Vida saudável
As doenças cardiovasculares são a causa de morte, anualmente, de cerca de 17 milhões de pessoas em todo o mundo. Combater o...

As doenças cardiovasculares são aquelas que afetam o coração (cardio) e os vasos sanguíneos (vasculares), como as artérias, veias e capilares. A causa de praticamente todas as doenças cardiovasculares é a aterosclerose, que consiste num processo que leva à formação e deposição de placas que “entopem” os vasos sanguíneos. Com o tempo, estes depósitos vão-se acumulando e acabam por deixar menos espaço para que o sangue passe, chegando mesmo a poder impedir a sua circulação normal.

Em Portugal, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a principal causa de morte e de incapacidade, sendo que mais de metade da população (55%) tem dois ou mais fatores de risco cardiovasculares. Já o Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM) afeta anualmente 15 mil portugueses.

De acordo com um estudo desenvolvido pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, os principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares que afetam mais de metade dos portugueses, são:

  • Mais de 50% tem excesso de peso ou obesidade;
  • Cerca de 40% tem tensão alta;
  • 25% são fumadores;
  • Mais de um milhão de portugueses têm diabetes;
  • Aproximadamente 30% tem colesterol muito elevado.

A mudança de alguns hábitos que são considerados fatores de risco para o coração estão ao alcance de qualquer um de nós, começando pelo combate ao sedentarismo e com a adoção de estilos de vida mais saudáveis e equilibrados. Descubra 7 dicas que o podem ajudar:

1. Praticar exercício físico com regularidade

Pelo menos 30 minutos por dia e 5 vezes por semana. Não é necessário ir correr nem ir para o ginásio, uma boa caminhada diariamente faz toda a diferença.

2. Alimentação saudável a quase 100%

Consumir furtas, vegetais, fibras e proteínas com regularidade. Evitar o consumo de gorduras, açúcar e sal, principalmente em alimentos pré-preparados (refeições pré-cozinhadas, snacks, conservas, bolos embalados) – estes alimentos devem ser uma fatia muito reduzida da sua alimentação, sendo apenas consumidos em ocasiões pontuais.

3. Evitar o excesso de peso

Através do controlo da gordura abdominal, essencialmente. Se necessário, pedir apoio de um profissional de saúde para o ajudar na construção de uma relação equilibrada com a comida.

4. Controlar a tensão arterial

Medir regularmente a tensão arterial e verificar se os valores estão abaixo dos 140/90 mmHg.

5. Análises regulares ao sangue

Estas análises são importantes para conseguir controlar os níveis de colesterol e perceber se estão dentro dos parâmetros normais. Idealmente o colesterol LDL abaixo dos 130 mg/dl e o HDL acima dos 40 mg/dl. O colesterol total deve rondar idealmente os 190 mg/dl.

6. Não fumar

Evitar os hábitos tabágicos são uma recomendação válida não só para as doenças cardiovasculares, mas também para muitas outras. Se não conseguir sozinho deve pedir ajuda a um profissional de saúde para que de forma gradual consiga deixar de fumar.

7. Evitar, ou tentar reduzir, o stress

Tentar ter horários regulares, rotinas diárias, evitar demasiado tempo seguido a trabalhar são alguns dos conselhos que podem ajudar a reduzir o stress. Algumas pessoas podem também optar por outras práticas que as ajudem como é o caso da meditação, massagens de relaxamento, entre outras.

É importante que toda a família esteja unida na adoção de hábitos de vida mais saudáveis e que trabalhem juntos neste propósito comum. No caso de já existir um histórico de doenças cardiovasculares, a família, para além de ter um papel fundamental na gestão da doença, é também um motor para a adoção de cuidados que ajudem a antecipar futuros problemas ou incidentes cardiovasculares.

Ao optar por uma alimentação mais saudável, pelo combate ao sedentarismo e ao fazer o controlo da tensão arterial e colesterol, a população portuguesa adulta está também a contribuir para que as crianças de hoje se tornem em adultos mais saudáveis no futuro. 

Estudo avalia impacto da pandemia
A pandemia Covid-19 transformou-nos para sempre. Os nossos hábitos e as nossas rotinas mudaram de forma drástica, e é...

Os números foram claros: uma em cada quatro pessoas sente-se deprimida e solitária. Muitos sentem-se sozinhos, não têm ninguém com quem falar ou têm simplesmente medo de falar sobre as suas preocupações.

Apesar de ser expectável que, mais de um ano depois, os inquiridos já estivessem totalmente adaptados ao seu novo “escritório”, a verdade é que muitos colaboradores ainda têm dificuldade em lidar com o confinamento e com este período de grande volatilidade. 

A saúde e o bem-estar devem ser, mais do que nunca, uma prioridade entre as empresas. 64% dos colaboradores afirmaram ansiar por interações pessoais e opções de bem-estar para os manter em boa forma, física e mentalmente.

Os temas mais abordados entre os inquiridos foram:

Dificuldade em manter o equilíbrio trabalho-vida pessoal

Para os colaboradores à distância que partilham um espaço com crianças, parceiros ou colegas de quarto, a linha que separa trabalho e vida pessoal continua a estreitar-se. De facto, os colaboradores à distância estão a trabalhar em média mais 28 horas por mês. Isto pode resultar num princípio de burnout, que afeta já mais de 40% dos colaboradores, quando comparado com o trabalho efectuado num ambiente normal de escritório.

Falta de comunicação e sentido de pertença a uma equipa

Nem todos os colaboradores podem abraçar a vida profissional à distância e, para muitos, 2020 foi a primeira vez que trabalharam a partir de casa durante um longo período de tempo. Para os membros da equipa que vivem sozinhos, o escritório pode ser uma fonte de atividade social e um ambiente que encoraja a produtividade e a motivação. Dados recentes mostram que 20% dos colaboradores que trabalham a partir de casa sofrem de problemas de comunicação.

Falta de rotina

Para os colaboradores que incluem ginásios, estúdios de fitness ou desportos de grupo como parte das suas rotinas de saúde diárias, e que designaremos por “colaboradores desportivos”, o encerramento destas atividades durante os períodos de confinamento foi um enorme desafio para manter a rotina de exercício. Para além disso, mesmo após a reabertura dos estúdios e centros desportivos, muitos têm receio de entrar devido a uma possível infeção. Alguns poderão recorrer a atividades individuais, tais como a corrida, com muitos deles a desistir e a perder as interações sociais que os estúdios oferecem.

Baixa capacidade de atenção e decréscimo da produtividade

Para muitos, o trabalho no escritório e a troca de ideias com colegas aumenta o desempenho. Por outro lado, o escritório em casa pode ser um local de distração, fazendo com que seja mais difícil permanecer motivado. Além disso, os colaboradores podem ter mais receio de contrair infecções e, em vez de se concentrarem no trabalho, estarem absorvidos com as noticias e o que se passa no mundo.

Sentir-se subvalorizado ou não observado

Para os “top performers”, o elogio é um incentivo, mas agora, depois de meses atrás dos ecrãs em casa, os colaboradores têm menos tempo de interação com os seus superiores hierárquicos. Isto significa que alguns dos colaboradores com bons desempenhos podem não sentir-se valorizados e, do ponto de vista estatístico, poderão em breve pertencer aos 65% dos funcionários que afirmam não receber qualquer reconhecimento. Quanto menos elogios, maior o risco de falta de motivação, o que pode resultar na procura de um novo empregador que ofereça oportunidades de valorização e desenvolvimento profissional por parte de alguns membros da equipa.

