José Presa assume liderança da APEF
A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) elegeu José Presa como presidente da direção para o biénio 2021-2023....

Esta nova direção pretende reforçar o posicionamento institucional da Associação e revitalizar a hepatologia a nível nacional, mantendo a cooperação com as associações congéneres. A renovação geracional, a promoção da produção científica nacional na área das doenças hepáticas, e a formação de interlocutores privilegiados para os temas do fígado, continuarão a ser uma prioridade.

"Encaro esta eleição com grande orgulho, mas ao mesmo tempo com uma enorme responsabilidade, pois, nos próximos dois anos, um dos grandes projetos que vamos implementar será o da Hepatologia em Rede. Esta terá três vertentes complementares: a convergência na APEF do conhecimento sobre o que cada centro nacional em hepatologia faz; a centralização dos contactos de centros de referência no estrangeiro, de modo a que os nossos associados em formação específica possam colher na APEF toda a informação fidedigna antes de efetuarem as suas escolhas; e transformar a APEF num hub científico.", refere José Presa.

A nova direção é também constituída pelos médicos Arsénio Santos (Vice-Presidente), Susana Lopes (Secretária-Geral), Sofia Carvalhana (Tesoureira), Alexandra Rosu (Vogal), Luís Maia (Vogal) e Sónia Sousa Fernandes (Vogal). A Assembleia-Geral é constituída pelos médicos Luís Jasmis (Presidente), Dário Gomes (Vice-Presidente) e Mariana Cardoso (Vogal). O Conselho Fiscal é constituído por Adélia Simão (Presidente), Ângela Rodrigues (Secretária do Conselho Fiscal) e Catarina Martins (Vogal).

 

“Covid-19 E vacinação - A Ciência faz história”
“Covid-19 e Vacinação - A ciência faz história” é o vídeo de sensibilização, dinamizado pela Maratona da Saúde com o apoio da...

A Maratona da Saúde e a Missão Continente lançaram um vídeo de sensibilização, produzido no âmbito da 8ª edição da Maratona da Saúde dedicada às doenças infeciosas, que visa promover a informação sobre o tema da Covid-19 e Vacinação, através da explicação prestada por vários especialistas a perguntas colocadas pelo público em geral.

Este vídeo Covid-19 e Vacinação foi desenvolvido pela Maratona da Saúde com o apoio da Missão Continente, gravado dos estúdios da Unidade de Computação Científica da FCT - Fundação para a Ciência e a Tecnologia e produzido pela agência de comunicação Creative Minds. O vídeo está disponível no canal de YouTube da Maratona da Saúde no seguinte link:  https://youtu.be/yhkrziTBLQE

No contexto em que vivemos atualmente, a Maratona da Saúde considera ser urgente envolver a sociedade civil como agente de mudança comportamental e preventiva, permitindo que qualquer pessoa possa tomar decisões baseadas no conhecimento e na evidência científica.

Neste vídeo de sensibilização alguns representantes da sociedade civil, incluindo o apresentador Fernando Alvim, colocam questões como qual a importância de vacinar os jovens, o que dizer a quem não quer ser vacinado ou o porquê da necessidade de continuar a usar máscara e fazer testes regulares, no âmbito da pandemia de Covid-19. Como exemplo, Luís Graça, imunologista do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes, esclarece que é importante a cobertura vacinal em jovens para controlar a transmissão do vírus na comunidade e Joana Lobo Antunes, comunicadora de ciência do Instituto Superior Técnico, dá um importante contributo ao explicar como se pode evitar a disseminação de notícias falsas sobre este tema que tem sido um dos principais entraves à comunicação com o público em geral. Também Helena Florindo, investigadora e professora da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, traz esperança para a saúde ao explicar que estão a ser desenvolvidas vacinas contra a Covid-19 cuja metodologia científica também poderá ser aplicada a outras doenças como, por exemplo, em alguns tipos de cancro.

No verão “A saúde do coração não tira férias”
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC), em parceria com a Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC),...

“Durante o período de férias, existe uma tendência para cometer alguns excessos alimentares e a reduzir alguns hábitos mais saudáveis, mas é preciso que os cuidados regulares com o coração se mantenham. A adoção de um estilo de vida saudável, optando por uma alimentação equilibrada, pela prática de exercício físico, mesmo que apenas 10 minutos por dia, e evitando situações de stress e o consumo de álcool e de tabaco, são hábitos essenciais para a prevenção da doença coronária”, afirma Eduardo Infante de Oliveira, presidente da APIC.

E acrescenta: “As doenças coronárias são crónicas e obrigam à toma continuada de medicação. No caso de ser um doente cardíaco, lembre-se de que deve levar os medicamentos para o seu destino de férias e não se deve esquecer de os tomar. É muito importante, uma vez que ‘A saúde do coração não tira férias’.”

A doença coronária caracteriza-se pela acumulação de depósitos de gordura no interior das artérias que fornecem sangue ao coração. Esses depósitos causam um estreitamento ou obstrução das artérias o que provoca uma diminuição dos níveis de oxigénio e nutrientes que chegam às células do músculo cardíaco. As principais doenças coronárias são a angina de peito e o enfarte agudo do miocárdio.

 

Inquérito nacional feito junto desta população confirma falhas no tratamento
As hormonas tiroideias são fundamentais para o normal funcionamento do nosso corpo, mas há momentos em que a sua produção é...

“O cumprimento da medicação é essencial para que os doentes possam viver sem sintomas”, confirma Celeste Campinho, presidente da Direção da ADTI. “E estas falhas podem pôr em causa o tratamento por isso quisemos realizar este estudo para ver como podemos melhorar a vida das pessoas que vive com estes distúrbios.”

Ainda de acordo com o inquérito, que contou com a participação de 720 pessoas com hipotiroidismo, para 52,1% nem sequer há um motivo para este esquecimento, enquanto 27,4% defendem que resulta de uma perturbação da sua rotina ou do facto de não terem consigo o medicamento, sendo que para 15,3% a falta de cumprimento está associada à incapacidade de respeitar os requisitos de ingestão de comida/bebida (não devem ser ingeridos alimentos ou bebidas na meia hora seguinte à toma da medicação).

A maioria dos inquiridos (67,8%) confirma sentir-se muito incomodada com o cansaço ou falta de energia associados ao hipotiroidismo, com 56,4% a referirem o aumento de peso, um dos principais sintomas relacionados com esta disfunção, e 55,4% a ansiedade/nervosismo. Segue-se a irritabilidade (47,5%) e o mau humor ou depressão (46,4%).

