APIC atribui Prémio Jovem Cardiologista de Intervenção 2021
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) acaba de atribuir o Prémio Jovem Cardiologista de Intervenção a...

“Este ano os trabalhos foram subordinados aos temas ‘Uma imagem vale mais do que mil palavras’, ‘Complicações’ e ‘Casos clínicos out-of-the-box’, nas categorias de intervenção coronária e intervenção estrutural. As candidaturas, que superaram as nossas expectativas, ilustram a elevada qualidade da Cardiologia de Intervenção nacional. Acreditamos que estas iniciativas são de extrema importância, uma vez que fomentam o interesse e a motivação dos jovens pela área da Cardiologia de Intervenção”, afirma Rita Calé Theotónio, presidente da Reunião.

O trabalho de Pedro Miguel Dinis Lopes, realizado no âmbito da categoria de intervenção estrutural, relata um caso clínico de complicação de implantação de válvula aórtica percutânea, no qual, por implantação demasiado alta da válvula, houve oclusão do óstio do tronco comum. Neste caso, o doente sofreu paragem cardiorrespiratória, que foi imediatamente resolvida com a recuperação da válvula para a aorta ascendente através da técnica de Snare.

“Os objetivos do trabalho foram demonstrar que a oclusão coronária é uma complicação possível e potencialmente fatal deste procedimento, a qual pode ser evitada com um planeamento adequado”, afirma Pedro Miguel Dinis Lopes.

E continua: “Conclui-se que a angioTC pré-procedimento tem um papel fundamental na avaliação destes doentes, permitindo a seleção adequada da válvula, que deve ser individualizada, e é um fator-chave no sucesso do tratamento. A recuperação da válvula através da técnica de Snare pode ser uma estratégia apropriada para a resolução desta complicação. E, por fim, os laboratórios de hemodinâmica devem estar equipados com diversos instrumentos, que permitam dar a resposta adequada perante estas complicações.”

O trabalho submetido por Ana Rita Baptista de Moura, para a categoria de intervenção coronária, baseou-se na descrição da metodologia adotada na abordagem de uma complicação em contexto de intervenção coronária, sob a forma de perfuração. Esta decorreu aquando da tentativa de angioplastia de uma artéria coronária direita.

“Os objetivos foram a partilha de experiência na gestão de um contexto particularmente complexo de perfuração coronária proximal, determinado pela ocorrência simultânea de compromisso do fluxo para as porções médio-distais do vaso, pela provável presença de hematoma. O ganho de controlo sobre a totalidade da extensão da artéria foi dificultado pela incapacidade recorrente no avanço de material, que assim exigiu a utilização de diversas técnicas que possibilitaram a aquisição de melhor suporte e, simultaneamente, garantiram a manutenção de hemostase durante o procedimento”, afirma Ana Rita Baptista de Moura.

Terminou, concluindo que “as perfurações coronárias são complicações que, apesar de raras, têm potencial de se associar a elevada morbimortalidade. O sucesso do seu tratamento depende de um reconhecimento precoce e da adoção de medidas que possibilitem a aquisição de hemostase de forma célere. Estas estão habitualmente bem descritas na literatura, recomendando-se a sua aplicação de forma sistematizada. Ainda assim, cada caso pode associar-se a desafios adicionais, que obriguem a uma adaptação das estratégias mais convencionais.”

A APIC atribui o Prémio Jovem Cardiologista de Intervenção aos melhores trabalhos apresentados na sua Reunião Anual, que este ano se realizou de 14 a 16 de outubro, em formato híbrido (online e presencial), em Peniche.

Com um QI de 140
Gustavo Saldanha é fã de Beatles e é um prodígio musical, conseguindo tocar mais de 6 instrumentos. A criança é o mais recente...

Aos 5 anos, Gustavo descobriu os Beatles e foi aprendendo o repertório da banda inglesa com uma grande velocidade, numa lista de habilidades da criança que continuou a crescer ao longo dos anos. Atualmente, é capaz de tocar guitarra, baixo, violão, ukulele, bateria, teclado e outros instrumentos.

Além da paixão por música, Gustavo envolveu-se com a tecnologia e, apesar da pouca idade, já consegue instalar sistemas operacionais, transformar Apple em Windows e utilizar o complexo sistema dos músicos profissionais Logic Pro.

Desde o seu nascimento, Gustavo Saldanha sempre foi diferente das outras crianças. “Ele não se distraía facilmente, não tinha os mesmos interesses dos outros bebés”, lembra Luciane Saldanha, mãe de Gustavo e doutora em Ciências da Saúde. Assim que aprendeu a falar, o pequeno começou a demonstrar grande paixão pelo mundo da música.

Com um QI de 140, o jovem prodígio é atualmente o membro luso-brasileiro mais novo da Mensa, a associação internacional de pessoas de alto QI. Gustavo conta com o apoio da consultoria do neurocientista Fabiano de Abreu, também membro da Mensa, que considera que este caso comprova a sua tese sobre a importância da plasticidade cerebral: “A inteligência tem precursor genético e o fenótipo resulta num desenvolvimento que sugere pistas que podem ser passadas para a próxima geração. Por isso, há uma grande importância do nível educacional, da leitura, da aprendizagem para desenvolver uma população. Os seus pais foram e são grandes estudiosos”, detalha. O neurocientista prevê grandes feitos para o futuro do menino prodígio e já está a trabalhar para que as suas habilidades sejam reconhecidas em diversos lugares.

 

Diretora da unidade de mama do Centro Clínico Champalimaud, foi distinguida com o Prémio Personalidade de 2021
Depois de um longo período de expectativa, foram revelados ontem, 27 de outubro, os vencedores da 10ª edição do Prémio Saúde...

