Cerca 40 mil notícias e 1.400 horas de emissão em 2021
A pandemia de Covid-19 teve um impacto tremendo em toda a sociedade nos últimos dois anos e tornou-se um tema dominante na vida...

Segundo uma análise do serviço Clipping Mediamonitor, do Grupo Marktest, entre 2019 e 2020, o número de notícias sobre saúde nos principais canais portugueses quase quintuplicou, crescendo de 11.016 em 2019 para 51.875 em 2020. E deste universo de notícias, a esmagadora maioria foi sobre a eclosão e evolução da pandemia: foram emitidas 50.345 peças televisivas sobre Covid, ou seja, 97,1% do total de notícias ou reportagens dedicadas a temas de saúde. 

Em 2021 o noticiário sobre saúde nos espaços informativos dos principais canais portugueses recuou para um universo de 40.447 peças identificadas pelo Clipping Mediamonitor. Mas o ‘peso’ da Covid neste volume aumentou ligeiramente, com as 39.651 notícias relacionadas com a pandemia a representarem 98% do total de peças sobre temas de saúde. 

No total, em 2020 foram emitidas nos principais noticiários de TV mais de 1.900 horas de notícias sobre Covid, tendo esse volume recuado para cerca de 1.400 horas em 2021.  

Outro dado que confirma o efeito ‘rolo compressor’ da pandemia no noticiário televiso é o facto de os temas de saúde terem ultrapassado de forma clara o peso de outros temas tradicionalmente mais presentes no alinhamento informativo.  

Em 2019, por exemplo, os temas de saúde representavam cerca de 12% do espaço total de notícias emitidas pelos principais canais televisivos, atrás de temas como Desporto (16,7%), Política (24,9%) ou Segurança (25%). Em 2020 e 2021 esse cenário inverteu por completo. Em 2020, por exemplo, o espaço dedicado a temas de saúde passou para 39%, superando assim largamente o tempo dedicado a Segurança (22%), Política (18,8%) e Desporto (13%) 

Esta análise baseia-se nas notícias recolhidas no serviço e-telenews da MediaMonitor, que recolhe, classifica e disponibiliza online os conteúdos noticiosos dos principais programas de informação da TV portuguesa. 

 

 

15 de fevereiro
A Equipa de Enfermagem do Bloco Operatório do Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira, em estreita ligação com a...

Neste âmbito, ao longo da próxima semana, o CHUCB irá partilhar nas redes sociais da instituição, pequenos vídeos realizados pela sua equipa de enfermeiros perioperatórios, ilustrativos das dinâmicas e desafios vários, que se colocam a esta carreira profissional e, acima de tudo, reveladores da importância que as atividades formativas têm na sua prática clínica diária. Saliente-se que a educação em ambiente perioperatório, nas suas vertentes de ensino e formação contínua, contribui decididamente para a melhoria do desempenho dos enfermeiros e da restante equipa multiprofissional, o que resulta em benefícios óbvios para os utentes, fazendo desta forma jus, ao slogan escolhido para assinalar a campanha deste ano - “ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA: A EDUCAÇÃO MELHORA A PRÁTICA”.

A Enfermagem Perioperatória é uma área clínica especializada da Enfermagem, que se destaca pela dinâmica evolutiva do seu contexto e pela necessidade de formação contínua, de forma a poder fazer face à constante inovação técnico-científica e assim, prestar cuidados efetivos, seguros e avançados às pessoas que vão ser submetidas a cirurgias ou outras terapêuticas invasivas realizadas em contexto perioperatório.

 

13 de fevereiro
Em 2021, foram distribuídos cerca de 4 milhões de preservativos masculinos e femininos e 400 mil embalagens de gel lubrificante...

Trata-se de um aumento de 33% no número de preservativos entregues, entre 2020 e 2021, representando o esforço para manter a resposta em matéria de prevenção num ano ainda afetado pela pandemia COVID-19. Por iniciativa da AIDS Health Care Foundation, no dia 13 de fevereiro celebra-se o Dia Internacional do Preservativo, com o objetivo de salientar a importância do preservativo enquanto medida de prevenção de infeções sexualmente transmissíveis e gravidezes não planeadas.

Em Portugal, esta iniciativa é realizada em colaboração com Organizações Não Governamentais e com as 10 cidades signatárias da Declaração de Paris que se comprometeram a acelerar, até 2030, a sua resposta local à infeção por VIH, Tuberculose e Hepatites, com vista a eliminar estas infeções enquanto problemas de saúde pública.

A Direção-Geral da Saúde através dos Programas Nacionais para as IST e Infeção VIH, e Hepatites Virais, da Divisão de Saúde Sexual, Reprodutiva, Infantil e Juvenil, e da Divisão de Literacia, Saúde e Bem-Estar, assinala esta data com uma campanha de incentivo ao uso adequado do preservativo, divulgada nas redes sociais e websites e distribuindo gratuitamente preservativos à população.

“É fulcral continuar a apostar no acesso gratuito e facilitado aos meios preventivos, como os preservativos, mesmo em contexto de pandemia, pela sua elevada eficácia na prevenção de infeções sexualmente transmissíveis e de gravidezes não desejadas, bem como repensar novas formas de abordagem às populações alvo”, sublinha a DGS

 

 

Investigação
Um novo estudo sobre o coronavírus indica que há uma resposta diferente à infeção capacidade imunológica mais limitada em...

O estudo publicado pela Plos Computational Biology é liderado pelo Centro Nacional de Microbiologia (CNM) do Instituto de Saúde Carlos III (ISCIII).

A investigação expõe o risco "possível" de fugas imunitárias em populações minoritárias cujas características genéticas podem reduzir a sua capacidade de combater a infeção da SARS-CoV-2.

O trabalho estuda a resposta celular mediada por linfócitos CD8+, células imunitárias que desempenham um papel central face a uma primeira infeção natural (a primeira vez que a infeção é sofrida), e não a proteção induzida por vacinas, que, como concluído por dois estudos recentes do CNM são eficazes contra Ómicron e outras variantes da SARS-CoV-2.