Deco Proteste
Numa altura em que os portugueses estão a aumentar a prática de desporto, a organização de defesa do consumidor alerta para a...

O desporto tem vindo a ganhar espaço na rotina dos consumidores e há quem opte pela ingestão de suplementos alimentares, de modo a chegar aos seus objetivos de forma mais rápida. Contudo, e de acordo com a DECO PROTESTE, a atividade física só terá os efeitos desejados se for aliada a uma alimentação equilibrada. Por outro lado, existem ainda muitos mitos em torno da prática de desporto, os quais são esclarecidos pela organização de defesa do consumidor.  

Segundo dados publicados em 2020 no Journal of the Internacional Society of Sports Nutrition, 44% dos frequentadores de ginásios inquiridos em Portugal utilizaram, pelo menos, um suplemento alimentar no último ano. As principais razões apresentadas foram o aumento da massa muscular (55,7%), a aceleração da recuperação (52,7%) e a melhoria da performance desportiva (47,3%). Muitas das vezes, a internet e os amigos são as fontes de informação escolhidas pelos consumidores para entrarem no mundo da suplementação. A evidência científica relativa aos efeitos dos suplementos no desporto é escassa e muitas pessoas tomam-nos sem saberem se, de facto, necessitam de o fazer.  

Os suplementos alimentares não passam pelos controlos criteriosos a que são sujeitos os medicamentos. Por esta razão, a DECO PROTESTE aconselha a consulta do médico ou nutricionista para o aconselhamento, mantendo o foco numa alimentação saudável. A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA), recomenda que quem pratica desporto três dias por semana, durante 30 a 40 minutos, deve integrar na sua alimentação 45 a 60% de hidratos de carbono, 20 a 35% de lípidos, 5 a 35% de proteínas. 

Por outro lado, existem ainda muitos consumidores com dúvidas sobre a prática da atividade física, associando-a muitas vezes a uma necessidade de perda de peso. Por esse mesmo motivo, a DECO PROTESTE decidiu esclarecer um conjunto de mitos:  

1. Sou saudável e não preciso de perder peso. Logo não preciso de ser fisicamente ativo. – Falso  

Mesmo que tenha o peso ideal e pareça saudável,  se tiver um estilo de vida sedentário, não será tão saudável quanto poderia. Há pessoas magras com depósitos de gordura no fígado, por exemplo. 

2. É preciso praticar desporto durante muitas horas para obter resultados – Falso. 

Para se manter saudável, o que importa é a soma dos períodos ativos. Para adultos, a Organização Mundial de Saúde recomenda 150 a 300 minutos de atividade física moderada por semanal. Pode parecer muito, mas se integrar 30 minutos de atividade, cinco vezes por semana, já vai corresponder a esta recomendação. 

3. Queima-se mais gordura durante o exercício estando em jejum. Falso 

Comer antes da prática de atividade física pode ajudar, uma vez que dá energia para uma melhor performance. O importante para os resultados é o total de energia gasta e a forma como o corpo reage a isso.  

4. Exercícios físicos à noite prejudicam o sono – Depende 

Recomenda-se evitar atividades vigorosas, pelo menos, uma hora antes de deitar. Durante muito tempo, os especialistas desaconselharam a atividade física à noite. Contudo, estudos recentes concluíram que os exercícios noturnos ajudam a adormecer mais depressa e a ter um sono mais profundo, a não ser que pratique exercício de alta intensidade menos de uma hora antes de adormecer.  

5. Às crianças basta brincar – Falso 

Crianças e jovens dos 5 aos 17 anos devem praticar, pelo menos, 60 minutos diários de atividade física moderada e vigorosa, para assegurarem um desenvolvimento saudável. O tempo em frente ao ecrã é cada vez mais preocupante porque o sedentarismo compromete não só a sua saúde presente como também a futura. 

Para apoiar os consumidores nestas duas áreas, a DECO PROTESTE disponibiliza a plataforma de desporto outdoor FITMAP que apresenta mais de 2 000 espaços exteriores onde é possível praticar exercício físico, disponibilizando ainda informações sobre alimentação saudável e uma listagem de personal trainers certificados. 

"Ventilação, ventilação, ventilação" pilar para a saúde pública!
No âmbito da reunião de peritos realizada ontem, na sede do Infarmed, em Lisboa, a especialista da ARS Norte e do Instituto de...

Esta tem sido uma constante das comunicações que a APIRAC tem insistentemente veiculado junto de várias entidades, nomeadamente do Senhor Presidente da República, de membros do Governo, dos grupos parlamentares e da Direção-Geral da Saúde. Ao longo de mais de ano e meio de pandemia, a APIRAC tem procurado sensibilizar os decisores e a opinião pública sobre o aspeto determinante que constitui a ventilação para a saúde pública.

Como se tem comprovado, e genericamente aceite, o contágio nos espaços fechados é cerca de 20 vezes mais provável do que no exterior. Acresce que cerca de 80% do nosso tempo de vida é passado em espaços fechados: as nossas casas, o nosso emprego, as nossas diversões e até muito do nosso desporto. Importa, assim, analisar de forma simples e racional, o que se pode fazer para que o contágio diminua fortemente no interior desses espaços. Só duas questões se colocam quando encaramos o problema da existência de agentes poluentes no interior dos edifícios. Em primeiro lugar, evitar que qualquer poluente penetre nesse espaço. Em segundo lugar, se o agente poluente ou patógeno foi transportado para o interior ou nele se desenvolveu, é necessário anulá-lo ou expulsá-lo rapidamente para o exterior, reduzindo o mais possível o tempo de exposição.

Para este efeito, a ventilação e extração do ar do espaço em causa, será um dos métodos mais eficazes e mais económicos de o conseguir. Assim, a prática da introdução de ar exterior por sistemas de ventilação/extração em todos os edifícios, seja natural ou forçada, além de obrigatória é fundamental para a saúde, bem-estar e segurança dos seus ocupantes ou utilizadores. A análise do espaço, das obstruções existentes, do tipo de atividade, do caudal de ar mínimo, do local de entradas e saídas do ar, da eficácia de ventilação, da climatização para evitar choques térmicos, são alguns dos requisitos a ter em conta na escolha e implementação de um bom sistema de ventilação.

Para este objetivo a APIRAC instituiu o Selo AR SAUDÁVEL para auditar e certificar as instalações de AVAC que demonstrem acompanhar as regras de saúde adequadas para evitar a contaminação dos espaços climatizados com o SARS-CoV-2, garantindo a sua boa execução e funcionamento. Foi assim que, por exemplo, auditámos o Centro Cultural de Belém e colocámos selos nos principais espaços em que decorreram os trabalhos da Presidência do Conselho Europeu, que como é sabido foi assumida por Portugal ao longo do 1.º semestre de 2021. Esta colaboração vem enquadrada no Protocolo assinado entre a DGS e a APIRAC.

Sinais e estratégias para superar
Estima-se que uma em cada dez pessoas no mundo tenha dislexia, uma perturbação da aprendizagem que,

Quando uma criança é diagnosticada com dislexia a maior preocupação das famílias é que essa perturbação da aprendizagem não seja superada. No entanto, ao contrário do que os pais possam recear, ter dislexia está longe de ser um obstáculo para a realização pessoal e profissional dos filhos no futuro. A terapia especializada e o apoio dos pais são dois suportes essenciais para a criança com dislexia ultrapassar as dificuldades de aprendizagem e tornar a condição numa barreira transponível, em especial se a intervenção for precoce. Por isso, comece por identificar os sintomas de uma condição que se estima afetar 10% da população mundial. 

