Quando suspeitar de congestão pélvica
O reaparecimento de varizes após uma intervenção que visou eliminá-las, pode ficar a dever-se a defi

Como quase sempre, a entrevista clínica e o exame do paciente revelam as pistas principais. Quando as novas varizes se distribuem ao longo da face medial da coxa, partindo aparentemente da região perineal, torna-se especialmente valioso investigar uma eventual origem no interior da bacia.

De que falamos então? Varizes pélvicas são veias dilatadas, tortuosas e com refluxo (ou seja, através das quais o sangue, ao invés de ser drenado, se escapa em sentido contrário – antifisiológico). Localizam-se na cavidade pélvica, isto é, dentro do baixo ventre, não sendo, portanto, evidentes. Estas varizes acompanham-se, porém, por vezes de varizes vulvares ou de varizes na face interna das coxas ou nas nádegas, o que deverá alertar para a possibilidade da sua existência, motivando o seu estudo. O reaparecimento de varizes nos membros inferiores após uma ou mais tentativas de tratamento prévias, sobretudo em determinadas localizações anatómicas e segundo certos padrões, deve igualmente “levantar a suspeita” da existência desta situação.

Dor na região pélvica e abdómen inferior é o sintoma mais comum. Esta dor tem um carácter crónico, arrastando-se, habitualmente, por mais de 6 meses. Costuma ser caracterizada como uma sensação de peso, por vezes como uma cãibra menstrual mais prolongada e intensa. Pode ser francamente limitante, implicando impacto significativo na qualidade de vida. É agravada quando se está de pé muito tempo, mas passar muitas horas sentada também pode resultar desconfortável. Esta dor agrava-se frequentemente com a realização de esforços (nomeadamente aqueles que impliquem aumento da pressão intra-abdominal – certas rotinas de exercício físico, mas também levantar pesos, por exemplo), durante o período menstrual e durante ou após as relações sexuais.

Pode também verificar-se um aumento da frequência da sensação de necessidade de urinar, ou mesmo o agravamento de incontinência urinária.

Para além do que é sentido, há que referir o que pode ser visualizado: varizes exteriores. Estas veias dilatadas e sinuosas, podem passar a ser vistas e sentidas na região perineal (nos grandes lábios, mas por vezes também na região circundante, ou mesmo por cima do púbis). Pacientes há que notam estes achados no interior da vulva. Quase sempre a situação estabelece-se durante uma gravidez, acabando por não regredir ou fazendo-o de modo apenas parcial após o parto. O mecanismo de aparecimento destas varizes quase que se percebe intuitivamente: não são mais do que a manifestação exterior, através do pavimento pélvico, da transmissão da pressão anómala. É também este processo que explica o aparecimento de varizes nos membros inferiores com determinadas características e em localizações específicas que nos devem colocar na pista de uma “origem pélvica” do problema.

É um quadro que atinge de modo muitíssimo mais frequente mulheres que já passaram por 2 ou mais gravidezes, mas pode também ocorrem em senhoras que nunca estiveram grávidas.

A congestão pélvica ainda é considerada um tabu? Porquê?

Devemos evidentemente resistir à eventual tentação de tratar o que não necessita de ser tratado, estando pelo contrário alerta para a necessidade de não deixar por fazer um diagnóstico de algo que pode felizmente hoje em dia ser resolvido. Esta é provavelmente de resto a situação que mais vezes acontece hoje em dia. Tal pode resultar da inibição natural que as pacientes seguramente sentem quando se trata de referir um assunto que envolve queixas desta natureza e nesta área corporal. Devemos também talvez admitir alguma falta de consciência elevada, ou disponibilidade mental a priori para considerar este diagnóstico por parte dos profissionais envolvidos.

São frequentes os relatos que ouvimos de doentes que já referiram as suas queixas ao longo de vários anos e a diferentes clínicos, tendo sido confrontadas por vezes com alguma desvalorização. O quadro é talvez demasiadas vezes caracterizado pelos médicos como algo exclusivamente estético e não relacionado com as varizes pélvicas que até já tinham sido identificadas em exames prévios. Também os cirurgiões vasculares, tantas e tantas vezes confrontados com varizes nos membros inferiores que reapareceram após um tratamento anterior, não são provavelmente tão proactivos como se justificaria na investigação de uma “causa pélvica” para estas varizes. As perguntas certas são muitas vezes o passo inicial, mas necessário para iniciar o caminho de diagnóstico e terapêutica.

As causas da síndrome não são ainda completamente conhecidas.

Sabe-se que acometem predominantemente mulheres jovens, mais frequentemente as que já passaram por 2 ou mais gravidezes. Durante a gravidez as veias pélvicas são comprimidas pelo útero gravídico em expansão, levando sempre a algum comprometimento da drenagem venosa - desta situação resulta refluxo (isto é, fluxo em sentido contrário ao que era suposto) e, subsequentemente, dilatação das veias. Por outro lado, a gravidez caracteriza-se por um aumento de fluxo sanguíneo a nível pélvico. Estes 2 acontecimentos, eventualmente atuando de modo sinérgico, podem acabar por danificar determinadas veias de modo permanente, o que pode acabar eventualmente por condicionar o desenvolvimento de varizes pélvicas.

Existem outras causas raras como trombose das veias ováricas ou ausência de válvulas venosas por mau desenvolvimento congénito.

Por vezes ocorre concomitantemente uma compressão anatómica na veia ilíaca comum esquerda.

Independentemente do mecanismo que tenha estado envolvido no processo, a consequência prática é a dificuldade da drenagem venosa da cavidade pélvica, a pressurização deste território, nomeadamente envolvendo útero e ovários. Entender isto é perceber aquilo de que se queixam as senhoras com este problema.

