Houve 368 novos dadores este ano
Terminou, no passado dia 16 de julho, a 19ª Campanha de Recolha de Sangue do grupo Mundicenter - em parceria com o Instituto...

Apesar da pandemia, este ano contabilizou-se a inscrição de 1108 dadores e colhidas 734 unidades de sangue, com um total de 368 novos dadores a contribuírem com a sua dádiva de sangue pela primeira vez.

Em parceria com o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), a Campanha de Recolha de Sangue tem como objetivo principal dar resposta às necessidades de componentes sanguíneos dos hospitais de todo o país. A recolha de sangue procura colmatar as necessidades dos hospitais numa época crítica, como é o verão, ajudando a estabilizar os níveis de stock do IPST e permitindo salvar vidas. O IPST “agradece a 19ª edição da iniciativa do grupo Mundicenter, que contribuiu uma vez mais, para melhorar as existências de sangue Nacionais. Numa altura em que as reservas de sangue são mais importantes do que nunca, conseguir mobilizar a população a contribuir com a sua dádiva de sangue é o maior presente que podemos receber. Em nome dos doentes que beneficiam desta onda de solidariedade, o nosso muito Obrigado!”

A dádiva de cada dador pode beneficiar até 3 pessoas, uma vez que o sangue é separado em três componentes com diferentes funções terapêuticas, utilizadas no tratamento de uma grande diversidade de patologias.

“Sob o mote “Fazer o Bem está-lhe no Sangue”, a Mundicenter e o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), voltaram a unir forças novamente nesta ação solidária que “se enquadra na nossa política de responsabilidade social e que todos os anos organizamos com grande empenho, conscientes da sua importância para a comunidade”, conforme refere Fernando Oliveira, Administrador da Mundicenter.

 

 

Diagnóstico tardio é uma preocupação acrescida dos pneumologistas
No âmbito do Dia Mundial do Cancro do Pulmão, que se assinala a 1 de agosto, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) alerta...

O cancro do pulmão encontra-se entre as 10 maiores causas de mortalidade, sendo a principal causa de morte por cancro em todo o mundo. O principal fator de risco é o tabagismo, responsável por cerca de 90% dos casos diagnosticados. Apesar de todas as campanhas de sensibilização acerca dos malefícios do tabaco, esta dependência mantém-se elevada, com cerca de 15% de indivíduos fumadores em Portugal.

 “Continua a verificar-se uma taxa elevada de experimentação do tabaco em idades precoces nos jovens portugueses e se contabilizarmos os novos produtos com nicotina, como o cigarro eletrónico e o tabaco aquecido, a taxa de consumidores tem aumentado, observando-se inclusive em jovens de camadas mais diferenciadas a adesão a estas novas formas em detrimento do tabaco tradicional”, indica António Morais, presidente da SPP. E avança: “a sensibilização e a luta antitabágica são medidas cruciais de intervenção de saúde pública, que devem envolver a desconstrução dos mitos associados a estas novas formas de consumo, apresentados de forma errada com sendo menos prejudiciais para a saúde, nomeadamente respiratória”.

Por outro lado, um dos principais problemas no diagnóstico do cancro do pulmão é desenvolver-se de forma silenciosa e os sintomas surgirem já numa fase avançada da doença, nomeadamente quando já não é possível a recessão cirúrgica. Sempre que o doente sentir dor torácica, tosse seca persistente, expetoração hemoptoica (secreções com sangue), dispneia (falta de ar) ou sintomas como astenia ou emagrecimento deve procurar ajuda médica.

Como explica António Morais, “quando ocorrem sintomas como tosse, expetoração hemoptoica ou dispneia, normalmente a lesão é central e, muitas vezes, tem uma localização que torna impossível a recessão cirúrgica, por prévia invasão das estruturas mediastínicas”. “Quando se verificam sintomas constitucionais, como astenia, anorexia ou emagrecimento, habitualmente o doente já se encontra com deterioração do estado geral, o que muitas vezes condiciona a possibilidade de um tratamento adequado dada a exigência dos tratamentos locais como a radioterapia ou sistémicos como a quimioterapia, imunoterapia ou as chamadas terapêuticas-alvo”, acrescenta.

Além disso, o processo de diagnóstico e estadiamento é hoje muito extenso e demorado. “O diagnóstico, efetuado habitualmente através da colheita de uma amostra histológica pela broncofibroscopia ou biopsia transtorácica guiada por TAC torácica, exige hoje não só o tipo histológico do tumor, mas igualmente a avaliação de uma série de marcadores relacionados com o tratamento, nomeadamente relacionados com a imunoterapia, ou com a pesquisa de mutações para os quais existem terapêuticas alvo.” Informação que, de acordo com o presidente da SPP, exige do ponto de vista laboratorial algum tempo para uma correta aferição desta investigação.

Por sua vez, o estadiamento necessário para a ponderação terapêutica requer a avaliação por tomografia emissora de positrões que é um exame efetuado em poucos locais, não sendo acessível na maior parte dos hospitais, levando a tempos de espera demasiado prolongados para a realização do mesmo. “Esta demora pode conduzir, em casos em que a dinâmica da doença é mais agressiva no sentido da sua progressão, a situações em que, aquando do estudo completo, o doente já tem um estado geral mais comprometido, não sendo possível equacionar todo o potencial terapêutico disponível, pela potencial toxicidade do mesmo.”

Em tempos de pandemia, o diagnóstico tardio é uma preocupação acrescida dos pneumologistas. “Os casos que nos chegam já em estádios avançados são mais frequentes, o que poderá traduzir um menor acesso aos cuidados de saúde nesta fase, e estes infelizmente, não são recuperáveis”, lamenta o presidente da SPP.

António Morais sublinha ainda que “o cancro do pulmão é um enorme e multifacetado desafio, desde a sua prevenção, que envolve principalmente a luta contra o tabagismo, a sua deteção precoce, que passará em grande parte por programas de rastreio, e o seu diagnóstico em tempo adequado, que exige a implementação de vias verdes de cancro do pulmão para nenhum doente deixe de ter acesso às terapêuticas mais eficazes para o seu caso concreto”.

Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos marca presença
A Plataforma Saúde em Diálogo, a Associação Mellitus Criança e o Museu da Farmácia vão dinamizar já amanhã, dia 27 de julho, às...

