De 5 a 7 de maio
O Serviço de Reumatologia do Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira, com a ilustre chancela científica da Sociedade...

A iniciativa que pretende fomentar a partilha de conhecimentos, entre médicos e internos de reumatologia e outros profissionais de saúde, será composta por painéis temáticos e simpósios, a decorrer no H2otel Congress & Medical Spa, dias 6 e 7 de maio. Acresce a estes, a realização de cursos pré-jornadas, que terão lugar no CHUCB, durante o período da tarde, do dia 5 de maio, tendo como público-alvo: médicos de Medicina Geral e Familiar, profissionais de saúde, não médicos e membros da Associação Portuguesa de Profissionais de Saúde em Reumatologia da Sociedade Portuguesa de Reumatologia.

As temáticas a abordar nas sessões plenárias versam temas como: “Avanços Terapêuticos nas Doenças do Tecido Conjuntivo”, “Espondilartrites e Artrite Reumatóide”, “Imagiologia e Técnicas Reumatológicas”, “Reumatologia Pediátrica”, “Osteoartrose e Doenças Ósseas Metabólicas”, “Desafios Diagnósticos na Reumatologia”.

Com foco no estado da arte da Reumatologia em Portugal e no mundo, este evento visa debater os mais recentes conhecimentos, protocolos e guidelines da área e facilitar a aquisição de competências teórico-práticas, que promovam a prestação de cuidados de saúde, com qualidade e segurança.

O Programa preliminar do evento poderá ser consultado em http://www.chcbeira.min-saude.pt/wp-content/uploads/sites/31/2022/02/Programa-Preliminar_II-Jornadas-Reumatologia-CHUCB.pdf

 

Perturbação do espectro do autismo
Esta sexta-feira, comemora-se o Dia Internacional da Síndrome de Asperger, uma perturbação do compor

O que é a Síndrome de Asperger? 

É um transtorno do desenvolvimento. Pessoas com Síndrome de Asperger têm dificuldades na interação social, problemas na comunicação e discurso, problemas de empatia e interesses limitados, interpretação literal da linguagem, comportamentos rígidos, repetitivos ou rotineiros, descoordenação motora e hipersensibilidade a estímulos sensoriais. Eles têm dificuldades em entender situações sociais e formas sutis de comunicação, como linguagem corporal, humor e sarcasmo. Os interesses podem se tornar obsessivos e interferir na vida cotidiana. 

Qual é a diferença entre a síndrome de Asperger e o transtorno do espectro do autismo? 

 A síndrome de Asperger corresponde a um conjunto reconhecível de atipicidades, apesar de uma existência instável na nosografia psiquiátrica. Mais uma condição do que um transtorno, merece reconhecimento como uma entidade isolada dentro do espectro do autismo, em particular porque isso é benéfico para aqueles que se identificam com ele. Em comparação com pessoas com autismo prototípico, os indivíduos com Asperger têm interesses intensos e enfrentam questões motoras, afetivas e adaptativas distintas. 

Quais são os sintomas da síndrome de Asperger? 

Pessoas com Síndrome de Asperger exibem interações sociais pobres, obsessões, padrões de fala estranhos, expressões faciais limitadas e outros maneirismos peculiares. Você pode ver um ou mais dos seguintes sintomas: 

  • Uma obsessão intensa com um ou dois assuntos específicos e estreitos 
  • Não usar ou compreender a comunicação não verbal, como gestos, linguagem corporal e expressão facial 
  • Fala que soa incomum, como plana, aguda, silenciosa, alta ou robótica 
  • Ficar chateado com quaisquer pequenas mudanças nas rotinas 
  • Memorizar facilmente informações e factos preferidos 
  • Não entender bem as emoções ou ter menos expressão facial do que os outros 
  • Interações sociais inadequadas ou mínimas 
  • Conversas que quase sempre giram em torno de si mesmas ou de um determinado tópico, e não de outros 
  • Dificuldade em gerir as emoções, às vezes levando a explosões verbais ou comportamentais, comportamentos autoagressivos ou birras 
  • Hipersensibilidade a luzes, sons e texturas 
  • Não entender os sentimentos ou perspetivas de outras pessoas 

Pessoas com Síndrome de Asperger são mais inteligentes, como já ouvimos dizer? 

As questões ligadas à inteligência são bastante discutidas. Muitas vezes existe uma confusão entre ser altamente inteligente ou ser altamente especializado. Quem sofre desta síndrome desenvolve focos bastante fortes numa área de interesse que pode levar essas pessoas ao sucesso, pois é visto como objetivo primordial. Erradamente apontam pessoas com Asperger como inteligentes, essa justificativa é perigosa pois serve como argumento para a falta de cuidado necessário para um melhor desenvolvimento resultando num melhor bem-estar para pessoas com esse espectro autista. Pessoas com Síndrome de Asperger podem apresentar determinadas inteligências, mas falham na cognição que é, também, uma inteligência. Por isso, deve-se ter todo cuidado educacional e no desenvolvimento cognitivo para que possam se enquadrar melhor na sociedade e contribuir com ela. 

