Imunidade de grupo pode estar para breve
Portugal, que esta terça-feira registou mais 2.706 novas infeções e quatro mortes por coronavírus, o fim das restrições até ao...

É essa a previsão do primeiro-ministro português, António Costa, que hoje afirmou que no final do verão haverá "um momento muito importante para a confiança e para a libertação total da sociedade".

Desde o início da pandemia, Portugal, com pouco mais de 10 milhões de habitantes, tem 932.540 casos confirmados e 17.215 mortes, segundo dados da Direção-Geral da Saúde (DGS). A incidência de 14 dias é de aproximadamente 400 casos por 100.000 habitantes.

 

Apoio na qualificação de jovens com dificuldades económicas
A BebéVida, banco de tecidos e células estaminais, acaba de renovar a sua parceria com a Associação Stand4Good através da...

Pelo segundo ano consecutivo, a BebéVida colabora com a Stand4Good, atribuindo uma bolsa universitária para o próximo ano letivo. Desde 2020 que a BebéVida mantém uma relação de parceria com este projeto, que visa apoiar estudantes em situação de carência económica que não são abrangidos pelas bolsas de ação social. O apoio do laboratório português sediado no Porto abrange os três eixos de intervenção: Learn4Good, através de bolsas de estudo; Work4Good, mediante a realização de um estágio na BebéVida, por parte do estudante que usufrui da bolsa; e Mentor4Good, com um programa de mentoring conduzido por João Sousa, diretor de qualidade da BebéVida. Neste momento, o Mentor4Good está a decorrer com um estudante que integra o 4.º ano da licenciatura em Ciências Farmacêuticas na Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto.

“Somos, com muito orgulho, um dos parceiros da Stand4Good, um projeto tão importante para a qualificação de jovens com dificuldades económicas, algo que foi especialmente agravado pelo contexto da atual pandemia”, afirma Luís de Melo, administrador do laboratório. A pandemia da covid-19 veio acentuar as desigualdades e dificuldades financeiras já existentes de muitas famílias, com impacto na vida de muitos jovens universitários, que por vezes não têm outra opção a não ser congelar a matrícula ou mesmo abandonar o ensino superior.

“Este apoio é uma forma de continuarmos a seguir o nosso propósito de devolver à sociedade parte do que dela recebemos”, acrescenta Luís de Melo. A BebéVida assume o compromisso de devolver à sociedade parte do que dela recebe, entregando todos os anos 5% dos resultados líquidos da empresa a causas ou instituições particulares de solidariedade social. As ações realizadas pela BebéVida, ao longo deste ano e do anterior, para apoiar o IPO do Porto, a associação Vida Norte e a Make-A-Wish são alguns exemplos.

Defendendo a igualdade de oportunidades para todos, a Stand4Good nasceu com o propósito de apoiar estudantes que, apesar de viverem em situação de comprovada carência económica, não são abrangidos pelas bolsas de ação social. O projeto acompanha alunos ao longo de todo o ano letivo, procurando desenvolver competências-chave e promover a empregabilidade jovem, com o intuito de quebrar o ciclo de pobreza e exclusão social.

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados mais de 2.706 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e quatro mortes em território nacional....

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que mais mortes registou, nas últimas 24 horas, em todo o território nacional: duas de quatro. A região Norte e o Algarve registaram uma morte cada, desde o último balanço.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 2.706 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou a maioria dos casos: 1. 196 novos. A região norte 953. Desde ontem foram diagnosticados mais 219 na região Centro, 77 no Alentejo e 199 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais 39 infeções e 23 nos Açores.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 854 doentes internados, mais três que ontem.  As unidades de cuidados intensivos têm agora 177 pacientes, menos quatro doentes internados que no dia anterior.

O boletim desta terça-feira mostra ainda que, desde ontem, 4.451 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 867.540 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 50.487 casos, menos 1.749 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 1.057 contactos, estando agora 80.940 pessoas em vigilância.

Entrevista
Apesar das limitações impostas pela pandemia, Portugal conseguiu manter-se entre os países líderes n

Há 52 anos, o cirurgião Linhares Furtado fez o primeiro transplante de um órgão vital no país. Este transplante renal foi o primeiro de muitos. Desde essa altura, como tem evoluído a área da transplantação em Portugal? Que outros marcos se podem destacar?

A história da transplantação em Portugal é de sucesso dado que ao longo dos anos foi possível constituir programas de transplantação de diferentes órgãos que permitem que nesta área estejamos na vanguarda mundial. Em 1969, realizou-se em Portugal o primeiro transplante renal, neste caso de dador vivo. O primeiro transplante renal de dador falecido realizou-se em 1980, simultaneamente em Coimbra, também pela equipa do Professor Linhares Furtado e em Lisboa pela equipa do Dr. João Pena. De destacar ainda, o transplante de coração em 1986 (Professor Queirós e Melo); fígado em 1993 (Dr. João Pena); pâncreas em 1993 e intestino em 1996 (Professor Linhares Furtado) e pulmão em 2001 (Professor José Fragata).

Em Portugal, os pares de dador vivo que por incompatibilidade AB0 ou por apresentarem anticorpos que aumentem o risco de rejeição poderão ser inscritos no Programa Nacional de Doação Cruzada. Este programa tem como objetivo conseguir um par AB0 compatível ou um par mais compatível por forma a reduzir o risco de rejeição. De uma forma simplista, se isso for possível há uma troca de órgãos e assim consegue-se realizar a doação. O ano passado realizou-se o primeiro cruzamento internacional entre um par português e um espanhol. Portugal integra o Programa Internacional de Doação Cruzada através da “South Alliance for Transplantation”.

Outro marco importante, pela possibilidade de aumentar o número de dadores e consequentemente de transplantes, foi a possibilidade de realização de transplante em dadores em paragem cardiocirculatória que teve o seu início em 2016.

Dada a sua complexidade, quais os principais desafios desta área?

Desde sempre o grande desafio para a transplantação é a escassez de órgãos. Não existe nenhum país no mundo que consiga realizar o número de transplantes necessários para responder às necessidades dos doentes em lista de espera.