O que é a dislexia?

É uma condição com origem genética que interfere na maneira como o cérebro processa a linguagem escrita e, muitas vezes, a oralidade. O problema está geralmente associado à leitura e às dificuldades que o cérebro tem de diferenciar fonemas de sílabas, uma vez que região cerebral responsável pela análise e identificação de palavras permanece inativa. Em consequência, a criança disléxica não reconhece palavras que já tenha lido ou estudado. Para ultrapassar esta dificuldade, um aluno disléxico pode apenas precisar de mais tempo para processar a informação e recorrer a estratégias acertadas para lidar com a diferença no processamento cerebral. Ao contrário do que se possa pensar, a dislexia não é sinal de falta de inteligência ou preguiça porque é independente do quociente de inteligência.

Procurar ajuda especializada

A maioria das crianças está apta a aprender a ler em idade pré-escolar ou a partir do primeiro ano do 1ºciclo do ensino básico. No entanto, os alunos com dislexia ainda não podem compreender os conceitos básicos de leitura nessa idade. Assim, se o nível de leitura do seu filho está abaixo do que é esperado para a faixa etária a que pertence ou se detetar outros sinais ou sintomas de dislexia, consulte o seu médico.

Identificar a condição em função da idade

No início da vida escolar, o professor facilmente identifica a dislexia quando o aluno tem uma qualidade de leitura inferior ao nível esperado para a idade e revela outros problemas, tais como:

  • Dificuldades de processamento e compreensão do que ouve;
  • Dificuldade em perceber instruções rápidas;
  • Dificuldade em lembrar-se da sequência de coisas;
  • Dificuldade em identificar e, ocasionalmente, ouvir semelhanças e diferenças entre letras e palavras ou entre outros sinais;
  • Sente dificuldade em aprender uma língua estrangeira.

Na adolescência, as manifestações de dislexia são semelhantes e, à falta de terapia, os dilemas emocionais, como a falta de confiança e autoestima da criança disléxica, tendem a agravar-se.

Primeiras manifestações da dislexia

Apesar de estes sinais poderem estar presentes no percurso académico, é possível identificar a condição em crianças bastante pequenas e iniciar uma intervenção terapêutica precoce, caso manifeste as seguintes situações:

  • Aprendeu a falar tardiamente;
  • Tem dificuldade em pronunciar algumas palavras;
  • Tem dificuldade em entender o que ouve;
  • Tem dificuldade em memorizar;
  • Tem dificuldade em identificar as cores e os números;
  • Tem dificuldade em copiar o próprio nome;
  • Tem dificuldade em aprender formas geométricas, em dar laços e desenhar;
  • Tem um ritmo de aprendizagem de novas palavras lento;
  • Tem distúrbios do sono.

Estratégias para superar

Para que a escola não se torne motivo de stresse e frustração para a criança, o mais importante é encontrar e adotar estratégicas eficazes que lhe permitam ultrapassar as dificuldades na leitura e compreensão, evitando que uma palavra ou uma frase escrita se tornem dificuldades intransponíveis. Alguns testes utilizados pelos professores, no início do primeiro ciclo, ajudam a avaliar a capacidade de compreensão do aluno. Os exercícios de leitura de pequenos excertos de texto e perguntas de compreensão são metodologias pedagógicas essenciais para a construção de uma base sólida para o sucesso na escola. Perante os problemas de compreensão de leitura da criança com dislexia, será necessário recorrer a materiais didáticos adequados, como os audiolivros e desenvolver previamente algumas capacidades de fonética, como ligar as letras aos sons. Depois de poder estabelecer essas conexões, o aluno vai ser capaz de identificar o significado da palavra individualmente sem que pareça nova ou desconhecida e, em seguida, descodificar o sentido de frases completas.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites
No dia em que mundialmente se assinala a luta contra as hepatites, a Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG) alerta que...

Considera-se que a prevalência possa estar a atingir cerca de 100 mil portugueses que estarão infetados pelo vírus B ou C. Em Portugal, por identificar, só pelo vírus da hepatite C, (VHC) estima-se que ronde os 40 mil portugueses. No mundo, 350 milhões pessoas infetadas com o vírus da hepatite B e 75 milhões com hepatite C, números que revelam o peso das hepatites víricas varia consoante as zonas do globo.

A hepatite é uma inflamação das células do fígado, que pode ter várias causas, como o álcool ou alguns medicamentos e particularmente os cinco vírus: A, B, C, D e E. O fígado tem uma função vital do aparelho digestivo e, no caso de inflamação ou lesão, leva à diminuição da sua função. As hepatites B e C são as mais prevalentes e mais graves, por poderem evoluir, quando não tratadas, para cirrose e cancro do fígado.

Em Portugal, a doença hepática vírica tem um peso significativo quer em termos individuais, com implicações na qualidade de vida dos doentes, quer pelo impacto social e económico. Uma vez que as hepatites resultam, numa significativa percentagem, em doença crónica avançada (a cirrose), esta situação conduz ao aumento de cuidados hospitalares e consequentemente ao incremento da despesa em saúde. Guilherme Macedo, presidente da SPG adianta que “a eliminação da hepatite C em Portugal vai ter um enorme impacto favorável também sob o ponto de vista económico a curto, medio e longo prazo”.

Resultante da forma de transmissão do vírus C nasce estigma social associado a este vírus. A transmissão acontece sobretudo por via sanguínea, sendo que a maioria das pessoas o adquire através da partilha de agulhas, seringas e outro material contaminado usado para consumo de drogas. Existem, no entanto, pessoas infetadas fora destes grupos de risco. São na sua grande maioria infeções silenciosas. “O problema do estigma é bidirecional”, esclarece Guilherme Macedo, e acrescenta que “se por um lado, os indivíduos com hepatite C sentem-se descriminados, por outro, a sociedade, considera que este é um problema de uma população marginal. São dois vetores que condicionam a identificação e consequentemente o tratamento e cura da hepatite C. As hepatites não são um problema de nicho populacional, mas sim um desafio global.”, explica Guilherme Macedo.

A SPG tem um papel fundamental na resolução deste problema. Por um lado, deve continuar a mobilizar e estimular os seus parceiros médicos, das diferentes especialidades, lembrando que a luta pela eliminação não foi interrompida. E, por outro lado, promover a compreensão da dimensão e da importância das hepatites na sociedade contribuindo para uma melhor literacia pública sobre este assunto e mobilizando todos os portugueses a realizarem testes de rastreio.

Assim, através do rastreio e do tratamento que apresenta taxas de cura superiores a 97%, é possível a eliminação desta pandemia até 2030, e cumprir a meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde contratualizada com dezenas países, incluindo Portugal.

 

Sob o tema "Proteger o Aleitamento Materno"
Entre 1 e 7 de agosto, o Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira assinala mais uma vez (2021) a Semana Mundial do...

“Num ano sobejamente marcado pelos desafios que a pandemia da covid-19 veio impor à comunidade global, garantir a sobrevivência, a saúde e o bem-estar de todos revela-se mais importante do que nunca. Nesse sentido, “PROTEGER O ALEITAMENTO MATERNO”, base da vida e fator promotor de sobrevivência, saúde, nutrição e segurança alimentar, tanto em situações normais, como em situações de crise, é o desígnio central da edição de 2021 e uma responsabilidade de todos, à qual o CHUCB não poderia deixar de estar associado”, revela o centro hospitalar em nota de imprensa.