 

 

Tratamento monoclonal
O governo dos EUA comprou 600 mil doses de um novo fármaco chamado bebtelovimab para tratar a variante Ómicron, depois de dois...

O Ministério da Saúde disse em comunicado que o bebtelovimab é um tratamento monoclonal de anticorpos que, de acordo com estudos preliminares "funciona contra a variante ómicron", embora ainda não tenha sido aprovado pela Food and Drug Administration (FDA).

Caso a entidade reguladora autorize o seu uso de emergência, este novo tratamento será encaminhado para os Estados, adiantou o secretário da Saúde, Xavier Becerra, de acordo com o comunicado.

Esta aquisição surge depois de dois tratamentos monoclonais de anticorpos utilizados até agora, bamlanivimab/etesevimab e REGEN-VOC, terem-se revelado muito ineficazes contra a  Ómicron, uma variante que já representa todas as novas infeções Covid-19 nos Estados Unidos.

 

Estudo
Uma nova investigação mostra que, embora o número de anticorpos Covid diminua, com o tempo, em pacientes previamente infetados...

O estudo, realizado por Carmit Cohen do Sheba Medical Center em Ramat Gan, Israel, e colegas, que será apresentado no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infeciosas deste ano, também descobriu que, ao contrário das expectativas, os doentes anteriormente infetados com obesidade tinham uma resposta imunológica maior e mais sustentada do que os doentes com excesso de peso e peso normal.

Embora a proteção contra a reinfeção dure muito tempo em pacientes recuperados de SARS-CoV-2, as infeções estão a tornar-se mais frequentes seis meses após a vacinação. Neste estudo, os autores analisaram a resposta imune humoral (induzida por anticorpos) em indivíduos recuperados de Covid-19, mas não vacinados durante um ano, comparando-a com as que receberam duas doses da vacina da Pfizer (mas nenhuma infeção anterior) durante oito meses.

 

Projeto “Viver com a Diabetes”
A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) encontra-se a desenvolver o projeto de intervenção comunitária “Viver...

Nos bairros da Estação, Caixa Têxtil e Laranjeiras, na União das Freguesias São Mamede de Infesta e Senhora da Hora, serão realizados rastreios de identificação de pessoas com alto risco de desenvolver diabetes e com diabetes não diagnosticada. Serão realizados programas de educação com os quais se pretende apoiar a população para a prevenção da diabetes. Simultaneamente, serão desenvolvidos programas para a promoção da literacia em saúde das pessoas com diabetes que contribuam para a capacitação do doente relativamente à autogestão e ao controlo da diabetes.

O projeto “Viver com Diabetes” conta ainda com ações de formação sobre diabetes e cuidados preventivos ao pé diabético, destinadas a profissionais que trabalham junto das comunidades (Associações locais), técnicos superiores de Ação Social (União das Freguesias), profissionais de saúde e cuidadores formais e informais.

“A diabetes, um dos maiores problemas de saúde pública, está relacionada com desigualdades e fatores socioeconómicos. O baixo rendimento, o desemprego e a baixa escolaridade estão fortemente associados ao risco de desenvolver diabetes. Tendo em conta esta realidade, o projeto Viver com Diabetes pretende prevenir a diabetes junto das populações que, pela sua vulnerabilidade, têm um risco mais elevado de a desenvolver. Ao mesmo tempo procurará garantir a melhoria da qualidade de vida daqueles que já vivem com a doença através de uma abordagem de proximidade”, explica o presidente da APDP, José Manuel Boavida.

O projeto “Viver com a Diabetes” é uma parceria entre a APDP, a Câmara Municipal de Matosinhos, a União das Freguesias São Mamede de Infesta e Senhora da Hora, a MatosinhosHabit e a APPACDM Matosinhos, em articulação com a ULS Matosinhos.

“Com a promoção de ações de rastreio que possibilitem o diagnóstico precoce da diabetes e ações que visam melhorar os níveis de literacia em saúde, estamos a capacitar as pessoas para um maior controlo da diabetes e, desta forma, conseguimos evitar a sua progressão ou retardar o surgimento das consequências graves que lhe estão associadas”, conclui Dulce do Ó, enfermeira responsável do projeto “Viver com Diabetes”.

A maioria dos doentes tratados foram homens e a média de idades situou-se acima dos 60 anos
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) acaba de divulgar os dados referentes ao tratamento para o enfarte...

Segundo dados do Registo Nacional de Cardiologia de Intervenção (RNCI), em 2021 foram realizadas 4.002 angioplastias primárias para o tratamento de enfarte agudo do miocárdio, um aumento de 4,8 por cento, face ao ano anterior. A maioria dos doentes tratados foram homens e a média de idades situou-se acima dos 60 anos.

“Os dados do RNCI demonstram-nos um aumento do número de angioplastias primárias, procedimento para tratamento do enfarte, nos hospitais nacionais dotados de salas de hemodinâmica, um dado que nos aponta para um aumento do número de doentes tratados, o ano passado”, explica Eduardo Infante de Oliveira, presidente da APIC.

Atualmente, a angioplastia coronária é o melhor tratamento para o enfarte agudo do miocárdio. “No hospital, o cardiologista de intervenção irá efetuar uma angioplastia coronária que consiste na colocação de um tubo muito fino (cateter) na artéria a ser tratada, através do qual se introduz um fio guia que atravessa a obstrução da artéria. Sobre o fio guia é introduzido um balão que será insuflado na zona da obstrução, restabelecendo, assim, o normal fluxo sanguíneo da artéria. Na grande maioria dos casos é, ainda, necessário implantar uma pequena rede metálica expansível (stent), para que a artéria se mantenha permeável a longo prazo”, explica João Brum Silveira, Coordenador Nacional do Stent Save a Life (APIC).

