“Fórum Reino Unido - Portugal sobre Envelhecimento Saudável”
A GSK é uma das entidades a marcar presença na terceira edição do “Fórum Reino Unido - Portugal sobre Envelhecimento Saudável”,...

A conferência vai lugar no dia 15 de março, entre as 9h00 e as 13h00, na Sala das Extrações da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, no Largo Trindade Coelho. É possível a qualquer pessoa assistir presencialmente ou, se preferir, virtualmente (inscrições em: 3º Fórum sobre Envelhecimento Saudável Reino Unido - Portugal).

A GSK vai estar representada por Eduardo de Gomensoro, Diretor Médico de Vacinas, Espanha e Israel, numa mesa redonda dedicada ao tema “Como garantir a qualidade de vida de uma população envelhecida?”. Na mesa redonda participam, também, Alexandre Kalache, Presidente do Centro Internacional de Longevidade do Brasil, e David Sinclair, Diretor do Centro Internacional de Longevidade do Reino Unido. Adalberto Campos Fernandes, Professor da Escola Nacional de Saúde Pública e Ex-Ministro da Saúde, encerra a conferência como Keynote Speaker.

“Os países desenvolvidos têm, graças ao desenvolvimento da ciência, inovação e cuidados de saúde, uma esperança de vida cada vez mais longa e Portugal é um bom exemplo disso. Apesar disso, o aumento da esperança de vida acarreta também desafios, como o risco acrescido de problemas neurodegenerativos, doenças crónicas e infecções oportunistas relacionadas com o enfraquecimento do sistema imunitário, um processo conhecido como Imunossenescência. Importa, assim, debater o que pode ser feito para aumentar a qualidade de vida da população adulta, uma questão em que deve ser vacinação um elemento central”, considera Eduardo de Gomensoro, Diretor Médico de Vacinas da GSK Portugal, Espanha e Israel.

No relatório anual “Health at a Glance 2021”1, a OCDE apresenta uma estimativa sobre a representatividade da população mais velha em 2050, a partir de valores reais de 2019, e conclui que Portugal passa de 21,8% de pessoas com 65 e mais anos para 33,7%, enquanto os restantes países da OCDE passam de um valor médio de 17,3% para 26,7%. Portugal é, ainda, o quarto país mais envelhecido da OCDE, situação confirmada pela projeção para 2050 das pessoas com 80 e mais anos (12,8% em Portugal, 9,8% na média da OCDE).

A esperança de vida de um português com 65 e mais anos é hoje de 20,4 anos, um pouco acima da média da OCDE (19,9 anos). No entanto, os anos de vida saudáveis de um português são de apenas 30% para as mulheres após os 65 anos (esperança de vida de 22,3 anos) e 43% para os homens (esperança de vida de 18,5 anos). Ou seja, os portugueses têm uma longevidade acima da média, mas bem mais de metade desses anos, após os 65, são com baixa qualidade de vida. No contexto da OCDE, só a Letónia apresenta valores mais altos de anos de vida com pouca saúde

Nutrição
A tensão pré-menstrual, mais conhecida como TPM, é um período do ciclo menstrual que acomete pratica

As manifestações mais comuns são irritabilidade, inchaço e sensibilidade em algumas regiões do corpo, oscilações de humor, e uma maior vontade de consumir doces e alimentos mais gordurosos. Durante esse período, é normal que as mulheres façam de tudo para aliviar os sintomas. Receitas passadas de geração em geração, analgésicos e bolsas de água quente são recorrentes nos ciclos femininos. 

Ainda que não exista uma cura para a TPM, e todas as tentativas de aliviar seus sintomas sejam válidas, existem diversos alimentos que, incorporados no quotidiano da mulher, podem amenizar os efeitos desse período. "A hormona responsável pelo humor (serotonina) sofre um declínio durante o perídio de tensão pré-menstrual. A serotonina altera o humor, as mulheres ficam mais irritadas, além de diminuir a disposição. A alimentação pode auxiliar e muito", afirma a nutricionista Monik Cabral.  

De acordo com a profissional, aumentar a ingestão de alimentos ricos em triptofano, como a banana, frango, abacate, ovos, sementes e oleaginosas pode auxiliar muito nesse processo. Para as amantes de doces, o chocolate amargo é um grande aliado, já que ele auxilia na produção de serotonina, trazendo uma sensação de prazer e conforto. Além disso, suplementos como o óleo de prímula, o ómega 3, magnésio, curcuma, spirulina e vitamina D também ajudam na redução dos sintomas. 

"O ómega 3 e 6 possuem ação anti-inflamatória, e também vão agir na redução da acumulação dos líquidos no corpo, reduzindo o inchaço que tanto incomoda naqueles dias. Na menopausa, poderá trazer alívio ao stresse psicológico e à depressão causada por essa fase. Já o óleo de prímula é rico em vitamina B6, que irá agir no equilíbrio hormonal, atuando como antidepressivo natural leve e moderado, favorecendo no controlo da irritabilidade e da insónia ", explica Monik.

A nutricionista também indica o consumo de chás calmantes, como o de Melissa, Camomila, Passiflora e Erva-cidreira, e ressalta a importância da redução de café, sal e gorduras neste período. Ela também recomenda o aumento do consumo de fibras, como psyllium, farelo de aveia e chia, que ajudam a controlar a compulsão alimentar, algo experienciado por algumas mulheres.

"Beba bastante água e comece a consumir estes alimentos pelo menos cinco dias antes do período menstrual, e mantenha pelo menos 5 dias depois", indica a profissional, que reforça que uma alimentação balanceada durante todo o mês faz muita diferença.  

Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Programa abem:
O Programa abem: é um projeto inovador, dinamizado pela Associação Dignitude, que apoia as pessoas mais carenciadas no acesso...

A expansão do abem: para novas regiões do País deveu-se, em parte, ao financiamento da Portugal Inovação Social, através de fundos da União Europeia. Desde abril de 2018 até junho de 2021, o Programa abem: contou com o financiamento do Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (POISE), do Fundo Social Europeu, e de investidores sociais (Alliance Healthcare, SA; Associação Mutualista Montepio; Associação Nacional das Farmácias; Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica; Cáritas Portuguesa; Fundação Ageas e Monaf – Montepio Nacional da Farmácia) no total de 763.118,33€.