Com este propósito, a Equipa de Enfermagem do Serviço de Obstetrícia e Ginecologia do CHUCB, vai promover diversas ações de informação, articulação e esclarecimento, que visam “alertar a comunidade e as instituições para a real importância de proteger e apoiar o aleitamento materno, no intuito de melhorar a saúde coletiva e garantir o bem-estar de mulheres, crianças e nações”

Entre as ações programadas e em curso ao longo desta semana, destacam-se a apresentação on-line da iniciativa e transmissão do filme “Estratégias de Suporte ao Aleitamento Materno no CHUCB” - via facebook institucional, dia 2 de agosto às 10h30 e a distribuição/difusão de materiais gráficos e multimédia alusivos ao aleitamento materno, no Hospital Pêro da Covilhã e Hospital do Fundão.

Por outro lado, vai decorrer ainda a “exposição de um Mural de Fotografias alusivas ao tema, nos átrios principais do Hospital Pêro da Covilhã e Hospital do Fundão”.

No dia 4 de agosto terá ainda lugar a realização do Webinar: “Amamentação e Vinculação”, com transmissão pública, no facebook institucional do CHUCB às 11h00.

 

Estudo internacional
Os dados de um estudo internacional, agora divulgado, vem mostrar que as pessoas com Doença de Crohn (DC) e fístulas perianais...

As fístulas perianais são uma complicação grave e incapacitante da Doença de Crohn (DC), uma doença inflamatória crónica que afeta principalmente o trato intestinal e que está associada a uma diminuição da qualidade de vida dos doentes. Em pessoas adultas com DC, a incidência cumulativa de fístulas perianais estima-se que seja 15%, 21-23% e 26-28% após cinco, 10 e 20 anos, respetivamente. No entanto, foram conduzidos poucos estudos para avaliar a perspetiva das pessoas que vivem com esta condição.

Para perceber o impacto desta condição em muitos aspetos da vida, o questionário realizado explorou tópicos em diversas áreas. Os resultados mostram um impacto significativo na vida profissional e social, assim como as fístulas perianais tiveram um impacto ainda mais negativo na capacidade de as pessoas com DC praticarem desporto, trabalharem, terem relações pessoais e vida sexual. 37,4% das pessoas com DC e fístulas perianais afirmaram que não conseguiam praticar desporto, comparado com 25,7% de pessoas com DC sem fístulas perianais.

Quando questionados sobre a atividade sexual, 26,4% das pessoas com DC e fístulas perianais evitaram ter relações sexuais, 6,9% terminaram relacionamentos e 5,5% evitaram novas relações devido à sua condição. Perto do dobro do número de pessoas com DC e fístulas perianais quando comparado com pessoas com DC sem fístulas perianais (14,3% vs 8%) admitiram ter mudado de profissão devido à sua condição.

Adicionalmente, o estudo revelou que pessoas com DC e fístulas perianais têm mais dificuldades em falar sobre a sua condição com outros, o que provoca um impacto negativo nos seus relacionamentos.

“Estamos orgulhosos por termos realizado este estudo para avaliar o impacto das fístulas perianais na qualidade de vida na perspetiva única dos doentes”, afirma Luisa Avedano, CEO da Federação Europeia das Associações de Crohn e Colite Ulcerativa (EFCCA). “Os resultados reforçam o que há muito suspeitávamos: que as fístulas perianais afetam muito significativamente a vida das pessoas com a doença de Crohn. Os resultados vão-nos ajudar a trabalhar para capacitar as pessoas com doença de Crohn e que vivem com fístulas perianais, o que contribuirá para a melhoria da qualidade de vida.”.

Ana Sampaio, Presidente da Associação Portuguesa da Doença Inflamatória do Intestino (APDI), reforça a importância dos resultados do estudo e refere "As pessoas que vivem com Crohn Fistulizante sofrem um grande impacto na sua qualidade de vida. Para abordar o tema lançamos no canal APDI do Youtube duas entrevistas. Uma entrevista com a Dra. Paula Ministro, Presidente de GEDII e gastrenterologista, e outra com Luis Melo, que vive com esta realidade e é um exemplo de como dar a volta à DII".

De acordo com Paula Ministro, Presidente do Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal (GEDII), “O impacto das doenças crónicas na qualidade de vida dos seus portadores é um aspeto premente ao qual nem sempre foi dada a devida atenção. O estudo acima citado apresenta dados concretos sobre o impacto negativo que a localização perianal tem na qualidade de vida dos doentes com Doença de Crohn (DC). A população estudada foi abrangente, proveniente de vários continentes, ressalvando a participação Portuguesa com 93 doentes. O Grupo de Estudos de Doenças Inflamatórias do Intestino (GEDII) congratula os autores e as associações de doentes, EFCA e APDI, pela colaboração na realização do estudo. A localização perianal afeta até ¼ dos doentes com DC, é considerada um fator associado a uma evolução menos favorável da doença e afeta negativamente a qualidade de vida dos seus portadores com impacto no domínio pessoal, profissional e social. O resultado do estudo alerta para a necessidade de diagnóstico, tratamento e seguimento adequado destes doentes. A terapêutica da DC de localização perianal é complexa, exige interação médico-cirúrgica especializada e conhecimento aprofundado das alternativas terapêuticas.  Os objetivos da terapêutica visam evitar as complicações, o dano irreversível de estruturas nobres como o esfíncter anal, o qual é responsável pela continência de fezes e gases, bem como melhorar a qualidade de vida dos doentes.”

É um dever ético “alertar para o risco de vacinar indiscriminadamente crianças e jovens"
A Direção Geral da Saúde ainda não se pronunciou, mas o Governo já veio anunciar que o país está pronto para começar a vacinar...

Numa posição conjunta, recentemente divulgada, um conjunto de médicos refere não ser eticamente aceitável que, “alegando o objetivo de proteger os mais idosos, se tome a decisão da vacinação para a COVID-19 em idade pediátrica, que não tem benefícios neste grupo etário”.

Segundo os mesmos, “o conceito de imunidade de grupo na atual situação não tem pressupostos científicos sólidos e nem sequer faz sentido, uma vez que os idosos e toda a população de risco em Portugal, já teve acesso à vacinação”. Assim alegam que “a proteção das crianças e adolescentes é um dever médico, em consonância com os princípios bioéticos da não maleficência (o dever de não causar mal) e o princípio da precaução (na ausência de certeza científica formal, a existência de risco de um dano sério ou irreversível requer a implementação de medidas que possam prever este dano)”.

Recusando que esta medida tenha em conta “o interesse superior da criança”, relembram que as vacinas de mRNA para a Covid-19 “podem causar miocardites e pericardites, muito particularmente abaixo dos 30 anos de idade, como foi recentemente alertado pelos Centro de Controle de Doenças americano (CDC), Agência Europeia do Medicamento (EMA) e pelo INFARMED em Portugal”.

A ocorrência destes casos de doença inflamatória do coração que necessitaram de tratamento hospitalar, e cujas sequelas a longo prazo não se conhecem, embora raros, foi “um primeiro sinal de alerta e é razão de enorme preocupação porquanto as crianças e adolescentes, a serem vacinados, serão expostas ao risco de reações adversas graves”.

