Certificação de qualidade
O Serviço de Sangue e Medicina Transfusional (SSMT) do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) é o primeiro desta...

Inserido no Programa Nacional de Acreditação dos Serviços de Saúde, esta dupla chancela da DGS foi atribuída ao SSMT e ao seu Centro de Referência de Coagulopatias Congénitas, estando incluídas todas a atividades ligadas a hemostase, a transfusão, a Terapia Celular e Medicina Regenerativa e ainda a colheita e processamento das dádivas de sangue.

“A acreditação agora atribuída, pela Andalusian Agency for Healthcare Quality – ACSA internacional, tem dois benefícios imediatos: a nível interno, pelo estímulo que representa para a equipa e valor acrescentado para a "organização e cultura interna" do serviço, e a nível externo pelo reconhecimento interpares” declara Jorge Tomaz, diretor do SSMT.

Jorge Tomaz salienta, ainda, a importância desta dupla acreditação, sublinhando o trabalho e o esforço desenvolvido pelos 94 elementos do SSMT, em estreita articulação com o Gabinete da Qualidade e Segurança do Doente da instituição e refere que “o enorme desafio das acreditações agora obtidas, que reconhecem a elevada diferenciação do serviço, são fruto do empenho e dedicação dos seus profissionais, numa procura constante da melhoria contínua, focada na qualidade assistencial disponibilizada ao doente”.

O SSMT do CHUC tem por missão a colheita, análise e processamento de sangue humano e componentes, prestação de cuidados assistenciais e terapêuticos, realização de diagnóstico, ensino e investigação no âmbito da especialidade de imuno-hemoterapia, garantido o acesso dos doentes a componentes sanguíneos de qualidade, eficazes e seguros. Apoia, de modo direto ou indireto, todos os programas de transplantação de órgãos e tecidos do CHUC.

“Assegura, nas suas múltiplas áreas de intervenção e de forma contínua, ou seja, 365 dias por ano, em todo o universo CHUC (HUC, HG, HP, bem como nas duas Maternidades) uma resposta assistencial garantida por médicos, enfermeiros, técnicos superiores, técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, assistentes técnicos e assistentes operacionais”, pode ler-se em comunicado.

Em jeito de balanço é revelado que, no ano passado, este serviço “preparou e transfundiu cerca de 22000 unidades de eritrócitos, 5000 unidades de plaquetas inativadas e 5500 unidades de plasma humano inativado, tendo registado na consulta pré-dádiva de sangue cerca de 14500 dadores, de que resultaram perto de 11000 colheitas de sangue e plaquetas. O serviço efetuou um total de 19826 consultas”.

“Realizou 1200 tratamentos de hemaferese em doentes adultos e pediátricos, e efetuou 80 colheitas de stem cells do sangue para transplante”, refere-se.

Em comunicado, salienta-se, também, que o SSMT do CHUC dispõe da maior unidade de Hemaferese Terapêutica nacional e da península ibérica, equiparável às principais unidades europeias.

Reconhecimento
Manuel Ferreira Pinto, Interno de Formação Específica do Serviço de Neurocirurgia do CHUSJ e docente da FMUP, foi recentemente...

Tendo conduzido o seu Doutoramento na Universidade de Basileia, que concluiu em 2021, viu o seu trabalho publicado na revista Cell (fator de impacto 41.58). “O presente prémio constitui um adicional reconhecimento internacional de uma qualidade que o Serviço de Neurocirurgia e os Departamentos de Cirurgia e Fisiologia e de Neurociências Clínicas e Saúde Mental há muito identificaram”, afirma Rui Vaz, diretor do Serviço de Neurocirurgia do CHUSJ.

Constituindo essencialmente um mérito individual, “este prémio é também um reconhecimento da capacidade clínica, investigacional e docente do trabalho que diariamente se realiza no CHUSJ e na FMUP, orientados para um futuro de excelência que constitui o timbre da parceria entre estas Instituições”, acrescenta o neurocirurgião.

 

Estudo Mayo Clinic
Uma alternativa regenerativa à artroplastia total da anca adiou a necessidade de implantes artificiais, em pelo menos sete anos...

Uma necrose vascular também pode ser um efeito colateral raro do uso intenso de esteroides como parte de algum tratamento de quimioterapia. Se não for tratada, pequenas fraturas da necrose vascular pioram, e às vezes a articulação pode colapsar. Sem cirurgia de descompressão da anca, 90% dos doentes com necrose vascular requerem uma artroplastia total da anca.

"Salvar uma anca, mesmo durante sete anos, é importante porque reduz a necessidade de uma artroplastia total da anca", diz Rafael Sierra, cirurgião ortopédico da Mayo Clinic e autor sénior do estudo. "Muitos doentes com necrose vascular têm menos de 50 anos. Ao adiar ou oferecer uma alternativa à artroplastia total da anca, podemos ser capazes de evitar a necessidade de uma segunda ou terceira artroplastia da anca ao longo da vida dos pacientes."

Um grande mistério da ortopedia

A necrose vascular da anca foi apelidada como um dos grandes mistérios da ortopedia. A partir do momento em que as células começam a morrer, nada pode parar a deterioração a menos que seja detetada precocemente ou há uma intervenção para tentar restaurar o fluxo sanguíneo.

Mayo Clinic tem oferecido cirurgia de descompressão da anca há mais de 15 anos. O procedimento regenerativo tira partido da capacidade do corpo de curar as células ósseas de decomposição. Um pequeno orifício é feito no exterior do osso com o propósito de aceder à cabeça femoral e libertar pressão para melhorar o fluxo sanguíneo para o osso deteriorado. Em seguida, uma bioterapia regenerativa é injetada na articulação da anca para desencadear a cicatrização. A bioterapia consiste nas células mononucleares do paciente produzidas a partir de células estaminais mesenquimas (adultos) derivadas da medula óssea. As células mononucleares desempenham um papel fundamental na reparação celular.

