De 11 a 13 de novembro
As equipas de Cuidados Paliativos da CUF e a CUF Academic Center organizam, entre os dias 11 e 13 de novembro de 2021, no...

O evento pretende incrementar a discussão e o desenvolvimento de competências no âmbito da prestação de cuidados de saúde em situação de doença avançada ou incurável, garantindo a melhoria da qualidade de vida e prevenção do sofrimento dos doentes e das suas famílias.

O evento arranca dia 11 de novembro, pelas 09h00, com a realização de vários workshops que promovem a teoria e a prática de técnicas de vias de administração terapêutica; estratégias de suporte na dinâmica respiratória; de abordagem às feridas malignas e de intervenção em casos de hemorragia maciça.

Já nos dias 12 e 13 de novembro, entre as 09h00 e as 19h30, decorre o Congresso “A Medicina Paliativa no Hospital do Futuro” com a realização de várias conferências com diferentes ângulos, entre os quais: “O futuro da medicina paliativa em Portugal”; “Desafios organizacionais dos cuidados paliativos no setor privado” e “O Cancro em suspenso: o impacto de uma pandemia e as aprendizagens para o futuro”.

Através de mesas redondas serão abordados os contributos de diferentes especialistas na medicina paliativa, o papel da medicina humanista e medicina tecnicista, bem como, a evolução dos diferentes modelos de resposta em medicina paliativa. Outros temas em discussão vão desde a “Integração dos cuidados paliativos e da oncologia na era da personalização de tratamento”, à resposta à pergunta “Qual o futuro da dor?” e a reflexão sobre os efeitos da inteligência artificial na medicina.

A participação carece de inscrição obrigatória: os profissionais de saúde interessados podem inscrever-se e consultar o programa através deste link.

Grupo conclui com sucesso auditorias da Joint Commission International em três unidades de saúde
O Hospital Lusíadas Lisboa é, pela terceira vez consecutiva, distinguido com o rigoroso selo de qualidade e segurança da Joint...

Com esta acreditação, o Grupo Lusíadas Saúde conclui com sucesso as três auditorias internacionais realizadas este ano pela JCI. Recorde-se que o Hospital Lusíadas Porto renovou o selo em agosto e o Hospital de Cascais, gerido em regime de parceria público-privada, foi distinguido no início deste mês de outubro.

A atribuição do selo da JCI resulta de um exigente processo de avaliação, que engloba mais de 1.200 requisitos relacionados com a segurança do doente, padrões clínicos e não clínicos, atendimento, gestão e organização.

Após ter recebido a sua primeira distinção em 2015, tornando-se o primeiro hospital privado de Lisboa acreditado com o selo de qualidade e segurança pela Joint Commission International, o Hospital Lusíadas Lisboa voltou a ser reconhecido por esta entidade norte-americana em 2018 e, agora, em 2021. 

“Num ano ainda marcado pela conjuntura pandémica, as reacreditações do Hospital Lusíadas Porto, do Hospital de Cascais e do Hospital Lusíadas Lisboa não deixam margem para dúvidas: o Grupo Lusíadas Saúde está comprometido com a qualidade e a segurança das suas unidades de saúde. Só foi possível alcançar as três distinções da Joint Commission International em apenas três meses porque a política de Qualidade do Grupo Lusíadas é uma prioridade há 23 anos e está em constante atualização e alinhamento com os mais elevados padrões internacionais”, afirma Vasco Antunes Pereira, CEO do Grupo Lusíadas Saúde.

“O sucesso alcançado neste processo de auditoria e acreditação internacional tão rigoroso mostra que a Equipa de profissionais do Hospital Lusíadas Lisboa cumpre todos os dias as rigorosas Metas Internacionais de Segurança do Doente e é um sinal de confiança para todas as pessoas que nos confiam a sua saúde”, acrescenta Maria do Céu Morgado, Administradora Executiva do Hospital Lusíadas Lisboa.

A Lusíadas Saúde foi o primeiro grupo de saúde em Portugal a ter hospitais acreditados pela JCI. Atualmente, conta com o maior número de unidades credenciadas: Hospital de Cascais, gerido em regime de parceria público-privada, Hospital Lusíadas Lisboa e Hospital Lusíadas Porto. Também as Clínicas Lusíadas Almada, Parque das Nações e Gaia estão acreditadas desde 2018.

 

Reunião destinada a doentes, familiares, cuidadores e publico em geral
O “Impacto da Trombose Associado ao Cancro” foi o tema escolhido pelo Grupo de Estudos de Cancro e Trombose (GESCAT), para a...

A trombose é a segunda causa de morte em doentes com cancro, estimando-se que o risco de sofrer um evento tromboembólico é 3-5 vezes maior nos doentes com cancro, submetidos a cirurgia, e até seis vezes maior nos doentes sob quimioterapia. Apesar dos mais recentes avanços na área do diagnóstico, a trombose continua a ser uma das principais causas de morte em doentes com cancro, apenas ultrapassada pela evolução do próprio tumor.

Por se tratar de uma patologia com grande impacto na vida dos doentes, o GESCAT destaca a importância de atuar no aumento da consciencialização desta problemática ao nível dos doentes, profissionais de saúde e entidades reguladoras. A reunião “Impacto da Trombose Associado ao Cancro”, destinada ao doente, tem como objetivo efetuar uma sessão de esclarecimento sobre os sinais e sintomas do tromboembolismo venoso (TEV), debater a importância da sua prevenção, o impacto na qualidade de vida do doente e a importância do correto acesso às terapêuticas anticoagulantes, como fator crítico de sucesso na gestão da trombose e cancro. Inscrições, para participação presencial ou remota, em www.gescat.pt.

 

 

 

Campanha lançada a propósito do Dia do Cuidador Informal pede alterações ao Estatuto do Cuidador Informal
Foi em 2019 que o Estatuto do Cuidador Informal foi finalmente aprovado, depois de muitos debates e discussões. E apesar de...

Os números confirmam que há ainda muito a fazer. O mais recente inquérito aos cuidadores informais portugueses, feito pelo Movimento em março passado, revela que 59,1% dos inquiridos desconhece a existência do Estatuto, enquanto 77,2% o consideram incompleto. E isto por ser pouco abrangente (22,1%), por ser, em termos de acesso, muito burocrático e limitado (21,3%), por não proporcionar os apoios suficientes, capazes de suprir as necessidades existentes (20,1%), entre muitos outros motivos.

Para o Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais, estes dados confirmam a necessidade de uma revisão do Estatuto, que deve começar por ouvir o que pensam os cuidadores informais, quais as suas necessidades, a melhor forma de os ajudar a ultrapassar os desafios inerentes à atividade que desempenham. Com o vídeo que será partilhado em diferentes meios, são eles os protagonistas, é a eles que é dada voz.