Outro grande desafio é conseguir evitar a rejeição. Atualmente existem vários fármacos que conseguiram reduzir e tratar os episódios de rejeição aguda. No entanto, a longo prazo ainda é difícil evitar a rejeição crónica e os efeitos da imunossupressão a longo prazo (infeções e neoplasias). Os profissionais de saúde que trabalham nesta área anseiam por novas armas terapêuticas que permitam ultrapassar este problema.

Nos últimos anos, Portugal tem sido um dos países líderes, a nível mundial, na área da transplantação, no entanto, o último ano foi um ano atípico. De que forma a pandemia COVID-19 impactou esta área de atividade?

Numa primeira fase, a pandemia SARS-CoV-2 teve como consequência a suspensão da realização dos transplantes não urgentes. Como ninguém sabia o que poderia ocorrer, nomeadamente em termos de risco de transmissão da infeção de dador para recetor ou qual a consequência de uma infeção COVID-19 nos recetores de transplante, em Portugal assim como nos outros países considerou-se ser prudente a interrupção dos programas de transplante. Para além desta medida, o desvio dos recursos humanos e técnicos (nomeadamente ventiladores dos blocos operatórios) para as áreas e doentes COVID-19 respetivamente contribuíram para essa diminuição. A recomendação de diminuir a afluência aos hospitais também contribuiu para que os exames para estudo pré-transplante ou de dador vivo fossem suspensos e consequentemente atrasassem o estudo e entrada de doentes em lista ativa.

Ainda assim, o balanço foi positivo, quando comparado com os dados globais…

É verdade. Apesar das limitações impostas pela pandemia na primeira fase, foi possível recuperar parcialmente os números de doação e transplantação em Portugal. Nos períodos entre os picos de pandemia, os profissionais de saúde mantiveram-se atentos e sinalizaram os potenciais dadores e as unidades responderam transplantando esses órgãos. Foi necessária uma grande adaptação dos profissionais de saúde e das instituições hospitalares criando novos procedimentos e circuitos para manter a assistência aos doentes transplantados.

Não obstante, nos últimos anos tem-se assistido a um decréscimo do transplante cardíaco e um aumento do transplante pulmonar. O que isto tem para nos dizer?

Em relação ao transplante cardíaco, a diminuição do número de transplantes é multifatorial. Por um lado, os dadores são tendencialmente mais idosos e com várias patologias, como consequência o órgão não terá as características necessárias para ser aceite para transplante. Por outro lado, a técnica evoluiu e a criação de dispositivos cardíacos tem permitido atrasar a necessidade de transplante. Os doentes vivem mais tempo sem precisarem de um transplante.

Em relação ao transplante pulmonar a formação de uma equipa com acumular de experiência permitiu que o programa de transplante pulmonar do Hospital Santa Marta mantenha o seu crescimento e consiga aumentar a sua capacidade de resposta. Atualmente, Portugal já não necessita de orientar os seus doentes com necessidade de transplante pulmonar para outras unidades no estrangeiro.

De um modo geral, quais os tipos de transplante que mais se realizam em Portugal?  E quais os principais dadores de órgãos?

Os órgãos mais transplantados em Portugal e no mundo são os rins e o fígado.

Os dadores de órgãos são maioritariamente de dadores falecidos (cerca de 90%). No entanto, desde 2016, ano em que foi instituída a possibilidade de colheita em dadores em paragem cardiocirculatória em algumas unidades os dadores deste tipo podem atingir os 30%.

Nos últimos anos, fruto do avanço da ciência que permitiu por um lado aumentar a segurança rodoviária e por outro criar técnicas de suporte que permitiram salvar mais vidas, o número de dadores em morte cerebral tem diminuído e as causas de morte são maioritariamente médicas (AVC, hemorragias cerebrais e enfartes de miocárdio) e menos por trauma. A consequência é que os dadores são mais idosos e com mais doença.

Tendo em conta, por exemplo, que mais de metade dos transplantes renais são possíveis através da colheita de órgãos de dadores vivos, qual a importância de sensibilizar a população para a doação de órgãos? Considera que os portugueses estão devidamente sensibilizados ou esclarecidos sobre este tema?

A população portuguesa sempre se mostrou generosa em relação à doação de órgãos. Todos nós somos potenciais dadores (exceto se houver inscrição no Registo Nacional de Não Dadores – RENNDA) e raramente há recusa na doação. Em relação à doação em vida ainda poderemos melhorar muito. A doação em vida permite que um doente renal crónico possa ser transplantado mais rapidamente (não nos podemos esquecer que o tempo médio em lista de espera para dador falecido é de cerca de 5,5 anos). Sendo uma cirurgia programável poderá mesmo sê-lo antes de entrar em diálise e ainda por este motivo o rim não necessita de esperar como nos casos de dador falecido e assim os resultados são melhores.

O receio de complicações, muitas vezes muito mais evidente por parte do recetor que tem medo de causar doença ao seu potencial dador, faz com que a percentagem deste tipo de doação ainda seja baixa no nosso país. Serão necessárias campanhas de esclarecimento dos familiares de doentes com doença renal crónica, profissionais de saúde e população em geral para que a informação que é veiculada seja a correta e não com pressupostos e ideias incorretas.

O que garante a viabilidade de um transplante?

A viabilidade depende de múltiplos fatores e do tipo de órgão que estamos a falar. O pulmão, coração e fígado são mais sensíveis ao tempo de espera pelo que são transplantes cujo sucesso está muito dependente do tempo em que estão preservados. Por outro lado, o tipo de dador também é muito importante. Os órgãos de dadores mais idosos tendencialmente terão uma duração menor, motivo porque é aconselhável que o transplante de órgãos de dadores mais idosos seja para recetores também com mais idade. Outro fator muito importante para a duração de um órgão é também o grau de compatibilidade. Quanto mais compatível maior será a sobrevida (duração) do órgão e melhor será a sua função.

O grau de cumprimento da terapêutica e a prática de estilos de vida saudável são também fatores que influenciam a duração e função de um transplante.