Infelizmente não foram identificados fatores de risco ambientais ou comportamentais cuja evicção possa ser recomendada de modo generalizado para prevenir a Síndrome de Congestão Pélvica. Perante sinais e sintomas devemos isso sim investigar, avaliando as possibilidades terapêuticas.

É uma situação crónica, no sentido de ser um quadro arrastado. Não é algo que surja e desapareça repentinamente se não for tratado. Isto é muito diferente de dizer que não tem cura ou tratamento.

Em alguns casos, este quadro pode melhorar com uma abordagem conservadora, com a administração de medicamentos. Têm sido tentadas várias classes de fármacos, nomeadamente flebótropos (já usados há muitos anos no controlo sintomático das varizes dos membros inferiores). Alguns esquemas com medicamentos hormonais podem também ser considerados. A realidade, algo desapontante, é que a resolução definitiva apenas com recurso a fármacos é, porém muitíssimo rara.

A lógica subjacente a um tratamento de sucesso e duradouro é a eliminação das fontes de refluxo. No fundo, de pouco ou nada adianta tentarmos eliminar a varizes exteriores visíveis, se a fonte de pressurização retrógrada anómala daquele território continuar ativa. Na melhor das hipóteses, tal traria apenas benefícios parciais e muito transitórios – na verdade, na maioria das vezes nem isso.

O tratamento de eleição é assim a embolização venosa. Este é um método minimamente invasivo, realizado sob anestesia local e através de uma picada na virilha (por vezes no pescoço). Através desta punção é avançado um “tubo” de finíssimo calibre (cateter) pelas veias a estudar. Conseguem-se assim identificar com precisão os pontos por onde está a ocorrer o já referido refluxo, fonte da pressão responsável pelo conjunto de sinais e sintomas acima mencionados. É por este mesmo cateter que se procede à oclusão terapêutica seletiva das veias doentes. Tal é conseguido com recurso à injeção de um produto esclerosante e ao implante de um ou mais dispositivos apropriados (plugs ou coils). Frequentemente e para maximizar resultados, são utilizadas várias técnicas num mesmo procedimento – esclerose e implante de dispositivos de oclusão.

Trata-se de um procedimento eficaz, muito seguro, e geralmente realizado em ambulatório e com uma recuperação rápida e essencialmente confortável.

O ganho obtido, no que respeita ao fecho de uma fonte refluxiva, pode eliminar a maioria dos sintomas e é fundamental para encarar a intervenção que vise eliminar as varizes dos membros inferiores com maior otimismo quanto ao seu carácter definitivo.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Medidas restritiva em 116 concelhos
Após a reunião do Conselho de Ministros, a Ministra Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, informou que o nível de...

Atualmente, 116 dos 278 concelhos de Portugal continental estão em risco elevado ou muito elevado de incidência de covid-19, pelo que voltam a estar a vigor medidas mais restritivas, como o dever de recolhimento entre as 23h00 e as 05h00.

Segundo a atualização do mapa de risco, existem 61 concelhos em risco muito elevado e 55 em risco elevado, contabilizando um total de 116 territórios em maior risco. Na semana passada eram 90.

Esta semana não há qualquer alteração das regras vigentes, ficando o Governo a aguardar pela reunião do Infarmed na próxima terça-feira. De acordo com Mariana Vieira da Silva, o Governo tomará decisões com base nas informações que serão transmitidas pelos peritos.

 

The New England Journal of Medicine
Uma nova análise, publicada no The New England Journal of Medicine, encontrou "apenas diferenças modestas" na...

A análise incluiu 19.109 casos sequenciados de pessoas no Reino Unido que tinham Covid-19 sintomático causado pelas variantes Alpha ou Delta e que receberam pelo menos uma dose de Vaxzevria da AstraZeneca ou a Comirnaty da Pfizer/BioNTech. Os investigadores observaram que a variante Alpha foi detetada em 14.837 amostras e na variante Delta em 4272 amostras.

Os resultados mostraram que a eficácia de duas doses de Vaxzevria foi de 74,5% entre as pessoas com a variante Alpha e 67% entre as que têm a variante Delta. Entretanto, duas doses de Comirnaty demonstraram eficácia de 93,7% entre as pessoas com a variante Alpha e 88% entre as que têm a variante Delta. A pesquisa confirma dados anteriores, divulgados pela Public Health England, sugerindo que duas doses das vacinas ofereciam níveis de proteção semelhantes contra a Delta.

No entanto, o relatório da NEJM diz que a eficácia de uma dose de vacina foi de 30,7% entre as pessoas com a variante Delta, abaixo dos 48,7% nas que têm a variante Alpha. Especificamente, uma dose única de Vaxzevria teve uma eficácia de 30% contra a estirpe Delta, contra 48,7% na Alpha, enquanto os respetivos valores para Comirnaty foram de 35,6% e 47,5%.

"A nossa constatação de redução da eficácia após a primeira dose apoiaria os esforços para maximizar a absorção da vacina com duas doses entre grupos vulneráveis no contexto da circulação da variante Delta", concluíram os autores do estudo. As conclusões surgem pouco depois de resultados de um estudo laboratorial que sugeriu que a vacina Covid-19 de dose única da Johnson & Johnson é muito menos eficaz contra as variantes Delta e Lambda do que o vírus original.

Equipa multidisciplinar
Consulta de Avaliação Pós-Covid quer ajudar quer ajudar na recuperação de quem mantém sintomas de Covid-19.