A medicina regenerativa procura restaurar a forma e a função reparando, substituindo ou restaurando células, tecidos ou órgãos doentes. É uma mudança fundamental do ponto de vista do combate às doenças para reconstruir a saúde.

A pesquisa

Num estudo prospetivo, Rafael Sierra e a sua equipa seguiram 22 pacientes com necrose da vascular da anca que foram tratados com cirurgia de descompressão da anca. Foram avaliados entre cinco a sete anos após a cirurgia. Em sete anos, 33% progrediram da artroplastia total da anca para a artrite ou agravando a necrose. No entanto, a cirurgia de descompressão da anca fez uma pausa na decomposição da célula óssea em dois terços, e não houve necessidade de cirurgia adicional.

A equipa de investigação documentou que o uso de corticosteroides e o tamanho da lesão óssea antes da cirurgia foram fatores de risco que aceleraram a necessidade de uma artroplastia total da anca.

"Descobrimos que os pacientes que estavam a tomar esteroides tinham um risco quatro vezes maior de progressão do que os pacientes que não estavam a tomar esteroides na altura da cirurgia", diz investigador. "Os doentes que tinham áreas maiores de deterioração da articulação da cabeça femoral tiveram uma sobrevivência de cerca de 40% em sete anos, contra cerca de 72% em sete anos para doentes com ferimentos ligeiros. Se considerarmos o grupo como um todo, aproximadamente 10% dos pacientes, por ano, que foram submetidos a uma cirurgia de descompressão da anca terão de ser submetidos a uma artroplastia total da anca."

A pesquisa identifica como candidatos ideais para cirurgia de descompressão da anca que estão na fase inicial da necrose vascular e aqueles que não estão em terapia corticosteroide. Sierra ainda recomendaria cirurgia para todos os pacientes, incluindo aqueles com fatores de risco mais elevados.

"A cirurgia de descompressão da anca é um procedimento tão pequeno com uma recuperação tão rápida que não há realmente nenhuma desvantagem”, diz Sierra. "Os pacientes podem passar pelo procedimento e adiar a artroplastia da anca por alguns anos, ou talvez ficar dentro dos 70% que o fazem sete anos antes de precisar de uma artroplastia completa da anca. E se for esse o caso, então isso é um grande benefício para os pacientes."

Sierra realizou 300 cirurgias de descompressão da anca, permitindo que os pacientes adiem ou mesmo evitem a cirurgia total da artroplastia da anca. Embora também realize artroplastias totais da anca quando necessário, ele diz que é de maior interesse para o paciente adiar ou mesmo evitar a cirurgia.

"Ao longo dos anos, aprendemos cada vez mais e podemos aperfeiçoar a cirurgia total da artroplastia da anca. Quem sabe que tipo de avanços virão para os pacientes que podem esperar dois, três ou mais anos para fazer a cirurgia", acrescenta Rafael Sierra.

Universidade de Cambridge
Mitocôndrias defeituosas, as "baterias" que alimentam as células do nosso corpo, podem, no futuro, ser reparadas...

As nossas células contêm mitocôndrias, que fornecem energia para as nossas células funcionarem. Cada uma destas mitocôndrias é codificada por uma pequena quantidade de ADN mitocondrial. O ADN mitocondrial representa apenas 0,1% do genoma humano em geral e é transmitido exclusivamente de mãe para filho.

Falhas no nosso ADN mitocondrial podem afetar o funcionamento das mitocôndrias, levando a doenças mitocondriais, condições graves e muitas vezes fatais que afetam cerca de 1 em 5.000 pessoas.

Existem normalmente cerca de 1.000 cópias de ADN mitocondrial em cada célula, e a percentagem destas que estão danificadas, ou mutadas, determinará se uma pessoa sofrerá ou não de doença mitocondrial. Normalmente, mais de 60% das mitocôndrias numa célula precisam de ser defeituosas para que a doença emerja, e quanto mais defeitos existirem, mais grave será a doença. O que os cientistas descobriram agora é que se a percentagem de ADN defeituoso puder ser reduzida, a doença pode potencialmente ser tratada.

Uma célula que contém uma mistura de ADN mitocondrial saudável e defeituoso é descrita como "heteroplasmática". Se uma célula não contém ADN mitocondrial saudável, é "homoplasmática".

Em 2018, uma equipa da Unidade de Biologia Mitocondrial do MRC da Universidade de Cambridge aplicou um tratamento experimental de terapia genética em ratos e conseguiu atingir com sucesso e eliminar o ADN das mitocôndrias danificadas em células heteroplasmáticas, permitindo que mitocôndrias com ADN saudável tomassem o seu lugar.

"A nossa abordagem anterior foi muito promissora e foi a primeira vez que alguém foi capaz de alterar o ADN mitocondrial num animal vivo", explicou Michal Minczuk. "Mas só funcionaria em células com ADN mitocondrial suficiente para se copiarem e substituírem as defeituosas que tinham sido removidas. Não funcionaria em células cujas mitocôndrias tinham ADN defeituoso."

No seu último estudo, publicado esta semana na Nature Communications, Minczuk e os seus colegas usaram uma ferramenta biológica conhecida como um editor de base mitocondrial para editar o ADN mitocondrial de ratos vivos. O tratamento é entregue na corrente sanguínea do rato usando um vírus modificado, que é então recolhido pelas suas células. A ferramenta procura uma sequência única de pares base - combinações das moléculas A, C, G e T que compõem o ADN. Muda então a base de ADN, neste caso, mudando um C para um T. Isto permitiria, em princípio, que a ferramenta corrigisse certos "erros ortográficos" que causam o mau funcionamento das mitocôndrias.

Atualmente não existem modelos adequados de ratos com doenças do ADN mitocondrial, por isso os investigadores usaram ratos saudáveis para testar os editores de base mitocondrial. No entanto, mostra que é possível editar genes de ADN mitocondrial num animal vivo.