Apesar da compatibilidade imunológica ser essencial, a verdade é que no ano passado, por exemplo, Portugal realizou o primeiro transplante renal cruzado, através de um programa internacional dirigido a doentes com grande incompatibilidade. Em termos práticos, o que pode significar o sucesso deste tipo de transplante para os doentes?

Este programa permite que pares dador-recetor de rim que não possam prosseguir diretamente com a doação (por incompatibilidade AB0 ou por risco de rejeição elevado devido a presença de anticorpos) o possam fazer através de uma inscrição num programa nacional em que se tenta arranjar um par compatível. Se existir esse par será efetuado o transplante através da troca do órgão. Este programa terá tanto mais sucesso quantos mais pares estiverem inscritos dado que assim aumenta a possibilidade de cruzamento. O sucesso do programa significa que mais doentes conseguem ser transplantados o que de outra forma não seria possível.

Após um transplante, quais os cuidados essenciais?

Os cuidados são diferentes para o dador nos casos de doação em vida e para o recetor. No caso do dador, desde que não haja complicações pode ser retomada a vida normal dentro de dois a três meses após a cirurgia, dependendo da profissão e atividade. Considera-se que ao fim de um mês já estará quase totalmente recuperado. Em princípio não irá necessitar de medicação a não ser para a dor decorrente da cirurgia. Poderão ser necessários antibióticos se houver uma infeção.

No caso de o dador ser mulher e quiser engravidar, deve esperar pelo menos seis meses após a cirurgia de doação.

O dador não deverá conduzir pelo menos nas primeiras 2 a 3 semanas após a cirurgia por uma questão de segurança, a dor poderá limitar os movimentos.

O dador ficará a ser seguido em consulta anual para toda a vida.

Em relação ao recetor: o rim poderá não funcionar logo após a cirurgia, podendo haver necessidade de realizar hemodiálise durante algum tempo. Após a cirurgia é necessária medicação para evitar a rejeição do novo rim (medicação imunossupressora).

O tempo de internamento após a cirurgia do transplante é variável, em média cerca de 7 a 10 dias, e depende de complicações que possam surgir neste período, nomeadamente complicações cirúrgicas, infeciosas, rejeição ou outras.

Quando tiver alta o doente deverá cumprir a medicação prescrita, para evitar a rejeição do transplante e outras complicações. É muito importante que o doente não falte às consultas e tome a sua medicação nas doses e horários prescritos. A vigilância regular permite a deteção precoce e o tratamento da rejeição e de outras complicações.

Para terminar, e no âmbito do Dia do Transplante, que mensagem ou mensagens gostaria de deixar?

A mensagem mais importante é que este dia é uma homenagem a todos os que estão envolvidos no processo de transplantação. É uma homenagem aos dadores, sem eles a transplantação não seria possível. É uma homenagem aos profissionais de saúde e todos os elementos que tornam possível o transplante (não nos podemos esquecer das forças de segurança ou Força Aérea que são essenciais para o transporte dos órgãos) e aos doentes que ao receberem um órgão percebem que essa dádiva poderá ser a oportunidade de uma nova vida.

Este dia também pretende chamar a atenção para a possibilidade da doação em vida e que poderá mudar a vida de alguém que muitas vezes está ao nosso lado.

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Relatório INSA
O novo relatório do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) sobre diversidade genética do novo coronavírus dá...

“Entre as novas sequências analisadas, a variante Delta (B.1.617.2) é a variante mais prevalente em Portugal com uma frequência relativa de 94.8% na semana 27 (5 a 11 de julho), mantendo-se dominante em todas as regiões”, escreve o INSA em comunicado.  Do total de sequências da variante Delta analisadas, acrescenta, “56 apresentam a mutação adicional K417N na proteína Spike (sublinhagem AY.1), sendo que a frequência relativa desta sublinhagem tem evidenciado uma tendência decrescente, não tendo sido detetado até à data qualquer caso nas semanas 26 e 27”.

O relatório de diversidade genética do SARS-CoV-2 indica também que a frequência relativa das variantes Beta (B.1.351) e Gamma (P.1), associadas inicialmente à África do Sul e ao Brasil (Manaus), respetivamente, mantém-se baixa e sem tendência crescente. Segundo o INSA, “não foi detetado até ao momento qualquer caso associado à variante Beta (B.1.351) nas semanas 26 e 27, e a frequência relativa da variante Gamma (P.1) nessas semanas foi de 0.4%. Não se detetaram novos casos da variante Lambda (C.37), a qual apresenta circulação vincada nas regiões do Peru e do Chile”.

Entre outras variantes de interesse em circulação em Portugal, destaca-se a variante/linhagem B.1.621 (detetada inicialmente na Colômbia), “a qual apresentou uma frequência relativa à volta de 1% entre as semanas 22 e 25 e, com base nos dados apurados até à data, parece verificar-se um decréscimo da sua frequência relativa, tendo sido detetada a 0.2% e a 0.0% nas semanas 26 e 27, respetivamente”. O INSA revela ainda que esta variante de interesse “apresenta várias mutações na proteína Spike, que são partilhadas com algumas das variantes de preocupação”.

 

Dados divulgados no Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação
De acordo com a Coordenação Nacional da Transplantação, o número de transplantes realizados em Portugal subiu no primeiro...

Os dados, revelados a propósito do Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação, mostram que nos primeiros seis meses deste ano houve um total de 163 dadores de órgãos (dadores falecidos e dadores vivos), mais 22 do que no período homólogo de 2020, sendo que 143 foram dadores falecidos (mais 21).

Nos primeiros seis meses deste ano foram feitos 27 transplantes cardíacos, mais 12 do que em igual período do ano passado, 201 renais (mais 33), 99 hepáticos (mais 10) e 24 pulmonares (mais cinco). Os transplantes pancreáticos baixaram relativamente ao período homólogo, com oito realizados no primeiro semestre deste ano (menos seis).