À medida que se descobre mais informação e se desvendam os segredos escondidos pelo SARS-CoV-2, fica a certeza que a recuperação do vírus pode ser um verdadeiro desafio. É que embora muitos dos que enfrentaram o diagnóstico de Covid-19 tenham recuperado por completo, sabe-se que, para entre 10 a 30% dos infetados, os sintomas continuam a fazer-se sentir ao longo de semanas e até meses. Sintomas que podem ser mais ou menos ligeiros e ir do cansaço à fadiga, incluindo dificuldade respiratória, palpitações, problemas de memória, dores de cabeça, perda de apetite, ansiedade, entre vários outros. “Um impacto que importa avaliar, para uma recuperação completa, agora disponível com a ajuda dos especialistas da Joaquim Chaves Saúde, através de uma Consulta de Avaliação Pós-Covid. Porque é importante que ‘Siga em frente com a sua saúde’”, revela em comunicado a rede de laboratórios.

“As pessoas que tiveram o diagnóstico de Covid-19 não devem apenas tentar viver com os sintomas que persistiram, cujo impacto pode ser grande na sua vida diária”, refere Luís Lebre, Diretor Clínico da Joaquim Chaves Saúde. “Esta consulta foi criada para dar resposta às necessidades destas pessoas, de forma personalizada, tendo em conta os sintomas que apresentam e é, ao mesmo tempo, uma necessidade e uma oportunidade: uma necessidade porque se pretende dar resposta a uma lacuna assistencial, que resulta de uma sobrecarga dos serviços hospitalares; e uma oportunidade para melhor conhecermos a magnitude de uma patologia ainda, em muitas vertentes, desconhecida, e das suas sequelas”, acrescenta.

É uma oportunidade também para melhorar a qualidade de vida dos doentes, para educar, informar e esclarecer os utentes e insistir na importância da prevenção.

A consulta conta com o apoio de uma equipa de especialistas, para onde são encaminhados os doentes a partir do primeiro contacto, de áreas como a Medicina Geral e Familiar, Infeciologia e Medicina Interna.

 

Médico e docente da FMUP tomou posse na Assembleia da República
O presidente da Associação Portuguesa de Bioética (APB), Rui Nunes, foi empossado como membro do Conselho Nacional de Ética...

Recorde-se que o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida é um órgão consultivo independente que funciona junto da Assembleia da República. Este órgão tem como principal missão analisar os problemas éticos suscitados pelos progressos científicos nos domínios da biologia, da saúde, e das ciências da vida, tal como definido na Lei n.º 24/2009, que estipula o regime jurídico do CNECV.

“No último ano a Ciência e a Saúde foram postas à prova como nunca e foi necessário, em tempo recorde, desenvolver tratamentos e meios de controlo da pandemia que confrontaram os mais elementares direitos das pessoas”, afiança Rui Nunes. No entender do presidente da Associação Portuguesa de Bioética há ainda muito trabalho a fazer. “Cada vez mais é claro que o vírus SARS-CoV-2, e a doença associada (COVID-19), veio para ficar e que, por isso, irá colocar desafios acrescidos aos poderes políticos e à investigação médica e científica”, sustenta ainda.

Para o presidente da APB, todo o atual contexto nacional e internacional obriga a “repensar profundamente a ética da ciência e da investigação, e a necessidade de um ‘humanitarismo comum’, genuíno, e centrado na pessoa humana e na sua dignidade”. “Importância que se vê acentuada pela necessidade de equacionar as questões éticas suscitadas pelas ciências da vida e da saúde num ambiente de incerteza, mas, também, de enorme esperança”, acrescenta Rui Nunes.

O 6.º mandato teve início a 21 de julho, com a tomada de posse na Assembleia da República e tem uma duração prevista de cinco anos.

Diabetes tipo 1
A administração de células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical a doentes com diabetes tipo 1 é segura e...

A diabetes tipo 1 é uma doença autoimune caracterizada pela perda progressiva de células do pâncreas produtoras de insulina. Uma vez que o organismo não produz insulina suficiente, os doentes com diabetes tipo 1 necessitam de injeções frequentes desta hormona, de forma a controlar os níveis de açúcar no sangue. Não existe, atualmente, nenhuma opção terapêutica capaz de travar eficazmente a doença.

A terapia com células estaminais mesenquimais tem sido investigada para prevenir a progressão da diabetes tipo 1, com resultados promissores. À semelhança dos estudos em modelo animal, que demonstraram que as células estaminais mesenquimais são capazes de retardar o aparecimento e a progressão de diabetes tipo 1, ensaios clínicos preliminares evidenciaram a segurança desta terapia em humanos e o seu potencial para travar a progressão da doença.

Bruna Moreira, investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal, explica que “as células estaminais mesenquimais podem ser obtidas a partir de tecido do cordão umbilical, colhido na altura do parto através de um procedimento simples e indolor. Para além de possuírem uma grande capacidade de multiplicação em laboratório, estas células são capazes de regular o sistema imunitário, apresentando um grande potencial para o tratamento de doenças autoimunes”.

O estudo agora publicado comparou a evolução clínica de 27 doentes, a quem, para além da terapêutica convencional, foram administradas células estaminais, com a de 26 doentes tratados recorrendo apenas à terapêutica convencional, baseada na administração de insulina. A média de idades dos participantes foi de 25 anos, tendo sido diagnosticados com diabetes tipo 1 entre 0 a 24 meses antes do início do estudo. Todos apresentavam excesso de açúcar no sangue, requerendo terapêutica com insulina, iniciada imediatamente após o diagnóstico. O tratamento experimental consistiu na administração, por via intravenosa, de duas doses de células estaminais do tecido do cordão umbilical, com 3 meses de intervalo.