A história da introdução da insulina em Portugal, o papel das associações de doentes no apoio ao doente diabético, o papel do farmacêutico na área da diabetes: desde a investigação à tecnologia farmacêutica, assim como a importância da promoção da literacia junto dos cidadãos relativamente à prevenção e à gestão adequada da doença, são alguns dos tópicos em discussão na sessão.

«Este é um marco bastante importante para o setor da saúde e uma descoberta revolucionária no tratamento da diabetes. Antes da descoberta da insulina, ter diabetes significava uma esperança média de vida muito curta, uma vez que a forma de controlar a doença levava muitas vezes ao definhar do doente até à morte. Com a insulina a vida destas pessoas mudou. Assim, esta sessão tem assim como objetivo celebrar um dos feitos mais memoráveis na história da medicina, que permitiu e permite ainda salvar milhões de vidas!», afirma Hélder Martins, presidente da Associação Mellitus Criança e pertencente aos Órgãos Sociais da Plataforma Saúde em Diálogo.

A mesa redonda conta com a participação de Ana Paula Martins, professora e investigadora da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (FFUL) e Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos; Luis Gardete Correia, endocrinologista, presidente da Fundação Ernesto Roma e elemento da Comissão Executiva das Comemorações do Centenário da Descoberta da Insulina; José Manuel Boavida, endocrinologista e presidente da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) e Hélder Martins, presidente da Associação Mellitus Criança e elemento do Conselho Fiscal da Plataforma Saúde em Diálogo. A moderação fica a cargo de João Neto, diretor do Museu da Farmácia e presidente da Associação Portuguesa de Museologia (APOM).

A sessão realiza-se no dia 27 de julho, o mesmo dia da descoberta da insulina no ano de 1921, e conta também com transmissão online nas três páginas de Facebook das organizações responsáveis pela iniciativa. A organização do evento conta ainda com o contributo da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) e da Comissão Executiva das Comemorações do Centenário da Descoberta da Insulina.

A insulina foi descoberta por Frederick Banting e Charles Best, tendo sido administrada pela primeira vez em animais e ministrada com sucesso em humanos em janeiro de 1922. Os dois cientistas responsáveis pela descoberta receberam o Prémio Nobel da Medicina em 1923.

Em Portugal foram diagnosticados 1.191 casos de cancro renal em 2021
A Ipsen, empresa biofarmacêutica global, centrada na inovação e medicamentos de especialidade, criou o site Conhece o cancro do...

O cancro do rim é o décimo quarto tipo de cancro mais comum em Portugal, com 1.191 casos diagnosticados em 20201. A incidência desta patologia tem aumentado progressivamente nas últimas três décadas e, no mundo ocidental, a uma taxa de 3 por cento ao ano3.

“A nossa prioridade é melhorar a qualidade de vida dos doentes e isso passa por ajudá-los a estarem bem informados sobre todos os aspetos relacionados com a sua doença. É com grande satisfação que disponibilizamos este novo site com informações úteis e de qualidade aos doentes com cancro renal e aos seus familiares. Não nos devemos esquecer que um doente bem informado compreende melhor os sintomas da sua doença e o porquê, o que, por vezes, lhe permite prevenir complicações da patologia e, sobretudo, o ajuda a comunicar de forma mais eficaz com os profissionais de saúde”, explicou Aurora Berra, diretora geral da Ipsen Iberia.

O cancro do rim é mais comum em adultos, correspondendo a aproximadamente 90% das neoplasias renais. O tabagismo, o excesso de peso e fatores hereditários são fatores de risco associados a esta doença, que embora possa ocorrer em qualquer idade, é mais frequente entre os 65 e os 75 anos e atinge o dobro dos homens, comparativamente às mulheres. Sangue na urina, dor persistente, inchaço nas zonas laterais do tronco ou na região abdominal, são alguns dos seus sinais e sintomas mais frequentes.

 

 

 

Prémios serão entregues no Dia do Cuidador
Assinala-se a 26 de novembro o Dia do Cuidador e a TEVA quer comemorar esta data reconhecendo o importante trabalho que...

Os Prémios Humanizar a Saúde visam reconhecer o trabalho daqueles cuidadores que, com o seu empenho, ajudam a atender a todas as necessidades das pessoas de quem cuidam, mas também a enfrentar a difícil experiência da doença da melhor forma possível, através da criação de um ambiente confortável e seguro para estes e para as suas famílias, eliminando medos, apoiando-os psicologicamente e humanizando os cuidados.

Em Portugal, são muitos os cuidadores que colaboram e trabalham em conjunto com os doentes ou associações de doentes, gerando projetos de valor acrescentado que enquadram o processo de prevenção, cura ou paliação num ambiente de afeto e proximidade, mais necessário do que nunca nestes tempos difíceis de pandemia. “Estamos entusiasmados por poder atribuir estes prémios no nosso país, que já são referência no setor de saúde em todo o mundo. Além de desenvolver medicamentos de qualidade, na TEVA procuramos que a população viva dias melhores através de outras ações. Estes prémios são o melhor exemplo disso. Para fazer a nossa estreia quisemos assinalar o Dia do Cuidador e prestar-lhes a homenagem devida pelo grande trabalho que realizam; na TEVA, queremos dar visibilidade à sua figura e ser uma empresa que cuida de quem cuida, cumprindo a nossa máxima : uma marca que se preocupa”, explica Marta González Casal, diretora-geral da TEVA Portugal.

Seleção de 5 projetos que melhoram a qualidade de vida dos doentes

Os interessados em candidatar-se a estes prémios podem apresentar os seus projetos através do site da empresa, até 15 de outubro inclusive, sendo imprescindível anexar uma apresentação do projeto que inclua todas as informações sobre a iniciativa em desenvolvimento, bem como da instituição que a administra. Será também neste site que poderão ser consultadas informações sobre os prémios.

As 5 iniciativas selecionadas serão distinguidas com o valor de 5.000 euros cada, que será atribuído ao candidato que realizou a obra em formato de donativo para o desenvolvimento da atividade.

A cerimónia de entrega dos prémios será realizada num evento público no dia 26 de novembro, Dia do Cuidador.

Prémio para as melhores “Soluções de Crises em Saúde”
A 12.ª edição do Angelini University Award (AUA!) que tem como mote “Soluções de Crises em Saúde – Identificar, gerir e cuidar”...