A verdade é que estas vacinas ainda não estão aprovadas, detêm apenas uma autorização de uso condicional, enquanto se desenvolvem e completam os estudos necessários para verificar a sua segurança e eficácia, a curto, médio e longo prazo.

De acordo com Jacinto Gonçalves, Cardiologista e Vice-presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, sendo “o desenvolvimento das vacinas uma das maiores conquistas da medicina moderna (…) “não é de estranhar que elas tenham ocupado um lugar central na estratégia adotada para combater a atual pandemia”, no entanto, sublinha que o facto de terem sido desenvolvidas num tempo muito reduzido, “fruto da grave situação de emergência que se vivia”, não permitiram a realização completa de estudos de segurança. “Por essa razão, estas vacinas receberam uma autorização condicional de utilização, em vez de uma aprovação”, afirma.

“Nos indivíduos com fatores de risco elevado a vacina reduziu de modo consistente a mortalidade e a gravidade da expressão da doença em caso de infeção. Não consegue, porém, cortar completamente a cadeia de transmissão porque indivíduos vacinados com as duas doses podem ser infetados. Se em grupos de alto risco, como por exemplo - idade avançada, obesidade, hipertensão arterial, diabetes ou imunodeficiência – uma vacina ainda em fase “condicionada” se justifica, para reduzir a mortalidade e a gravidade da doença, a vacinação em grupos de muito baixo risco deve ser adiada até haver bases científicas sólidas que fundamentem uma decisão. É o caso das crianças e adolescentes nos quais a doença é ligeira e frequentemente assintomática, mas em que a vacinação se associou à ocorrência de miocardites e pericardites”, acrescenta ainda.

Embora se tratem de ocorrências raras, desconhecem-se as suas consequências a médio e longo prazo.

Para o Vice-presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, é um dever ético “alertar as autoridades, a população em geral e em particular os pais e avós para o risco de vacinar, indiscriminadamente, crianças e jovens contra a Covid-19. Nas situações em que coexistam outras doenças que aumentem o risco de expressão grave da infeção, a decisão de vacinar a criança deve ser ponderada pelo pediatra”.

“As crianças e jovens já fizeram tudo o que podiam para ajudar no controlo duma pandemia que não os afeta diretamente, com prejuízos imensos da sua saúde mental, educação e bem-estar. A vacinação seria mais um sacrifício, perigoso e sem benefício, que não deve ser imposto socialmente por medidas de limitação de liberdades constitucionalmente garantidas aos cidadãos em Portugal”, salienta o comunicado.

 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados mais de 2300 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e seis mortes em território nacional. O...

A região de Lisboa e Vale do Tejo voltou a ser aquela que mais mortes registou, nas últimas 24 horas, em todo o território nacional: quatro de seis. Seguem-se as regiões Norte e Centro com uma morte cada, a assinalar, desde o último balanço.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 2.316 novos casos. A região Norte voltou a contabilizar a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 920. A região de Lisboa e Vale do Tejo 835 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 283 casos na região Centro, 66 no Alentejo e 147 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais 31 infeções e 34 nos Açores.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 928 doentes internados, mais nove que ontem.  As unidades de cuidados intensivos têm agora 200 doentes, mais dois desde o último balanço.

O boletim desta terça-feira mostra ainda que, desde ontem, 5.051 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 888.423 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 51.255 casos, menos 2.741 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 457 contactos, estando agora 80.227 pessoas em vigilância.

 

Como tratar a transpiração dos pés
A hiperhidrose é uma doença em que ocorre sudorese excessiva.

Muitas pessoas com hiperhidrose suam excessivamente de uma ou duas áreas do corpo. O mais frequente é isto ocorrer nas palmas, plantas, axilas ou face, enquanto o resto do corpo permanece seco.

Como é que os dermatologistas tratam a hiperhidrose?

O tratamento depende do tipo de hiperhidrose e do local onde a sudorese excessiva ocorre. O dermatologista também decide de acordo com o estado de saúde geral e outros fatores.

Os tratamentos que os dermatologistas usam para ajudar os pacientes a controlar a hiperhidrose incluem:

Anti-perspirante

Podem ser a primeira opção de tratamento. Atuam causando um preenchimento das glândulas sudoríparas que dá um sinal ao organismo para deixar de produzir tanto suor.

É possível causarem sensação de queimadura e pele irritada.

Iontoforese

Este método permite fazer o tratamento em casa mediante a compra de um aparelho de eletroforese.

A corrente elétrica permite encerrara as glândulas sudoríparas temporariamente. Implica fazer 2 a 3 tratamentos por semana com 20 a 40 minutos de duração por tratamento. Habitualmente os resultados surgem ao fim de 6 a 10 tratamentos. Depois são necessários tratamentos de manutenção.

Pode ocorrer desconforto, pele irritada e seca. Só é eficaz nas formas mais ligeiras.

Injeções de toxina botulínica

Os dermatologistas utilizam uma forma diluída de toxina botulínica para tratar a hiperhidrose.

No caso da hiperhidrose axilar, são aplicadas múltiplas injeções superficiais nas axilas bilateralmente. Quando realizadas adequadamente o paciente não sente dor nem tem efeitos secundários

Também pode ser utilizada para tratar a hiperhidrose das mãos e pés, embora seja necessária anestesia troncular prévia.

As injeções bloqueiam de forma temporária um químico que estimula as glândulas sudoríparas. Os resultados notam-se ao final de 4 dias e duram 4 a 6 meses. Quando a sudorese volta a aumentar pode-se repetir o tratamento.

Medicamento anticolinérgico

Alguns doentes podem ser tratados com um medicamento que temporariamente inibe a sudorese.

Tem, no entanto, efeitos sistémicostais com boca seca, olhos secos, alteração da visão e alterações do ritmo cardíaco. Os efeitos secundários aumentam com doses maiores.

Cirurgia

Se os tratamentos prévios falharem, pode-se equacionar a cirurgia. Esta é permanente e acarreta riscos.

Existem duas cirurgias possíveis:

  1. Remoção cirúrgica das glândulas sudoríparas – para tratamento da hiperhidrose axilar

  2. Simpaticectomia (secionar a inervação das glândulas sudoríparas) – sobretudo para tratamento da hiperhidrose palmar

As cirurgias podem ter complicações, sendo que uma complicação frequente da simpaticectomia (30%) é a hipersudorese compensadora, ou seja, ficar a suar excessivamente de outras áreas do corpo.

Tratamento com máquina de energia eletromagnética

Esta energia eletromagnética permite destruir as glândulas sudorípara em 1 ou 2 tratamentos. Apenas serve para tratar as axilas.

É um tratamento recente. Não se sabe ainda ao certo quanto tempo dura

Conclusão

Se procurara uma consulta de dermatologia a maioria das pessoas encontra um tratamento que consegue controlar eficazmente a sudorese excessiva. Isto acarreta uma grande melhoria na qualidade de vida.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Entrega de candidaturas decorre até ao dia 15 de dezembro de 2021
A Associação “Portugal AVC – União de Sobreviventes, Familiares e Amigos”, está a lançar o prémio de jornalismo para trabalhos...

Trata-se de um total de 4500 euros a distribuir pelas diferentes categorias de rádio, televisão e imprensa (papel ou digital), que tem como objetivo incentivar e reconhecer o interesse e qualidade dos trabalhos jornalísticos na área da saúde, em Portugal, particularmente debruçando-se sobre a realidade de quem sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Os trabalhos a concurso devem ser entregues à Portugal AVC em formato eletrónico, para o email [email protected], até ao dia 15 de dezembro de 2021.

