissão prolongados em alguns deles. Estes fármacos já demostraram inclusivamente terem efeito benéfico na diminuição da progressão da doença”, refere acrescentando que, quando “estas terapêuticas mais convencionais não proporcionam resposta satisfatória, causam efeitos secundários ou se apresentam como contraindicadas passa a ser necessário recorrer a fármacos biotecnológicos”. Segundo Pedro Carvalho, esta opção abre novos horizontes para esta população uma vez que tem a “capacidade de poder mudar significativamente a evolução da doença, melhorando sobremaneira a qualidade de vida destes doentes”.

Já o tratamento não farmacológico, diz, deve ser transversal a todos os doentes. “A recomendação para hábitos de vida saudável, nomeadamente a evicção tabágica, alimentação equilibrada e a prática regular de exercício são de extrema relevância. Deve ser dada preferência aos exercícios que reforcem a musculatura da coluna e que promovam uma maior mobilidade articular”, explica.

Entre as principais complicações associadas, Pedro Carvalho, enumera: osteoporose (13%) e a úlcera gastroduodenal (11%). “Esta população apresenta também uma prevalência importante de fatores de risco cardiovascular, nomeadamente hipertensão arterial, tabagismo e dislipidemia”, sublinha.

“Aos 14 anos tive a minha primeira grande crise”

Marciano Amaral começou a apresentar queixas muito cedo: “os primeiros sintomas da doença surgiram algures aos 8 anos de idade, com sintomatologia dolorosa no joelho esquerdo, que se prolongavam por algum tempo e reaparecia mais tarde”.

“Eventualmente por essa altura já haveria comprometimento da articulação sacroilíaca, pois recorda-me de um episódio de dor paralisante nessa região, após estar sentado num degrau muito baixo”, acrescenta revelando que foi aos 14 anos que teve a sua primeira grande crise afetando várias articulações – “pés, joelhos e dedos das mãos”.

“Considerando toda a sintomatologia da altura o diagnóstico foi de Artrite Reumatoide, o diagnóstico definitivo de Espondilite Anquilosante surgiu pelos 20 anos, quando já havia bastante anquilose a nível da coluna vertebral”, recorda admitindo que nunca tinha ouvido falar nesta doença.

“Embora fosse seguido por reumatologia desde os 16 anos, só pelos 20 anos um reumatologista que me seguia em tratamento termal, perante a evolução das limitações articulares levantou a suspeita de Espondilite Anquilosante, o que se veio a confirmar com a realização de vários exames”, acrescenta.

Nesta altura, se por um lado surgiram muitas dúvidas quanto à evolução da doença e como esta poderia condicionar a sua qualidade de vida, foi também o momento em que surgiu uma nova abordagem no tratamento “que para além da medicação anti-inflamatória, passou a incluir tratamentos esporádicos de hidroterapia, que só pecaram exatamente por serem esporádicos”.

Limitado pela sua condição socioeconómica da altura, Marciano admite que as mudanças nos hábitos de vida foram algo limitadas, sendo que as únicas mudanças que fez se deveram às limitações físicas “que se foram instalando de forma irreversível”.

Atualmente, com 63 anos de idade, e embora “faça uma vida independente, careço de algumas ajudas técnicas para o vestir e calçar”.

“As atividades físicas são muito limitadas pelas limitações articulares em diversas articulações. Tenho prótese nas duas ancas, com fraco resultado funcional, devido ao demasiado tempo de espera nas primeiras intervenções em que se instalaram atrofias musculares e tendinosas irreversíveis”, justifica.

Para evitar chegar a casos como este, Pedro Carvalho, sublinha a importância de sensibilizar médico e população para o problema. “A referenciação adequada e atempada à consulta de Reumatologia é a chave para o diagnóstico precoce e tratamento adequado destes doentes. Quanto mais célere for o processo diagnóstico, maior a probabilidade de a terapêutica contribuir significativamente para a melhoria da incapacidade destes doentes”, explica.

“Os doentes são frequentemente pessoas em idade laboral e que, de forma gradual, ficam condicionados significativamente na sua vida profissional, social e pessoal. Numa fase inicial, grande parte desse condicionamento advém da dor, rigidez matinal, fadiga e distúrbios do sono a ela associados. Com a evolução da doença surge o dano estrutural e a consecutiva perda de mobilidade, sinalizando muitas vezes a irreversibilidade das lesões já instituídas nessas fases mais avançadas. Esses estadios mais tardios em que a doença evoluiu sem tratamento adequado representam a perda de oportunidade de prevenção do dano estrutural, e condicionam níveis de incapacidade ainda mais importantes”, conclui.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Plataforma educacional
Protocolo entre a ESEP e a VirtualCare permite a disponibilização da Plataforma educacional e4Nursing às instituições de ensino...

