Associação Portuguesa de Nutrição
A intolerância à lactose é uma intolerância alimentar relacionada com a má digestão da lactose, um a

A principal causa desta intolerância alimentar é a ausência ou deficiência da enzima lactase – enzima intestinal responsável pela hidrólise da lactose (um dissacarídeo) e que ajuda à sua degradação em açúcares mais simples (os monossacarídeos glicose e galactose), mais facilmente absorvidos pelo organismo.

Existem diferentes subtipos de intolerância à lactose, podendo classificar-se como congénita, em que os bebés que sofrem com esta patologia não produzem lactase desde a nascença, primária, em que ocorre diminuição ou perda total de expressão da lactase, ou secundária, ocorrendo uma diminuição temporária da produção da lactase, como consequência de determinadas patologias gastrointestinais.

As principais manifestações clínicas associadas à intolerância à lactose estão relacionadas com o sistema gastrointestinal e incluem dor e distensão abdominal, diarreia e flatulência, náuseas e vómitos, sendo que a intensidade destes sintomas depende, em geral, da quantidade de lactose ingerida, do grau de deficiência da lactase e do tipo de alimento ingerido.

Os indivíduos intolerantes à lactose podem, no entanto, apresentar diferentes níveis de sensibilidade, tolerando a ingestão desde 1g a 12g de lactose diariamente, dependendo do seu grau de sensibilidade, o que poderá permitir ou não a ingestão de determinados alimentos. Estes níveis podem alterar-se ao longo do tempo e com o estado de saúde dos indivíduos.

Uma vez que este açúcar se encontra exclusivamente presente em produtos lácteos, a intolerância à lactose pode levar a um menor consumo destes alimentos. É de destacar o elevado valor nutricional dos laticínios, com proteínas de alto valor biológico e com um teor muito interessante de vitaminas e minerais - em que se destacam a vitamina D e o cálcio - pelo que se torna fundamental adotar uma dieta que assegure a obtenção diária destes nutrientes nas quantidades adequadas.

Apesar de conterem lactose, os iogurtes e leites fermentados podem ser importantes aliados para intolerantes à lactose, nomeadamente em substituição do consumo de leite. Um iogurte tem cerca de 5g de lactose, quantidade significativamente mais baixa que a de um copo de leite (que contém cerca de 12g). Embora produzidos a partir do leite, estes alimentos contêm na sua composição fermentos láticos - microrganismos vivos - que, durante o processo de fermentação, convertem parte da lactose presente na matéria-prima em ácido lático. O resultado são produtos com menos lactose, melhor aceites por indivíduos com intolerância à mesma, e com bactérias láticas que, estando vivas, contribuem também para o bom funcionamento do sistema digestivo, mesmo após serem ingeridas.

O iogurte e/ou leite fermentado é, deste modo, uma boa alternativa para quem tem sensibilidade moderada à lactose, permitindo um consumo adequado dos nutrientes fornecidos pelos laticínios. Por outro lado, consumidores com elevada sensibilidade a este açúcar deverão evitar estes alimentos ou optar por versões sem lactose (produzidos de forma a serem totalmente isentos de lactose), procurando aconselhamento junto de um profissional de saúde para que o seu consumo e as suas escolhas sejam ajustados às necessidades individuais.

Conteúdos sobre os diferentes tipos de iogurte e leites fermentados, as suas características e benefícios para a saúde podem ser encontrados em www.queiogurteestu.pt e no Instagram em https://www.instagram.com/queiogurteestu/, duas páginas da iniciativa “Que Iogurte És Tu?”- um projeto com a colaboração da Associação Portuguesa de Nutrição, que pretende incentivar os portugueses a adotarem uma alimentação mais saudável, e que promova o consumo de iogurte e/ou leite fermentado numa base diária.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Em entrevista à TVI24
Em entrevista à TVI24, o virologista Pedro Simas o próximo mês vai ser uma boa altura para desconfinar ainda mais, mas de forma...

"Agosto vai ser uma boa altura para desconfinarmos gradualmente ainda mais e para começarmos a largar a máscara em algumas situações, na via pública, por exemplo", defendeu o especialista do Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Lisboa quando questionado sobre o levantamento da maioria das restrições no Reino Unido, que começou esta segunda-feira.

Segundo o especialista, “o vírus está a propagar-se de uma forma pandémica nas camadas mais jovens, que estão de férias, há menos tendência para estarem agregadas - não estão agregadas na escola, concentradas. À medida que vamos avançando na vacinação, vamos podendo começar a desconfinar, a começar a largar as máscaras em algumas situações como na via pública"

Portugal tem, de acordo com Pedro Simas, “números epidemiológicos e uma cobertura vacinal boa”, podendo tornar-se “um grande exemplo para a Europa em termos de aderência à vacinação".

 

 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados mais de 1.800 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e oito mortes em território nacional. O...

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que mais mortes registou, nas últimas 24 horas, em todo o território nacional: cinco de oito. A região Norte registou uma morte e o Algarve contabilizaram mais duas, desde o último balanço.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 1.855 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 624 novos casos e a região norte 755. Desde ontem foram diagnosticados mais 127 na região Centro, 61 no Alentejo e 231 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais 25 infeções e 32 nos Açores.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 851 doentes internados, mais 46 que ontem.  As unidades de cuidados intensivos têm agora 181 pacientes, mais cinco doentes internados que no dia anterior.

O boletim desta segunda-feira mostra ainda que, desde ontem, 1.382 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 863.089 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 52.236 casos, mais 465 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 173 contactos, estando agora 79.883 pessoas em vigilância.

Opinião
As técnicas de cirurgia robótica estão cada vez mais avançadas.

Não é segredo para ninguém que robôs são cada vez mais usados nos principais centros médicos. A tecnologia do mundo atual permite que grandes procedimentos sejam feitos com tanta perfeição que é cada vez mais difícil que o paciente tenha algumas sequelas após o tratamento. Mas, como isso é possível? Exemplo disso é visto, por exemplo, com a cirurgia robótica cerebral. Essa técnica tem chegado a novos patamares, neste início da terceira década do século XXI, com ferramentas tão avançadas que hoje em dia é possível até confirmar uma redução expressiva de casos com sequelas para os pacientes que passam por estes procedimentos.