Após um ano de seguimento, 40,7% dos doentes tratados com células estaminais permaneciam em remissão clínica, em contraste com apenas 11,6% dos doentes do grupo controlo. Este dado indica que o tratamento experimental teve um efeito positivo na preservação da função das células pancreáticas produtoras de insulina e, subsequentemente, no nível de insulina produzida pelo próprio organismo (insulina endógena). Este resultado é importante tendo em conta que, na maioria dos doentes, o nível de insulina endógena produzido vai decrescendo ao longo do tempo. Outro resultado significativo deste estudo, que sugere que o tratamento experimental foi eficaz na conservação da função das células pancreáticas produtoras de insulina, foi o facto de três doentes tratados com células estaminais terem deixado de necessitar de insulina durante algum tempo (4, 12 e 20 meses), após o tratamento, em contraste com o grupo controlo, em que nenhum doente se tornou independente da administração de insulina. Além disso, um ano após o início do estudo, os níveis de péptido C – que refletem os níveis de insulina endógena – eram melhores nos participantes adultos tratados com células estaminais, comparativamente aos do grupo controlo.

Os autores da investigação sublinham que, apesar destas evidências, é necessário realizar mais estudos, com maior número de doentes, que confirmem estes resultados, antes da sua aplicação na prática clínica.

Para aceder aos mais recentes estudos científicos sobre os resultados promissores da aplicação de células estaminais, visite o Blogue de Células Estaminais.

Kaftrio e Orkambi
O medicamento Kaftrio e uma nova indicação terapêutica do fármaco Orkambi foram aprovados para utilização nos hospitais do...

Em comunicado, o Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde explica que o medicamento Kaftrio foi aprovado para utilização, num determinado regime terapêutico, em doentes de idade igual ou superior a 12 anos.

Quanto ao medicamento Orkambi, está aprovado para tratamento da fibrose quística em crianças com idades entre dois e 11 anos.

A nota sublinha ainda que o financiamento para utilização destes medicamentos no SNS é regido por um contrato entre a empresa titular do medicamento e o Infarmed, autorizado pelo Secretário de Estado da Saúde.

 

 

Compromisso
Portugal disponibilizou a Timor-Leste um lote de vacinas contra a COVID-19 composto por 12 mil doses e ainda material...

As vacinas chegaram a Díli a bordo de um Boeing 767-300 da euroAtlantic Airways (EAA), empresa que desde o início da pandemia tem realizado vários voos entre Lisboa e Díli, sendo, em alguns momentos, uma das poucas alternativas para os portugueses viajarem entre as duas cidades. 

“É um primeiro lote destinado a um combate que transcende atualmente quaisquer fronteiras, o combate para pôr termo à situação pandémica que enfrentamos atualmente”, disse o embaixador de Portugal em Díli, José Pedro Machado Vieira. 

Com esta ação conclui-se o primeiro ciclo de envio de vacinas para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Timor-Leste, no âmbito do compromisso de disponibilizar àqueles países pelo menos 5% das vacinas contra a COVID-19 adquiridas por Portugal, salientou o Ministério dos Negócios Estrangeiros. 

A operacionalização desta iniciativa é resultado do esforço conjunto do Ministério dos Negócios Estrangeiros, designadamente através do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua e da Embaixada de Portugal em Díli, e do Ministério da Saúde, através da Direção-Geral da Saúde (DGS), da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (INFARMED) e da Task Force do Plano Nacional de Vacinação contra a COVID-19 em Portugal. 

 

Cuidados a uma vítima de trauma em contexto pré-hospitalar
No âmbito do protocolo estabelecido entre a Sociedade Portuguesa de Emergência Pré-Hospitalar e a Escola Superior de Saúde do...

“O programa do curso ETC pretende uma visão geral essencial do que são os cuidados a uma vítima de trauma em contexto pré-hospitalar”, pode ler-se em nota informativa.

Esta formação vai ser ministrada em Gavião, Portalegre,  “com recurso a apresentações didáticas e cenários interativos, fazendo uso da abordagem, avaliação e gestão MARCHE”. Uma abordagem, inicialmente, desenvolvida e aplicada pelas Forças Armadas dos EUA.

Na sequência do aumento registado no que concerne à pandemia COVID 19, reunida a Academia de Emergência Médica Pré-Hospitalar da SPEPH, foi decidido que o curso irá realizar-se via E-learning (conforme diretivas do IPHMI), no dia 7 de agosto, e com sessão presencial no dia 8 de agosto. Neste dia, decorrem provas práticas e exame final.

O programa é do International PreHospital Medicine Institute - EUA.

As inscrições decorrem aqui: https://forms.gle/PsXXSFQFv8JakGTc8

Para mais informações contacte a Sociedade Portuguesa de Emergência Pré-Hospitalar através do email: [email protected] 

 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados mais de 3.622 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e 16 mortes em território nacional. O...

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que mais mortes registou, nas últimas 24 horas, em todo o território nacional: 9 de 16. Segue-se a região Norte com quatro óbitos, o Algarve com dois e a região centro com uma morte a assinalar desde o último balanço.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 3.622 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou a maioria dos casos: 1.606 novos. A região norte 1.314. Desde ontem foram diagnosticados mais 218 na região Centro, 71 no Alentejo e 335 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais 33 infeções e 45 nos Açores.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 860 doentes internados, menos sete que ontem.  As unidades de cuidados intensivos têm agora 178 pacientes, mais sete doentes internados que no dia anterior.

O boletim desta quinta-feira mostra ainda que, desde ontem, 2.765 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 873.008 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 52.988 casos, mais 841 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 1.835 contactos, estando agora 81.377 pessoas em vigilância.