O júri, composto por notáveis figuras do ecossistema da saúde em Portugal e representantes de várias instituições parceiras desta iniciativa, deliberou e, considerou, em 2021, reconhecer e premiar as seguintes boas práticas e entidades:

O Hospital de Braga foi o vencedor na Categoria de Cuidados Centrados no Cidadão, cabendo a Menção Honrosa às Aldeias Humanitar.

Na Categoria Inovação e Transformação Digital, foi distinguido o Hospital Garcia de Orta, recebendo, nesta mesma categoria, a USF Lethes, Unidade Local de Saúde do Alto Minho a Menção Honrosa.

 A Unidade de Saúde da Ilha de S. Miguel, venceu na categoria de Integração de Cuidados, tendo ido a Menção Honrosa para a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal.

O IPATIMUP, Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto foi o grande vencedor da categoria Promoção da Saúde e Prevenção da Doença. A Menção Honrosa desta categoria coube ao projeto Go Far by Médis e às Farmácias Portuguesas.

Na categoria Sustentabilidade Económica e Financeira, a maior distinção coube ao Centro Hospitalar Universitário São João, E.P.E. A Unidade Local de Saúde de Matosinhos recebeu a Menção Honrosa.

Ainda nesta sessão, Fátima Cardoso, Diretora da unidade de mama do Centro Clínico Champalimaud, foi distinguida com o Prémio Personalidade de 2021, pelo reconhecido trabalho desenvolvida no campo da saúde em Portugal.

Francisco del Val, diretor-geral da Sanofi Portugal, reitera os “Parabéns aos vencedores desta edição e o meu agradecimento a todas as entidades que submeteram as suas candidaturas. É com orgulho que reconhecemos e partilhamos boas práticas em saúde, fruto de um trabalho inovador e diferenciado que contribui para um melhor serviço de saúde ao cidadão e para a sustentabilidade das instituições. Agradecemos ao nosso parceiro Jornal de Negócios, à NTT data, responsável pela metodologia, a todas as entidades que nos apoiam e nos ajudam a divulgar o Prémio Saúde Sustentável e ao notável Júri pela sua dedicação a esta iniciativa. Esta 10ª edição reflete o nosso compromisso no estabelecimento de parcerias que nos ajudem a partilhar o que de bom se faz pela saúde e a promover um debate construtivo sobre o futuro da saúde e a sua sustentabilidade.”

15 mil euros
A Fundação Grünenthal acaba de atribuir o Prémio Grünenthal Dor 2020, no valor total de 15 mil euros (quinze mil euros), aos...

Na categoria de investigação clínica, é vencedor do Prémio Grünenthal Dor 2020 o trabalho intitulado “Non-Adherence to Pharmacotherapy: A Prospective Multicentre Study About Its Incidence and Its Causes Perceived by Chronic Pain Patients”. Da autoria de Rute Sampaio, Luís Azevedo, Claúdia Camila Dias, José Castro Lopes, da FMUP, o estudo avaliou os fatores que motivam a não-adesão à terapêutica por parte dos doentes com dor crónica ao longo de 12 meses. O estudo demonstra que a não-adesão à terapêutica é comum nos doentes com dor crónica. Apenas uma semana após o início do tratamento, 37% dos doentes não tomava a medicação prescrita. Um ano depois, essa percentagem era de 51%. O projeto foi premiado com 7.500 euros.

Na categoria de investigação básica, o prémio acaba de ser atribuído à equipa de investigadores da FMUP José Tiago da Costa-Pereira, Joana Ribeiro, Paula Serrão, Isabel Martins e Isaura Tavares, igualmente no valor de 7.500 euros. O trabalho desenvolvido por esta equipa e intitulado “Serotoninergic and Noradrenergic Descending Pain Modulation in an Animal Model of Chemotherapy-induced Neuropathy” consiste numa investigação dedicada à neuropatia induzida pela quimioterapia, uma complicação comum do tratamento do cancro. Esta investigação lança uma nova luz sobre os mecanismos neurológicos subjacentes à dor e aos sintomas da neuropatia induzida pela quimioterapia, nomeadamente, quanto às consequências centrais da lesão dos nervos periféricos pelos agentes citostáticos usados no tratamento de doentes com cancro.  Os investigadores sugerem o desenvolvimento de novas soluções que combinem mecanismos de ação diversos para aumentar a eficácia do tratamento da neuropatia. Os resultados serão, agora, reavaliados com recurso a métodos em desenvolvimento, de modo a avaliar, o real impacto no tratamento de doentes oncológicos.

O júri do galardão é constituído por sete membros, um representante da Fundação Grünenthal e seis personalidades da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED), a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), a Sociedade Portuguesa de Anestesiologia (SPA), a Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), a Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação (SPMFR) e a Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR).

O Prémio Grünenthal DOR é um prémio anual, criado pela Fundação Grünenthal, destinado a galardoar trabalhos em língua portuguesa ou inglesa, da autoria de médicos ou outros profissionais de saúde, sobre temas de investigação básica ou clínica relacionados com a dor e que tenham sido realizados em Portugal.

Os vencedores do Prémio Grünenthal Dor 2020 apresentaram os seus projetos no Colóquio da Fundação Grünenthal, em Lisboa. A sessão foi dirigida pelo Professor Doutor Walter Osswald, presidente da Fundação Grünenthal.

 

 

Terceira idade
À medida que a idade avança vamos tendendo a perder a memória, mas existem alguns truques apontados

“A maioria das pessoas não tem problema em recordar rotinas que haviam aprendido, mas podem descobrir que não são capazes de reter a nova informação com a mesma facilidade com que faziam”, explica Júlia Machado, psicóloga do Hospital Lusíadas Porto. “Na maior parte dos casos, estes episódios podem surgir a partir da meia-idade, mas sobretudo entre os idosos, embora perdas de memória possa ser detetado mais cedo, sendo este problema estar associado a outro tipo de patologias”, acrescenta.