 Quem confirma esta tendência é o neurocientista, neuropsicólogo e biólogo luso-brasileiro Fabiano de Abreu, que atualmente vive em Castelo de Paiva, no norte de Portugal. Para explicar como isso é possível, o especialista publicou, recentemente, um artigo na Revista de Estudos de Gestão, Informação e Tecnologia (REGIT), uma das mais conceituadas revistas científicas da área de tecnologia do mundo.

Com o texto intitulado O avanço da cirurgia robótica cerebral e a possibilidade de substituições neuronais, Fabiano comenta “a introdução da robótica e de novas técnicas de imagem e a importância para reconhecimento e localização mais precisos dos alvos cirúrgicos, contribui para a eliminação completa de  patologias e ajuda a evitar danos severos nas estruturas neurais, resultando a redução da morbilidade e mortalidade de pacientes”.

Além disso, o neurocientista comentou ainda que os avanços tecnológicos no campo da neurociência vão além das técnicas de diagnósticos ou cirurgias. Destacou que a robótica, a nanotecnologia e os circuitos de partilha de informação podem levar ao nível de substituição neuronal. Membro da Sociedade Brasileira, Portuguesa e da Federação Europeia de Neurociência, Fabiano lembra no seu artigo o quanto a utilização da robótica na neurociência é importante para o desenvolvimento de técnicas eficazes e minimamente invasivas para o tratamento do cérebro. “A tendência atual é que o biológico e o artificial se fundam cada vez mais, o que, por sua vez, implicará discussões de uma série de questões éticas e morais”, completa o neurocientista.

 

 

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Serviço de subscrição de atividades para idosos
A Actif Age, uma start-up que consiste num serviço de subscrição de atividades digitais interativas para idosos com sessões...

“É muito gratificante sermos reconhecidos e este evento também possibilitou que divulgássemos junto de diversas pessoas o que temos estado a trabalhar”, explica Sara Gonçalves, Co-funder e CEO da start-up que ficou em 1º lugar. Apesar de estar orgulhosa, admite ter ficado surpreendida com a vitória: “Existe muito valor na comunidade de empreendedorismo em Portugal e, por isso, sabemos que a competição também é sempre exigente”.

Segundo Sara Gonçalves, a pandemia veio alertá-la para uma problemática que existe há várias décadas: a desvalorização da necessidade de atividade física por parte da população. “Muita gente sabe que é importante, mas não incorporam isso nas suas rotinas por várias razões”, lamenta.

Devido à experiência pessoal de Sara e dos outros dois fundadores, Damilola e Tommaso, ao participarem num programa de incubação, a escolha do público que queriam impactar foi simples. A avó de Sara foi diagnosticada com Alzheimer há 10 anos e desde aí que melhorar a qualidade de vida da população mais sénior tornou-se uma prioridade.

Foi daí que nasceu a Actif Age, “a Netflix saudável para seniores”, continua Sara, que acredita que a pandemia não trouxe apenas coisas más: “Acreditamos que a pandemia veio também mostrar coisas importantes, como por exemplo o facto de pessoas com mais idade terem mais do que capacidade para aprender a usar tecnologias”. O objetivo passa então por apoiar os idosos, de forma a que estes passem a desfrutar de uma vida mais ativa, feliz e saudável, através de sessões e atividades desenhadas por especialistas e adaptadas às necessidades de cada um.

A concurso estiveram ainda as start-ups MyCareforce (2º lugar), uma plataforma que facilita a relação entre enfermeiros e instituições de saúde, disponibilizando turnos de forma rápida, fácil e flexível, Portugal Green Travel (3º lugar), uma empresa de gestão de destinos especializada em experiências autênticas e sustentáveis e com especial foco em territórios de baixa densidade e FHLUD (4º lugar), um Marketplace para produtos hortofrutícolas frescos, com entregas ao domicílio e no qual os produtores e consumidores podem comprar, vender e doar alimentos de origem local.

A edição 100% online contou com a presença de 12 elementos do júri, internos e externos à Bayer em Portugal. Do lado do júri interno, contou-se com André Santiago Silva, José Faria Machado, Michael Bolon, Nathalie Cardinal von Widdern, Rita Serejo, Rui Beleza e Sofia André. No júri externo, participaram Fernando Fraga, Head of Innovation da Acredita Portugal, João Ribeiro, Head of Growth na Kitch, Luís Rocha, Co-founder & CMO da Coverflex, Miguel Botto, Investment Director da Portugal Ventures e Rita Spencer, Project Manager na StartUp Portugal. Esteve ainda presente Horácio Mota, da empresa Inov4You, que fez um pequeno discurso sobre Fundos Comunitários para Start-ups.

O primeiro evento STEM4Health em Portugal foi realizado em 2016 com o objetivo de conectar start-ups, empresas, faculdades, institutos, organizações, estudantes ou qualquer outra pessoa interessada em tecnologias e Life Science. Desde a sua criação, o STEM4Health, apoiado pelo programa de aceleração de start-ups da Bayer, foi-se desenvolvendo em várias áreas, estando presente em cerca de 20 cidades em todo o mundo.

 

Medicamentos patenteados
A BIAL assinou um acordo com a empresa eslovena Medis para a distribuição de dois medicamentos patenteados pela farmacêutica...

A parceria prevê um acordo de distribuição exclusivo do acetato de eslicarbazepina na República Checa e na Eslováquia, e do opicapona em 12 países: Bósnia Herzegovina, Bulgária, Croácia, República Checa, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Macedónia do Norte, Sérvia, Eslováquia e Eslovénia.

“Estamos muito satisfeitos por ter a farmacêutica Medis como nova parceira. Acreditamos que esta parceria é mais um passo importante para expandir a comercialização dos nossos medicamentos inovadores. A Medis é uma empresa que partilha a nossa visão de longo-prazo e estamos desejosos de levar estes dois medicamentos, tão importantes para os doentes que sofrem de Parkinson e de epilepsia, aos territórios da Europa Central e de Leste”, afirma António Portela, presidente-executivo da BIAL.

Já Martina Perharic, presidente-executiva da Medis, revela que "estamos contentes e orgulhosos com esta parceria assinada com a BIAL que nos permite oferecer dois medicamentos que acreditamos representam uma grande ajuda para os milhares de doentes que vivem com Parkinson e com epilepsia”.