Doença ocular atinge 85 mil portugueses
O Grupo de Estudos da Retina (GER) lança o alerta para a importância de a população mais idosa e os seus cuidadores estarem...

A DMI é uma doença ocular em que a visão central é gradualmente destruída e tarefas simples como reconhecer rostos, ler, conduzir, podem tornar-se difíceis ou impossíveis. Esta é uma doença progressiva, associada ao envelhecimento, e que pode levar a uma perda irreversível de visão se não for tratada, sendo a principal causa de cegueira nos países desenvolvidos.

Em Portugal, estima-se que atinja cerca de 85 mil pessoas e a nível mundial estima-se que 8,7% da população tenha DMI. Prevê-se que em 2050 esta doença atinja 46,9 milhões de pessoas em todo o mundo. Apesar de a DMI ser uma doença que causa danos irreversíveis, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem retardar muito a progressão da doença e nalguns casos melhorar a visão, sendo por isso essencial aumentar o conhecimento da população.

Ângela Carneiro, Presidente do GER e oftalmologista, refere que “Em Portugal existe um grande desconhecimento sobre esta doença que nem sempre é identificada a tempo, e por isso, aumentar a educação e a sensibilização da população para a DMI é essencial para conseguir a deteção precoce e o tratamento adequado para retardar a perda de visão e por sua vez melhorar a qualidade de vida destes doentes”.

A DMI nas suas fases precoce e intermédia pode ser praticamente impercetível para os doentes, durante muito anos, podendo originar sintomas leves ou ser mesmo assintomática. A forma exsudativa é particularmente grave, uma vez que o doente pode notar as imagens distorcidas e perder a visão de leitura num dos olhos ou nos dois, num período relativamente curto de tempo. Neste sentido, as pessoas a partir dos 50 anos que sintam alguma alteração na sua visão ainda que ligeira devem consultar um oftalmologista, bem como realizar exames oftalmológicos sistemáticos a partir desta idade, sobretudo se houver fatores de risco presentes – para além da idade, considera-se o histórico familiar e o tabagismo.

O contexto nacional é de uma população cada vez mais envelhecida, por esse motivo o risco de prevalência de DMI é elevado. “Acreditamos que através de uma comunicação mais emocional dirigida aos avós e netos, demonstrando os perigos inerentes à DMI – como a perda parcial ou total da visão – vamos conseguir aumentar a consciencialização dos principais sintomas e desta forma trabalhar no diagnóstico e tratamento precoces.”, acrescenta a Professora Doutora Ângela Carneiro.

A DMI se não for diagnosticada e consequentemente se não for tratada pode ter um impacto significativo nas atividades diárias, dos mais velhos, como “aumentar o risco de ferimentos e mortalidade; levar à necessidade de cuidados de suporte; exacerbar as dificuldades associadas a outras comorbilidades, como por exemplo a perda de audição e comprometer a qualidade de vida de forma genérica.

O grau de impacto desta doença está relacionado com a gravidade dos sintomas e com o facto de um ou ambos os olhos poderem estar afetados.

Para mais informação, consulte a página do Grupo de Estudos da Retina: https://www.ger-portugal.com/index

Dia 27 de julho no Museu da Farmácia
A Plataforma Saúde em Diálogo, a Associação Mellitus Criança e o Museu da Farmácia vão promover, no próximo dia 27 de julho, às...

A iniciativa vai contar com os seguintes oradores: Ana Paula Martins, professora e investigadora da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (FFUL), Bastonária da Ordem dos Farmacêutico; Luis Gardete Correia, endocrinologista, presidente da Fundação Ernesto Roma e elemento da Comissão Executiva das Comemorações do Centenário da Descoberta da Insulina; José Manuel Boavida, endocrinologista e presidente da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) e Hélder Martins, presidente da Associação Mellitus Criança e elemento do Conselho Fiscal da Plataforma Saúde em Diálogo.

A moderação fica a cargo de João Neto, diretor do Museu da Farmácia e presidente da Associação Portuguesa de Museologia (APOM).

A sessão vai abordar temas como a história da introdução da insulina em Portugal, o papel das associações de doentes no apoio ao doente diabético, o papel do farmacêutico na área da diabetes: desde a investigação à tecnologia farmacêutica, assim como a importância da promoção da literacia junto dos cidadãos relativamente à prevenção e à gestão adequada da doença.

O webinar “Insulina: 100 anos a salvar vidas!’’ realiza-se no dia 27 de julho, o mesmo dia da descoberta da insulina no ano de 1921, e conta com transmissão online nas três páginas de Facebook das organizações responsáveis pela iniciativa.

 

3000 novos casos de cancro de cabeça e pescoço em Portugal todos os anos
A Associação de Investigação de Cuidados de Suporte em Oncologia (AICSO) alerta para a importância do diagnóstico precoce do...

A especialista, que é também presidente do Grupo de Estudos de Cancro de Cabeça e Pescoço explica que o principal fator de risco é o consumo crónico de tabaco e/ou bebidas alcoólicas. No caso específico do cancro da orofaringe existe outro fator de risco que tem vindo a aumentar – a infeção pelo vírus do papiloma humano (HPV), sexualmente transmissível pelo contacto pele com pele e/ou mucosa. “Outros fatores de risco são a higiene oral deficitária e próteses dentárias mal-adaptadas (no cancro da cavidade oral) e a exposição a determinados agentes como o pó da madeira ou da cortiça (no cancro das fossas nasais e seios perinasais)”, sublinha Ana Joaquim. 

