Em 2013
Alguns doentes dizem que “não têm posses para ficar doentes”. Médicos desconhecem casos em que problemas económicos se...

Há cada vez menos pessoas a usufruir de baixa médica paga, segundo um relatório recente da Segurança Social que analisa a evolução, entre 2005 e 2013, de uma série de prestações sociais. Apenas 446 mil trabalhadores receberam no ano passado subsídio de doença. São menos 15% do que em 2005, diz o Público Online.

O relatório nota que desde há quatro anos se assiste a “uma diminuição constante e progressiva” do número de beneficiários. E o ano de 2013 foi mesmo o que registou “o menor número de beneficiários com prestações [de doença] pagas”.

“Baixa” é o termo vulgarmente utilizado para denominar os certificados de incapacidade temporária que determinam a atribuição de um subsídio de doença — uma prestação em dinheiro, atribuída ao beneficiário para compensar a perda de remuneração resultante do impedimento temporário para o trabalho.

Não se avançam explicações no documento do Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social para a redução do número de beneficiários dos subsídios. Efeito do aumento do desemprego? Resultados do combate à fraude? Ou haverá também pessoas a preferir trabalhar mesmo estando doente para não perder rendimentos? Foram estas as perguntas que fizemos.

Têm direito a subsídio por doença trabalhadores por conta de outrem, independentes e com seguro social voluntário. Desempregados, por exemplo, não podem beneficiar. Os funcionários públicos também estão fora destas contas.

Uma baixa até 30 dias implica, na maior parte dos casos, receber apenas 55% do salário. Se a paragem for maior (entre 31 e 90 dias) há direito a 60% da remuneração de referência, e por aí fora - a percentagem que o Estado cobre da remuneração do trabalhador sobe à medida que a duração da baixa também aumenta e, em alguns casos, pode haver majorações (pode acontecer, por exemplo, quando a remuneração de referência é igual ou inferior a 500 euros).

De resto, as regras mudaram em Janeiro de 2013: os primeiros três dias de baixa deixaram de ser pagos e os subsídios das baixas de curta duração (até 30 dias) baixaram de 65% da remuneração para 55%.

 

Estatísticas

Entre 2005 e 2013 o universo de empregados diminuiu 8,1% (passou-se de 4,8 milhões de empregados para 4,2 milhões, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística). Já a redução do número de beneficiários de subsídio de doença com prestações pagas foi de 15% (de 524.605 para 446.139, sem contar com baixas com internamento, à volta de 75 mil).

Ou seja, sim, a redução da população empregada explicará parte do fenómeno. Manuel José Soares, da Comissão de Utentes de Saúde do Médio Tejo, também o diz. Contudo, garante, isso não explica tudo.

Conta que tem tido conhecimento de “testemunhos concretos” de pessoas que “por causa das dificuldades económicas reduzem ao máximo a possibilidade de verem reduzidos ainda mais os seus rendimentos”. “Dizem que não têm posses para ficar doentes.” E “muitas nem vão ao médico”.

O facto de com as novas regras “as pessoas ficarem os três primeiros dias de baixa sem receber” terá agravado a situação, continua. Outros, “estão a contrato e têm medo de que os contratos não sejam renovados se forem de baixa”, conclui.

João Cabeto dirige a Associação Portuguesa de Insuficientes Renais (APIR) e acha que o problema é outro. “As pessoas estão doentes, os médicos prescrevem a baixa, as pessoas começam a receber [o subsídio por doença] mas depois vêm as comissões de verificação [de Incapacidades Temporárias, da Segurança Social] e dizem que a pessoa não pode receber.”

 

União Europeia
As portuguesas têm uma esperança de vida que é das melhores do mundo, mas desfrutam de muito menos anos saudáveis do que as...

Em apenas cinco décadas, as mulheres portuguesas ganharam quase 20 anos de vida, em média. A esperança de vida aumentou de forma impressionante, colocando Portugal no top ten mundial (em 2012, era de quase 84 anos). Mas há um reverso da medalha: as portuguesas desfrutam de menos anos de vida saudável do que as mulheres de grande parte dos países europeus. Conseguimos adiar a morte, mas não a doença. Os baixos salários e reformas e a herança pesada de uma “vida dura” de muitas mulheres que hoje são idosas, com reflexo na qualidade de vida, podem explicar uma parte deste resultado. Porém, há também que ter em conta que este indicador inclui uma auto-avaliação e, constatam os especialistas, “as mulheres queixam-se muito”.

Compare-se Portugal com a Noruega, o país melhor classificado em Healthy Life Years (HLY, sigla em inglês), indicador do número de anos de vida que uma pessoa pode esperar viver sem incapacidades ou limitações funcionais de longa duração. Quando se olha para a esperança de vida à nascença das portuguesas, 83,6 anos (os dados do base europeia Eurostat são diferentes dos do Instituto Nacional de Estatística recentemente divulgados porque este último calcula a média por triénios), estamos entre os melhores do mundo. As portuguesas já vivem mais, em média, do que as norueguesas, mas quando se tenta avaliar a qualidade com que passam os últimos anos de vida a diferença é enorme. Às segundas aguarda-as um cenário de envelhecimento bem mais animador: aos 65 anos, podem contar (e estamos sempre a falar de médias) com quase 16 anos de vida sem incapacidades. De regresso a Portugal, o futuro apresenta-se mais negro: aos 65 anos, na idade em que habitualmente se entra na reforma, as portuguesas podem esperar por seis anos de vida saudável. São quase dez anos de diferença.

Viver mais tempo é importante, mas saber se esse tempo é vivido com boa saúde também. Tanto que este dado é considerado desde há uma década como um dos indicadores estruturais da Comissão Europeia. Não basta por a ênfase na longevidade, mas avaliar também a qualidade de vida e o bem-estar dos cidadãos. O problema é que, no mapa da União Europeia (os dados são da Comissão Europeia), olhando para os anos de vida saudável no feminino, Portugal apenas aparece à frente de alguns países do Leste. A Eslováquia é o pior classificado, com uma média de 3,1 HLY (ver quadro).

Mesmo no contexto nacional, as mulheres perdem para os homens neste indicador específico. Vivem mais anos, mas com menos qualidade.

 

Professor de Hong Kong
Um professor universitário de Hong Kong provou aos seus alunos os efeitos nocivos do fumo do tabaco nos pulmões.