A Escola Superior de Enfermagem do Porto (ESEP) assinou um protocolo de colaboração com a VirtualCare para a disponibilização, em condições vantajosas, da Plataforma educacional e4Nursing às instituições de ensino superior que ministrem cursos na área de Enfermagem. Esta plataforma emergiu da investigação produzida no âmbito do CIDESI – Centro de Investigação e Desenvolvimento em Sistemas de Informação em Enfermagem - da ESEP, um dos 14 centros mundiais acreditados pelo ICN (International Council of Nurses).

A e4Nursing é uma plataforma web-based, bilíngue (Português / Inglês), orientada para o processo de conceção de cuidados de enfermagem, com uma arquitetura assente nas principais etapas do processo de tomada de decisão clínica e com uma estrutura de conteúdos alinhada com a Ontologia de Enfermagem, aprovada pela Ordem dos Enfermeiros. A aprovação pela OE, em 2020, da segunda versão da Ontologia de Enfermagem permite que todos os sistemas que a venham a usar no seu backend processem informação interoperável. A OE tem vindo a desenvolver esforços para que as empresas de desenvolvimento de software na área da saúde venham a usar a Ontologia de Enfermagem nos seus sistemas, com particular enfoque nos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS). Este facto reforça a pertinência da incorporação daquela ontologia na plataforma e4Nursing.

Assim, explica a Escola Superior de Enfermagem do Porto, “esta plataforma poderá ser um recurso muito valioso na formação graduada, pós-graduada (incluindo o âmbito da mobilidade internacional de estudantes) e ainda, na formação contínua, como a desenvolvida pelos departamentos de formação das instituições de saúde”.

“Esta nova solução tecnológica, fruto da colaboração da ESEP com a VirtualCare, fundamenta o seu potencial nos princípios da “aprendizagem baseada em problemas” e na promoção da interação entre o docente e os estudantes, centrando o processo de aprendizagem na conceção de cuidados, isto é, no desenvolvimento de competências de tomada de decisão clínica e na capacidade de explanação e sistematização dos cuidados de enfermagem”, acrescenta em comunicado.

Segundo a ESEP, “o desenvolvimento desta plataforma educacional e a sua disseminação irá permitir que os recursos técnicos e científicos que mobiliza, por intermédio de parcerias com outras instituições, sejam progressivamente adensados, contribuindo para o avanço dos processos formativos, na área da enfermagem. A disponibilização desta plataforma permite, agora, aos interessados na sua utilização, adicionar um recurso pedagógico inovador, no âmbito da sua oferta formativa, promovendo, junto dos seus públicos, uma solução de formação e educação de excelência”.

Cuidados de Saúde e monitorização
O Grupo Lusíadas Saúde é o serviço médico oficial de apoio aos atletas olímpicos, paralímpicos e surdolímpicos, fruto de um...

No âmbito desta parceria, os atletas, que representarão Portugal tanto nos Jogos Olímpicos como nos Paralímpicos de Tóquio no Japão, que se realizam entre 23 de julho e 5 de setembro, recorreram, no decurso dos programas de preparação deste ciclo olímpico, às Unidades de saúde do Grupo Lusíadas para a obtenção de cuidados de saúde, realização de tratamentos e monitorização da sua condição física.

Em total alinhamento com a atual conjuntura pandémica, esta parceria abrange também a realização de testes Covid-​19, obrigatória para todos os atletas antes da partida para Tóquio.

“Esta parceria com os Comités Olímpico e Paralímpico reforça o posicionamento do Grupo Lusíadas Saúde com o apoio ao desporto nacional de uma forma transversal. Este é o terceiro ciclo olímpico em que promovemos a saúde e o bem-estar junto dos atletas de todas as modalidades. Estamos lado a lado na preparação, na competição e na recuperação, através do acompanhamento médico próximo e qualificado em qualquer unidade Lusíadas Saúde”, afirma Vasco Antunes Pereira, CEO do Grupo Lusíadas Saúde.