A epilepsia é uma doença com grande prevalência, com seis milhões de pessoas afetadas na Europa, sendo que as estimativas apontam para que cerca de 15 milhões de europeus tenham, pelo menos uma vez na vida, uma convulsão epilética.

A doença de Parkinson é uma patologia crónica, progressiva e neurodegenerativa, caracterizada por uma forte redução de um neurotransmissor chamado dopamina, provocada pela degeneração de certos neurónios no cérebro.

A Associação Europeia da Doença de Parkinson (EPDA) estima que 1.2 milhões de pessoas sofram desta patologia na Europa.

 

 

 

Masterclasses digitais gratuitas
“Gravidez de Mês a Mês” é um programa de Masterclasses digitais gratuitas, criado com o objetivo de esclarecer e informar sobre...

Promovido pelas Farmácia Holon e orientado por uma equipa de profissionais de saúde especializados nas áreas farmacêutica, de enfermagem e nutrição, aborda vários temas entre os quais alimentação e suplementação, enjoos, atividade física, ansiedade, sono e sexualidade.

“O nosso projeto “Gravidez de Mês a Mês” é composto por um total de 9 sessões, todas elas com temas distintos e essenciais, desenvolvidas para acompanhar os nove meses da gravidez. Nestas sessões mensais iremos esclarecer dúvidas, inquietações e abordar, sem tabus, todas as situações que podem ocorrer durante este período. Enquanto farmacêuticos de proximidade, temos um papel importante no aconselhamento e acompanhamento da saúde materna e sabemos que são muitos os desafios que surgem na vida dos futuros pais”, explica Joana Brito, farmacêutica e coordenadora deste projeto.

As Masterclass online decorrem na primeira semana de cada mês e podem ser acompanhadas através do micro site https://gravidezmesames.livewebinar.pt/. Durante as sessões, os especialistas abordam a temática em destaque e respondem a todas as dúvidas dos participantes.

Estas sessões são uma ferramenta útil para qualquer grávida, independemente da fase de gestão em que se encontra. Para prolongar o acesso a todas as informações prestadas das masterclasses, é possível ver e rever estas sessões em diferido.

 

 

Investigação
Um estudo realizado numa cidade italiana, divulgado esta segunda-feira na revista Nature, mostrou que o nível de anticorpos...

Investigadores da Universidade de Pádua e do Imperial College de Londres testaram mais de 85% dos 3.000 residentes da cidade italiana, entre fevereiro e março de 2020, e novamente em maio e novembro desse ano.

A equipa de investigação descobriu que 98,8% das pessoas infetadas em fevereiro e março apresentaram níveis detetáveis de anticorpos em novembro e que não havia diferença entre aqueles que tinham sofrido sintomas de Covid-19 e aqueles que tinham sido assintomáticos.

 

Agência Europeia de Medicamentos
"As quatro vacinas aprovadas até ao momento na União Europeia proporcionam uma elevada proteção contra todas as estirpes...

De acordo com o responsável, os dados preliminares sugerem que no caso das vacinas aprovadas com duas doses - Comirnaty, da Pfizer e Da BioNTech; Spikevax, da Moderna, e Vaxzevria, da AstraZeneca – estas são necessárias para proporcionar uma proteção adequada contra a variante delta, o que torna "ainda mais importante instar a população a completar o calendário de vacinação o mais rapidamente possível, e que o intervalo entre as duas doses seja o mais próximo recomendado em cada caso".

O responsável pela Estratégia para a Vacinação da EMA salientou ainda que, dada a rápida disseminação da variante delta altamente contagiosa, que está a gerar preocupação não só na Europa, mas em todo o mundo, é extremamente importante vacinar o maior número possível de pessoas, como recomendado a nível nacional em cada um dos países.

Recordou que, numa declaração conjunta da EMA e do Centro Europeu de Controlo e Prevenção de Doenças (ECDC), ambas as organizações alertaram precisamente para a situação da pandemia atual, e "encorajamos a população a proteger-se, garantindo que completa o seu calendário de vacinação".

Ainda é muito cedo para saber se uma vacina diferente ou a adaptação de qualquer uma das disponíveis será necessária para lidar com esta variante, "embora já estejam a ser feitos trabalhos para estudar as variações das vacinas”.

O comunicado aponta ainda para a possibilidade de ser necessário administrar uma dose de reforço após os ciclos de vacinação estabelecidos. "Neste momento", disse Cavaleri, "é muito cedo para confirmar se esta dose se tornará necessária, ou quando deve ser considerada, porque ainda não há dados suficientes de campanhas de vacinação ou estudos em curso para concluir quanto tempo a proteção das vacinas vai durar, tendo também em conta o impacto da dispersão de variantes. Em qualquer caso, a EMA irá rever todos estes dados assim que estiverem disponíveis."

 

 

 

Investigação
Num novo estudo, um grupo de investigadores da Escola de Medicina de San Diego, confirmou que aqueles que fazem uso das...

As estatinas são comumente usadas para reduzir os níveis de colesterol no sangue, bloqueando enzimas hepáticas responsáveis pela produção do colesterol.

"No início da pandemia, houve muita especulação em torno de certos medicamentos que afetam o recetor ACE2 do corpo, incluindo Estatinas, no sentido de perceber se estes poderiam influenciar o risco da Covid-19", disse Lori Daniels, autora principal do estudo, professora e diretora da Unidade de Cuidados Intensivos Cardiovasculares da UC San Diego Health.

"Na altura, pensámos que as Estatinas poderiam inibir a infeção SARS-CoV-2 através dos seus conhecidos efeitos anti-inflamatórios e capacidades de ligação, o que poderia potencialmente parar a progressão do vírus."

Utilizando dados do Registo de Doenças Cardiovasculares COVID-19 da American Heart Association, a equipa de investigação da UC San Diego aplicou as suas descobertas originais a uma coorte muito maior: mais de 10.000 pacientes hospitalizados com Covid-19 em todos os estados do país.

Os investigadores analisaram registos médicos anónimos de 10.541 doentes internados com Covid-19, durante um período de nove meses, de janeiro a setembro de 2020, em 104 hospitais diferentes.