O professor universitário de Hong King criou uma máquina que aspira o fumo do tabaco para os pulmões de um porco para provar aos seus alunos os efeitos nocivos do fumo do tabaco nos pulmões. Os resultados foram reveladores e surpreendentes.

Ryan Au, professor no Yan Chai Hospital Tung Chi Ying Memorial School, estava preocupado com o número cada vez maior de estudantes que fumam, apesar de todos os avisos e imagens impactantes presentes nos maços de cigarros e na publicidade.

Então, chegou à conclusão de que o melhor alerta seria construir uma experiência que pudesse mostrar como, na realidade, o tecido pulmonar fica deteriorado com o fumo do tabaco.

Para tanto, criou uma máquina que inalava o fumo para os pulmões de um porco. O aparelho “fumou” 60 cigarros e, no final, os estudantes puderam ver que a traqueia ficou enegrecida e os pulmões de uma cor amarelada.

 

Longe do esperado
O Portal do Utente conta com 1 milhão de pessoas registadas, tendo já beneficiado dos seus serviços mais de 894 mil utentes,...

Dois anos após a sua criação, a utilização do Portal do Utente “está ainda longe das expectativas”, o que é justificado com “algum alheamento da população em geral, sobre a vantagem a retirar destes serviços disponíveis online”, disse Olga Silva, dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS). O portal conta com um milhão de pessoas registadas, tendo já beneficiado dos seus serviços mais de 894 mil utentes, uma utilização que ainda está aquém das expectativas do Ministério da Saúde.

“Marcar uma consulta online, com a vantagem de não ter que se deslocar ou esperar em filas, evitando gastos desnecessários, é um benefício fornecido pelo Portal do Utente, que ainda não foi entendido por grande parte dos utentes”, explicou.

 

Cientistas relacionam
Um grupo de investigadores, entre os quais portugueses, participou num estudo que relacionou a presença de um tipo de moléculas...

Mónica Botelho, cientista do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, no Porto, disse hoje à agência Lusa que a conclusão deste trabalho se refere “à presença e tipo de moléculas que são electrofílicas, ou seja, têm a capacidade de se ligarem a bases de ADN e provocarem lesões” que, se não forem reparadas, podem levar a mutações associadas a cancro ou à infertilidade.

“Queríamos tentar encontrar um bom marcador de prognóstico, porque o diagnóstico podemos fazê-lo facilmente”, disse a investigadora, acrescentando que o próximo passo é perceber se, ao encontrar estas moléculas que provêm do parasita, é possível usá-lo, “não tanto como diagnóstico, mas como prognóstico”, através de uma análise à urina dos doentes.

Assim, os especialistas poderão tentar perceber se os indivíduos com mais ou menos quantidade destas moléculas do metabolismo dos estrogénios “estarão em risco acrescido de ter, por um lado, cancro de bexiga e, por outro, infertilidade”, avançou Mónica Botelho.

A investigadora salientou que nem sempre os indivíduos infectados têm este marcador, mas ele só aparece em pessoas infectadas com pelo parasita schistosoma, na base da esquistossomose.

Os cientistas vão usar o modelo da infecção por schistosoma para estudar o cancro da bexiga e a infertilidade. "Precisamos de bons modelos para estudar os mecanismos, a resposta a medicamentos, as vias de sinalização e este está a tornar-se um bom modelo para estudar cancro e infertilidade", referiu Mónica Botelho.

“O problema inicial surgiu quando percebemos que esta doença, a schistosomose, ou infecção pelo parasita do schistosoma, mais precisamente o hematobium, estaria, além de associado a cancro de bexiga, também a infertilidade em regiões onde é endémico”, como Angola, explicou.

A esquistossomose- ou schistosomose - é mais frequente em África e na América do Sul e o parasita que mais aparece nos países africanos é o schistosoma hematobium, associado a cancro de bexiga e agora também a infertilidade.

Na América do Sul, aparece mais o parasita schistosoma mansoni, que não está associado a cancro, mas, quando associado a infertilidade, "a infecção vai ter uma importância maior", segundo a cientista do INSA.

O estudo teve a participação de investigadores em Angola e nos Estados Unidos, da Universidade de George Washington, além de Mário Sousa, do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), e de Alberto Barros, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, especialistas de infertilidade, e foi divulgado na publicação especializada Plos One.

 

Diferenças e a sua utilização em dietas
Fonte de proteínas, as carnes são alimentos que devem estar presentes numa alimentação saudável.
Carnes brancas ou vermelhas

A Organização Mundial de Saúde (OMS) indica que o consumo de carnes vermelhas não deve ultrapassar as 300g por semana e que se deve dar primazia às carnes mais magras, retirando ainda a gordura aparente.

De acordo com a opinião de vários nutricionistas, as diferenças mais notórias surgem no tipo de gorduras existentes nos dois tipos de carnes e nos nutrientes existentes. A título de exemplo, a carne de vaca apresenta mais ferro, mas também mais gordura. Já a carne de frango quando sem a pele é mais magra que a de vaca, mas carece de algumas vantagens presentes por exemplo no peixe, como o ómega 3 que é uma gordura diferente e mais saudável.

Carnes como javali, coelho e borrego podem ser incorporadas em dietas, uma vez que possuem menor quantidade de gordura do que a carne vermelha, mas o ideal é que o consumo maior venha de aves, que são as carnes mais magras. Portanto, associada a outros itens de uma alimentação saudável – como frutas, verduras e muita água – a carne branca acaba por se revelar a melhor opção, apresentando quantidade suficiente de proteínas com a vantagem de ter menos gordura.

Carnes vermelhas

Embora a ingestão de carnes vermelhas esteja a ser tão contestada, principalmente pelo conteúdo de gordura saturada, e por isso poder elevar os níveis de colesterol, não deixa de ser um alimento que contém uma elevada quantidade de nutrientes fundamentais para o crescimento e desenvolvimento do ser humano, como é o caso das proteínas que são fundamentais para o crescimento de músculos, órgãos e tecidos em geral.

É o tipo de carne – a vermelha - que contém a maior quantidade de ferro na sua composição, sendo, por isso, muito importante no combate à anemia, principalmente nos grupos de risco, nos quais se incluem crianças, mulheres grávidas e idosos. Além disso, é fundamental na formação do sangue e de algumas enzimas do sistema respiratório. O zinco, componente importantíssimo nas nossas mais variadas reacções enzimáticas, e que também participa no crescimento e funcionamento do sistema imunitário, é também encontrado em boa quantidade na carne vermelha.