“É bom vencer lado a lado”

Para assinalar esta parceria, a Lusíadas Saúde lançou uma campanha de comunicação com o mote “É bom vencer lado a lado”. O Grupo coloca atletas olímpicos e paralímpicos lado a lado, homenageando-os pelos seus percursos inspiradores e transmitindo o orgulho depositado nos seus trajetos desportivos.

Este é o terceiro ciclo Olímpico consecutivo no qual a Lusíadas Saúde atua como serviço médico oficial de apoio ao Comité Olímpico de Portugal, tendo nesta edição alargado o seu apoio às comitivas nacionais de atletas Paralímpicos e Surdolímpicos.

 

Realizados 150 mil testes rápidos de antigénio desde o início de julho
O sistema informático das farmácias está preparado, desde quarta-feira, para processar a comparticipação dos testes rápidos de...

A comparticipação a 100% dos testes rápidos de antigénio está disponível em mais de 200 farmácias, um aumento de 49% em relação à semana passada.

A estas farmácias somam-se ainda outras 232 que estão a realizar testes gratuitos no âmbito de protocolos com as autarquias de Lisboa, Oeiras, Odivelas, Lagoa e Amadora e ainda com a Região Autónoma da Madeira (RAM).

Desde o início do ano, as farmácias realizaram mais de 546 mil testes rápidos de antigénio, 47% dos quais no âmbito de parcerias com cinco autarquias e com a RAM.

Só nos primeiros 12 dias de julho, as farmácias realizaram mais de 150 mil testes rápidos de antigénio, cerca de 88% do número de testes efetuados durante todo o mês de junho.

A rede de farmácias continua focada em alargar a oferta e o alcance da sua intervenção no âmbito da estratégia nacional de testagem e de combate à COVID-19.

 

Inquérito
Os Portugueses estão mais recetivos à realização de consultas médicas online do que qualquer um dos outros países na Europa....

De acordo com a pesquisa promovida pela STADA, aproximadamente 4 em cada 5 pessoas em Portugal (79%) conseguem imaginar-se a serem tratadas por um médico através de teleconsulta, em caso de determinadas doenças menores ou secundárias; mais nenhum país se aproximou deste nível de aceitação. A média europeia foi apenas de 57%.

Cerca de metade dos inquiridos em Portugal referiram a vantagem da redução do tempo de viagem e espera, aproximando-se do dobro do valor médio do inquérito (25%). Outro terço dos Portugueses revelou-se preparado para dar uma oportunidade a esta dinâmica, dependendo da sua condição de saúde, número este um pouco acima da média (32%) dos outros países. Menos de 1 em cada 10 pessoas em Portugal rejeitaria uma consulta online, pois consideram a interação pessoal com o médico muito importante – este é um resultado muito mais baixo que o encontrado em qualquer outro país.

De facto, nas atuais desafiantes circunstâncias, os Portugueses revelam-se atentos e disponíveis às novas possibilidades tecnológicas.

Utilização das opções online para o aconselhamento médico

Mais de um quinto (21%) dos Portugueses afirma ter participado nos últimos meses em algumas consultas médicas, não pessoalmente, mas sim via telefone ou virtualmente. Esta percentagem revelou-se entre as mais altas dos 15 países participantes no STADA Health Report 2021, no qual a média foi 14%; apenas em Espanha e na Polónia se revelou mais prevalente o recurso à teleconsulta.

Simultaneamente, perto de um quarto dos Portugueses (23%) revelou ter cancelado ou adiado nos últimos meses check-ups médicos devido a restrições de contacto ou medo de infeção. A média global do report foi mais baixa apresentando um valor de 18%. Além disso, 1 em cada 10 (10%) em Portugal revelou ter faltado a consultas de rotina para controlo de doenças crónicas.

“Apesar de ser notável o facto de os Portugueses estarem predispostos a experimentar novas abordagens de serviços de saúde, como consultas online, o aconselhamento pessoal por parte de profissionais de saúde, nomeadamente médicos e farmacêuticos, prevalece como essencial para enfrentar as limitações de diagnósticos e tratamentos que se evidenciam no período pós pandemia” comentou Tiago Baleizão, o Diretor Geral da STADA em Portugal. “Através do seu vasto portfolio de produtos farmacêuticos, onde se incluem genéricos, terapias inovadoras e marcas que detêm a confiança dos utentes, a STADA está totalmente empenhada em trabalhar com os seus parceiros para elevar a capacidade de resposta às necessidades atuais e futuras dos doentes portugueses, promovendo o acesso a terapêuticas de qualidade e contribuindo para a sustentabilidade do Sistema de Saúde em Portugal”, reforça Tiago Baleizão.          