De acordo com os dados do Instituto Português do Sague e da Transplantação (IPST), no primeiro semestre foram colhidos 424 órgãos (mais 78) e que a taxa de utilização foi de 82% (349 transplantados).

 

Valor total do prémio aumenta para 125 mil euros
A Ordem dos Médicos e a Fundação BIAL decidiram alargar o número de investigadores apoiados e o valor global do Prémio Maria de...

O prémio, lançado em homenagem à imunologista Maria de Sousa, vai ter um valor total de até 125 mil euros e distinguir cinco vencedores. 

Esta alteração tem efeito imediato, o que significa que a primeira edição, cujas candidaturas fecharam a 30 de maio, vai premiar cinco investigadores, em vez de um único, como inicialmente previsto. O valor global do prémio sobe assim de até 25 mil euros para até 125 mil euros, a distribuir pelos cinco vencedores. 

Luís Portela, presidente da Fundação BIAL, explica que “esta alteração surge na sequência do sucesso do lançamento da primeira edição do Prémio, bem patente no elevado número de candidaturas recebidas (84). Continuaremos a honrar, agora de forma reforçada, a memória de Maria de Sousa, único intuito que nos levou, à Ordem dos Médicos e à Fundação BIAL, a instituir este Prémio”.
Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos, salienta que “o Prémio Maria de Sousa está a ser um enorme sucesso, seja pelo interesse que despertou nos investigadores, seja pela qualidade das candidaturas apresentadas, informação que recebemos do Júri. Esta é a melhor forma que temos para engrandecer o legado científico de Maria de Sousa e dar-lhe continuidade”. 

O prémio vai galardoar e apoiar cinco jovens investigadores científicos portugueses, até aos 35 anos, em projetos de investigação na área das Ciências da Saúde, incluindo um estágio num centro internacional de excelência. 

 

Projetos desenvolvidos em alguns países subdesenvolvidos
A Biocodex Microbiota Foundation (BMF) está a lançar, pela primeira vez, o Prémio Henri Boulard de Saúde Pública, que vai...

As candidaturas ao Prémio Henri Boulard de Saúde Pública estão abertas até final de novembro e os dois projetos premiados serão escolhidos por um júri internacional independente. Os candidatos têm de apresentar projetos inovadores que possam proporcionar melhores condições de saúde pública em condições patológicas ligadas ao desequilíbrio da microbiota intestinal humana. Destina-se exclusivamente a projetos desenvolvidos em alguns países subdesenvolvidos da Ásia, África e da América Latina.

Este novo prémio destaca apenas projetos que tenham um impacto positivo na saúde a nível local, por exemplo, por meio da educação e consciencialização em saúde, novas infraestruturas, projetos agrícolas ou de purificação de água.

Henri Boulard foi um cientista e microbiologista francês do século XX, que tinha um grande interesse em estudar doenças tropicais. A cólera era uma epidemia comum na Ásia (década de 20) e o cientista, que se encontrava na Indochina, observou que a população local consumia uma bebida à base de líchia e mangostão para tratar a diarreia infeciosa causada pela cólera. Decidiu então estudar em pormenor a composição da casca das líchias e dos mangostões, tendo conseguido identificar e isolar a estirpe única Saccharomyces boulardii CNCM I-745® que a Biocodex produz hoje em dia para o tratamento da diarreia.

Consulte aqui o regulamento, o prazo e o formulário para as candidaturas.

 

Universidade de Stanford
A segunda dose de uma vacina mRNA contra a Covid-19 induz um poderoso impulso a uma parte do sistema imunitário que proporciona...

"Apesar da sua eficácia excecional, pouco se sabe sobre como funcionam exatamente as vacinas de mRNA ", disse Bali Pulendran, professor de patologia e de microbiologia e imunologia.

O estudo, publicado a 12 de julho na Revista Nature, foi concebido para descobrir exatamente quais os efeitos que a vacina de mRNA, comercializada pela Pfizer.

Os investigadores analisaram amostras de sangue de indivíduos inoculados com a vacina. Contaram anticorpos, mediram níveis de proteínas de sinalização imunológica e caracterizaram a expressão de cada gene no genoma de 242.479 células imunitárias separadas.

"A atenção do mundo foi recentemente fixada nas vacinas Covid-19, particularmente nas novas vacinas de mRNA", disse Pulendran.

Uma vez que esta é primeira vez que este tipo de vacina é administrada em humanos, o investigador salienta, embora estas ofereçam 95% de proteção contra a Covid-19, ainda não há nenhuma pista de como o conseguem fazer.

Tradicionalmente, a principal base imunológica para a aprovação de novas vacinas tem sido a sua capacidade de induzir anticorpos neutralizantes: proteínas individualizadas, criadas por células imunitárias chamadas células B, que podem aderir a um vírus e impedi-lo de infetar as células.

"Os anticorpos são fáceis de medir", disse Pulendran. "Mas o sistema imunitário é muito mais complexo do que isso. Os anticorpos por si só não se aproximam de refletir plenamente a sua complexidade e potencial alcance de proteção."

Pulendran e os colegas avaliaram os problemas entre todos os tipos de células imunitárias influenciados pela vacina: o seu número, os seus níveis de ativação, os genes que expressam e as proteínas e metabolitos que fabricam e segregam após a inoculação.

Um dos principais componentes do sistema imunitário examinado por Pulendran s foram as células T: células imunitárias de busca e destruição que não se ligam a partículas virais como os anticorpos fazem, mas que sondam os tecidos do corpo para células com sinais reveladores de infeções virais. Ao encontrá-los, destroem as células.

Além disso, o sistema imunitário inato, uma variedade de células de primeiro socorro, é agora entendido como sendo de imensa importância. É o sexto sentido do corpo, disse Pulendran, cujas células constituintes são as primeiras a tomar consciência da presença de um agente patogénico. Embora não sejam bons a distinguir entre agentes patogénicos separados, segregam proteínas de sinalização que lançam a resposta do sistema imunitário adaptativo-- as células B e T que atacam espécies ou estirpes virais ou bacterianas específicas.

