Exibição itinerante está na sede da APDP até inicio de setembro
A exposição “Uma Visita à História da Diabetes no Centenário da Descoberta da Insulina” regressa novamente até à cidade de...

Esta exposição que promete transmitir uma nova perspetiva sobre a insulina, é uma viagem aos principais marcos históricos relativos ao tratamento da diabetes desde o antigo Egipto, onde em 1550 A.C. havia já referência a uma doença que se assemelhava à diabetes, até 1921, o ano da descoberta da insulina.

Nos anos 80 do século XX, a insulina passou a ser 100% comparticipada pelo Serviço Nacional de Saúde, sendo este um dos destaques da exposição. Em Portugal a figura de Ernesto Roma assume destaque, pois foi o responsável pela introdução, em Portugal, do conceito de educação terapêutica no tratamento com insulina das pessoas com diabetes e é a si que se deve a criação da primeira associação de diabetes do mundo, a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP). Uma instituição que ao longo dos seus 95 anos de história tem mantido alta a bandeira de respeito pelas pessoas com diabetes e de defesa da sua autonomia e integração social.

A Comissão Executiva das Comemorações do Centenário da Descoberta da Insulina é constituída por José Luiz Medina, Luís Gardete Correia e Manuel Almeida Ruas, médicos endocrinologistas que acompanharam mais de meio século da história da insulina. As comemorações contam com o apoio da Federação Internacional da Diabetes.

A exposição irá permanecer na sede da APDP, em Lisboa até ao início de setembro. Para mais informações, consultar o link www.100anosinsulina.pt

 

 

Comunicado
O Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde anunciou que vai investigar a qualidade das vacinas Janssen...

“O Infarmed decidiu dar início a um processo de investigação da qualidade das unidades remanescentes da vacina naquele local de vacinação, assim como, suspender este lote até as devidas averiguações estarem concluídas”, informa através de comunicado citado pela página do Serviço Nacional de Saúde.

A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde explica ainda que as medidas surgem “no seguimento dos casos de reações adversas, notificados com a vacina da Janssen, no centro de vacinação de Mafra”.

Segundo o Infarmed, “não foram reportados, até à presente data, suspeitas de defeito de qualidade deste lote noutros centros de vacinação em que o mesmo está a ser utilizado”.

 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados mais 3.641 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e cinco mortes em território nacional. O...

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que mais mortes registou, nas últimas 24 horas, em todo o território nacional: quatro de cinco. O Algarve contabilizou uma morte desde o último balanço.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 3.641 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 1.509 novos casos e a região norte 1.309. Desde ontem foram diagnosticados mais 296 na região Centro, 97 no Alentejo e 364 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais 26 infeções e 40 nos Açores.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 774 doentes internados, mais 40 que ontem.  As unidades de cuidados intensivos têm agora 174 pacientes, mais três doentes internados que no dia anterior.

O boletim desta quinta-feira mostra ainda que, desde ontem, 2.268 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 854.537 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 48.476 casos, mais 1.368 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 999 contactos, estando agora 78.681 pessoas em vigilância.

Dados OMS e Unicef
Cerca de 23 milhões de crianças em todo o mundo não foram vacinadas em 2020 devido à pandemia coronavírus, segundo dados...

Cerca de 17 milhões de crianças provavelmente não receberam uma única vacina durante o ano. "A maioria destas crianças vive em comunidades afetadas por conflitos, em locais remotos mal servidos, ou em ambientes informais ou de favelas, onde enfrentam múltiplas privações, como o acesso limitado a serviços básicos de saúde e serviços sociais críticos", explica a ONU.

De acordo com os dados divulgados, as perturbações nos serviços de imunização foram generalizadas em 2020, com as regiões do Sudeste Asiático e do Mediterrâneo Oriental a serem as mais atingidas. À medida que o acesso aos serviços de saúde e a disseminação da imunização diminuíram, o número de crianças que não receberam sequer as primeiras vacinas aumentou em todas as regiões.

Antes da pandemia, as taxas globais de vacinação infantil contra difteria, tétano, tosse convulsa, sarampo e poliomielite estagnaram durante vários anos em cerca de 86%, bem abaixo dos 95% recomendados para proteger contra o sarampo e insuficientes para parar outras doenças evitáveis pela vacina.

Os dados oficiais indicam que, globalmente, a taxa de vacinação com as três doses contra difteria, tétano e tosse convulsa (DTP) caiu para 83% em 2020, o que significa que 22,7 milhões de crianças ficaram desprotegidas.

A primeira dose contra o sarampo foi inoculada em 86% em 2019, acima dos 84% em 2020, afetando 22,3 milhões de crianças. Para a segunda dose, a taxa foi de 71% (70% em 2019).

 

 

Avaliar e antecipar o risco de os pacientes desenvolverem nefropatia diabética
A primeira edição dos Curiosity Data Science Iberian Awards, promovida pelo SAS, líder mundial em analítica avançada e...

O projeto, proposto pela APDP no âmbito do programa Data for Change, foi liderado por Rogério Ribeiro (APDP) e Leid Zejnilovic (Nova SBE Data Science Knowledge Center) e desenvolvido por uma equipa constituída por Eduardo Hidalgo García, Miguel Matos, Carlos Gomes, Bruna Riboldi e Lénia Mestrinho. O projeto visa avaliar e antecipar o risco de os pacientes desenvolverem nefropatia diabética, uma doença renal crónica, através de uma ferramenta que usa algoritmos de Machine Learning.

Tendo como objetivo final apoiar a equipa médica da APDP na tomada de decisões informadas para introduzir intervenções que possam evitar, ou pelo menos, adiar o desenvolvimento desta complicação renal, este projeto é um exemplo do uso da Analítica Avançada para a tomada de decisões clínicas baseadas em dados.