O inquérito confirma ainda a necessidade de mais informação. Ao todo, 42,5% sentem que têm pouca ou nenhuma informação a respeito dos efeitos secundários do medicamento ou suplemento alimentar que tomam, bem como sobre as interações que os mesmos possam ter com outros medicamentos ou suplementos alimentares que esteja a tomar em simultâneo. Um valor a ter em conta, até porque, ainda de acordo com o mesmo estudo, são muitos os que se enquadram nesta categoria: cerca de 63,5% consomem medicamentos para outro tipo de patologias além do hipotiroidismo, com 50,1% a indicarem estar sujeitos a medicação para mais duas a cinco patologias.

O inquérito mostra que quase metade dos inquiridos recebeu o seu diagnóstico há mais de 10 anos, com apenas 7,9% a descobrirem sofrer desta patologia há menos de 12 meses. E que, neste último ano, 32,4% tiveram necessidade de assistência médica por causa do hipotiroidismo.

“O estudo nacional que teve início na Semana Internacional da Tiroide, foi um sucesso. Salientamos que o elevado número de inquéritos realizados veio trazer-nos dados reais sobre as pessoas que vivem com hipotiroidismo. Só conhecendo a realidade é que se pode intervir no sentido de melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem com esta patologia,” conclui Celeste Campinho. 

O inquérito foi realizado por via do método CAWI (online) a indivíduos diagnosticados com hipotiroidismo em Portugal, entre os dias 24 de maio a 30 de junho, tendo sido recolhidas e validadas 720 respostas.

Acreditação da Joint Commission Internacional
O Hospital Lusíadas Porto, do Grupo Lusíadas Saúde, voltou a ser distinguido pela Joint Commission International (JCI),...

Os parâmetros de qualidade avaliados pela JCI incluem mais de 1.200 requisitos, relacionados com a segurança do doente e padrões clínicos e não clínicos, atendimento, gestão e organização e estendeu-se também à Clínica Lusíadas Gaia. Esta Clínica torna-se assim a primeira em Portugal a revalidar a acreditação pela qualidade da prestação do seu serviço.

O processo de auditoria e acreditação internacional só é possível porque uma vasta equipa de profissionais do Hospital Lusíadas Porto e Clínica Lusíadas Gaia cumprem todos os dias as rigorosas Metas Internacionais de Segurança do Doente.

“Passar por esta auditoria quatro vezes com sucesso, primeiro em 2012, depois em 2015 e em 2018, e agora, em 2021, num processo internacional tão rigoroso é um sinal inequívoco do compromisso do Grupo Lusíadas Saúde com a prestação de cuidados de saúde de excelência”, afirma Vasco Antunes Pereira, CEO do Grupo Lusíadas Saúde.

“Num ano marcado ainda marcado pela pandemia, esta certificação vem comprovar que a qualidade e a segurança dos nossos clientes continuam no topo das nossas prioridades e dão a confiança necessária a todas as pessoas que nos confiam a sua saúde”, acrescenta Joana Menezes, administradora do Hospital Lusíadas Porto.

A Lusíadas Saúde não só foi o primeiro grupo de saúde em Portugal a ter hospitais acreditados pela JCI, como é o Grupo com maior número de unidades credenciadas: Hospital de Cascais, gerido em regime de parceria público-privada, e Hospital Lusíadas Lisboa. Também as Clínicas Lusíadas Almada, Parque das Nações e Gaia estão acreditadas desde 2018.

 

Terceira unidade de acompanhamento em Portugal para doentes com patologia do sono
A Linde Saúde, empresa líder em Portugal na prestação de cuidados respiratórios domiciliários, acaba de inaugurar uma nova...

Este é um serviço complementar à terapia de sono fornecida pelo programa LISA® (Leading Independent Sleep Aide), que permite aos doentes um acompanhamento realizado por profissionais de saúde especializados na terapêutica com ventilação.

“A Linde Saúde está envolvida no diagnóstico, tratamento e acompanhamento de doentes afetados por distúrbios respiratórios do sono há mais de 30 anos. Durante estas três décadas tentámos sempre adaptar-nos às necessidades dos nossos doentes e foi a pensar neles que decidimos abrir esta nova unidade, que permite um acompanhamento da terapia para as pessoas com uma vida ativa e que necessitem de um acompanhamento flexível. Esta nova localização permite abranger uma área populosa da região da Grande Lisboa, permitindo um acesso facilitado aos cuidados assistenciais da Linde Saúde.”, afirma João Tiago Pereira, Senior Product and Business Development Manager da Linde Saúde.

O Centro Linde Saúde está adaptado ao contexto atual da Covid-19 e permite assegurar a prestação de cuidados de proximidade com o mesmo nível de qualidade assistencial dos cuidados domiciliários. Esta nova unidade de apoio disponibiliza inícios de terapia com CPAP e Auto-CPAP; seguimento da terapia de CPAP e Auto-CPAP; resolução de problemas técnicos e leitura de cartão com envio por correio eletrónico.

“Em termos de atividade, os Centros de Lisboa e do Porto contam já com mais de 3 000 serviços realizados desde o início do ano. Este resultado, fruto da dedicação e da qualidade de todos os profissionais envolvidos, demonstra claramente o nível de satisfação dos doentes que usufruem desta oferta que complementa o serviço domiciliário já prestado”, reforça.

Hélder Reis é o rosto da campanha lançada recentemente no Facebook
– No âmbito da campanha europeia “Let’s Talk About Prostate Cancer”, a Astellas Farma lançou em Portugal a iniciativa “Homens...

Ciente da importância de sensibilizar a população portuguesa, em especial os homens, a Astellas criou uma nova área no seu website e lançou a Página Facebook “Homens Bem Informados” para partilhar conteúdo informativo sobre o cancro da próstata, proporcionando um maior conhecimento e esclarecimento sobre a patologia. No website podem ser consultadas informações em maior detalhe, tais como a caracterização deste cancro, os sintomas, os fatores de risco e formas de diagnóstico.

“A doença da próstata é uma doença que progride silenciosamente podendo não se manifestar durante vários anos. Como tal, torna-se fundamental alertar os homens para essa realidade para evitar”, refere Filipe Novais, diretor geral da Astellas Farma, acrescentando que “a campanha é, por esse motivo, muito centrada na mensagem ‘estar informado faz toda a diferença”.

Há precisamente um ano, o grupo de peritos da campanha “Let’s Talk About Prostate Cancer”, composto por representantes de médicos e doentes, chamaram a atenção para o impacto da COVID-19 nos doentes com cancro da próstata na Europa, apelando aos decisores que implementassem estratégias para que estes pudessem ser diagnosticados e tratados o mais rapidamente possível.

O cancro da próstata é a segunda principal causa de morte por cancro em homens acima dos 50 anos de idade. Em Portugal, a mortalidade corresponde a 38,6 por 100 mil habitantes, um valor superior à média da União Europeia, equivalente a 32,7 por 100 mil habitantes. 