No que diz respeito ao Sistema Nacional de Saúde, a população Portuguesa assume-se moderadamente satisfeita. Cerca de três quartos dos cidadãos Portugueses (74%) declarou estar muito satisfeito ou satisfeito com o sistema de saúde do país, colocando Portugal no 10º lugar do ranking dos 15 países que fizeram parte do STADA Health Report 2021, no que se refere a esta temática.

Contudo, os Portugueses estão convictos da resiliência do Sistema Nacional de Saúde. Mais de três quartos da população Portuguesa (76%) acredita que o Sistema de Saúde estaria melhor preparado para uma pandemia semelhante à atual, no futuro. Este foi o resultado mais destacado de confiança entre os 15 países, para os quais a média foi 59%. Apenas 9% dos Portugueses não acredita que seja possível o país preparar-se para uma nova pandemia. Outros 12% dos Portugueses acredita que o Sistema Nacional de Saúde falharia face a uma nova pandemia.

Quando questionados sobre a contribuição dos diversos profissionais de saúde na luta contra a pandemia da Covid-19, 9 em cada 10 pessoas em Portugal (90%) elogiou os médicos, enfermeiros e pessoal hospitalar; esta foi a proporção mais elevada do inquérito. Numa escala de 1 a 5, três quintos da população Portuguesa (59%) atribuiu a segunda melhor pontuação à Indústria Farmacêutica, tendo apenas os cidadãos do Reino Unido com uma apreciação mais positiva. Mais de metade da população Portuguesa (52%) destacou a importância dos farmacêuticos, resultado acima da média do inquérito que foi cerca de 49%.

Em termos dos efeitos da pandemia na saúde e bem-estar da população, os Portugueses estão entre as nacionalidades que se sentiram mais afetadas.

Elevado nível de ansiedade durante a pandemia

Em Portugal, aproximadamente metade dos Portugueses (45%) confessou que a pandemia os tornou mais ansiosos do que antes, muito superior à média do inquérito que foi cerca de 29%. Este nível de ansiedade foi apenas coincidente com o da Ucrânia (também de 45%). Além disso, 21% dos adultos Portugueses inquiridos revelaram problemas de sono, resultado também superior à média do inquérito de 15%.

A pandemia causou, claramente, mais preocupações aos Portugueses do que aos outros países da Europa. Quando questionados sobre o que mais os preocupou durante a pandemia, cerca de 3 em cada 5 Portugueses (59%) referiu sentir falta de estar com os familiares e amigos. A média do inquérito para esta questão foi 52%.

Mais de metade da população Portuguesa (53%) mencionou ter medo da doença da Covid-19, bem acima da média do inquérito que foi de 42%. Apenas a Espanha (54%) revelou um valor superior. Além disso, os Portugueses estiveram entre os mais preocupados com o futuro mais concretamente no que se relaciona com o desemprego; mais de 2 em cada 5 (43%) referiu este receio, sendo esta proporção mais elevada do que em todos os outros países, à exceção de Espanha (44%).

Este medo de infeção parece estar refletido naquele que é o plano da população Portuguesa de continuar com as medidas de higienização pós-pandemia.

Mais de um quarto dos Portugueses (27%) planeiam continuar a usar máscara em locais públicos e movimentados após o fim da pandemia – um pouco acima da média do inquérito (22%), embora atrás do Reino Unido, Espanha e Itália. Perto de 2 em cada 5 Portugueses (38%) pretendem manter o distanciamento social, resultado este acima da média de 33%.  

Projeto desenhado especificamente para Pessoas com Demência
Associação pretende criar as condições para que as Pessoas com Demência expressem de viva voz as suas perspetivas e...

Este ano, a Alzheimer Portugal está empenhada num projeto desenhado especificamente para Pessoas com Demência, que inclui a criação de respostas específicas que valorizem e estimulem as suas capacidades, proporcionem a oportunidade de se expressar e promovam a qualidade de vida, autonomia e participação social.