Leid Zejnilovic, co-fundador do Data Science Knowledge Center e Professor na Nova SBE, refere que “toda a equipa, APDP e Nova SBE, reagiu de forma muito positiva à notícia do prémio. Estamos todos muitíssimo motivados a investir o nosso tempo e competências em projetos que têm o potencial de causar um impacto positivo na sociedade. Não há dúvida que este prémio reforça as nossas aspirações para continuar a aprender e agir em busca de um impacto social cada vez maior, em colaboração com organizações na Península Ibérica e no resto do mundo.”

“Hoje em dia, temos uma oportunidade única de transformar a nossa sociedade numa sociedade melhor, baseada em evidências, mais ética, justa e inclusiva. E a ciência de dados continua a contribuir para compreendermos, cada vez melhor, os mecanismos da natureza e mudarmos as nossas perceções daquilo que é possível fazer. Tem havido cada vez mais discussões importantes sobre o futuro dos empregos, ética, justiça, preconceito e equidade, sendo que a maioria destas discussões é sobre questões que há muito assolam o mundo, a diferença é que agora sabemos mais sobre essas questões e temos a oportunidade e obrigação de fazer algo a seu respeito.” conclui Leid Zejnilovic.

Com os Curiosity Data Science Iberian Awards o SAS pretende homenagear e reconhecer os cientistas de dados pela sua curiosidade e trabalho na resolução de problemas, assim como inspirar as novas gerações e promover a inovação em Portugal e Espanha.

 

 

Grupos de risco
Pessoas com dificuldades de aprendizagem têm cinco vezes mais probabilidades de serem hospitalizadas e oito vezes mais...

Um estudo publicado esta quinta-feira na revista médica The BMJ, indica que os riscos são particularmente elevados para pessoas com graves dificuldades de aprendizagem, como a síndrome de Down ou paralisia cerebral.

Os investigadores indicam que o acesso rápido aos testes e cuidados médicos, bem como a vacinação devem ser prioritários neste grupo.

As evidências emergentes mostraram que as pessoas com estes problemas têm um maior risco de morte relacionada com Covid-19 em comparação com a população geral, mas os resultados dos estudos existentes são muitas vezes complicados por fatores como as condições subjacentes (comorbilidades). Há também uma falta de clareza sobre o risco acrescido de mortes entre pessoas com deficiências de aprendizagem mais suaves.

 

Três episódios para ouvir nas plataformas digitais
O tema da Covid-19 volta a entrar em debate, e desta vez, pode ser ouvido através de um podcast. “Curiosidades com cientistas...

 

 

Este podcast é organizado pela Maratona da Saúde, com o apoio do BPI e da Fundação “la Caixa” e gravado nos estúdios da Unidade de Computação Científica da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), estando disponível em  https://soundcloud.com/maratonadasaude e https://open.spotify.com/show/3PGMTvMUWQJFlvtQmmHg67?si=9k8R_zM BT_-6SATXV4uigg&dl_branch=1.

No primeiro de 3 episódios foi convidada Inês Estácio, estudante universitária do 1º ano do curso de Economia na Nova SBE, para uma conversa sobre o Impacto das alterações climáticas e perda de biodiversidade no aparecimento de pandemias com o cientista Lounès Chikhi, coordenador do grupo de investigação Genética de Populações e da Conservação, no Instituto Gulbenkian de Ciência em Oeiras, e investigador no CNRS em Toulouse.

O segundo episódio tem como convidadas para uma conversa sobre Vacinas para a Covid-19, Helena Florindo, coordenadora do grupo de investigação BioNanoCiências no Instituto de Investigação do Medicamento e Professora na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, e Joana Camilo, diretora executiva do gabinete Creating Health, da Universidade Católica e presidente da ADERMAP- Associação Dermatite Atópica Portugal.

O terceiro e último episódio deste podcast é dedicado às Notícias Falsas sobre a Covid-19 e conta com a presença de David Marçal, bioquímico, comunicador de ciência e autor de vários livros sobre desinformação, que responde a dúvidas, questões e curiosidades da sociedade civil colocadas por Joana Loureiro, bióloga e comunicadora de ciência no Instituto Gulbenkian de Ciência.

“A atual pandemia tem tido sérias consequências para a vida dos cidadãos, tendo-se assistido a um crescente apelo da sociedade civil para o acesso a informação credível sobre avanços científicos e clínicos que permitam a tomada de decisões com base no conhecimento. Consideramos que o Podcast “Curiosidades com cientistas em tempos de pandemia” poderá contribuir para uma comunicação mais eficaz aliada à ciência e à medicina e ter um papel ativo na resolução desta pandemia”, explica a organização em comunicado.

Entrevista
Ambas afetam a forma como o doente age ou pensa, no entanto, a Esquizofrenia e o Transtorno Bipolar

Esquizofrenia e Transtorno Bipolar são duas doenças mentais que afetam a maneira como as pessoas pensam e agem. No entanto, embora apresentem características distintas, às vezes não é fácil distingui-las. Por que é que isto acontece?

O seu diagnóstico definitivo precisa de seguimento ao longo do tempo e numa observação única podemos observar uma apresentação menos típica da doença e ser levados a acreditar erradamente que se trate de outro diagnóstico. A ciência atual ainda não disponibilizou testes ou exames que nos permitam rapidamente confirmar o diagnóstico (marcadores biológicos).

Para compreendermos quer uma doença quer outra, começo por lhe perguntar o que caracteriza a Esquizofrenia?

A esquizofrenia é provavelmente a doença mais grave em Psiquiatria. Tem um grande impacto no comportamento e no funcionamento intelectual da pessoa, e impede muitas vezes a sua participação ativa na sociedade, condicionando sofrimento psicológico e até mortalidade precoce.

As suas características são o desenvolvimento de dois grupos de sintomas de forma mantida ao longo do tempo: sintomas positivos como delírios e alucinações, e sintomas negativos como ausência de iniciativa ou diminuição da expressão emocional. Principalmente o segundo grupo de sintomas têm manifestação permanente e ainda não descobrimos tratamento eficaz.