Com o objetivo de promover o conhecimento e a compreensão sobre o enfarte agudo do miocárdio e os seus sintomas; e alertar para a importância do diagnóstico atempado e tratamento precoce, a APIC desenvolveu e tem a decorrer a campanha de consciencialização “Cada Segundo Conta”, com o apoio do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e da iniciativa Stent Save a Life, da APIC.

O enfarte agudo do miocárdio ocorre quando uma das artérias do coração fica obstruída, o que faz com que uma parte do músculo cardíaco fique em sofrimento por falta de oxigénio e nutrientes.

Dor no peito, suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade são sintomas de alarme para o enfarte agudo do miocárdio. Não ignore estes sintomas. Ligue rapidamente 112 e siga as instruções que lhe forem dadas. Para evitar um enfarte é importante adotar um estilo de vida saudável: não fumar; reduzir o colesterol; controlar a tensão arterial e a diabetes; fazer uma alimentação saudável; praticar exercício físico; vigiar o peso e evitar o stress. Para mais informações consulte: www.cadasegundoconta.pt

Saúde mental
Mesmo numa relação saudável pode acontecer que um dos parceiros desenvolva uma perturbação depressiv

O que é a Depressão

A Depressão é uma perturbação mental que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Depressão não se trata apenas de estar triste. Quando alguém é diagnosticado com uma perturbação depressiva, implica que tenha um conjunto de sintomas físicos e psicológicos persistentes na sua intensidade e frequência durante um certo período de tempo.

Os sintomas mais comuns são:

  • sentimentos de tristeza, culpa, falta de valor pessoal
  • Irritabilidade
  • baixa autoestima,
  • fadiga e cansaço
  • dificuldades de concentração e em tomar decisões
  • insónia ou hipersónia,
  • alterações de apetite
  • perda de interesse em pessoas e/ou atividades,
  • pensamentos suicidas
  • diminuição do prazer sexual/libido

Causas da Depressão

A depressão pode ter variadas causas. As mais comuns podem ser: adversidades na vida atual da pessoa que causem um intenso sofrimento, e/ou experiências negativas passadas que não foram ultrapassadas. Muitas vezes as relações amorosas são um gatilho para o aparecimento de sintomas depressivos, nomeadamente em casos de traição, relações à distância, relações abusivas etc.

Mesmo numa relação saudável pode acontecer que um dos parceiros desenvolva uma perturbação depressiva. Quando isto acontece, podem surgir sentimentos de culpa (por parte de quem está doente) que acabam por aumentar a severidade dos sintomas depressivos.

Como pode a Depressão afetar os relacionamentos

A pessoa que experiencia uma perturbação depressiva pode ficar mais cansada, menos interessada em socializar com seu parceiro, com menos vontade de sair e de se divertir como antes costumava fazer. Pode sentir-se com mais frequência irritada, menos paciente e flexível do que antes do seu estado depressivo.

Estes sintomas levam muitas vezes a pessoa a sentir vergonha, culpa por não estar bem e pelo impacto negativo que estes sintomas têm na relação. A pessoa pode começar a sentir que é um "fardo" para o parceiro e que este estaria melhor fora da relação. Isto acaba por tornar mais difícil a comunicação entre ambos. A pessoa com depressão poderá tentar esconder, disfarçar o mais possível o que sente para manter a relação.

A depressão também poderá afetar a forma como os parceiros se envolvem sexualmente. A pessoa com depressão tem menos interesse em ter relações sexuais, e sente menos prazer quando tem.

Para o sexo masculino o impacto pode ser ainda maior, na medida em que, poderão ficar com dificuldades em ter e manter a ereção. Alguns medicamentos para o tratamento da Depressão poderão também ter este efeito secundário.

Todos estes fatores potenciam grandes desafios às relações, uma vez que os casais tendem a sentir-se menos envolvidos um com o outro, e poderão sentir-se menos atraentes e desejados pelo parceiro.

O que pode ajudar?

A Depressão é uma perturbação mental que geralmente é tratável. Existem alguns passos que são importantes para a pessoa começar a mudar e a sair do estado depressivo.

O primeiro passo é procurar ajuda de um profissional, preferencialmente de um psicólogo e/ou psiquiatra, caso exista necessidade de introduzir medicação. O psicólogo pode ajudar a diagnosticar e perceber os motivos e padrões mentais que estão a manter a pessoa com depressão. O tratamento passa por alterar os padrões mentais e promover mudanças que muitas vezes ajudam a pessoa a ir reduzindo os seus sintomas depressivos. É muito importante que se perceba se o relacionamento está a ser prejudicial ou benéfico para o tratamento.

O segundo passo é começar a comunicar mais com o parceiro, a sinceridade e frontalidade geralmente funcionam melhor do que a negação deste problema. Se a relação for saudável e benéfica para a pessoa, o próprio parceiro deve fazer parte da solução, devendo estar ao corrente daquilo que pode fazer para ajudar mais. Podem começar a retomar algum envolvimento físico, sem pressão, como dar as mãos e abraços. Voltarem a ter mais tempo para ambos, com atividades que ambos gostem.

O terceiro passo é promover mudanças que possam melhorar o seu estado, como por exemplo, voltar a fazer caminhadas, passar mais tempo fora de casa, apanhar sol etc. É fundamental que a pessoa crie pequenas atividades e/ou rotinas que aumentem a qualidade de vida e que sejam pequenas conquistas transmissoras de esperança, força e confiança.

É importante ter em mente que o tratamento de uma Depressão não é um processo linear, vão existir dias bons e maus, mas com o tempo e com a sua força de vontade poderá melhorar e recuperar gradualmente a sua vida e a sua relação amorosa.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia do Europeu do 112
No âmbito do Dia do Europeu do 112, que se assinala esta sexta-feira, 11 de fevereiro, o Instituto Nacional de Emergência...