A vacina Pfizer, tal como a da Moderna, funciona de forma bastante diferente das vacinas clássicas compostas por agentes patogénicos vivos ou mortos. As vacinas Pfizer e Moderna contêm receitas genéticas para o fabrico da proteína de pico que a SARS-CoV-2, o vírus que causa a Covid-19, usa para se prender às células que infeta.

Em dezembro de 2020, a Stanford Medicine começou a inocular pessoas com a vacina da Pfizer. Isto impulsionou o desejo de Pulendran de reunir informação completa sobre a resposta imune.

"A segunda dose da vacina tem efeitos benéficos poderosos que excedem em muito os da primeira dose", disse Pulendran. "Estimula um aumento de múltiplos níveis de anticorpos, uma resposta fantástica das células T que estava ausente após a primeira inoculação, e uma resposta imunitária inata surpreendentemente melhorada."

Inesperadamente, disse Pulendran, a vacina - particularmente a segunda dose - causou a mobilização maciça de um grupo recém-descoberto de células que normalmente são escassas e quiescentes.

Identificadas pela primeira vez num estudo recente da vacina liderado por Pulendran, estas células, um pequeno subconjunto de células geralmente abundantes chamadas monócitos que expressam altos níveis de genes antivirais, mal se movem em resposta a uma infeção Covid-19 real. Mas a vacina Pfizer conseguiu ativá-las.

Este grupo especial de monócitos, que fazem parte do sistema imunitário inato, constitui apenas 0,01% de todas as células sanguíneas que circulam antes da vacinação. Após a segunda dose da vacina, o seu número expandiu-se 100 vezes para representar um total de 1% de todas as células sanguíneas. Além disso, a sua disposição tornou-se menos inflamatória, mas mais intensamente antiviral.

"O aumento extraordinário da frequência destas células, apenas um dia após a imunização do reforço, é surpreendente", disse Pulendran. "É possível que estas células possam ser capazes de montar uma ação de detenção contra não só SARS-CoV-2, mas também contra outros vírus”, referiu.

 

Formação arranca a 30 de setembro
‘Impressão 3D para a Saúde: do problema à solução’, em parceria com a NOVA Medical School e o FCT FabLab, é um curso...

‘Impressão 3D para a Saúde: do problema à solução’ é um curso essencialmente prático, com o objetivo de acompanhar todos os passos de uma impressão 3D, desde a recolha de dados até ao desenvolvimento do modelo, sem esquecer a preparação do modelo para impressão e pós processamento. Durante o curso, os alunos terão aulas práticas no FCT FabLab e terão oportunidade, durante a fase de desenvolvimento de projeto, de executar uma peça 3D adequada à sua área de especialidade.

Os avanços na impressão 3D na saúde estão a captar a atenção no campo dos cuidados de saúde graças ao seu potencial para melhorar o tratamento de inúmeras situações médicas e permitir o desenvolvimento de soluções de acordo com as necessidades clínicas e funcionais de cada doente. O curso ‘Impressão 3D para a Saúde: do problema à solução’ demonstra, através de diferentes exemplos de casos, como esta tecnologia pode ser adaptada a cada paciente e está na linha da frente da inovação. A utilização desta tecnologia para rapidamente converter informação digital em objetos físicos, aumentará a sua utilização e adaptação em novas aplicações de cuidados de saúde. Entre as áreas que estão neste momento a usar a impressão 3D, destaca-se a reabilitação, a reumatologia, a cirurgia ortopédica e a odontologia. 

Durante os quatro dias de formação, será possível: entender as técnicas e os princípios deste tipo de impressão, aprender a manipular os ficheiros que servem como ponto de partida, escolher a forma de impressão 3D mais adequada para cada criação, entre outras competências. 

O curso conta com a coordenação de vários professores e investigadores de ambas as faculdades, entre os quais, a professora e investigadora da NOVA School of Science and Technology | FCT NOVA, Cláudia Quaresma, e a professora Helena Canhão, da NOVA Medical School e é dirigido a todos os profissionais de saúde que na sua atividade recorrem cada vez mais ao fabrico aditivo, nomeadamente ortopedistas, neurocirurgiões ou fisiatras.

Para já, ficam de fora as crianças saudáveis
O secretário de saúde do Reino Unido, Sajid Javid, disse que as crianças que estão em risco acrescido de Covid-19 vão receber a...

Sajid Javid disse ter aceitado o parecer do Comité Misto Independente de Vacinação e Imunização (JCVI), que descartou, para já, a vacinação em massa de crianças saudáveis.

O movimento significa que milhares de crianças no Reino Unido com idades compreendidas entre os 12 e os 15 anos com neuro-incapacidades graves, síndrome de Down, imunossupressão, múltiplas ou graves dificuldades de aprendizagem podem aceder à vacina.

Outras condições, como a diabetes tipo 1, não estão atualmente incluídas na lista.

Sob as orientações existentes, os jovens entre os 16 e os 17 anos com condições de saúde subjacentes que os colocam em maior risco de desenvolver Covid-19 grave já deveriam ter sido vacinados.

Entretanto, o JCVI disse ainda que as crianças, entre os 12 e os 17 anos, que vivem com pessoas com sistemas imunitários enfraquecidos, como um pai ou um avô, devem receber uma vacina COVID-19.

A vacina Pfizer/BioNTech é a única vacina autorizada para crianças no Reino Unido com idade igual ou superior a 12 anos.

“O nosso regulador independente de medicamentos, a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde, aprovou a vacina Pfizer/BioNTech para pessoas com idade igual ou superior a 12 anos, uma vez que cumpre os seus robustos padrões de segurança, eficácia e qualidade”, referiu Javid em comunicado.

Um ensaio clínico dos EUA em cerca de 1.000 crianças entre os 12 e os 15 anos descobriu que se os jovens sofressem efeitos secundários, estes seriam apenas de curta duração e leves.

O professor Adam Finn, professor de pediatria na Universidade de Bristol, informou em comunicado que se tratava de uma "decisão baseada em evidências" que será "constantemente" mantida sob revisão.