O cancro de cabeça e pescoço envolve os tumores das vias aerodigestivas da cabeça e do pescoço – as vias por onde circulam o ar e os alimentos, ou seja, a boca, o nariz, a faringe (que se divide em naso, oro e hipofaringe) e a laringe.  

Na grande maioria dos doentes, os sintomas começam e desenvolvem-se sem que lhes seja dada a devida atenção. “Os sintomas do cancro de cabeça e pescoço são relativos às localizações especificadas antes – lesões da mucosa da cavidade oral (aftas, lesões brancas ou vermelhas), dor de garganta, dificuldade ou dor em engolir, rouquidão, massas ou nódulos no pescoço. Apesar destas queixas serem comuns a muitas doenças benignas, deve ser dada especial atenção quando duram três semanas ou mais. Nessa altura, a recomendação é procurar o médico”, aconselha. 

Sobreviventes enfrentam sequelas

Na opinião da médica, é fundamental recorrer precocemente aos cuidados de saúde nestas situações. “Quanto mais cedo se iniciar o tratamento da doença, maior a probabilidade de cura e de menos sequelas dos tratamentos”, afirma. “Quando diagnosticado em fase inicial, o cancro de cabeça e pescoço é tratado com uma única modalidade de tratamento, como cirurgia ou radioterapia, com uma probabilidade de cura de cerca de 90%”, acrescenta. Alerta que, “quando diagnosticado em fase avançada, os tratamentos são multimodais (ou seja, a combinação de cirurgia e/ou radioterapia e/ou quimioterapia) e a probabilidade de cura desce para cerca de 50-60%, à custa de sequelas mais ou menos mutilantes dos tratamentos”. Infelizmente, hoje em dia cerca de dois terços dos novos casos ainda são diagnosticados em fase avançada.  

A fase dos tratamentos pode ser violenta sob os pontos de vista físicos e psicológicos. Segundo a vice-presidente da AICSO, por exemplo são muitas as situações em que é necessário realizar extrações dentárias múltiplas para que a radioterapia seja realizada em segurança.  

Para os sobreviventes são muitos os desafios após a conclusão dos tratamentos. “Falamos da adaptação a uma nova realidade, que implica viver com sequelas dos tratamentos. Por exemplo, os doentes que realizam tratamento radical à base de radioterapia, ficam com a boca e garganta seca, muitas vezes com o paladar alterado, e, a nível do pescoço, com a pele espessa e, por vezes, inchada. Noutros casos, os doentes passam a viver traqueostomizados, necessitando de reaprender a comunicar. Noutros ainda, ficam dependentes de sondas para alimentação”, salienta Ana Joaquim.  

“Esta adaptação é possível, mas exige de todos – profissionais e instituições de saúde, sociedade, doentes e cuidadores – um esforço para oferecer os melhores cuidados de suporte a estes doentes, tentando minimizar as complicações e devolvê-los à sociedade, no final dos tratamentos, com qualidade de vida e aptos para retomar as suas atividades”, defende. Considera, por isso, que são fundamentais várias valências de suporte desde o início da jornada terapêutica – Nutrição, Psicologia, Reabilitação, Assistência social, cuidados aos estomas, etc.  

Literacia em Saúde
Os Delegados à 74.ª Assembleia Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), concordaram no passado d

Esta é uma decisão histórica da OMS sobre a Segurança do Doente, que visa eliminar danos evitáveis na área de saúde a nível global.

Este plano de ação, pretende definir as linhas estratégicas para a tomada de ações concretas, com o objetivo de fortalecer e capacitar os sistemas de saúde a nível mundial, para diagnosticar, tratar, curar e cuidar, ao mesmo que se esforçam para respeitar o postulado de Hipócrates “Primeiro, não causar dano”.

Pois todos os anos, milhões de Doentes sofrem lesões ou morrem devido a cuidados de saúde inseguros em todo o mundo, com 134 milhões de eventos adversos a ocorrer anualmente apenas em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, contribuindo para 2,6 milhões de mortes. Mesmo nos países desenvolvidos, cerca de 1 em cada 10 Doentes sofrem danos enquanto recebem cuidados hospitalares. Estima-se que quase metade desses eventos possam ser evitados.

Já em 2019, uma Resolução da Assembleia Geral da OMS sobre uma “Ação Global sobre Segurança do Doente” reconheceu a Segurança do Doente como uma das principais prioridades da saúde global, solicitando que a OMS consultasse os países e as partes interessadas para formular um “Plano de Ação Global para a Segurança do Doente”.

Assim, a decisão do passado dia 28 de maio de 2021 fornece uma direção estratégica e prática aos países para formular políticas e implementar intervenções em todos os níveis e configurações destinadas a melhorar a Segurança do Doente.

O Plano de Ação descreve ações prioritárias a serem realizadas por governos, sociedade civil, organizações internacionais, organizações intergovernamentais, a OMS e, o mais importante, pelas instituições de saúde em todo o mundo.

Ao todo, contempla 7 Objetivos Estratégicos, a saber:

  • Desenvolver políticas de saúde para eliminar danos evitáveis;
  • Criar sistemas de saúde de elevada confiança;
  • Garantir a segurança dos processos clínicos;
  • Envolver e capacitar os doentes e as famílias;
  • Motivar, educar e capacitar os profissionais de saúde;
  • Garantir a informação e a investigação;
  • Desenvolver parcerias, sinergias e a solidariedade.

Deste modo, a OMS trabalhará em cooperação com os Estados Membros no desenvolvimento de seus respetivos planos de implementação, de acordo com o contexto nacional.