Este financiamento, localizado nas zonas Norte, Centro e Alentejo, representou um enorme crescimento em termos do número de pessoas apoiadas que, assim, passaram a poder aceder com a dignidade e a regularidade necessária aos medicamentos essenciais à vida. O incremento de beneficiários abem:, por região, foram os abaixo indicados:

De acordo com o balanço agora realizados, desde abril de 2018, foram integrados na zona Norte mais 6.160 beneficiários. A zona Centro conta com mais de 4.823 beneficiários e a zona do Alentejo mais de 2.874

«É com entusiasmo e gratidão que divulgamos estes resultados que ultrapassaram as nossas expetativas», diz Maria de Belém Roseira, associada fundadora da Dignitude. «É fundamental que projetos desta natureza possam contar com o apoio de uma entidade como a Portugal Inovação Social e de empresas como os investidores sociais, que acreditam que é possível criar um mundo menos desigual. O abem: continuará a desenvolver a sua atividade e a chegar a novas regiões do país, apoiando cada vez mais pessoas de forma sustentável, justa e equitativa», acrescenta.

Filipe Almeida, Presidente da Iniciativa Portugal Inovação Social, destaca «O Programa abem: é um belíssimo exemplo de inovação social porque veio dar resposta a um problema social para o qual ainda não existia uma solução consistente, justa e eficaz. E é demonstração de que a justiça distributiva não está só na mão do Estado, está igualmente na poderosíssima mão provocadora da sociedade civil organizada que, neste caso, encontrou uma solução na interseção da Saúde com a proteção e a inclusão Social, um lugar frequentemente esquecido, mas de paragem obrigatória, onde se podem salvar muitas vidas. Além do impacto direto na vida dos beneficiários deste Programa, o abem: também alerta consciências, promove a cidadania participativa, reforça laços intracomunitários e desperta a humanidade que em cada um de nós pode ser a salvação de todos. Um exemplo de inovação e uma inspiração de humanidade.»

As entidades parceiras locais (Autarquias, Cáritas, Misericórdias e IPSS) são responsáveis pela referenciação das famílias em situação de carência socioeconómica. Cada beneficiário referenciado recebe um cartão abem: e pode deslocar-se a qualquer farmácia abem: do país e aceder, sem qualquer custo e total descrição, aos medicamentos sujeitos a receita médica e comparticipados pelo Estado Português. Atualmente, o abem: já está presente em todos os distritos e regiões autónomas. Até agora já foram transformadas as vidas de mais de 26.000 pessoas em Portugal.

 

Opinião
Simultaneamente alerta e repto, o tema deste Dia Internacional da Mulher - «Igualdade de género hoj

Se, numa primeira leitura, o que mais se destaca é o motivo principal da celebração do dia – a defesa dos direitos das mulheres – a reflexão sobre o mesmo conduz-nos a um horizonte mais amplo: a viabilização de um futuro para as novas gerações.

A sustentabilidade só acontecerá mediante a ultrapassagem do antropocentrismo em que estamos mergulhados. Pelas características que lhe são inerentes, a Mulher está especialmente posicionada para esta transformação. O abandono desinteressado do que é autorreferencial não lhe é estranho, acontece iterativamente no seu quotidiano.

Dividindo o par, felizmente em muitas nações, as tarefas domésticas, não é desajustado dizer que a Mulher continua a desempenhar o papel de curadora da casa, vigilante do bem-estar de todos. Por extensão, o cuidado e a estima pela “Casa Comum” granjeiam o seu interesse e empenho, no desejo de um planeta habitável para todos os seres vivos.

Um novo estilo de vida não se impõe por decreto, não acontece espontaneamente, alicerça-se na mimetização de pequenos gestos e de sábias escolhas. A ação pedagógica da Mulher, enquanto cidadã, profissional, mãe e decisora, é fundamental para uma revolução cultural que nos coloque na senda do sustentável. Quando abandona a lógica do descartável (não só em relação aos objetos), quando opta por um consumo racional, quando ensina o respeito pelos espaços e bens comuns, quando contribui para a preservação do ambiente, está a ser protagonista dessa mudança.

Por outro lado, instalada entre nós uma atmosfera de perplexidade e desalento, urgem redutos de confiança e de tenacidade. Também neste plano, a Mulher demonstra capacidade de reposicionar valores, fundear a esperança e imprimir um novo rumo ao curso dos dias. Sabe o que são longas esperas, conhece bem a função de incentivar, corrigir com firmeza e afeto.

Se no perímetro estritamente familiar esta ação geralmente não encontra entrave, outro tanto não acontece, ainda, no âmbito profissional ou na esfera social e política, onde a Mulher é preterida para postos de decisão ou áreas de intervenção de grande impacto. Fica, assim, excluída a oportunidade de imprimir o seu cunho de eficiente atenção a todos, de pugnar pela reabilitação dos recursos e por uma cultura do belo. Não tem possibilidade de intervir nas decisões que, em detrimento dos lucros financeiros – de uma minoria -, libertem o planeta e seus habitantes de tudo o que o sufoca e suja.

Acresce também salientar que nas regiões especialmente carenciadas e atingidas pelas consequências das alterações climáticas são as mulheres as “mais vulneráveis a esses impactos e constituem a maioria dos pobres do mundo; são mais dependentes dos recursos naturais” (in https://www.onumulheres.org.br/).

Por isso, é preciso lembrar que permanece necessário ampliar e intensificar as iniciativas de sustentabilidade já implementadas por mulheres, como a que acontece no Malawi, com plantação de feijão tolerante à seca.

É urgente não ceder à preguiça da perpetuação de um status quo em que apenas o que é próprio interessa ou se fica pela descomprometida defesa (virtual) da Terra.

Na medida em que atuarmos e formarmos no sentido da responsabilização, no horizonte de um dia-a-dia mais simples e numa visão de interesse global, estaremos a garantir que não se torne impossível a sobrevivência planetária.