O concurso para universitários já está fechado, mas ainda é possível concorrer ao Prémio de Jornalismo. Com o objetivo de ajudar a sensibilizar a opinião pública para a temática em destaque, o 4º Prémio de Jornalismo destina-se aos jornalistas com carteira profissional, de imprensa escrita, internet e/ou audiovisual. O prémio vai avaliar peças jornalísticas publicadas ou emitidas por um meio de comunicação social em Portugal, até final de setembro de 2021, relacionados com o mote dos AUA! 20-21. 

Dinamizados em Portugal há mais de uma década, o AUA! pretende ser um estímulo à inovação e distinção do talento dos mais jovens, na procura de novas soluções para a sociedade. O tema da edição 2020-2021 surge do atual contexto de pandemia e procura ser um incentivo para a apresentação de abordagens científicas, tecnológicas, económicas, financeiras e ambientais de prevenção e gestão de situações de crise em saúde.

Os estudantes universitários da área de saúde são desafiados a desenvolver soluções que respondam aos desafios de crises em saúde, nas mais diversas áreas, entre elas, Saúde mental em tempos de pandemia (profissionais de saúde), Investigação científica relevante sobre a pandemia, Prevenção e diagnóstico, Serviços Médicos/Hospitalares, Tratamento, Apoio social direcionado aos profissionais de saúde e Capacitação

Os dois melhores trabalhos de estudantes universitários, que podem ser individuais ou em grupo, terão um prémio monetário respetivo no valor de € 10.000 e € 5.000. Os critérios de avaliação dos projetos a concurso, avaliados por um painel de jurados constituído por especialistas e personalidades ligadas ao Sector da Saúde, terão por base a inovação, criatividade, metodologia utilizada, pertinência, viabilidade da sua implementação e a sua apresentação formal. Já o melhor trabalho jornalístico receberá um prémio monetário no valor de € 2.500. 

Para mais informação sobre as inscrições nos Prémios AUA! e no Prémio de Jornalismo, os interessados devem consultar o site oficial: www.aua.pt

Estudo
Um estudo realizado pela DECO PROTESTE sugere que o novo contexto teve impacto na qualidade do sono dos portugueses, na saúde...

A DECO PROTESTE, organização de defesa do consumidor, revela que os portugueses dizem dormir pior desde que a pandemia começou. Apenas 7% dos 940 inquiridos referiram dormir mal na maioria ou em todas as noites durante o período anterior à pandemia (fevereiro de 2020), um valor que subiu para 15 a 17% quando se recordam da qualidade do seu sono desde o primeiro confinamento até ao dia do inquérito. 

Bruno Santos, Public Affairs da DECO PROTESTE, refere que “a Covid-19 teve um impacto considerável na ansiedade dos portugueses – uma das consequências da incerteza vivenciada neste período.” Para Bruno Santos, “a quebra de rotinas sociais estão a ter efeitos a médio-prazo, entre os quais a diminuição da qualidade de sono das pessoas, atendendo ao aumento dos níveis de stress, às limitações de liberdade e às alterações constantes e necessárias ao combate da pandemia.” 

O inquérito sobre a qualidade do sono dos portugueses, realizado em junho deste ano, sugere que desde maio de 2021, as mulheres têm dormido pior do que os homens. De acordo com o estudo, 61% dos homens inquiridos diz dormir bem a maioria ou todas as noites, já apenas 49% das mulheres relatam a mesma experiência. Apesar de todos estes resultados, é interessante salientar, que a pandemia não parece ter aumentado o consumo de medicamentos para o sono. Antes da pandemia 76% dos inquiridos diziam nunca ter tomado nenhum destes tipos de medicamentos, valor que se manteve durante os 2 confinamentos e desde maio de 2021. 

Por outro lado, mais de 60% das mulheres salientaram o impacto deste contexto na sua saúde mental, o que contrasta com a perceção de 60% dos homens que negam qualquer relação negativa entre a pandemia e o seu bem-estar. O estudo realizado pela DECO PROTESTE revela ainda que 61% das mulheres e 55% dos homens admitem ter ganho peso durante o período de pandemia. 

 

 

 

Sociedade Portuguesa de Oftalmologia
Neste Dia Mundial dos Avós, a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia alerta para as 3 principais doenç

No caso de ter mais de 50 anos, começar com queixas de perda progressiva da visão, enevoada, maior sensibilidade à luz e encadeamento com os faróis dos carros em sentido contrário, procure e aconselhe-se com o seu médico oftalmologista. A catarata associada à idade é um processo natural, ligada ao envelhecimento, que afeta a qualidade de visão, e completamente tratável.

Segundo Lilianne Duarte, médica oftalmologista e Vogal da Direção da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia “a catarata é a principal causa de baixa visão e cegueira TRATÁVEL ou reversível a nível mundial.” A catarata desenvolve-se pela perda progressiva da transparência da lente natural que temos dentro do olho, o cristalino, tornando a visão progressivamente mais enevoada.

De acordo com Lilianne Duarte, a partir dos 40 anos:” o cristalino começa a perder as suas propriedades, cujas manifestações numa fase inicial surgem por uma diminuição progressiva da visão ao perto e que numa fase mais avançada, em média aos 60 anos, evolui para a perda de transparência, ou seja, catarata.”

Este é um processo natural que ocorre com o avançar da idade, e que é diagnosticada e tratada pelo médico oftalmologista. Quanto ao tratamento e, segundo a Vogal da SPO, “é sempre cirúrgico, geralmente em regime de ambulatório. A técnica cirúrgica mais comum é a facoemulsificação - partir a catarata em pedaços mais pequenos através de ultrassons com aspiração dos mesmos - substituindo-se o cristalino (a lente natural) por uma lente artificial. Atualmente é possível calcular a graduação da lente intra-ocular a colocar de forma a compensar a graduação que o doente já tinha e a maximizar a independência do uso de óculos.”

Por último, Lilianne Duarte afirma existirem condições que favorecem ou aceleram o desenvolvimento da catarata, nomeadamente algumas doenças como a diabetes, o uso prolongado de medicação com corticoesteroides, a exposição a determinado tipo de radiação, a existência de traumatismo ocular ou inflamações oculares de repetição.