Acrescentou que a decisão da recomendação surgiu depois de a Pfizer ter anunciado os resultados do seu estudo sobre a vacina em crianças no mês passado.

"O vírus raramente afeta seriamente as crianças, especialmente as crianças que são saudáveis. As mortes e casos graves que temos visto nas crianças têm, na maior parte das vezes, sido em crianças com uma série de condições subjacentes que parecem predispô-los a doenças graves.

"Na verdade, essas crianças são um grupo muito mais pequeno do que aqueles que nós concebemos inicialmente. Estes podem estar em risco e ser designados, clinicamente, como extremamente vulneráveis. É fundamental que o consentimento informado seja obtido de forma cuidadosa tanto dos pais como da própria criança”, acrescentou.

A taxa de urgência não é comparticipada
A SYNLAB está a disponibilizar o teste PCR Express, que permite que os clientes recebam os resultados dos seus testes PCR no...

Os testes PCR Express podem ser efetuados com zaragatoa nas unidades SYNLAB, domicílios e aeroportos, sem jejum nem preparação especial. Os testes PCR Express na saliva não podem ser realizados no aeroporto. O cliente deve lavar a boca com água 30 minutos antes da colheita de saliva, para limpar eventuais resíduos. E não pode comer, beber, fumar ou mastigar pastilha elástica durante este período.

O teste apenas pode ser realizado em unidades SYNLAB de marca própria especificas, nos aeroportos a nível nacional, e ao domicílio. Nas unidades SYNLAB de marca própria e ao domicílio, os resultados são entregues até ao final do dia para testes realizados até às 12h, ou entregues até às 08h do dia seguinte, para testes realizados a partir das 12h. A marcação é obrigatória. Nas unidades SYNLAB localizadas nos aeroportos, os resultados são enviados em 6-8h, e a marcação não é obrigatória.

Os resultados são disponibilizados em português, inglês e outros quatro idiomas. A marcação pode ser efetuada na nova app SYNLAB Access, ou diretamente com a unidade selecionada. Esta app permite ainda consultar os resultados do seu teste COVID-19 (e/ou dos testes de toda a sua família), fazer download do certificado para impressão (no computador) ou adicionar o certificado de resultado diretamente à Wallet (no telemóvel), para um embarque mais rápido se for viajar. Para instalar a app no seu telefone, basta pesquisar SYNLAB Access na Apple Store (IPhone) ou Play Store (Android). Se quiser efetuar registo ou login no seu computador, basta aceder a https://www.synlab.pt/app/.

O teste PCR é comparticipado a 100% pelo Serviço Nacional de Saúde (se efetuado com prescrição médica do Centro de Saúde ou da Linha SNS24) e pelo Governo Regional dos Açores (para pessoas que viajam de Portugal Continental para a ilha da Madeira, e que não têm certificado digital da EU). A taxa de urgência (express) não é comparticipada.

 

Associação Portuguesa de Nutrição
A intolerância à lactose é uma intolerância alimentar relacionada com a má digestão da lactose, um a

A principal causa desta intolerância alimentar é a ausência ou deficiência da enzima lactase – enzima intestinal responsável pela hidrólise da lactose (um dissacarídeo) e que ajuda à sua degradação em açúcares mais simples (os monossacarídeos glicose e galactose), mais facilmente absorvidos pelo organismo.

Existem diferentes subtipos de intolerância à lactose, podendo classificar-se como congénita, em que os bebés que sofrem com esta patologia não produzem lactase desde a nascença, primária, em que ocorre diminuição ou perda total de expressão da lactase, ou secundária, ocorrendo uma diminuição temporária da produção da lactase, como consequência de determinadas patologias gastrointestinais.

As principais manifestações clínicas associadas à intolerância à lactose estão relacionadas com o sistema gastrointestinal e incluem dor e distensão abdominal, diarreia e flatulência, náuseas e vómitos, sendo que a intensidade destes sintomas depende, em geral, da quantidade de lactose ingerida, do grau de deficiência da lactase e do tipo de alimento ingerido.

Os indivíduos intolerantes à lactose podem, no entanto, apresentar diferentes níveis de sensibilidade, tolerando a ingestão desde 1g a 12g de lactose diariamente, dependendo do seu grau de sensibilidade, o que poderá permitir ou não a ingestão de determinados alimentos. Estes níveis podem alterar-se ao longo do tempo e com o estado de saúde dos indivíduos.

Uma vez que este açúcar se encontra exclusivamente presente em produtos lácteos, a intolerância à lactose pode levar a um menor consumo destes alimentos. É de destacar o elevado valor nutricional dos laticínios, com proteínas de alto valor biológico e com um teor muito interessante de vitaminas e minerais - em que se destacam a vitamina D e o cálcio - pelo que se torna fundamental adotar uma dieta que assegure a obtenção diária destes nutrientes nas quantidades adequadas.

Apesar de conterem lactose, os iogurtes e leites fermentados podem ser importantes aliados para intolerantes à lactose, nomeadamente em substituição do consumo de leite. Um iogurte tem cerca de 5g de lactose, quantidade significativamente mais baixa que a de um copo de leite (que contém cerca de 12g). Embora produzidos a partir do leite, estes alimentos contêm na sua composição fermentos láticos - microrganismos vivos - que, durante o processo de fermentação, convertem parte da lactose presente na matéria-prima em ácido lático. O resultado são produtos com menos lactose, melhor aceites por indivíduos com intolerância à mesma, e com bactérias láticas que, estando vivas, contribuem também para o bom funcionamento do sistema digestivo, mesmo após serem ingeridas.

O iogurte e/ou leite fermentado é, deste modo, uma boa alternativa para quem tem sensibilidade moderada à lactose, permitindo um consumo adequado dos nutrientes fornecidos pelos laticínios. Por outro lado, consumidores com elevada sensibilidade a este açúcar deverão evitar estes alimentos ou optar por versões sem lactose (produzidos de forma a serem totalmente isentos de lactose), procurando aconselhamento junto de um profissional de saúde para que o seu consumo e as suas escolhas sejam ajustados às necessidades individuais.