 

Principais conselhos
As férias de verão são, quase que por tradição, para muita gente, um tempo de descanso, de diversão,

Também conhecida por doença hepática, as doenças do fígado resultam no anormal funcionamento deste órgão. São inúmeras as patologias que podem atingir o fígado e causar graves consequências à sua função, como a cirrose e o cancro do fígado: as mais frequentes são as hepatites, causadas pelos vírus B e C, consumo de álcool e o fígado gordo.

Praticamente todas estas doenças são resultantes de comportamentos de risco: consumo de álcool e drogas; sedentarismo e a uma alimentação desequilibrada, que condiciona obesidade e diabetes; à partilha de seringas e de objetos de higiene pessoal; e a uma higiene desadequada.

As doenças do fígado são tratáveis e se falarmos por exemplo na hepatite C, podemos até dizer que é curável. Contudo, não há qualquer dúvida de que a melhor forma para combater estas doenças é preveni-las. E é tão fácil fazê-lo!

Divirta-se neste verão, mas não deixe de cuidar da saúde do seu fígado, ou seja, de cuidar de si e também dos seus.

  • Mantenha um peso saudável. A perda de peso ou a manutenção de um peso adequado são fundamentais para prevenir algumas doenças hepáticas, sobretudo fígado gordo. Não descure sua saúde só porque está de férias: 
  • Adote uma dieta equilibrada. Evite refeições calóricas; gorduras saturadas; hidratos de carbono refinados, como por exemplo pão branco, arroz branco, massas habituais, entre outros; e açúcar, como seja a frutose. Não coma marisco cru ou mal cozinhado.
  • Mantenha-se hidratado. Beba muita água. A hidratação é essencial.
  • Pratique exercício físico. Aproveite as férias para fazer exercício ao ar livre, passear, correr, andar de bicicleta ou outra modalidade do seu interesse.
  • Não beba álcool. As bebidas alcoólicas podem ter consequências graves na função do seu fígado, podendo causar cirrose e nalguns casos cancro do fígado.
  • Evite agulhas contaminadas. Não partilhe agulhas ou outros materiais cortantes, quer seja ou não para consumo de drogas.
  • Se decidir fazer uma tatuagem ou um piercing, certifique-se que as agulhas estão esterilizadas.
  • Não partilhe objetos de higiene pessoal. Podem estar contaminados.
  • Use preservativo. Se tem um novo parceiro sexual ou vários, proteja-se, de forma a prevenir infeções como a hepatite A, a hepatite B ou a hepatite C.
  • Mesmo de férias, tome os medicamentos. Não se esqueça de os levar consigo e de os tomar, tal como indicado pelo seu médico assistente.

Lembre-se, o seu fígado não está de férias. Cuide-se. Além das medidas recomendadas acima - que deve ter presentes nas férias de verão, mas que deve adotar todo o ano - não se esqueça de lavar/desinfetar regularmente as mãos. Esta medida é essencial para a prevenção de uma doença do fígado e de uma série de outras patologias infecciosas, como a Covid-19.

Para terminar, e se ainda não está vacinado contra a hepatite B, pense nisso. Proteja-se e tenha umas boas férias.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo de investigadores da Escola de Medicina da UMinho
Segundo uma equipa de investigadores do ICVS da Escola de Medicina da Universidade do Minho liderada por Nuno Osório, o estudo...

A investigação da equipa de Nuno Osório e Sílvia Portugal (investigadora portuguesa do Instituto Max Planck) revelou uma assinatura de transcrição, ou seja, um perfil transversal a vários estudos que identifica uma hipótese nova: o tempo de circulação do parasita está associado ao seu potencial de crescimento e virulência, influenciando o resultado da doença. Com a ajuda da bioinformática foi possível demonstrar a importância de estarmos atentos ao estado de desenvolvimento dos parasitas nos nossos glóbulos vermelhos infetados.

O investigador Nuno Osório explica: “A maior carga de parasitas resulta da capacidade que terão em promover uma ligação forte dos glóbulos vermelhos infetados às células endoteliais [parte da parede interna dos nossos vasos sanguíneos], retirando-os da circulação sanguínea e permitindo fugir à eliminação que numa situação normal aconteceria no baço. Isto contribuirá para um aumento mais rápido da quantidade de parasitas no corpo da pessoa infetada, resultando em apresentações clínicas piores”.

“Ao destacarmos a dinâmica de adesão celular dos glóbulos vermelhos infetados como uma das grandes forças impulsionadoras da severidade clínica da malária reforçamos também futuros alvos terapêuticos que poderão ser utilizados em novas formas de combater a malária”, remata o investigador da Universidade do Minho.

O trabalho desenvolvido contou, em todas as etapas, com apoio de bioinformática. “Nos últimos anos, a bioinformática permitiu evoluir da investigação científica centrada num conjunto limitado de genes ou proteínas para uma perspetiva mais ampla, mais geral e completa”, contextualiza Nuno Osório, responsável da equipa do ICVS que coordenou o trabalho em bioinformática.

Além do papel essencial na identificação de assinaturas, como teve neste trabalho específico, a utilização desta área na investigação biomédica permite a utilização de dados em larga escala, ajudando a responder a questões biológicas mais avançadas. “Estes avanços poderão ser traduzidos em métodos de diagnósticos mais avançados, ou terapias mais eficazes para diversas doenças”, conclui.

A malária é a maior causa de morte em África, com aproximadamente 400 mil mortes em 2019, a maioria de menores de cinco anos.

Iniciativa pretende reduzir a mortalidade por enfarte agudo do miocárdio
João Brum Silveira é o novo Coordenador Nacional da iniciativa Stent Save a Life (SSL) em Portugal, promovida pela Associação...

“É com grande orgulho e sentido de responsabilidade que assumo este novo desafio. Portugal tem sido referido como um exemplo europeu na implementação desta iniciativa e assim desejamos continuar. Fruto de um trabalho em equipa, esperamos com a iniciativa Stent Save a Life melhorar a prestação de cuidados médicos ao doente com enfarte e o seu acesso ao tratamento mais adequado”, refere João Brum Silveira.

E acrescenta: “Este ano, os nossos esforços vão concentrar-se na sensibilização do doente para a valorização dos sintomas do enfarte agudo do miocárdio, e no alerta para que na presença desses, liguem de imediato para o número de emergência médica – 112 – para que seja encaminhado para um hospital com capacidades para realizar o tratamento mais adequado, a angioplastia primária dentro do tempo recomendado.”