Quanto ao Glaucoma sabe-se que é uma doença progressiva do nervo ótico (nervo que leva a informação do olho para o cérebro) que tem como principal fator de risco uma pressão intraocular elevada, além da idade. Segundo dados indicados por Fernando Trancoso Vaz, vice-presidente da SPO e médico oftalmologista, estima-se na Europa que 7,8 milhões de pessoas padeçam de glaucoma e a sua prevalência é de 2,5%. É globalmente a principal causa de cegueira irreversível, sendo conhecida como “o ladrão silencioso da visão” uma vez que não dá dor, olho vermelho ou mesmo baixa de visão (exceto num estádio avançado em que se perde repentinamente). Fernando Trancoso Vaz afirma que o Glaucoma “deve ser despistado em consulta regular de oftalmologia a partir dos 40 anos, ou mais cedo em famílias de risco, aumentando a sua prevalência com o aumento da idade, chegando a 9,5% se a idade for superior a 75 anos. Se detetado e tratado consegue evitar-se uma perda da qualidade de vida pela doença e perda de visão.”

Degenerescência Macular da Idade – DMI é uma doença degenerativa da retina que pode levar a diminuição acentuada da visão. Segundo o Presidente da SPO, Rufino Silva, a DMI é uma doença que tem cada vez maior impacto na vida das pessoas não só pelo aumento da longevidade da população e pela melhoria da capacidade de diagnóstico, mas sobretudo pela incapacidade que provoca.  De facto, cerca de 90% da informação que recebemos chega-nos pelo sistema visual e a DMI é a principal causa de cegueira nos países ocidentais. Em Portugal, esta doença é a primeira causa de perda grave de visão e de cegueira depois 55 anos de idade, estimando-se que 12% das pessoas neste escalão etário sofra de DMI. Destes, cerca de 1% tem a forma avançada da doença que causa perda grave da visão ou cegueira. É por isso muito importante que o diagnóstico e o seguimento sejam realizados pelo médico Oftalmologista precocemente de forma a serem implementadas o mais cedo possível as medidas de prevenção das formas tardias da doença, remata Rufino Silva.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados mais de 3.794 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e 16 mortes em território nacional. O...

A região Norte foi a que mais mortes registou, nas últimas 24 horas, em todo o território nacional: 7 de 16. Segue-se a região de Lisboa e Vale do Tejo com três óbitos, a região Centro, o Alentejo e o Algarve com duas mortes, cada, a assinalar desde o último balanço.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 3.794 novos casos. Ao contrário do que tem vindo a ser habitual, nas últimas 24 horas, região Norte contabilizou a maioria dos casos: 1.455 novos. A região de Lisboa e Vale do Tejo 1.450. Desde ontem foram diagnosticados mais 352 caso na região Centro, 132 no Alentejo e 281 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais 41 infeções e 83 nos Açores.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 855 doentes internados, menos cinco que ontem.  As unidades de cuidados intensivos mantêm o mesmo número de doentes, desde o último balanço: 178 pacientes.

O boletim desta sexta-feira mostra ainda que, desde ontem, 3.232 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 876.240 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 53.534 casos, mais 546 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 474 contactos, estando agora 81.851 pessoas em vigilância.

Casting decorre até 13 de agosto
A PSOPortugal, Associação Portuguesa de Psoríase, lança a iniciativa PSOFriends. Uma série que retrata, de forma cómica e...

Segundo o Presidente da PSOPortugal, Jaime Melancia, “Esta associação foi criada em 2005 com a missão de defender os direitos dos doentes e atuar na desmistificação social da doença, derrubando estigmas e preconceitos. No caso dos jovens psoriáticos percebemos que os desafios da doença são agravados por sentimentos de solidão e incompreensão. No rescaldo de uma pandemia que nos isolou ainda mais, e que nos fechou em nós próprios, escolhemos 2021 como o ano para falar diretamente para os jovens, usando a sua linguagem, ajustando-nos aos seus termos, com o objetivo último de derrubar a solidão e de promover a amizade e a empatia. Assim, deixamos o desafio para que os jovens se aproximem, deem este passo e juntem-se nesta iniciativa.”

A Psoríase é uma doença inflamatória crónica que se caracteriza geralmente por lesões vermelhas ou manchas na pele. Podendo aparecer em qualquer idade, afeta mais de 200 mil pessoas em Portugal. Recentemente, a associação foi perceber a realidade dos jovens psoriáticos, através da realização de um estudo qualitativo, que identificou os sentimentos de solidão, de incompreensão e de exclusão como problemas a derrubar, e que permitiu reconhecer a necessidade de dar voz e palco aos jovens promovendo a interação entre eles e evidenciando que ninguém está sozinho.

Assim, a PSOPortugal lança a iniciativa PSOFriends que, de forma descontraída e com humor, irá abordar temas como o bem-estar mental, nutrição e fitness, intimidade e sexualidade, gravidez e maternidade, decisões pessoais, cuidados complementares e apresentação pessoal.​ Neste momento, a iniciativa está na fase de Casting e a PSOPortugal, junto com o apresentador, guionista e ator de stand-up comedy Luís Filipe Borges, também ele jovem psoriático, apelam à inscrição de jovens que tenham psoríase e entre 15 e 35 anos e que desejem participar, aqui.

 

Opinião
A Inglaterra levantou a maioria das restrições aplicadas devido à pandemia COVID-19, apesar do númer

O que se está a passar agora em Inglaterra é o maior teste que pode ser feito no que respeita à eficácia da vacina para a COVID-19. Inglaterra está a arriscar, sim. Mas está a fazer um exercício que, efetivamente, é necessário ser feito. A população está vacinada e é chegado o momento de dar início à abertura para se viver com alguma normalidade. Inglaterra está numa fase crescente da quarta vaga da pandemia, os números estão a aumentar. Porém, está a ter a coragem de abrir. E é esta ideia de retorno à normalidade que todos devemos interiorizar. É algo que temos de fazer. É preciso voltar a conquistar o nosso quotidiano, com a segurança que a vacina nos vem dar.

 Uma verdade absoluta: o combate à epidemia faz-se com a vacinação e está comprovado que a vacina é eficaz. O número de casos está a aumentar, mas essa subida não está a ser acompanhada por um aumento exponencial de hospitalizações, internamento em Unidades de Cuidados Intensivos, nem de mortes. Portanto, temos, agora, de ganhar confiança e transmiti-la à população, ajudando-a a perder o medo, e promover o retorno à sua vida normal. Olhando para Inglaterra como um exemplo a ser estudado, dado que esta medida foi muito pensada pelo Governo Inglês. Portugal e outros países da Europa devem acompanhar os resultados desta medida com muita atenção.