Quais as suas principais manifestações, e a partir de que idade é frequente surgirem os primeiros sintomas?

As  manifestações mais frequentes são por vezes melhor reconhecidas ou integradas pelos psiquiatras por serem pouco específicas (exemplo: isolamento social, diminuição generalizado do interesse nas coisas, ausência da expressão emocional) mas talvez as mais características e facilmente reconhecíveis sejam os delírios – a crença falsa e inabalável apesar das evidências do contrário (ex. acreditar erradamente que se está a ser perseguido); e as alucinações – uma perceção vivida como impossível de distinguir de uma perceção real que ocorre na ausência de um estímulo (ex. ouvir vozes que as outras pessoas não conseguem ouvir).

Em relação ao desenvolvimento dos primeiros sintomas, sabemos hoje que ocorrem pródromos, com alterações ligeiras e difíceis de caracterizar do comportamento, pensamento, socialização e funcionamento da pessoa que ocorrem anos a meses antes da chamada “fase activa” (que é a fase em que tipicamente as pessoas são levadas ao médico e também quando é mais fácil fazer o diagnóstico). A fae activa ocorre normalmente entre os 20 e os 30 anos e surge um pouco mais cedo nos homens do que nas mulheres.

Existem fatores de risco para a Esquizofrenia?

Os fatores de risco são: antecedentes familiares de esquizofrenia, nascimento no inverno-primavera, problemas durante a gravidez materna/nascimento: como infeções intra-uterinas, fome no primeiro trimestre de gestação, anemia, diabetes, pré-eclampsia ou idade do pai avançada. Dificuldades de aprendizagem na infância. Emigração com falta de enraizamento cultural. Características demográficas como ser solteiro, pertencer a classe social desfavorecida ou viver em ambiente citadino.

Como é feito o seu diagnóstico e quais os grandes desafios nesta área?

O seu diagnóstico é feito através da clínica, ou seja, não são necessários exames complementares de diagnóstico, uma vez que os resultados são normais ou mais tardiamente na doença estão alterados, mas não são específicos. É necessário um seguimento em Psiquiatria ao longo do tempo (meses ou anos) para confirmar o diagnóstico.

Em relação aos desafios, temos atualmente tratamentos que controlam de forma eficaz as alterações do comportamento, do pensamento e da perceção (como as alucinações), mas há ainda tratamento pouco eficaz dos chamados sintomas negativos, não sendo ainda possível parar a deterioração que a doença provoca e conseguir uma recuperação e reabilitação da pessoa. Muitas vezes a pessoa deixa de conseguir trabalhar e socializar ao nível prévio ao desenvolvimento da patologia.

Como se trata a esquizofrenia?

O tratamento deve ser feito em serviços de psiquiatria com programas dirigidos a esta patologia e envolvendo não só o doente e o Psiquiatra, mas também a família e outros técnicos. A base do tratamento farmacológico é a utilização de antipsicóticos.

No que diz respeito ao transtorno bipolar, quais as suas principais caraterísticas? Qual o comportamento típico de um doente bipolar?

A sua principal característica é ao longo da sua vida ter desenvolvido aquilo que designamos por “episódio maniforme” sem uma causa não psiquiátrica identificável. O quadro caracteriza-se por alterações do humor que pode ser eufórico ou irritável, diminuição da necessidade de dormir com aumento da energia, diminuição da atenção, sensação de grandiosidade ou aumento da autoestima, aceleração do pensamento, sentir-se mais falador do que o habitual, agitação e impulsividade. Fora destes episódios pode recuperar totalmente e estar sem alterações do humor ou apresentar sintomas de depressão.

A partir de que idade se pode manifestar? A que sinais devemos estar atentos?

A idade média é entre os 17 e os 30 anos. É particularmente difícil de fazer o diagnóstico antes deste intervalo, porque a adolescência é caracterizada por uma grande turbulência, sendo prudente fazer um seguimento maior antes de fazer o diagnóstico. Os sinais a que temos de estar atentos consistem em alterações mantidas durante alguns dias (e não apenas instabilidade) do humor, energia e expressão acompanhadas de alterações do comportamento.

Quais as causas deste transtorno?

É das perturbações psiquiátricas com maior hereditariedade familiar/genética podendo as crises serem precipitadas por acontecimentos de vida que induzam stress na pessoa.

Em que consiste o seu tratamento?

O tratamento consiste tipicamente na associação de psicoterapia com tratamento farmacológico. O tratamento farmacológico é tipicamente feito com estabilizadores de humor e antipsicóticos e tem de ser mudado frequentemente porque é diferente nos períodos de descompensação ou na fase de manutenção da doença e é escolhido conforme a polaridade predominante, presença de risco de suicídio e adesão ao tratamento.

A que outras comorbilidades se pode associar?

Mais frequentemente ao uso substâncias como álcool ou drogas, perturbações de ansiedade e antecedentes de hiperatividade e défice de atenção na infância

Uma pessoa pode sofrer de esquizofrenia e transtorno bipolar ao mesmo tempo?

Não. Por definição a esquizofrenia é uma doença mais contínua (sem intervalos livres) e apresenta sintomas psicóticos sem alterações do humor significativas enquanto a doença bipolar evolui por episódios (havendo recuperação entre episódios) e envolve por definição uma alteração de humor mesmo que na presença de sintomas psicóticos. Quando existem sintomas de humor de forma significativa e noutros períodos da vida episódios de psicose sem alteração de humor podemos estar perante uma Perturbação Esquizoafectiva.

Qual a importância do diagnóstico precoce?

Na doença bipolar quanto mais cedo se intervir melhor será o controlo da doença, menos repercussões irão ocorrer na vida do doente decorrentes das suas alterações do comportamento e em princípio mais cedo o doente irá desenvolver crítica para a doença. Pensa-se que será particularmente importante prevenir, evitar ou reduzir o desenvolvimento de episódios de mania por poder deixar sequelas cerebrais.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
A vacina Covid-19 de toma única da Johnson & Johnson demonstrou uma resposta imunitária duradoura e provocou mecanismos...