O Prémio destina-se a todos os jornalistas residentes em Portugal Continental e nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores cuja peça jornalística tenha sido exibida/disseminada na Imprensa (papel e/ou digital), em Rádio ou em Televisão, entre os dias 20 de abril de 2020 e 30 de novembro de 2021 (abrangendo também o Dia Nacional do Doente com AVC – 31 de março e o Dia Mundial do AVC – 29 de outubro).

O AVC é a 1ª causa de morte em Portugal e, sobretudo, de incapacidade em Portugal, deixando sequelas no doente que importa destacar.

É importante destacar o tema da reabilitação após o AVC, considerando que deve iniciar-se logo após o AVC, sem sofrer interrupções porque dessa reabilitação pode depender a melhor recuperação de sequelas sofridas, com reflexos na qualidade de vida dos sobreviventes e suas famílias, e mesmo nos custos sociais e económicos (inclusive para o SNS e para a Segurança Social).

Essa reabilitação deve poder ser coordenada e multidisciplinar, assim como o acesso aos cuidados de reabilitação devem ser equitativos por todo o país, verificando-se hoje em dia discrepâncias no acesso conforme o local do país.

 

 

Medical Cannabis Europe
A Stepwise Pharma & Engineering e o Laboratório de Estudos Farmacêuticos (LEF), vão promover nos dias 16 e 17 de setembro,...

Dirigido a profissionais e investidores da indústria da canábis medicinal, a farmacêuticos, outros profissionais da industria farmacêutica e da saúde e a todos os que possam ter interesse nesta temática, este evento vai contar com a presença de, Eduardo Nogueira Pinto, Sócio e Responsável do Departamento de Saúde,  Ciências da Vida e Práticas Farmacêuticas da PLMJ, Pedro Lomba, Sócio e Responsável do Departamento de Tecnologia, Mobilidade e Comunicações da PLMJ , Lukas Röth, Co-Fundador da CSCLife, Tobias Viegener, Co-Fundador da CSCLife, Sérgio Bagulho, Responsável de Segurança da TAP e ANF, Amit Edri, Co-Fundador e CEO de Portocanna, Carlos Lacava, Vice-presidente da Federação Internacional de Farmacêuticos (FIP), Graça Flores, Responsável de  Compliance na Cleaver Leaves, Pauric Duffy, Fundador da Holigen, Vera Broder, CEO Portugal da MediCane Health Incorporated, Aldo Vidinha, CEO da Stepwise Pharma & Engineering, Nuno Santos, Responsável do Departamento da qualidade na Stepwise Pharma & Engineering, Fátima Godinho Carvalho, Diretora Técnica e Diretora Executiva do LEF e Ana Brízio, Responsável do Departamento de Controlo de Qualidade e Diretora Técnica do LEF. Também confirmou presença no evento a empresa canadiana, GrowerIQ.

Durante os dois dias da conferência serão debatidos vários temas relacionados com as preparações e substâncias à base da planta da canábis para fins medicinais, nomeadamente, Legislação da Canábis Medicinal; Visão geral do mercado Europeu; Submissão e Pedidos de Licenças; Rastreabilidade dos Produtos; Boas Práticas de Cultivo, Fabrico e Distribuição; Medidas de Segurança associadas à Canábis Medicinal; e Sistema de Qualidade.

Esta conferência, em formato presencial, tem como principal objetivo promover o networking entre as principais empresas do setor pelo que o programa da conferência foi concebido para promover estes períodos, durante os momentos de coffee break, períodos alargados de almoço, momento de Wine & Cheese de duas horas no final do primeiro dia da conferência e por último um painel especial de partilha de experiências em auditorias e inspeções, no segundo dia de conferência, onde os oradores irão debater os principais desafios encontrados.

Nesta conferência haverá também espaço para que as empresas patrocinadoras do evento possam ter contacto com os participantes, permitindo a investidores, especialistas da área e interessados na temática interajam com empresas de serviços de engenharia especializada na área do canábis medicinal, de equipamentos e tecnologias de cultivo, produção e laboratório, serviços de pesquisa e desenvolvimento de novos processos, entre outras.

Medida preventiva mais eficaz passa por eliminar o consumo de tabaco
Os dados da World Health Organization (WHO) estimam cerca de 5,415 mil novos casos de cancro do pulmão em 2020, representando a...

“Para além de constituir o cancro mais frequente no mundo, a incidência do cancro do pulmão aumenta a um ritmo de 0.5% por ano, o que significa que é preciso reforçar a sensibilização para este tipo de cancro, travando esta projeção”, esclarece Teresa Almodôvar, presidente do GECP.

A maioria dos doentes são diagnosticados em estado avançado, uma vez que o tumor pode desenvolver-se durante bastante tempo sem dar sintomas. Apesar dos tratamentos inovadores que têm surgido nos últimos anos permitirem aumentar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida destes doentes, “a aposta na prevenção deve ser prioritária”.

“A incidência é três vezes superior nos homens que nas mulheres, mas com tendência para aumentar nas mulheres e estabilizar nos homens, refletindo os hábitos tabágicos da nossa sociedade”, explica a especialista.

Sabe-se que o tabaco é o principal fator de risco para o cancro do pulmão, já que 85 dos novos casos são detetados em pessoas que fumam ou fumaram. Assim, “somente com a eliminação do tabagismo é que os casos de cancro do pulmão podem ser reduzidos. Para apostar na prevenção do cancro do pulmão temos de começar pela cessação tabágica”, adianta a médica pneumologista. “Mesmo após o diagnóstico de cancro do pulmão, deixar de fumar faz toda a diferença”, acrescenta, “pois vai diminuir as queixas de tosse, falta de ar e cansaço, vai melhorar o estado nutricional da pessoa com cancro pulmão, vai permitir melhor tolerância aos tratamentos e ainda evitar o aparecimento de outras doenças e outros cancros”.

A especialista explica ainda que, para além do tabaco, “a contaminação ambiental, alterações moleculares também podem ser fatores de risco para cancro do pulmão,”. Sem esquecer o envelhecimento que representa, como em todos os cancros, um fator de risco. A este propósito, Teresa Almodôvar comenta que “embora a mediana de idade dos doentes com cancro do pulmão seja cerca 70 anos, em adultos jovens a patologia está a aumentar”.

É este o desafio lançado pelo GECP a todos os fumadores: “procurar ajuda especializada para eliminar totalmente a dependência do tabaco”, prevenindo o cancro do pulmão, mas não só, “melhorando todos os parâmetros de saúde e prevenindo o aparecimento de múltiplas doenças crónicas e agudas”.

Investigação
Um estudo levado cabo por várias instituições espanholas, nomeadamente a Universidade de Barcelona, identificou duas novas...

O estudo, publicado em Frontiers in Imunology, analisou a presença de variantes mais graves em 14 jovens entre os 30 e os 45 anos sem historial médico, que necessitaram de suporte respiratório artificial no decurso da doença Covid-19.

Dois dos pacientes que participaram no estudo possuíam duas novas variantes, até agora desconhecidas, do gene TLR7. Alterações que foram também encontradas nos irmãos do sexo masculino destes doentes e que também haviam sofrido de formas graves de Covid-19.  