Situações comuns

  • Pessoas com patologia associada - Por exemplo, a depressão, ansiedade e dificuldades de aprendizagem. Nestes casos algumas funções do cérebro encontram-se alteradas, nomeadamente a atenção, concentração e memória.
  • Terceira Idade

É na terceira idade onde existem mais queixas comuns. Normalmente as queixas referem dificuldades em recordar:

  • Nomes, palavras e assuntos no âmbito de um encontro ou de uma conversa;
  • Moradas e telefones de amigos e datas de aniversários;
  • Local onde deixaram previamente um objeto;
  • Itens que tinham a intenção de adquirir;
  • O local onde inicialmente conheceram uma pessoa cujo rosto lhes parece familiar quando a encontram inesperadamente na rua;
  • O enredo de uma história, teatro ou filme.

Como diagnosticar

  • Avaliação neuropsicológica

Estas e outras dificuldades são ressaltadas em questionários de memória que tentam avaliar os problemas de memória e outras áreas do cérebro que possam estar comprometidas, nomeadamente a atenção, concentração, entre outras.

  • Análise do dia a dia

Através de tarefas laboratoriais artificiais e situações do dia a dia, dados esses que podem ser fornecidos pelos mesmos, os seus familiares ou cuidadores. “Os sintomas de demência são geralmente confundidos com sinais normais de envelhecimento”, afirma Júlia Machado. É necessário, em primeiro lugar, fazer um diagnóstico correto. No entanto, não existe um único teste capaz de, por si só de diagnosticar definitivamente uma demência, pois os primeiros sinais são muito subtis e vagos.

Sinais de demência

  • Confusão mental;
  • Alterações da personalidade e comportamento;
  • Apatia e isolamento;
  • Perda da capacidade para execução de tarefas diárias (trocar os objetos de lugar, esquecer de servir uma parte da refeição, por exemplo);
  • Dificuldades no pensamento abstrato;
  • Perda da noção do tempo e desorientação;
  • Problemas de linguagem (esquecimento de palavras simples ou utilização de palavras desadequadas).

Treino da memória na terceira idade e ao longo da vida

Ao longo da vida, “ginasticar” a memória, é uma estratégia considerada muito positiva. E na terceira idade ajudam:

  • A execução musical;
  • Jogos como o xadrez e o bridge;
  • Vida profissional ativa;
  • Organizar novas informações (aquilo que a pessoa já sabe ajuda a entender melhor novos conceitos e aprimora a sua capacidade de se lembrar de outros factos);
  • Brincar com as palavras através de rimas, músicas ou piadas pode ajudar a lembrar, dando dicas ou pistas;
  • Formar imagens mentais (utilizando com determinada sequência, utilizando a imaginação que explora as relações visuais e espaciais, pois é uma das armas principais para facilitar a memória);
  • Manter o hábito da leitura;
  • Meditar ou praticar exercício físico diariamente ajuda a aliviar situações de stress e ansiedade, que em níveis elevados prejudicam a nossa memória a curto prazo;
  • Fazer uma alimentação adequada (existem determinados alimentos que podem prejudicar a concentração e aumentar a dificuldade em memorizar);
  • Ter um sono adequado, pois dormir bem ajuda na consolidação de informação na memória.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Trabalho é apresentado em livro
Um estudo da docente da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra (ESTeSC-IPC), Ana Valado, mostra que...

São ainda muitas as incertezas relativamente à incidência, prevalência e evolução da esclerose múltipla (EM), doença neurológica autoimune que afeta cerca de 2,8 milhões de indivíduos em todo o mundo (em Portugal estima-se uma prevalência de 8.000). “Tendo em conta a variabilidade clínica da doença, o prognóstico da EM é muito incerto e representa um grande desafio para a investigação”, nota Ana Valado, explicando que existem vários padrões da doença, aos quais estão associados diferentes sintomas e graus de incapacidade.

A investigação de Ana Valado mostra, no entanto, que alguns marcadores biológicos podem auxiliar no seguimento da doença. “A progressão da incapacidade no curso da EM revelou-se superior após o primeiro ano nos doentes com bandas oligoclonais do tipo IgG positivas. Tendência que se inverteu a longo prazo da doença, mostrando maior incapacidade em doentes sem bandas oligoclonais do tipo IgG. A ausência de bandas aumenta a necessidade de recorrer a terapias de segunda linha, apontando, portanto, para uma doença mais agressiva”, descreve a investigadora. Já a presença de bandas oligoclonais do tipo IgM no líquido cefalorraquídeo “sugere um prognóstico menos favorável a curto prazo”, acrescenta.

Quanto aos marcadores de disfunção da barreira hematoencefálica, o aumento da razão MMP-9/TIMP-1 sérica mostrou uma associação a menor incapacidade no curso da doença, enquanto os níveis mais elevados de sVCAM-1 no soro apresentam-se em formas mais progressivas da doença.

A investigadora trabalhou com uma amostra de 530 indivíduos, ao longo de três estudos laboratoriais complementares, fazendo a comparação entre pessoas diagnosticadas com EM, doentes com outras patologias inflamatórias e não inflamatórias do Sistema Nervoso Central e indivíduos saudáveis.

O estudo, agora lançado em livro, resultou na tese de doutoramento “Marcadores Biológicos na Esclerose Múltipla: Relevância no Prognóstico e Terapêutica”, apresentada à Faculdade de Ciências da Tecnologia da Universidade de Coimbra, em 2018.

 

Candidaturas abertas até 21 de dezembro de 2021
Já estão abertas as candidaturas para a bolsa de investigação sobre leucemia mieloide crónica (LMC), uma iniciativa da...

“Esta é mais uma prova do nosso compromisso para com a investigação nesta e noutras áreas das doenças hemato-oncológicas. Apesar de relativamente rara, a LMC preocupa-nos pelo seu carater crónico e pelo impacto que tem na qualidade de vida dos doentes, por isso é muito importante para a APCL apoiar e incentivar a investigação científica e clínica nesta doença. ”, afirma Manuel Abecasis, Presidente da APCL.