Os possíveis malefícios da carne vermelha estão ligados à ingestão excessiva e predominantemente realizada com "partes” mais gordas. Estas são ricas em gorduras saturadas e colesterol, porém, se forem consumidos com moderação e, principalmente, em equilíbrio com demais tipos de alimentos, através de uma alimentação equilibrada, não influenciarão negativamente uma vida saudável. Assim, a ingestão deve ser feita preferencialmente com "partes” mais magras (filé mignon, lombo, etc.), deixando as carnes mais gordurosas para ocasiões esporádicas.

Carnes brancas

Já as carnes brancas são conhecidas por apresentarem alguns benefícios em relação à carne vermelha. A começar pela menor quantidade de lípidos, gorduras saturadas e colesterol na sua composição.

Em relação às proteínas, apesar de conterem quantidade praticamente semelhante à carne vermelha, possuem valor biológico inferior à carne vermelha. Também são consideradas boas fontes de ferro, de minerais, como fósforo e potássio, e de vitaminas, como niacina e ácido pantoténico.

Entre a vermelha e a branca…

A carne suína é resultado da produção tecnológica da indústria alimentícia, apresentando hoje em dia um reduzido teor de gorduras, calorias e colesterol em relação há 25 anos. Não há um claro consenso no que respeita à classificação desta carne, se branca ou vermelha. A verdade é que a sua composição e valor nutricional podem ser alterados de acordo com o tipo de "parte” e modo de preparo. O consumo também deve ser feito com moderação e alternando os demais tipos de carne (carne bovina e aves).

As "partes” que privilegiam a camada adiposa do animal, como o toucinho, carne de barriga entre outros permanecem com maior teor de gordura e colesterol que a carne bovina.

Contudo, a carne suína é fonte de proteínas de alto valor biológico, apresenta boas quantidades de aminoácidos, como leucina, lisina e valina, e é de alta digestibilidade. É a principal fonte de vitamina B1, boa fonte de niacina e riboflavina, além de minerais como ferro e selénio.

Numa dieta equilibrada, tente dar prioridade às proteínas de alto valor biológico nas principais refeições, tendo sempre cuidado com os exageros, uma vez que, em excesso, podem causar malefícios citados anteriormente.

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Saiba como controlá-la
Vulgarmente chamadas de feridas, as hemorragias externas são normalmente derivadas de acidentes, e
Hemorragia externa

Nas emergências que envolvam hemorragias, ou seja, perda de sangue, devem ser tomadas medidas decisivas e rápidas. Uma queda ou um acidente na cozinha podem provocar as referidas hemorragias, que vulgarmente se chamam de feridas, sendo algumas graves.

Se não existir nenhum objeto estranho na lesão, por exemplo um vidro, fazer pressão direta é o método mais indicado para controlo da maioria das hemorragias externas. Nestes casos a prioridade deve ser parar a saída de sangue fazendo pressão com a ajuda de uma compressa esterilizada ou de um pano limpo e seco.

Outro método possível para controlar uma hemorragia é aplicar gelo (devidamente protegido com um pano). Se a lesão for num braço ou numa perna, pode-se ainda elevar o membro ferido.

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Saiba quais são
A maçã é uma fruta com um excelente valor nutritivo, que o ajuda a evitar doenças e a sentir-se jove
Mulher a comer maçã

Conheça 10 dos maiores benefícios que a maçã lhe pode proporcionar:

1.Colesterol mais baixo

Ter os indicadores de colesterol altos pode causar problemas de saúde a prazo. Comendo maçãs, ingere nutrientes que podem reduzir os níveis de colesterol LDL (vulgarmente conhecido como mau colesterol) e colesterol total. Estudos revelam que duas maçãs por dia potenciam a redução dos níveis de colesterol em 16%. Com tal redução, comer maçãs pode ser a maneira mais fácil de baixar o colesterol.

2.Melhor digestão

Para as pessoas com problemas de digestão, as maçãs são uma maneira fácil de ficarem saciadas. As maçãs contêm fibra que ajudam a regular o sistema digestivo. Isto significa evacuações mais regulares, suaves, menos dor e desconforto da prisão de ventre. Com as melhorias na digestão, a prazo, a maçã também previne certos distúrbios do estômago.

3.Aumento de energia

Os açúcares naturais da maçã não só sabem bem como fornecem um suplemento de energia natural. É por isso que a maçã é uma óptima opção para uma refeição matinal ou para o pós-treino. Para além de saboroso, o gosto da maçã dá-lhe a energia que precisa (uma maça com casca, de tamanho médio, tem cerca 238 kJ) sem ter de recorrer a cafeína ou bebidas energéticas.

4.Tratamento de anemia

As maçãs contêm ferro, o que pode ser uma forma de tratar a anemia. O ferro aumenta os níveis de hemoglobina no organismo, que neutraliza os efeitos da anemia. É por isso que, ao sentir-se fraco ou prestes a desmaiar, comer uma maçã ajuda. Os açúcares naturais combinados com o teor de ferro dão-lhe o impulso que precisa para se sentir bem novamente.

5.Redução do risco de cancro

As maçãs proporcionam benefícios que ajudam a reduzir determinados tipos de cancro. As fibras regulam o sistema digestivo, reduzindo o risco de cancro no cólon. Para além disso, estudos revelam a relação entre o consumo regular de maçã e o reduzido risco de cancro da mama e no pulmão. De uma forma geral, as maçãs são eficazes na prevenção do cancro.

6.Menor risco de doenças cardiovasculares

As maçãs, ricas em antioxidantes, são um dos frutos mais benéficos para a saúde cardiovascular. Ao consumirem maçãs, as pessoas evitam a oxidação de gorduras o que diminui o risco de uma longa lista de problemas cardíacos crónicos, incluindo doenças cardiovasculares. Uma vez que o risco de problemas de coração aumenta com a idade, nunca é tarde demais para começar a comer maçãs.

7.Alivio para a asma

Se sofre de asma, beber sumo de maçã ajuda-o a aliviar os sintomas. Estudos relacionam a toma diária de sumo de maçã com a redução eficaz de muitos problemas respiratórios associados a asma. A justificação científica deste benefício está nos nutrientes antioxidantes e anti-inflamatórios contidos nas maçãs. Para melhores resultados, certifique-se de que bebe sumo de maçã natural. Mulheres grávidas podem também evitar a asma nos seus filhos comendo bastantes maçãs durante a gravidez.