Conteúdos sobre os diferentes tipos de iogurte e leites fermentados, as suas características e benefícios para a saúde podem ser encontrados em www.queiogurteestu.pt e no Instagram em https://www.instagram.com/queiogurteestu/, duas páginas da iniciativa “Que Iogurte És Tu?”- um projeto com a colaboração da Associação Portuguesa de Nutrição, que pretende incentivar os portugueses a adotarem uma alimentação mais saudável, e que promova o consumo de iogurte e/ou leite fermentado numa base diária.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Em entrevista à TVI24
Em entrevista à TVI24, o virologista Pedro Simas o próximo mês vai ser uma boa altura para desconfinar ainda mais, mas de forma...

"Agosto vai ser uma boa altura para desconfinarmos gradualmente ainda mais e para começarmos a largar a máscara em algumas situações, na via pública, por exemplo", defendeu o especialista do Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Lisboa quando questionado sobre o levantamento da maioria das restrições no Reino Unido, que começou esta segunda-feira.

Segundo o especialista, “o vírus está a propagar-se de uma forma pandémica nas camadas mais jovens, que estão de férias, há menos tendência para estarem agregadas - não estão agregadas na escola, concentradas. À medida que vamos avançando na vacinação, vamos podendo começar a desconfinar, a começar a largar as máscaras em algumas situações como na via pública"

Portugal tem, de acordo com Pedro Simas, “números epidemiológicos e uma cobertura vacinal boa”, podendo tornar-se “um grande exemplo para a Europa em termos de aderência à vacinação".

 

 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados mais de 1.800 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e oito mortes em território nacional. O...

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que mais mortes registou, nas últimas 24 horas, em todo o território nacional: cinco de oito. A região Norte registou uma morte e o Algarve contabilizaram mais duas, desde o último balanço.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 1.855 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 624 novos casos e a região norte 755. Desde ontem foram diagnosticados mais 127 na região Centro, 61 no Alentejo e 231 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais 25 infeções e 32 nos Açores.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 851 doentes internados, mais 46 que ontem.  As unidades de cuidados intensivos têm agora 181 pacientes, mais cinco doentes internados que no dia anterior.

O boletim desta segunda-feira mostra ainda que, desde ontem, 1.382 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 863.089 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 52.236 casos, mais 465 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 173 contactos, estando agora 79.883 pessoas em vigilância.

Opinião
As técnicas de cirurgia robótica estão cada vez mais avançadas.

Não é segredo para ninguém que robôs são cada vez mais usados nos principais centros médicos. A tecnologia do mundo atual permite que grandes procedimentos sejam feitos com tanta perfeição que é cada vez mais difícil que o paciente tenha algumas sequelas após o tratamento. Mas, como isso é possível? Exemplo disso é visto, por exemplo, com a cirurgia robótica cerebral. Essa técnica tem chegado a novos patamares, neste início da terceira década do século XXI, com ferramentas tão avançadas que hoje em dia é possível até confirmar uma redução expressiva de casos com sequelas para os pacientes que passam por estes procedimentos.

 Quem confirma esta tendência é o neurocientista, neuropsicólogo e biólogo luso-brasileiro Fabiano de Abreu, que atualmente vive em Castelo de Paiva, no norte de Portugal. Para explicar como isso é possível, o especialista publicou, recentemente, um artigo na Revista de Estudos de Gestão, Informação e Tecnologia (REGIT), uma das mais conceituadas revistas científicas da área de tecnologia do mundo.

Com o texto intitulado O avanço da cirurgia robótica cerebral e a possibilidade de substituições neuronais, Fabiano comenta “a introdução da robótica e de novas técnicas de imagem e a importância para reconhecimento e localização mais precisos dos alvos cirúrgicos, contribui para a eliminação completa de  patologias e ajuda a evitar danos severos nas estruturas neurais, resultando a redução da morbilidade e mortalidade de pacientes”.

Além disso, o neurocientista comentou ainda que os avanços tecnológicos no campo da neurociência vão além das técnicas de diagnósticos ou cirurgias. Destacou que a robótica, a nanotecnologia e os circuitos de partilha de informação podem levar ao nível de substituição neuronal. Membro da Sociedade Brasileira, Portuguesa e da Federação Europeia de Neurociência, Fabiano lembra no seu artigo o quanto a utilização da robótica na neurociência é importante para o desenvolvimento de técnicas eficazes e minimamente invasivas para o tratamento do cérebro. “A tendência atual é que o biológico e o artificial se fundam cada vez mais, o que, por sua vez, implicará discussões de uma série de questões éticas e morais”, completa o neurocientista.

 

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Serviço de subscrição de atividades para idosos
A Actif Age, uma start-up que consiste num serviço de subscrição de atividades digitais interativas para idosos com sessões...

“É muito gratificante sermos reconhecidos e este evento também possibilitou que divulgássemos junto de diversas pessoas o que temos estado a trabalhar”, explica Sara Gonçalves, Co-funder e CEO da start-up que ficou em 1º lugar. Apesar de estar orgulhosa, admite ter ficado surpreendida com a vitória: “Existe muito valor na comunidade de empreendedorismo em Portugal e, por isso, sabemos que a competição também é sempre exigente”.

Segundo Sara Gonçalves, a pandemia veio alertá-la para uma problemática que existe há várias décadas: a desvalorização da necessidade de atividade física por parte da população. “Muita gente sabe que é importante, mas não incorporam isso nas suas rotinas por várias razões”, lamenta.

Devido à experiência pessoal de Sara e dos outros dois fundadores, Damilola e Tommaso, ao participarem num programa de incubação, a escolha do público que queriam impactar foi simples. A avó de Sara foi diagnosticada com Alzheimer há 10 anos e desde aí que melhorar a qualidade de vida da população mais sénior tornou-se uma prioridade.