João Raposo, Presidente da SPH, explica que: “A história natural da LMC sofreu importantes mudanças nas últimas décadas com a introdução de novas opções terapêuticas. Atualmente o número de pessoas que vivem com esta doença é cada vez maior e a esperança média de vida destas pessoas tem também vindo a crescer. O desafio reside agora no impacto na qualidade de vida deste número crescente de doentes. Esperamos com esta bolsa estimular projetos de investigação que nos ajudem a enfrentar este desafio”.

“A Novartis associa-se à APCL e à SPH na promoção da ciência em Portugal. Acreditamos que esta bolsa de investigação pode ser um importante contributo para o conhecimento sobre o impacto da LMC na vida dos doentes, de forma a identificar necessidades concretas que possam estar na base do desenvolvimento de soluções que melhorem a qualidade de vida das pessoas com diagnóstico de LMC.”, explica Maria Rita Dionísio, Diretora Médica da Unidade de Oncologia da Novartis Portugal.

Podem candidatar-se a esta bolsa todos os projetos subscritos por investigadores nacionais ou estrangeiros a trabalhar em instituições portuguesas e com formação profissional e/ou académica superior. Valorizam-se projetos de caráter multidisciplinar e de colaboração e parceria entre várias instituições, nomeadamente com associações de doentes.

O regulamento deve ser consultado no site oficial da APCL. As candidaturas podem ser enviadas para o email da APCL ([email protected]), responsável pela aceitação e gestão das mesmas.  

Na leucemia mieloide crónica, os glóbulos brancos ainda não estão totalmente desenvolvidos e não são completamente normais. A maturação dos glóbulos brancos está alterada, resultando numa acumulação progressiva destas células nas várias fases do seu desenvolvimento. A sua eficácia no combate às infeções está diminuída e a capacidade da medula óssea para produzir glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas normais fica comprometida. Esta é uma doença rara. Surgem cerca de 1-1,5 novos casos/ano/100.000 habitantes. Em Portugal estimam-se cerca de 100-150 novos casos por ano. A LMC representa cerca de 15% do total de todas as leucemias. É ligeiramente mais frequente no sexo masculino, sendo geralmente diagnosticada entre os 50-60 anos de idade. É muito rara na infância.

Estudo
As pessoas que estão vacinadas contra a Covid-19 não só são menos propensas a morrer do vírus, como também são menos propensas...

O estudo que pretendia mostrar que as vacinas Covid-19, que foram licenciadas no país, são seguras, e agora citado pelo jornal El Mundo, concluiu que "os doentes que receberam as vacinas Pfizer, Moderna ou Janssen tinham um menor risco de mortalidade sem Covid-19 em comparação com os não vacinados".

Stanley Xu, investigador e chefe de equipa do estudo, acrescentou que a investigação reflete que "as pessoas vacinadas contra o coronavírus tinham taxas de mortalidade mais baixas do que aquelas que não foram vacinadas, mesmo quando as mortes por Covid-19 foram excluídas". Isso adiciona à evidência crescente de outros estudos que mostram que "as vacinas Covid-19 são eficazes contra infeções, doenças graves e morte."

O estudo avaliou 6,4 milhões de pessoas que tinham sido vacinadas contra o coronavírus e comparou-as a 4,6 milhões de pessoas que não tinham sido vacinadas contra o coronavírus. "Entre dezembro de 2020 e julho de 2021, os destinatários da vacina Covid-19 apresentaram taxas mais baixas de mortalidade não relacionada com covid-19 do que as pessoas não vacinadas após o ajuste para a idade, sexo, raça e etnia, e a localização do estudo", segundo os autores.

Uma das explicações que os investigadores encontram para estes resultados tem a ver com a probabilidade de as pessoas que são vacinadas tenderem a ser mais saudáveis do que as pessoas que não são vacinadas.

 

 

The Lancet
A utilização da fluvoxamina, um medicamento frequentemente utilizado para tratar a depressão, reduz o risco de internamentos...

A sua utilização em doentes com diagnósticos precoces – e considerados de alto risco – também reduz a necessidade de os manter em longos períodos de observação em "unidades de emergência", destacam os autores de um ensaio aleatório desenvolvido pelo coletivo TOGETHER.

A fluvoxamina, explicam, é uma das drogas mais antigas da classe de inibidores seletivos de reabsorção de serotonina (SSRIs), e é prescrita para tratar a depressão e a desordem obsessivo-compulsiva (TOC).

 

29 e 30 de outubro
Nos próximos dias 29 e 30 de outubro, decorre o XI Congresso Nacional de Senologia, no Porto Palácio Congress Hotel, na cidade...

O rastreio personalizado; novos genes, novas recomendações; tratamento do cancro da mama no contexto de síndrome hereditário; oncogeriatria; mudanças no tratamento da doença metastática; novas abordagens para os marcadores tradicionais; a inteligência artificial em cancro da mama; o tratamento no novo milénio e doença oligometastática serão principais temas durante os dois dias do XI Congresso Nacional de Senologia.

Composto por oito sessões temáticas, dois simpósios e um Meet the Experience da indústria farmacêutica, e diversas discussões multidisciplinares, o Congresso pretende debater várias questões e desafios no âmbito da doença, para os quais é fundamental delinear uma abordagem de forma a melhorar o tratamento da doença nas futuras gerações.

No final do Congresso, a SPS irá proceder à entrega dos prémios aos melhores trabalhos científicos submetidos no âmbito desta iniciativa em seis categorias: Radioncologia, Cirurgia, Anatomia Patológica, Radiologia, Oncologia Médica - Doença avançada e Oncologia Médica - Doença precoce.

 

Aumento de 18% face à semana anterior
A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou que os casos globais de Covid-19 aumentaram 4% na semana passada, após quase dois...