8.Melhor controlo de diabetes

Pessoas com diabetes podem sofrer sérios efeitos a prazo relacionados com a doença, incluindo a neuropatia, problemas de visão e doença renal. Ao comer maçãs regularmente, pode ajudar a evitar alguns destes riscos. As maçãs contêm pectina, que alivia a necessidade de insulina do organismo. Além disso, os polifenóis das maçãs ajudam a regular o açúcar no sangue.

9.Melhor visão

Os problemas oculares são muitas vezes difíceis de prevenir, contudo, as maçãs podem ajudar a aliviar alguns dos efeitos da má visão. As maçãs contêm uma quantidade considerável de vitamina A e vitamina C, que ajudam a atenuar a falta de visão nocturna. Reforçam também os músculos dos olhos, ajudando a prevenir o agravamento de problemas de visão.

10.Prevenção de Alzheimer

Um dos benefícios mais incríveis das maçãs é a sua capacidade de prevenir a doença de Alzheimer. Embora ainda estejam em curso estudos neste domínio, vários já confirmaram a existência de um componente especial nas maçãs chamada quercetina que protege as células do cérebro dos danos dos radicais livres, a principal causa da doença de Alzheimer. Esta descoberta veio dar aos devoradores de fruta mais um argumento para venerarem a maçã.

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Semana Internacional da Tiróide
Termina hoje a comemoração da Semana Internacional da Tiróide que permitiu “uma maior visibilidade d

Nos últimos anos, tem sido maior a visibilidade e relevância dada às doenças da tiróide quer por parte dos profissionais de saúde, quer da população em geral. Prova disso são os “estudos recentes conduzidos pelo Grupo de Estudo da Tiróide em grávidas e em crianças em idade escolar vieram revelar uma insuficiência moderada dos níveis de iodo na população portuguesa, traduzindo um aporte inadequado de iodo na alimentação”, explica Luis Raposo, coordenador do Grupo de Estudo da Tiróide (GET) da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM).

Com base nestes estudos, a Direcção-Geral da Saúde tem vindo a elaborar normas de orientação clínica, algumas das quais ainda em discussão pública, das quais se destaca a norma sobre aporte iodado na grávida, as normas sobre o cancro da tiróide e a norma sobre a abordagem dos nódulos da tiróide.

Por outro lado a Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo e os vários Serviços de Endocrinologia portugueses têm desenvolvido de forma regular variadas iniciativas formativas no âmbito da tiróide. Mas ainda assim, segundo Luis Raposo, “continua a ser muito importante o reforço da sensibilização dos médicos de família, principais protagonistas no diagnóstico e terapêutica da patologia tiroideia, e da sua articulação com a especialidade”.

Na opinião do mesmo responsável “a maior visibilidade das doenças da tiróide prende-se em parte com uma provável elevada prevalência da disfunção tiroideia e da patologia nodular da tiróide na população portuguesa e consequentes preocupações com sintomas muitas vezes associados à disfunção tiroideia e com o risco de cancro da tiróide”.

Apesar de não ser conhecido nenhum estudo nacional que aborde o impacto socioeconómico das doenças da tiróide, o especialista supõe que, “a disfunção tiroideia, a patologia nodular da tiróide e a carência iodada na população portuguesa, tenham forte impacto atendendo à sua elevada prevalência”. Por isso o especialista alerta para “um adequado aporte iodado que poderá contribuir para a redução da prevalência do bócio nodular e da disfunção tiroideia e reduzir o risco fetal durante a gravidez.

À semelhança de tantas outras situações, o diagnóstico precoce da disfunção tiroideia, nomeadamente em populações de risco poderá contribuir para um tratamento mais atempado, principalmente as mulheres em idade fértil devido ao risco fetal da disfunção tiroideia materna durante a gravidez.

 

Principais doenças da tiróide

As doenças da tiróide podem traduzir-se por alterações funcionais ou morfológicas e os distúrbios da função tiroideia podem envolver um acréscimo de função (Hipertiroidismo) ou uma diminuição da mesma (Hipotiroidismo).

As disfunções tiroideias, numa fase inicial, podem ser subclínicas, ou seja, a hormona reguladora da tiróide – a TSH- está alterada mas os níveis sanguíneos das hormonas tiroideias são ainda normais. Assim, o hipotiroidismo subclínico, que se traduz apenas por uma TSH aumentada, é a forma mais prevalente de disfunção tiroideia, podendo atingir cerca de 8 a 9% da população. “Já o hipotiroidismo subclínico poderá ter um risco anual de evolução para uma forma clínica de 3%”, refere o especialista, acrescentando que, “a Tiroidite auto-imune é a principal causa de disfunção tiroideia podendo ter uma prevalência superior a 10%, em particular no sexo feminino”.

Já do ponto de vista morfológico, diz Luís Raposo, “podemos considerar o bócio difuso -a alteração morfológica mais frequente - e o bócio nodular.”

A prevalência de nódulos da tiróide palpáveis, na população, poderá atingir 3 a 7% mas a prevalência ecográfica de nódulos da tiróide é muito superior (20 a 76%). Contudo, “apesar da elevada prevalência, a maior parte dos nódulos da tiróide são benignos, cerca de 95%”, refere Luís Raposo.

O cancro da tiróide é o tumor endócrino mais frequente (> 90%), mas apenas contribui para cerca de 1% de todos os cancros em Portugal.

 

Dados estatísticos

Segundo os dados do Observatório Europeu do Cancro (ECO), no ano de 2012, Portugal apresentou uma incidência anual (novos casos) de cancro da tiróide de 4.4 casos por 100,000 (6.4 no sexo feminino e 2.2 no sexo masculino por 100,000) e uma mortalidade de 0,5%. Para além disso, os dados disponíveis em Portugal sugerem um aumento da sua incidência, acompanhando a tendência na Europa e no mundo. Este aumento, conta Luis Raposo “tem ocorrido sobretudo à custa dos carcinomas de menor diâmetro, com muito baixo risco, mas a grande maioria dos doentes com cancro da tiróide tem um bom prognóstico”.

Já a prevalência do cancro da tiróide apresenta variações geográficas: maior no Norte, menor no Sul e intermédia no Centro de Portugal. Na opinião do responsável, “estas diferenças poderão dever-se, em parte, a assimetrias no acesso a consultas de especialidade e a exames de diagnóstico (nomeadamente a citologia aspirativa) e diferenças de critérios na indicação para a citologia dos nódulos da tiróide e para a cirurgia do bócio multinodular simples”.