O Dia Europeu do 112 é assinalado anualmente com o objetivo de aumentar o conhecimento e a consciencialização sobre o Número Europeu de Emergência – 112, um serviço gratuito que funciona 24 horas por dia.

Nesta data, a PSP e o INEM, enquanto gestores operacionais do 112 e do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), respetivamente, organizam um seminário online, às 11 horas, sobre a «Estrutura e gestão de chamadas de emergência». O objetivo é reforçar o papel de todos os que ligam 112 e demonstrar que a disponibilização de informação constitui a melhor forma de potenciar a eficácia da estrutura de resposta.

Em Portugal, ainda se registam muitos contactos de cidadãos para o 112 de situações que não se enquadram na categoria de emergência, o que representa uma dificuldade acrescida para garantir a manutenção da eficácia da resposta do sistema.

O seminário, de livre acesso, pode ser seguido através do Facebook e Twitter da PSP, bem como no Facebook do INEM. No final da sessão, haverá lugar a respostas a questões colocadas pelo público.

 

A Dioscope já assinou contrato com 14 hospitais
A startup portuguesa Dioscope, que criou uma plataforma para a formação médica e criação de sistemas de apoio à decisão clínica...

O assistente médico digital da Dioscope é um sistema de apoio à decisão clínica, adaptado à realidade de cada unidade do SNS, com o objetivo de melhorar a eficácia dos serviços hospitalares, prevenir o erro médico e melhorar a articulação entre as várias especialidades. O sistema para o SNS é um chatbot criado pelos médicos dos próprios hospitais, que integra ainda um centro de ensino digital.

O assistente médico digital promete, desta forma, diminuir a sobrecarga dos profissionais de saúde na linha da frente e assinalar um progresso na segurança e atendimento aos doentes. Neste momento, o sistema está em fase final de implementação.

A Dioscope está em negociações com os principais hospitais do SNS e já tem contratos assinados com 14 hospitais: Hospital São João; Hospital Egas Moniz; Hospital de São José; Hospital de Santa Marta; Hospital Curry Cabral; Hospital da Estefânia; Maternidade Alfredo da Costa; Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga; Centro Hospitalar Médio Tejo e Alto Douro; Centro Hospitalar Oeste; Hospital de Santo André; Hospital de Distrital de Pombal; Hospital de Alcobaça; Centro Hospitalar de Leiria. A startup tem como principal objetivo levar esta solução a todos os médicos portugueses até ao final do ano de 2022.

“A implementação dos sistemas de apoio à decisão clínica nos hospitais e centros de saúde é um passo determinante para melhorarmos o SNS. Em poucas palavras, podemos explicar estes sistemas como um ‘médico virtual’ capaz de comunicar e ajudar os médicos ‘reais’ que estão no serviço de urgência, na linha da frente, melhorando tempos de espera e diminuindo o erro médico”, explica o médico Tomás Pessoa e Costa, fundador da Dioscope.

Neste ano, Francisco Goiana da Silva juntou-se à startup para liderar a estratégia de implementação no SNS e expansão internacional. O médico e antigo Diretor de Novos Negócios de Saúde no grupo SONAE acrescenta: “Queremos democratizar o acesso à boa decisão médica. Na Dioscope, cada equipa clínica, mesmo sem conhecimentos de informática, pode criar o seu próprio sistema de decisão, adaptado à realidade de cada Hospital ou Centro de Saúde. E em breve, graças ao fantástico trabalho dos Hospitais portugueses, acredito que vamos ver um SNS pioneiro nestes sistemas e demonstrar que consegue evoluir e melhorar em nome do bem-estar dos seus doentes”.

A plataforma foi criada em 2018 pelo médico Tomás Pessoa e Costa, inicialmente dedicada à formação médica digital. Em 2021, como consequência do sistema de saúde sobrecarregado pela pandemia, a startup decidiu dar um passo em frente e criar o “médico virtual”. O médico Francisco Goiana da Silva, com vasta experiência em gestão em saúde, tornou-se no aliado de Tomás Pessoa e Costa para revolucionar a eficácia dos hospitais portugueses. Durante seis meses criaram e implementaram o primeiro “médico virtual” de apoio a urgências hospitalares, chefiado pela médica internista Marta Jonet.

Estudo Mayo Clinic
Os doentes internados com Covid-19 que tinham uma combinação de pressão arterial elevada, obesidade, diabetes ou outras...

O risco de desenvolver a Síndrome de Dificuldade Respiratória Aguda (uma doença pulmonar que causa baixos níveis de oxigénio no sangue) aumentou progressivamente com cada critério de síndrome metabólica presente. O estudo (um dos maiores a examinar a ligação entre a síndrome metabólica e os resultados da Covid-19), analisou registos de mais de 46.000 doentes internados em 181 hospitais em 26 países.

"O nosso estudo descobriu que se o doente tem colesterol alto, pressão arterial alta, obesidade leve e pré-diabetes ou diabetes e está hospitalizado com Covid-19, tem uma quatro vezes mais hipóteses de desenvolver SDRA”, disse o autor principal do estudo, Joshua Denson, especialista em pneumologia e cuidados intensivos. "Também descobrimos que em todos os níveis de apoio respiratório, os pacientes com síndrome metabólica tiveram resultados piores. Os doentes com síndrome metabólica sofreram um aumento da ventilação mecânica invasiva, aumento da ventilação não invasiva ou apoio ao oxigénio de alto fluxo e aumento do uso suplementar de oxigénio em comparação com pacientes sem síndrome metabólica”, acrescentou.

Investigadores da Mayo Clinic, da Sociedade de Medicina Crítica e da Universidade de Tulane acompanharam os resultados dos doentes hospitalizados, entre meados de fevereiro de 2020 e meados de fevereiro de 2021, no Global Discovery VIRUS: Covid-19 Registry. Os investigadores compararam 5.069 doentes (17,5 por cento) com a síndrome metabólica com 23.971 doentes de controlo (82,5 por cento) sem síndrome metabólica. Definiram a síndrome metabólica como tendo mais de três destes critérios: obesidade, pré-diabetes ou diabetes, hipertensão ou colesterol alto.