Os resultados de um sub-estudo da Fase 1/2a, publicado no New England Journal of Medicine (NEJM), demonstraram que tanto as respostas imunes humorais (anticorpos) como as celulares (célula T) geradas pela vacina Covid-19 de toma única da Johnson & Johnson foram fortes e estáveis durante oito meses após a imunização, o período de tempo avaliado até à data.

Os dados mostraram que as respostas das células T - incluindo as importantes células T CD8+ que procuram e destroem células infetadas - persistiram durante o período de oito meses em estudo. A Empresa anunciou os resultados do estudo de pré-impressão topline deste sub-estudo fase 1/2a a 1 de julho de 2021.

Os resultados indicam que uma única dose da vacina Johnson & Johnson COVID-19 provocou mecanismos duplos de proteção contra a doença COVID-19, incluindo contra doenças causadas pela variante Delta (B.1.617.2) e outras variantes sars-CoV-2 de preocupação, incluindo as variantes Alpha (B.1.1.7), Beta (B.1.351), Gama (P.1), Epsilon (B.1.429) e Kappa (B.1.617.1), bem como a estirpe original SARS-CoV-2 (WA1/2020). Estes dados sugerem uma expansão de anticorpos neutralizantes ao longo de oito meses, juntamente com as observações de respostas duradouras das células T e a sugestão de maturação das células B.

"Estes dados revistos pelos pares fornecem informações mais profundas sobre as respostas imunitárias duradouras e celulares provocadas pela vacina da Johnson & Johnson, oferecendo assim potencialmente um mecanismo duplo de proteção contra a doença Covid-19, incluindo contra a variante Delta e outras variantes de preocupação", disse Mathai Mammen, Global Head, Janssen Research & Development Johnson & Johnson.

"O estudo mostrou que os anticorpos neutralizantes específicos aumentaram ao longo dos oito meses examinados após a vacinação, o que sugere a maturação das respostas das células B. Além disso, as respostas das células T são especialmente fortes e estáveis ao longo do tempo, o que também é potencialmente importante para a atividade contra estas variantes."

Estes dados também estendem e complementam os resultados anteriormente publicados na Nature, que forneceram evidências da capacidade da vacina de produzir múltiplos componentes do sistema imunitário em indivíduos, bem como dados pré-clínicos na Nature relacionados com a eficácia contra a infeção SARS-CoV-2 devido à variante Beta em primatas não humanos. Coletivamente, estas análises indicam que a eficácia potencial das vacinas contra a COVID-19, incluindo a doença causada por variantes, deve ser considerada num contexto imunitário mais amplo no que respeita ao papel dos anticorpos não neutralizantes das células B e T.

Estudo da NOVA-IMS
Estudo da NOVA-IMS confirma que decisores políticos não percecionam o real valor da área de diagnóstico in vitro. Cerca de 70...

“Cerca de 70% dos diagnósticos são feitos com base nos resultados de diagnóstico laboratorial”, revelou Fernando de Almeida, Presidente do INSA e Coordenador da task force de testagem, no arranque da sessão organizada pela Roche Diagnósticos e a NOVA-IMS para debater o valor do diagnóstico e o seu impacto no cidadão e na saúde. No entanto, tal como acrescentou Nazli Sahafi, Diretora-Geral da Roche Diagnósticos Portugal, apenas 2% dos gastos em saúde são feitos com o diagnóstico. A este acrescentou outros números: menos 29 milhões de testes de diagnóstico feitos em 2020, o que significa uma redução de 30% face ao ano anterior; entre os quais menos 140.000 rastreios ao cancro do colo do útero e menos 125.000 pessoas que fizeram exames para deteção para o cancro colorretal. 

A importância do diagnóstico é, de resto, reconhecida por todos, como confirma o estudo realizado pela NOVA-IMS relativamente à forma como os diferentes atores percecionam o seu valor na discussão sobre a sustentabilidade dos serviços de saúde. Coube a Guilherme Victorino, Diretor da Nova Innovation & Analytics Lab e Professor Convidado da NOVA-IMS, a apresentação dos dados, que mostram não só o valor do diagnóstico para os doentes, profissionais de saúde e sistemas de saúde, assim como o seu contributo para o futuro da medicina personalizada, mas mostram ainda um consenso, partilhado até mesmo pelos decisores políticos: de que estes não percecionam o real valor do diagnóstico, havendo o apelo a mais formação sobre o tema.

Parte do estudo faz uma revisão da literatura publicada até ao momento, tendo o investigador destacado exemplos como o impacto da testagem de HPV para o rastreio do cancro do colo do útero na redução da incidência e mortalidade da doença em 30 e 70%, respetivamente, e redução de custos em 24% para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), face à citologia, o método clássico de rastreio. outro exemplo apontado é o doseamento de um biomarcador, o NT-proBNP que se colocado à disposição do médico de família poderia acelerar o diagnóstico de insuficiência cardíaca, patologia responsável pelo maior número de internamentos, e assim reduzindo os custos atuais com a gestão da doença em pelo menos meio milhão de euros.

A contribuição extraordinária sobre os fornecedores da indústria de dispositivos médicos do SNS foi também abordada no estudo, no qual alguns peritos, durante um focus group, apresentaram algumas sugestões para a sua dedução, tais como: aplicação numa base progressiva, funcionamento da taxa como forma de pagamento da dívida total de fornecimentos de dispositivos médicos para DIV, utilização da taxa para a criação de uma bolsa de investigação para aumentar a visibilidade
de Portugal nesta área.

O trabalho apresentou, ainda, outras recomendações mais gerais sobre o diagnóstico, que passam pela introdução de novos modelos de interação entre os diferentes atores; pela avaliação inclusiva e abrangente em relação ao impacto no sistema de Saúde; alinhamento da visão dos diferentes intervenientes; maior autonomia das instituições para inovar e a consolidação de uma visão baseada no valor.