“É essencial ouvir os interessados em todo este processo, ou seja, os cuidadores informais”, refere Pedro Moura, Diretor-Geral da Merck Portugal, que apoia o Movimento e todo o trabalho que tem desenvolvido até ao momento. “O inquérito realizado recentemente confirma que há ainda muito a fazer para ajudar estes cuidadores. E a Merck não podia ficar indiferente a este facto, ajudando a dar-lhes a voz que até aqui tem sido pouco ou nada ouvida. A nossa missão, As One for Patients, passa também por reconhecer as dificuldades que enfrentam estes cuidadores que cuidam de doentes e procurar melhorar a sua saúde e bem-estar.”

Veja o vídeo da campanha:

No Centro Comunitário de Rastreio da Abraço no Porto
O Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ) assinou recentemente um protocolo de colaboração com a Associação Abraço, no...

A PrEP é uma intervenção eficaz de prevenção do VIH, que consiste na toma de um medicamento para prevenir a infeção em pessoas seronegativas. Vários ensaios clínicos demonstraram a eficácia da PrEP que, quando tomada devidamente, tem uma eficácia próxima dos 100%.

A descentralização da consulta de PrEP é benéfica para os utentes porque permite disponibilizar esta resposta num ambiente de proximidade.

De acordo com Rosário Serrão, responsável pelo Hospital de Dia de Doenças Infeciosas/Clínica de Ambulatório VIH, «A pandemia de Covid-19 levou a uma maior procura no acesso à consulta PrEP, pelo que se torna imprescindível implementar novos modelos de intervenção que facilitem o acesso atempado da população que necessita de PrEP. Facilitar o acesso significa diminuir os novos casos de infeção por VIH.»

Cristina Sousa, Presidente da Abraço, realça a importância da descentralização da consulta hospitalar para uma intervenção de base comunitária «que tornará o acesso menos burocrático e moroso, integrando a consulta de rastreio e a consulta de PREP no mesmo espaço, sem implicar a deslocação da pessoa ao meio hospitalar. Esta situação permitirá organizar melhor e mais rapidamente a resposta médica.»

A consulta descentralizada estará disponível a partir de novembro no centro comunitário de rastreio da Abraço no Porto e contará com a presença de um infeciologista e enfermeiro do CHUSJ, assegurando a realização de exames auxiliares de diagnóstico e a cedência de medicação de uso exclusivo hospitalar.

 

Opinião
A esteatose hepática, mais conhecida por fígado gordo, e a diabetes mellitus são doenças com uma fre

De acordo com um estudo realizado pela Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), de 2018, dois terços das pessoas com diabetes tipo 2, em Portugal, têm fígado gordo.

A esteatose hepática é uma condição frequente, que se caracteriza pela acumulação de gordura nas células do fígado, que resulta da sua ingestão em excesso, de modo que o organismo não a consiga processar.

Considera-se que o fígado é gordo quando a gordura corresponde entre 5 a 10 por cento da massa do fígado. Pode ser uma situação simples, que não cause lesão, ou, pelo contrário, evoluir com inflamação deste órgão, podendo levar ao comprometimento da sua função e a formas de doença graves, como cirrose hepática ou cancro hepático.

Para o aparecimento de esteatose hepática é de destacar a sua relação direta com os excessos da alimentação moderna e o estilo de vida sedentário, que conduzem a excessos de peso.

A diabetes mellitus é uma doença metabólica que acompanha a pessoa para toda a vida, que pode ter várias causas e que resulta de alterações fisiopatológicas que conduzem à elevação da glicemia, isto é, à quantidade de açúcar no sangue.

O número de pessoas com diabetes é também crescente, sendo que esta doença atinge já cerca de 13 por cento da população adulta portuguesa. A diabetes, que frequentemente cursa com resistência à insulina aumentam o risco de desenvolver fígado gordo. Na realidade, trata-se de uma relação bidirecional, uma vez que tanto a diabetes pode ter como complicação a doença hepática, como o contrário, visto que as doenças do fígado podem influenciar o metabolismo da glicose (açúcares).

O fígado é um regulador dos níveis da insulina, uma hormona essencial para promover a captação da glicose para dentro das células. Em pessoas saudáveis estes mecanismos fisiológicos funcionam de forma equilibrada e harmoniosa.

Contudo, nas que têm fígado gordo e diabetes este equilíbrio está comprometido, originando níveis elevados de açúcar e um aumento das gorduras no sangue (colesterol e triglicerídeos). Estas alterações promovem maior risco de doença hepática avançada, fibrose, cirrose ou cancro hepático, bem como doenças cardiovasculares.

Mais importante do que se falar em tratamento farmacológico para estas doenças é falar da sua prevenção, uma vez que a forma de as evitar é simples e prende-se com a adoção de estilos de vida saudáveis.

Mantenha um peso adequado, uma dieta pobre em gorduras, reduza os açúcares e pratique exercício físico com frequência. No caso de já ter diabetes, adote ou mantenha os conselhos para um estilo de vida saudável e tome corretamente a medicação prescrita pelo seu médico. Manter um bom controlo glicémico e a doença controlada é essencial para evitar ou atrasar o aparecimento de complicações, incluindo as doenças de fígado.

Na maioria dos casos, o fígado gordo não apresenta sintomas. Por vezes, pode surgir cansaço e dor ou desconforto na parte superior direita do abdómen. Na diabetes mellitus, os sintomas são causados pela quantidade de açúcar no sangue, quer associados ao aumento do seu nível (hiperglicemia), quer à sua diminuição (hipoglicemia). Estas condições podem causar visão turva, sensação de boca seca, transpiração excessiva e cansaço.

Opte por adotar um estilo de vida saudável e por consultar o seu médico e fazer exames diagnósticos com regularidade, a fim de prevenir o aparecimento destas doenças ou de as diagnosticar, ainda, em fases precoces, evitando as suas consequências.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Iniciativa cofinanciada por fundos europeus
Um sistema avançado de reabilitação física para pacientes acamados e com imobilidade prolongada, capaz de prevenir as...

Será um aparelho apropriado para aumentar a capacidade funcional do sistema músculo-esquelético, cardíaco e respiratório, promovendo a integração de programas de exercício físico adequados à condição clínica de cada doente e, assim, contribuindo para melhorar a qualidade de vida do paciente.

Para este equipamento, a criar no âmbito do denominado projeto “ABLEFIT: Desenvolvimento de um Sistema avançado para Reabilitação” (cofinanciado pelo programa Portugal 2020/Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), foi constituído um consórcio multidisciplinar, liderado pela empresa de Guimarães, ORTHOS XXI, que fabrica produtos ortopédicos e hospitalares, e do qual, além da ESEnfC e do ISEC - Instituto Politécnico de Coimbra, faz, também, parte a Wiseware, empresa de Ílhavo que se destaca em áreas como eletrónica, robótica, automação, inteligência artificial e software como serviço.