Os doentes com síndrome metabólica tinham 36% mais probabilidade de desenvolver síndrome de dificuldade respiratória aguda, quase 20% mais probabilidade de morrer no hospital, mais de 30% de probabilidade de ser admitido na UCI, e 45% mais provável de exigir ventilação mecânica. Os investigadores calcularam estes riscos depois de se ajustarem à raça, idade, sexo, etnia, outras comorbilidades e volume de casos hospitalares.

No total, pouco mais de 20% dos doentes com síndrome metabólica morreram no hospital, 20% desenvolveram síndrome de dificuldade respiratória aguda, e quase metade dos pacientes foram internados na UCI. Entre aqueles que não sofriam de síndrome metabólica, aproximadamente 16% dos pacientes morreram, 12% desenvolveram síndrome de aflição respiratória aguda, e quase 36% foram admitidos na UCI.

A síndrome metabólica foi significativamente mais comum entre os pacientes com Covid-19 hospitalizados em hospitais nos Estados Unidos (18,8 por cento) do que os internados em hospitais fora dos Estados Unidos (8 por cento). De acordo com os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças, mais de um terço dos adultos nos EUA cumprem os critérios para a síndrome metabólica, com algumas regiões com uma prevalência desta condição superior a 40%.

Casos graves de Covid-19 são caracterizados por uma resposta imune hiper-inflamatória à infeção em todo o corpo. Os autores suspeitam que a inflamação crónica de baixa qualidade das doenças metabólicas, especialmente quando agrupadas, poderia tornar estes pacientes mais vulneráveis à Covid-19.

Os investigadores notam que, tendo em conta as elevadas taxas de síndrome metabólica, obesidade e diabetes nos EUA, a explicação para o facto de o país ser o líder mundial em casos e mortes de Covid-19 pode ser a elevada prevalência da síndrome metabólica nesta população.

"Estas descobertas importantes são mais um exemplo das possibilidades de dados reunidos de centenas de hospitais na deteção de associações significativas durante a pandemia", diz Rahul Kashyap, M.B.B.S., autor sénior do estudo e investigador principal do Discovery VIRUS: Covid-19 Registry. "Estas descobertas ajudarão nos esforços para criar infraestruturas nacionais para identificar fatores de risco para doenças críticas e testar novos fármacos para ajudar a melhorar os resultados dos pacientes."

O estudo revela variações na prática e fornece uma base de dados abundante para investigação sobre tratamentos e cuidados eficazes. Em março de 2020, a Sociedade de Medicina Crítica e a Mayo Clinic lançaram este primeiro registo global sobre a Covid-19 que acompanha os padrões de cuidados intensivos e hospitalares quase em tempo real.

Iniciativa é gratuita e aberta ao público em geral
“Saúde em Dia: Vamos falar sobre a Doença de Alzheimer” é o tema da próxima sessão informativa, promovida pelo Espaço Saúde...

A iniciativa, que se dirige à comunidade idosa algarvia, tem lugar no próximo dia 15 de fevereiro, das 10h30 às 12h00, no Anfiteatro da Junta de Freguesia de Quarteira, e conta também com transmissão online para os Centros de Dia e Instituições Residenciais para Idosos parceiros do projeto, aumentando assim o impacto da sessão junto do público-alvo.

A sessão pretende promover a literacia em saúde sobre as demências através de informação credível, simples e objetiva, ao mesmo tempo que pretende contribuir para uma mudança na forma como estas patologias são encaradas pela sociedade. Analisar as causas e formas de prevenção da doença, abordar o seu impacto no comportamento e na qualidade de vida do doente e família, assim como analisar os recursos atualmente existentes para apoiar estes doentes e cuidadores, de forma a aliviar o impacto da patologia, são alguns dos temas a serem abordados na sessão.

“É urgente criar respostas para as pessoas com demência, especialmente quando em Portugal o número de pessoas com estas patologias ultrapassa a tendência europeia, estando previsto que duplique até 2050. São dados como estes que nos levam a agir e a querer fazer mais. É, por isso mesmo, que desenvolvemos iniciativas como esta, que pretendem esclarecer os doentes e as suas famílias, e que os ajudam a encontrar os apoios necessários para uma melhoria da sua qualidade e vida", refere Ricardo Valente Santos, psicólogo e gestor do projeto Espaço Saúde 360º Algarve. 

Estarão presentes Edite Reis, Coordenadora do Núcleo do Algarve da Associação Portuguesa de Familiares e Amigos dos Doentes de Alzheimer e Margarida Ferreira, Neuropsicóloga do Núcleo do Algarve da Associação Portuguesa de Familiares e Amigos dos Doentes de Alzheimer, que vão desmitificar o tema e esclarecer todas as dúvidas e conceitos sobre esta patologia.

A sessão “Saúde em Dia: Vamos falar sobre a Doença de Alzheimer” está enquadrada na atividade “Saúde em Dia”, um conjunto de sessões informativas que pretendem esclarecer a população algarvia sobre importantes temas relacionados com a área da saúde, através de uma comunicação simples e objetiva, que desmitifica alguns conceitos erróneos. Para isso, contam com o importante apoio de profissionais de saúde e de Associações de doentes associadas à Plataforma Saúde em Diálogo, que se juntam nesta missão de promover a literacia em saúde no seio da comunidade idosa do Algarve.

A iniciativa é gratuita e aberta ao público em geral, mediante inscrição obrigatória aqui.

Estratégia digital
Com objetivo de acelerar a sua transformação digital, a Affidea, o maior fornecedor europeu de serviços avançados de...