Diagnóstico 

O diagnóstico é normalmente realizado por uma equipa multidisciplinar. Ter o acompanhamento adequado ajuda a criança a ter níveis de automatização que provavelmente não conseguiria atingir se não fosse seguido. Existem diversos tratamentos e intervenção terapêutica que proporcionam oportunidades para os pacientes de se desenvolverem e terem melhor qualidade de vida. Mesmo quando pode incluir tratamento medicamentoso. O acompanhamento psicológico é essencial e muito importante para que a pessoa aprenda a conhecer e a aceitar. 

Para finalizar, Fabiano de Abreu Agrela, que é membro da Society for Neuroscience e da Redilat, rede de cientistas latino-americanos diz que "as pessoas Asperger podem contribuir para o progresso da sociedade e merecem o pleno reconhecimento de seus direitos e individualidade dentro de um mundo neurodiverso", remata 

 

 

Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Norma
A Direção-Geral da Saúde (DGS) recomenda a vacinação com uma dose de reforço em pessoas com imunossupressão grave que receberam...

A vacinação com dose adicional foi anteriormente recomendada à população com imunossupressão grave, de forma a possibilitar um nível de proteção adequado e idêntico ao esquema vacinal primário da população em geral. 

Apelo à dose de reforço na grávida 

Atualmente, em Portugal, a dose de reforço é recomendada para pessoas com 18 ou mais anos de idade, estando já as grávidas incluídas na população abrangida. Para a proteção atempada, a Norma salvaguarda, ainda, que a vacinação na grávida é prioritária, pelo risco acrescido de complicações relacionadas com a Covid-19 neste grupo. 

Norma 002/2021 da DGS inclui também orientações sobre a transcrição dos atos vacinais noutros países e completude dos esquemas vacinais primários iniciados e a administração de doses subsequentes, com efeito a partir de 17 de fevereiro de 2022.

 

6º episódio do podcast “Cancro sem Temor”,
O IPO do Porto lança hoje o 6º episódio do podcast “Cancro sem Temor”, com o tema “Cuidar. Comunicar. Confiar”. Nesta conversa...

Renato Sousa (doente de Cancro de Pulmão Metastizado), Susana Sousa (Médica Oncologista do IPO Porto) e Flávio Videira (Cirurgião e Orientador da Clínica de Patologia Digestiva), são os intervenientes deste episódio, onde partilham as suas perspetivas, o impacto no doente e a relação que se constrói com o médico. De que forma o estabelecimento de empatia e a capacidade de se colocar no lugar do outro são fundamentais para o profissional de saúde.

“Cancro sem Temor” é um projeto inédito do IPO do Porto, dirigido a toda a população, com o objetivo de realçar a importância de aprender a viver com o diagnóstico de cancro e desmistificar conceitos e ideias sobre esta vivência. Através de diferentes testemunhos e perspetivas, procura-se simplificar e retirar a carga negativa, o medo associado à doença, clarificando diferentes aspetos, para ajudar a lidar melhor com ela. Olhar para a doença de diferentes perspetivas, psicológico, emocional, farmacológico, médico e social. O impacto do diagnóstico no indivíduo e no seu mundo.

O podcast, que conta com o apoio da Novartis, está disponível no canal Youtube do IPO do Porto e nas plataformas de podcast (Spotify e Apple Podcasts).

 

Pensamento científico orientado
O Núcleo de Estudos de Formação em Medicina Interna (NEForMI) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) vai realizar...

João Araújo Correia, Paulo Paiva e Vasco Barreto são os formadores responsáveis pelo curso, Internistas com muitos anos de experiência, que mantêm viva a paixão pelo exercício pleno da Medicina Interna.

“Acreditamos que aquilo que mais distingue o Internista, é a capacidade de ter um pensamento científico orientado, perante um doente incomum ou muito complexo, com vários problemas aparentemente desconexos. É a isso que se chama Raciocínio Clínico, que pode ser mais ou menos inato, mas que também se treina, com recurso a vários métodos. Quando nos habituamos a pensar os doentes desta forma, não há dois doentes iguais, porque cada um tem uma constelação própria de problemas”, afirma João Araújo Correia, presidente-cessante da SPMI.

Também o Registo Clínico é uma base essencial do exercício da Medicina. “O Registo Clínico é fundamental e uma garantia da qualidade assistencial prestada. Podemos auditar um Serviço através da análise dos seus Registos Clínicos. Um bom Registo Clínico leva á prestação de melhores cuidados de saúde” conclui João Araújo Correia.

O Curso tem como base o livro “Registo e Raciocínio Clínico”, publicado em 2018 por João Araújo Correia e Vasco Barreto, aos quais se junta agora Paulo Paiva, que há muito se dedica a descortinar os meandros do Raciocínio e da Decisão Clínica.

Inscrições em: https://www.spmi.pt/curso-registo-e-raciocinio-clinico/

 

Coordenador do plano de vacinação
O coordenador do plano de vacinação anunciou, esta semana, que “80% das pessoas elegíveis” para a terceira dose da vacina...

Numa visita ao centro de vacinação instalado no Quartel dos Bombeiros Voluntários de Coimbrões, em Vila Nova de Gaia, o coronel Carlos Penha Gonçalves referiu que foram vacinadas “80% das pessoas elegíveis” e que “a grande maioria das pessoas que tem condições para ser vacinada, está vacinada”.