"Diagnosticar deficiências no TLR7 pode, não só, ajudar-nos a escolher o melhor tratamento para o paciente, como também nos pode ajudar a identificar os doentes pré-assintomáticos em risco e a realizar pesquisas terapêuticas prematuras", disse o responsável pelo grupo hereditário do Cancro Dadó e da ICO, Conxi Lázaro.

Em julho de 2020, a relação entre mutações do gene TLR7 e Covid-19 grave em dois pares de irmãos foi descrita pela primeira vez, resultados que foram replicados num estudo italiano em que se observou que 2,1% dos homens com menos de 60 anos com casos graves eram portadores de variantes patológicas do TLR7.

O gene que codifica o TLR7 está localizado no cromossoma X, do qual as mulheres têm duas cópias e os homens apenas um, pelo que para a função do recetor ser afetado nas mulheres é necessário que as duas cópias sejam alteradas, enquanto nos homens a mutação na única cópia já produzem alterações funcionais.

"Estas descobertas reforçam o papel fundamental do TLR7 no reconhecimento de Sars-CoV-2 e no início de uma resposta imunitária antiviral precoce", explicou o investigador principal da Idibell, Xavier Solanich, citado pelo jornal El Mundo.

 

Conselhos
Dia após dia, os pés suportam o peso do nosso corpo e, por serem o nosso ponto de contacto com o sol

Se várias são as profissões que implicam que os colaboradores estejam sentados à secretária durante as várias horas do dia, podendo o sedentarismo traduzir-se em impactos significativos na mobilidade da pessoa e na saúde dos seus pés, várias são as atividades profissionais que envolvem ficar em pé ou caminhar em superfícies duras por longos períodos. O que está, por exemplo, associado a um maior risco de fasceíte plantar, uma condição dolorosa que se deve à inflamação da fáscia plantar, uma banda de tecido fibroso que liga o calcanhar aos dedos. Por vezes, o trabalho poderá ainda exigir o uso de sapatos de salto alto, que conduzem a um aumento da pressão na parte da frente do pé, ou o uso de calçado apertado ou bicudo que, além das dores, pode potenciar o aparecimento de bolhas, calosidades, unhas encravadas, joanetes e deformações nos dedos.

Contudo, apesar das férias significarem possivelmente dias de descanso, o verão não significa que esteja imune ao surgimento de problemas podológicos. Pelo contrário, com uma maior exposição dos pés, o aumento das temperaturas e a alteração das nossas rotinas, os riscos aumentam e os cuidados a ter com os nossos pés também.

Sendo esta a época do ano mais propícia ao surgimento de micoses, face ao risco de concentração de transpiração no calçado e à tendência de passarmos os dias nas praias e piscinas, sítios que facilitam a proliferação de fungos, é crucial evitar o seu contágio através do contacto direto com a pele infetada ou com superfícies ou objetos contaminados, tendo o cuidado de utilizar chinelos nas zonas de banho e de não partilhar objetos de higiene ou de cuidado pessoal, como toalhas, corta-unhas, meias e calçado. Por outro lado, é preciso contrariar o desenvolvimento de condições favoráveis à sua proliferação, privilegiando um calçado arejado e que permita a ventilação do pé, como sandálias, de preferência, em pele.

Manter uma higiene cuidada, que inclui lavar os pés diariamente com água morna e um sabão de pH neutro, bem como secá-los com uma toalha macia, sem esquecer os espaços entre os dedos, trocar de meias, sempre que estas estiverem húmidas, para prevenir a concentração de humidade e o desenvolvimento de fungos e bactérias, recorrer a antitranspirantes e antissépticos e ainda colocar o calçado a arejar, num local ventilado, são medidas essenciais.

Na sequência de uma barreira lipídica comprometida, que não é capaz de reter água suficiente, a pele seca manifesta-se como áspera, irritada e sem flexibilidade. Os pés estão entre as partes do corpo mais frequentemente afetadas, existindo fatores instigadores, tais como mudanças sazonais, ar seco e contacto prolongado com a água, na sequência de banhos prolongados no mar, rio e piscina, que removem os óleos naturais que compõem a barreira da pele. Adicionalmente, a vulnerabilidade da pele seca pode representar riscos para a saúde, uma vez que esta torna-se frágil e perde elasticidade, podendo levar ao aparecimento de fissuras, especialmente em torno do calcanhar, que, em casos mais graves, podem causar dor e inflamação e que funcionam como uma porta de entrada para agentes patogénicos. Neste sentido, prevenir as queimaduras solares, tomar um duche com água doce, depois de um mergulho, e aplicar diariamente um creme ou loção hidratante é fundamental.

Os pés são também sensíveis à excessiva exposição solar, muito pelo facto de estarem “escondidos” a maior parte do ano pelo uso de calçado fechado. Assim, para evitar queimaduras solares, é necessário evitar a exposição ao sol nas horas de maior calor e aplicar protetor solar, com fator elevado de proteção, nos pés.

Alguns hábitos de verão podem também ser prejudiciais, tais como: a utilização regular/diária de chinelos de dedo, que pode potenciar a inflamação da fáscia plantar e o surgimento de problemas nos joelhos, ancas ou costas; utilizar verniz nas unhas dos pés por mais de 15 dias; e o uso de sapatos sem meias, dado que estas protegem os pés das bolhas e da fricção do pé contra o sapato e contribuem para o controlo da humidade.

Não comprometa as suas férias! Siga estes cuidados e vigie diariamente os seus pés e unhas. Além do aparecimento de manchas, vermelhidão, prurido (comichão) e mau odor, que podem ser sinais de micoses no pé, deve ficar atento ao surgimento de bolhas, descamação, calosidades, fissuras e feridas, bem como observar regularmente a coloração, formato e textura das suas unhas. Lembre-se de que a deteção atempada de alterações, permite um diagnóstico precoce e um acompanhamento adequado, por parte do seu Podologista.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Para farmacêuticos
A pandemia Covid-19 veio expor as fragilidades dos sistemas de saúde em todo o mundo, colocando em causa a capacidade de...

Em nota de imprensa as duas entidades esclarecem que o cancro do pulmão "é um dos tumores mais prevalentes em Portugal, com mais de 5.000 novos casos por ano, e com a maior taxa de mortalidade". "Embora a sobrevivência dos doentes com cancro do pulmão tenha aumentado e, inclusivamente, hoje se possa observar que, ao final de cinco anos, a sobrevivência dos doentes pode ser muito superior, a pandemia voltou a colocar obstáculos a estes avanços. O adiamento de consultas e da realização de exames, bem como o receio de procurar aconselhamento médico conduziram a diagnósticos bastante tardios deste carcinoma, reduzindo as opções de tratamento", escrevem. 

Valorizando o papel do farmacêutico, que muitas vezes representa o primeiro contacto do doente com um profissional de saúde, a MSD Portugal, em parceria com a Escola de Pós-graduação em Saúde e Gestão da ANF, levou a cabo uma sessão de formação online, sob o tema “Cancro do Pulmão: como pode o farmacêutico mudar a vida do doente”, que contou com mais de 300 participantes. 

Nesta sessão, Fernando Barata, diretor do Departamento de Oncologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, teve a oportunidade de explicar a importância da deteção precoce dos sinais e sintomas do cancro do pulmão, mas também de dotar a assistência de mais conhecimento sobre a prevalência, os fatores de risco e os tratamentos desta condição oncológica.