À semelhança do que sucede com o Grupo de Trabalho da Alzheimer Europe, a Associação Alzheimer Portugal pretende agora promover a criação de um Grupo de Trabalho Português que ajudará a concretizar o lema “nothing about us without us” (nada sobre nós sem nós) e combater o desconhecimento e o estigma, “consistindo o objetivo principal do grupo contribuir para que as atividades e projetos da Associação reflitam as prioridades e pontos de vista das Pessoas com Demência, assim como, iniciativas e projetos de entidades externas desenhados para melhorar a sua qualidade de vida”.

“As pessoas que desejem fazer parte deste Grupo de Trabalho devem conhecer o seu diagnóstico, serem capazes de acompanhar as discussões, ler documentos e expressar suas ideias (com a ajuda de um familiar, parceiro de cuidados ou amigo de sua escolha, se necessário), assim como estarem motivadas para desempenhar um papel mais ativo na defesa dos Direitos das Pessoas com Demência”, escreve em comunicado.

Para tal, basta contactar a Associação através da Linha de Apoio na Demência.

Para Manuela Morais, Presidente da Direção Nacional da Alzheimer Portugal, “a constituição deste Grupo de Trabalho é um desejo que já temos há muitos anos! Acreditamos que agora estão reunidas todas as condições para dar este passo tão importante para a concretização da nossa missão!”

 

 

Centro de Referência em Transplante Hepático desde 2015
No mês em que se comemora o “Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação”, o Centro Hospitalar e Universitário de...

De acordo com a unidade hospitalar, dos 1500 transplantes, “1220 foram realizados em recetores adultos e 280 em recetores pediátricos; e destes, 32 foram realizados com recurso a um dador vivo”. Refira-se que o CHUC é, no País, o único centro de transplantação hepática em idade pediátrica.

“A história de sucesso dos transplantes hepáticos iniciou-se no nosso hospital há 29 anos, em outubro de 1992, com o primeiro transplante hepático a ser realizado com êxito pelo Prof. A. Linhares Furtado”, pode ler-se em comunicado.

Desde então, faz saber o CHUC, “foram introduzidas com sucesso técnicas diferenciadas na área da transplantação hepática, como: transplante sequencial, transplante com dador vivo, transplante com fígado reduzido e dividido, transplante hepático auxiliar, resseção hepática ex-vivo com auto-transplante, entre outras”.

A atividade da transplantação resulta do trabalho de uma vasta equipa multidisciplinar, congregando diferentes especialidades médicas, cirúrgicas e laboratoriais, apoiada por um amplo leque de serviços clínicos e não clínicos e também por entidades externas ao CHUC.

“Esta atividade requere um investimento permanente na aquisição, aplicação e desenvolvimento de técnicas e terapêuticas, com vista a melhorar os resultados e a reduzir a taxa de complicações, indo de encontro ao melhor estado da arte e padrões de qualidade internacionais”, sublinha.

No CHUC, o doente transplantado e/ou candidato a transplante, está colocado no centro do sistema com um apoio personalizado e constante na humanização dos cuidados. “Refira-se também a importância que representa, nesta atividade, a renovação e a formação das equipas, enquanto agentes decisivos para garantir o futuro da transplantação com elevados padrões de qualidade”, acrescenta.

O CHUC é Centro de Referência em Transplante Hepático desde 2015, com acreditação pelo Departamento de Qualidade da Direção Geral da Saúde desde 2020.

Iniciativa recebe 35 candidaturas
A 8.ª edição do Prémio Healthcare Excellence, promovido pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), em...

O júri irá avaliar as 35 candidaturas de acordo com os critérios de inovação, replicabilidade noutras instituições e qualidade da apresentação final. Delfim Rodrigues, vice-presidente da APAH, Victor Herdeiro, presidente da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), Carla Nunes, presidente da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) e Dulce Salzedas, jornalista da SIC, serão os responsáveis por esta avaliação.

Destinada a equipas de profissionais de saúde e de outros profissionais nacionais cujos projetos tenham sido implementados no ano 2020 e no primeiro semestre de 2021, esta iniciativa pretende reconhecer projetos de qualidade nos serviços concedidos aos utentes e que tenham resultado numa melhoria do acesso, da eficiência e da segurança na atual conjuntura pandémica.

Todos os projetos selecionados serão apresentados pelos seus autores numa sessão a decorrer no dia 20 de outubro de 2021, no Hotel Vila Galé Coimbra, onde será anunciado o grande vencedor e a quem será atribuído o prémio no valor de 5.000 euros destinado à instituição onde o projeto foi desenvolvido e implementado.

 

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