Segundo o responsável “mais de 5,7 milhões de pessoas (foram vacinadas) com a terceira dose”, adiantando que “a esmagadora maioria das pessoas que tem mais de 18 anos e podia tomar, já tomou”. Referindo que “ainda há pessoas que não o fizeram”, Carlos Penha Gonçalves apelou as estas pessoas “para fazerem a vacinação” e terminar o “seu processo de reforço da vacina”.

O coordenador referiu que em Portugal a percentagem de pessoas com mais de 60 anos vacinadas é de 90%, enquanto na faixa dos 50 aos 59 anos é de 80%. “Nas faixas mais novas temos menos cobertura”, realçou, em apelo aos mais jovens.

 

Em conferência de Imprensa
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) diz que é preciso esperar pelos resultados de ensaios clínicos para tomar uma decisão...

Além dos ensaios clínicos sobre o impacto de uma quarta dose de vacina com base na tecnologia de ARN mensageiro (ARNm) na resposta de imunização contra o coronavírus SARS-CoV-2 é necessário, também, estudar a proteção obtida nas campanhas de vacinação em curso.

Numa conferência de imprensa realizada online, o responsável pela Estratégia de Vacinação da EMA, Marco Cavaleri, explicou que há conversações em curso entre a agência e as entidades que estão a desenvolver ensaios clínicos de vacinas com uma composição adaptada a novas variantes.

“Temos visto estudos de laboratório em modelos animais que não sugerem um ganho significativo na resposta imune ou proteção nas vacinas adaptadas especificamente à Ómicron, em comparação com as vacinas disponíveis agora quando se administram como reforço”, sublinhou.

As vacinas autorizadas na União Europeia (UE) estão a ser administradas na versão original para a qual receberam uma autorização de comercialização condicional e qualquer composição adaptada a uma nova variante deverá receber a aprovação da EMA, com base nos ensaios clínicos em voluntários que estão a ser realizados pelas farmacêuticas.

A EMA está também a avaliar os dados da eficácia das vacinas e tratamentos aprovados até agora contra a covid-19 no caso dos contágios com a subvariante BA.2 da Ómicron, mas sublinha que as vacinas “parecem proteger por agora” contra esta subvariante da mesma forma que o fazem contra a própria Ómicron.

 

Opinião
Os últimos dois anos foram muito conturbados para o setor da saúde.

Ao longo dos últimos meses, todos os especialistas, e incluo, nestes, todos os que sabem muito de saúde e aqueles que, dela, pouco sabem, mas muito comentam, referem a necessidade urgente de retomar as consultas de especialidade, as cirurgias em atraso, os rastreios oncológicos, os meios complementares de diagnóstico e terapêutica (MCDT) ou, resumidamente, todos os cuidados de saúde hospitalares e a normalização e, até, o reforço no acesso aos Cuidados de Saúde Primários.

Curiosamente, não ouvimos falar com a mesma assiduidade na urgência da retoma dos atos de MCDT que não foram realizados, nomeadamente nas terapias das quais depende a qualidade de vida de muitos doentes crónicos. Refiro-me à fisioterapia, hidroterapia, terapia ocupacional, terapia da fala e muitas outras. Esta, foi a área da saúde mais afetada. Segundo um Estudo publicado pela GFK e pelo Movimento Saúde em Dia, em outubro de 2021, com base em dados do Portal da Transparência, a diferença do número de atos praticados, em Medicina Física e Reabilitação, entre os períodos de março de 2019 a janeiro 2020 e março 2020 a janeiro 2021, foi superior a 15 milhões (-15.482.069). A maior diferença verificada em todo o estudo, nesta área. Até agora, pouco ou nada mudou.

Os doentes neuromusculares, um dos maiores grupos de doentes raros do mundo, assumem-se, enquanto doentes crónicos, como dos mais prejudicados pelo desinteresse e pela ausência de medidas concretas que contrariem estes números. Apresentando-se como doenças progressivas que, pela evolução dos seus efeitos, se tornam incapacitantes, tal como outras doenças neurodegenerativas, têm indicação permanente para um conjunto de terapias de manutenção e de reabilitação, por parte dos maiores especialistas em todo o mundo, incluindo alguns portugueses. A fisioterapia, funcional e respiratória, assim como outras terapias associadas, permite uma maior mobilidade e previne o aparecimento de contraturas que, normalmente, são irreversíveis. Imaginem, pois, o que aconteceu ao longo dos últimos dois anos em que a maioria dos doentes não teve qualquer acompanhamento e que viu o seu direito ao tratamento interrompido de forma irremediável. E continuam à espera de respostas.

Há muito tempo que venho chamando à atenção para a necessidade de encontrar soluções. Depois de muitos casos, objeto de denúncia pública e largamente difundidos pela comunicação social, chegam-nos relatos de jovens que estão à beira de deixar de escrever, à mão e no computador, de executar algumas tarefas diárias e, até, de deixar de comer por não conseguirem agarrar em utensílios, como garfos ou colheres. Para além destes, muitos outros doentes crónicos têm mencionado a degradação do seu estado físico e reclamam atenção para a sua reabilitação.