Pedro Silva-Pinheiro, investigador de pós-doutoramento no laboratório de Minczuk e primeiro autor do estudo, afirmou: "É a primeira vez que alguém consegue mudar os pares de bases de ADN em mitocôndrias num animal vivo. Mostra que, em princípio, podemos entrar e corrigir erros ortográficos no ADN mitocondrial defeituoso, produzindo mitocôndrias saudáveis que permitem que as células funcionem corretamente."

Uma abordagem pioneira no Reino Unido conhecida como terapia de substituição mitocondrial -- por vezes referida como "IVF de três pessoas" - permite que as mitocôndrias defeituosas de uma mãe sejam substituídas por uma de dador saudável. No entanto, esta técnica é complexa, e mesmo o IVF padrão é bem-sucedido em menos de um em três ciclos.

"Há claramente um longo caminho a percorrer até que o nosso trabalho possa levar a um tratamento para doenças mitocondriais. Mas mostra que existe o potencial para um tratamento futuro que elimina a complexidade da terapia de substituição mitocondrial e permitiria que as mitocôndrias defeituosas fossem reparadas em crianças e adultos”, acrescentou Minczuk.

A investigação foi financiada pelo Medical Research Council UK, a Champ Foundation e a Lily Foundation.

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados perto de 31 mil novos casos de infeção pelo novo coronavírus e 44 mortes em território nacional. O...

A região Norte foi a região do país que registou maior número de mortes, desde o último balanço: 14 em 44. Segue-se a região de Lisboa e Vale do Tejo com 12 óbitos registados, a região Centro com nove, Algarve com seis e Alentejo com uma morte registada desde ontem. A região Autónoma da Madeira tem o registo de duas mortes por Covid-19, desde o último balanço.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 30.757 novos casos. A região Norte voltou a registar a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 10.725 seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo com 8.935 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 6.710 casos na região Centro, 1.547 no Alentejo e 1.176 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 512 infeções, e os Açores com 1.152.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 2.419 doentes internados, menos 141 que ontem. Também as Unidades de cuidados intensivos têm agora menos sete doentes internados, desde o último balanço: 171.

O boletim desta terça-feira mostra ainda que, desde ontem, 38.863 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 2.343.448 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 599.997 casos, menos 8.150 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 10.014 contactos, estando agora 655.520 pessoas em vigilância.

 

Síndrome do Intestino Irritável afeta cerca de 1 milhão de portugueses
A Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG) reforça a sua proposta para instituir o Dia Nacional da Síndrome do Intestino...

A SII é uma condição crónica do sistema digestivo que se estima afetar mais de um milhão de portugueses – embora apenas cerca de 15% das pessoas afetadas procurem ajuda médica. Esta condição tem um grande impacto nas pessoas que vivem com SII, que veem a sua vida condicionada: em média, os doentes diagnosticados padecem dos sintomas 8,1 dias por mês. Além disso, o impacto económico é, também, muito elevado, representando o dobro das despesas da população geral, pela maior utilização de recursos médicos e apelo absentismo laboral.

No novo website é possível encontrar toda a informação acerca da SII, bem como estratégias para conviver e lidar melhor com a doença. Além disso, é possível aceder ao podcast informativo “À conversa consiigo” e assinar a petição para instauração do Dia Nacional da Síndrome do Intestino Irritável, de forma a dar voz a mais de um milhão de portugueses.

Para Guilherme Macedo, presidente da SPG “esta iniciativa tem o objetivo de informar adequadamente por forma a aumentar a qualidade de vida destas pessoas e incentivar aqueles que ainda não procuraram um diagnóstico, que o façam. O “Vamos falar de SII” é mais um projeto com a assinatura Saúde Digestiva by SPG que cumpre uma das grandes missões da nossa associação: contribuir para o aumento da literacia em saúde, nomeadamente sobre a Síndrome do Intestino Irritável, por parte da população e das pessoas que vivem com esta síndrome”.

Aceda ao website em vamosfalardesii.pt e à página de Instagram em https://www.instagram.com/vamosfalardesii/ e assine a petição para instituir o Dia Nacional da Síndrome do Intestino Irritável em https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT105183.

 

Complemento aos cursos científicos
A plataforma mybiocodex.pt, especializada na formação e-learning de farmacêuticos e técnicos de farmácia, acaba de lançar um...

“Os farmacêuticos e técnicos de farmácia têm um papel muito relevante na área da saúde, que não se resume à dispensa de medicamentos ao público. A indústria farmacêutica e a própria prestação de serviço na Farmácia têm vindo a mudar nos últimos anos e ainda mais com a COVID-19", explica Susana Veloso, pharmacist trainer da Biocodex. Ou seja, este projeto surge para dar resposta a estes desafios. “Apercebemo-nos, junto das equipas das farmácias, que havia novas necessidades formativas. Com este videocast pretendemos dar às farmácias ferramentas para enfrentar os desafios correspondentes a um setor em rápida transformação”, afirma.                                            

As competências científicas são importantes para o conhecimento do farmacêutico, mas não só. Para Susana Veloso, “as competências técnicas e comportamentais como vendas, a prestação de serviço, o trabalho de equipa, a gestão de tempo e o marketing têm sido cada vez mais valorizadas entre os profissionais de Farmácia pelo impacto que têm na prática profissional. Daí a criação do e-learning “Lado B – Há sempre um outro lado na vida do Farmacêutico”, para dar às farmácias e aos farmacêuticos e técnicos de farmácia estes conhecimentos tão reconhecidos.  

“É primordial que o farmacêutico complemente os seus conhecimentos científicos com outras competências de modo a fazer face às rápidas transformações que ocorrem no setor das farmácias e da respetiva prestação de serviço”, argumenta. Esta formação – uma parceria entre a Biocodex, o Instituto Pharmcare, a Mind\us – pretende aplicar estes conceitos e conhecimentos ao dia a dia da Farmácia Comunitária. 