Entre 18 e 24 de outubro, o mundo registou 2,9 milhões de infeções, das quais mais de metade, 1,6 milhões, foram registadas na Europa, onde o aumento dos casos positivos face à semana anterior foi de 18%.

A situação contrasta com o resto das regiões, onde os casos continuam a cair: 21% em África, 17% na Ásia Oriental, 9% nos Estados Unidos e 9% no Sul e Sudeste Asiático.

Paralelamente, as mortes na semana passada aumentaram 5% e subiram para 49 mil, sendo a Europa a região que registou mais mortes (21 mil, mais 14%).

Neste indicador, o sul da Ásia também registou um aumento semanal de 13%, embora os seus valores absolutos tenham sido muito inferiores (3.300 mortes), enquanto no continente americano o número de mortes foi quase igual ao da semana anterior (18.000). No resto das regiões houve reduções de mais de 10% de mortes.

Os Estados Unidos continuam a ser o país que regista mais casos, com 512.000 na semana passada, embora os seus números continuem a cair (menos 12% do que nos sete dias anteriores).

Por outro lado, os outros quatro países com mais casos na semana passada, todos europeus, têm curvas de contágio crescentes: o Reino Unido, com 330.000 casos (mais 16%), a Rússia (248.000, mais 15%) a Turquia (196.000, mais 8%) e a Ucrânia (mais 134.000, mais 43%).

No acumulado desde o início da pandemia, o total de infeções ascende a 243 milhões, enquanto as mortes ultrapassam os 4,9 milhões.

Quanto às vacinas, o mundo já se aproxima dos 7.000 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 administradas.

Pelo menos 49% da população mundial recebeu pelo menos uma dose, embora no caso dos países de baixos rendimentos essa percentagem seja de apenas 3,1%.

“Há Música ao Fundo do Túnel”
“Há Música ao fundo do Túnel – Saúde Mental toca a todos” é o nome de mais uma iniciativa do Programa Nacional para a Saúde...

Este evento, que decorre nos dias 28 e 29 de outubro, surge com o propósito de alertar a população em geral para a importância de cuidarem de si e de promoverem o seu bem-estar. 

Num espaço que representa o pulsar de uma cidade – o metro do Porto e de Lisboa – o Programa Nacional para a Saúde Mental convida as pessoas a reservarem algum tempo do seu dia para apreciarem música ao vivo, pararem a sua rotina e conectarem-se com a arte e cultura. A música é o veículo escolhido para consciencializar as pessoas para a promoção do bem-estar físico, psicológico e social. 

“Há Música ao Fundo do Túnel” conta com um conjunto de 18 concertos divididos por três estações de metro nas duas maiores cidades do país: Porto e Lisboa. 

Márcia é Embaixadora deste projeto que não se restringe às atuações ao vivo, mas pretende deixar uma marca mais profunda e prolongada no tempo em relação ao tema da Saúde Mental que, como todos, também afeta particularmente os músicos e artistas. 

 

Norma atualizada
Direção-Geral da Saúde atualiza norma voltando a permitir a presença dos acompanhantes de grávidas nas consultas, urgências e...

Segundo a DGS, as unidades hospitalares devem assegurar as condições necessárias para garantir a presença de um acompanhante durante o trabalho de parto, sendo que este deve realizar um questionário clínico e epidemiológico. Se o acompanhante tiver o esquema vacinal completo há mais de 14 dias, fica isento da realização de testes de rastreio para o SARS-CoV-2.

No caso das mulheres grávidas com Covid-19 pode ser considerada a restrição da presença de acompanhante, sempre que as condições existentes não assegurem a diminuição da propagação da infeção por SARS-CoV-2 a pessoas que possam vir a estar envolvidas nos cuidados ao recém-nascido no seio familiar.

 

Grupo destacou-se pela célere capacidade de adaptação à conjuntura pandémica
A Lusíadas Saúde é novamente reconhecida como uma marca de excelência em Portugal, consolidando, assim, o seu estatuto de...

A aposta no desenvolvimento de projetos inovadores, tais como a Teleconsulta SOS Pediatria e Adultos, a Telereabilitação, a Linha de Saúde Lusíadas ou o Plano de Saúde, permitiram reforçar a confiança do consumidor na Marca e contribuir ativamente para acomodar a reorientação digital da sociedade e da economia.

 A seleção das Superbrands baseia-se num estudo realizado junto de consumidores portugueses, no qual são identificadas as marcas que mais se distinguem em critérios de notoriedade, qualidade e confiança. Esta é a quarta vez consecutiva que a Lusíadas Saúde conquista este galardão de excelência.

 A capa personalizada do livro Superbrands é ilustrada com o Barco Lusíadas FOR ALL, inaugurado na Lusíadas Saúde Porto Sailing 2021. Em total alinhamento com a sua missão – ajudar as pessoas a viver vidas mais saudáveis e contribuir para que o sistema de saúde funcione melhor para todos –, o Grupo Lusíadas tem vindo a reforçar o seu posicionamento como maior parceiro de saúde do desporto nacional. Como empresa socialmente responsável, que integra os princípios da Diversidade e Inclusão no seio da sua organização, a Lusíadas Saúde promoveu a primeira regata acessível do País, tornando a prática desportiva acessível a toda a população, sob o mote “Içamos as velas do desporto para todos”.

“A distinção Superbrand é um reconhecimento da excelência do trabalho desenvolvido diariamente pelos cerca de 7.000 profissionais da Lusíadas Saúde. Tal como os prémios obtidos  este ano (Cinco Estrelas e Escolha do Consumidor), esta distinção vem demonstrar que a Marca Lusíadas Saúde continua a acolher a preferência dos portugueses num vasto conjunto de variáveis, tais como a Confiança, Recomendação, a Qualidade e a Inovação, o que nos deixa com um enorme sentido de responsabilidade de continuarmos a fazer mais e melhor”, afirma Ester Leotte, Diretora de Marketing da Lusíadas Saúde.