A confirmação desta assunção do valor do diagnóstico prosseguiu durante o debate. João Almeida Lopes, presidente da APIFARMA, aproveitou para salientar que, quando o diagnóstico não é bem feito, “além de não ser bom para a saúde do doente, isso significa que se está a desperdiçar recursos, a alargar os tempos de tratamento e a não fazer as coisas bem. Quando queremos tratar bem um doente, temos de diagnosticar bem”. Ainda assim, a importância dos diagnósticos não é proporcional à relevância dada a nível político, o que Almeida Lopes justifica com a complexidade da saúde e um “desconhecimento” dos decisores políticos.

Tamara Milagre, presidente da EVITA (Associação de Apoio a Portadores de Alterações nos Genes relacionados com Cancro Hereditário), conhece bem a importância do diagnóstico, essencial nos casos de cancro hereditário, “que representam 10% de todos os cancros e que têm o maior potencial de prevenção ou deteção precoce. O diagnóstico é fundamental e salva a vida de famílias inteiras”, refere, salientando a importância da prevenção. “Se não investirmos na prevenção da doença, vamos ser atropelados pelos custos enormes que as doenças vão causar, ainda mais agravados pela pandemia”.

Uma posição com a qual Maria Antónia de Almeida Santos, presidente da Comissão Parlamentar para a Saúde, concordou. “Vivemos um tempo difícil, mas é o tempo da ciência e, a partir de agora, haverá uma maior consciencialização de que a ciência tem de estar presente nos orçamentos, nas nossas vidas, não só como tratamento, mas como prevenção e meio de poupança de recursos. Um diagnóstico bem feito e a tempo é um motivo para podermos pensar que se vão poupar recursos no futuro”, afirmou, salientando os passos já dados, a nível legislativo, nesta área.

Presente no debate, Luís Marques Mendes, advogado e comentador político, salientou os dados do estudo, que, segundo o próprio, elenca os benefícios do que chama “uma espécie de revolução no domínio do diagnóstico”. E destacou, ainda, a oportunidade do momento em que é apresentado, quando se prepara para ser aplicado em Portugal o Plano de Recuperação e Resiliência, entretanto aprovado pela Comissão Europeia. ”Esta é uma oportunidade para explicar aos decisores políticos que, com os princípios da ciência e inovação, vamos dar um passo à frente” no que diz respeito à área do diagnóstico. 

Diogo Serras Lopes, secretário de Estado da Saúde, encerrou o encontro, reconhecendo que “os diagnósticos precoces são vitais” e merecem, por isso mesmo, “uma atenção especial no Plano de Recuperação e Resiliência”. Porque, realçou, “apostar no diagnóstico precoce é apostar na promoção da saúde e na gestão integrada da doença”. E se dúvidas houvesse, a pandemia atestou a importância do diagnóstico: “Realizámos 14 milhões de testes até ao momento, 1,4 por pessoa, um número muito impressionante. A evolução nesta área foi brutal”.

Estudo
Um ano após a pandemia forçar várias empresas a realizar a transição para o teletrabalho, as gerações mais novas e as mais...

Embora os profissionais de todas as gerações sintam que o seu bem-estar integral, que inclui a saúde física, mental, social e financeira, diminuiu, os Baby boomers estão a viver de forma mais forte os impactos negativos do trabalho remoto. Segundo o inquérito da MetLife, os boomers afirmam que os problemas de estabelecimento de limitações (33%) e a diminuição da socialização (42%) são a razão para estarem mais descontentes atualmente com a situação laboral. Por outro lado, os trabalhadores mais jovens dizem que a possibilidade de passar tempo com a sua família (40%) e trabalhar num melhor local (30%) são os motivos para que o equilíbrio entre a vida laboral e profissional tenha melhorado. 

"Todos os profissionais estão a sentir os efeitos da pandemia, mas é evidente que o impacto varia muito entre diferentes gerações", afirma Oscar Herencia, vice-presidente do Sul da Europa e diretor-geral da MetLife na Ibéria. "As empresas devem considerar cuidadosamente estes detalhes à medida que começam a reinventar a experiência no local de trabalho nos próximos meses e a projetar o futuro". 

Fomentar uma cultura de bem-estar entre gerações 

Compreender as diferentes necessidades e valores dos trabalhadores das diferentes gerações será crucial para as organizações no momento de abordar o tema do bem-estar nas suas equipas. Por exemplo, o estudo da MetLife indica que os trabalhadores mais jovens preferem a flexibilidade no local de trabalho a um salário mais alto, enquanto os baby boomers são mais propensos a sentir saudades das interações pessoais com os seus colegas. 

O estudo também encontra uma forte conexão entre o tempo livre e a melhoria do bem-estar dos trabalhadores. Para enfrentar as suas preocupações com o bem-estar, 36% dos trabalhadores na faixa dos 20 anos de idade indicam que tiraram mais dias de baixa - principalmente por razões de saúde física ou mental – enquanto somente 8% dos baby boomers afirmaram o mesmo, e a maioria indicou as restrições de viagens e a grande carga de trabalho como principais razões para não desfrutar do tempo livre. 

“As empresas e os gestores têm um papel fundamental a desempenhar no apoio ao bem-estar dos trabalhadores” acrescenta Oscar Herencia. “Proporcionar flexibilidade, saber gerir a carga de trabalho e promover o tempo livre podem marcar uma grande diferença na saúde geral dos trabalhadores”. 