A abertura agora adotada pela Inglaterra leva a que se fale, também muito, do risco de contágio para os outros países. Portugal é um caso muito típico daquilo que foi a importação de casos de Inglaterra. Estes casos não foram a origem de todos as importações da variante delta do SARS-CoV-2 que se observaram no nosso país, obviamente, até porque já tínhamos registo de casos importados nos mês anterior.  Mas, claro que, a entrada turística dos ingleses aumentou a progressão da pandemia em Portugal.  Não considero que este levantamento das restrições em Inglaterra venha alterar o curso da pandemia na Europa. Claro que vai progredir e que vai levar a mais importações em outros países. Mas não nos tornemos reféns dessa situação.  Adiar mais a nossa vida, e uma série de atividades, vai ter uma grande repercussão, tanto a nível de saúde, como social, económico, entre outros.

Sei que as novas mutações são uma preocupação, falando-se, atualmente, muito da variante Delta com grande capacidade de transmissão. Em Inglaterra, tal como em Portugal, a variante Delta já é a estirpe dominante e, como tal, não haverá grande diferença no que à questão da abertura diz respeito.  Em Microbiologia já é sabido que, quando se desenvolve uma vacina para um agente, é normal que, passado algum tempo, surjam variantes desse vírus. Acontece com a vacina da gripe e com muitas outras.

É algo que vai acontecer com a vacina para o novo coronavírus. Não se sabe quando, se é já no próximo mês, se é dentro de seis meses ou um ano. Mas é normal que aconteça e, também, não será esse o motivo de condicionamento da nossa atuação. Não podemos ter medo desta situação e, assim, condicionar a abertura que todos pretendemos e a que todos queremos chegar.

Desde o início da pandemia que sabemos da existência de pessoas assintomáticas com COVID-19. Na ausência de outras medidas para contenção da progressão do coronavírus, as pessoas assintomáticas foram sujeitas às mesmas medidas que os que consideramos como doentes. Neste momento, estamos a detetar muito mais casos de infeção assintomática, que não progridem para doença. Com a vacinação atual, e consequente menor risco de progressão para uma situação de doença, é importante salientar esta característica da COVID-19: a existência de um importante número de pessoas Covid positivas e assintomáticas, principalmente jovens, que vão desenvolvendo a sua imunidade por exposição ao vírus e que não são necessariamente doentes.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
“Os Idosos são Valiosos”
O Núcleo de Estudos de Geriatria (NEGERMI) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) vai lançar a campanha “Os Idosos...

“A nossa espécie passou a viver muitos mais anos, a sociedade evoluiu. O conceito de que ser velho é ser doente e que a maioria dos velhos são doentes, dependentes e dementes, confirmou-se afinal como preconceito. Os velhos de hoje são, na maioria, autónomos, sem compromisso cognitivo e sentem-se saudáveis” afirma João Gorjão Clara, Coordenador do NEGERMI.

A campanha será lançada no dia 25 de julho, véspera do Dia Mundial dos Avós, e conta com a participação de 39 personalidades de diversos quadrantes da sociedade portuguesa e, com a participação especial de Sua Santidade o Papa Francisco.

Marcelo Rebelo de Sousa, Adriano Moreira, Ana Zanatti, António Araújo, Enoque João, Eugénio Fonseca, Eunice Munhoz, Fátima Lopes, Fernando de Pádua, Fernando Nobre, Francisco Carvalho Guerra, Heidi Gruner, Isabel Galriça, João Lázaro, João Araújo Correia, João Gorjão Clara, Joana de Vasconcelos, José Cid, José Jorge Letria, Lia Marques, Luis Represas, Manuela Eanes, Miguel Guimarães, Marcia Kinzner, Maria Jorge Nogueira Rocha, Maria da Glória Garcia, Marcos Bastinhas, Nuno Grande, Paulo Almeida, Polybio Serra e Silva, Rafaela Verissimo, Ricardo Fernandes, Rui de Carvalho, Rui Nabeiro, Simone de Oliveira, Sofia Duque, Vitor Feytor Pinto e Victor Melícias aceitaram dar o seu testemunho nesta campanha.

“O envelhecimento populacional provocou algumas perturbações nas sociedades ditas evoluídas. Sendo esta realidade indiscutível, os preconceitos persistiram e os velhos são marginalizados, ignorados nas qualidades e conhecimentos com que uma longa vida os enriqueceu. Considerados obsoletos, fora do tempo atual, são marginalizados, violentados física e psicologicamente pela sociedade e muitas vezes pelos familiares que lhes devem a vida, os cuidados, as preocupações, o esforço do trabalho, a dádiva de uma imensa ternura que os acompanhou enquanto cresciam.

Com esta iniciativa pretendemos também demonstrar que a especialidade de Geriatria não se limita apenas à intervenção na prevenção e tratamento das doenças, mas tem também o dever de se preocupar com o reconhecimento dos direitos, a defesa do bem-estar e da qualidade de vida dos idosos” conclui João Gorjão Clara.

A campanha será divulgada na RTP, na Rádio Renascença e nas redes sociais da SPMI e conta com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, da Fundação Calouste Gulbenkian, da Fresenius, dos Cafés Delta e da Nestlé.

Veja aqui o vídeo com testemunho do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa:

Quando suspeitar de congestão pélvica
O reaparecimento de varizes após uma intervenção que visou eliminá-las, pode ficar a dever-se a defi

Como quase sempre, a entrevista clínica e o exame do paciente revelam as pistas principais. Quando as novas varizes se distribuem ao longo da face medial da coxa, partindo aparentemente da região perineal, torna-se especialmente valioso investigar uma eventual origem no interior da bacia.

De que falamos então? Varizes pélvicas são veias dilatadas, tortuosas e com refluxo (ou seja, através das quais o sangue, ao invés de ser drenado, se escapa em sentido contrário – antifisiológico). Localizam-se na cavidade pélvica, isto é, dentro do baixo ventre, não sendo, portanto, evidentes. Estas varizes acompanham-se, porém, por vezes de varizes vulvares ou de varizes na face interna das coxas ou nas nádegas, o que deverá alertar para a possibilidade da sua existência, motivando o seu estudo. O reaparecimento de varizes nos membros inferiores após uma ou mais tentativas de tratamento prévias, sobretudo em determinadas localizações anatómicas e segundo certos padrões, deve igualmente “levantar a suspeita” da existência desta situação.