Arménio Cruz, investigador que coordena a parceria da ESEnfC neste projeto, explica que o ABLEFIT «implicará o desenvolvimento de um sistema híbrido, que permitirá a realização de programas de exercícios e movimentos para os membros superiores e inferiores, com intensidades, frequências, duração e progressão adaptadas à condição do utilizador, com possibilidades de monitorização e biofeedback dos diversos parâmetros, direcionadas à melhoria da função cardiorrespiratória, muscular e osteoarticular».

Custo total do projeto ultrapassa 1 milhão de euros

Por sua vez, Francisco Silva, diretor-geral da ORTHOS XXI, refere que «este projeto contribuirá para cobrir uma lacuna na oferta atual, ao dar um contributo inovador para a recuperação física de pacientes quando estão, justamente, em situação mais debilitada».

«A ORTHOS XXI não pode recusar este desafio, que permite conjugar e superar os horizontes tecnológicos e de know how da empresa, colocando-os ao serviço de um dos pilares da respetiva missão: a inovação em produtos que contribuam para a melhoria da qualidade de vida dos seus utilizadores», salienta Francisco Silva.

O projeto “ABLEFIT: Desenvolvimento de um Sistema avançado para Reabilitação” é cofinanciado pelo COMPETE 2020, no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, na vertente de copromoção, com um incentivo aprovado de 800 952,84 euros, para um investimento de despesas elegíveis totais superiores a 1 milhão de euros (€ 1 118 335,23). Tem um período de execução de 24 meses (até 30 de junho de 2023).

Dados do Vacinometro
Os dados da primeira vaga do relatório Vacinómetro®, estudo que monitoriza a vacinação contra a gripe durante a época gripal...

Por outro lado, revela ainda que já foram vacinados cerca de 32,2% dos profissionais de saúde em contacto direto com doentes; cerca de 9,9% dos portugueses com idades compreendidas entre os 60 e os 64 anos e cerca de 17,5% dos indivíduos com 65 ou mais anos de idade; sendo que com a sub-análise realizada ao grupo dos 80 ou mais anos de idade 38,8% afirmaram já terem sido vacinados.

Na análise realizada destaca-se ainda a proteção das mulheres grávidas com uma cobertura vacinal de cerca de 41,3%, sendo que 35,9% das mulheres grávidas inquiridas não vacinadas ainda tencionam fazê-lo.

Este ano está também a ser monitorizada a população entre os 18-59 anos de idade, mas ainda é cedo para resultados conclusivos, uma vez que a vacinação desta faixa etária se iniciou mais tarde.

Do total do grupo de indivíduos vacinados, na amostra total estudada, os principais motivos que os levaram a vacinar-se foram: 41,7 % por recomendação do médico; 30,2% no contexto de uma iniciativa laboral; 19,9% por iniciativa própria, porque procuram estar sempre protegidos.

Entre as percentagens apresentadas 62,1% dos indivíduos com 65 ou mais anos de idade vacinaram-se por recomendação do médico, à semelhança dos 67,2% dos doentes crónicos. Além disso, 17,6% do grupo dos 65 ou mais anos de idade vacinados fizeram-no pela primeira vez este ano e 81,7% das pessoas não vacinadas pertencentes a esta faixa etária ainda tencionam vacinar-se.

22,1% dos doentes crónicos vacinados fizeram-no pela primeira vez este ano, e 78,7% das pessoas não vacinadas pertencentes a este grupo apresentam intenção de vacinação nesta época gripal.

Para a 1ª vaga da época 2021/2022, os dados revelam que, dos grupos com recomendação (segundo a Norma nº 006/2021 da DGS), cerca de 30,4% dos indivíduos vacinados é a primeira vez que se vacinam e que cerca de 60,7% dos indivíduos não vacinados ainda tencionam vacinar-se.

Os dados apresentados na 1ª vaga da época 2021/2022 não são comparáveis com os dados apresentados na mesma vaga das últimas épocas gripais, dado que o método de vacinação é diferente.

A vacinação para os grupos recomendados e com gratuitidade arrancou em duas fases. A 1ª fase de vacinação iniciou a 27 de setembro, para pessoas em determinados contextos, incluindo residentes, utentes e profissionais de estabelecimentos de respostas sociais, doentes e profissionais da rede de cuidados continuados integrados e profissionais do Serviço Nacional de Saúde. A 2ª fase da campanha de vacinação contra a gripe arrancou a dia 18 de outubro e integra os cidadãos de idade igual ou superior a 65 anos e que não estão abrangidos nos grupos-alvo da 1ª fase.

A 2ª fase da campanha de vacinação está a decorrer por ordem decrescente de idades, começando pelos utentes com idade igual ou superior a 80 anos, através de convocatória por SMS para a administração em simultâneo da vacina contra a gripe e contra a COVID-19 ou apenas para a vacina contra a gripe (se não forem elegíveis para COVID-19).[1] Parte da população ainda tenciona vacinar-se, aguardando pela marcação e respeitando as normas previstas.

De inscrição obrigatória
O Núcleo de Estudos em Bioética (NEBio) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) vai realizar dois webinares para...

“O Maior acompanhado - perspetiva jurídica e clínica” é o tema do primeiro encontro, que se realiza dia 11 de novembro entre as 21h00 e as 22h30. “Pretendemos analisar o estatuto de «Maior acompanhado», as suas implicações e a importância do reconhecimento das situações em que se justifica instituir esse regime em tempo oportuno”, afirma António Carneiro, Coordenador do NEBio.  

Dia 09 de dezembro, também entre as 21H00 e as 22H30, tem lugar o segundo encontro subordinado ao tema “O luto prepara-se – quando e como”. A preparação para a perda é um dos aspetos mais desleixados no acompanhamento das situações graves incluindo as situações de fim de vida. “Se os clínicos e o cidadão forem capazes de compreender a importância do problema, se souberem como podem minimizar as consequências promovendo o reconhecimento precoce e o acompanhamento adequado, em tempo oportuno, prestam um inestimável contributo para minorar a gravidade dos lutos mal resolvidos” conclui António Carneiro.

Esta iniciativa realiza-se em parceria com a CES do Hospital da Luz Arrábida e a CES da Escola Superior de Saúde de Sta. Maria e conta com o patrocínio da Bayer.

As inscrições são gratuitas, mas obrigatórias.

Informações e inscrições aqui: https://www.spmi.pt/ciclo-de-webinares-do-nebio/

 

Evento contou com o psiquiatra Júlio Machado Vaz, o investigador Lino Ferreira e o escritor Afonso Reis Cabral.
A Conferência Astellas 2021, que se realizou no Pavilhão Rosa Mota, na cidade do Porto, dedicada ao tema da medicina...

Júlio Machado Vaz, anfitrião do evento, iniciou a sessão referindo várias mais-valias da medicina regenerativa, entre as quais a reparação e substituição de tecidos danificados ou destruídos por trauma. Por esta área da medicina “passará, em princípio, a solução para a escassez de órgãos disponíveis para transplante, bem como para a rejeição, se as células utilizadas forem do próprio doente”, apontou.