Os benefícios devem contemplar necessidades variadas e melhorar a resiliência dos trabalhadores 

Oferecer benefícios que se complementem e adaptem às etapas da vida e às necessidades pessoais dos empregados, assim como ter em conta a sua saúde física, mental, social e financeira, é fundamental. De facto, os trabalhadores que declaram que a sua empresa lhes oferece um pacote de benefícios que satisfaz as suas necessidades são 43% mais propensos a sentir resiliência, bem como de serem capazes de se adaptar e recuperar face às adversidades. Este facto é particularmente importante para as empresas, uma vez que os trabalhadores mais resilientes são mais produtivos (96%), mais comprometidos (91%) e têm maior integridade (68%), entre outras vantagens em comparação com a média deste estudo. 

O stress e os desafios do último ano tiveram um impacto diferente nos diversos escalões etários de trabalhadores, que agora dão cada vez mais prioridade aos benefícios que apoiam o seu bem-estar. Os profissionais mais jovens mostram maior preocupação em áreas diferentes das dos profissionais com mais idade. A saúde mental é a mais importante para 75% dos mais jovens (face a 34% dos baby boomers); seguida da saúde financeira, escolhida por 69% dos mais jovens em relação a 37% dos mais velhos; e da saúde física (64% dos mais jovens versus 38% dos baby boomers). 

"A pandemia proporcionou-nos novas informações sobre o que os trabalhadores precisam das suas organizações, não só agora, mas também no futuro", comenta Oscar Herencia. "À medida que o local de trabalho evolui e se torna mais personalizado, as empresas devem ter em conta os desejos e necessidades dos seus colaboradores e refletir estas aprendizagens nos benefícios e experiências de trabalho que lhes proporcionamos”. 

Investigação
Um novo estudo, desenvolvido pela Universidade de Telavive, em Israel, descobriu que os níveis de anticorpos contra a Covid-19...

Entre 8 de novembro de 2020 e 5 de março de 2021, os investigadores analisaram 26.170 amostras de sangue recolhidas entre pessoas que foram infetadas com o novo coronavírus, pessoas que foram vacinadas e pessoas não vacinadas suspeitas de contrair Covid-19, mas que eram assintomáticas.

As descobertas podem indicar a necessidade de diferentes métodos para incentivar o desenvolvimento de anticorpos em homens e mulheres, disse o investigador da Universidade de Telavive, Noam Shomron, um dos autores do estudo.

Entre as mulheres, verificou-se que os níveis de anticorpos aumentavam a partir dos 51 anos, quando comparados com níveis em homens de idade semelhante. "Este fenómeno pode estar relacionado com mudanças nos níveis da hormona do estrogénio, observadas por esta idade, que afeta o sistema imunitário", afirmou a Universidade de Telavive em comunicado.

Nos homens, os níveis mais altos de anticorpos foram detetados por volta dos 35 anos. "Isto pode estar relacionado com alterações nos níveis da testosterona e o efeito no sistema imunitário", acrescenta o comunicado.

Globalmente, os investigadores observaram que os jovens adultos sofreram maiores concentrações de anticorpos durante um período mais longo em comparação com os idosos vacinados. De acordo com o estudo, verificou-se uma diferença na casa das dezenas, em termos percentuais, na diminuição dos níveis de anticorpos entre grupos etários mais jovens e "muito velhos".

 

Impacto sentiu-se também ao nível do diagnóstico
A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) alerta para a diminuição de 62,5 por cento no número de tratamentos...

Para José Presa, presidente da APEF, “a pandemia COVID-19 teve um impacto significativo ao nível do diagnóstico atempado da hepatite C, mas também do seu tratamento, registando-se uma quebra de 4488 tratamentos pedidos em 2019 para 1682 tratamentos no ano de 2020.”

E frisa: “O não tratamento da hepatite B e C implicará a evolução para cirrose hepática, e nalguns casos, o desenvolvimento de carcinoma hepatocelular. A cada 30 segundos morre uma pessoa com uma doença relacionada com as hepatites. Desta forma, o diagnóstico precoce e o consequente tratamento é vital. Mesmo em plena pandemia COVID-19, não podemos esperar para atuar contra as hepatites virais”.

A hepatite é uma doença evitável, tratável e, no caso da hepatite C, curável. As hepatites virais B e C afetam 325 milhões de pessoas em todo o mundo, causando 1,4 milhões de mortes por ano.

Em Portugal existem cerca de 45 000 doentes com hepatite C não diagnosticados. Frequentemente, os doentes infetados pelo vírus da Hepatite C não têm sintomas. O diagnóstico da hepatite C faz-se, primeiro, tendo em conta a suspeita de a pessoa poder estar infetada (ter feito transfusões de sangue antes de 1992; ter usado ou partilhado seringas ou outros materiais no passado). Os tratamentos são simples, rápidos e sem custos para o doente.

 

Tratamento de eleição para tumores peritoneais
O Serviço de Cirurgia Geral do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), liderado por José Guilherme Tralhão,...

Recorde-se que o Serviço deu início no passado mês de maio a esta nova técnica, num doente com diagnóstico de carcinoma gástrico com metastização peritoneal o qual foi submetido a gastrectomia subtotal radical e peritonectomia com HIPEC.

Tradicionalmente, a carcinomatose peritoneal é tratada com cirurgia seguida de quimioterapia. A HIPEC consiste na aplicação, durante a cirurgia, de quimioterapia diretamente sobre o peritoneu, associada a uma temperatura elevada.

A HIPEC pode constituir-se como um tratamento de eleição para o tratamento de diversos tumores peritoneais, permitindo aumentar a sobrevida dos doentes.

 

 

Com o apoio da Altice Portugal
Fadiga, dispneia, desconforto torácico e tosse são alguns dos sintomas que os doentes infetados pela COVID-19 mantêm após o...

Com a telemedicina a adquirir enorme relevância e crescente importância no ecossistema da saúde ao serviço de cuidados de proximidade, contribuindo para um acompanhamento contínuo dos doentes, a telemonitorização vem possibilitar o acompanhamento permanente e dar resposta à necessidade de monitorizar os sintomas relacionados com a COVID-19.