No Estudo, atrás referido, 95% dos inquiridos consideram o apoio na fisioterapia e na fisiatria como a área prioritária de intervenção, no SNS. Ninguém os ouviu. Alguns meses depois, quando se começa a falar de alívio nas restrições impostas pela pandemia, continuo a não ouvir qualquer referência às sugestões apresentadas, e reforçadas pelo Movimento Saúde em Dia tais como, o alargamento dos horários de funcionamento dos hospitais e dos Centros de Saúde, agora renomeados para UCSP – Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados, por cerca de 91% dos participantes.

Lamentável, é o termo que me ocorre. A situação foi agravada pela pandemia, mas já era conhecida antes de março de 2020. Apesar das muitas reclamações, ninguém quis assumir qualquer responsabilidade pela degradação da condição física dos doentes crónicos. A primeira palavra deveria ser dos médicos fisiatras que, desde sempre, se refugiam na falta de condições, na falta de pessoal e no excesso de trabalho a que estão sujeitos em ambiente hospitalar. Por isso, recomendam que seja o médico de família a prescrever os tratamentos em clínicas convencionadas. Mesmo sabendo que estão a duplicar custos ao SNS. Mesmo sabendo que nem todos os utentes têm médico de família. Mesmo sabendo que os serviços convencionados não estão especializados na maioria dos tratamentos destinados às doenças crónicas. Mesmo sabendo que, estes serviços, enquanto privados, se comportam como entidades orientadas para o lucro, impondo ritmos de atendimentos por hora nada compatíveis com a maioria das necessidades de tratamento. E, assim, o tempo de espera vai aumentando.

É urgente colocar o tema em cima da mesa e ouvir os doentes, ou as associações que os representam. Sem complexos nem medo de ferir suscetibilidades, mas com um conhecimento real do que acontece um pouco por todo o país.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Novas medidas no âmbito da pandemia
O Governo aprovou esta quinta-feira, em reunião do Conselho de Ministros, o decreto-lei que altera as medidas aplicáveis no...

De acordo com o comunicado do Conselho de Ministros vai ser eliminado o confinamento de contactos de risco; a recomendação de teletrabalho; os limites de lotação em estabelecimentos, equipamentos e outros locais abertos ao público; a exigência de apresentação de certificado digital, salvo no controlo de fronteiras; e a exigência de teste com resultado negativo para acesso a grandes eventos, recintos desportivos, bares e discotecas.

O documento refere, ainda, que se vai manter a exigência de teste negativo (exceto para portadores de certificado de recuperação ou de certificado de vacinação completa com dose de reforço) para visitas a lares e a pacientes internados em estabelecimentos de prestação de cuidados de saúde.

Está prevista também a manutenção do uso de máscara nos espaços interiores onde é exigida atualmente.

Na reunião do Conselho de Ministros foi também aprovada a resolução que declara a situação de alerta em todo o território nacional continental até às 23h59 de 7 de março de 2022, deixando de vigorar a situação de calamidade.

 

Para o triénio 2022-2024
José Carlos Marques, responsável pela Unidade de Radiologia Mamária do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, é o...

“Em termos pessoais estou muito ligado a um percurso que fiz dentro da sociedade, isto sempre me motivou bastante esta partilha de conhecimento e esta abordagem multidisciplinar. Somos, de facto, uma sociedade científica diferente das outras no sentido em que reunimos distintas especialidades, e colocamos todos os profissionais de saúde a discutir e a partilhar esse conhecimento. Aprendemos muito uns com os outros e assumo a responsabilidade de dar continuidade a esse trabalho”, afirmou José Carlos Marques.

Focados no desenvolvimento clínico e científico da prevenção, do diagnóstico, do tratamento e da reabilitação da patologia da mama, os objetivos da Sociedade continuarão a ser a partilha de conhecimento numa abordagem multidisciplinar entre as várias especialidades e a aproximação das unidades de mama. O principal desafio é dar continuidade ao Breast SPS, uma plataforma que permite fazer a gestão do percurso do doente, em ambiente multidisciplinar, dando origem a uma base de dados que garante o rigor e a confidencialidade das informações.

 

24 e 28 de fevereiro
A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), em parceria com a Câmara Municipal de Cascais, vai realizar rastreios...

Esta iniciativa sucede ao programa “Cascais sem diabetes”, uma parceria da APDP, da Câmara Municipal de Cascais e do Agrupamento de Centros de Saúde de Cascais (ACES),  “um projeto que tem por base a intenção de “suster o crescimento da incidência da diabetes no município de Cascais” e “garantir a melhoria da qualidade de vida dos munícipes que já sofrem de diabetes”.

Em Portugal, a prevalência da diabetes continua a ser uma das mais elevadas da Europa, com 13,6% da população entre os 20 e os 79 anos afetada, segundo o Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes de 2019.

Com a pandemia da covid-19 a ter sobrecarregado o Sistema Nacional de Saúde (SNS) e a ter restringido os acessos aos serviços de saúde, principalmente durante o período de quarentena obrigatória, estima-se que cerca de 20 mil pessoas possam não ter tido acesso ao diagnóstico precoce da patologia. Também o número de internamentos por condições agudas da diabetes aumentou e milhares de consultas e tratamentos foram adiados, o que, a médio e longo prazo, poderá trazer consequências graves. Os rastreios, como este, são, portanto, fundamentais para diagnosticar e tratar o mais cedo possível a diabetes e evitar as suas consequências.