Dia Internacional da Mulher será então muito mais do que apenas uma data…

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
11 de março no Mercado Natura, em Sintra
Os Workshops Físicos da Mamãs e Bebés estão de volta este mês, com todos os cuidados e segurança para ajudar os pais a...

É bastante normal que surjam questões e preocupações nos meses após o nascimento do bebé, principalmente sobre os cuidados necessários que os recém-nascidos precisam. Este Workshop servirá para dar resposta aos pais que tanto se questionam sobre os cuidados com a pele do bebé, a temperatura ideal da água durante o banho, as mudas de fraldas e a limpeza do nariz e dos ouvidos. Aqui, a enfermeira Marilyn Lopes, vai ajudar os futuros pais a responder às típicas perguntas de “Que cuidados devo ter nos primeiros meses de vida do meu bebé?”

Logo após esta sessão, decorrerá uma outra, onde vai ser abordada a importância de guardar as células estaminais do bebé. Um especialista da equipa de profissionais da BebéCord explicará e esclarecerá todas as dúvidas inerentes ao tema: o que são as células estaminais? Qual a diferença entre o sangue e o tecido do cordão umbilical? Quais as aplicações e potencial terapêutico?

No final, para juntar ao Workshop haverá ainda uma oferta de Kits de Amostras a todas as participantes, com produtos essenciais para a gravidez.

Para participar no Workshop, a inscrição é feita através do link: https://cutt.ly/ws-11-03-I

 

 

Inscrições gratuitas
A 1ª Corrida pela Diabetes, promovida pela Sociedade Portuguesa de Diabetologia e o Abbott, em parceria com a Diabetes Team...

Os bens de primeira necessidade em falta são compressas, álcool, soro fisiológico, Betadine, ligaduras elásticas, luvas, desinfetantes de superfícies, calçado, toalhitas, fraldas e brinquedos para as crianças. Os participantes da corrida e a população em geral que se queira juntar poderão fazer a doação de bens no dia 12 de março, entre as 08 e as 11 horas em frente ao Centro de Congressos do Hotel Tivoli Marina.

A partida é dada no Centro de Congressos do Hotel Tivoli Marina Vilamoura, às 08h30, e segue a zona pedonal da Marina de Vilamoura, atravessa a primeira ponte em direção à praia Rocha Baixinha Nascente, seguindo mais uns metros e atravessa a segunda ponte pedonal em direção à Avenida Cerca da Vila, segue-se a Av. Tivoli em direção ao Hotel Tivoli Marina Vilamoura. Pode ver aqui o circuito completo da corrida.

As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas aqui até ao próximo dia 10 de março. A todos os participantes será entregue o kit de participante que inclui uma t-shirt, o dorsal e o chip de controlo de tempo que será entregue no stand da 1ª Corrida pela Diabetes situado à entrada do Centro de Congressos do Algarve, durante o dia 11 março até às 19 horas.

 

Doença renal crónica
testemunhos de vida de doentes renais. Esta iniciativa surge a propósito do Dia Mundial do Rim que se assinala a 10 de março....

“Com esta iniciativa pretendemos criar valor para o doente e para a sociedade, demonstrando que a pessoa com doença renal crónica é um exemplo de força, coragem e resiliência”, explica Jaime Tavares, presidente da ANADIAL.

E acrescenta: “A ANADIAL está empenhada em aumentar a visibilidade pública da doença renal e em consciencializar a população para a sua importância. No âmbito dos nossos esforços de mobilização ao nível da prevenção estamos também a promover a campanha “A vitória contra a doença renal começa na prevenção”, que conta com o apoio das sociedades científicas e associações de doentes desta área”.

A primeira edição do livro de histórias de vida estará disponível no website da ANADIAL, em www.anadial.pt e será igualmente distribuída junto das principais Associações de Doentes.

A doença renal crónica caracteriza-se pela deterioração lenta e irreversível da função dos rins. Como consequência da perda desta função, existe retenção no sangue de substâncias que normalmente seriam excretadas pelo rim, resultando na acumulação de produtos metabólicos tóxicos no sangue (azotemia ou uremia). Os doentes com diabetes, hipertensão arterial, obesidade e historial familiar de doença renal podem estar em risco de desenvolver esta doença.

 

 

"Medida de emergência"
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) e a...

Isto é aconselhado num apelo publicado na segunda-feira para que os países "tomem medidas" para reduzir o risco de transmissão de SARS-CoV-2 entre humanos e animais selvagens, bem como reduzir o risco de aparecimento de variantes, avança hoje o jornal El Mundo.

"À medida que entramos no terceiro ano da pandemia, o SARS-CoV-2, o vírus que causa a Covid-19, está a espalhar-se entre pessoas a um nível intenso em todo o mundo. Há muitos fatores que estão a impulsionar a transmissão. Uma delas é o aparecimento de variantes altamente transmissíveis que são motivo de preocupação, a última das quais a ómicron. O vírus continua a evoluir e o risco de aparecimento de variantes no futuro é elevado", alertam estas agências das Nações Unidas.

Embora a pandemia Covid-19 seja impulsionada pela transmissão humana, o vírus também é conhecido por infetar espécies animais. De acordo com os estudos científicos mais recentes, a vida selvagem não desempenha um papel importante na propagação da SARS-CoV-2 em humanos, mas a propagação nas populações animais "pode afetar a saúde destas populações e pode facilitar o surgimento de novas variantes do vírus", alertam.

Para além dos animais domésticos, até agora foram observados animais selvagens na natureza, em cativeiro ou em exploração, tais como grandes gatos, martas, furões, veados de cauda branca norte-americana e grandes macacos, infetados pela SARS-CoV-2. Até à data, foram demonstrados que as martas agrícolas e hamsters infetam os seres humanos com o vírus SARS-CoV-2 e está atualmente a ser estudado um possível caso de transmissão entre um veado de cauda branca e um humano.

Raquitismo hipofosfatémico
O Raquitismo hipofosfatémico corresponde a um distúrbio genético hereditário, de transmissão dominan

Luísa Moura tinha dois anos quando foi diagnosticada com Raquitismo Hipofosfatémico. Na altura apresentava já os membros inferiores arqueados, uma característica que partilhava com o pai, a tia e avós paternos.