O enfarte agudo do miocárdio, ou ataque cardíaco, resulta da obstrução de uma das artérias do coração, que faz com que uma parte do músculo cardíaco fique em sofrimento por falta de oxigénio e nutrientes. Esta obstrução é habitualmente causada pela formação de um coágulo devido à rotura de uma placa de colesterol. Os sintomas mais comuns, para os quais as pessoas devem estar despertas, são a dor no peito, por vezes com irradiação ao braço esquerdo, costas e pescoço, acompanhada de suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade. Normalmente, os sintomas duram mais de 20 minutos, mas também podem ser intermitentes. Podem ocorrer de forma repentina ou gradualmente, ao longo de vários minutos.

“Não se esqueça, no enfarte agudo do miocárdio cada segundo conta. É importante a precocidade no diagnóstico (valorização dos sintomas) - o que implica um tratamento mais rápido com redução significativa da quantidade de músculo cardíaco "perdido", o que leva a que os doentes tenham um melhor prognóstico, isto é, que voltem a ter uma vida ‘normal’”, conclui João Brum Silveira.

 

Dia Mundial do Canhoto
Para assinalar o Dia Mundial do Canhoto, Mariana Capela, pediatra do Hospital Lusíadas do Porto, aju

1. O que determina que uma pessoa seja canhota?

A maioria das pessoas são canhotas por influência genética. Os fatores que determinam ser canhoto não estão totalmente esclarecidos e não são tão simples como por exemplo a cor dos olhos, mas sabe-se que são na sua maioria fatores genéticos e que por isso estão presentes já desde antes do nascimento.

2. Ser canhoto é uma doença?

Houve épocas em que ser canhoto teve uma conotação negativa e outras em que era visto como uma deficiência. Ser canhoto é uma condição. As pessoas podem ter olhos castanhos azuis, verdes. Embora funcione de forma diferente, também podem ser destras, canhotas ou ambidestras no caso de usarem de igual modo os dois lados do corpo. Estima-se que cerca de 10% da população seja canhota, o que significa que é uma condição minoritária, mas não uma doença ou uma deficiência.

3. Quando é que os pais percebem que uma criança é canhota?

O uso das mãos é essencial no desenvolvimento dos bebés. Inicialmente os bebés vão usar ambas as mãos e também a boca para explorar o mundo ao seu redor. Levar as mãos à boca, pegar em objetos, atirá-los para o chão, transferir de uma mão para outra, puxar cabelos, são tarefas que não exigem uma especial coordenação e por isso não notamos habitualmente o uso preferencial de uma das mãos. Mas com o crescimento as crianças vão sendo capazes de desempenhar tarefas mais complexas e que exigem uma maior destreza no uso das mãos, como desenhar ou pegar na colher.

É por volta dos 2-3 anos que os pais costumam perceber uma preferência ou tendência para usar mais o lado esquerdo do que o direito, embora possa acontecer mais cedo, por volta dos 18 meses. No entanto, só mais tarde, já na idade escolar, fica completamente definido se uma criança é de facto canhota.

Se os pais notarem que a criança é canhota ou usa o lado esquerdo muito antes dos 18 meses, então devem esclarecer este assunto no pediatra. Porque antes desta idade, apesar da criança já ser canhota, uma vez que está nos genes, poderá não ser normal que se note tanto e têm que se excluir se não há nenhuma lesão que esteja a impedir de usar o lado direito.

Também é engraçado perguntar a uma criança quando notou que era canhota. O meu irmão Manel diz que se apercebeu aos 3-4 anos porque não conseguia chutar bem com o pé direito quando jogava futebol, sempre lhe foi mais intuitivo chutar com o pé esquerdo. Outras pessoas com quem falei lembram-se mais do momento em que foram para a escola e perceberam que tinham mais facilidade em escrever com a esquerda.

4. Deve-se contrariar?

Nunca! Uma criança não deve ser forçada a usar o lado direito se tem preferência pelo esquerdo, nem vice-versa. Atualmente penso que não há tanto este problema, porque não há propriamente um estigma em ser canhoto. Talvez possa acontecer que os pais não estejam muito convencidos que a criança é mesmo canhota, até porque se nenhum dos pais for, não esta acostumado a esta situação, e por isso possam ter tendência em por a prova se a criança é mesmo canhota e incentivar a que pegue com a mão direita no lápis ou na colher. Mas se de facto verificam que tem mais facilidade com a esquerda, deve ser dada total liberdade para usar o lado preferencial e os pais devem aprender a ensinar como executar as tarefas com esse lado.

Isto é fácil de dizer, mas às vezes não é fácil de executar! A minha mãe por exemplo é professora primária e diz que tem dificuldade em ensinar as crianças canhotas a fazer uma boa caligrafia, porque o normal é colocar a mão por cima e ajudar no movimento da mão. Com um canhoto isto é mais difícil e os pais podem sentir estas dificuldades com os filhos.

5. Os canhotos fazem tudo com o lado esquerdo?

Não necessariamente. Voltando ao meu irmão, faz quase tudo com o lado esquerdo e nota inclusivamente mais força desse lado. Mas ténis e paddle joga do lado direito porque aprendeu assim. Isto pode acontecer. Escrever com um lado e praticar desporto com o outro, ou escrever com um lado e comer com o outro. Normalmente chamamos canhoto a uma criança que escreve com a esquerda, mesmo que tudo o resto faça com a direita.

Também é verdade que os canhotos têm mais facilidade em utilizar os dois lados. Isto é porque provavelmente se aprenderam a desenvencilhar num “mundo de destros”. A maioria dos canhotos usa melhor a mão direita, do que nós os destros usamos a esquerda. Somos mesmo uns zeros à esquerda, como se costuma dizer!

6. Ser canhoto tem desvantagens? Quais?

A maioria das desvantagens que os canhotos referem são as mesmas: alguns aspetos do dia-a-dia que não estão adaptados para a sua condição como por exemplo: escrever sem borrar o que se escreve, porque como escrevemos da esquerda para a direita, a mão passa sempre por cima e borrata com facilidade; o ideal é não usar canetas de gel, que têm mais tendência a borratar; dificuldades na caligrafia pelo modo de pegar no lápis que é ensinado; partilhar a secretária na escola, se ficam do lado direito estão sempre a bater no cotovelo do colega quando escrevem; a dificuldade típica das tesouras, embora haja já tesouras adaptadas para canhotos – isto na sala de aula, mas por exemplo o meu irmão na cozinha desespera; abrir a porta do frigorifico pode ser um desafio, e portas em geral, porque o puxador ao ser à esquerda, abre mais facilmente com a mão direita que faz força para puxar...

São habitualmente pequenas coisas do dia-a-dia, mas penso que na escola surgem as maiores dificuldades e é preciso saber ajudar as crianças que escrevem com a mão esquerda, para que não se sintam frustradas numa etapa essencial da aprendizagem que é aprender a escrever.