A implementação desta solução é parte importante da estratégia digital da empresa que visa atualizar e simplificar os seus sistemas com processos padronizados e automatizados, que proporcionarão melhores capacidades analíticas, reduzindo ao mesmo tempo as tarefas manuais de RH e impactando o envolvimento da equipa. A digitalização está no centro das operações da Affidea, contribuindo para o seu posicionamento como empregador de eleição e como o prestador de cuidados de saúde preferido, oferecendo a melhor experiência aos pacientes.

Esta plataforma será para a Affidea a única fonte de dados relacionada com colaboradores em termos de competências e de qualificações que contribuirão ainda para a criação de conhecimentos clínicos de sub-especialidade em todo o grupo, serviços clínicos, expansão dos serviços de telerradiologia e telesaúde em todos os países. Outros benefícios incluem uma melhor gestão do investimento contínuo na educação clínica, disponibilizando ao público adequado formação clínica especializada feita à medida das suas necessidades e partilha de conhecimentos dentro de grupos de pares que fomentam a transferência de boas práticas dentro de redes médicas internas profissionais.

A solução oferecerá uma maior eficiência das operações de RH e da gestão de dados de pessoal, proporcionando melhores capacidades analíticas e de reporting às equipas de RH em 15 países, num ambiente compatível com o RGPD, tornando-se a base para uma maior automatização.

Bósnia & Herzegovina, Croácia, República Checa, Grécia, Hungria, Itália, Lituânia, Holanda, Polónia, Portugal, Roménia, Espanha, Suíça, Turquia e Irlanda, são os países onde a solução já está a ser implementada.

Justyna Tyborowska, Vice-Presidente Sénior e Chief HR Officer do Grupo Affidea explica: "A transformação digital e a melhoria contínua dos processos médicos e operacionais são elementos-chave da estratégia de crescimento da Affidea, visando oferecer serviços médicos de topo e uma excelente experiência a pacientes e médicos. Estamos a reforçar a nossa digitalização em todo o Grupo com uma cultura de inovação, trazendo práticas tecnológicas seguras que melhorem a nossa forma de trabalhar e permitam focar-nos em atividades de valor acrescentado relacionadas com o negócio. A implementação da solução global de RH é um exemplo concreto do que pretendemos com a nossa estratégia digital, práticas de gestão baseadas em dados e constrói uma forte base para uma maior automatização e integração com os sistemas de outras empresas que posicionarão a Affidea como um fornecedor de cuidados de saúde digital líder".

A Oracle Cloud HCM Cloud foi lançada em todos os países de Affidea e é o primeiro passo da implementação do Affidea ERP em todo o Grupo. A implementação foi feita pela Oracle Consulting que guiou a Affidea através do projeto país a país. O conceito passo a passo tornou mais fácil para a Affidea adaptar-se à solução e estabelecer a propriedade real do novo sistema global.

"As empresas enfrentam agora, mais do que nunca, grandes expectativas dos empregados. Os trabalhadores de hoje procuram acesso instantâneo, conteúdo altamente personalizado e sistemas fáceis de usar. Estas exigências implicam que os profissionais de RH repensem a forma como abordam toda a experiência no local de trabalho. A solução completa da Oracle que liga todos os processos de recursos humanos da contratação à reforma ajuda a Affidea a manter-se na vanguarda da indústria da saúde e a alcançar o sucesso a longo prazo.", afirma Andrés Garcia-Arroyo, Vice-Presidente aplicações CEE, Rússia, Israel, Nordeste e África Ocidental, Levante e Turquia na Oracle.

Ana Marques, Diretora de Recursos Humanos da Affidea em Portugal, acrescenta ainda “A implementação do Oracle constituiu mais uma oportunidade de otimizar processos, garantindo a sua integridade e de redesenhar experiências com um impacto positivo nos profissionais de RH e em todas as partes interessadas, permitindo maximizar a performance, o envolvimento e a motivação dos colaboradores através do rápido acesso à informação e facilidade de utilização.”

Nutriente é fundamental para o metabolismo do cálcio e regulação da fisiologia osteomineral
Um trabalho de investigação, publicado recentemente pela Sociedade Europeia de Cardiologia (European Society of Cardiology),...

“O cálcio é responsável pela contração do músculo cardíaco. Em contrapartida, a vitamina D é essencial para o metabolismo do cálcio e do fósforo. Desta forma, a carência deste nutriente afetará o funcionamento do organismo como um todo, e uma das possíveis consequências, é provocar danos à saúde cardiovascular”, constata o médico cardiologista Roberto Yano.

“A falta de vitamina D pode influenciar no controlo dos níveis da pressão arterial, aumentando as hipóteses do indivíduo se tornar hipertenso”, afirma o cardiologista. Outras doenças estão relacionadas a deficiência deste nutriente, como a osteoporose, depressão e o surgimento de doenças autoimunes.

A vitamina D é obtida principalmente através da exposição solar e da dieta: “ela pode ser encontrada em alimentos como o salmão, ostras, óleo de fígado de bacalhau e carnes”, informa a nutricionista Dani Borges. “Devido ao facto de passarmos muitas horas em ambientes fechados, principalmente neste período de isolamento social, é recomendado avaliar através de um exame de sangue semestralmente a concentração de Vitamina D e realizar reposição caso necessário”, alerta Dani Borges.

“Doentes que realizam tratamento para hipertensão arterial devem tomar atenção aos índices deste nutriente, pois mantê-lo nas concentrações ideais pode promover benefícios e aumentar a eficácia do controlo da hipertensão”, alerta o médico cardiologista Roberto Yano. “O tempo indicado de exposição solar diária para manter os níveis de vitamina D é de no mínimo 20 minutos diários, com braços e pernas expostos à luz solar”, elucida.

 

 

Estudo mostra com o coronavírus afeta a memória
As células gliais são muito importantes para o sistema nervoso, sendo responsáveis por várias funções do dia-a-dia. De acordo...

Os astrócitos fazem parte destas células especiais. "Têm uma forma estrelada, característica alcançada graças às suas extensões. Têm também uma maior diversidade de funções como o apoio, o controlo da composição iónica e molecular do ambiente onde estão localizados os neurónios, a transferência de substâncias para os neurónios, a resposta a sinais químicos, entre outras atividades", detalha o neurocientista.