De acordo com a equipa de pesquisa, o uso de Estatinas ou um medicamento anti-hipertensivo foi associado a um menor risco de morte (cerca de 32%) entre os pacientes com Covid-19 com um historial de doença cardiovascular ou hipertensão.

No estudo, foram utilizadas técnicas de correspondência estatística para comparar resultados de doentes que usavam Estatinas ou uma medicação anti-hipertensiva com aqueles que não o faziam.

"Combinámos cada paciente com um ou mais pacientes semelhantes, utilizando o local do hospital, o mês de admissão, a idade, a raça, a etnia, o género e uma lista de condições pré-existentes, de forma a tornar os dois grupos o mais comparáveis possível", disse Karen Messer, doutorada, coautora do estudo e professora de bioestatística na Faculdade de Medicina da UC San Diego.

O recetor ACE2 - o alvo regulamentar das Estatinas - ajuda a controlar a pressão arterial. Em 2020, descobriu-se que o vírus SARS-CoV-2 usa principalmente o mesmo recetor para entrar nas células pulmonares.

De acordo com os investigadores, as Estatinas e os medicamentos anti-hipertensivos estabilizam as doenças subjacentes às quais são prescritos, tornando os pacientes mais propensos a recuperar da Covid-19.

"Como em qualquer estudo observacional, não podemos dizer com certeza que as associações que descrevemos entre o uso de Estatinas e a redução da gravidade da infeção Covid-19 são definitivamente devido às próprias Estatinas; no entanto, podemos agora dizer com provas muito fortes que podem desempenhar um papel na redução substancial do risco de morte entre pacientes com Covid-19", disse Lori Daniels. "Esperamos que os nossos resultados de investigação sejam um incentivo para que os pacientes continuem com a sua medicação."

O estudo inicial incluiu 170 registos médicos anómimos de doentes que receberam cuidados na UC San Diego Health. Os investigadores descobriram que o uso de Estatinas antes do internamento hospitalar para a Covid-19 resultou numa redução de mais de 50% no risco de desenvolver infeções graves.

 

www.eueocancrodamama.pt
Eu e o Cancro da Mama Metastático trata de temas tão distintos como diagnóstico, tratamentos, emoções, saúde, relacionamentos,...

Muito se sabe sobre o cancro da mama, o cancro mais frequente entre o sexo feminino, mas poucos conhecem os desafios e as necessidades de quem vive com a doença numa fase mais avançada. Fala-se de cancro da mama metastático quando a doença se disseminou para além do tumor primário, neste caso na mama, para outras partes do corpo. Nestes casos, à semelhança do que acontece com outras doenças crónicas, a pessoa terá de (com)viver com o cancro para sempre.

Os progressos científicos têm-nos apresentado cada vez mais opções de tratamento, que proporcionam uma vida mais longa e com maior qualidade para muitos doentes. Por se tratarem, na maioria dos casos, de pessoas em idade ativa, quer a nível profissional, quer familiar, o apoio e a sua (re)integração na sociedade no pós-diagnóstico é essencial. Um período em que o acesso à informação se revela crucial.

Nascem, assim, projetos como www.eueocancrodamama.pt, um website em português que responde a questões relacionadas com o diagnóstico, o tratamento, as emoções, a saúde, os relacionamentos ou o trabalho. No website encontra também um guia onde o doente tem a possibilidade de, ao longo de várias páginas, registar as suas principais dúvidas e sentimentos, tal como num diário.

Lançado pela Pfizer, www.eueocancrodamama.pt pretende ser um valioso recurso para ajudar as pessoas a compreenderem o que significa o seu diagnóstico, as opções disponíveis e os apoios de que podem usufruir na sua (re)integração na sociedade. Importantes ferramentas para quem, perante um diagnóstico de cancro da mama metastático, pretende continuar a viver uma vida plena, integrada e, acima de tudo, de qualidade.

 

Iniciativa da "Mamãs e Bébes"
A iniciativa “Momentos Mamãs e Bebés em Passeio”, da Mamãs e Bebés, proporciona experiências únicas e felizes por todo o país,...

"A pandemia trouxe-nos a insegurança e o medo de nos aproximarmos, mas nos “Momentos Mamãs e Bebés em Passeio” garantimos os 3 princípios básicos para a prevenção da Covid-19: distanciamento, desinfeção e proteção. Não podemos dar abraços, mas temos muitos miminhos para as futuras mamãs. Por isso, nos próximos dias 24 e 25 de julho, o Foz Plaza - Shopping Center, na Figueira da Foz, será palco do grande regresso presencial destes eventos nos shoppings. Entre as 10h00 e as 19h00, as mamãs poderão encontrar junto da área de restauração uma série de atividades especiais e próprias deste momento especial que estão a viver", refere a organização. 

Segundo a "Mamãs e Bebés", "as ecografias emocionais 3D/4D da bebé4D são uma das grandes atrações do evento, uma vez que todas as grávidas vão ter a oportunidade de ver as imagens detalhadas do seu bebé, permitindo ver de que forma este se move e o seu sorriso. É uma experiência única mesmo antes deste nascer, que aumenta o vínculo entre os pais e o bebé".

Além disso, nestes encontro,  podem também fazer uma sessão fotográfica profissional e gratuita, que inclui a oferta de uma fotografia em formato digital e a possibilidade de ser capa do Guia de Gravidez Mamãs e Bebés. Têm, ainda, a oportunidade de esclarecer todas as dúvidas sobre a importância de guardar as células estaminais do cordão umbilical do seu bebé com as profissionais e especialistas da BebéCord.

"Para tornar este evento ainda mais especial, haverá um sorteio de um fantástico e repleto cabaz com produtos para a mamã e para o bebé, no valor de 1.200€! Adicionalmente, todas as mamãs presentes também vão receber o E-book Receitas de Verão e o Guia de Gravidez Mamãs e Bebés com conteúdos relevantes para esta fase tão especial da vida da grávida", acrescenta em comunidado. 

A inscrição é feita através deste link.

 

Alopecia Areata, Dermatite atópica e Vitiligo: candidaturas até 16 de agosto
Está a decorrer o processo de Submissão de Propostas a um Programa Competitivo de Bolsas promovido pela Pfizer, com um valor de...