Quem quiser participar no rastreio deverá dirigir-se ao Centro de Vacinação de São Domingos de Rana – Rua das Travessas, 2785-285 São Domingos de Rana – nos dias 24 e 28 de fevereiro, entre as 8h30 e as 12h30.

 

A vida deve estar à frente do lucro. Só a revogação de patentes pode acabar com a pandemia
No dia em que começa a cimeira entre a União Europeia (UE) e a União Africana (UA), a Médicos do Mundo (MdM) vem expressar o...

No dia em que começa a cimeira entre a União Europeia (UE) e a União Africana (UA), a Médicos do Mundo (MdM) vem expressar o seu apoio aos líderes africanos que pedem à UE que deixe de bloquear a revogação total dos direitos de propriedade intelectual comercial (acordo TRIPS) sobre as patentes relacionadas com a COVID-19. Exigimos que os lucros não continuem a ser colocados à frente das vidas e que se acabe com a injustificável desigualdade no acesso às medidas para conter a pandemia.

Enquanto 70% da população europeia está totalmente vacinada, esta taxa é de apenas 11% em África. Devido às leis restritivas de patentes e aos regulamentos que limitam a produção de vacinas e outras ferramentas médicas, enfrentamos um grande desequilíbrio entre a oferta e a necessidade destes produtos.

Há mais de um ano que países como a África do Sul e a Índia levantaram esta questão, exigindo uma revogação temporária das patentes especificamente relacionadas com a COVID-19. Contudo, a UE continua a ignorar os pedidos insistentes destes e de outros mais de 100 países - incluindo alguns Estados europeus, como a Espanha e a Itália -, da Organização Mundial da Saúde, de vários prémios Nobel, de líderes religiosos, de ex-chefes de Estado, de especialistas jurídicos e também do próprio Parlamento Europeu (numa resolução de 25 de Novembro de 2021).

Esta situação deve acabar já. Por isso, juntamo-nos às centenas de organizações da sociedade civil de todo o mundo que pedem à UE que acabe, de vez, com o bloqueio à revogação das patentes e que confirme esta intenção durante a cimeira que começa hoje em Bruxelas.

Não são só as vacinas

As vacinas salvam vidas, mas também é preciso garantir o acesso aos meios de diagnóstico e aos medicamentos necessários a um tratamento adequado. Apesar de alguns membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) terem apoiado uma revogação da propriedade intelectual, esta refere-se apenas às vacinas. Por isso, sublinhamos a importância de serem abrangidos também os testes e tratamentos para controlo das infecções por COVID-19, tal como é referido na carta que a MdM acaba de remeter à OMC.

A pandemia demonstra a interligação do planeta e o destino dos seus habitantes. Mesmo assim, nestes tempos difíceis, os líderes políticos parecem ter falta de coragem para mudar o que sabemos que está mal e falham em fazer o que é certo. Como organização não-governamental humanitária, defendemos uma resposta global proactiva que dê a todas as pessoas o melhor acesso possível a cuidados de saúde e uma oportunidade de viver e prosperar. O bem-estar das pessoas deve sobrepor-se aos lucros da indústria nas decisões políticas.

 

Sessão Solene com a presença da Ministra da Saúde
Organizado pela Associação de Estudos, Núcleo e Grupo de Doenças Infeciosas de Lisboa (NUGEDIL), realizam-se nos dias 24 e 25...

As 13as Jornadas de Atualização em Doenças Infeciosas do Hospital de Curry Cabral, que têm como Presidente da Comissão Organizadora o Prof. Doutor Fernando Maltez, Diretor do Serviço de Doenças Infeciosas do Hospital de Curry Cabral – CHULC, apresentam um programa amplo e relevante, procurando a discussão de um conjunto de temas importantes na área das doenças infeciosas reunindo os nomes mais prestigiados da infeciologia e de outras áreas médicas. Destaque para a realização do 7º Curso Temático Pré-Jornadas, no dia 23 de fevereiro, dedicado à SARS-CoV-2 e à COVID-19, onde serão debatidos os principais temas da atualidade ligados à pandemia.

Muito se tem dito sobre a pandemia, mas há ainda muitas dúvidas e questões que precisam de ser respondidas e é o que farão os especialistas no próximo dia 23 de fevereiro durante 7º Curso Temático Pré-Jornadas| SARS-CoV-2 e COVID-19.

· Em que fase estamos? Continuamos em pandemia, estamos já em endemia? Para onde caminhamos e o que é esperado em termos de impacto na vida das pessoas?

· O que significa imunidade? Estamos perto de atingir a imunidade de grupo ou é uma utopia? Qual a real importância da 3ª dose de reforço e qual o risco/benefício dos reforços vacinais frequentes? Qual o papel das vacinas no nosso sistema imunitário? Face às novas variantes com aparente menor gravidade (omicron), qual o papel da vacinação vs a imunidade adquirida?

· Modelos de testagem: estamos a seguir um caminho de testagem massiva quando muitos países estão a ir numa direção oposta. Fará sentido a testagem massiva? O que faremos com esses dados face à diminuição das medidas de isolamento? O que vale a pena manter? Será sustentável e até quando?