7. E vantagens? Quais?

Em alguns desportos os canhotos têm vantagens. Nas modalidades em que o adversário é enfrentado diretamente, como acontece no ténis ou no boxe, os canhotos têm vantagem. A razão é simples: os esquerdinos estão mais habituados a disputar provas com destros (existem em maior número) do que os destros com canhotos.

Também há vários estudos científicos que demonstram que os canhotos são melhores em matemática, sobretudo na resolução de problemas complexos. O que explica esta teoria é a matemática estar relacionada com o lado direito do cérebro, que os canhotos terão mais desenvolvida.

8. Conhece muitos canhotos? O que gostava de lhes transmitir?

Pelos vistos conheço, mais do que esperava! Quando comecei a preparar este tema só me lembrei do meu irmão. Mas depois perguntei em alguns grupos de amigas no WhatsApp quem era canhoto e fiquei surpreendida. Convivemos com as pessoas no dia-a-dia e não nos damos conta. E ainda bem, porque significa que de facto não é nada de extraordinário!.

Também há vários famosos canhotos, como o Messi (claro que foi o meu irmão que me falou deste), o Justin Bieber, a Angelina Jolie ou o Bill Gates.

O que gostava de lhes transmitir? Que sejam criativos! Já se inventaram muitas coisas para facilitar a vida aos canhotos neste mundo destro, mas a imaginação pode inventar sempre mais. Ao mesmo tempo acho importante a partilha de experiências, porque isso ajuda a encontrar soluções. Aprendemos muito com aqueles que passaram pelas mesmas dificuldades. Seria um projeto giro um grupo de adolescentes canhotos falar a crianças que sejam canhotas, por exemplo. Pode-se fazer muito bem apenas com estas ideias simples.

9. E aos pais?

Aos pais gostava de transmitir tranquilidade. Não há problema nenhum em ter um filho canhoto! Pode surgir o receio de que tenha mais dificuldades na escrita, mas a verdade é que os miúdos acabam por se adaptar bem! Não são crianças com mais dificuldades escolares do que as outras. Por isso os pais devem ficar tranquilos, ter um filho canhoto não é nenhum problema.

10. Como se pode ajudar um canhoto?

Há várias páginas na internet com dicas para ajudar os canhotos na escrita. Os canhotos têm tendência a colocar a mão em gancho para verem o que estão a escrever. Pegando no lápis um pouco mais a cima, cerca de 3 cm acima do bico, terão mais facilidade em ver o que escrevem sem ter que dobrar a mão. Outra coisa que pode ajudar é usarem canetas e lápis mais grossos; há inclusive canetas e lápis próprios para canhotos, que facilitam o uso destes instrumentos. Também a folha em que escrevem, se a desviarem um pouco para a direita, será mias fácil para escrever. Na escola, no caso de partilharem a secretária com os colegas, os canhotos devem ficar do lado esquerdo. Por fim, penso que é importante que os pais adquiram material para canhotos, como é o caso das tesouras, logo desde a idade pré-escolar, para que as crianças aprendem desde cedo a desempenhar estas tarefas. Não adiar a compra de material parece-me uma dica importante.

Estas são só algumas sugestões, mas há várias! Para terminar, diria que é importante ouvirmos as sugestões ou às vezes as queixas das crianças e adolescentes, em vez de desvalorizar, de modo a poder ajudar a que se adaptem o melhor possível neste mundo tão destro.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
SRCentro
Secção Regional do Centro (SRCentro) da Ordem dos Enfermeiros (OE) remete ofício à Administração Regional de Sáude do Centro ...
No seguimento de um abaixo-assinado remetido à SRCentro da OE a pedir a reabertura urgente da extensão de saúde de Aguda, da Unidade de Saúde Familiar (USF) de Figueiró dos Vinhos, a SRCentro enviou ofício à Administração Regional de Saúde do Centro (ARS Centro) a solicitar a resolução célere da situação.
 
Realizado de forma espontânea, e assinado por cerca de 400 pessoas, o documento apela à reabertura imediata deste posto de saúde, que se encontra encerrado desde Março de 2020. 
 
Atendendo que o acesso à saúde é um direito consagrado constitucionalmente e que o intento fundamental da OE passa pela promoção e defesa “da qualidade dos cuidados de enfermagem prestados à população, bem como o desenvolvimento, a regulamentação e o controlo do exercício da profissão de enfermeiro, assegurando a observância das regras de ética e deontologia profissional” (n.º 1, artigo 3º do Estatuto da Ordem dos Enfermeiros), a SRCentro pediu à Dr.ª Rosa Maria dos Reis Marques, Presidente da ARS Centro, a averiguação do ocorrido e a rápida resolução do problema.
 
Numa freguesia onde a população é maioritariamente idosa, com dificuldades de deslocação acrescidas pelos poucos transportes disponibilizados, o acesso a cuidados de saúde primários tem sido adiado pelos utentes.
 
Com a actual fase de desconfinamento da pandemia COVID-19, não é aceitável que a prestação de outros cuidados e tratamentos de saúde seja posta em causa, deixando ainda mais fragilizados os moradores da freguesia da Aguda que aguardam, há mais de 16 meses, pela reabertura e o normal funcionamento da sua extensão de saúde.
 
“Acredito que, a partir deste pedido de colaboração, a ARS Centro irá encetar as diligências necessárias para reabrir rapidamente a extensão de saúde da Aguda”, declarou Ricardo Correia de Matos, Presidente do Conselho Directivo da SRCentro.
Crianças
O jogo educativo móvel que está a ser desenvolvido pela ONTOP em conjunto com a APCOI - Associação Portuguesa Contra a...

A APCOI anunciou hoje que a ideia deste novo projeto nasceu nos primeiros meses da pandemia da covid-19 em consequência do aumento de peso das crianças e jovens, principalmente durante os períodos de confinamento obrigatório.

Mário Silva, presidente da APCOI, revela que “a app desenhada à medida por especialistas combina várias técnicas de gamificação como realidade aumentada, geocaching e colecionismo para levar as famílias portuguesas a descobrir superalimentos escondidos e a acumular dicas nutricionais para ganhar prémios, criando oportunidades de aprendizagem e diversão dentro e fora de casa.”

Nuno Folhadela, CEO da ONTOP, recorda as brincadeiras de criança do tempo dos pais “colecionar cromos, jogar ao pião ou com tazos” e descreve que a experiência desta app se trata de “adaptar essas sensações e diversão aos dias de hoje e, acima de tudo, às crianças de hoje. Estamos a desenvolver uma verdadeira caça ao tesouro por Portugal numa mistura tecnológica e criativa em realidade aumentada com a missão de promover um estilo de vida saudável e uma infância feliz.”