Dada a falta de dados estatísticos em Portugal que possam orientar os profissionais e instituições de saúde, Luís Raposo explica ao Atlas da Saúde, que “o Grupo de Estudo da Tiróide (GET) tem actualmente em curso um projecto para a avaliação da prevalência nacional da disfunção tiroideia e da tiroidite auto-imune e pretende realizar em breve estudo de prevalência ecográfica de nódulos da tiróide na região Norte”. Para além dos referidos estudos, o GET propõe-se, em breve, analisar os dados disponíveis dos Registos Oncológicos Regionais com o objectivo de avaliar tendências na evolução da incidência do cancro da tiróide em Portugal.

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
“Prevenção do Cancro”
O Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro organiza a primeira acção de formação dirigida a profissionais...

No próximo dia 5 de Junho, quinta-feira, o Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (NRC-LPCC) organiza a primeira acção de formação dirigida a profissionais de farmácias da Região Centro com o objectivo de os tornar agentes activos na prevenção primária e secundária do cancro, promovendo conhecimentos sobre a doença oncológica, incluindo causas e factores de risco, sinais e sintomas de alerta, diagnóstico precoce, programas de rastreio e cancros rastreáveis. Esta sessão, com a duração de quatro horas, realiza-se na Sede do NRC-LPCC, a partir das 16:30.

A acção, intitulada “Prevenção do Cancro”, começa com a apresentação da Liga Portuguesa Contra o Cancro, pelo Dr. Miguel Pina, seguida de uma intervenção sobre Epidemiologia e Prevenção Primária do Cancro, pelo Prof. Doutor Vitor Rodrigues e termina com a temática da Prevenção Secundária do Cancro: Cancros Rastreáveis, pelo Dr. António Morais.

A LPCC-NRC considera que as Farmácias são canais privilegiados e de grande relevo na área da educação e promoção da saúde pelo contacto universal, diário e pessoal com a comunidade, razões que justificam acções de formação e sensibilização certificadas na temática da doença oncológica junto dos Profissionais das Farmácias.

O cancro é a segunda principal causa de morte nos países desenvolvidos e encontra-se entre as três principais causas de morte nos países em vias de desenvolvimento. A sua incidência continua a aumentar de ano para ano, particularmente nos países em vias de desenvolvimento, sendo que, pelo menos, cerca de sete milhões de pessoas morrem de cancro anualmente.

Divulgar informação sobre o cancro e promover a “Educação para a Saúde”, com ênfase para a sua prevenção, é um dos objectivos da Liga Portuguesa Contra o Cancro, que se assume como uma entidade de referência nacional no apoio ao doente oncológico e família, na promoção da saúde, na prevenção do cancro e no estímulo à formação e investigação em oncologia.

As inscrições poderão ser efectuadas através do e-mail [email protected], ou através do número 239487490.

 

Como o da MERS
Uma equipa internacional de cientistas anunciou ter descoberto um composto que combate os coronavírus, responsáveis por surtos...

Os coronavírus afectam o sistema respiratório dos humanos e são responsáveis por até um terço de todas as constipações.

Uma estirpe mais severa do vírus, que terá sido transmitida por morcegos, provocou a epidemia da Síndrome Respiratória Aguda Severa (SRAS) de 2002, que matou quase 800 pessoas.

A Síndrome Respiratória do Médio Oriente (MERS) é a nova estirpe, descoberta na Arábia Saudita em 2012 e que terá tido origem em camelos.

Mais mortal, mas menos contagiosa, infectou até agora 636 pessoas, das quais 193 acabaram por morrer.

Agora, uma equipa de investigadores liderada por Edward Trybala, da Universidade de Estocolmo, na Suécia, e Volker Thiel, da Universidade de Berna, na Suíça, diz ter descoberto um composto chamado K22, que parece bloquear a capacidade do vírus de se alastrar em humanos. Os cientistas começaram por reparar que o K22 era capaz de combater uma forma fraca do coronavírus, que provoca sintomas semelhantes ao das constipações, e demonstraram depois que o mesmo composto combate estirpes mais sérias, incluindo a SRAS e a MERS.

Num artigo publicado na revista PLOS Pathogens, os cientistas explicam que o vírus se reproduz em células do sistema respiratório humano. O vírus controla as membranas que separam diferentes partes das células humanas, transformando-as numa espécie de armadura em volta de si mesmo para começar o seu ciclo de reprodução.

O K22 actua numa fase anterior, evitando que o vírus controle as membranas das células.

“Os resultados confirmam que o uso da membrana da célula hospedeira é um passo crucial no ciclo de vida do vírus”, escrevem os investigadores.

Os cientistas defendem que o actual surto de MERS aconselha um investimento urgente em ensaios com o K22 fora do laboratório e no desenvolvimento de medicamentos.

A Arábia Saudita tem sido o país mais afectado pela MERS, com a maioria dos casos registados e das mortes, mas o Egipto, a Jordânia, o Líbano, a Holanda, os Emirados Árabes Unidos, e os EUA também já registaram casos de infecção, a maioria dos quais de pessoas que tinham estado na Arábia Saudita.

A Organização Mundial de Saúde admitiu há duas semanas que a sua preocupação com a MERS “aumentou significativamente”.

As preocupações centram-se no rápido aumento de casos, na fragilidade sistémica na prevenção e controlo da infecção, assim como nas falhas existentes na informação clínica e na possível exportação de casos para países especialmente vulneráveis.

O vírus provoca uma infecção pulmonar e os afectados sofrem de febre, tosse e dificuldades respiratórias, não havendo por enquanto tratamento preventivo para a doença.

 

Fundação Champalimad apresenta
A Fundação Champalimad apresentou hoje a nova unidade de cirurgia de ambulatório. Sala custou “2 milhões e várias centenas de...

Uma sala branca com uma marquesa no meio rodeada de aparelhos que se controlam à distância e que permitem ter imagens em tempo real dos órgãos do doente e dos procedimento médicos que estão a decorrer. Esta é a nova sala híbrida da cirurgia de ambulatório da Fundação Champalimaud, avança o Diário de Notícias.