A pandemia Covid-19 mudou a dinâmica do mundo. A doença é nova e os sintomas e consequências dela são sempre atualizados. A dificuldade de memorização é uma das sequelas mais relatadas pelos pacientes do novo vírus. Fabiano de Abreu argumenta que os astrócitos são profundamente afetados pelas proteínas da doença. "No meu estudo, consegui apurar como o coronavírus afeta os astrócitos. O reflexo disto é um dano à memória da pessoa após a contaminação pela doença", diz.

Relação dos astrócitos com a memória

Utilizando técnicas avançadas de imagem e análise, os investigadores do Instituto de Ciência e Tecnologia de Okinawa (OIST) registaram com detalhe e a uma velocidade nunca antes vista os sinais dentro de astrócitos no cérebro de ratos acordados. Sinais ultrarrápidos semelhantes aos observados nos neurónios e padrões de atividade de sinalização que correspondem a diferentes comportamentos. O que sugere o papel crucial dos astrócitos em muitas funções do nosso cérebro, incluindo como pensamos, movemos e aprendemos.

"Este estudo revelou que os astrócitos geram sinais in vivo tão rápidos como os neurónios, com uma duração inferior a 300 milissegundos. Foi usado um vetor viral adeno-associado que continha um gene que leva as células infetadas a fluorescer na presença aumentada de cálcio, um indicador da atividade do sinal. As áreas eram percebidas em astrócitos, hotspots, com níveis de atividade mais elevados. Estes hotspots sugerem a representação dos engramas de memória, que é um padrão para memorização."

 

Estudo
As infeções sexualmente transmissíveis estão no topo das doenças que mais afetam as mulheres em todo o mundo e são fatores de...

Esta é uma conclusão do primeiro Índice Mundial da Saúde das Mulheres, um estudo realizado pela Hologic em parceria com a Gallup, que, no Dia Internacional do Preservativo vem relembrar a importância dos rastreios a este tipo de doenças.

“Os Cuidados Preventivas são um primeiro passo vital para combater doenças e infeções que afetam a esperança de vida e a fertilidade das mulheres”, disse Susan Harvey, Médica, Vice-presidente de Global Medical Affairs da Hologic. “Falhar em garantir que as mulheres façam exames de rotina a doenças como as infeções sexualmente transmissíveis pode criar complicações maiores que, se fossem monitorizadas ou tratadas precocemente, poderiam ser evitáveis”.

O Dia Internacional do Preservativo, celebrado a 13 de fevereiro desde 2008, pretende sensibilizar a população sexualmente ativa para a utilização do preservativo enquanto método altamente eficaz na prevenção da transmissão de doenças sexualmente transmissíveis e gravidezes não desejáveis. Na ausência de utilização do preservativo, realizar exames para detetar infeções sexualmente transmissíveis torna-se ainda mais necessário.

No Dia Internacional do Preservativo lembramos que quem não recorre à utilização do preservativo, deve fazer testes com regularidade às doenças sexualmente transmissíveis”, concluiu Susan Harvey.

Os cuidados preventivos e os exames de rastreio são essenciais para o diagnóstico precoce e, com isso, para a saúde, o bem-estar e o aumento da esperança média de vida. No entanto, o Índice apurou ainda que a percentagem de mulheres que realizam exames preventivos é baixa, uma situação que se agravou ainda mais com a pandemia da COVID-19.

Sobre o Índice Mundial da Saúde das Mulheres

Desenvolvido em parceria com a empresa líder em consultoria Gallup, o Índice Mundial da Saúde das Mulheres é um exame profundo e sem precedentes de fatores críticos para a saúde da mulher, por país e território. Os resultados baseiam-se em respostas de 120.000 homens e mulheres, em 116 países e territórios, em mais de 140 línguas, recolhidas entre 2020 e 2021. O objetivo é contribuir para melhorar a esperança e a qualidade de vida das mulheres e raparigas em todo o mundo.

 

Mulheres são quem mais compra
Após um aumento brutal (mais de 700%) nas vendas de brinquedos sexuais em 2020, a tendência continuou positiva no ano passado....

Por ocasião do Dia dos Namorados, a Atida | Mifarma, o ecossistema online de saúde e bem-estar que pretende tornar-se na maior plataforma de saúde online da Europa, preparou uma radiografia dos hábitos e tendências de consumo de produtos sexuais em Portugal. O perfil dos compradores e os produtos preferidos são alguns dos dados que a empresa extraiu da sua plataforma.

Segundo os dados da Atida l Mifarma, as mulheres são quem mais compra produtos sexuais – mais de 70% das compras nesta área são feitas por elas. Para além disso, também são as mulheres quem mais compra produtos sexuais para utilizar em casal.

Satisfyer, o eterno favorito

Segundo a Atida | Mifarma, o Satisfyer continua a ser o produto mais procurado, seguido de perto pelo anel vibratório Durex e o miniestimulador para clitóris e vagina.

Por outro lado, clássicos como brinquedos anais, bolas chinesas para exercitar o pavimento pélvico, lubrificantes ou preservativos completam a lista dos favoritos que não podem faltar no carrinho ao longo do ano, mas especialmente quando nos aproximamos do Dia dos Namorados, a 14 de fevereiro.

“A pandemia foi apenas o arranque desta tendência em relação aos brinquedos sexuais e à saúde sexual, que neste momento se estabelece com muito mais naturalidade na vida íntima de casais e solteiros”, comenta Reme Navarro, Farmacêutica e Business Strategy Director da Atida para o Sul da Europa. “Os consumidores estão cada vez mais educados em termos de saúde sexual e, apesar dos preconceitos e barreiras psicológicas, o seu interesse continua a crescer. Parece ser cada vez mais óbvio para todos que a vida sexual é melhor se utilizarmos este tipo de produtos.”