"Reconhecer os sinais e sintomas do cancro do pulmão é o primeiro passo para chegar ao diagnóstico clínico. Muitas vezes, decorre um longo período entre o surgimento destes sinais e a consulta com o médico de família ou de especialidade. É nesta fase inicial que os farmacêuticos podem desempenhar um papel absolutamente diferenciador, referenciando os doentes para os cuidados médicos", sublinha-se em comunicado. 

 

Estudo
Segundo uma análise multi-hospitalar a segunda dose da vacina Covid-19 baseada na tecnologia de mRNA foi bem tolerada entre...

As estimativas mostram que as reações alérgicas, após a administração de uma vacina com um produto de mRNA contra a Covid-19, atingem 2% das pessoas vacinadas, e a anafilaxia até 2,5 em cada 10.000 pessoas.

Para examinar se é seguro administrar uma segunda dose deste tipo de vacina após uma reação à primeira dose, uma equipa de investigadores do MGH, Vanderbilt University Medical Center, Texas Southwestern University Medical Center e Yale School of Medicine combinou dados de pacientes que procuraram cuidados de alergologia nos seus hospitais.

Segundo o coautor deste estudo, Matthew S. Krantz do Vanderbilt University Medical Center, "estas reações incluíam sintomas como comichão, urticária ou vermelhidão. Todos os pacientes incluídos foram aconselhados por especialistas em alergologia após a sua reação à primeira dose".

Entre os 189 vacinados estudados, 32 (17%) experimentaram anafilaxia após a primeira dose de vacina. Um total de 159 doentes (84%) recebeu a segunda dose. Todos os 159 doentes, incluindo 19 indivíduos que tinham sido submetidos a anafilaxia com a primeira, toleraram bem a segunda dose. Trinta e dois doentes (20%) relataram sintomas imediatos e sintomas alérgicos associados à segunda dose, embora fossem leves e autolimitados, ou resolvidos com anti-histamínicos.

"Um aspeto importante deste estudo é que estas reações à vacina de mRNA de início imediato podem não ser mecanicamente causadas por alergia clássica, chamada hipersensibilidade imediata mediada por igE ou hipersensibilidade. Para a alergia clássica, a reposição ao alergénio causa os mesmos ou ainda piores sintomas", diz a coautora Kimberly G. Blumenthal, codiretora do Programa de Epidemiologia Clínica no âmbito da Divisão de Reumatologia, Alergia e Imunologia da MGH.

As conclusões do estudo sugerem que é seguro para a maioria das pessoas receber uma segunda dose da vacina de mRNA, diz outra coautora do estudo, Aleena Banerji, que é diretora clínica da Unidade de Alergia e Imunologia Clínica do MGH. "Após reações à primeira dose, os especialistas em alergologia podem ser úteis para ajudar a orientar as avaliações de risco/benefício e completar uma vacinação com segurança."

Reino Unido
Resultados de um novo estudo – PITCH - divulgados na passada sexta-feira, sugerem que o alargamento do intervalo entre as doses...

Estudos fundamentais da Comirnaty utilizaram um calendário de dosagem de quatro semanas, mas o Comité para a Vacinação e Imunização do Reino Unido (JCVI) recomendou mais tarde o alargamento desse intervalo até 12 semanas num esforço para aumentar o abastecimento. Na altura, pesquisas preliminares também sugeriram que o alargamento do tempo entre doses aumentava a resposta imunitária. A orientação foi alterada recentemente para oito semanas, uma vez que os casos associados à variante Delta continuaram a aumentar no Reino Unido.

Na mais recente análise, os investigadores analisaram 503 profissionais de saúde no Reino Unido e compararam os intervalos de dosagem para o Comirnaty. Os resultados mostraram que em pessoas que tinham uma mediana de 10 semanas entre doses, os anticorpos caíram ao longo das 10 semanas após a primeira dose, mas os níveis de células T foram bem conservados.

No entanto, o intervalo de dosagem mais longo resultou em anticorpos neutralizantes duas vezes mais elevados contra todas as variantes Covid-19 testadas, incluindo a Delta, em comparação com o intervalo mais curto em que as doses receberam uma média de 3,4 semanas de intervalo. Os cientistas notaram que, embora os números absolutos de células T para a proteína do pico fossem mais baixos após o intervalo longo em comparação com o curto, a resposta da célula T tinha mais características de uma resposta auxiliar promovendo a memória a longo prazo e a produção de anticorpos.

"É claro pelas nossas descobertas que, para maximizar a sua proteção individual, é muito importante obter duas doses da vacina quando oferecida", comentou Dunachie.

 

 

 

Exercitar a inteligência
Neurocientista Fabiano de Abreu Rodrigues, especialista em estudos de inteligência e membro da Mensa, garante que a...

A inteligência humana é uma fonte inesgotável de pesquisas científicas; é o que nos diferencia dos outros animais e, descobrir mais sobre a inteligência revela conhecimentos genéticos evolutivos e contribui para a cura e tratamento de doenças neurológicas que causam retardos e/ou demências mentais.

Técnicas como neuroimagens, estudos genéticos de GWAS, neurociência celular em tecido cerebral humano ressecado, entre outras, já revelaram dados curiosos sobre a inteligência humana. Um dos principais estudiosos com diversos estudos publicados e uma inteligência descoberta, a DWRI, o neurocientista, neuropsicólogo e biólogo Fabiano de Abreu, explica que: “Há sim múltiplas inteligências, mas a inteligência lógica maestra toda a condição. Ela é a administradora das demais regiões e propõe o aprimoramento das inteligências. Houve um avanço nos estudos sobre inteligência, principalmente através dos estudos de associação genómica ampla (GWAS). Estudos com gémeos, por exemplo, comprovaram que a hereditariedade da inteligência é extraordinariamente grande, na faixa de 50% a 80%, chegando a 86% para QI verbal.”

Essa condição permanente ao longo de toda a vida é confirmada cientificamente, reforça Fabiano: “Mesmo em uma idade mais avançada, a inteligência permanece estável: testes de inteligência realizados aos 11 anos de idade, em Inglaterra, se mantiveram equiparados com os resultados do teste aos 90 anos de idade.”  Mas como a ciência explica isso? Abreu explica que, “ao longo do desenvolvimento, as árvores dendríticas, que atuam na receção de estímulos nervosos, na região do lobo temporal no cérebro, região também envolvida com a inteligência, continuam a crescer durante a maturidade até a velhice. As árvores dendríticas de pessoas com 80 anos são mais extensas do que aos 50 anos de idade, com a maior parte da diferença resultante de aumentos no número e comprimento médio dos segmentos terminais da árvore dendrítica”.

Um detalhe importantíssimo, revela Fabiano, é que até o tamanho deste componente do neurónio está relacionado à inteligência da pessoa: “A ligação entre o tamanho do dendrito e a cognição é comprovada na demência senil, onde as árvores dendríticas são menos extensas, em grande parte porque seus segmentos terminais são cada vez menores.” Além disso, ele observa que o tamanho dos dendritos estão relacionados com a potência e rapidez sináptica que tem relação com a inteligência. Pessoas que procuram fazer a plasticidade cerebral ao longo da vida, aumentam as chances de manter essas regiões do cérebro com melhor funcionamento”, completa.

Para quem deseja exercitar a inteligência ao longo da vida, Fabiano de Abreu dá uma dica fácil e simples de ser executada: “Pode-se fazer a neuroplasticidade através de ginásticas cerebrais como leitura, aprender novos idiomas, jogos de lógica, quebra-cabeça, jogo de xadrez, mudança de rotina”, finaliza.

 

 

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