A Superbrands é uma organização internacional independente que se dedica à identificação e promoção de Marcas de Excelência em 89 países. A seleção das marcas tem como como um dos suportes um estudo realizado por uma consultora internacional especializada em market inteligence, que desenvolve projetos em diferentes setores de mercado e geografias, aplicando a metodologia exclusiva da Superbrands Limited. Em Portugal, a organização tem distinguido as Marcas presentes no mercado com base no estudo junto do consumidor e na opinião do Conselho das Superbrands.

Dia Mundial do AVC assinala-se a 29 de outubro
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma emergência médica, sendo atualmente a principal causa de mo

Os últimos 18 meses tiveram consequências, algumas delas irremediáveis, no tratamento dos doentes com AVC, quer na fase aguda quer a nível da reabilitação. A pandemia colocou uma enorme pressão nos serviços de saúde, com natural implicação nos cuidados de saúde prestados aos doentes COVID-19, mas como viemos a confirmar, com um impacto extremamente negativo nos doentes não COVID-19, nos quais estão incluídos doentes com AVC.

Verificámos que no início da pandemia houve uma diminuição na procura de cuidados de saúde hospitalares e quando essa ocorreu foi tardia. No caso dos doentes com AVC, este atraso, impediu, muitas vezes, a realização de tratamento na fase aguda, levando a que as sequelas fossem mais marcadas. A marcada diminuição na oferta de cuidados de reabilitação, praticamente inexistente durante o estado de emergência, limitou ainda mais a possível recuperação destes doentes.

Nesta fase estamos a tentar retomar a “normalidade”, embora ainda com incertezas em relação ao que irá suceder neste Inverno, sendo necessário alertar a população para evitar maiores danos.

Assim é importante recordar a necessidade de identificação precoce dos sinais de alarme e a rápido contacto para o 112, que disponibilizará meios de auxílio específicos, ativando a Via Verde do AVC (VVAVC), transportando o doente ao hospital com capacidade para proporcionar o tratamento adequado. Entre os sintomas mais frequentes salienta-se um conjunto de manifestações comumente conhecido pelos “5 F’s”. São eles: a Face descaída, dando uma sensação de assimetria do rosto; a diminuição da Força num braço (acompanhada ou não de diminuição de força na perna); a dificuldade na Fala, dificuldade em ter qualquer tipo de discurso, fala arrastada ou existência de discurso pouco compreensível e sem sentido; a Falta súbita de visão, alteração da visão ou diminuição abrupta num ou em ambos os olhos ou visão dupla; e a Forte dor de cabeça, dor de cabeça muito intensa e diferente do habitual. O tempo é cérebro! Quanto mais precoce o tratamento maior é a possibilidade de sucesso.

Além do diagnóstico e do tratamento na fase aguda é imprescindível não descurar a reabilitação. A reabilitação tem um papel preponderante a vários níveis: na recuperação funcional, cognitiva e psicossocial; na integração social; na melhoria da qualidade de vida; na manutenção da atividade profissional e no grau de dependência. As consequências do AVC podem ser diversas: dificuldade na mobilização de um membro, alteração de linguagem com dificuldade de expressão ou de compreensão, alteração da visão, alteração da deglutição, alteração do equilíbrio, alteração da sensibilidade, entre outras. Cerca de um terço dos sobreviventes de AVC podem ficar com défice cognitivo e muitos com dor crónica. É importante um plano de reabilitação adaptado às necessidades de cada doente.

Não menos importante é a prevenção. O AVC pode ser evitado em cerca de 80% dos casos. Temos de prevenir um primeiro evento, mas também evitar a recorrência. Apesar de alguns fatores não serem passiveis de intervenção como a genética, a idade ou o género, importa controlar a pressão arterial, tratar a diabetes e a dislipidemia; adotar uma alimentação adequada, pobre em gorduras e sal; praticar exercício físico regularmente; não fumar (fumar duplica o risco de ter um AVC), nem consumir bebidas alcoólicas, estas são formas de reduzir o risco de sofrer um AVC. Em muitos casos, a alteração dos hábitos do dia-a-dia não é suficiente, sendo obrigatório iniciar terapêutica farmacológica.

Sabemos que o peso do AVC irá aumentar nas próximas décadas devido ao aumento do número de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, que se prevê aumente 23% na Europa até 2030. Na tentativa de diminuir as consequências deste envelhecimento da população a sociedade europeia de AVC (ESO- European stroke organization) e a Stroke Alliance for Europe -SAFE, uma organização não governamental de doentes com AVC elaboraram, em conjunto, o Plano de ação para o AVC na Europa. Este Plano estabelece objetivos para cada um dos domínios de intervenção no AVC: prevenção primária, organização de cuidados no AVC, cuidados agudos no AVC, prevenção secundária, reabilitação, avaliação de resultados e vida pós-AVC. Foram definidos 4 objetivos para 2030:

  • Reduzir em 10% o número absoluto de AVC na Europa.
  • Tratar pelo menos 90% de todos os doentes que sofrerem um AVC na Europa numa unidade de AVC dedicada, como primeiro nível de cuidados.
  • Ter planos nacionais para o AVC que abranjam toda a cadeia de cuidados, desde a prevenção primária até à vida pós-AVC.
  • Implementar totalmente estratégias nacionais para intervenções multissetoriais de saúde pública para promover e facilitar um estilo de vida saudável e reduzir os fatores ambientais (incluindo a poluição atmosférica), socioeconómicos e educacionais que aumentam o risco de AVC.

No final de agosto de 2021 Portugal, na pessoa da Dra Graça Freitas, num conjunto de 55 países europeus, assinou o acordo em que se compromete a promover o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas eficazes, integradas, sustentáveis e baseadas na evidência para a prevenção e tratamento do AVC na Europa, de modo a atingir os objetivos delineados.