Foi daí que nasceu a Actif Age, “a Netflix saudável para seniores”, continua Sara, que acredita que a pandemia não trouxe apenas coisas más: “Acreditamos que a pandemia veio também mostrar coisas importantes, como por exemplo o facto de pessoas com mais idade terem mais do que capacidade para aprender a usar tecnologias”. O objetivo passa então por apoiar os idosos, de forma a que estes passem a desfrutar de uma vida mais ativa, feliz e saudável, através de sessões e atividades desenhadas por especialistas e adaptadas às necessidades de cada um.

A concurso estiveram ainda as start-ups MyCareforce (2º lugar), uma plataforma que facilita a relação entre enfermeiros e instituições de saúde, disponibilizando turnos de forma rápida, fácil e flexível, Portugal Green Travel (3º lugar), uma empresa de gestão de destinos especializada em experiências autênticas e sustentáveis e com especial foco em territórios de baixa densidade e FHLUD (4º lugar), um Marketplace para produtos hortofrutícolas frescos, com entregas ao domicílio e no qual os produtores e consumidores podem comprar, vender e doar alimentos de origem local.

A edição 100% online contou com a presença de 12 elementos do júri, internos e externos à Bayer em Portugal. Do lado do júri interno, contou-se com André Santiago Silva, José Faria Machado, Michael Bolon, Nathalie Cardinal von Widdern, Rita Serejo, Rui Beleza e Sofia André. No júri externo, participaram Fernando Fraga, Head of Innovation da Acredita Portugal, João Ribeiro, Head of Growth na Kitch, Luís Rocha, Co-founder & CMO da Coverflex, Miguel Botto, Investment Director da Portugal Ventures e Rita Spencer, Project Manager na StartUp Portugal. Esteve ainda presente Horácio Mota, da empresa Inov4You, que fez um pequeno discurso sobre Fundos Comunitários para Start-ups.

O primeiro evento STEM4Health em Portugal foi realizado em 2016 com o objetivo de conectar start-ups, empresas, faculdades, institutos, organizações, estudantes ou qualquer outra pessoa interessada em tecnologias e Life Science. Desde a sua criação, o STEM4Health, apoiado pelo programa de aceleração de start-ups da Bayer, foi-se desenvolvendo em várias áreas, estando presente em cerca de 20 cidades em todo o mundo.

 

Medicamentos patenteados
A BIAL assinou um acordo com a empresa eslovena Medis para a distribuição de dois medicamentos patenteados pela farmacêutica...

A parceria prevê um acordo de distribuição exclusivo do acetato de eslicarbazepina na República Checa e na Eslováquia, e do opicapona em 12 países: Bósnia Herzegovina, Bulgária, Croácia, República Checa, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Macedónia do Norte, Sérvia, Eslováquia e Eslovénia.

“Estamos muito satisfeitos por ter a farmacêutica Medis como nova parceira. Acreditamos que esta parceria é mais um passo importante para expandir a comercialização dos nossos medicamentos inovadores. A Medis é uma empresa que partilha a nossa visão de longo-prazo e estamos desejosos de levar estes dois medicamentos, tão importantes para os doentes que sofrem de Parkinson e de epilepsia, aos territórios da Europa Central e de Leste”, afirma António Portela, presidente-executivo da BIAL.

Já Martina Perharic, presidente-executiva da Medis, revela que "estamos contentes e orgulhosos com esta parceria assinada com a BIAL que nos permite oferecer dois medicamentos que acreditamos representam uma grande ajuda para os milhares de doentes que vivem com Parkinson e com epilepsia”.

A epilepsia é uma doença com grande prevalência, com seis milhões de pessoas afetadas na Europa, sendo que as estimativas apontam para que cerca de 15 milhões de europeus tenham, pelo menos uma vez na vida, uma convulsão epilética.

A doença de Parkinson é uma patologia crónica, progressiva e neurodegenerativa, caracterizada por uma forte redução de um neurotransmissor chamado dopamina, provocada pela degeneração de certos neurónios no cérebro.

A Associação Europeia da Doença de Parkinson (EPDA) estima que 1.2 milhões de pessoas sofram desta patologia na Europa.

 

 

 

Masterclasses digitais gratuitas
“Gravidez de Mês a Mês” é um programa de Masterclasses digitais gratuitas, criado com o objetivo de esclarecer e informar sobre...

Promovido pelas Farmácia Holon e orientado por uma equipa de profissionais de saúde especializados nas áreas farmacêutica, de enfermagem e nutrição, aborda vários temas entre os quais alimentação e suplementação, enjoos, atividade física, ansiedade, sono e sexualidade.

“O nosso projeto “Gravidez de Mês a Mês” é composto por um total de 9 sessões, todas elas com temas distintos e essenciais, desenvolvidas para acompanhar os nove meses da gravidez. Nestas sessões mensais iremos esclarecer dúvidas, inquietações e abordar, sem tabus, todas as situações que podem ocorrer durante este período. Enquanto farmacêuticos de proximidade, temos um papel importante no aconselhamento e acompanhamento da saúde materna e sabemos que são muitos os desafios que surgem na vida dos futuros pais”, explica Joana Brito, farmacêutica e coordenadora deste projeto.

As Masterclass online decorrem na primeira semana de cada mês e podem ser acompanhadas através do micro site https://gravidezmesames.livewebinar.pt/. Durante as sessões, os especialistas abordam a temática em destaque e respondem a todas as dúvidas dos participantes.

Estas sessões são uma ferramenta útil para qualquer grávida, independemente da fase de gestão em que se encontra. Para prolongar o acesso a todas as informações prestadas das masterclasses, é possível ver e rever estas sessões em diferido.

 

 

Investigação
Um estudo realizado numa cidade italiana, divulgado esta segunda-feira na revista Nature, mostrou que o nível de anticorpos...

Investigadores da Universidade de Pádua e do Imperial College de Londres testaram mais de 85% dos 3.000 residentes da cidade italiana, entre fevereiro e março de 2020, e novamente em maio e novembro desse ano.

A equipa de investigação descobriu que 98,8% das pessoas infetadas em fevereiro e março apresentaram níveis detetáveis de anticorpos em novembro e que não havia diferença entre aqueles que tinham sofrido sintomas de Covid-19 e aqueles que tinham sido assintomáticos.

 

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