Por sua vez, Lino Ferreira, investigador coordenador na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e afiliado com o Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, na sua intervenção, explicou que a medicina regenerativa pode aumentar a qualidade de vida nos últimos anos de vida e desacelerar o processo de entrada nas doenças crónicas. A este respeito, o investigador, acredita que “vamos entrar, nas próximas décadas, numa nova área/era chamada ‘gerociência’, em que, eventualmente, os médicos, antes de tratar de doenças crónicas, vão tratar o envelhecimento”, aumentando a qualidade de vida, ou seja, antes de os doentes entrarem num estágio de declínio da atividade biológica, e antes de entrarem nas doenças crónicas, vão tratar o processo de desaceleração do envelhecimento.

O evento culminou num espaço de debate e reflexão com o painel de intervenientes portugueses onde a questão da disparidade no acesso a novos tratamentos de medicina regenerativa foi abordada.

Na perspetiva de Afonso Reis Cabral, que anteriormente tinha referido que a medicina regenerativa podia conduzir a uma mudança de paradigma na condição humana, ao haver pessoas mais velhas com capacidades físicas restabelecidas, os ganhos de saúde para a sociedade com os avanços tecnológicos “não seria muito diferente do que já existe, das limitações que existem, mas com consequências de desigualdade social ainda maior”.

Seguindo a mesma linha de pensamento, Júlio Machado Vaz, deixou clara a sua preocupação com “o fosso social” no acesso a terapias inovadoras, enquanto uma realidade que pode vir a acentuar-se com a medicina regenerativa. O psiquiatra e professor universitário salientou que, além das desigualdades sociais, “é bom não esquecermos que continuam a existir outro tipo de desigualdades, por exemplo a questão da saúde mental”, explicando que “continua a não haver uma visão holística da pessoa”.

Sobre as desigualdades de acesso a este tipo de tratamentos promissores, Lino Ferreira apresentou a sua visão mais otimista, encarando a medicina regenerativa como uma oportunidade para o sistema nacional de saúde e uma nova forma de olhar para o tratamento de doentes. “A expetativa é que este tipo de instrumentos não sirva para promover a desigualdade”, indicou Lino Ferreira, explicando que “se o fizermos, eventualmente uma grande parte desses recursos poderá ser utilizado para regenerar, prevenir ou desacelerar a entrada destas pessoas nas doenças crónicas”.

No debate, Lino Ferreira sublinhou ainda a importância da regulamentação, da acreditação e validação de procedimentos de medicina regenerativa na prática clínica para garantir que questões éticas não se levantam.

O evento contou ainda com as intervenções de Filipe Novais, diretor geral da Astellas Farma, Alan McDougall, SVP Medical Affairs da Astellas Pharma Europe, e Erin Kimbrel, VIP Research do Astellas Institute of Regenerative Medicine (AIRM).

Esta foi a 3.ª edição da Conferência Astellas, este ano centrada na medicina regenerativa, uma das áreas de interesse a nível global para a Astellas, com foco em terapias para doentes com necessidades não satisfeitas. O evento realizou-se pela primeira vez no Porto e em formato híbrido.

Laboratório tem capacidade para realizar 350 testes por dia e tem 13 postos de colheita ao longo do território nacional
No passado dia 26 de outubro, a LUMILABO, Laboratório de Análises Clínicas pioneiro em Portugal na área laboratorial, recebeu a...

A visita teve como objetivo agradecer o trabalho de cooperação que o Laboratório de Análises Clínicas LUMILABO tem desenvolvido com a Madeira, após o reforço da capacidade de testagem em todo o país para passageiros com destino à Região Autónoma da Madeira, e perspetivar novas áreas de colaboração.

Ao abrigo do acordo estabelecido entre o Governo Regional e o Laboratório de Análises Clínicas LUMILABO, é possível realizar testes COVID-19, sem custos, desde o dia 3 de agosto, a viajantes com destino à Madeira. O laboratório tem capacidade para realizar 350 testes por dia e tem 13 postos de colheita ao longo do território nacional.

"A LUMILABO assume-se como uma empresa responsável a nível social, procurando desempenhar um papel ativo na sociedade em que atua, num compromisso permanente com o utente/cliente, de acordo com os mais altos padrões de qualidade e exigência a nível mundial. Neste sentido, procuramos desde o primeiro dia prestar o melhor serviço aos nossos clientes que nos procuram para este fim e agradecemos a confiança depositada em nós pelo Governo Regional da Madeira", revela o laboratório em comunicado. 

 

Representante dos doentes apela à colaboração para melhorar o acesso aos ensaios
Os médicos e os cientistas envolvidos no tratamento do cancro da mama avançado (ABC) precisam de fazer mais para ajudar e...

Segundo Lesley Stephen, na reunião virtual da Sexta Conferência Internacional de Consenso sobre Cancro de Mama Avançado (ABC 6): "Clínicos e a comunidade científica em geral, incluindo a indústria farmacêutica, precisam trabalhar melhor juntos para permitir que doentes com cancro de mama metastático sejam incluídos em ensaios clínicos".

Os doentes tendem a evoluir melhor se forem incluídos em ensaios clínicos, independentemente do tratamento que recebem. Apesar disso, Lesley Stephen refere que muitos doentes com cancro da mama metastático nunca falaram sobre ensaios clínicos com seus médicos.  E explica: "estou num ensaio clínico há quase seis anos, e isso deu-me seis anos de vida que eu nunca esperei ter. Desde o meu diagnóstico e depois de falar com outras doentes apercebi-me que a maioria nunca tinha tido uma conversa com o seu oncologista sobre um ensaio clínico”. Assim, uniu-se ao Professor Carlo Palmieri, consultor em oncologia médica no Clatterbridge Cancer Centre, e à Universidade de Liverpool, Reino Unido, à Professora Janet Dunn, chefe da unidade Warwick Clinical Trials da Universidade de Warwick, Reino Unido, e à Dra. Ellen Copson, professora associada de oncologia médica na Universidade de Southampton, Reino Unido, para conduzir este estudo em todo o Reino Unido.

O estudo que envolveu doentes, clínicos e investigadores foi lançado em maio de 2021. Até 23 de agosto tinham 627 respostas (626 mulheres, 1 homem). O estudo permanece aberto, mas a Sra. Stephen e seus colegas não esperam que as principais mensagens mudem. [3] A análise continua e mais dados estarão disponíveis no início de 2022.

A análise das respostas até o momento mostra que 77% dos pacientes nunca tinham sido convidados a participar num ensaio clínico (466 de 627), e 69% (433) não tinham perguntado ao seu clínico sobre os ensaios. Apenas 14% (90) tinham sido recrutados para um ensaio; destes, 80% (72) acharam que foi uma experiência positiva. Os 31% dos pacientes (189) que perguntaram sobre os ensaios receberam uma variedade de respostas, que variaram de positivas e de apoio a "vagas e negativas".

