Estudo

Portugueses dizem dormir pior desde o início da pandemia

Um estudo realizado pela DECO PROTESTE sugere que o novo contexto teve impacto na qualidade do sono dos portugueses, na saúde mental e no ganho de peso.

A DECO PROTESTE, organização de defesa do consumidor, revela que os portugueses dizem dormir pior desde que a pandemia começou. Apenas 7% dos 940 inquiridos referiram dormir mal na maioria ou em todas as noites durante o período anterior à pandemia (fevereiro de 2020), um valor que subiu para 15 a 17% quando se recordam da qualidade do seu sono desde o primeiro confinamento até ao dia do inquérito. 

Bruno Santos, Public Affairs da DECO PROTESTE, refere que “a Covid-19 teve um impacto considerável na ansiedade dos portugueses – uma das consequências da incerteza vivenciada neste período.” Para Bruno Santos, “a quebra de rotinas sociais estão a ter efeitos a médio-prazo, entre os quais a diminuição da qualidade de sono das pessoas, atendendo ao aumento dos níveis de stress, às limitações de liberdade e às alterações constantes e necessárias ao combate da pandemia.” 

O inquérito sobre a qualidade do sono dos portugueses, realizado em junho deste ano, sugere que desde maio de 2021, as mulheres têm dormido pior do que os homens. De acordo com o estudo, 61% dos homens inquiridos diz dormir bem a maioria ou todas as noites, já apenas 49% das mulheres relatam a mesma experiência. Apesar de todos estes resultados, é interessante salientar, que a pandemia não parece ter aumentado o consumo de medicamentos para o sono. Antes da pandemia 76% dos inquiridos diziam nunca ter tomado nenhum destes tipos de medicamentos, valor que se manteve durante os 2 confinamentos e desde maio de 2021. 

Por outro lado, mais de 60% das mulheres salientaram o impacto deste contexto na sua saúde mental, o que contrasta com a perceção de 60% dos homens que negam qualquer relação negativa entre a pandemia e o seu bem-estar. O estudo realizado pela DECO PROTESTE revela ainda que 61% das mulheres e 55% dos homens admitem ter ganho peso durante o período de pandemia. 

 

 

 

Fonte: 
BCW Global
Nota: 
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