“Esta sala completa o projecto inicial do Centro Clínico Champalimaud de tratamento em ambulatório”, explicou a presidente do conselho de administração, Leonor Beleza. Um investimento de "quase três milhões de euros" que vai permitir que a Fundação trate os seus doentes sem que estes tenham de ser encaminhados para um serviço de ambulatório.

O método usado nesta unidade vai ser “o menos invasivo possível”, de forma a permitir “uma mais rápida recuperação do doente”, sublinhou o director da unidade, Nuno Figueiredo. Depois da cirurgia, “o doente sai da sala e vai para unidade de recobro”, onde pode permanecer durante 12 horas. No entanto, o responsável clínico garante que se for necessário um internamento mais longo ou nos cuidados intensivos, o doente pode ser transferido para uma unidade hospitalar.

Tendo em conta que “90% dos episódios de tratamento de cancro são feitos em ambulatório”, Leonor Beleza espera que este novo serviço possa dar resposta a todos os casos que procuram o Centro. Ainda não há estimativas de atendimentos, mas actualmente são acompanhadas diariamente “mais de 300 pessoas” e a Fundação espera este ano receber mais de 15 mil doentes. Neste momento, são atendidos no Centro doentes dos subsistemas de saúde e seguros de saúde, não estando previsto vir a receber doentes do Serviço Nacional de Saúde.

No entanto, Leonor Beleza não fecha a porta a um diálogo, se a isso estiver disposto o Ministério da Saúde. “Não está nas nossas mãos. Estamos dispostos a eventualmente, um dia, discutir isso, mas neste momento é uma coisa que não nos retira tranquilidade ao nosso trabalho”.

 

Ordem apela a médicos
A Ordem dos Médicos apelou hoje aos médicos para prescreverem as receitas manualmente, alegando a excepção prevista na lei de...

“Não é possível continuar a tolerar e há meses que alertamos o Ministério da Saúde, que não se preocupa com as dificuldades dos médicos”, disse o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, numa conferência de imprensa em que apresentou um conjunto de reivindicações para o sector, as quais terão o acordo deste organismo e também dos sindicatos médicos.

Esta tomada de posição da Ordem dos Médicos foi tomada após vários meses de denúncias de dificuldades com a aplicação da Prescrição Electrónica de Medicamentos (PEM) que estarão a dificultar o trabalho dos clínicos na prescrição de medicamentos e meios de diagnóstico e terapêutica.

A Ordem exige, assim, “a suspensão por tempo indeterminado da utilização dos programas informáticos ineficazes – nomeadamente a PEM -, exigindo a imediata reposição do link do módulo de prescrição do SAM [Sistema de Apoio ao Médico] em todos os locais em que foi cortado e em que os médicos o solicitem, recorrendo à prescrição manual, conforme definido na lei para as situações de falência informática”.

Questionado sobre a existência de receitas manuais que garantam o trabalho dos médicos, José Manuel Silva foi peremptório: “Tem que haver. Se não houver seria o Ministério da Saúde a boicotar o trabalho dos médicos”.

Nesta conferência de imprensa o bastonário apresentou um “memorando” com 13 conjuntos de exigências, algumas para aplicação imediata, como o regresso às receitas manuais, e outras, para as quais o Ministério da Saúde ainda terá algum tempo para responder.

As queixas dos médicos juntaram Ordem e sindicatos, que solicitaram ao ministro da Saúde uma reunião urgente.

 

Segundo a OMS
Segundo a Organização Mundial de Saúde, nos últimos anos assiste-se à disseminação das doenças transmitidas por vectores para...

Segundo a Organização Mundial de Saúde, mais de metade da população mundial corre risco de contrair doenças transmitidas por vectores, causa de um terço da mortalidade no mundo. Apesar de ocorrerem com maior predominância em áreas tropicais e subtropicais, nos últimos anos assiste-se à sua disseminação para outras áreas geográficas, com a Europa no horizonte.

A possibilidade de (re)introdução de doenças como a dengue e a malária no espaço europeu foi motivo de análise no encontro da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública (ANMSP) sobre doenças transmitidas por vectores. Médicos e outros profissionais da saúde debateram estratégias integradas para o controlo vectorial e a implementação de medidas de saúde pública adequadas.

Apesar dos casos de doenças vectoriais ocorrerem habitualmente em áreas tropicais e subtropicais, nos últimos anos assiste-se à sua disseminação para outras áreas geográficas. Esta propagação deve-se a vários factores, nomeadamente o aumento das viagens e comércio internacional, a introdução de novas práticas agrícolas, a evolução sócio demográfica da população, as migrações, as alterações climáticas e, actualmente, à crise que a Europa atravessa.

Segundo António Tavares, Delegado Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, a crise veio acentuar a pobreza e a criação de novos pobres o que “provoca, por falta de capacidade económica, a privação de certas necessidades básicas como os cuidados de saúde. Esta situação cria uma maior propensão para certas doenças, uma sobrecarga do Serviço Nacional de Saúde e a uma incapacidade de reposta dos profissionais a todos os grupos mais vulneráveis.”

 

Mosquitos como portadores mais comuns

Os vectores transmitem a infecção através de picada quando eles próprios são portadores de vírus e parasitas. Os mais comuns são os mosquitos (de várias espécies), mosca da areia e carraças. Apenas uma picada pode transmitir doenças como malária, dengue, chikungunya, febre do Nilo Ocidental, leishmaniose, doença de Lyme, febre-amarela, encefalite japonesa, entre outras.

De acordo com Maria João Martins, Coordenadora da Unidade de Saúde Pública de Lisboa Central, “muitas doenças são transmitidas por vectores que se não forem devidamente controlados, podem fazer-se levar em transportes internacionais e multiplicar-se, representando um risco para tripulantes, passageiros e propagando doenças noutros países”.

A monitorização destas doenças é uma preocupação habitual da Direcção-Geral da Saúde (DGS), de outras Instituições do Ministério da Saúde, como o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, ou de centros de investigação portugueses como o Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT) ou o Centro de Estudos de Vectores e Doenças Infecciosas Francisco Cambournac (CEVDI).

 

Também o INSA coordena a Rede de Vigilância de Vectores (REVIVE), que, de acordo com Fernanda Santos, do INSA/CEVDI, tem “como principal objectivo melhorar o conhecimento sobre as espécies de vectores presentes no país, vigiar a sua distribuição e actividade sazonal, contribuindo para o esclarecimento do seu papel como agentes de transmissão da doença e detectar atempadamente a introdução de espécies invasoras com importância em saúde pública, assim como emitir alertas”.