“A minha avó apresentava estatura baixa e os membros inferiores bastante arqueados e o meu avô, embora não sabendo muito sobre a sua condição, sei que foi operado aos 18 anos”, conta Luísa adiantando que este “apresenta membros inferiores deformados” e queixa-se bastante de dores nos joelhos e virilhas.

“Quando a minha avó engravidou do meu pai, ficou alerta”, comenta acrescentando que quando o progenitor iniciou a marcha já tinha as pernas bastantes arqueadas. Após a segunda gravidez, o problema volta a surgir na tia de Luísa. “O meu pai e a minha tia foram seguidos no Hospital Rodrigues Semide, no Porto”, comenta.

“Quando eu nasci, a minha mãe sabendo da doença do meu pai falou com a médica de família que desvalorizou o assunto”, conta recordando que foi a tia paterna que conseguiu que Luísa fosse vista por um médico no Hospital onde havida sido acompanhada. “De seguida fui encaminhada para o Hospital Maria Pia”, onde foi confirmado o diagnóstico de XLH.

Graças ao acompanhamento médico, Luísa apresenta uma estatura próxima do normal – 1,56 cm -, os ossos “quase nada arqueados”, sem dor.

Luísa é mãe de duas crianças: uma menina de 10 anos saudável que havendo sido referenciada para consulta especializada não apresenta diagnóstico do XLH, e um menino de três anos observado pela primeira vez no Hospital Pediátrico de Coimbra para rastreio familiar, tendo realizado estudo genético positivo para variante no gene PHEX.

“Inicialmente o Santiago não apresentava nenhuns sinais de raquitismo”, explica a mãe. Iniciou a marcha com apoio pelos 9 meses e sem apoio aos 13 meses. Não obstante, “começou a apresentar os ossos das pernas arqueados, principalmente na perna esquerda e a cair com alguma frequência”.

Atualmente, apresenta uma evolução muito boa, com correção das deformidades dos membros inferiores e normalização da marcha.

Segundo a mãe, Luísa Moura, por agora “os principais desafios associados a esta doença são que o Santiago consiga ter uma vida normal, fazer desporto, cresça saudável, que os ossos se mantenham fortes, direitos, que ele atinja uma estatura normal e que esta doença não o impeça de ser feliz e realizado”.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Candidaturas de 7 de março a 31 de maio de 2022
A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) e a Sociedade Portuguesa de Hematologia (SPH), com o apoio da Amgen...

Os projetos de investigação devem ser realizados por investigadores com exercício em instituições portuguesas e é encorajada a colaboração e parceria entre várias instituições, bem com a interdisciplinaridade, e devem ser formalizadas para o e-mail [email protected], até às 24 horas de 31 de maio de 2022.

Todos os projetos submetidos serão avaliados por um júri idóneo, composto por peritos de reconhecido mérito em investigação científica e experiência profissional e/ou académica em hemato-oncologia em Portugal e/ou internacional, nomeado pela APCL e SPH. O regulamento da bolsa de investigação em Mieloma Múltiplo pode ser consultado nos sítios dos parceiros.

«Partimos para mais uma edição da Bolsa de investigação em Mieloma Múltiplo com a certeza de que vamos ter projetos que podem melhorar a qualidade de vida e a sobrevivência dos doentes com mieloma múltiplo não só em Portugal, como em todo o mundo. Estamos muito satisfeitos por voltar a fazer parte desta iniciativa, que já é um marco na nossa associação, que assinala este ano o seu 20ª aniversário», afirma Manuel Abecasis, presidente da APCL.

«O facto de estarmos há seis anos consecutivos a promover uma bolsa de investigação na área da hematologia é revelador da importância e do sucesso desta iniciativa, em que ano após ano somos surpreendidos pelo rigor e excelência dos trabalhos apresentados, tanto nas edições de Mieloma Múltiplo, como para as duas edições em Leucemia Linfocítica Aguda. Portanto, as expetativas para este ano estão altíssimas», conclui João Raposo, presidente da SPH.

«Orgulhamo-nos pelo desenvolvimento da 4ª Edição desta Bolsa em parceria com a APCL e com a SPH, iniciativa que promovemos desde 2017. Não só estamos a contribuir para incentivar a produção de I&D nacional, como é mais um passo na nossa missão de apoiar projetos de investigação que contribuam para a melhoria da prática clínica atual e futura, no caso de uma doença oncológica rara, o mieloma múltiplo», declara Tiago Amieiro, diretor-geral da Amgen. 

O Mieloma Múltiplo é a segunda neoplasia hematológica mais frequente com cerca de 539 novos casos por ano. Esta patologia tem uma grande incidência a partir dos 50 anos e apresenta sintomas muito inespecíficos, que são desvalorizados ou confundidos com outras doenças mais comuns.

 

O glaucoma é a terceira maior causa de cegueira no mundo
A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO), no contexto da Semana Mundial do Glaucoma, alerta a população portuguesa para a...

Estima-se que mais de 50% das pessoas que sofrem de glaucoma, não saibam que têm esta doença.  Os médicos oftalmologistas chamam a esta patologia “o ladrão silencioso da visão”, devido às suas características assintomáticas durante a maioria do seu curso.

Qualquer indivíduo, sobretudo a partir dos 40 anos ou com antecedentes familiares, pode desenvolver glaucoma. Para além disso, são também fatores de risco a raça negra (mais frequente e com casos mais graves), alta miopia e doentes medicados com corticoides. Neste sentido, a consulta regular com um médico oftalmologista para efetuar uma avaliação ocular aprofundada, medir a pressão ocular e medir o estado do nervo ótico é um comportamento essencial no que toca à prevenção.