Proporcionar conhecimentos atualizados sobre o desenvolvimento de competências cruciais na área da comunicação e relação com o cliente (como escuta ativa e empatia); assim como dar ferramentas e conteúdos para identificar áreas de motivação, relevância e propósito da atividade estão entre os objetivos específicos do curso. Está também programada formação para a integração de melhores formas de gerir o tempo, a energia e o equilíbrio entre as diferentes dimensões da vida, bem como para estimular o sentido de visão e pensamento estratégico. 

O videocast é creditado pela Ordem dos farmacêuticos e conta com a participação de vários convidados especiais, tais como a Dra. Paula Iglésias, Farmacêutica Comunitária, o Dr. Vasco Conceição, Associate Director na IQVIA, o Dr. João Fernandes, CEO na DocDigitizer, o Dr. José Bancaleiro, Parceiro Gerente na Stanton Chase, o Dr. Pedro Vasques, CEO da Rede Claro, e a Dra. Sofia Couto da Rocha, Médica e CTO na Lusíadas Saúde. No final dos 4 módulos, os formandos acumulam 1,6 CDP, nos casos aplicáveis.   

O videocast é moderado pela Dra. Marta Jaime, especialista em Vendas e Marketing e pela Dra. Alexandra Vinagre, especialista em Inteligência Emocional, relações humanas e coaching.  

15 de fevereiro
No ano em que celebra 10 anos, a ANGEL organiza um conjunto de iniciativas, por ocasião do Dia Internacional da Síndrome de...

O dia 15 de fevereiro é assinalado, a nível mundial, por diversas organizações dedicadas a esta causa, que irão usar os mesmos meios e elementos de comunicação, através da Internet e redes sociais.

Neste dia vários países iluminam-se de azul e Portugal não será exceção. Ao convite lançado pela ANGEL aderiram já os municípios de Campo Maior, Lisboa, Marinha Grande, Mealhada, Portel, Tavira e Viana do Alentejo que irão iluminar edifícios ou monumentos emblemáticos das suas cidades, demonstrando a sua solidariedade com esta causa.

Em Portugal, a ANGEL lança ainda mais duas iniciativas. “Doenças raras merecem gestos raros” é o mote da campanha solidária, que alerta para a importância das terapias na melhoria da sintomatologia e qualidade de vida das pessoas afetadas, convidando ao apoio dos portugueses através de donativos que reverterão na íntegra para programas que apoiam as famílias no acesso a estes tratamentos.

Em Lisboa e Vila do Conde as famílias ANGEL irão percorrer 10kms, no próximo dia 20 de fevereiro (domingo), usando uma peça ou roupa azul. O início da caminhada está previsto para as 10h30 com ponto de encontro marcado no Jardim das Ondas, no Parque das Nações em Lisboa. Em Vila do Conde, o ponto de encontro é na Av. Dr. António Bento Martins Júnior, 55 Caxinas, de onde seguirá para a Marginal Atlântica. O convite é dirigido a toda a sociedade que poderá juntar-se a estas caminhadas ou realizar o percurso que desejar, entre os dias 12 e 20 de fevereiro, de forma individual ou em pequenos grupos, contribuindo para a consciencialização e sensibilização para a Síndrome de Angelman. Com este intuito a ANGEL desafia, também, os participantes a partilharem nas suas redes sociais fotografias com os hashtags #WalkInAngel #DISA2022 #ANGELPortugal #IADFEB15 #AngelmanDay2022 e a fazer um donativo no valor dos kms percorridos ou outro para o IBAN PT50 0010 0000 59567190001 25, apoiando a concretização das iniciativas Bolsas Terapêuticas, Descanso do Cuidador ou para o financiamento de bolsas de investigação científica nesta área.

De acordo com o Presidente da Direção da ANGEL, Manuel Costa Duarte, “É com muito orgulho que a ANGEL comemora 10 anos com excelentes resultados. Dada a incidência mundial (1:20.000) estima-se que em Portugal existam cerca de 200 casos e na ANGEL temos cerca de 80 casos identificados. Continuamos determinados em divulgar a Síndrome de Angelman entre médicos, técnicos de saúde, terapeutas, professores e sensibilizar a sociedade civil em geral, com vista a permitir o seu diagnóstico e intervenção precoce. Até hoje, já comparticipámos mais de 31 terapias e 21 iniciativas, que passam por campos de férias, ocupação de tempos livres, etc. de forma a permitir o Descanso dos Cuidadores Informais na época do verão. Já organizámos também diversos encontros onde foram debatidos mais de 40 temas com relevância para a Síndrome de Angelman. Vamos manter todo o empenho para que estas iniciativas dos 10 anos de ANGEL tragam uma maior visibilidade à SA.”

Em Portugal ainda há um grande desconhecimento sobre a Síndrome de Angelman e, por conseguinte, dificuldade no acesso a um diagnóstico, informação relevante e orientação adequada para profissionais qualificados, no acesso a cuidados de saúde de qualidade, apoio geral social e médico e acesso a um sistema de ensino adequado, com quadros profissionais com formação específica.

Ao longo destes 10 anos, a ANGEL tem procurado colmatar a ausência de informação, essencial ao diagnóstico e intervenção precoce. Com as iniciativas propostas para a comemoração deste Dia Internacional da Síndrome de Angelman, a ANGEL deseja motivar e envolver toda a comunidade no apoio à sensibilização para a existência desta Síndrome, na expectativa de promover uma maior visibilidade e deteçãodos sintomas associados a esta doença.

As explicações de um médico
As doenças cardiovasculares (cardio - coração; vasculares - vasos sanguíneos) afetam o sistema circu

Esta emergência médica ocorre quando uma das artérias do coração fica obstruída o que faz com que uma parte do músculo cardíaco fique em sofrimento por falta de oxigénio e nutrientes. Esta obstrução é habitualmente causada pela formação de um coágulo devido à rutura de uma placa de colesterol.