Os doentes fizeram os seguintes comentários ao estudo: "Ainda à espera de uma resposta. Falar com o meu oncologista é como gritar para dentro de uma caverna. Tudo o que recebo de volta é a minha própria voz"; "Foi-me dito que eu seria informado se houvesse um ensaio clínico apropriado"; "O oncologista deu muito pouco apoio". Ela disse que a maioria dos ensaios falha e que deveriam ser apenas um último recurso"; "Eu não sabia que podia viajar para outro hospital para ter acesso a um ensaio, pensei que precisaria de participar localmente". Quando questionados sobre viajar para entrar num ensaio clínico, 56% (350) estavam dispostos a viajar dos quais 37% (211) até um máximo de 2 horas para outro hospital e 43% (248) estavam dispostos a viajar para outro país. Quando questionados sobre financiamento para viajar, o valor que poderiam suportar, variou entre zero até 150 euros, com 25% (138) podendo suportar mais de 150 euros por mês. Se os custos das viagens fossem reembolsados, a proporção de doentes dispostos a viajar para participar num ensaio clínico aumentava para 61% (381).

Quando questionados sobre os benefícios em participar em ensaios clínicos, 93% (586) pensam que perante ter acesso mais precoce a novos tratamentos e 90% (565) pensam que é benéfico para futuros doentes. Contudo, 63% (392) mostraram-se preocupados com os potenciais efeitos secundários dos tratamentos do ensaio e 43% (268) estavam inseguros quanto aos seus benefícios. Trinta e um por cento (192) dos doentes estavam preocupados em não compreender o objectivo do ensaio e 8% (48) tinha outras preocupações, como por exemplo receberem um placebo. A maioria dos doentes (78%) prefere obter informação sobre ensaios clínicos de fonte fidedigna como profissionais de saúde, e 90% (535) pesquisariam uma base de dados se fosse fácil de utilizar. Dos doentes que procuraram informação sobre ensaios, 57% (78) não encontraram a informação que procuravam.

A Sra. Stephen disse: “O nosso estudo tem várias conclusões importantes: os doentes com cancro de mama avançado não têm muitas oportunidades para participar em ensaios clínicos; bases de dados de fácil utilização são urgentemente necessárias; e muitos doentes estão dispostos a viajar para participar num ensaio, sobretudo se tiverem apoio financeiro.”

Segundo Stephen "Os médicos agem como porteiros e este estudo mostra que muitas vezes não mencionam ou discutem ensaios e, se o fazem, tendem a procurar apenas ensaios locais e não perguntam aos seus pacientes se estão dispostos e aptos a viajar. Eles têm muito poder no relacionamento e precisamos encorajá-los a discutir ensaios como uma opção de tratamento com os seus doentes”. No entanto, os médicos não podem fazer isto sozinhos; a indústria farmacêutica também precisa de ajudar. Os doentes devem ser educados sobre ensaios clínicos e ser proactivos na busca dessa oportunidade.

 Presidente da conferência do ABC 6, Fatima Cardoso, Diretora da Unidade de Mama do Centro Clínico Champalimaud em Lisboa, Portugal, que não esteve envolvida na investigação, disse: "Este estudo levanta algumas questões importantes sobre o acesso a ensaios clínicos para doentes com cancro da mama em estado avançado. Os ensaios clínicos são a única forma de fazer avançar o conhecimento sobre como tratar o cancro e de provar o valor de novas terapias. Todos nós - clínicos, investigadores, indústria farmacêutica, grupos académicos e financiadores - precisamos trabalhar juntos para reverter esta situação. Este não é um problema apenas no Reino Unido; na maioria dos países é difícil para os pacientes com cancro da mama avançado participar em ensaios clínicos e, em alguns países, é impossível. Isto precisa de mudar urgentemente para que possamos encontrar novas terapias e proporcionar melhores cuidados a estes doentes”.

União das Associações de Doenças Raras de Portugal composta por 25 associações
A RD-Portugal, União das Associações de Doenças Raras de Portugal, venceu o prémio máximo das Bolsas de Cidadania da Roche de...

Em apenas 4 meses desde a sua criação, a RD-Portugal já se apresentou às principais entidades oficiais da saúde, às ordens profissionais, às empresas do setor, à academia e às entidades de investigação. Foi ainda reconhecida com o 1º Prémio de Bolsas de Cidadania 2021, promovido pela companhia farmacêutica Roche Portugal, pelo projeto “Todas Raras e algumas Síndromes Excecionalmente Raras”. De acordo com Paulo Gonçalves, Presidente da RD-Portugal, “Este projeto consiste num Edifício Digital que acolherá todas as Associações de Doenças raras num espaço colaborativo com recurso a Inteligência Artificial e Machine Learning, que dará a apoio às pessoas com Doença Rara, permitindo ainda sensibilizar para as Doenças Raras em Portugal”.

Além disso, a RD-Portugal apresenta agora uma nova identidade visual, sublinhando o compromisso de centralizar a atenção na pessoa com doença rara, nos seus cuidadores e familiares. O objetivo desta nova identidade é “reforçar o modelo inovador de gestão colaborativo e participativo das mais de 25 associações que já compõem a RD-Portugal”, refere o Presidente.

A Missão da RD-Portugal consiste em trazer as doenças raras para a ordem do dia, todos os dias do ano e não apenas no dia Mundial das Doenças Raras. Como tal, participa ativamente em ações diretamente ligadas a políticas de saúde, aos Centros de Referência e iniciativas que promovem a criação do registo de dados e a luta pela universalidade e equidade no acesso aos medicamentos órfãos. 

 

Associação pretende quebrar estigmas e gerar redes de apoio para quem vive a jornada da infertilidade
A Associação Vida Mais Fértil (PVMF – Associação de Promoção à Fertilidade), assinala pela primeira vez em Portugal a semana da...

Em cada dia será debatido um tema e apresentado um testemunho real de quem enfrenta a jornada da infertilidade. Esta iniciativa decorre a par com uma campanha nas redes sociais sob a hashtag #INFERTILIDADESEMESTIGMA.

A iniciativa, assinada na mesma semana em diversos países europeus, conta com o apoio da Gedeon Richer, que paralelamente lançou a plataforma “Quando Estiveres Pronta”, com vista a informar e capacitar as mulheres sobre a preservação da fertilidade.

Já o site “Uma Vida mais Fértil” reúne informação para quem tem dificuldade em engravidar, procurando ajudar a quebrar o estigma que ainda existe em torno do tema e alertar a sociedade em geral para a necessidade da criação de uma comunidade e de uma rede de apoio médico e emocional para todos os que vivem com o problema.