Os projetos deverão ser submetidos até dia 16 de agosto de 2021. Apenas serão aceites as propostas que sejam submetidas nos prazos indicados.

Posteriormente, os projetos serão analisados por um painel de revisores da Pfizer, que irão selecionar os projetos para financiamento.

Este Programa Competitivo de Bolsas pretende apoiar a investigação pré-clínica, clínica e de outcomes, de modo a aumentar o conhecimento clínico de doenças como a Alopecia Areata, a Dermatite Atópica e/ou Vitíligo.

As bolsas estão inseridas no programa Pfizer Global Medical Grants (GMG), criado para apoiar iniciativas independentes, com o objetivo de melhorar os resultados em saúde e responder a necessidades médicas não satisfeitas, alinhadas com a estratégia científica da Pfizer.

 

Relatório
O mais recente Relatório de Vacinação indica que 6.213.798 portugueses já iniciaram o processo de vacinação contra a COVID-19,...

O relatório demonstra que 4.337.479 pessoas (42%) finalizaram a vacinação.

Desde o dia 27 de dezembro de 2020, Portugal continental e as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores receberam mais de 11,5 milhões de doses de vacinas e distribuíram quase 10.700.

Iniciou ou terminou a vacinação 99% (672.911 pessoas) da população com 80 ou mais anos e 95% (644.821) tem a vacinação completa.

De acordo com o Relatório de Vacinação, 99% (1.612.579) dos portugueses com idades compreendidas entre os 65 e os 79 anos já iniciaram o processo de vacinação e 88% (1.427.655) concluíram-no.

No grupo populacional entre os 50 e os 64 anos, têm pelo menos a primeira dose 90% (1.963.383) e o processo está concluído em 71% (1.538.586).

Entre os 25 e 49 anos, 57% (1.899.241) receberam a primeira dose ou têm a vacinação completa e 20% (681.588) estão totalmente vacinados.

Já têm pelo menos a primeira dose da vacina 8% das pessoas entre os 18 e 24 anos (62.589) e 5% (42.491) têm as duas.

Iniciaram a vacinação 3.090 pessoas com idade até 17 anos e nesta faixa etária 2.037 já têm a vacinação completa.

 

Candidaturas até 15 de agosto
A Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade NOVA de Lisboa tem a decorrer, até dia 15 de agosto, as candidaturas ao...

Desenhada por um grupo de peritos nacionais com reconhecidas competências científicas, esta formação tem como destinatários investigadores, profissionais de saúde, profissionais com responsabilidade de decisão na área da saúde, em particular no que concerne a tecnologias da saúde, e profissionais da indústria farmacêutica.

“A avaliação económica é uma área científica de suporte à decisão com uma longa tradição em Portugal, desde a sua utilização na avaliação de novas terapêuticas para motivos de financiamento pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), no fim dos anos 90. A ENSP tem sido precursora neste campo, tanto em termos de desenvolvimentos de metodologias, de aplicações práticas no apoio à decisão no âmbito do SNS, e no ensino da matéria a várias gerações de alunos. É uma área transversal que requer competências em termos da ciência económica, estatística, saúde pública e epidemiologia, áreas nas quais a ENSP se tem destacado ao nível nacional”, escreve a organização.

Esta formação tem como “dotar os participantes do conhecimento fundamental para compreender a necessidade, o potencial e as principais metodologias de Avaliação Económica em Saúde em sede de Avaliação das Tecnologias da Saúde, esperando-se que, no final, “os alunos tenham capacidade de compreender, analisar criticamente e interpretar estudos de avaliação económica, e de identificar as principais dimensões a incluir no desenho de um estudo de avaliação económica.

Para mais informações, consulta a página: https://www.ensp.unl.pt/cursos/cursos-de-curta-duracao/avaliacao-economica-para-hta/

 

Inscrições gratuitas
O Centro de Referência de Doenças Hereditárias do Metabolismo do Centro Hospitalar Universitário de S. João, vai realizar, a 8...

A Reunião é dedicada ao grupo de Mucopolissacaridoses, numa visão holística, e pretende reunir um conjunto de especialistas que se dedicam ao diagnóstico, terapêuticas e acompanhamento destes doentes ao longo da sua vida.

AS inscrições são gratuitas, mas limitadas. Toda a informação relativa à reunião e inscrições, disponíveis na página da reunião http://mps360.pt/

 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados mais 3.547 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e sete mortes em território nacional. O...

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que mais mortes registou, nas últimas 24 horas, em todo o território nacional: três de sete. A região Norte e o Algarve contabilizaram duas mortes cada, desde o último balanço.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 3.547 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 1.460 novos casos e a região norte 1.305. Desde ontem foram diagnosticados mais 304 na região Centro, 105 no Alentejo e 302 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais 21 infeções e 50 nos Açores.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 778 doentes internados, mais 4 que ontem.  As unidades de cuidados intensivos têm agora 171 pacientes, menos três doentes internados que no dia anterior.

O boletim desta sexta-feira mostra ainda que, desde ontem, 2.751 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 857.108 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 49.445 casos, mais 969 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 944 contactos, estando agora 79.625 pessoas em vigilância.

Entrevista
Os nossos pés são um sistema muito importante para a nossa saúde, devemos observá-los, dar-lhes ouvi

Partindo da premissa de que os pés são um reflexo da nossa saúde, o que diria da saúde dos portugueses? Acha que estamos despertos para a importância de cuidarmos da saúde dos nossos pés?

Manuel Portela (MP): A saúde dos nossos pés reflete muito a nossa saúde em geral. Os nossos pés não são bem tratados. Penso que, por um lado, se trata de ser uma questão cultural, de lhes darmos pouca importância e porque passam 2/3 da nossa vida fechados. Como tal, e devido a esses fatores, não lhes damos a devida atenção no momento exato, mas sim quando já existe um problema ou alguma dor.

Infelizmente, o que acontece muitas das vezes é que as pessoas só procuram um profissional em podologia, quando já fizeram muitas tentativas de tratamento, que não foram as mais corretas, o que acaba por agravar mais os problemas e tornar certos casos mais difíceis de tratar. Ou seja, não tratamos bem os nossos pés.