Recordo que em Portugal a Direção-Geral da Saúde (DGS), através do Departamento da Qualidade na Saúde (DQS), está neste momento a desenvolver o novo Plano Nacional para a Segurança dos Doentes (PNSD) 2021-2026.

É de recordar que no Despacho n.º 5613/2015, estava definida a Estratégia Nacional para a Qualidade na Saúde 2015-2020, pretendendo contribuir para o reforço da equidade como dimensão essencial do Serviço Nacional de Saúde (SNS), entendida como a garantia de que o acesso à prestação de cuidados de saúde se realiza em condições adequadas às necessidades, impondo o desafio, aos serviços prestadores de cuidados, de incorporarem, num quadro de melhoria contínua da qualidade e da segurança, as ações de promoção da saúde e de prevenção das doenças, da mesma forma que incorporam os cuidados curativos, de reabilitação e de paliação.

De facto, a qualidade e a segurança no sistema de saúde são uma obrigação ética porque contribuem decisivamente para a redução dos riscos evitáveis, para a melhoria do acesso aos cuidados de saúde, das escolhas da inovação, da equidade e do respeito com que esses cuidados são prestados.

Lembro que o Plano Nacional para a Segurança dos Doentes (PNSD) 2015-2020 teve o seu términus estando a Direção-Geral da Saúde (DGS), através do Departamento da Qualidade na Saúde (DQS), a desenvolver os trabalhos para o novo Plano Nacional para a Segurança dos Doentes (PNSD) 2021-2026, dando continuidade a este projeto de melhoria contínua da segurança do doente, dos profissionais de saúde e, consequentemente, do SNS.

De forma a apoiar e acompanhar o processo de elaboração do PNSD 2021-2026, a DGS estabeleceu uma parceria com a Escola Superior de Enfermagem de Lisboa e com a Escola Nacional de Saúde Pública, tendo constituído um grupo de trabalho consultivo.

Pretende-se que este seja um processo conjunto com os diferentes parceiros da saúde, e que daqui resulte um PNSD integrador e agregador que dê resposta às necessidades concretas da Saúde. O PNSD 2021-2026 será apresentado no presente ano de 2021.

Porque a Segurança do Doente se afigura como uma preocupação global de Saúde Pública onde Todos Somos Responsáveis pela Segurança do Doente. Fonte: https://cdn.who.int/media/docs/default-source/patient-safety/gpsap/final-draft-global-patient-safety-action-plan-2021-2030.pdf?sfvrsn=fc8252c5_5

     

Autores:

Maria Helena Junqueira
Enfermeira Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica – Serviço de Medicina do Hospital de Pombal – Centro Hospitalar de Leiria EPE
[email protected]

Pedro Quintas
Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária na área de Enfermagem de Saúde Familiar - Unidade de Cuidados na Comunidade Pombal
[email protected]

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Projeto financiado pela Fundação LaCaixa (Espanha) e Fundação Para a Ciência e a Tecnologia (Portugal)
O cancro da mama é o tipo de cancro mais comum entre as mulheres. Muitas vezes, este cancro acaba por espalhar-se para o...

Este projeto surge com o intuito de desenvolver um medicamento, inspirado nos próprios anticorpos do nosso corpo, mas capaz de chegar ao cérebro e matar as células de metástases de cancro de mama aí instaladas. Segundo Miguel Castanho, investigador do iMM e Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e responsável pelo projeto, “a sua singularidade (do projeto) é trabalhar para criar uma esperança para alguns tipos de cancro ainda sem medicamentos eficazes disponíveis”.

A equipa do projeto é composta por investigadores de excelência, em duas instituições portuguesas e duas espanholas, das áreas de manipulação de anticorpos, transporte de medicamentos do sangue para o cérebro, replicação de doenças humanas em animais e triagem de novos medicamentos no corpo.

Este projeto foi um dos vencedores da quarta edição do Concurso de Apoio a Projetos de Investigação em Saúde da Fundação “la Caixa”, que contou com 644 candidaturas. A iniciativa tem como finalidade identificar e promover projetos de excelência científica e de maior potencial e impacto na sociedade, tanto na investigação básica como na investigação clínica ou translacional.

 

 

 

 

CMIN Summit’21
Com o objetivo promover o enriquecimento científico e a partilha de saberes e experiências na prestação de cuidados de saúde à...

Subordinado ao tema “Nascer e Crescer Saudável no Séc. XXI” e tendo como um dos principais temas abordados os efeitos indiretos da Pandemia Covid-19 na criança e no adolescente, o CMIN Summit'21 vai decorrer em formato híbrido, “tendo em conta as atuais contingências resultantes da pandemia de COVID-19”.

Segundo Alberto Caldas Afonso, diretor do Centro Materno Infantil do Norte, “cada um dos dias do CMIN Summit’21 será dedicado a uma área diferente, sendo o dia 13 de outubro destinado à Enfermagem, o dia 14 focado na Ginecologia e Obstetrícia e, por fim, a 15 de outubro, estará em foco a Pediatria”

“Haverá, tal como nos anos anteriores, lugar para submissão de resumos para comunicações, com atribuição de prémios para os melhores trabalhos em cada uma das áreas. Trabalhos esses que serão posteriormente publicados na revista Nascer e Crescer - Birth and Growth Medical Journal”, acrescenta.