Pode encontrar mais informações sobre o evento aqui.

 

Principais conselhos
Hoje a Diabetes é uma doença que afeta mais de um milhão de portugueses, sendo que uma percentagem c

Este último é uma grande preocupação para os profissionais de Podologia, dado que muitas vezes as pessoas não dão a devida atenção e cuidados que o pé diabético necessita, o que pode dar origem a problemas de maior gravidade, tais como a amputação. De forma a evitar este cenário, compreendamos o que dá origem a esta condição e quais os métodos que podemos adotar para assegurar o tratamento adequado dos nossos pés.

Como surge o pé diabético?

Os nossos pés são constituídos por uma complexa rede sanguínea que apresenta uma extensa ramificação nervosa responsável pela sensibilidade do pé. Essas ramificações que atuam como sinais de alarme, quando são danificadas pela Diabetes, podem gerar a perda da sensibilidade do pé, fazendo com que o paciente deixe de sentir dor, mudanças de temperatura, etc. Para além disto, a pele do pé começa a secar, o que leva ao surgimento de feridas, queimaduras ou bolhas, que posteriormente podem dar origem a infeções.

Para melhor se perceber o pé o diabético pode fazer, imaginemos que o paciente tem dentro do sapato um objeto, como uma pequena pedra. Neste caso, o objeto vai causar fricção no pé, e eventualmente causar uma ferida, sem que o paciente dê conta do ocorrido, visto não ter sensibilidade no membro inferior. Se não for detetada a tempo, a ferida não tratada vai infetar, trazendo complicações que poderiam ser facilmente evitadas com a intervenção correta.

Quais os cuidados que devemos ter com o pé diabético?

Tendo ou não pé diabético, o indivíduo diagnosticado com Diabetes deverá sempre ter uma atenção acrescida com os seus pés, para a qual se destacam os seguintes cuidados:

  • Vigiar diariamente os pés. Sempre que detetar alguma irregularidade, como uma ferida, uma coloração anormal, entre outros, deverá consultar de imediato um especialista;
  • Tornar a higiene dos pés uma rotina diária. Após a lavagem, hidrate os seus pés e seque-os com uma toalha macia até ficarem secos, sem esquecer as zonas entre os dedos;
  • Assegurar que as suas unhas ficam sempre bem cortadas e de forma reta;
  • Eleger calçado que se ajuste corretamente ao pé, e que tenha uma base larga e que não apresente costuras no seu interior, de forma e evitar o risco de ferir. É também importante não usar meias apertados, ou usar calçado que aumentem o risco de ferida por fatores exteriores, como chinelos;
  • Escolher calçado com uma base larga, sem costuras interiores e bem ajustado ao pé. O uso de chinelos ou sandálias é desaconselhado já que a exposição do pé é maior e os riscos aumentam;
  • Estimular a circulação sanguínea, através da prática regular de atividade física e da não adoção de posições que dificultem a correta passagem de sangue, como cruzar as pernas;
  • Adotar um estilo de vida saudável, para assim controlar a Diabetes. Para além do exercício físico, aposte numa alimentação cuidada e abstenha-se de fumar, prática que dificulta a circulação de sangue.

Não obstante todas as recomendações, este flagelo pode ser evitado e/ou minimizado, mediante um trabalho prático e especializado de um profissional de Podologia, várias vezes complementado por outros campos da área da saúde.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Investigação
Cientistas do EMBL Hamburgo e do CSSB conseguiram determinar a estrutura molecular de uma proteína intestinal que nos ajuda a...

A forma como o corpo humano absorve nutrientes é fundamental não só para a alimentação, mas também para a eficácia dos medicamentos. Investigadores do Laboratório Europeu de Biologia Molecular (EMBL) em Hamburgo e do Centro de Biologia de Sistemas Estruturais (CSSB) determinaram a estrutura molecular do transportador de peptídeos 1 (PepT1), uma pequena proteína que transporta proteínas digeridas do intestino para a corrente sanguínea. Conseguiram-no usando crio-microscopia eletrónica. O PepT1 também transporta muitos fármacos, incluindo antibióticos e antivirais. O processo de absorção de fármacos orais e intestinais é muitas vezes ineficiente, uma vez que apenas uma pequena fração do fármaco passa para a corrente sanguínea. Conhecendo a estrutura molecular do PepT1, os cientistas serão capazes de projetar ou modificar medicamentos para que possam ser absorvidos de forma mais eficiente.

A proteína promíscua que nos mantém nutridos

Durante a digestão, as proteínas que comemos são divididas em pedaços mais pequenos chamados peptídeos, que consistem em aminoácidos que o nosso corpo mais tarde usa para construir as suas próprias proteínas. Antes que isso aconteça, os péptidos devem primeiro ser transportados do intestino para a corrente sanguínea. Esta tarefa é executada por uma molécula chamada peptídeo transportador 1 (PepT1), que se situa na membrana celular da parede do intestino e move pequenos peptídeos através da membrana celular.

No corpo humano, existem cerca de 800 sistemas de transporte dedicados a diferentes tipos de nutrientes. A maioria é muito especializada. Por exemplo, certos transportadores de açúcar podem ocupar apenas um tipo de açúcar. No entanto, o PepT1 é diferente – pode transportar quase qualquer tipo de peptídeo curto. No jargão científico, esta capacidade é referida como "promiscuidade".

O líder do grupo, Christian Löw é o perito do EMBL Hamburgo em proteínas da membrana. O seu grupo, juntamente com colegas do Centro de Biologia dos Sistemas Estruturais (CSSB) e da Universitätsklinikum Hamburg-Eppendorf (UKE), determinaram as estruturas moleculares do PepT1 humano e do seu pept2 relativo, que está presente principalmente no rim para reabsorção de nutrientes. Os cientistas usaram crio-microscopia eletrónica.

Novas possibilidades para melhorar o design de fármacos

A promiscuidade do PepT1 permite-lhe transportar não só peptídeos nutritivos, mas também vários tipos de fármacos, incluindo certos antibióticos, antivirais e medicamentos para a hipertensão. No entanto, o PepT1 transporta os fármacos de forma menos eficiente do que transporta muitos dos peptídeos naturais. Como consequência, apenas uma fração dos medicamentos que tomamos acabam na nossa corrente sanguínea. O resto permanece no intestino, o que pode levar a vários efeitos colaterais. Aumentar a dose de medicamentos para compensar o transporte ineficiente é particularmente perigoso no caso dos antibióticos, porque pode levar à geração de bactérias resistentes aos antibióticos.