· Apesar das medidas preventivas os internamentos continuam a aumentar, geram peso sobre os cuidados de saúde e continuam a existir doentes graves. Que soluções têm essas pessoas? Qual a perspetiva da abordagem terapêutica? O que temos a oferecer aos doentes que evoluem na gravidade da sua doença?

· Existe um contraste entre o silêncio científico e o barulho mediático sobre as sequelas da covid. Estamos a acompanhar estes doentes? O que já sabemos e o que temos para oferecer? que impacto é que identificamos tanto a nível individual como a nível coletivo (ex.: absentismo laboral, consumo de recursos de saúde...)

· Qual o papel da pediatria? Serão as crianças saudáveis e de alguma forma isentas de risco de doença grave? Vemos nesta vaga que são muito mais atingidas do que em vagas anteriores. Por que motivo e qual o impacto?

Do Programa Científico das 13as Jornadas de Atualização em Doenças Infeciosas, para além da COVID-19, constam temas como Poliomielite, - Doenças Endémicas Tropicais, Infeções fúngicas e resistências, Infeção por VIH, Tuberculose, Tularémia, Hepatites Víricas, entre outros. Refira-se ainda a conferência “A Pintura, os pintores e as doenças infeciosas”.

Investigação
O uso de células estaminais do sangue do cordão umbilical está a revelar-se benéfico no processo de recuperação de doentes que...

O estudo publicado no final de 2021, realizado em doentes com idade entre os 45 e os 80 anos que sofreram AVC isquémico agudo, mostrou que o tratamento com monócitos alogénicos (células estaminais) do sangue do cordão umbilical humano melhorou a recuperação de doentes que sofreram AVC, chegando mesmo a permitir a restauração completa da função motora.

Este ensaio de fase I, que avaliou a eficácia do uso com células estaminais do sangue do cordão umbilical no AVC relativamente ao tipo de célula, origem celular, número de células e tempo de tratamento celular, demonstrou efeitos benéficos em seis doentes que tiveram AVC e revelou ainda que um doente de 40 anos, com historial de hipertensão e hemodiálise por doença renal terminal, após sofrer um AVC isquémico, recuperou significativamente dentro de um curto espaço de tempo após receber as células hematopoiéticas provenientes de sangue de cordão umbilical alogénico.

“O sangue do cordão umbilical contém células hematopoéticas primitivas, mais versáteis, que apresentam uma vasta capacidade de proliferação tanto em laboratório como quando são infundidas no corpo. Assim, após infusão, estas células proliferam e diferenciam-se, tornando-se eficazes no tratamento de doenças e episódios neurodegenerativos”, explica Andreia Gomes, Diretora Técnica e de Investigação e Desenvolvimento (I&D) do banco de tecidos e células estaminais português BebéVida.

Neste sentido, “o sangue do cordão umbilical é uma fonte disponível para transplante de células hematopoiéticas, apresentando diversas características benéficas, tais como a baixa imunogenicidade. Além disso, não exige uma correspondência rigorosa do antigénio leucocitário humano, sendo uma terapia segura para o doente”, acrescenta a responsável pela divisão de I&D do laboratório.

A estratégia ideal do uso destas células tem sido largamente avaliada em vários estudos pré-clínicos e clínicos, reconhecendo que transplante de sangue do cordão umbilical é seguro e eficaz.

Com a criopreservação, as células estaminais ficam facilmente disponíveis, o que representa grandes vantagens face a outras fontes de células estaminais, como por exemplo a medula óssea, que requer um dador compatível e disponível para se submeter a um processo invasivo.

Segundo os dados mais recentes do INE, os acidentes vasculares cerebrais foram responsáveis por mais de 10 mil mortes só em 2019, representando 9,8% de total de mortes desse ano.

O AVC isquémico é o tipo de AVC mais comum e sucede quando um coágulo bloqueia uma artéria impedindo o fornecimento de sangue para o cérebro. Pode desencadear-se de duas formas quando o coágulo é formado num vaso sanguíneo numa determinada parte do corpo, sendo transportado na corrente sanguínea até ao cérebro (embolia cerebral), ou quando o coágulo é formado em vasos sanguíneos que, devido ao aumento das placas de gordura, estreitam e impedem a passagem (trombose cerebral). 

Recomendações
O sistema imunitário tem a função de proteger o nosso organismo de doenças e potenciais corpos estra

A ideia de podermos aumentar a imunidade através de algo parece atraente, mas a realidade é que este sistema para funcionar adequadamente depende de vários fatores e requer equilíbrio e harmonia. A melhor forma de fortalecer o nosso sistema imunitário naturalmente é através da adoção de um estilo de vida saudável que forneça ao corpo todas as condições para que este funcione adequadamente.

Mantenha os níveis de stress controlados

Estudos demonstram que o estado constante de stress pode enfraquecer o sistema imunitário. Quando sentir que está sob stress tente assim que possível realizar algo que o faça aliviar esse stress, como respirações profundas, meditação, exercício físico ou simplesmente algo que o relaxe e dê prazer.

Alimente-se com qualidade

É através de uma alimentação rica em vitaminas, minerais e antioxidantes que estamos a fornecer ao nosso corpo os nutrientes que ele necessita para funcionar corretamente e auxiliar o nosso sistema imunitário na defesa. Estes nutrientes protegem contra os radicais livres e moléculas que podem prejudicar as células. Alimentos coloridos como frutas e vegetais estão cheios de antioxidantes. Para obter uma ampla variedade opte por laranjas, pimentos, brócolos, kiwi, morangos, cenouras, melancia, mamão, folhas verdes, couve roxa e beringela. Quanto mais variar na cor dos alimentos mais variedade de nutrientes irá consumir.