Essa atenção aos pés deve começar quando começamos a dar os primeiros passos. É nas crianças que vamos começar a educar e mudar esse paradigma. Começamos nos mais jovens para que os mais velhos comecem a mudar a saúde dos seus pés em particular

Apesar de já muito se falar nesta área, haverá muitos portugueses que ainda não sabem o que é e para que serve a podologia. Pode explicar?

A podologia é uma especialidade da área das ciências da saúde, que tem como objetivo o estudo, o diagnóstico e o tratamento das patologias do pé e da marcha. É uma profissão regulamentada em Portugal pela Assembleia da República, desde 2014, e conta com mais de 500 Podologistas licenciados e certificados para o exercício da profissão. Atualmente, os Podologistas exercem a sua atividade em contexto clínico, público e privado, nomeadamente em clínicas da especialidade, em policlínicas e hospitais. A intervenção do Podologista passa por áreas infantil, pela área laboral, pela área do desporto e pela área da geriatria.

Quais as principais áreas de intervenção? E o que é preciso para se ser podologista?

Para ser Podologista terá de frequentar um curso de Licenciatura em Podologia e poderá ainda especializar-se em algumas áreas, tais como: a podiatria infantil, podiatria clínica, podiatria desportiva, podiatria geriátrica e cirúrgica. A especialização é feita através de cursos de Mestrado, que podem ser realizados em Portugal ou em alguns países da comunidade europeia.

Sabendo que existem mais de 300 condições patológicas que afetam os pés, quais as mais frequentes e aquelas que apresentam maior gravidade e que não devem ser descuradas?

Uma das condições patológica mais graves e mais preocupantes é a do pé diabético, sem dúvida. Os dados epidemiológicos demonstram que o pé diabético é responsável pela principal causa de internamento do portador de diabetes. A previsão para o ano de 2025 é de mais de 450 milhões de portadores de diabetes, destes, pelo menos 25% vão ter algum tipo de comprometimento significativo nos seus pés. Atualmente, estima-se que, mundialmente, ocorram duas amputações por minuto à custa do pé diabético sendo que 85% destas são precedidas por úlceras e feridas.

Existem outras situações que são de facto mais relevantes, dada a sua condição de incapacidade, como por exemplo, os chamados joanetes, os esporões do calcâneo, os Neuromas de Morton ou as tendinopatias, muito frequentes no desporto.

Estas são as patologias mais frequentes e que apresentam maior gravidade, não só pela dor que provocam, mas também pela incapacidade no desenvolvimento de atividades, mesmo a nível do desporto.

Existem pés em risco? Se sim, quais os grupos mais vulneráveis?

Sim, existem pés em risco, tal como o pé diabético; o pé vascular, que está associado a alterações hemodinâmicas, patologias arteriais e venosas que provocam soluções de continuidade, feridas e úlceras no pé e na perna, sendo de difícil cicatrização; o pé reumático, pela sua incapacidade, perda de mobilidade e dor incapacitante; e, por fim, o pé geriátrico, quando se associam várias patologias do foro osteoarticular, muscular e dermatológico, associadas ao envelhecimento.

Nos grupos mais vulneráveis, incluímos as pessoas que sofrem de artrite reumatoide, diabéticos, pessoas com idade mais avançada e com problemas de mobilidade.

Sabendo que o pé diabético é uma das condições mais afetam a qualidade de vida de quem dela padece, qual a importância do doente com diabetes ser acompanhado regularmente por um Podologista? De que forma a diabetes pode afetar a saúde dos pés?

A diabetes implica sempre risco ao nível do pé, principalmente quando é mal controlada e a atenção, bem como a observação, são descuradas. Um doente diabético tem sempre riscos enormes de patologia a nível do pé e, por isso, a intervenção precoce do Podologista pode em última instância salvar-lhe a vida, porque um pé diabético negligenciado, ou maltratado vai desenvolver feridas crónicas, úlceras e infeções que podem custar a vida do doente. É importante que as pessoas saibam que a intervenção precoce de um profissional na avaliação dos sinais de risco do pé diabético pode evitar o aparecimento de lesões, feridas e úlceras, evitando, assim, as amputações e diminuindo a morte associada a estas complicações.

De acordo com os últimos dados divulgados, o pé diabético é a causa para mais de mil amputações dos membros inferiores. Na sua opinião, como poderíamos contrariar estes números? Sei, por exemplo, que defende a criação de consultas de podologia nos cuidados de saúde primários…

Temos mais de 1000 amputações por ano. Em Portugal, uma amputação no pé implica custos que podem atingir os 25 mil euros e estima-se que os custos com as amputações possam chegar aos 25 milhões de euros por ano, sendo uma situação que se pode evitar ao realizar um diagnóstico precoce, com identificação do grau de risco e com o acompanhamento de proximidade dos doentes diabéticos.

Dadas as condições socioeconómicas deste grupo de risco e pela dificuldade de acesso às consultas de podologia no privado, só com a proximidade das consultas de podologia nos cuidados primários, nomeadamente no SNS e nos centros de saúde, é que os doentes podem ter acesso a cuidados especializados e diferenciados durante a prevenção e o tratamento das patologias do pé diabético. Não deve ser considerado um custo, mas sim um investimento, porque a prevenção de uma única amputação que podia chegar aos 30.000€, justifica e é mais do que suficiente para os honorários de um Podologista nos cuidados de saúde primários.

De um modo geral, o que falta fazer para que esta área chegue a mais pessoas?

Em primeiro lugar é importante que as pessoas conheçam qual é o papel do Podologista, em que áreas podem intervir e quando é que podem recorrer. Acima de tudo, é importante que as entidades de saúde com responsabilidade na administração da saúde incluam o Podologista como um profissional indispensável nos cuidados às patologias do pé.

Para terminar, e no âmbito do dia do Podologista, que se assinalou no passado dia 8 de julho, que mensagem gostaria de deixar?

A mensagem que gostaria de deixar é que sendo os nossos pés um sistema muito importante para a nossa saúde, devemos observá-los, dar-lhes ouvidos e a devida atenção para que sempre que exista um sinal de alerta, procurem um Podologista para melhorar a sua condição de vida, prevenindo, assim, situações mais incapacitantes. O Podologista é o profissional indicado com conhecimentos.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Presidente do Conselho Diretivo do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA)
Esta quinta-feira, dia 15 de julho, GS1 Portugal promoveu a 7ª edição do Seminário de Saúde, subordinado ao tema “Aprender com...