Os sintomas mais comuns, para os quais as pessoas devem estar despertas são a dor no peito, por vezes com irradiação ao braço esquerdo, costas e pescoço, acompanhada de suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade. Normalmente, os sintomas duram mais de 20 minutos, mas também podem ser intermitentes. Podem ocorrer de forma repentina ou gradualmente, ao longo de vários minutos.

A recomendação médica é que na presença destes sintomas é importante ligar imediatamente para o número de emergência médica – 112 e esperar pela ambulância que estará equipada com aparelhos que registam e monitorizam a atividade do coração e permitem diagnosticar o enfarte. A pessoa não deve tentar chegar a um hospital pelos seus próprios meios. Cerca de 50% dos doentes recorrem a um Centro sem capacidade para realizar o tratamento, o que conduz a um atraso significativo no início da terapêutica mais adequada. Esta situação não acontece quando se liga para o 112.

É importante a precocidade no diagnóstico (valorização dos sintomas) e a realização do electrocardiograma, logo que possível, idealmente nos primeiros dez minutos após o primeiro contacto médico, para que seja iniciado o tratamento o mais rapidamente possível, de forma a que a quantidade de músculo cardíaco “perdido” seja menor e, assim, se consiga melhorar o prognóstico.

Atualmente, a angioplastia coronária é o melhor tratamento para o enfarte agudo do miocárdio. No hospital, o cardiologista de intervenção irá efetuar uma angioplastia coronária que consiste na colocação de um cateter fino na artéria obstruída, através do qual se introduz um balão que quando insuflado permite a abertura da artéria e o restabelecimento do fluxo sanguíneo. Na maioria das vezes, este procedimento é complementado com a colocação de um stent, um pequeno tubo de rede metálica que mantém o vaso aberto.

Para prevenir um enfarte agudo do miocárdio é importante adotar um estilo de vida saudável, que inclui: não fumar, ter uma alimentação saudável, controlar a tensão arterial, o colesterol e a diabetes, praticar exercício físico regular, vigiar o peso e evitar o stress.

Por forma a promover o conhecimento e a compreensão sobre o enfarte agudo do miocárdio e os seus sintomas; e alertar para a importância do diagnóstico atempado e tratamento precoce, a Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC), uma entidade sem fins lucrativos, está a promover, em Portugal, a campanha Cada Segundo Conta, integrada na iniciativa Stent Save a Life.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Fontes não validadas cientificamente podem originar mitos e desinformação
Ao longo dos anos, o motor de busca Google tem-se tornado num aliado de qualquer pesquisa e a internet tem sido uma das maiores...

“O recurso ao ‘Dr. Google’ é cada vez mais comum, mas importa saber como filtrar a informação que nos é apresentada. Muitas são as vezes em que nos chegam doentes ao consultório com autodiagnósticos ou soluções de tratamentos baseados no que leram ou viram na internet.  Não quer isto dizer que seja incorreto pesquisar na internet, até porque é importante promover a literacia em saúde, mas deve-se procurar fontes credíveis. É importante que se perceba se os sites contêm conteúdos criados por profissionais de saúde, são especializados e pertencem a instituições ou sociedades científicas que conhecemos e às quais atribuímos credibilidade”, alerta Bruno Santiago, neurocirurgião e coordenador da campanha nacional “Olhe pelas Suas Costas”.

De acordo com um estudo americano que avaliou a utilização da internet por doentes antes de uma intervenção à coluna lombar, cerca de 2/3 dos doentes realizaram pesquisas na internet sobre o procedimento. “Verificámos que 92,9% dos sites avaliados apresentavam informações inadequadas, sugerindo baixo nível de confiabilidade”, pode ler-se nas conclusões do mesmo estudo2.

Segundo outro estudo, dos cerca de 600 sites visitados de entre os mais de cinco milhões disponíveis em língua inglesa, apenas 3% obtiveram uma pontuação global de “excelente”3.

O estudo conclui ainda que “a procura por informação médica na Internet é demorada e muitas vezes dececionante. A Internet é uma fonte de informação potencialmente enganosa”. Ainda assim, os autores   consideram que os profissionais de saúde devem “utilizar a Internet como um aliado para fornecer informações ideais aos pacientes”3.

A  Campanha “Olhe pelas Suas Costas” é um dos exemplos de sites e redes sociais em Portugal onde pode encontrar informação simplificada, mas cientificamente validada, sobre cuidados de saúde e prevenção de problemas como os da coluna vertebral, que são a principal causa de anos vividos com incapacidade no Mundo. Um dos objetivos é  evitar a disseminação de mitos e desinformação sobre as  dores nas costas. “Um exemplo concreto com o qual lidamos muitas vezes diz respeito à cirurgia da coluna. Há quem recorra à consulta com preconceitos e até com “medo” da possibilidade de ter de ser operado.  A verdade é que a grande maioria das dores nas costas não são tratadas com recurso à cirurgia. No entanto, quando esta é realmente necessária, trata-se de uma solução segura nos dias que correm”, explica Bruno Santiago, acrescentando: “O risco de complicações graves após a cirurgia, como a dificuldade em andar, por exemplo, é ínfimo. A existência de novas técnicas cirúrgicas menos invasivas, uma geração de médicos bem treinados e a inovação tecnológica têm ajudado a reduzir complicações, aumentando a segurança do procedimento e permitindo que, muitas vezes, o doente receba alta nas primeiras 24 horas”.