As recentes notificações de casos de transmissão autóctone de dengue e febre chikungunya na Europa mostram a nossa vulnerabilidade a estas doenças em áreas onde o mosquito invasor está presente. É, por isso, necessário reforçar a vigilância de espécies de mosquitos, em áreas de risco de importação e propagação de mosquitos ou de transmissão do vírus.

Isto é particularmente importante no contexto das mudanças climáticas que podem permitir um aumento de população de vectores e a amplificação do vírus.

 

 

Primeiro implante de desfibrilhador cardíaco
Acabam de ser realizados os primeiros implantes de um novo cardiodesfibrilhador que permite a realização de exames de...

Até hoje, os doentes portadores de cardiodesfibrilhador (CDI) estavam impossibilitados de realizar ressonâncias magnéticas de corpo inteiro devido a possíveis interacções entre esse exame de diagnóstico e a função do dispositivo implantado.

Este método diagnóstico tem tido um crescimento marcado em toda a Europa nos últimos anos, sendo actualmente considerada a técnica preferencial para diagnóstico de um elevado número de patologias nomeadamente as osteo-articulares, da coluna, oncológicas e principalmente Vasculares Cerebrais (como Acidentes Vasculares Cerebrais - AVC ou Acidente Isquémico Transitório - AIT).

Em doentes que apresentam um diagnóstico de AVC/AIT, a Ressonância Magnética é utilizada em pelo menos 42% dos casos, no período de 3 dias após o diagnóstico. Nos doentes com diagnóstico de "dor nas costas" esta técnica é utilizada em 30% das situações, no período de 30 dias após o seu diagnóstico.

De acordo com Francisco Morgado, cardiologista e presidente da Associação Portuguesa de Arritmologia, Pacing e Electrofisiologia (APAPE), "estima-se que mais de 63 por cento dos doentes com um CDI terá de realizar uma ressonância magnética no prazo de 10 anos. Com este novo equipamento médico, indicado para doentes com perturbações do ritmo cardíaco, deixa de existir essa restrição".

Para além de ser o primeiro CDI aprovado para ressonância magnética em qualquer parte do corpo, este novo dispositivo cardíaco apresenta outras características inovadoras como uma longevidade superior (até 11 anos), quando comparado com os seus antecessores.

Este inovador dispositivo foi implantado pelas equipas de cardiologia do Centro Hospitalar do Porto (Hospital de Santo António) e Centro Hospitalar do Alto Ave (Hospital de Guimarães).

Uma arritmia é um problema relacionado com o ritmo cardíaco. Em Portugal, morrem todos os anos mais de 15 mil pessoas por arritmia cardíaca.

European Business Awards 2013/14
A Jaba Recordati, subsidiária portuguesa da farmacêutica Recordati, foi galardoada com o prémio europeu de melhor Empregador do...

A cerimónia de entrega dos European Business Awards decorreu em Atenas com o patrocínio da RSM, BP, comissário europeu do comércio e o ministério grego da economia para além da participação de líderes de negócios, académicos, media e representantes políticos de toda a Europa. O evento foi o culminar de uma competição que decorreu ao longo de um ano que iniciou com 17 mil empresas participantes e terminou com 100 menções honrosas para os dez finalistas de cada uma das 10 categorias a concurso.

Nelson Pires, director-geral da Jaba Recordati afirmou: “Estamos absolutamente encantados por termos sido escolhidos como o melhor da Europa na nossa categoria e um dos negócios top ten neste continente pelo European Business Awards. É o reconhecimento que vem premiar a dedicação e esforço de todos os nossos colaboradores e shareholders, bem como a aposta numa política diferenciadora e centrada no indivíduo. É também um galardão para Portugal sendo o programa do European Business Awards reconhecido largamente como uma das competições mais duras na Europa e presidida por um júri altamente qualificado de cerca de 130 elementos”.

Numa primeira fase, a Jaba Recordati foi eleita Campeã Nacional na categoria Empregador do Ano, fazendo assim parte da short list dos European Business Awards o que lhe permitiu representar Portugal na última fase de apuramento juntamente com empresas nacionais que se destacaram a nível nacional, noutras categorias.

Os European Business Awards são um reconhecimento internacional que vem premiar a inovação, excelência e sustentabilidade das melhores empresas europeias. Em 2013, mais de 95 mil pessoas votaram online nas suas empresas preferidas.

 

Sobre os European Business Awards 2013/14

Os European Business Awards reconhecem e premiam a excelência, as boas práticas e a inovação das mais bem-sucedidas e sustentáveis empresas na Europa. A competição serve três propósitos para a comunidade empresarial europeia. Fornece exemplos para a comunidade empresarial, celebra o sucesso individual e organizacional e fornece case studies para que todos possam aprender com estas organizações de sucesso.

O lema da competição é "Uma comunidade de negócios inovadora, forte e brilhante faz uma Europa bem-sucedida e próspera."

 

Sobre a Jaba Recordati

A Jaba Recordati actua em três áreas de negócio, produtos inovadores sujeitos a prescrição médica, genéricos e produtos de venda livre. A subsidiária portuguesa foi responsável em 2013 por um volume de negócios de 32,9 milhões de euros, correspondente a cerca de 4% da facturação global do grupo Recordati. A Jaba Recordati tem operações nos PALOP, nomeadamente Angola, Cabo Verde e Moçambique.

 

Ao ministro Paulo Macedo
A Federação Nacional dos Médicos, o Sindicato Independente dos Médicos e a Ordem dos Médicos vão solicitar uma reunião conjunta...

Os três organismos estiveram reunidos na Ordem dos Médicos para analisar “a grave e preocupante situação em que se encontram as instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.

A ser analisadas estiveram tanto as condições de trabalho dos médicos, como a qualidade dos serviços prestados aos cidadãos, ambas sob o ponto de vista da política que tem vindo a ser implementada pelo Ministério da Saúde, adiantaram.

Na sequência da reunião, os três organismos decidiram solicitar a Paulo Macedo uma reunião conjunta “com carácter de urgência”.

O objectivo é transmitir ao ministro da Saúde “a leitura que fazem do momento presente, bem como dar conta da exigência em ver corrigidas as gravosas medidas que objectivamente têm vindo a fragmentar e desqualificar a prestação de cuidados médicos do SNS”.

 

Lisboa
Várias organizações e associações de deficientes concentram-se hoje em frente ao Ministério da Solidariedade, Emprego e...