Dor na região pélvica e abdómen inferior é o sintoma mais comum. Esta dor tem um carácter crónico, arrastando-se, habitualmente, por mais de 6 meses. Costuma ser caracterizada como uma sensação de peso, por vezes como uma cãibra menstrual mais prolongada e intensa. Pode ser francamente limitante, implicando impacto significativo na qualidade de vida. É agravada quando se está de pé muito tempo, mas passar muitas horas sentada também pode resultar desconfortável. Esta dor agrava-se frequentemente com a realização de esforços (nomeadamente aqueles que impliquem aumento da pressão intra-abdominal – certas rotinas de exercício físico, mas também levantar pesos, por exemplo), durante o período menstrual e durante ou após as relações sexuais.

Pode também verificar-se um aumento da frequência da sensação de necessidade de urinar, ou mesmo o agravamento de incontinência urinária.

Para além do que é sentido, há que referir o que pode ser visualizado: varizes exteriores. Estas veias dilatadas e sinuosas, podem passar a ser vistas e sentidas na região perineal (nos grandes lábios, mas por vezes também na região circundante, ou mesmo por cima do púbis). Pacientes há que notam estes achados no interior da vulva. Quase sempre a situação estabelece-se durante uma gravidez, acabando por não regredir ou fazendo-o de modo apenas parcial após o parto. O mecanismo de aparecimento destas varizes quase que se percebe intuitivamente: não são mais do que a manifestação exterior, através do pavimento pélvico, da transmissão da pressão anómala. É também este processo que explica o aparecimento de varizes nos membros inferiores com determinadas características e em localizações específicas que nos devem colocar na pista de uma “origem pélvica” do problema.

É um quadro que atinge de modo muitíssimo mais frequente mulheres que já passaram por 2 ou mais gravidezes, mas pode também ocorrem em senhoras que nunca estiveram grávidas.

A congestão pélvica ainda é considerada um tabu? Porquê?

Devemos evidentemente resistir à eventual tentação de tratar o que não necessita de ser tratado, estando pelo contrário alerta para a necessidade de não deixar por fazer um diagnóstico de algo que pode felizmente hoje em dia ser resolvido. Esta é provavelmente de resto a situação que mais vezes acontece hoje em dia. Tal pode resultar da inibição natural que as pacientes seguramente sentem quando se trata de referir um assunto que envolve queixas desta natureza e nesta área corporal. Devemos também talvez admitir alguma falta de consciência elevada, ou disponibilidade mental a priori para considerar este diagnóstico por parte dos profissionais envolvidos.

São frequentes os relatos que ouvimos de doentes que já referiram as suas queixas ao longo de vários anos e a diferentes clínicos, tendo sido confrontadas por vezes com alguma desvalorização. O quadro é talvez demasiadas vezes caracterizado pelos médicos como algo exclusivamente estético e não relacionado com as varizes pélvicas que até já tinham sido identificadas em exames prévios. Também os cirurgiões vasculares, tantas e tantas vezes confrontados com varizes nos membros inferiores que reapareceram após um tratamento anterior, não são provavelmente tão proactivos como se justificaria na investigação de uma “causa pélvica” para estas varizes. As perguntas certas são muitas vezes o passo inicial, mas necessário para iniciar o caminho de diagnóstico e terapêutica.

As causas da síndrome não são ainda completamente conhecidas.

Sabe-se que acometem predominantemente mulheres jovens, mais frequentemente as que já passaram por 2 ou mais gravidezes. Durante a gravidez as veias pélvicas são comprimidas pelo útero gravídico em expansão, levando sempre a algum comprometimento da drenagem venosa - desta situação resulta refluxo (isto é, fluxo em sentido contrário ao que era suposto) e, subsequentemente, dilatação das veias. Por outro lado, a gravidez caracteriza-se por um aumento de fluxo sanguíneo a nível pélvico. Estes 2 acontecimentos, eventualmente atuando de modo sinérgico, podem acabar por danificar determinadas veias de modo permanente, o que pode acabar eventualmente por condicionar o desenvolvimento de varizes pélvicas.

Existem outras causas raras como trombose das veias ováricas ou ausência de válvulas venosas por mau desenvolvimento congénito.

Por vezes ocorre concomitantemente uma compressão anatómica na veia ilíaca comum esquerda.

Independentemente do mecanismo que tenha estado envolvido no processo, a consequência prática é a dificuldade da drenagem venosa da cavidade pélvica, a pressurização deste território, nomeadamente envolvendo útero e ovários. Entender isto é perceber aquilo de que se queixam as senhoras com este problema.

Infelizmente não foram identificados fatores de risco ambientais ou comportamentais cuja evicção possa ser recomendada de modo generalizado para prevenir a Síndrome de Congestão Pélvica. Perante sinais e sintomas devemos isso sim investigar, avaliando as possibilidades terapêuticas.

É uma situação crónica, no sentido de ser um quadro arrastado. Não é algo que surja e desapareça repentinamente se não for tratado. Isto é muito diferente de dizer que não tem cura ou tratamento.

Em alguns casos, este quadro pode melhorar com uma abordagem conservadora, com a administração de medicamentos. Têm sido tentadas várias classes de fármacos, nomeadamente flebótropos (já usados há muitos anos no controlo sintomático das varizes dos membros inferiores). Alguns esquemas com medicamentos hormonais podem também ser considerados. A realidade, algo desapontante, é que a resolução definitiva apenas com recurso a fármacos é, porém muitíssimo rara.

A lógica subjacente a um tratamento de sucesso e duradouro é a eliminação das fontes de refluxo. No fundo, de pouco ou nada adianta tentarmos eliminar a varizes exteriores visíveis, se a fonte de pressurização retrógrada anómala daquele território continuar ativa. Na melhor das hipóteses, tal traria apenas benefícios parciais e muito transitórios – na verdade, na maioria das vezes nem isso.

O tratamento de eleição é assim a embolização venosa. Este é um método minimamente invasivo, realizado sob anestesia local e através de uma picada na virilha (por vezes no pescoço). Através desta punção é avançado um “tubo” de finíssimo calibre (cateter) pelas veias a estudar. Conseguem-se assim identificar com precisão os pontos por onde está a ocorrer o já referido refluxo, fonte da pressão responsável pelo conjunto de sinais e sintomas acima mencionados. É por este mesmo cateter que se procede à oclusão terapêutica seletiva das veias doentes. Tal é conseguido com recurso à injeção de um produto esclerosante e ao implante de um ou mais dispositivos apropriados (plugs ou coils). Frequentemente e para maximizar resultados, são utilizadas várias técnicas num mesmo procedimento – esclerose e implante de dispositivos de oclusão.