A informação completa sobre o CMIN Summit’21 pode ser consultada no portal cminsummit.pt

 

Opinião
O Dia Mundial do Cérebro, uma iniciativa da Federação Mundial de Neurologia, comemora-se anualmente

Tal como para a prevenção primária ou secundária do AVC, o tratamento adequado da hipertensão arterial, diabetes, a redução do peso, o exercício físico adequado e a cessação tabágica são de importância determinante para os doentes com esclerose múltipla. Um bom controlo destes fatores de risco está associado a redução da inflamação e da ocorrência de surtos ou agudizações nos doentes com esclerose múltipla. Contudo, importa realçar que, independentemente da presença dos tradicionais fatores de risco vascular, em indivíduos com mais de 40 anos, a esclerose múltipla está associada a um risco maior de ocorrência do AVC. Numa meta-análise de 9 estudos com cerca de 380 mil participantes, concluiu-se que em comparação com adultos do mesmo grupo etário, os doentes com esclerose múltipla tinham pelo menos o dobro do risco de sofrer um AVC num ano.

Assim, sendo verdade que a promoção de estilos de vida saudáveis é uma arma universal para promoção da saúde do cérebro, pelo crescente aumento da sobrevida em qualidade dos doentes com esclerose múltipla, é fundamental

uma atenção maior na prevenção primária de complicações vasculares, com particular enfase no AVC.

Entre outros, os doentes com esclerose múltipla devem avaliar regularmente a sua tensão arterial, ter pelo menos 150 minutos de atividade física moderada semanal, adotar uma alimentação equilibrada e, quando indicado, cumprir com o tratamento da hipertensão, diabetes ou dislipidemia. O cérebro agradece, contribui para o controlo da esclerose múltipla e ajuda a prevenir o AVC.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Vacinação Covid-19
O Primeiro-Ministro, António Costa, anunciou hoje a meta de vacinar com duas doses contra a Covid-19, 570 mil crianças e jovens...

Na abertura do debate sobre o Estado da Nação, na Assembleia de República, António Costa referiu que esta medida “se destina sobretudo a proteger o início do próximo ano letivo”.

“Estamos numa corrida contra o tempo, uma corrida entre a vacinação e a sucessão de novas variantes”, começou por afirmar o governante, defendendo que, até agora, o seu Governo, tem cumprido as metas fixadas.

“Como previsto, em meados de agosto teremos 73% da população adulta com a vacinação completa e 82% com pelo menos a primeira dose administrada. É tempo de alargar a nossa ambição e garantir também a proteção das crianças e jovens”, disse.

De acordo com António Costa, impõe-se antecipar objetivos em relação a esta faixa etária, “de modo a que o novo ano letivo se possa reiniciar sem risco de novas interrupções do ensino presencial”.

“Aguardamos uma decisão final da Direção Geral da Saúde sobre a vacinação desta população. Mas tudo está preparado para nos fins de semana entre 14 de agosto e 19 de setembro serem administradas as duas doses de vacina às cerca de 570 mil crianças e jovens entre os 12 e os 17 anos”, esclareceu o Primeiro-Ministro.

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados mais de 4.376 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e 13 mortes em território nacional. O...

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que mais mortes registou, nas últimas 24 horas, em todo o território nacional: 10 de 13. Alentejo e Algarve registaram uma morte cada, desde o último balanço, assim como a região autónoma dos Açores.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 4.376 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou a maioria dos casos: 1.744 novos. A região norte 1.592. Desde ontem foram diagnosticados mais 430 na região Centro, 130 no Alentejo e 394 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais 23 infeções e 63 nos Açores.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 867 doentes internados, mais 13 que ontem.  As unidades de cuidados intensivos têm agora 171 pacientes, menos seis doentes internados que no dia anterior.

O boletim desta quarta-feira mostra ainda que, desde ontem, 2.703 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 870.243 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 52.147 casos, mais 1.660 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 1.389 contactos, estando agora 79.542 pessoas em vigilância.

Dia 22 de julho
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) realiza, amanhã à tarde (16h30-18h30), o webinar “Voluntariado além...

Experiências de profissionais de saúde em missões humanitárias e de voluntariado na Costa do Marfim (Filipa Cartaxo), no Quénia (Joana Ramos), em São Tomé e Príncipe (Madalena Ortigão), na Grécia (Ana Paula Monteiro) e na Colômbia (Luísa Santos) serão partilhadas neste seminário via Zoom, ao qual os interessados poderão aceder a partir da hiperligação https://videoconf[1]colibri.zoom.us/j/89235152050?pwd=Qlg4MFA5NUNLMWppbTNTOWM4OGFVQT09.

A moderação está a cargo da professora da ESEnfC, Marina Montezuma, sendo comentador deste webinar João Paulo Monteiro, licenciado em Relações Internacionais e coordenador de projetos do Instituto Marquês de Valle Flôr.

“Há 140 anos, por si, pela saúde, por todos!” é o slogan das comemorações da ESEnfC iniciadas em março, com o assinalar do Dia da Escola (17 desse mês – data que marca a publicação, em 2006, dos estatutos que consagraram a fusão das escolas superiores de Enfermagem Dr. Ângelo da Fonseca e de Bissaya Barreto na atual ESEnfC), e que se prolongam até 17 de outubro, dia que soleniza a primeira lição proferida na "Escola dos Enfermeiros de Coimbra", por Ignácio Rodrigues da Costa Duarte, corria o ano de 1881.

Serão oito meses com atividades dedicadas a recordar 140 anos de formação em enfermagem, que remontam a outubro de 1881, ano da criação da "Escola dos Enfermeiros de Coimbra", fundada pelo médico e então administrador dos hospitais universitários da cidade, Augusto da Costa Simões, e que acabaria por ser a precursora da maior e mais antiga instituição de ensino no país nesta área do saber. O mês de julho tem por mote “Uma Escola para a Cidadania”.

Os meses de setembro e outubro serão dedicados ao tema “Escola para o século XXI”.

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