Tenha um animal de estimação

Há uma razão para chamá-los de "melhor amigo do homem". Cães e outros animais de estimação não são apenas bons amigos, estes também nos dão um motivo para exercitar e melhorar a nossa saúde de outras formas. Os donos de animais têm níveis mais baixos de stress e pressão arterial. Os cães podem ajudar a melhorar a resposta imunitária das crianças ao torná-las menos propensas a sofrer alergias.

Faça exercício físico

A prática regular de exercício físico moderado é uma forma simples de melhorar o sistema imunitário e diminuir o risco de infeção. Também pode ajudar a aliviar o stress e a diminuir a probabilidade de contrair doenças crónicas. É recomendado que faça 30 minutos de exercício por dia. Estar em casa não significa que tenha de ficar parado, pode optar por fazer exercícios como yoga, pilates, entre outros.

Valorize os laços sociais

Existem vários benefícios em ter relacionamentos com forte ligação e uma boa rede social. Estudos mostraram que as pessoas que se sentem conectadas com os amigos e família têm um sistema imunitário mais forte do que as que se sentem sozinhas. Mesmo estando de quarentena não se isole, pode continuar a manter-se em contacto com os seus amigos e familiares através das tecnologias e redes sociais.

Tenha uma boa noite de sono

É durante o sono que o nosso corpo descansa e recupera e uma rotina de sono adequada é essencial para o sistema imunitário. Dormir pouco continuamente pode levar à supressão do sistema imunitário. Deve dormir entre 7 e 9 h por noite e evitar consumir cafeína após as 15h de forma a adormecer sem dificuldade e a ter um sono profundo reparador.

Evite o consumo de álcool

O álcool desempenha um papel importante na forma como socializamos e comemoramos, no entanto, pode enfraquecer as defesas e fazer com que fique doente com mais frequência. O ideal é reduzir ao máximo o seu consumo e dar preferência à ingestão de água que é a bebida essencial ao bom funcionamento do nosso corpo.

Lave bem as mãos

Lavar as mãos é uma boa prática de higiene que minimiza o risco de contacto com agentes infeciosos. Use água e sabão e lave as mãos por pelo menos 20 segundos. Se não tiver acesso a água e sabão, use um desinfetante à base de álcool, a menos que esteja com as mãos visivelmente sujas.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
De 02 a 05 de outubro no Centro de Congressos de Vilamoura
A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) acaba de abrir as inscrições e submissão de resumos para o 28º Congresso...

A organização do 28º Congresso Nacional será da responsabilidade do Serviço de Medicina Interna do Hospital da Distrital da Figueira da Foz, EPE (HDFF) e terá como lema “Da Nascente à Foz: Medicina Interna”.

“Com este lema pretendemos transmitir a ideia de movimento, crescimento e evolução, que por analogia com o correr do nosso rio Mondego, mostre o papel do internista no seguimento do doente em toda a sua vida adulta. Queremos refletir sobre a importância da Medicina Interna ao longo dos tempos, dentro e fora do Serviço Nacional de Saúde”, afirma Para Amélia Pereira, presidente do Congresso.

No programa do 28º CNMI serão debatidos múltiplos temas, grande parte resultado do trabalho desenvolvido ao longo do ano pelos núcleos da sociedade, mas também outros temas científicos que pela sua atualidade, especificidade ou controvérsia serão importantes pontos de discussão, partilha e sedimentação de saberes.

Para Amélia Pereira “a Medicina Interna tem tido uma ação central no desenvolvimento, evolução e garantia de padrões de qualidade da atividade assistencial nos hospitais portugueses, mas também na atividade formativa, na análise e reflexão do trabalho realizado através da investigação”.

Ainda devido à atual situação pandémica, o congresso, à semelhança do que aconteceu no congresso do ano passado, será realizado em formato híbrido de forma a possibilitar e garantir a segurança dos participantes. Todas as sessões do programa científico serão transmitidas em direto e gravadas para posterior visualização diferida por todos os inscritos.

Inscrições em https://cnmi.spmi.pt/

Uso pode causar transtornos de ordem mental e psiquiátrica
Protagonista de um dos grandes debates que circundam o âmbito político e social mundial, o consumo recreativo da cannabis é...

De acordo com o neurocientista Fabiano de Abreu Agrela, a Cannabis Sativa apresenta mais de 400 substâncias, das quais, algumas podem ser utilizadas para fins medicinais e outras têm efeitos psicoativos.

O especialista explica que, quando absorvido na corrente sanguínea, as concentrações de THC diminuem rapidamente devido ao metabolismo do fígado. A substância permanece em maior parte no tecido adiposo obtendo seu pico de concentração em 4-5 dias e após isso, é libertada lentamente atingindo as demais áreas do cérebro “No cérebro, é distribuída de diversas maneiras, atingindo altos níveis de concentração nas áreas neocortical, límbica, sensorial e motora”, detalha.