 

11 de fevereiro
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) acolhe, amanhã, o seminário "Melhoria contínua da Qualidade em...

A reunião científica, que decorre em formato híbrido (presencial e online), entre as 14h00 e as 18h30, é organizada no âmbito da disciplina “Gestão de Pessoas, Cuidados e Qualidade” (curso de mestrado em Enfermagem Comunitária - área de Enfermagem de Saúde Comunitária e de Saúde Pública), uma unidade curricular da responsabilidade da professora Eva Menino.

Infeções sexualmente transmissíveis em jovens, polimedicação em idosos no domicílio, crianças com necessidades de saúde especiais na escola, desempenho profissional e avaliação, são alguns assuntos em destaque neste seminário.

A elaboração de projetos de melhoria contínua da qualidade, enquanto «estratégia de ensino e de aprendizagem» privilegiada naquele curso de mestrado, «tem revelado ser uma abordagem efetiva na otimização da prática clínica», considera a organização deste seminário, composta pelas docentes Eva Menino, Lucinda Simões e Marília Neves.

Mas informações sobre o seminário "Melhoria contínua da Qualidade em Cuidados de Saúde Primários", cuja participação depende de prévia inscrição online, estão disponíveis no sítio do evento na Internet, em www.esenfc.pt/event/seminariomec.

 

 

Investigação
Aprender novas habilidades motoras é um aspeto crítico das nossas vidas. Desde tocar piano a andar de bicicleta, seria difícil...

Como o córtex fala com o estriado

O córtex forma a camada externa do nosso cérebro e é um verdadeiro multi-tasker, envolvido em muitos processos, desde a linguagem e cognição até à memória e ações voluntárias. Neste momento, enquanto lê esta frase, está a usá-lo. Mas não funciona sozinho e faz extensas conexões com muitas outras regiões do cérebro.

“Estávamos particularmente interessados em dois grandes tipos de células do córtex, conhecidas como neurónios IT (intra telencefálico) e TP (trato piramidal)”, explicou Nicolas Morgenstern, primeiro autor deste estudo desenvolvido, no grupo então liderado por Rui Costa, na Fundação Champalimaud, em Lisboa, Portugal. “Tanto as células IT como as TP enviam sinais do córtex para outra área profunda no cérebro, chamada estriado. Essas conexões ‘córtico-estriatais’ (ou seja, conexões do córtex ao corpo estriado) são muito importantes para a aprendizagem motora e têm sido implicadas em distúrbios do movimento como a doença de Parkinson”.

É aqui que aparece o terceiro personagem principal da nossa história: os neurónios espinhosos médios (SPNs), que compõem 95% dos neurónios do corpo estriado. Os SPNs estão em contacto direto com as células TI e TP. “Queríamos perceber os diferentes papéis das células IT e TP neste circuito cerebral, que sabemos ser fundamental para a aprendizagem e comportamento motor”.

Iluminar o Cérebro para Descobrir Novos Circuitos

Para entender melhor estas ligações cortico-estriatais, os autores usaram uma técnica presente em quase todas as “caixas de ferramentas” dos neurocientistas: a optogenética, um método que permite controlar a atividade das células através do uso da luz. Como explicou Morgenstern, "Modificamos geneticamente ora as células IT ora as TP, em ratinhos, e isso permitiu-nos ativar esses tipos de células de forma independente e consequentemente medir os diferentes efeitos nos neurónios SPNs do estriado”.

Recorrendo a esta abordagem, ao registar a atividade dos neurónios in vitro, os autores descobriram um novo circuito cortico-estriatal. E nesta via, surgiu um quarto ator principal: os interneurónios colinérgicos estriatais (ChIs). Atuando como “intermediários”, os ChIs no estriado recebem input das células TP e, por sua vez, excitam os SPNs. “Descobrimos que as células TP ligam-se preferencialmente aos ChIs, que depois ativam indiretamente os SPNs”, conclui Morgenstern.

Através de métodos farmacológicos, os autores foram capazes de demonstrar, de forma detalhada, como é que os ChIs excitam os SPNs. Uma vez ativados pelos neurónios TP, os ChIs libertam um neurotransmissor chamado acetilcolina (ACh). Os neurotransmissores são mensageiros químicos que transmitem sinais de uma célula para outra. Assim, quando os ChIs libertam ACh, as fibras nervosas das células próximas excitam os SPNs.

Duplamente excitado

Esses resultados demonstram que os SPNs são excitados duas vezes: primeiro, através do circuito direto, já conhecido (IT→SPN e TP→SPN), e segundo, através deste circuito indireto até agora desconhecido (TP→ChI→SPN), que amplifica a excitação inicial. Qual é o propósito dessa dupla excitação? Os autores especulam que a ligação direta IT→SPN prepara inicialmente ações motoras específicas, enquanto a conexão TP→ChI→SPN desencadeia posteriormente o movimento.

“Além da execução do movimento”, observa Nicolas Morgenstern, “esta segunda fase excitatória mediada pelos neurónios TP pode ser importante para induzir mudanças duradouras na força de conexões específicas, através do neurotransmissor ACh. Isso pode ser importante para o comportamento, já que a aprendizagem acontece quando há uma mudança nas conexões entre as células cerebrais”.

Como resultado, além de nos esclarecer sobre os circuitos cerebrais que controlam os movimentos e o comportamento, e de nos ajudar a entender os papéis das diferentes células, este estudo também nos fornece uma peça importante do quebra-cabeças que é perceber como aprendemos.

“Ainda há muito para explorar”, diz o autor sénior deste estudo, Rui Costa, Professor e Diretor do Zuckerman Mind Brain Behavior Institute, da Universidade de Columbia. “Por exemplo, estamos interessados em entender se este circuito é afetado em distúrbios como o Parkinson ou a doença de Huntington.” Embora ainda haja muito por desvendar, com este estudo aprendemos um pouco mais sobre como aprendemos.”

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