Helena Novais, Diretora de Public Affairs da Novo Nordisk Portugal refere que “colocar o digital ao serviço da saúde é uma estratégia crítica nos dias de hoje. Acreditamos que aliar o potencial das novas tecnologias com modelos de intervenção com resultados tão positivos como o projeto  “Heróis da Fruta” será um contributo muito importante na prevenção do excesso de peso e obesidade infantil em Portugal, sendo um caminho que apoiamos com muito entusiasmo.”

A app é inspirada no programa escolar Heróis da Fruta que a APCOI promove nas escolas desde 2011 e cujo 10º aniversário se assinala já em outubro.

Estudo
Um produto de terapia celular constituído por células do sangue do cordão umbilical multiplicadas em laboratório – designado...

“A implementação desta técnica na prática clínica permitirá, quando necessário, a obtenção de um maior número de células estaminais previamente à sua aplicação, o que representa um importante avanço no campo da transplantação com sangue do cordão umbilical”, segundo a Dr.ª Bruna Moreira, investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal. “No sentido de otimizar os resultados destes transplantes, têm vindo a ser desenvolvidas várias técnicas de multiplicação das células do sangue do cordão umbilical, tendo esta sido a primeira a completar ensaios clínicos de fase 3”, explica.

Para demonstrar a eficácia do omidubicel comparativamente a um transplante de sangue do cordão umbilical convencional, participaram, neste ensaio de fase 3, doentes com idades entre os 13 e os 65 anos, elegíveis para transplante hematopoiético com sangue do cordão umbilical, devido a doenças hemato-oncológicas, maioritariamente leucemias.

No âmbito do estudo, 59 participantes foram transplantados com omidubicel e 58 com sangue do cordão umbilical convencional (grupo controlo), após quimioterapia e/ou radioterapia. Para avaliar a segurança e eficácia, foi analisada a recuperação hematológica em ambos os grupos, representada pela recuperação das contagens de neutrófilos (glóbulos brancos que combatem infeções) e de plaquetas no sangue, após o transplante.

Globalmente, a utilização de omidubicel permitiu reduzir, em cerca de 10 dias, a recuperação de neutrófilos e, em cerca de 13 dias, a recuperação de plaquetas após transplante. Assim, no grupo transplantado com omidubicel, verificou-se uma recuperação hematológica mais rápida, que se traduziu numa diminuição da incidência de infeções e do tempo de hospitalização nos primeiros 100 dias após transplante, comparativamente ao grupo controlo.

A incidência de efeitos adversos decorrentes do tratamento foi semelhante nos dois grupos, o que confirma que o tratamento com omidubicel é tão seguro como um transplante de sangue do cordão umbilical convencional, como já tinha sido demonstrado em estudos anteriores.

Este estudo, que envolveu 33 centros de transplantação na América, Europa e Ásia, permitiu confirmar ainda a exequibilidade da distribuição de forma segura deste produto de terapia celular personalizado para vários pontos do globo.

Curso sobre Consultas de Fragilidade Óssea
A Associação Portuguesa de Profissionais de Saúde em Reumatologia (APPSreuma) criou o Projeto C2F, um curso sobre Consultas de...

A formação iniciou-se a 2 de junho de 2021 e vai avançar para uma fase de desenvolvimento e implementação futura de uma proposta de criação de consulta de fraturas de fragilidade para contribuir para a melhoria de cuidados no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O curso conta com a parceria do Colégio Especialidade de Enfermagem de Reabilitação da Ordem dos Enfermeiros, a Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR), a Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas (LPCDR), e a Associação de Enfermeiros Portugueses de Ortopedia e Traumatologia (AEPOT), e tem o apoio da Amgen Biofarmacêutica.

“As fraturas osteoporóticas constituem um importante problema de saúde pública a que importa dar resposta” explica a Enfª Andréa Marques, presidente da APPSreuma, referindo ainda que “os custos médios de uma fratura da anca em Portugal, no primeiro ano, são de 13.434€1. Neste sentido, este é mais um passo dado para que estes profissionais de saúde possam melhorar a qualidade de vida dos doentes de fraturas de fragilidade, enquanto ao mesmo tempo diminuem os encargos económicos que uma fratura destas pode ter para o utente e também para o Sistema Nacional de Saúde.”.

O curso, composto por dez módulos, incluiu temas sobre as fraturas de fragilidade e a sua problemática, sobre a osteoporose e o seu impacto, sobre a importância da manutenção dos doentes em consultas de seguimento e sobre o processo de implementação de uma consulta de fraturas de fragilidade. Com 46 participantes, identificados pelos diretores de 29 hospitais a nível nacional, foi possível promover um espaço de discussão e aprendizagem para identificar os principais obstáculos que poderão surgir e perceber como será possível ultrapassá-los”.

“O curso sobre Consultas de Fraturas de Fragilidade Óssea prepara os Profissionais de Saúde para a implementação de uma consulta no seu local de trabalho, contribuindo para a resolução do problema de saúde pública das fraturas osteoporóticas e ajudando na crescente necessidade de instituir mais consultas ao longo do país. O que se espera, nas próximas fases, é uma consultoria mais individualizada com cada colega de cada hospital, para um efetivo acompanhamento do desenvolvimento das suas propostas”, reforça a Enfª Andréa Marques.

O próximo passo, para Outubro, é que os vários serviços proponham a implementação da sua Consulta de Fraturas de Fragilidade. 

Para o próximo triénio
Na Reunião da Sociedade Portuguesa de Cefaleias (SPC), que se realizou de 9 a 10 de julho, decorreram as eleições para eleger a...

Elsa Parreira, também neurologista e agora ex-presidente da sociedade, destaca que “nos últimos anos a Sociedade Portuguesa de Cefaleias tem trabalhado de forma árdua para conseguir juntar à nossa sociedade cada vez mais médicos jovens que trabalhem nesta área, mas também dando apoio e incentivo à investigação na área das cefaleias especialmente na enxaqueca, uma área em crescimento e que registou bastantes inovações nestes últimos anos”.

Assumindo a presidência desde 2018, Elsa Parreira optou por continuar a oferecer aos internos de Neurologia o Curso Avançado em Cefaleias, com o objetivo de preparar e despertar o interesse dos jovens médicos por uma área que regista falta de especialistas. A reunião anual da sociedade foi mantida, sendo um fórum cada vez mais importante de discussão, aprendizagem e partilha de ideias e tendo registado um número crescente de trabalhos e participantes nos últimos anos.

Raquel Gil Gouveia, nova presidente da SPC, afirma que “é uma honra poder estar no próximo triénio à frente desta sociedade e poder dar continuidade ao trabalho já realizado até aqui, que tive a oportunidade de acompanhar de perto. Para o próximo triénio queremos continuar a estimular a investigação na área das cefaleias e contribuir para o aumento do interesse nestas patologias e respetivas áreas terapêuticas”.