Este compromisso abre o caminho para melhorar os cuidados prestados aos doentes com AVC em Portugal.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Obra apresentada no 10º Colóquio Envelhecimento, Saúde e Cidadania
A Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E) e a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC)...

A obra, a apresentar (às 14h00) durante o 10º Colóquio Envelhecimento, Saúde e Cidadania, nas instalações da UICISA: E, em Coimbra, mas com transmissão online (via Zoom), reúne textos de 29 autores, contando também com a colaboração da Ordem dos Enfermeiros - Secção Regional do Centro.

Com coordenação científica de Maria de Lurdes Almeida, João Tavares e Joana Ferreira, a monografia resulta de uma investigação denominada “Perfil de competências das/os enfermeiras/os no cuidado à pessoa idosa”, que culminou com o desenvolvimento de dois padrões de competências em Enfermagem Gerontogeriátrica, como os quais, escrevem aqueles responsáveis, se pretende «contribuir para (re)pensar a formação em Enfermagem, promover o reconhecimento e o desenvolvimento profissional nesta área e abrir as portas para uma Enfermagem de prática avançada neste domínio».

Esta obra «é um convite a olhar para a Enfermagem Gerontogeriátrica através de diferentes pontos de vista que convergem numa imagem central, que é o papel autónomo, imprescindível e inequívoco das/os enfermeiras/os para responder aos desafios e oportunidades associados ao envelhecimento», sustentam os coordenadores científicos da monografia.

 

 

Com selo editorial da PACTOR
O guia conta com o prefácio do psiquiatra Daniel Sampaio e inclui FÓRMULA que ensina a calcular o número de horas aceitável...

Ivone Patrão apresenta o seu novo livro “Guia Prático Para Um Uso Saudável Da Tecnologia”, com selo editorial da PACTOR, que é vendido em conjunto (pack) com a obra “#GeraçãoCordão – A Geração Que Não Desliga”, da mesma autora.

Sendo outubro o mês da cibersegurança, é fundamental que pais, professores e educadores tenham noções no que respeita à segurança online e à sua utilização, de forma regrada. Com estes dois livros, o leitor terá acesso a informações e dicas úteis relativamente ao mundo da Internet, incluindo uma fórmula que ajuda pais, professores e educadores a calcular o número de horas aceitável para as atividades online e offline de cada criança, de cada jovem e de cada família, de modo a evitar a dependência!

Nestes livros, o leitor encontrará, de forma concisa e clara, tudo o que precisa de saber para gerir o uso do jogo online, da multimédia e das redes sociais da sua família, de forma a que crianças e jovens tenham uma relação o mais saudável possível com a Internet. As orientações são construídas a partir da prática clínica da autora como psicóloga, terapeuta familiar e investigadora na área.

No Prefácio do “Guia Prático Para Um Uso Saudável Da Tecnologia”, Daniel Sampaio, Professor Catedrático Jubilado de Psiquiatria e Saúde Mental na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, refere que é possível encontrar neste livro “sugestões, mas que sobretudo ajuda a pensar. Nada do que é afirmado nesta obra resulta de opinião precipitada, mas, pelo contrário, está ancorado na prática clínica e, sobretudo, na investigação nacional e internacional sobre o tema.”. Destaca também o facto de ser “um livro importante e oportuno para pais e educadores, mas que também pode e deve ser lido (pelo menos em parte) por crianças e jovens” e que “ninguém ficará indiferente a esta leitura e encontrará nestas páginas muitas ideias para pôr em prática”.

O livro “#GeraçãoCordão – A Geração Que Não Desliga”, lançado pela primeira vez em 2017, tem um prefácio do pediatra Mário Cordeiro, que relembra a evolução da Internet à velocidade da luz.

O guia pode ser adquirido em formato pack com a obra “#GeraçãoCordão – A Geração Que Não Desliga” ou separadamente, na versão e-book, no website da editora.

 

Medir a pulsação das moscas
Quem nunca ouviu o som de um coração a bater de forma acelerada e sentiu imediatamente um arrepio na espinha? É mais do que...

E se é natural que os corações de outros vertebrados - sapos, gatos, antílopes - reajam da mesma forma que os dos humanos quando estão em situação de perigo, não é claro que os corações dos insetos tenham essa característica temperamental. E o motivo é estrutural. Os nossos corações são controlados por uma complexa rede de nervos, a que chamamos de sistema nervoso autónomo. Sistema esse que os insetos não têm.

Não é por isso de estranhar que, quando investigadores do Centro Champalimaud decidiram investigar a forma como o coração das moscas responde perante uma ameaça, os resultados os tenham apanhado de surpresa.

As descobertas da equipa, publicadas hoje na revista Current Biology, revelam que os corações das moscas-da-fruta mudam de ritmo quando estão em perigo, exatamente como os nossos. Este resultado, juntamente com outros também descritos neste estudo, colocam em causa o que sabemos sobre a evolução dos comportamentos defensivos e abre todo um novo caminho de investigação para desvendar as suas bases biológicas.

Uma questão de coração

A equipa focou-se no coração da mosca - uma estrutura minúscula composta por apenas duas filas de células. Ao iluminar as células do coração com moléculas fluorescentes, os investigadores conseguiram observar a sua atividade, através do exoesqueleto transparente da mosca, enquanto esta andava. Ocasionalmente, um círculo escuro em expansão aparecia projetado numa grande tela, em frente à mosca, simulando uma ameaça que se aproximava.

 “Surpreendentemente, tal como acontece nos humanos, a atividade do coração da mosca alterava-se em função da resposta de defesa adotada. Se a mosca decidisse fugir, o coração acelerava, mas se a mosca se imobilizava, o seu coração ficava mais lento”, conta Natalia Barrios, autora sénior do estudo.