"Agora que sabemos como é a estrutura pept1, será possível conceber novos fármacos que explorem o PepT1 para atravessar a parede intestinal de forma muito mais eficiente do que antes", disse Löw. "A estrutura do PepT1 humano vai permitir-nos melhorar o design de fármacos, tornando a absorção mais eficiente. Atualmente, é quase impossível prever se um candidato a medicamento pode atravessar o muro do intestino através deste sistema de transporte. Até agora, a obtenção de tal fármaco tem sido muito desafiante. Muitos candidatos a fármacos potencialmente eficazes falharam em estudos pré-clínicos porque foram mal absorvidos. Com a ajuda da informação estrutural para o PepT1, alguns desses candidatos falhados poderiam ser redesenhados para que pudessem ser transportados de forma eficiente pelo PepT1. Da mesma forma, muitos medicamentos existentes poderiam ser modificados para melhorar a sua absorção."

Assistindo o transportador em stop-motion

A estrutura molecular do PepT1 humano está entre as estruturas mais pequenas determinadas com crio-microscopia eletrónica. Assemelha-se a uma pinça que está aberta para o interior do intestino. Quando um peptídeo se liga ao PepT1, o grampo fecha-se à sua volta e abre-se para o outro lado da membrana para o libertar. Os cientistas não só determinaram a estrutura do transportador, como também a capturaram em vários estados ao longo do ciclo de transporte.

"Visualizamos todo o processo de transporte em detalhe molecular, como num filme", disse Maxime Killer, primeiro autor do estudo. "As proteínas da membrana são notoriamente difíceis de estudar, mas esperamos que os truques que desenvolvemos para estudar o PepT1 ajudem outros cientistas a resolver as estruturas de proteínas semelhantes no futuro."

O Congresso 100% online e gratuito decorre a 6 de novembro
Para guiar os futuros pais nos desafios deste mundo novo que é o de receber um recém-nascido em casa, vai decorrer no próximo...

A saúde e o bem-estar do bebé passam a ser prioridade de todos aqueles que recebem a grande notícia: “vamos ser pais”. Com o objetivo de prestar toda a informação e esclarecer dúvidas de forma clara e informada sobre esta nova fase, vão estar presentes especialistas para abordar como promover e zelar pela saúde do bebé no presente e no futuro.

Uma das decisões com as quais os futuros pais se deparam durante a gravidez é sobre guardar ou doar as células estaminais do cordão umbilical do seu bebé, que têm o potencial de darem origem às células especializadas que constituem os tecidos e órgãos do nosso corpo e que, por isso, se podem revelar essenciais para a saúde futura do bebé.  Alexandra Machado, Diretora Médica da Crioestaminal, o único laboratório com acreditação internacional pela Associação de Bancos de Sangue (AABB), e a Responsável de I&D do laboratório, Carla Cardoso, irão debater sobre os 18 anos de bancos familiares em Portugal, os tratamentos com células estaminais no nosso país e a perspetiva sobre o futuro destas células.

As etapas de desenvolvimento do bebé desde o momento do nascimento vão estar também sob análise, com o contributo de Hugo Rodrigues, pediatra e autor do site “Pediatria para Todos”, que explicará aos pais como podem estimular o bebé logo nos primeiros meses com dinâmicas simples. Já Mariana Torres, médica obstetra e ginecologista, dará a conhecer como é possível fazer do parto uma experiência positiva em família.

Enquanto 2022 será o ano que para muitos corresponde à gravidez e à preparação para o parto, para tantas outras famílias o desafio do próximo ano será ultrapassar as dificuldades dos primeiros meses de vida. Por isso, a terapeuta familiar Carolina Vale Quaresma partilhará dicas sobre “Como fazer do ano 2022 um ano descansado em família” e, para quem acabou de descobrir a gravidez, a Enfemeira Conceição Santa-Martha, especialista em saúde materna e obstetrícia, responderá à dúvida “Estou grávida, e agora?” através de uma viagem pelos desafios de cada trimestre desta nova fase.

 

A importância da atualização contínua
O Núcleo de Estudos de Formação em Medicina Interna (NEForMI), da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), vai realizar...

“Hoje em dia manter uma atualização constante nos mais variados temas sem recorrer a programas de formação deste tipo é muito desafiante, o conhecimento científico avança a uma velocidade estonteante e o que hoje é verdade, amanhã pode não ser”, afirma Luísa Eça Guimarães, coordenadora.

Com diferentes tipologias de sessões incluindo conferências, encontros com o especialista, quizz, workshops e keynotes, previstas, o curso apresenta, este ano, como principais objetivos a promoção e revisão de conceitos clínicos das principais entidades nosológicas abordadas pelo internista e atualizar de forma crítica os conhecimentos nas áreas de “autoimunidade, doenças respiratórias, cardiovasculares, neurológicas, endocrinológicas, hematológicas, oncológicas, infeciosas, cuidados paliativos, entre outras”, antecipa a responsável, ressalvando que “não exclui o tema pandémico, abrange-o, mas sem lhe dar o foco que foi necessário no último ano. A medicina, a saúde e a doença vão muito para além da pandemia”.

O 4º Curso de Atualização em Medicina Interna (CAMI) destina-se a Médicos Internos ou Especialistas de Medicina Interna; Médicos de outras especialidades médicas; Médicos do Ano Comum; e Alunos de Medicina.

“Somos uma plataforma que se quer de renovação do conhecimento científico para ajudar os nossos colegas a tomar decisões cada vez mais informadas”, frisa ainda a médica internista.

A par de Luísa Eça Guimarães, Maria da Luz Brazão, Andreia Villas-Boas, Inês Chora, Nuno Bernardino Vieira, Ricardo Fernandes, Ricardo Louro, Sandra Morais constituem a coordenação do curso. António Martins Baptista ocupa, por sua vez, o cargo de presidente da Comissão Científica.

 

Osteoporose custa 120 milhões de euros por ano ao SNS
A Corrida dos Ossos Saudáveis está de volta às ruas do Porto no próximo dia 7 de novembro, pelo 10º ano consecutivo, depois de...

“A Corrida dos Ossos Saudáveis, que é já uma tradição no Porto, fecha um conjunto de iniciativas promovidas pela APO, ao longo do mês de outubro, mês da saúde óssea, que visam alertar os portugueses para a necessidade de cuidarem da saúde óssea. Com esta prova, muito dirigida às famílias, convidamos os portugueses a caminharem e correrem pela sua saúde, incentivando-os a praticar exercício físico de forma regular. Esta rotina, a par de uma dieta rica em cálcio, nomeadamente o leite, e da exposição segura ao sol, forma um triângulo virtuoso, fundamental na prevenção da osteoporose”, sublinha Jorge Pereira, fundador da APO.

Este ano, a prova volta a realizar-se em parceria com a Mimosa. “Na Mimosa, assumimos o compromisso de contribuir para o bem-estar das famílias portuguesas, quer pela via da alimentação de qualidade, melhor nutrição e saúde, através da investigação contínua para o desenvolvimento de soluções adequadas, quer através da promoção de hábitos saudáveis junto da comunidade. A associação da Mimosa a esta prova e à APO é o ‘casamento’ perfeito, já que sabemos que o leite e o exercício físico têm uma ação direta no fortalecimento dos ossos. Um só copo de leite de 250 ml fornece 35% do Valor de Referência de cálcio”, destaca José Pedro Silva, Gestor da Marca Mimosa.