Referências:

1. Observador. Qual a próxima crise de saúde? Portugueses estão preocupados com doenças infectocontagiosas e do foro mental. 2021, Nov. Disponível em: https://observador.pt/2021/11/16/proximas-crises-de-saude-em-portugal-de... (Consultado a 3 de fevereiro de 2022)

2. Atci IB, Yilmaz H, Kocaman U, Samanci MY. An evaluation of internet use by neurosurgery patients prior to lumbar disc surgery and of information available on internet. Clin Neurol Neurosurg. 2017 Jul;158:56-59. doi: 10.1016/j.clineuro.2017.04.019. Epub 2017 Apr 25. PMID: 28460344. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28460344/ (Consultado a 3 de fevereiro de 2022)

3. Weil AG, Bojanowski MW, Jamart J, Gustin T, Lévêque M. Evaluation of the quality of information on the Internet available to patients undergoing cervical spine surgery. World Neurosurg. 2014 Jul-Aug;82(1-2):e31-9. doi: 10.1016/j.wneu.2012.11.003. Epub 2012 Nov 7. PMID: 23142585. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23142585/ (Consultado a 3 de fevereiro de 2022)

4. Elhassan Y, Sheridan G, Nassiri M, Osman M, Kiely P, Noel J. Discectomy-related information on the internet: does the quality follow the surge? Spine (Phila Pa 1976). 2015 Jan 15;40(2):121-5. doi: 10.1097/BRS.0000000000000689. PMID: 25575087. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25575087/ (Consultado a 3 de fevereiro de 2022)

APLO evoca estudo norte-americano publicado no ‘JAMA Internal Medicine’
A Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO) apela a um melhoramento do acesso dos cuidados de saúde da visão...

De acordo com um estudo realizado nos EUA, e publicado no jornal científico JAMA Internal Medicine, da Associação Médica Americana, “indivíduos idosos com catarata que foram submetidos à cirurgia tiveram um risco menor de desenvolver demência”.

“Portugal é o segundo país do mundo com média de idade mais elevada e por isso deve preparar-se para os desafios do envelhecimento. Melhorar a saúde ocular no contexto de uma população envelhecida deve ser uma prioridade das principais entidades de saúde e decisores políticos”, adverte Raúl de Sousa, Presidente da Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO), referindo o estudo norte-americano ‘Association Between Cataract Extraction and Development of Dementia’.

Na cirurgia de catarata, o cristalino é removido. A lente natural do olho é substituída por uma lente intraocular (LIO) artificial.

O estudo teve por base a participação de 3.038 adultos, com 65 anos ou mais com cataratas tendo 46% dos quais sido submetidos a cirurgia de catarata.

“Indivíduos que fizeram cirurgia de catarata tiveram um risco menor de desenvolver demência do que aqueles que não foram submetidos à cirurgia durante um período de acompanhamento médio de cerca de 8 anos, por pessoa”, refere o estudo.

O trabalho de observação permitiu auferir que “pessoas cujas cataratas limitam sua visão podem evitar contato social, exercícios e atividades”, o que “pode acelerar o declínio cognitivo”.

“A deficiência visual também pode diminuir a entrada neuronal e acelerar a neurodegeneração ou aumentar a carga cognitiva à medida que as pessoas tentam compensar a perda de visão”, lê-se ainda no estudo norte-americano.

Tratamento da insuficiência renal crónica
A DaVita Portugal vai abrir uma nova clínica de hemodiálise em Alcobaça, na freguesia de Maiorga, dando assim continuidade à...

“A DaVita Alcobaça vai prestar um tratamento de excelência aos doentes renais, respondendo e adequando-se a todas as suas necessidades. Para tal, vamos ter um turno noturno de diálise, para que os doentes possam optar pelo horário que lhes seja mais conveniente, de acordo com os seus horários laborais e rotinas diárias”, afirma Paulo Dinis, diretor-geral da DaVita Portugal.

Equipada com tecnologia inovadora, a nova clínica vai ter 20 postos de tratamento e capacidade para dar assistência a um total de 120 doentes por semana. Numa fase inicial, a DaVita Alcobaça vai empregar cerca de 20 profissionais.

A doença renal crónica é provocada pela deterioração lenta e irreversível da função renal. Como consequência, existe retenção no sangue de substâncias que normalmente seriam excretadas pelo rim, resultando na acumulação de produtos metabólicos tóxicos no sangue (azotemia ou uremia). Nas fases mais avançadas as pessoas com esta doença necessitam de realizar regularmente um tratamento de substituição da função renal que poderá ser a hemodiálise, a diálise peritoneal ou o transplante renal.

 

 

Opinião
As Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) intervêm com o objetivo de promover os direitos

Perante este tipo de situações, é imprescindível a atuação de técnicos especializados que intervenham junto da criança/jovem e da sua família. Por isso, as CPCJ são compostas por profissionais de áreas como a educação e a saúde, mas também, por técnicos de instituições e/ou serviços da comunidade, precisamente porque são essas as principais redes de apoio a quem as famílias podem recorrer.

Como elemento cooptado da Associação RECOVERY IPSS à CPCJ de Barcelos, desempenho um importante papel na gestão dos processos de promoção e proteção das crianças e jovens sinalizadas. Lá, funciono como um elemento de referência para as famílias, trabalhando, não para elas, mas com elas, na construção da mudança. A minha ação parte por traçar um plano de intervenção ajustado às particularidades de cada caso e mobilizar os intervenientes e os recursos disponíveis na comunidade que se mostrem necessários. Durante todo este percurso, acompanho a criança/jovem e a sua família, servindo como mediador entre estes e os demais serviços ou entidades envolvidas, de forma a garantir que têm ao seu dispor todas as ferramentas, apoios e acompanhamentos essenciais para atingir uma mudança, com o objetivo final de alcançarem condições mais favoráveis para um desenvolvimento integral das crianças/jovens.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Investigadores da Johns Hopkins Medicine (Estados Unidos) publicaram na revista científica JCI Insight os resultados de um...

O estudo mostrou que os anticorpos da SARS-CoV-2 foram metabolizados de forma semelhante em crianças de todas as idades e pesos.