Este era um resultado pelo qual a equipa não esperava. Nos vertebrados, estas mudanças na atividade cardíaca são desencadeadas pelo sistema nervoso autónomo, que simplesmente não existe nas moscas.

“Esta descoberta demonstra que a relação entre a atividade cardíaca e a resposta ao perigo é um mecanismo evolutivo vantajoso”, ressalta Moita. “Agora, a questão é saber se o mecanismo que gera essas respostas na mosca é homólogo ao dos vertebrados ou se há um mecanismo totalmente diferente que ainda precisamos descobrir qual é.”

Imobilidade perante uma ameaça queima calorias

Curiosamente, este resultado inesperado foi apenas o primeiro de uma série de outras revelações. Uma das quais aconteceu quando a equipa examinou com mais detalhe a atividade do coração.

“A estrutura do coração da mosca é muito diferente da nossa”, explica Barrios. "Em vez de ter câmaras diferentes, é composto apenas por um único tubo. E como o corpo da mosca é essencialmente dividido em duas secções separadas (o abdómen, nas costas, e o tórax e a cabeça, à frente), o coração bombeia em duas direções, alternadamente."

A equipa questionou-se, então, se a direção do bombeamento também mudava em função da resposta defensiva da mosca. Novamente, e para sua grande surpresa, o conjunto de experiências que se seguiram acabou por enfraquecer uma outra teoria científica, até aqui amplamente aceite.

“Descobrimos que em ambos os casos - fugir e imobilizar - o coração bombeava mais ativamente na direção da parte frontal da mosca”, lembra Barrios. "Faz sentido bombear mais nutrientes para a secção frontal, se estiver a fugir. Estando aí localizados o cérebro, as pernas e as asas, é onde se passa toda a ação. Mas não esperávamos ver isso a acontecer quando a mosca se imobiliza."

Segundo os investigadores, a imobilização é considerada um comportamento de poupança de energia. A desaceleração do coração indica precisamente isso. Mas então, por que é que o coração estava a bombear mais ativamente para a parte frontal da mosca?

“A nossa suspeita era que, embora estivesse imobilizada, a mosca estava a preparar-se para agir”, explica Moita. “E que estava a consumir energia para manter esse estado de preparação”.

Para testar esta hipótese, a equipa comparou os níveis de açúcar nos corpos das moscas que imobilizaram com os das moscas expostas a um estímulo neutro, e que por isso não exibiam qualquer tipo de comportamento de defesa. Os resultados foram surpreendentes: os níveis de açúcar das moscas que paralisaram eram significativamente mais baixos.

"Esta descoberta vem refutar a convicção generalizada de que a imobilização é um comportamento passivo de poupança de energia", argumenta Moita. "Contrariamente, sugere que a paralisação é um estado de preparação ativa. Agora, a questão é - para o que é que a mosca se está a preparar? Quais são as ações que podem ocorrer após a imobilização e como é que o cérebro faz a escolha entre as ações possíveis?"

Um novo caminho

Estas questões juntam-se a uma série de novos caminhos de investigação também revelados por este estudo. Um dos mais prementes consiste em identificar a estrutura neural que, nas moscas, controla as respostas cardíacas ao perigo e decifrar como funciona.

“Como as moscas e os humanos partilham muitos genes, o coração das moscas é habitualmente usado para estudar vários aspetos da cardiologia, principalmente relacionados com doenças”, realça Barrios. "No entanto, pouca atenção foi dada para a forma como o coração da mosca reage ao perigo."

"Agora que demonstrámos mais esta nova similitude, podemos avançar na investigação de como isto acontece. Eventualmente, esperamos que o conhecimento alcançado na mosca, leve a um entendimento de como o cérebro controla o comportamento em outros animais, incluindo humanos", Moita conclui.

 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados perto de 1000 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e três mortes em território nacional. O...

As regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Norte e Arquipélago da Madeira, foram as únicas regiões a contabiliza mais uma morte cada, desde o último balanço.  

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 965 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que registou a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 395, seguida da região Norte com 247 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 201 casos na região Centro, 23 no Alentejo e 68 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, a Madeira registou mais 22 casos e o arquipélago dos Açores conta agora com mais nove infeções.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 316 doentes internados, mais 15 que ontem. No entanto, as unidades de cuidados intensivos têm menos um doente internado, estando agora 61 pessoas em UCI.

O boletim desta quarta-feira mostra ainda que, desde ontem, 597 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 1.037.585 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 31.243 casos, mais 365 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 111 contactos, estando agora 21.580 pessoas em vigilância.

 

Balanço
De acordo com os últimos dados do relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS), 86% da população portuguesa já se tem vacinação...

O documento divulgado pela DGS, regista 8.862.628 pessoas com a vacinação completa, o que corresponde a 86% da população e o total de pessoas com pelo menos uma dose da vacina recebida é de 9.011.536, o que representa 87% da população.

No que respeita à cobertura vacinal por faixa etária revela que a partir dos 65 anos a população está completamente imunizada, com 100% dos residentes em Portugal com as duas doses recebidas.

Entre os 50 e os 64 anos todas as pessoas têm pelo menos uma dose, faltando apenas inocular a segunda dose a 1% deste universo, havendo 2.146.914 (99%) completamente vacinadas.

Entre os 25 e os 49 anos 96% do universo (3.183.886 pessoas) tem pelo menos uma dose da vacina, com 93% deste grupo etário já completamente vacinado.

Na faixa etária mais jovem, entre os 18 e os 24 anos, há 92% de pessoas vacinadas com pelo menos uma dose e 89% com as duas doses. Entre os 12 e os 17 anos 89% tem pelo menos uma dose da vacina e 86% a vacinação completa.

Portugal já recebeu mais de 21,4 milhões de doses de vacinas e distribuiu e distribuiu quase 16,6 milhões.

 

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