A partilha de dados e a rastreabilidade são chave fundamental para o setor da saúde

A primeira intervenção da sessão coube ao Presidente do Conselho Diretivo do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), Fernando Almeida, que realçou o trabalho que tem vindo a ser feito no setor da saúde em Portugal, desde o início da pandemia, destacando a importância da partilha de dados e da interoperabilidade entre todos os interlocutores entre os quais investigadores, médicos, académicos. Fernando Almeida destacou que, mais do que as várias vagas da pandemia, o mundo tem vindo a enfrentar outras “quatro ondas”. “Além da pandemia, propriamente dita, uma segunda onda que enfrentamos são as outras patologias que deixaram de ser tratadas que têm tido um grande impacto na sociedade com cirurgias adiadas e deslocação de recursos médicos para outros áreas primordiais. Já para não falar das doenças e problemas de saúde mental que são cada vez mais uma realidade urgente”, explicou. O Presidente do INSA falou ainda da “onda económica, social, de desenvolvimento e competitividade, que foi gerada, sobretudo pelas alterações no emprego e no modo de trabalho, que deram origem a um país economicamente mais fragilizado”. Sobre a “quarta onda”, Fernando Almeida mostrou-se preocupado com a “onda da informação, ou desinformação”, alertando para a urgência do papel de instituições como a GS1 Portugal em “trabalhar a informação de forma clara e transparente”.

Fernando Almeida deixou ainda um alerta: “não sabemos quando, mas garantidamente iremos enfrentar uma nova pandemia nos próximos anos e é importante retermos o conhecimento das lições aprendidas ao longo do último ano e meio”.

Por seu lado, Guy Villax, Administrador Delegado da Hovione e Presidente do Health Cluster Portugal, focou o seu discurso na ameaça global que constitui a falsificação de medicamentos e dispositivos médicos, com especial destaque para as vacinas COVID-19. “Este é um tema pouco falado, tanto pelos médicos, farmacêuticos, como pelos media, mas a verdade é que 1 em cada 10 medicamentos é falsificado”, alertou Guy Villax que realçou também o número crescente de denúncias de medicamentos falsificados com “94 incidentes reportados em 32 países diferentes no que diz respeito às vacinas COVID-19”. Para combater eficazmente este flagelo global, Guy Villax destacou a importância de sistemas e standards, como os que a GS1 disponibiliza, para garantir a rastreabilidade de medicamentos e dispositivos médicos.

Ulrike Kreysa, Vice-Presidente da GS1 Healthcare, na sua intervenção abordou a necessidade da colaboração dos diferentes interlocutores da cadeia de valor, num momento pandémico como o que vivemos. “Um problema global como este, exige soluções e colaboração globais, através de standards únicos e interoperáveis”, explicou. A Vice-Presidente da GS1 Healthcare falou do esforço que tem vindo a ser feito por organizações como a UNICEF, o Banco Mundial e a Organização Mundial na criação de uma plataforma global de rastreabilidade, de forma a garantir a “confiança, interoperabilidade, transparência e visibilidade” ao longo da cadeia de valor.

Ainda durante o Seminário, Raquel Abrantes, Diretora de Qualidade, Compliance e Formação da GS1 Portugal, apresentou os serviços GS1 Verified by GS1 e Global Data Model como exemplos de modelos normalizados para a gestão de dados. “Estes dois serviços, ainda pouco aplicados no setor da saúde, poderão ajudar a garantir a qualidade da informação dos produtos e a sua identificação única, trazendo confiança e eficiência à cadeia de valor”, explicou Raquel Abrantes.

“Agora que temos a vacina, é preciso que as pessoas a aceitem”

Ainda como parte do Seminário de Saúde, a GS1 Portugal promoveu um debate sobre os Pilares da Cadeia de Abastecimento da Saúde com a participação de Pedro Simas, do Instituto de Medicina Molecular, Bárbaria Faria, da Multicare, Pedro Lima, do Grupo Luz Saúde, e Rui Costa, da General Electric Healthcare. Os quatro intervenientes partilharam várias perspetivas, de cada uma das suas organizações, com diferentes papéis no setor da saúde.

Pedro Simas, do Instituto de Medicina Molecular, realçou na sua intervenção a importância da colaboração entre cientistas de todo o mundo na disponibilização de uma solução rápida e fiável para a crise pandémica. Mas chamou a atenção para o facto de os grandes desafios da humanidade serem sociais. “É aí que temos de evoluir. Na ciência produzimos de forma rápida e eficiente uma vacina. Mas depois é preciso que as pessoas a aceitem”, sublinhou. Pedro Simas alertou ainda para a assimetria na aplicação das vacinas “Temos cerca de 25% da população mundial a ser vacinada, com cerca de 70% dos europeus já com uma dose. No entanto, países em vias de desenvolvimento só têm 1% da população vacinada”, afirmou.

Já Pedro Lima, do GLSMED Trade e do Grupo Luz Saúde, destacou a importância da centralização do processo logístico e da diversificação da origem dos produtos como ações chaves que garantiram ao grupo uma melhor eficiência num período pandémico. Pedro Lima, realçou ainda que “as imposições regulamentares aplicáveis à importação e exportação não devem ser desprezadas, mas acabam por ser barreiras à eficiência do negócio sobretudo dos países mais pequenos”.

Bárbara Faria, da Multicare, falou sobre a importância da aposta na medicina preventiva por parte das seguradoras face ao aumento dos custos, fruto do adiamento de tratamentos, falta de diagnóstico e pausa em cirurgias. Num outro ângulo, Bárbara Faria, a par de outros intervenientes, destacou a importância de ter “dados com a melhor qualidade possível e de forma regulada, de modo a garantir a privacidade, para permitir prestar um melhor serviço ao cliente final”. “É inevitável que existam mais pandemias, mas todos temos de estar mais preparados para o que aí vem”, concluiu.