Nesse contexto, o estudo do neurocientista concluiu que muitos doentes crónicos utilizadores da cannabis afirmaram ter dificuldade na aprendizagem, apresentando perda de memória, dificuldades em permanecer concentrados em determinada função e alterações nas funções cognitivas. “Foi-me relatado inclusive que o comportamento de usuários contínuos é de lentidão, falta de memória, falta de localização espacial, perda de motivação, falta de raciocínio lógico, comportamento disfuncional para a ordem prática da vida”, detalha o neurocientista.

Além disso, por meio da neuroimagem, verificou-se sérios danos nos ventrículos laterais e do terceiro ventrículo, desenvolvendo atrofia cortical. “A cannabis é a droga ilícita mais utilizada em todo o mundo, apesar de não ter tanta importância como outras drogas, cocaína, crack e até o álcool devido ao facto de que seus efeitos serem mais subtis. Com o tempo de uso, a região frontal do cérebro relacionada à inteligência, encontra-se prejudicada, com atrofia e os neurónios se moldam nesta condição resultando em uma inteligência pobre o que pode trazer problemas para a vida diante de situações que exijam raciocínio lógico e tomada de decisões”, explica.

Além disso, o uso da cannabis pode causar transtornos de ordem mental e psiquiátrica, a depender da propensão genética, desencadeando esquizofrenia e outros distúrbios psicóticos e transtornos afetivos. Esses distúrbios surgem como consequência da disfunção na região límbica do cérebro e diminuição da região da inteligência.

Nova edição de Marcar o Lugar no Museu de Lisboa
O ano passado, a Alzheimer Portugal, o Maat – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, o Museu de Lisboa, a Acesso Cultura e o...

Este programa visa aumentar o bem-estar, a qualidade de vida e a inclusão social dos participantes através de processos artísticos e participativos em contexto de museu.

As visitas ao museu contemplam a observação e a discussão de obras de arte em grupo, bem como a realização de atividades práticas de expressão plástica. Também incorporam a escuta de sons/peças musicais. Pretende-se explorar o acervo de cada museu (neste caso, fazer uma viagem à cidade de Lisboa do passado) e abordar temas como tradições, histórias e hábitos de vida, conquistas, lugares, objetos do quotidiano, entre outros.

Cada edição contempla 6 sessões, que irão decorrer às segundas-feiras (a partir de dia 21 de fevereiro), das 10h30/11h às 12h30, com uma periodicidade semanal e a duração aproximada de 1h30/2h, cada sessão.

A participação é gratuita e contará com a presença de 5/6 díades - Pessoa com Demência e Cuidador.

As pessoas interessadas em participar poderão inscrever-se, ligando para a Linha de Apoio na Demência da Alzheimer Portugal.

Investigação
Investigadores americanos afirmam ter conseguido curar, através de um transplante de células estaminais do cordão umbilical,...

O anúncio, partilhado durante uma conferência médica em Denver, Colorado, é um passo crucial na luta contra um vírus cada vez menos falado, mas que afeta 37,7 milhões de pessoas em todo o mundo e que só em 2020 infetou 1,7 milhões de indivíduos. 53% dos doentes são mulheres e raparigas.

O sexo e a origem da paciente em questão – cujo nome e idade não foram tornados públicos – representam um avanço "cientificamente importante" que terá um impacto "em termos de comunidade", disse ao The New York Times Steven Deeks, membro da Universidade da Califórnia.

"A paciente de Nova Iorque", como está a ser chamada até agora, recebeu tratamento no Hospital Weill Cornell, em Nova Iorque, tendo sido com HIV em 2013 e quatro anos depois com leucemia. A equipa que a tratou, composta por Koen van Besien, Jingmei Hsu e Marshall Glesby, trabalhava há anos no desafio de encontrar um dador cujas células pudessem tratar o cancro e curar o HIV.

A mulher parece estar a seguir as pisadas de Timothy Ray Brown, um americano de 44 anos conhecido inicialmente como o paciente de Berlim pelos seus anos de residência na capital alemã. Um transplante de medula óssea libertou Brown do vírus durante doze anos até à sua morte por cancro em 2020. Depois, em 2019, foi noticiado que outro paciente, Adam Castillejo, tinha sido curado do vírus.

Ambos receberam um transplante de medula óssea de dadores que carregam a mutação genética necessária para combater o vírus, uma solução que está longe de se tornar um remédio em massa. Os cientistas acreditam, no entanto, que o tratamento com células estaminais pode abrir a porta a uma cura para uma lista muito mais ampla de doentes.

 

Dados OMS
A maior onda global de infeções da pandemia, iniciada em novembro passado com o aparecimento da variante ómicron, continua a...

Como mostra o relatório epidemiológico semanal da Organização Mundial de Saúde (OMS), de 7 a 13 de fevereiro, foram confirmados 16 milhões de casos mundial, naquela que foi a segunda semana consecutiva de diminuição de infeções, mas as 74.000 mortes marcaram a sexta semana de aumento de mortes.

Mais de metade dos casos registados na semana em análise foram registados na Europa (9,5 milhões, menos 16% do que nos sete dias anteriores), enquanto na América foram registados 3,2 milhões, uma diminuição de 32%, e no sul da Ásia 915.000, o que significou uma diminuição de 37%.

 

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