O especialista Pedro Faria, Coordenador do Grupo Português do Glaucoma da SPO e médico oftalmologista no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, sublinha: “O glaucoma pode desenvolver-se num ou em ambos os olhos. Inicialmente, o glaucoma não apresenta qualquer sintoma, não provoca dores e a visão não sofre alterações. Mas, à medida que o glaucoma avança sem tratamento, os doentes perdem de forma gradual e irreversível os seus campos visuais. A visão periférica vai-se perdendo e os doentes sentem que começam a ver ‘através de um túnel’. Com o passar do tempo, essa visão central também pode diminuir, até ser atingida a cegueira total. O tratamento permitirá atrasar ou idealmente impedir a progressão desta doença; o seu diagnóstico atempado é fundamental, mas também um acompanhamento regular, medindo a pressão intraocular e realizando exames (OCT e campos visuais) para confirmar que esta se mantém estável”.

Semana Mundial do Glaucoma, promovida pela Associação Mundial do Glaucoma, assinala-se entre os dias 6 e 12 de março, com várias atividades por todo o mundo que têm como principal objetivo promover o conhecimento da população sobre esta doença por forma a eliminar a cegueira provocada pelo glaucoma.

Em Portugal, o Grupo Português de Glaucoma, da SPO, vai ter a decorrer durante todo o dia 9 de março, quarta-feira, como referido, uma iniciativa de promoção de informação com o apoio de médicos oftalmologistas da sociedade, nos Centros Comerciais Colombo em Lisboa, Arrábida Shopping em Vila Nova de Gaia e Coimbra Shopping no centro da cidade de Coimbra, para abordar a temática “Viver com Glaucoma ou Hipertensão Ocular”. Nos dias 11 e 12 de março decorre, na Figueira da Foz, a Reunião Anual do Grupo Português de Glaucoma onde serão discutidas as mais recentes novidades sobre esta doença.

Março, mês Europeu de Luta Contra o Cancro do Intestino
Por todo o mundo, em março, assinala-se o Mês de Luta Contra o Cancro do Intestino, principal causa de morte por cancro em...

Diariamente morrem, em média, 11 portugueses por cancro colorretal (CCR), sendo a sobrevivência global aos 5 anos de 50%. Se o diagnóstico for realizado atempadamente, a sobrevivência ultrapassa os 90%. (fonte: United European of Gastroenterology). 

Perante a relevância destes números que demonstram a eficácia do diagnóstico, a SPG apresenta uma campanha de sensibilização com um filme que terá palco na televisão e redes sociais. No dia 21 de março, o Cristo Rei e a Torre dos Clérigos vão estar iluminados de azul, cor alusiva a esta campanha que também percorre vários países no mundo (toda a informação sobre a campanha disponível aqui).

A importância do rastreio por colonoscopia, resulta da elevada incidência e mortalidade por CCR em Portugal, e da existência de um tratamento curativo, que é tanto mais eficaz quanto mais precoce for o diagnóstico e deteção das lesões precursoras (pólipos intestinais). Com o recurso à colonoscopia é possível a remoção destas lesões, interrompendo a progressão para cancro evitando assim novos casos. A colonoscopia é, portanto, o método de rastreio por excelência, ao permitir o diagnóstico e o tratamento no mesmo ato, promovendo uma efetiva prevenção da doença.

Para o presidente da SPG, Guilherme Macedo, “é urgente alertar a população para a elevada incidência e mortalidade desta doença, que pode ser acautelada através de um diagnóstico eficaz e atempado” e acrescenta que “é altura de implementar uma estratégia nacional, com igualdade de acesso a todos os cidadãos para uma eficaz prevenção e tratamento”. De acordo com as novas diretrizes internacionais, todos as pessoas, mesmo assintomáticas, a partir dos 45 anos devem ser incluídos num programa de rastreio do cancro do cólon e reto.

Importa também recordar que, os estilos de vida pouco saudáveis, como os que envolvem dietas com uma elevada quantidade de alimentos processados, o tabagismo e o elevado consumo de álcool, estão fortemente associados ao desenvolvimento de CCR.

 

 

A 8 de março
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) organiza, amanhã, o seu 14º Fórum Internacional de Empreendedorismo, tendo...

Este evento (em formato online), que pretende motivar os estudantes de Enfermagem para o desenvolvimento de ideias e projetos empreendedores e inovadores, divide-se em quatro painéis: “Experiências internacionais de empreendedorismo na Saúde” (10h00), “Motivar para o empreendedorismo” (10h30), “Projetos empreendedores na área da Saúde” (11h15) e “Inovação em empreendedorismo social” (14h00).

A sessão de abertura, às 9h00, conta as intervenções da Aida Cruz Mendes, Presidente da ESEnfC e do Pedro Dinis Parreira, Coordenador do Gabinete de Empreendedorismo da ESEnfC O 14º Fórum Internacional de Empreendedorismo é organizado pelo Gabinete de Empreendedorismo da ESEnfC, com o apoio do Serviço de Apoio aos Novos Graduados, sendo uma atividade associada ao Concurso Regional Poliempreende.

No período da tarde (a partir das 15h15), decorrerá o “Open Day - Oportunidades de emprego nacionais e internacionais: desafios e dificuldades”, contando com a presença de várias empresas e instituições de recrutamento de profissionais de saúde.

Mais informações sobre este 14º Fórum Internacional de Empreendedorismo estão disponíveis no sítio do evento na Internet, em www.esenfc.pt/event/geesenfc2022.

 

 

Webinar da AADIC
No dia 17 de março de 2022, a Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca divulga uma sessão de esclarecimento...

Os últimos dois anos foram desafiantes para o setor da saúde e muito difíceis para quem sofre de uma doença crónica como a insuficiência cardíaca. Em Portugal existem mais de 400 mil pessoas com insuficiência cardíaca e a pandemia pela covid-19 veio acentuar o subtratamento e subdiagnóstico desta doença. É urgente retomar as consultas de especialidade, os exames e tratamentos, os rastreios e todos os cuidados de saúde primários e hospitalares suspensos. É igualmente urgente reforçar a interligação entre as instituições de saúde.