A concentração sob o tema “Governo e austeridade, inimigos da inclusão”, marcada para as 17:30, foi convocada pela Associação Portuguesa de Deficientes (APD) e pela Confederação Nacional dos Organismos de Deficientes (CNOD).

Sobre os motivos que levaram à marcação do protesto, o presidente da CNOD, José Reis, disse que se prendem com o agravamento das condições de vida das pessoas com deficiência.

“Os direitos das pessoas com deficiência estão em forte retrocesso”, no que toca às questões relacionadas com a educação, o emprego e a saúde devido às medidas de austeridades, adiantou José Reis.

O presidente da CNOD adiantou que as organizações têm vindo a denunciar várias situações que se passam nestas áreas mas nada tem sido resolvido.

“Como não podemos continuar calados perante as denúncias e pedidos de ajuda que recebemos todos os dias, achamos que é tempo de denunciar publicamente e exigir da parte de quem tem responsabilidades compromissos e respeito pelos deficientes, as suas famílias e organizações”, referem a APD e a CNOD em comunicado.

Para as organizações, “continua a verificar-se a ausência de uma estratégia que estabeleça compromissos com vista à resolução dos problemas das pessoas com deficiência de uma forma sistemática, estruturada e continuada”.

Sobre o número de pessoas esperadas na manifestação, José Reis lembrou que as pessoas com deficiência têm problemas que lhes dificultam a mobilidade.

“Estamos à espera de fazer uma representação condigna, que seja assinalável”, frisou o presidente da Confederação Nacional dos Organismos de Deficientes.

 

Consultórios virtuais
Os sites de consultas virtuais são um serviço que se está alargar em Portugal mas a falta de controlo sobre os mesmos está a...

Há várias especialidades que já oferecem, em Portugal, a possibilidade de se fazerem consultas pela internet. Os nutricionistas são os mais comuns mas também existem consultas virtuais com dietistas, psicólogos, psiquiatras, clínica geral e familiar, sexologia, etc.

No entanto, as consultas feitas através do computador não têm qualquer tipo de controlo, uma situação que está a preocupar as ordens profissionais, noticia o Sol. Estas alertam para a necessidade de se regulamentar esta prática pois não há garantias de que seja feita por profissionais legais, que cumpra as regras éticas e que assegure o sigilo das informações.

“O assunto preocupa-nos, pois temos muitas denúncias de sites que prestam serviços ilegais, em que os profissionais não estão registados sequer na Ordem”, afirmou Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas (ON), à mesma publicação.

No entanto, não é só a segurança que tem sido discutida relativamente às consultas virtuais. “Há vozes discordantes que defendem que a primeira consulta deve ser sempre presencial, para observação da pessoa”, contou a mesma responsável, sublinhando a necessidade de haver um debate, dentro da ON, para definir uma posição oficial.

 

Especialista diz
A pílula ajuda na prevenção de certos tipos de cancro, como o do ovário e do cólon, ao contrário de mitos que atribuem à...

O presidente da Sociedade Europeia de Contracepção, Johannes Bitzer, disse que os benefícios da contracepção hormonal oral vão além de evitar a gravidez, indicando como outras vantagens a prevenção do cancro do ovário, endométrio e cólon.

“Um dos mitos frequentes é de que a pílula pode levar a desenvolver cancro da mama. A contracepção hormonal não produz cancro. O que acontece é que quando ele existe, a pílula pode potenciá-lo”, disse Johannes Bitzer numa conferência de imprensa em Lisboa, onde pela primeira vez se realiza o Congresso Europeu da Contracepção.

Aliás, as recomendações entre os profissionais de saúde vão no sentido de que as doentes com cancro da mama não façam contracepção hormonal.

Quanto ao efeito preventivo em relação a outros tumores, Johannes Bitzer indicou que as estimativas apontam para que as mulheres que tomam a pílula tenham menos 40% de risco de desenvolver cancro do ovário.

Sobre outros mitos em torno da pílula, o especialista diz serem muito frequentes as afirmações ou crenças de que este anticoncepcional diminui a fertilidade.

“Isso não acontece e, na realidade, até pode haver um efeito contrário. A pílula pode, por exemplo, proteger no futuro contra gravidezes extra uterinas”, referiu Bitzer.

O aumento de peso e a diminuição do desejo sexual são outros mitos frequentes, mas sem qualquer evidência científica.

Sobre o futuro da contracepção, Johannes Bitzer indicou que estão a ser estudados métodos que não hormonais e que se dirigem a interromper o momento da fecundação.

Segundo explicou, o esperma e o óvulo precisam de proteínas para facilitar a sua reunião. O que está a ser estudado é a forma de produzir anti proteínas que bloqueiem a fecundação.

Ainda se desconhece se este método, que não deve estar disponível nos próximos dez anos, vai passar pela toma de comprimidos ou injecções e qual a duração do tratamento, mas Bitzer acredita que o futuro da contracepção vai passar por este anticoncepcional não hormonal.

 

Portuguesas que engravidam porque não têm dinheiro para a pílula

Há mulheres em Portugal que engravidam porque deixam de ter dinheiro para comprar a pílula e desconhecem que podem recebê-la gratuitamente nos centros de saúde, admitiu Teresa Bombas, que considera que o acesso aos métodos de contracepção em Portugal continua a estar garantido, indicando desconhecer casos de ruptura de stocks nas pílulas que deixem mulheres em contraceptivos por períodos prolongados.

Contudo, Teresa Bombas referiu que, nos últimos tempos, o acesso a contraceptivos pode não ser uniforme ao nível de todo o país. A responsável alertou ainda que há mulheres que deixaram de ter dinheiro para comprar a pílula e não sabem que a podem receber de forma gratuita nos centros de saúde.

São geralmente mulheres “fora do Serviço Nacional de Saúde”, que costumavam ser consultadas em serviços privados, e que não têm a correcta informação sobre a forma de aceder a anticoncepcionais.

Estes casos, que se verificam em mulheres de várias faixas etárias, ocorrem também em pessoas com nível de escolaridade ou de informação considerado aceitável ou bom.

Ao nível europeu, Teresa Bombas salientou que Portugal é “um dos países com legislação mais uniforme e mais aberta” e no qual “a acessibilidade aos métodos de contracepção está garantida”.

Segundo os dados mais recentes, cerca de 65% das mulheres portuguesas em idade fértil tomam a pílula.

 

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