Trata-se de um procedimento eficaz, muito seguro, e geralmente realizado em ambulatório e com uma recuperação rápida e essencialmente confortável.

O ganho obtido, no que respeita ao fecho de uma fonte refluxiva, pode eliminar a maioria dos sintomas e é fundamental para encarar a intervenção que vise eliminar as varizes dos membros inferiores com maior otimismo quanto ao seu carácter definitivo.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Medidas restritiva em 116 concelhos
Após a reunião do Conselho de Ministros, a Ministra Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, informou que o nível de...

Atualmente, 116 dos 278 concelhos de Portugal continental estão em risco elevado ou muito elevado de incidência de covid-19, pelo que voltam a estar a vigor medidas mais restritivas, como o dever de recolhimento entre as 23h00 e as 05h00.

Segundo a atualização do mapa de risco, existem 61 concelhos em risco muito elevado e 55 em risco elevado, contabilizando um total de 116 territórios em maior risco. Na semana passada eram 90.

Esta semana não há qualquer alteração das regras vigentes, ficando o Governo a aguardar pela reunião do Infarmed na próxima terça-feira. De acordo com Mariana Vieira da Silva, o Governo tomará decisões com base nas informações que serão transmitidas pelos peritos.

 

The New England Journal of Medicine
Uma nova análise, publicada no The New England Journal of Medicine, encontrou "apenas diferenças modestas" na...

A análise incluiu 19.109 casos sequenciados de pessoas no Reino Unido que tinham Covid-19 sintomático causado pelas variantes Alpha ou Delta e que receberam pelo menos uma dose de Vaxzevria da AstraZeneca ou a Comirnaty da Pfizer/BioNTech. Os investigadores observaram que a variante Alpha foi detetada em 14.837 amostras e na variante Delta em 4272 amostras.

Os resultados mostraram que a eficácia de duas doses de Vaxzevria foi de 74,5% entre as pessoas com a variante Alpha e 67% entre as que têm a variante Delta. Entretanto, duas doses de Comirnaty demonstraram eficácia de 93,7% entre as pessoas com a variante Alpha e 88% entre as que têm a variante Delta. A pesquisa confirma dados anteriores, divulgados pela Public Health England, sugerindo que duas doses das vacinas ofereciam níveis de proteção semelhantes contra a Delta.

No entanto, o relatório da NEJM diz que a eficácia de uma dose de vacina foi de 30,7% entre as pessoas com a variante Delta, abaixo dos 48,7% nas que têm a variante Alpha. Especificamente, uma dose única de Vaxzevria teve uma eficácia de 30% contra a estirpe Delta, contra 48,7% na Alpha, enquanto os respetivos valores para Comirnaty foram de 35,6% e 47,5%.

"A nossa constatação de redução da eficácia após a primeira dose apoiaria os esforços para maximizar a absorção da vacina com duas doses entre grupos vulneráveis no contexto da circulação da variante Delta", concluíram os autores do estudo. As conclusões surgem pouco depois de resultados de um estudo laboratorial que sugeriu que a vacina Covid-19 de dose única da Johnson & Johnson é muito menos eficaz contra as variantes Delta e Lambda do que o vírus original.

Equipa multidisciplinar
Consulta de Avaliação Pós-Covid quer ajudar quer ajudar na recuperação de quem mantém sintomas de Covid-19.

À medida que se descobre mais informação e se desvendam os segredos escondidos pelo SARS-CoV-2, fica a certeza que a recuperação do vírus pode ser um verdadeiro desafio. É que embora muitos dos que enfrentaram o diagnóstico de Covid-19 tenham recuperado por completo, sabe-se que, para entre 10 a 30% dos infetados, os sintomas continuam a fazer-se sentir ao longo de semanas e até meses. Sintomas que podem ser mais ou menos ligeiros e ir do cansaço à fadiga, incluindo dificuldade respiratória, palpitações, problemas de memória, dores de cabeça, perda de apetite, ansiedade, entre vários outros. “Um impacto que importa avaliar, para uma recuperação completa, agora disponível com a ajuda dos especialistas da Joaquim Chaves Saúde, através de uma Consulta de Avaliação Pós-Covid. Porque é importante que ‘Siga em frente com a sua saúde’”, revela em comunicado a rede de laboratórios.

“As pessoas que tiveram o diagnóstico de Covid-19 não devem apenas tentar viver com os sintomas que persistiram, cujo impacto pode ser grande na sua vida diária”, refere Luís Lebre, Diretor Clínico da Joaquim Chaves Saúde. “Esta consulta foi criada para dar resposta às necessidades destas pessoas, de forma personalizada, tendo em conta os sintomas que apresentam e é, ao mesmo tempo, uma necessidade e uma oportunidade: uma necessidade porque se pretende dar resposta a uma lacuna assistencial, que resulta de uma sobrecarga dos serviços hospitalares; e uma oportunidade para melhor conhecermos a magnitude de uma patologia ainda, em muitas vertentes, desconhecida, e das suas sequelas”, acrescenta.

É uma oportunidade também para melhorar a qualidade de vida dos doentes, para educar, informar e esclarecer os utentes e insistir na importância da prevenção.

A consulta conta com o apoio de uma equipa de especialistas, para onde são encaminhados os doentes a partir do primeiro contacto, de áreas como a Medicina Geral e Familiar, Infeciologia e Medicina Interna.

 

Médico e docente da FMUP tomou posse na Assembleia da República
O presidente da Associação Portuguesa de Bioética (APB), Rui Nunes, foi empossado como membro do Conselho Nacional de Ética...

Recorde-se que o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida é um órgão consultivo independente que funciona junto da Assembleia da República. Este órgão tem como principal missão analisar os problemas éticos suscitados pelos progressos científicos nos domínios da biologia, da saúde, e das ciências da vida, tal como definido na Lei n.º 24/2009, que estipula o regime jurídico do CNECV.