“A interligação entre os Cuidados Primários e as Clínicas de Insuficiência Cardíaca Hospitalares, é de primordial importância quer no diagnóstico precoce quer no seguimento dos doentes. A existência de um contacto direto entre as duas Instituições, permite a rápida referenciação dos doentes, a realização de exames complementares de diagnóstico e um atempado início de terapêutica, que como sabemos aumenta a sobrevivência e melhora a qualidade de vida. A Insuficiência Cardíaca é uma doença crónica, pelo que os doentes depois de estabilizados continuam a necessitar de um acompanhamento de proximidade, que pode ser efetuado nos Cuidados Primários”, explica Maria José Rebocho, em antecipação da sessão online.

O Webinar Insuficiência Cardíaca será dividido em dois momentos. A primeira parte da sessão será composta por uma discussão sobre a importância da integração dos cuidados primários e hospitalares para a prevenção e gestão da insuficiência cardíaca entre os oradores Nuno Jacinto, médico de família, USF Salus, ACES Alentejo Central, Presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Sara Gonçalves, cardiologista responsável da Unidade Integrada de Insuficiência Cardíaca (UNNICA) do Centro Hospitalar de Setúbal, Madalena Rodrigues, médica de MGF, USF do Castelo, Interlocutora da UNIICA nos ACES Arrábida , com a moderação de Maria José Rebocho, cardiologista e membro do Conselho Científico da AADIC;

A segunda parte será dedicada aos doentes, com o testemunho de vida do doente Fernando Almeida e com a participação da audiência, onde dúvidas e questões serão devidamente respondidas e esclarecidas pelos oradores da sessão.

Para Sara Gonçalves “tornar o diagnóstico o mais precoce possível, melhorar a terapêutica instituída ao nível dos cuidados de saúde primários e melhorar a referenciação é o grande objetivo dos cardiologistas”. A UNIICA, Unidade Integrada de Insuficiência Cardíaca do Centro Hospitalar de Setúbal, da qual é fundadora, é um dos melhores exemplos ao agregar os serviços de Cardiologia e Medicina Interna e integrar os cuidados primários do Agrupamento de Centros de Saúde Arrábida, há três anos.

Nuno Jacinto afirma “o médico de família tem um papel central na gestão do doente com insuficiência cardíaca. Desde o diagnóstico clínico aos cuidados paliativos, passando pela gestão da terapêutica e pela articulação com os colegas hospitalares, o médico de família faz um acompanhamento de proximidade ao longo de todas as fases da doença, o que permite melhorar o prognóstico e aumentar a qualidade de vida dos doentes com insuficiência cardíaca.”

Este webinar é uma iniciativa que visa aumentar a literacia em saúde e promover o debate em torno das consequências da má interligação entre os cuidados de saúde na gestão da insuficiência cardíaca em Portugal e o impacto de uma pandemia na prestação dos cuidados de saúde diferenciados.

19 de março na Fundação Dr. António Cupertino de Miranda
O Núcleo de Estudos de Medicina Paliativa (NEMPal) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), vai realizar as IV...

O evento, que se realizará na Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, no Porto, em formato híbrido, apresenta como principal objetivo a promoção de uma reflexão sobre terapias não convencionais na prestação de cuidados de saúde no que concerne a cuidados paliativos. 

“O objetivo das jornadas é falar-se de terapias não convencionais ou complementares que habitualmente não se abordam nas reuniões científicas médicas, mas que podem ser úteis associadas à terapêutica convencional, nomeadamente nos doentes em cuidados paliativos”, afirma Elga Freire, Internista e Coordenadora do Núcleo de Estudos de Medicina Paliativa da SPMI, sublinhando que “pretendemos saber um pouco mais de cada uma, para podermos aconselhar melhor os nossos doentes e cuidadores”.

Subordinada ao tema, “Terapias Out Of The Box em cuidados paliativos” esta edição debruça-se sobre respostas terapêuticas não farmacológicas e farmacológicas na abordagem clínica ao doente. Mindfullness, Terapia Reconectiva, e Reiki são algumas das técnicas que vão estar em destaque. Realizar-se-á ainda um um Simposium sobre o uso terapêutico da canábis.

“Não se trata de novos caminhos, mas sim da integração de todas as terapias, nomeadamente as não farmacológicas que, não prejudicando os doentes, podem ser oferecidas com o objetivo de melhorar a sua qualidade de vida, a dos seus cuidadores e dos profissionais de saúde envolvidos. Muitos dos nossos doentes já ouviram dizer que a Medicina Convencional “não tem nada a oferecer”. Os cuidados paliativos, sendo cuidados holísticos, têm sempre muito a oferecer utilizando terapias convencionais ou não, com o objetivo de intervir na qualidade de vida. Felizmente, cada vez há mais investigação científica nas áreas de cuidados paliativos e de terapias complementares. Esperamos nas nossas Jornadas mostrar algumas evidências”, conclui Elga Freire.

Mais informações em: https://www.spmi.pt/iv-jornadas-do-nempal/

 

 

Milhões de mulheres em todo o mundo confrontam-se com a dificuldade de acesso a produtos menstruais
Para assinalar o Dia da Mulher, Cristina Rodrigues lança petição pelo combate à pobreza menstrual através do fornecimento...

A pobreza menstrual diz respeito à dificuldade em aceder a produtos de higiene menstrual adequados, bem como à falta de acesso à água, saneamento básico e condições dignas de habitação.

“São as mulheres em situação de sem-abrigo ou em situações de pobreza as mais vulneráveis a este problema, contudo, este não é um problema residual. Milhões de mulheres em todo o mundo confrontam-se com a dificuldade de acesso a produtos menstruais tendo, segundo a Plan Internacional, a situação piorado com a pandemia provocada pela COVID-19.”, refere Cristina Rodrigues.

A falta de acesso a estes produtos tem impactos nefastos na saúde das mulheres, dado que na falta de produtos apropriados, são usados pedaços de pano, toalhas, papel higiênico, papelão, jornais, é feita uma utilização repetida dos mesmos pensos ou utilização de tampões por mais tempo do que o aconselhado. Nestes casos, coisas como infeções vaginais ou urinárias são recorrentes, verificando-se também situações mais graves como insuficiências renais ou morte por choque séptico. 