Durante o debate, Rui Costa, da General Electric Healthcare, explicou que a crise pandémica “veio realçar a necessidade da interoperabilidade e da partilha de dados para, por exemplo, criar circuitos COVID e não COVID nas áreas hospitalares”. “Estamos no advento dos dados e sua harmonização e standardização para serem integrados em algoritmos pode agilizar a decisão dos atores clínicos. As decisões continuam a ser clínicas, mas têm mais dados para essa tomada de decisão”, revelou. Por isso, “o empurrão para a transição digital permitiu também desenvolver ferramentas e funcionalidades para apoiar o diagnóstico por parte dos técnicos do setor”, concluiu Rui Costa.

O caso de sucesso da Well’s na uniformização da cadeia de abastecimento na saúde

Ainda no evento Madalena Centeno, Gestora de Saúde e Standards da GS1 Portugal, apresentou o trabalho que a organização tem vindo a fazer com a Well’s, a cadeia de parafarmácias da Sonae MC, num projeto de Fiabilidade de Leitura em Armazém (FLA). O plano implementado na insígnia da SONAE MC especializada em saúde, bem-estar e ótica, dividido em quatro fases, tem como objetivo aumentar a eficiência da conferência das entregas na plataforma de receção, uniformizar as codificações aplicadas e lançar bases para a digitalização da cadeia de abastecimento.

Com base nos resultados iniciais apresentados, foi possível aferir que, entre os mais de 200 fornecedores avaliados, 68% já utilizam a simbologia GS1. No entanto, vários fornecedores utilizam mais do que um tipo de simbologia nas suas entregas (entre caixas soltas, paletes multiproduto e paletes monoproduto), sendo evidente a falta de coerência nas próprias entregas, comprometendo a eficiência.

Madalena Centeno sublinhou que o projeto, que arrancou em janeiro, terá uma avaliação mais profunda em setembro, para que, após 9 meses de trabalho, seja possível perceber o verdadeiro impacto deste trabalho no armazém da Well’s.

“Este é um projeto inovador na área da saúde que pretendemos fazer chegar a outras empresas, de forma a evoluir para um setor mais digitalizado que garante uma melhor comunicação e interoperabilidade entre fornecedores e retalhistas”, concluiu a Gestora da GS1 Portugal.   

Um iniciativa da Agência Nacional de Inovação (ANI)
Projetos EARHART (Instituto Superior de Educação e Ciências – ISEC Lisboa), SmartText (Atlântica – Instituto Universitário,...

Um software que recorre à Inteligência Artificial para ligar o setor aeronáutico em Blockchain e que promete patrocinar a primeira transferência entre aeronaves no mundo; uma tecnologia que filtra 85% dos óleos e gorduras alimentares presentes na água, reduzindo a poluição que os mesmos causam; e um jogo que pretende devolver a motivação ao ensino. Estas são três das ideias nascidas do conhecimento científico e tecnológico realizado em Instituições de Ensino Superior portuguesas premiadas ontem, 15 de julho, na edição de 2020 do programa Born from Knowledge Ideas, promovido pela Agência Nacional de Inovação (ANI), e que visa impulsionar a transferência de conhecimento para o tecido empresarial. As ideias de negócio distinguidas ganharam acesso a um programa de aceleração em Ciência e Tecnologia com a duração de 3 meses, também da responsabilidade da ANI. Estão previstas três edições - Norte, Centro e Alentejo - em que os participantes terão ao longo de três meses o acompanhamento próximo de uma rede de mentores, constituída por outros empreendedores, entidades parceiras da ANI, empresas, entre outros. O objetivo é capacitá-los de forma a poderem acelerar o processo de transferência de conhecimento em produtos ou serviços para o mercado.

Numa edição ainda marcada pela pandemia, o júri decidiu premiar dois projetos de saúde: na categoria “Soluções Tecnológicas para Prevenção, Deteção e Tratamento da Covid-19”, distinguiu-se o projeto spiro4MALAIDS que descobriu uma molécula promissora que, além de inibir o HIV-1 e o HIV-2 também mostrou ser ativa contra estirpes multirresistentes do mesmo vírus. Provou, igualmente, ser ativa contra vírus como o influenza ou o coronavírus. Por sua vez, o expressPIK, um teste de diagnóstico complementar com base na expressão de mutação do RNA, para ajudar os médicos a identificar pacientes com cancro de mama com maior probabilidade de responder ao tratamento com alpelisibe ou outras terapias anti-PIK, venceu na categoria “Saúde e Bem-Estar”.

No BfK Ideas 2020, adiado por causa da pandemia, estiveram a concurso 33 projetos, distribuídos por seis categorias: Inteligência Artificial e Tecnologias Avançadas de Produção; Recursos Naturais, Ambiente, Energia e Mobilidade Sustentável; Saúde e Bem-Estar; Turismo, Indústrias Culturais e Criativas; Recursos naturais para a valorização do interior; e Soluções Tecnológicas para Prevenção, Deteção e Tratamento da Covid-19.

O júri, formado por João Mendes Borga, administrador da ANI; José Vale, head of innovation and entrepreneurship do IAPMEI; Rui Ferreira, vice-presidente executivo da Portugal Ventures; e Cláudia Montenegro, diretora de Responsabilidade Social da Galp, avaliou os oito finalistas, que ontem apresentaram os seus pitches, depois de uma mentoria recebida no Instituto Pedro Nunes (IPN).  

Se para Catarina Trindade, da SmarText, a distinção significa “o reconhecimento do potencial da ideia”, essencial para a angariação do financiamento necessário à prossecução do projeto, para Luís Santos, da EARHART, o prémio reconheceu que o projeto “transformará o mundo da aviação”.

Nuno Alves, da Spiro4MALAIDS, garantiu que os próximos passos estão bem definidos: “vamos avançar com os estudos in vivo logo que possível e constituir-nos como start-up para podermos concorrer a financiamento”. Também Ana-Teresa Maia, da expressPIK tem os planos bem definidos: “A prioridade é angariarmos investidores para continuar a desenvolver a tecnologia e contratar recursos humanos”.

 Por sua vez, Eduardo Nunes, só pensa continuar a trabalhar para implementar logo que possível o Kendir Studios, pelas instituições de ensino das mais diversas geografias. “A prioridade é lançar logo que possível o jogo adaptado à matemática do 6º ano”.

Páginas