“No último ano a Ciência e a Saúde foram postas à prova como nunca e foi necessário, em tempo recorde, desenvolver tratamentos e meios de controlo da pandemia que confrontaram os mais elementares direitos das pessoas”, afiança Rui Nunes. No entender do presidente da Associação Portuguesa de Bioética há ainda muito trabalho a fazer. “Cada vez mais é claro que o vírus SARS-CoV-2, e a doença associada (COVID-19), veio para ficar e que, por isso, irá colocar desafios acrescidos aos poderes políticos e à investigação médica e científica”, sustenta ainda.

Para o presidente da APB, todo o atual contexto nacional e internacional obriga a “repensar profundamente a ética da ciência e da investigação, e a necessidade de um ‘humanitarismo comum’, genuíno, e centrado na pessoa humana e na sua dignidade”. “Importância que se vê acentuada pela necessidade de equacionar as questões éticas suscitadas pelas ciências da vida e da saúde num ambiente de incerteza, mas, também, de enorme esperança”, acrescenta Rui Nunes.

O 6.º mandato teve início a 21 de julho, com a tomada de posse na Assembleia da República e tem uma duração prevista de cinco anos.

Diabetes tipo 1
A administração de células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical a doentes com diabetes tipo 1 é segura e...

A diabetes tipo 1 é uma doença autoimune caracterizada pela perda progressiva de células do pâncreas produtoras de insulina. Uma vez que o organismo não produz insulina suficiente, os doentes com diabetes tipo 1 necessitam de injeções frequentes desta hormona, de forma a controlar os níveis de açúcar no sangue. Não existe, atualmente, nenhuma opção terapêutica capaz de travar eficazmente a doença.

A terapia com células estaminais mesenquimais tem sido investigada para prevenir a progressão da diabetes tipo 1, com resultados promissores. À semelhança dos estudos em modelo animal, que demonstraram que as células estaminais mesenquimais são capazes de retardar o aparecimento e a progressão de diabetes tipo 1, ensaios clínicos preliminares evidenciaram a segurança desta terapia em humanos e o seu potencial para travar a progressão da doença.

Bruna Moreira, investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal, explica que “as células estaminais mesenquimais podem ser obtidas a partir de tecido do cordão umbilical, colhido na altura do parto através de um procedimento simples e indolor. Para além de possuírem uma grande capacidade de multiplicação em laboratório, estas células são capazes de regular o sistema imunitário, apresentando um grande potencial para o tratamento de doenças autoimunes”.

O estudo agora publicado comparou a evolução clínica de 27 doentes, a quem, para além da terapêutica convencional, foram administradas células estaminais, com a de 26 doentes tratados recorrendo apenas à terapêutica convencional, baseada na administração de insulina. A média de idades dos participantes foi de 25 anos, tendo sido diagnosticados com diabetes tipo 1 entre 0 a 24 meses antes do início do estudo. Todos apresentavam excesso de açúcar no sangue, requerendo terapêutica com insulina, iniciada imediatamente após o diagnóstico. O tratamento experimental consistiu na administração, por via intravenosa, de duas doses de células estaminais do tecido do cordão umbilical, com 3 meses de intervalo.

Após um ano de seguimento, 40,7% dos doentes tratados com células estaminais permaneciam em remissão clínica, em contraste com apenas 11,6% dos doentes do grupo controlo. Este dado indica que o tratamento experimental teve um efeito positivo na preservação da função das células pancreáticas produtoras de insulina e, subsequentemente, no nível de insulina produzida pelo próprio organismo (insulina endógena). Este resultado é importante tendo em conta que, na maioria dos doentes, o nível de insulina endógena produzido vai decrescendo ao longo do tempo. Outro resultado significativo deste estudo, que sugere que o tratamento experimental foi eficaz na conservação da função das células pancreáticas produtoras de insulina, foi o facto de três doentes tratados com células estaminais terem deixado de necessitar de insulina durante algum tempo (4, 12 e 20 meses), após o tratamento, em contraste com o grupo controlo, em que nenhum doente se tornou independente da administração de insulina. Além disso, um ano após o início do estudo, os níveis de péptido C – que refletem os níveis de insulina endógena – eram melhores nos participantes adultos tratados com células estaminais, comparativamente aos do grupo controlo.

Os autores da investigação sublinham que, apesar destas evidências, é necessário realizar mais estudos, com maior número de doentes, que confirmem estes resultados, antes da sua aplicação na prática clínica.

Para aceder aos mais recentes estudos científicos sobre os resultados promissores da aplicação de células estaminais, visite o Blogue de Células Estaminais.

Kaftrio e Orkambi
O medicamento Kaftrio e uma nova indicação terapêutica do fármaco Orkambi foram aprovados para utilização nos hospitais do...

Em comunicado, o Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde explica que o medicamento Kaftrio foi aprovado para utilização, num determinado regime terapêutico, em doentes de idade igual ou superior a 12 anos.

Quanto ao medicamento Orkambi, está aprovado para tratamento da fibrose quística em crianças com idades entre dois e 11 anos.

A nota sublinha ainda que o financiamento para utilização destes medicamentos no SNS é regido por um contrato entre a empresa titular do medicamento e o Infarmed, autorizado pelo Secretário de Estado da Saúde.

 

 

Compromisso
Portugal disponibilizou a Timor-Leste um lote de vacinas contra a COVID-19 composto por 12 mil doses e ainda material...

As vacinas chegaram a Díli a bordo de um Boeing 767-300 da euroAtlantic Airways (EAA), empresa que desde o início da pandemia tem realizado vários voos entre Lisboa e Díli, sendo, em alguns momentos, uma das poucas alternativas para os portugueses viajarem entre as duas cidades. 

“É um primeiro lote destinado a um combate que transcende atualmente quaisquer fronteiras, o combate para pôr termo à situação pandémica que enfrentamos atualmente”, disse o embaixador de Portugal em Díli, José Pedro Machado Vieira. 

Com esta ação conclui-se o primeiro ciclo de envio de vacinas para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Timor-Leste, no âmbito do compromisso de disponibilizar àqueles países pelo menos 5% das vacinas contra a COVID-19 adquiridas por Portugal, salientou o Ministério dos Negócios Estrangeiros. 

A operacionalização desta iniciativa é resultado do esforço conjunto do Ministério dos Negócios Estrangeiros, designadamente através do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua e da Embaixada de Portugal em Díli, e do Ministério da Saúde, através da Direção-Geral da Saúde (DGS), da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (INFARMED) e da Task Force do Plano Nacional de Vacinação contra a COVID-19 em Portugal. 

 

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