"Mesmo quando uma vacina SARS-CoV-2 estiver disponível para todas as idades, haverá algumas crianças imunocomprometidas que não conseguirão obter uma resposta imunológica suficientemente robusta da vacina, por isso é incrivelmente importante que estudemos todas as terapias possíveis para as tratar", disse Oren Gordon, principal autor do artigo.

O plasma convalescente tem sido usado para fornecer anticorpos naturalmente gerados contra o vírus a pessoas de alto risco, relata a Europa Press.

 

Projeto EU NAVIGATE tem a duração de cinco anos
Uma intervenção inovadora para doentes oncológicos mais velhos, que conta com um “navegador” para fazer a ponte entre o sistema...

O projeto, designado “EU NAVIGATE – Implementação e avaliação da intervenção de navegação para pessoas mais velhas com cancro e seus cuidadores familiares: um ensaio clínico randomizado pragmático e internacional”, vai ser realizado por um consórcio que junta equipas de investigadores da Bélgica (país coordenador), Holanda, Irlanda, Itália, Polónia e Portugal.

Em Portugal o estudo é coordenado por duas especialistas em cuidados paliativos da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), Bárbara Gomes e Maja de Brito, que integram os centros de investigação Institute for Clinical and Biomedical Research (ICBR) e Center for Innovative Biomedicine and Biotechnology (CIBB). Participa também Vítor Rodrigues, docente da FMUC e atual presidente do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro, instituição que vai ter um papel importante na formação e coordenação dos “navegadores”.

Genericamente, o projeto traduz-se num programa de acompanhamento de doentes oncológicos mais velhos, com 70 ou mais anos de idade, e da sua família «ao longo da trajetória da doença, incluindo o fim de vida, por uma pessoa – nomeada “navegador” – que não faz parte da equipa clínica do doente, que pode ou não ser um profissional de saúde (pode ser um voluntário), e que tem como objetivo identificar as necessidades do doente e da família e ajudar a que essas necessidades sejam supridas com os apoios existentes, em colaboração com os profissionais de saúde, outros técnicos profissionais e a comunidade local», explicam as coordenadoras da equipa portuguesa.

«O objetivo desta navegação é promover a qualidade da vida e o bem-estar do doente e da família, bem como reduzir o sofrimento relacionado com saúde. O “navegador” visa também capacitar os doentes e os seus familiares para que o acesso aos cuidados de saúde, apoio social e outros recursos aconteça atempadamente e seja equitativo. Interessa-nos acompanhar o doente ao longo de toda a trajetória da doença, assegurando uma continuidade dos cuidados», destacam.

Para avaliar os impactos da intervenção, tais como o processo de implementação, efetividade e custo-efetividade, vai ser realizado um ensaio clínico nos seis países que participam no estudo, envolvendo 532 doentes e os seus cuidadores familiares. Em Portugal participam 89 doentes.

O grande objetivo do projeto, de acordo com Bárbara Gomes e Maja de Brito, é «reduzir a carga sintomática (física e psicossocial), melhorar a qualidade de vida e o bem-estar dos doentes mais velhos com cancro e dos seus familiares. Gostaríamos de ver os doentes e as suas famílias mais capacitados e confiantes na tomada de decisão e comunicação com os profissionais de saúde».

«Com base em evidência prévia que mostra que este tipo de intervenções retira barreiras no acesso a cuidados, esperamos que o acesso a cuidados de suporte, cuidados de sobrevivência, cuidados paliativos e cuidados em fim de vida seja mais precoce, melhor em termos de qualidade e mais igualitário», acrescentam.

As investigadoras referem ainda que, do ponto de vista científico, esta investigação vai «gerar evidência sobre o modelo de cuidados pensado especificamente para as pessoas mais velhas com cancro, centrado no doente e na sua família. Trabalharemos para que este modelo seja eficaz e transferível a diferentes sistemas de saúde no contexto europeu».

Tendo em conta que a Europa «é um continente envelhecido e sabendo-se que o número de doentes com cancro com 70 ou mais anos de idade está a aumentar, no nível da sociedade, pensamos que o projeto tem potencial para melhorar a qualidade da vida num grupo de doentes que está a crescer em número e apresenta necessidades acrescidas, agravadas pela pandemia, muitas não atendidas, em comparação com doentes mais novos», concluem.

O projeto EU NAVIGATE tem a duração de cinco anos e foi aprovado com pontuação máxima no âmbito de um concurso lançado pelo “Cluster Saúde do Horizonte Europa”, um programa da União Europeia para o financiamento da investigação e inovação.

Aconselhado o uso de máscara
O uso de máscaras ajuda a reduzir a transmissão do coronavírus limitando as emissões de gotículas e pode servir para reduzir o...

Este órgão de referência para as epidemias da União Europeia (UE) já concluiu em 2021 que existem evidências, "de baixa a moderada certeza", de que o uso de máscaras proporciona uma proteção "reduzida a moderada" contra a Covid-19, tanto para aqueles que a usam como para outras pessoas.

"Os resultados dos estudos publicados após uma análise sistemática (da evidência científica) são consistentes com esta conclusão", refere um artigo que analisa o uso de máscaras na comunidade no contexto da variante Ómicron.

Deste modo, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças exorta a "considerar" o uso de máscaras em ambientes exteriores lotados "quando o objetivo de saúde pública é limitar a transmissão comunitária e a distância física não é possível".

No interior, para reduzir a transmissão comunitária, deve considerar-se a utilização em espaços públicos fechados, como lojas, supermercados, centros de transporte (portos, aeroportos, estações de comboio e autocarros) e em transportes públicos.

Em casa, as pessoas com sintomas ou infetados com Covid-19 e aqueles com quem vivem podem considerar o seu uso, especialmente quando o isolamento da pessoa doente não é possível.