O projeto piloto de telemonitorização da Altice Portugal e do CHULC é suportado na solução SmartAL da Altice Portugal, enquanto ferramenta de ambiente assistido e sistema focado na gestão da saúde e no apoio social. A solução SmartAL permite o acompanhamento de doentes à distância, 24h/7, quer através da monitorização remota de sinais vitais, quer apoiando o utente na sua rotina de atividades diárias relacionadas com a saúde, o bem-estar e a segurança.

O atual momento fica marcado como um impulsionador da digitalização da saúde, conduzindo ao desenvolvimento de novas tecnologias e ferramentas. A integração da tecnologia 5G será uma realidade numa 2ª fase do projeto. Com as suas capacidades de ligação ultrarrápidas e uma latência quase inexistente, a tecnologia 5G vai contribuir para avaliação, diagnóstico e tratamento à distância, recorrendo a uma observação remota “instantânea”, ao possibilitar a transmissão de imagem e dados biométricos em tempo real.

Este projeto piloto pretende validar a implementação de uma solução tecnológica em contexto real, avaliar os impactos positivos da solução no acompanhamento dos doentes e criar um exemplo replicável para outras patologias ou unidades de saúde, com divulgação das métricas e resultados atingidos no projeto piloto.

Para Alexandre Fonseca, Presidente Executivo da Altice Portugal, «Este é um projeto diferenciador e de inovação e um primeiro passo para continuar a trabalhar com o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central. Neste projeto estamos a juntar dois vetores, que são importantes nas sociedades modernas e que fazem parte da nossa estratégia: o vetor da tecnologia e o vetor da saúde. Depois do que vivemos durante o último ano e meio, é evidentemente que estes vetores são indissociáveis e que o futuro passa por uma maior proximidade e por uma maior ligação produtiva entre os dois, com ganhos de eficiência, produtividade e maior qualidade de vida das pessoas».

Rosa Valente de Matos, Presidente do Conselho de Administração do CHULC, referiu, por seu turno, que «a nossa missão principal é dar respostas às necessidades dos nossos doentes e por isso criámos a Clínica Pós-COVID, uma consulta multidisciplinar para os nossos doentes COVID que ficaram com patologias que têm de ser tratadas. Com esta Clínica Pós-COVID surge a ideia de estabelecer uma parceria com a Altice Portugal envolvendo os nossos profissionais e, principalmente, os nossos utentes. Com este projeto de telemonitorização, permite-se que as pessoas nas suas casas, no seu ambiente familiar, possam ser monitorizadas e obtenham as respostas necessárias ao seu estado de saúde. Trata-se de uma mais-valia, de uma inovação, que marca claramente o caminho para um futuro diferente no Serviço Nacional de Saúde, colocando a tecnologia ao serviço das pessoas».

Estudo
Cerca de 4% dos casos de cancro diagnosticados em 2020 em todo o mundo - cerca de 741.300 - podem estar associados ao consumo...

De acordo com o estudo, a maioria (77%) dos casos de cancro relacionados com o álcool foram identificados entre o sexo masculino, enquanto 23% (172.600 casos) atingiram as mulheres. Os cancros do esófago, do fígado e da mama foram referidos como os mais frequentes.

Com base em dados de anos anteriores, os cientistas estimam que em 2020 houve mais de 6,3 milhões de casos de cancro da boca, faringe, laringe, esófago, cólon, reto, fígado e mama no mundo.

O consumo de álcool tem demonstrado causar danos no ADN através do aumento da produção químicos nocivos ao organismo, para além da afetar produção de hormonas, o que, dizem os especialistas, “pode contribuir” para o desenvolvimento da doença.

"Precisamos urgentemente de sensibilizar os políticos e os cidadãos para a ligação entre o consumo de álcool e o risco de cancro", diz Harriet Rumgay, da Agência Internacional para a Investigação do Cancro (IARC), em França.

Segundo a especialista, "estratégias de saúde pública, como a redução da disponibilidade de álcool, a rotulagem de produtos com avisos sanitários e a proibição de 'marketing' poderiam reduzir as taxas de cancro causadas pelo álcool".

Para chegar a estas conclusões, os investigadores estabeleceram níveis de ingestão de álcool por pessoa por país, ao longo de dez anos e combinaram estes dados com novos casos estimados de cancro em 2020 de modo estimar o número de cancros associados ao álcool em cada país.

Para tal estabeleceram três níveis: moderado - entre 0,1 a 20 gramas por dia, ou seja, o equivalente a duas bebidas alcoólicas, de risco - de 20 a 60 gramas por dia - entre duas e seis bebidas por dia - e "abundante", mais de 60 gramas por dia, ou seja, o equivalente a mais de seis bebidas diariamente.

Assim descobriram que, globalmente, 4% de todos os novos casos de cancro em 2020 estavam associados ao consumo de álcool; e que o consumo "de risco" e "abundante" resultou na maior proporção de episódios com 39% -291.800 casos e 47% -346.400 casos, respetivamente. O consumo "moderado" levou a 14% desses casos.

Foi possível ainda constatar que as regiões da Ásia Oriental e da Europa Central e Oriental registaram as maiores proporções de casos relacionados com o álcool (6%) enquanto o Norte de África e na Ásia Ocidental, apresentaram um total de 1% de casos.

"As tendências sugerem que, embora haja uma diminuição do consumo de álcool por pessoa em muitos países europeus, o uso está a aumentar em países asiáticos, como a China e a Índia, e na África Subsariana", dizem os especialistas, que acreditam que a pandemia COVID-19 aumentou as taxas de consumo em alguns países.

Os autores da investigação, entre eles, peritos da Agência Internacional para a Investigação do Cancro (IARC) em França já apelaram a uma maior sensibilização para a ligação entre o álcool e o cancro.

Abertura das fronteiras feita com cuidado
O turismo não é responsável pelo aumento das infeções de Covid-19 na Grécia, disse o ministro do Turismo, esta quarta-feira...