A nova presidência vai tomar posse no dia 9 de Agosto de 2021. 

Até 18 de agosto
Depois do sucesso da primeira edição do concurso FERTILID’ART, a Associação Portuguesa de Fertilidade (APFertilidade) abre de...

O concurso FERTILID’ART pretende sensibilizar para o tema da fertilidade por via da expressão artística. Nesta edição, todas as pessoas que tenham interesse em fotografia ou vídeo são desafiadas a criar algo único, tendo como tema a fertilidade. O trabalho poderá focar-se na conceção, fertilização, os desafios da infertilidade, processo de gravidez, gestação e até mesmo estados emocionais associados a todo o processo, não colocando quaisquer limites à criatividade dos autores. 

Cláudia Vieira, Presidente da APFertilidade, reforça o sentimento de orgulho em ver o lançamento de mais uma edição do concurso FERTILID’ART. “Uma segunda edição deste projeto representa voltar a acreditar que é possível sensibilizar a sociedade, de uma forma inovadora e criativa, para as questões e dificuldades que envolvem as pessoas que querem ter filhos mas que precisam de ajuda médica para o conseguir. Para esta edição decidimos desafiar não só os alunos de fotografia e de vídeo, como também todos aqueles que demonstrem interesse pelas áreas acima mencionadas”, afirma.

As inscrições do concurso, a realizar num site criado para a iniciativa, começaram no dia 03 de maio, podendo ser feitas por qualquer pessoa até 18 de agosto. A avaliação e a seleção das fotografias e vídeos vencedores serão anunciadas em setembro de 2021. 

Serão premiados seis vencedores, três para fotografia e três para vídeo, sendo que o valor do primeiro prémio é de 1.000€, do segundo de 500€ e do terceiro de 250€. Os valores são iguais para as duas categorias. 

Como júri foi escolhido um grupo isento constituído por um representante da APFertilidade, das instituições de ensino e formação retratadas neste projeto e da Merck. 

Pedro Moura, Managing Director da Merck Portugal, demonstra que “apoiar este projeto vai ajudar a sensibilizar toda a população portuguesa sobre o tema da Fertilidade, ao mesmo tempo que se estimula a criatividade em diferentes áreas artísticas". “O nosso compromisso é continuar a ajudar a criar vidas, contribuindo para a inovação no tratamento da infertilidade. Só com o nosso apoio já nasceram mais de 4 milhões de bebés em todo o mundo, um número que nos orgulha imenso. Estamos aqui, sempre, para apoiar estes temas.”

Desenvolvida em Coimbra
Uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) desenvolveu uma nova...

Esta técnica, que acaba de ser publicada na prestigiada revista científica Nature Communications, foi desenvolvida no âmbito do projeto de investigação WoW do Programa Carnegie Mellon Portugal (CMU Portugal), uma parceria internacional da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) com a Carnegie Mellon University nos Estados Unidos. 

Na última década, um dos maiores desafios no campo da eletrónica flexível tem sido conseguir produzir circuitos flexíveis de forma eficiente e económica. Com vasta experiência no desenvolvimento destes circuitos, a equipa de investigação do Instituto de Sistemas e Robótica (ISR) da Universidade de Coimbra, liderada por Mahmoud Tavakoli, desenvolveu uma técnica que apresenta uma alternativa para a integração de microchips, que se encontram em estado sólido, em materiais flexíveis e circuitos à base de polímeros elásticos.

De acordo com Mahmoud Tavakoli, «esta solução de auto-soldagem que encontrámos é um passo gigante para produzirmos estes circuitos a baixo custo e avançarmos para a sua comercialização. Graças a esta descoberta poderemos incorporar de forma eficiente microchips em circuitos flexíveis e utilizá-los na produção de vários tipos de circuitos elásticos ultrafinos, ou têxteis eletrónicos. O problema que resolvemos é central para a produção em larga escala e a comercialização de várias tipologias de produtos. É uma nova alternativa à soldagem tradicional de microchips e pode criar uma revolução na montagem de circuitos impressos».

O investigador acrescenta ainda que «graças a esta descoberta muitas utilizações sugeridas por diferentes grupos de investigação que usam circuitos flexíveis podem dar o salto para fora do laboratório e começar a apostar na sua comercialização. Isto inclui, por exemplo, a aplicação em sensores de biomonitorização e adesivos com diferentes aplicações médicas, capazes de registar dados de saúde de doentes como atividade muscular, respiração, temperatura corporal, batimentos cardíacos, atividade cerebral, ou até emoções». 

A indústria têxtil é outro dos setores que pode beneficiar com esta descoberta ao integrá-la na próxima geração de roupas inteligentes, quer seja para monitorizar o desempenho de atletas, mapear os movimentos de uma atriz, ou até revolucionar a próxima geração de moda moderna, em que o tecido poderá ser usado como uma ferramenta de comunicação.

A tecnologia apresentada já se encontra patenteada pela Universidade de Coimbra e a Carnegie Mellon University. Atualmente, a equipa procura, com o apoio do Gabinete de Transferência de Tecnologia da Universidade de Coimbra, UC Business, encontrar parceiros empresariais que apoiem a comercialização desta solução em diferentes áreas de atividade.

Esta investigação está a ser parcialmente financiada pelo projeto WoW do Programa Carnegie Mellon Portugal (CMU Portugal), num consórcio liderado pela empresa GLINTT em colaboração com o ISR da Universidade de Coimbra, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e o Departamento de Engenharia Mecânica da Carnegie Mellon University.

O artigo científico está disponível: aqui.

Clínica Espregueira
A equipa médica da Clínica Espregueira - FIFA Medical Centre of Excellence realizou uma intervenção cirúrgica pioneira na área...

Numa iniciativa inédita na Península Ibérica, a Clínica Espregueira - FIFA Medical Centre of Excellence realizou esta semana, no dia 2 de agosto, no Hospital de Santa Maria, no Porto, um mini-implante feito à medida para tratar lesões da cartilagem do joelho. A intervenção cirúrgica foi liderada pelo especialista em ortopedia, João Espregueira-Mendes, e teve a colaboração de Leif Ryd, inventor da técnica.

As lesões da cartilagem são uma das mais frequentes e incapacitantes lesões articulares e condicionam com dores e limitações funcionais, podendo ocorrer em todas as idades. Em alguns casos, a solução requer a utilização de uma prótese total.