As máscaras também podem ser usadas em instalações de saúde para proteger pessoas vulneráveis, como idosos e outros com doenças subjacentes.

Este órgão também sublinha a importância do uso adequado da máscara, que deve cobrir completamente o rosto do nariz ao queixo.

 

Estudo
Os resultados de um pequeno estudo, publicado esta segunda-feira na revista académica JAMA, sugerem que os bebés nascidos de...

Os investigadores analisaram os dados de 28 bebés de seis meses, nascidos de mulheres que foram vacinadas com duas doses de uma vacina mRNA às 20 a 32 semanas de gestação, quando a transferência de anticorpos maternos para o feto através da placenta está no seu nível mais elevado, e de 12 bebés dessa idade, cujas mães foram infetadas durante esse mesmo período de tempo, e encontraram níveis detetáveis de IgG em 57% dos bebés nascidos de mães vacinadas contra apenas 8% dos bebés de mães infetadas e não vacinadas.

Não é claro o quão altos os níveis de anticorpos precisam ser para proteger contra infeções.

No entanto, "muitas partes interessadas, desde pais a pediatras, querem saber quanto tempo persistem os anticorpos maternos em bebés após a vacinação, e agora podemos dar algumas respostas", comentou Andrea Edlow, do Hospital Geral de Massachusetts.

 

Estudo
Um estudo realizado por investigadores da Ludwig-Maximilians-Universitaet, da Universidade Técnica de Munique e de Munique...

Os resultados desta investigação aplicam-se àqueles que receberam três doses de vacina, as que recuperaram da Covid -19 e receberam duas doses ou vice-versa.

O estudo envolveu 171 participantes, dos quais 98 ficaram infetados com Covid-19 na primavera de 2020 e mais tarde receberam duas doses da vacina Pfizer/BioNTech e outras 73 que também tinham sido vacinadas, mas não tinham sido infetadas.

Outra constatação do estudo foi que o grande número de anticorpos só estava fracamente correlacionado com a sua capacidade de neutralizar o vírus.

Em vez disso, o que mais importava era a capacidade dos anticorpos de se ligarem ao vírus e, assim, neutralizá-lo.

As muitas mutações da Ómicron significam que são necessários mais e melhores anticorpos para evitar a infeção.

Além disso, o estudo mostrou que uma infeção teve o mesmo efeito que uma vacina quando se tratou dos seus efeitos no sistema imunitário.

 

 

 

Impacto da doença vai além dos efeitos físicos
De acordo com uma análise da Mayo Clinic as crianças são um dos grupos que mais estão a sofrer desde o início da pandemia Covid...

Aumento dos casos de Síndrome Inflamatória Multisistémica

Nos Estados Unidos, são muitos os pais que perguntam aos pediatras se os seus filhos precisam mesmo de ser vacinados contra a Covid-19. “O que eu tenho insistido com os pais é que realmente obtivemos boas informações nos últimos dois anos (sobre os efeitos da Covid-19 nas crianças), especialmente no último ano, indicando que as vacinas são incrivelmente eficazes na prevenção de efeitos colaterais muito severos”, afirma Nusheen Ameenuddin, pediatra da Mayo Clinic

Um efeito colateral raro e sério provocado pela Covid-19 nas crianças é a síndrome inflamatória multissistémica pediátrica. A especialista afirma que entre as crianças que tiveram a síndrome inflamatória multissistémica pediátrica, quase todas não eram vacinadas.

“A vacinação, mesmo que uma criança ainda adoeça, diminui muito a probabilidade que ela fique doente o suficiente para ser hospitalizada ou morrer, o que vem acontecendo, infelizmente.”

Aumento dos problemas de saúde mental

Mesmo antes da pandemia, os desafios de saúde mental enfrentados pelas crianças eram uma grande preocupação. A psicóloga Janice Schreier afirma que a Covid-19 exacerbou ainda mais a situação.

“Temos observado um aumento nos casos de depressão e ansiedade, e os casos de transtornos alimentares aumentaram como nunca visto”, afirma a especialista.

“Apenas em 2021, observamos um aumento superior a 30% nas ocorrências de saúde mental nas salas de emergência. E as crianças a aparecer ainda mais doentes, apresentando níveis mais elevados de ideias suicidas. Demonstram mais agressividade com automutilação, taxas mais elevadas de abuso de substâncias e mais casos de transtornos alimentares.”

Segundo Janice Schreier, “os pilares da boa saúde mental, como passar tempo com os amigos, praticar atividades físicas, manter uma boa qualidade de sono e uma rotina, foram comprometidos durante a pandemia”.

Por outro lado, a especialista alerta: “Creio que um ponto que não está a receber muita atenção é que cerca de 140.000 crianças nos Estados Unidos perderam pelo menos um dos pais para a Covid-19”. “Não ter um dos pais, para o resto da vida, é um evento adverso devastador”, sublinha.

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados pouco mais de 17 mil novos casos de infeção pelo novo coronavírus e 36 mortes em território...

A região de Lisboa e Vale do Tejo e a região foram as regiões do país que registaram maior número de mortes, desde o último balanço: 11 cada, em 63. Segue-se a região Centro com 10 óbitos registados e o Alentejo com quatro.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 17.019 novos casos. A região Norte voltou a registar a maioria dos casos, nas últimas 24 horas: 7.608 seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo com 4.326 novas infeções. Desde ontem foram diagnosticados mais 2.269 casos na região Centro, 564 no Alentejo e 770 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, o arquipélago da Madeira conta agora com mais 405 infeções, e os Açores com 1.077.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 2.560 doentes internados, mais 49 que ontem. No entanto, as Unidades de cuidados intensivos têm agora menos dois doentes internados, desde o último balanço: 178.

O boletim desta segunda-feira mostra ainda que, desde ontem, 37.646 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 2.304.585 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 608.147 casos, menos 20.663 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 1.092 contactos, estando agora 665.534 pessoas em vigilância.

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