A Grécia, que conta com o turismo para um quinto da sua economia, iniciou a temporada em maio, esperando que as receitas atinjam cerca de metade do recorde que detinha em 2019, quando mais de 30 milhões de pessoas visitaram o país.

"A abertura do turismo realizou-se com muito cuidado, nos primeiros 10 dias de julho.  Apenas 74 das 105.609 amostras recolhidas nos pontos de entrada no país foram positivas, o que corresponde a 0,07%", disse Haris Theoharis numa conferência do setor.

"O aumento de infeções não está relacionado com o turismo”, afirmou citado pela Reuters

 

 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados mais 4.153 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e nove mortes em território nacional....

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que mais mortes registou, nas últimas 24 horas, em todo o território nacional: sete de nove. A região Centro contabilizou duas mortes desde o último balanço.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 4.153 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 1.928 novos casos e a região norte 1.305. Desde ontem foram diagnosticados mais 316 na região Centro, 102 no Alentejo e 441 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais 19 infeções e 42 nos Açores.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 734 doentes internados, menos oito que ontem.  As unidades de cuidados intensivos têm agora 171 pacientes, mais dez doentes internados que no dia anterior.

O boletim desta quarta-feira mostra ainda que, desde ontem, 2.235 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 852.269 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 47.108 casos, mais 1.909 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 1.322 contactos, estando agora 77.682 pessoas em vigilância.

Comunicado conjunto insta ao cumprimento do plano de vacinação
A vacinação continua a ser uma das melhores medidas de proteção contra a Covid-19, por isso a Agência Europeia de Medicamentos ...

“Isto é particularmente importante tendo em conta a disseminação da variante Delta da SARS-CoV-2 (o vírus que causa a COVID-19), a necessidade de proteger os cidadãos, especialmente aqueles em risco de sofrerem de doença grave, e o desejo de abrir as nossas sociedades e relaxar as restrições”, explicam em comunicado conjunto.

A variante Delta (B.1.617.2) é uma variante da preocupação que se está a espalhar rapidamente na Europa e pode dificultar seriamente os esforços para controlar a pandemia. As evidências sugerem que é 40% a 60% mais transmissível do que a variante anterior – a Alpha (Β.1.7) -, que foi a primeira grande variante da preocupação na UE. “Além disso, a variante Delta pode estar associada a um maior risco de hospitalização”, esclarecem os reguladores europeus.

O ECDC estima que, até ao final de agosto, a variante Delta representará 90% de todos os vírus SARS-CoV-2 que circulam na UE. “Isto torna essencial que os países acelerem os programas de vacinação, incluindo a entrega de segundas doses sempre que recomendado”, pode ler-se na nota.

Importância da adesão e conclusão dos planos de vacinação recomendados

“A adesão ao plano de vacinação recomendado, em conformidade com as informações do produto, é vital para beneficiar do mais alto nível de proteção contra o vírus”, salientam sublinhando que à medida que a variante Delta se espalha cada vez mais, cumprir o plano é cada vez mais importante. Segundo a EMA e o ECDC, “os elementos de prova preliminares sugerem que ambas as doses de uma vacina COVID-19 de duas doses, como a Comirnaty, Spikevax ou Vaxzevria, são necessárias para proporcionar uma proteção adequada contra a variante Delta”.

De acordo com as duas entidades, “o risco de doença severa e mortalidade causada pela COVID-19 é maior para as faixas etárias mais velhas e para as que têm outras condições subjacentes”, pelo que é essencial que estás faixas etárias estejam devidamente protegidas. No entanto, de acordo com o Rastreador de Vacinas do ECDC, existem ainda 10 países da UE/EEE onde quase 30% ou mais dos indivíduos com mais de 80 anos ainda não completaram o plano de vacinação recomendado.

Do mesmo modo, para proteger pessoas frágeis e idosas em ambientes fechados, como doentes internados ou residentes em centros de cuidados prolongados, é essencial que profissionais de saúde e funcionários de lares de terceira idade adiram ao plano. A EMA e o ECDC incentivam os profissionais de saúde e os prestadores de cuidados a aceitarem as ofertas de vacinação o mais rapidamente possível, “a protegerem-se a si próprios, às suas famílias e àqueles com quem trabalham e cuidam”.

Para responder a estas necessidades e aumentar a cobertura da vacinação, os países podem adaptar as suas estratégias, por exemplo, no que diz respeito ao intervalo entre a primeira e a segunda dose, com base na situação epidemiológica e na circulação de variantes, e na evolução da evidência sobre a eficácia da vacina contra as variantes, adiantam os reguladores.

Dia 23 de julho entre as 17h e as 19h10
A evolução no tratamento dos linfomas durante o século XXI, como funciona e a quem se dirige a terapia celular, o papel da...

Moderado pelo jornalista Paulo Farinha, a iniciativa irá dividir-se em três painéis. O primeiro será composto por um momento de abertura por parte do Professor Manuel Abecasis, Presidente da APCL, e pela sessão “Tratamento dos linfomas: evolução no século XXI”, com a participação de Filipa Moita, do IPO de Lisboa. No segundo painel, Gilda Teixeira, também do IPO de Lisboa, falará sobre a “Terapia Celular – como funciona e a quem se dirige”. O terceiro painel destina-se aos temas “Equipa CAR T – o papel da enfermagem” pela enfermeira Fátima Penim, também do IPO Lisboa, e “O papel do cuidador” pela cuidadora Patrícia Silva.

Esta iniciativa conta ainda com um espaço para perguntas e respostas. A associação pretende desta forma proporcionar momentos de interação entre os especialistas e os doentes e cuidadores que estão a assistir. O objetivo do webinar da APCL passa assim por promover a educação sobre terapia celular, proporcionando a doentes e cuidadores um aprofundamento dos seus conhecimentos sobre esta forma de tratamento.

A participação no evento, que conta com o apoio da farmacêutica Gilead, será gratuita e as inscrições poderão ser feitas aqui.

 

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