Além dos potenciais impactos na saúde, a falta de acesso a produtos de higiene menstrual tem um impacto social, acentuando a desigualdade de oportunidades entre homens e mulheres. Sem acesso a estes produtos, inúmeras mulheres e adolescentes ficam impossibilitadas de estudar ou trabalhar.

Em 2014, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu que o direito das mulheres à higiene menstrual é uma questão de saúde pública e de direitos humanos. A ONU estima que uma em cada dez meninas faltem à escola quando estão menstruadas. 

Já em Portugal, o estudo “Pobreza em Portugal – Trajectos e Quotidianos", diz-nos que quase um quinto dos portugueses estão em situação de pobreza e os últimos indicadores, de 2018, são de 17,2%, o equivalente a 1,7 milhões de pessoas. Apesar do estudo não incidir sobre o período de pandemia, tudo indica que a situação tenha piorado e, portanto, os números serão provavelmente superiores neste momento. Estes dados demonstram a vulnerabilidade a que certas famílias e mais especificamente meninas e mulheres estão expostas.

Outros países já têm dado passos importantes nesta matéria, como é o caso da Escócia que, em novembro de 2020, discutiu esta questão, tendo sido aprovada na generalidade a obrigação de distribuição gratuita de produtos menstruais em determinados locais como escolas e universidades, estando previsto o desenvolvimento de um programa nacional para garantir o acesso a produtos menstruais. Na Nova Zelândia, as escolas também disponibilizarão produtos gratuitos a partir de junho, com vista a contribuir para o fim da pobreza menstrual. Em França, estes produtos estarão disponíveis nos serviços de saúde das universidades e residenciais de estudantes.

“Falar do acesso a produtos de saúde menstrual é falar dos direitos que ficaram por cumprir. Afinal, são as mulheres as mais afetadas pela precariedade, as mais penalizadas no trabalho por ausências, como as relacionadas com a família, sem nunca esquecer o impacto do diferencial salarial no rendimento. Garantir o acesso a produtos de higiene menstrual é garantir a igualdade de oportunidades e assegurar o cumprimento dos direitos de todas as pessoas.”, conclui Cristina Rodrigues.

É de referir ainda que a Assembleia da República nesta sessão legislativa que termina aprovou a resolução n.º 312/2021, iniciativa de Cristina Rodrigues, que visava um programa a implementar no Serviço Nacional de Saúde, a distribuição gratuita de produtos menstruais, incluindo produtos menstruais reutilizáveis, nos centros de saúde, mediante solicitação da utente; que essa distribuição seja feita em escolas, universidades e institutos politécnicos; que se promovam ações de literacia menstrual e de sensibilização quanto a esta matéria.

Pode consultar a petição aqui: https://peticaopublica.com/mobile/pview.aspx?pi=PT111802

Medicamento com potencial anti metástico
A Something in Hands - Investigação Científica Lda. (R-Nuucell), spin-off da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa ...

A spin-off - sediada no Tec Labs – Centro de Inovação da Faculdade - é uma das 50 empresas da União Europeia (UE) selecionadas pelo programa piloto Women TechEU, uma iniciativa inédita, criada para apoiar empresas emergentes de tecnologia profunda lideradas por mulheres e que nesta 1.ª edição registou 391 candidaturas de 37 estados-membros e de países associados ao programa Horizonte.

Maria Helena Garcia, professora do Departamento de Química e Bioquímica (DQB) e investigadora do Centro de Química Estrutural (CQE) da Ciências ULisboa e Andreia Valente, investigadora do CQE e DQB Ciências ULisboa, são as sócias fundadoras da R-Nuucell, constituída em fevereiro de 2021, em plena pandemia COVID-19 e que conta ainda com parceiros privados - Miguel Ribeiro Ferreira & Isabel de Botton -, a Ciências ULisboa e a Portugal Ventures.

Os resultados já obtidos pela R-nuucell, com o projeto CanceRusolution, no âmbito do desenvolvimento deste novo medicamento para o TNBC - uma doença ainda sem tratamento específico e eficaz -, mostram o seu potencial anti metastático, cujo alvo é o esqueleto das células, isto é, o citoesqueleto.

O novo medicamento que está a ser desenvolvido também poderá ser utilizado para outros cancros da mama metastáticos. O projeto prepara-se para começar uma nova fase esta primavera, nomeadamente a realização de estudos in vivo (animais).

O cancro de mama é a segunda causa de morte das mulheres a nível mundial. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, em 2020 surgiram 2.3 milhões de novos casos de cancro da mama e cerca de metade destes cancros (1.15 milhões) são metastáticos. As estatísticas indicam que apenas cerca de 28% das mulheres com TNBC atingem os cinco anos de sobrevivência.

 

Estudo
Um novo estudo analisou mais de 3.000 proteínas para identificar quais estão causalmente ligadas ao desenvolvimento casos...

O estudo, financiado em parte pelo Centro de Investigação Biomédica de Maudsley do Instituto Nacional de Investigação em Saúde (NIHR), no Reino Unido, utilizou uma ferramenta genética para analisar mais de 3.000 proteínas. Os investigadores identificaram seis que poderiam estar na base de um risco acrescido de Covid-19 grave e oito que, inversamente, poderiam contribuir para a proteção contra a Covid-19 grave.

Uma das proteínas (ABO) que foi identificada como tendo uma ligação causal ao risco de desenvolver Covid-19 grave a grupos sanguíneos, sugerindo que os grupos sanguíneos desempenham um papel decisivo em pessoas que desenvolvem formas graves da doença.

Alish Palmos, do Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociências (IoPPN) do King's College London e um dos autores do estudo, explica que usaram "uma abordagem puramente genética para investigar um grande número de proteínas sanguíneas e estabelecemos que algumas delas têm ligações causais ao desenvolvimento de Covid-19 severo. Focar-se neste grupo de proteínas é um primeiro passo fundamental na descoberta de alvos potencialmente valiosos para o desenvolvimento de novos tratamentos."

Avaliar a relação entre proteínas do sangue e doenças pode ajudar a compreender os mecanismos subjacentes e identificar potenciais novos alvos para o desenvolvimento ou conversão de fármacos. Os níveis proteicos podem ser medidos diretamente a partir de amostras de sangue, mas conduzir este tipo de pesquisa para um grande número de proteínas é caro e não permite que uma direção causal seja estabelecida.