Ao aderir à Corrida dos Ossos Saudáveis, cada participante está ainda a contribuir para o trabalho desenvolvido pela APO na prevenção, no diagnóstico e no tratamento da osteoporose, uma vez que 1€ de cada inscrição reverte para esta associação.

Recorde-se que a osteoporose é uma doença silenciosa que vai reduzindo a densidade óssea e aumenta o risco de fraturas. Atinge cerca de meio milhão de portugueses, em particular mulheres acima dos 50 anos, e é responsável por cerca de 50 mil fraturas por ano em Portugal.  As fraturas devidas à osteoporose são, de resto, uma das maiores causas de dor, de incapacidade a longo prazo e de perda de independência entre os adultos com idades mais avançadas, e podem mesmo conduzir a morte prematura.

Estima-se que a osteoporose custe 120 milhões de euros por ano ao SNS e que mais de 75% desses custos sejam atribuíveis à osteoporose nas mulheres.

 

Mulheres mais jovens enfrentam maior risco
O risco do cancro da mama precoce alastrar a outras partes do corpo varia entre 6% e 22%, de acordo com os primeiros resultados...

O estudo também revela que certas mulheres enfrentam um risco maior do que outras, incluindo mulheres diagnosticadas com cancro da mama numa idade mais jovem, aquelas diagnosticadas com tumores maiores no diagnóstico inicial e as que têm subtipos específicos de cancro da mama, por exemplo, o chamado luminal B.

Cerca de 2,3 milhões de pessoas são diagnosticadas com cancro da mama todos os anos em todo o mundo, mas este é o primeiro estudo a investigar quantos destes doentes desenvolvem cancro da mama avançado (ABC). Os investigadores concluem que o novo estudo traz dados sobre o impacto do ABC, quem está em maior risco e quais são os tratamentos necessários.

Este estudo foi apresentado por Eileen Morgan da Agência Internacional de Investigação do Cancro (IARC): "O cancro da mama é a forma mais comum de cancro no mundo. A maioria das mulheres são diagnosticadas quando o seu cancro está confinado à mama ou se espalhou apenas para os tecidos próximos. Mas em algumas mulheres, o cancro vai crescer e vai-se espalhar para outras partes do corpo ou voltar para uma parte diferente do corpo vários anos após o final do tratamento inicial. Nesta altura, o cancro torna-se muito mais difícil de tratar e o risco de morrer é maior. No entanto, não sabemos realmente quantas pessoas desenvolvem cancro da mama metastático porque esses dados não estão recolhidos”.

Estes resultados são parte de uma meta-análise de estudos publicados. Isto significa que os investigadores recolheram informação de vários estudos publicados de cancro da mama avançado. A análise conjunta destes dados permite obter melhor informação sobre o risco global de recidiva e de metástases e como este risco varia em diferentes grupos de doentes.

Esta análise incluiu dezenas de milhares de mulheres que, entre elas, participaram em mais de 400 estudos da América do Norte e do Sul, Europa, África, Ásia e Oceânia. Esta meta-análise permitirá aos investigadores analisar muitos fatores e como eles influenciam o risco de metástases; começaram por analisar a idade das mulheres quando foram diagnosticadas com cancro de mama, e os diferentes tipos e estágios da doença. Foi também analisada como é que a taxa de metástases variou como tempo, nos últimos anos.

A análise mostra que o risco global de metástase para a maioria dos pacientes com cancro da mama está entre 6% e 22%. Esta é uma faixa que reflete o nível de risco para metade das mulheres na análise, sendo que apenas um quarto das mulheres tem um risco maior e um quarto das mulheres tem um risco menor (conhecido como faixa interquartil). Os investigadores dizem que a faixa é ampla porque o risco varia muito, dependendo dos diferentes fatores de risco. Por exemplo, as mulheres com menos de 35 anos de idade, têm um risco de 12,7% a 38% de o cancro da mama recidivar e de se propagar outras partes do corpo, enquanto as mulheres com 50 anos ou mais têm um risco de 3,7% a 28,6%. A Dra. Morgan referiu: "Isto pode ser porque as mulheres mais jovens têm uma forma mais agressiva de cancro da mama ou porque estão a ser diagnosticadas numa fase mais tardia”.

Entre os diferentes tipos de cancro da mama, as mulheres diagnosticadas com subtipo luminal B (receptor hormonal positivo e de crescimento rápido) tinham um risco de 4,2% a 35,5%, contra 2,3% a 11,8% de risco de metastizar em mulheres diagnosticadas com o subtipo luminal A (receptor hormonal positivo e de crescimento mais lento).

O estudo sugere que as taxas de recidiva à distância, ou seja, o regresso do cancro da mama após o diagnóstico inicial e a sua propagação a outros órgãos, diminuíram ao longo do tempo, desde as mulheres diagnosticadas pela primeira vez nos anos 70 e 80 até aos diagnósticos mais recentes, mas parte disso pode dever-se ao intervalo de tempo entre o primeiro diagnóstico de cancro da mama e o aparecimento das metástases.

Os investigadores vão continuar o seu trabalho de análises dos dados recolhidos e quantificar quantos doentes com cancro da mama avançado existem no mundo e quais os fatores que podem influenciar o risco de metástases.

Shani Paluch-Shimon, membro do Comité Científico do ABC 6, Diretora da Unidade de Mama do Hospital Universitário Hadassah, Israel, que não estava envolvida com a pesquisa disse: "Tem havido uma lacuna de conhecimento sobre quantas pessoas vivem com cancro da mama avançado mundialmente. Este estudo é um passo para preencher essa lacuna. Os investigadores já foram capazes de dar uma primeira estimativa confiável de quantos doentes com cancro da mama precoce desenvolvem doença avançada em coortes contemporâneas e identificar alguns dos grupos, como as mulheres mais jovens, que enfrentam um risco maior. A segunda parte deste estudo irá definir como os registos de cancro podem recolher dados adequados sobre as recaídas, para que possamos saber quantos pacientes com cancro metastático existem em cada país. Esta informação é, naturalmente, importante para os doentes que querem compreender o seu prognóstico. Mas também é vital a nível de saúde pública para aqueles que trabalham no tratamento e prevenção do cancro da mama pois vai ajudar a compreender a escala da doença em todo o mundo. Isso irá ajudar a identificar grupos de risco em diferentes populações e a demonstrar como o curso da doença está a mudar com os tratamentos contemporâneos. Também nos vai ajudar a compreender que recursos são necessários e onde, para garantir que podemos recolher e analisar dados de qualidade em tempo real, uma vez que isto é fundamental para a atribuição de recursos e o planeamento de estudos futuros”.

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