“Entrámos numa nova era de implantes feitos à medida. Hoje, já é possível a realização de uma cirurgia com um mini-implante, feito à medida da lesão de cada doente, mediante uma ressonância magnética prévia. Com esta abordagem, em muitos casos, podemos evitar cirurgias mais agressivas como a colocação de próteses totais ou uni-compartimentais”, explica João Espregueira-Mendes, diretor do Grupo Clínicas Espregueira - FIFA Medical Centre of Excellence. 

8 de agosto | Dia Internacional do Gato
No Dia Internacional do Gato, destaca-se a importância de visitar o médico veterinário com frequência para prevenir e detetar...

Há cada vez mais amantes de gatos em Portugal, de tal forma que quase 7 em 10 tutores de gatos os consideram um elemento fundamental da sua família1. No entanto, ainda existem algumas barreiras para cuidar destes felinos: apenas 40% dos gatos fazem um acompanhamento regular com o seu médico veterinário, em comparação com 60% dos cães2. No âmbito do Dia Internacional do Gato, reforça-se a importância de levar os animais de estimação com regularidade ao médico veterinário, contribuindo assim para a prevenção e deteção precoce de qualquer problema de saúde do animal de estimação.

O aconselhamento do médico veterinário é fundamental nos momentos-chave da vida dos animais de estimação, desde pequenos até à sua idade avançada. Este é um aspeto bastante relevante no caso dos gatos, uma vez que estes animais são considerados os “mestres do disfarce”, não mostrando sinais clínicos de uma possível doença até a patologia estar já muito avançada. 51% dos inquiridos respondeu que consulta o médico veterinário1, em detrimento de outras fontes como a internet, os amigos ou familiares na hora de esclarecer dúvidas sobre a educação, saúde e alimentação do animal.

“Os check-ups regulares são a única forma de garantir a saúde e o bem-estar dos nossos gatos. Por meio da prevenção e deteção precoce, conseguimos diminuir o impacto de uma possível doença”, afirma Thierry Correia, médico veterinário. Contudo, dados mostram que 50% dos tutores não levam seus gatos ao médico veterinário2.

Esta mensagem ganha uma maior importância tendo em consideração que 74% dos tutores portugueses de gatos consideram não precisar de nenhum tipo de preparação antes de acolher um gato em casa, de acordo com o estudo “Os Primeiros Momentos com um animal de estimação”, realizado em abril deste ano em Portugal e cujos dados foram conhecidos em julho1.

Apesar de a maioria dos tutores de gatos (55%) considerarem não ter cometido nenhum erro quando o gato chegou a sua casa, 13% dos inquiridos admitiram ter falhado no que toca à educação, 10% pensam ter cometido algum erro em relação à saúde do animal1.

Neste sentido, a recomendação dos especialistas é clara: deve ser feito uma consulta de rotina pelo menos uma vez por ano, passando a duas vezes ao ano quando o felino atinge a meia-idade. É crucial que o profissional de saúde oriente o tutor em tudo o que se refere à alimentação, cuidado ou educação do animal de estimação, além da importância de ter acompanhamento ao longo da sua vida.

Apesar de 55% dos tutores de gatos considerarem o médico veterinário um aliado fundamental para garantir o bem-estar do seu animal1, 66% dos tutores de gatos afirmam que iriam ao médico veterinário com mais frequência se este processo fosse mais fácil2. Sendo que o principal motivo pelo qual decidem não levar o seu gato ao médico veterinário é por acreditarem o problema do gato vai acabar por se resolver (38%)2. Além disso, 22% indicou também que a visita ao médico veterinário transtorna bastante o seu animal de estimação.

É neste contexto, que especialistas reuniram um conjunto de conselhos chave para facilitar esta tarefa de levar o gato ao médico veterinário:

  • Iniciar as visitas periódicas desde pequeno: além de ser essencial para assegurar o seu bom desenvolvimento e garantir as necessidades nos primeiros meses de vida, ajudará o gato a habituar-se, a eliminar o desconforto e ansiedade e a normalizar as idas ao médico veterinário.
  • Selecionar o formato ideal para o transporte: por razões de segurança, gato deve viajar numa transportadora especialmente concebida para felinos. É importante optar por uma boa transportadora, com uma estrutura sólida, que seja segura e estável. Simultaneamente, é melhor se tiver várias portas, na zona superior e nas zonas laterais, ou que possa abrir-se pelo centro.
  • Habituar o animal à transportadora: deve ajudar-se o gato desde pequeno a sentir-se confortável na transportadora. O ideal é que seja um objeto familiar para o gatinho. É aconselhado deixar a mesma aberta numa divisão da casa para onde o gato goste de ir e brinque nela. Além disso, também ajuda colocar no seu interior uma manta ou um brinquedo que lhe seja familiar ou utilizar feromonas (disponível em clínicas veterinárias) que podem ser pulverizadas sobre o cobertor pelo menos 30 minutos antes da saída de casa.
  • Compreender o comportamento do felino: a consulta não é um ambiente familiar para os gatos. Existem muitos impactos na forma de perceção visual, odores e sons que contribuirão para o seu estado de alerta e ansiedade. Para evitar tal, é recomendável cobrir a transportadora com uma manta ou algo similar, bloqueando a entrada de estímulos.
  • Escolha uma clínica o mais adaptada possível: Há algum tempo que os médicos veterinários que estão particularmente conscientes das necessidades especiais dos gatos adotaram uma abordagem "amiga do gato”. Por esse motivo, contam por exemplo com zonas específicas para gatos, de forma a evitar o contacto direto com cães ou outros animais, ou com espaços com menor ruído e luminosidade. 
  • Estar atento aos detalhes na sala de espera: colocar a transportadora numa zona alta (e não no chão), evitar fazer movimentos repentinos e transportar o gato com cuidado quando for colocar na marquesa, falar com tranquilidade e em voz baixa, evitar o contacto com outros animais de forma direta são alguns aspetos úteis a ter em consideração enquanto se aguarda pela respetiva consulta.
  • Tranquilidade no regresso a casa: os gatos ficam encantados por estar de volta ao ambiente familiar. Ajuda a que este processo seja tranquilo, abrindo-lhe a transportadora com calma e permitindo-lhe inspecionar as diferentes partes da casa. Muitas vezes, inspecionam os lugares favoritos e depositam o seu odor esfregando a testa ou afiando as garras.

 

1 Estudo Royal Canin “Os Primeiros Momentos com um animal de estimação” – realizado pelo More Than Research, a uma amostra de 2.000 pessoas a nível nacional, tutores de gato ou cão, utilizando o sistema C.A.W.I. (entre o período 26 a 29 de abril 2021), com um nível de confiança de 95%.

2 Estudo efetuado a 4.437 tutores primários de gatos em todo o mundo, sobre a relação entre tutores de gatos e os seus veterinários (agência SKY, 2018).

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