 

O sargaço é uma mistura orgânica muito rica
Uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra (UC) lidera um projeto que visa desenvolver produtos inovadores a...

Em particular, o projeto “ValSar: Valorização do Sargaço da Costa Litoral Norte”, financiado por fundos europeus (FEAMP) através do MAR2020 – GAL Costeiro Litoral Norte, propõe desenvolver novos biofertilizantes e bioestimulantes (produto natural orgânico, geralmente pobre em nutrientes, mas rico em compostos bioativos que estimulam processos naturais de uma cultura, como, por exemplo, a absorção de nutrientes, entre outros) para aplicação na agricultura, bem como avaliar a potencial aplicação de compostos bioativos do sargaço no setor farmacêutico e de cosmética.

O projeto, realizado com a colaboração da Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC) e do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR), e com o apoio dos municípios de Vila do Conde e da Póvoa do Varzim, pretende identificar oportunidades de negócio que permitam promover o desenvolvimento local no âmbito da economia do mar e é constituído por três fases – caracterização do sargaço; estudo, seleção e ensaios com os compostos extraídos do sargaço; e disseminação do conhecimento produzido, não só junto da comunidade científica e do público em geral, como também junto de investidores.

«A apanha do sargaço foi uma atividade económica muito relevante no passado, sobretudo na agricultura, mas atualmente é uma prática quase extinta no litoral norte, entre Viana do Castelo, Póvoa do Varzim e Vila do Conde, zona do país onde a apanha do sargaço era mais comum. Queremos valorizar este conjunto de algas que abundam na nossa plataforma continental e que estão subaproveitadas. O sargaço é uma mistura orgânica muito rica, quer em termos de compostos minerais quer em termos de compostos bioquímicos», contextualiza Cristina Rocha, investigadora do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e coordenadora do projeto.

Para alcançar os objetivos do projeto, a equipa começou por caracterizar sazonalmente a diversidade, quantidade e composição química e bioquímica da mistura de algas. Esta caracterização, explica Cristina Rocha, «permite identificar os diferentes compostos bioativos do sargaço e selecionar os mais promissores para os produtos que pretendemos desenvolver, isto é, para a valorização que propomos».

Com base nesta informação, os investigadores vão agora avançar para a preparação dos extratos. Para o setor agrícola, o projeto aposta no desenvolvimento de um substrato corretivo fertilizante, misturando o sargaço com «resíduos sólidos urbanos para tentar obter um composto mais rico, que potencie melhor o crescimento das culturas, pois estas algas possuem muitos compostos minerais, alguns deles, por exemplo, o iodo, que não conseguimos ter num composto só à base de biorresíduos. Vamos também desenvolver bioestimulantes», conta a investigadora do MARE-FCTUC.

Estes fertilizantes e bioestimulantes vão depois ser testados num conjunto de culturas de interesse económico para a região Litoral Norte, tais como culturas de couve, alface, feijão e pimento.

Em paralelo, a equipa vai explorar a outra linha de produtos dirigida ao setor farmacêutico e de cosmética. Sabendo-se que as algas possuem muitos compostos bioativos, «com diferentes atividades biológicas, como, por exemplo, antivirais, antibacterianas, antifúngicas e antitumorais, nós vamos preparar extratos e testar os compostos bioativos desses extratos em ensaios de exposição de células do sistema imunitário e em linhas celulares que representam a pele – a epiderme e a derme. Através destes ensaios, que vão ser realizados no Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC-UC), vamos poder identificar o potencial dermatológico do sargaço, ou seja, vamos estudar propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes, regeneradoras, antienvelhecimento e antialérgicas, entre outras», detalha a líder do projeto.

Iniciado há um ano, o projeto ValSar, conclui Cristina Rocha, apresenta «um elevado interesse coletivo, uma vez que visa promover a valorização de uma atividade económico-social e de um recurso natural da região Litoral Norte, centrando-se na inovação de produtos e biotecnologia e criando condições para o empreendedorismo».

 

10 de março, entre as 18h30 e as 19h30
A Gilead organiza no dia 10 de março, entre as 18h30 e as 19h30, no Porto, a “Evidence Review: HIV Highlights Conference”, uma...

Dirigida a Profissionais de Saúde (médicos, farmacêuticos e enfermeiros) ligados ao tratamento da infeção por VIH/SIDA, esta sessão de síntese e contextualização dos resultados publicados recentemente conta com a moderação da Dr.ª Rosário Serrão, do Centro Hospitalar Universitário de São João, e com a participação do Dr. Miguel Abreu, do Centro Hospitalar Universitário do Porto, da Dr.ª Josefina Mendez, do mesmo Centro Hospitalar, e da Dr.ª Margarida Mota, do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho.

No passado dia 16 de fevereiro, decorreu a reunião “Evidence Review: HIV Highlights Conference” em Lisboa. Neste evento, dirigido à audiência da região Sul do país e que contou com a moderação do Dr. Kamal Mansinho, Diretor do Serviço de Doenças Infeciosas do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, o Dr. Nuno Luís, especialista em Infeciologia do Centro Hospitalar de Setúbal, apresentou os dados clínicos relevantes e mais recentes do esquema terapêutico BIC/FTC/TAF nas conferências internacionais mais relevantes na área do VIH que decorreram ao longo de 2021, assim como os dados de seguimento a 5 anos de BIC/FTC/TAF em adultos naïve com VIH-1, apresentados no CROI que decorreu no início de fevereiro deste ano. Seguiu-se a discussão sobre as principais implicações clínicas da evidência que tem sido gerada, na qual a Drª Ana Cláudia Miranda, especialista em Infeciologia do do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, partilhou a sua experiência, destacando os dados mais relevantes na escolha individualizada da terapêutica antirretrovírica.

Os Profissionais de Saúde poderão inscrever-se na sessão “Evidence Review: HIV Highlights Conference”, no Porto, através do www.hivlearning.com ou contactando a Gilead. A apresentação será seguida de Q&A.

 

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