Relatório da DGS
A taxa de mortalidade infantil (até um ano de idade) diminuiu em 2013, ao contrário do que tinha acontecido nos dois anos...

A taxa de mortalidade infantil foi inferior a 3 por mil nados-vivos (2,97), quando em 2012 tinha sido de 3,4 e, em 2011, de 3,1. Em Janeiro passado, o ministro da Saúde já tinha destacado a diminuição da taxa de mortalidade infantil verificada em 2013 na comissão parlamentar de Saúde, ainda com base em dados provisórios, para sublinhar que este indicador contraria a percepção que os portugueses têm da evolução dos cuidados de saúde.

O relatório da Direcção-Geral da Saúde (DGS) disponibiliza também dados precisos sobre a taxa de natalidade que, já se sabia, voltou a diminuir substancialmente em 2013, com menos 7054 nascimentos do que no ano anterior. Assim, enquanto em 2012 tinham morrido 306 crianças até um ano de idade num total de 90.035 nados-vivos, no ano passado morreram 247 para um total de 83.121 nascimentos.

O decréscimo da mortalidade infantil verificou-se em todas as regiões do país, à excepção do Norte (onde a taxa se manteve ao mesmo nível do ano anterior) e da Madeira, onde aumentou ligeiramente face a 2012.

 

No Porto
Um bebé de 18 meses morreu terça-feira de meningococcemia no Hospital de São João, no Porto, tendo a Administração Regional de...

Fonte do hospital confirmou que a criança morreu “há dois dias com meningococcemia”. Também a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte informou ter tido conhecimento da situação, uma vez que se trata de uma “doença de notificação obrigatória”.

Entretanto, e “como é prática habitual”, foi efectuado um “levantamento” que concluiu não haver “mais nenhum caso”.

A ARS Norte aguarda agora a comunicação do hospital, uma vez que ainda não tiveram "acesso à certidão de óbito" da criança que morava no Bairro do Aleixo, Porto.

Ambas as entidades remetem mais esclarecimentos para hoje [30 de Maio]. A meningococcemia é uma infecção generalizada, provocada pela bactéria Neisseria meningitidis, que é contagiosa e transmitida de pessoa para pessoa através de secreções respiratórias.

 

Estudo da Universidade do Porto e do Hospital de Santo António
Estudo da Universidade do Porto e do Hospital de Santo António avaliou eventuais alterações cognitivas resultantes da...

Vista de longe (e de fora), é uma tenda como qualquer outra, sem o oleado. Mas não é. Está, digamos, ligada às máquinas. Mais concretamente a um aparelho de hipóxia, que produz ar pobre em oxigénio. Dentro da tenda respira-se o ar que se respiraria na Serra da Estrela, ou a uma altitude daí para cima. Custa vários milhares de euros e é usada por atletas de alto rendimento para simular a estadia em alta montanha, durante o sono. Um deles é o ultramaratonista Carlos Sá, escreve o Jornal de Notícias Online.

Sabe-se que o organismo reage à redução dos níveis de oxigénio aumentando a quantidade de glóbulos vermelhos, o que melhora muito a capacidade de transporte de oxigénio do sangue. Este efeito oferece maior resistência ao atleta e prepara-o para estar em alta montanha como prepararia um estágio de vários dias em altitude. E também lhe proporciona um melhor desempenho em provas de resistência em modalidades como a natação, o ciclismo ou a corrida.

“Trata-se do equivalente legal de dois expedientes ilegais”, vulgo doping: “o uso de eritropoietina e as transfusões de sangue” esclarece o coordenador da investigação, Pedro Amorim. Ou seja, “democratiza-se a altitude”, pondo nas mesmas circunstâncias os atletas que vivem ao nível do mar e aqueles que vêm de países montanhosos, como a Etiópia e o Quénia.

Mas não se conhece a repercussão dessa redução do oxigénio no cérebro. “Sabemos que estes atletas têm uma frequência cardíaca de base muito baixa - o coração deles bate muito devagarinho porque tem uma grande capacidade muscular - e queremos saber se isso pode de certa maneira ter alguma influência sobre a chegada de sangue ao cérebro quando esse sangue leva menos oxigénio por estarem dentro da tenda”, explica Pedro Amorim.

Perceber se ocorrem reduções da oxigenação cerebral e, no caso afirmativo, se resultam em eventuais alterações cognitivas é o que propõe o estudo das “Repercussões cerebrais do treino em altitude simulada”, a cargo do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar e da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto e do Centro Hospitalar do Porto.

Ora, as noites monitorizadas em que participaram voluntários atletas e não-atletas revelaram alguns casos de redução preocupante da oxigenação do cérebro, ou seja, uma redução “abaixo dos valores que, na clínica, obrigam o médico a uma intervenção terapêutica para subir a oxigenação”, adianta o médico, chefe de serviço de Anestesiologia do Santo António, docente no ICBAS.

O potencial efeito prático dessa redução? “Alterações cognitivas como a diminuição da memória a curto prazo, défice de atenção” ou execução de tarefas, exemplifica a estudante de Medicina Francisca Beires.

Os voluntários começaram por adormecer com a concentração de oxigénio existente ao nível do mar. Passam depois para o ar respirado aos 2000 metros, equivalente ao da Serra da Estrela, e gradualmente escalam até aos 3200 metros, altitude simulada a que Carlos Sá usa o dispositivo. Mais do que isso, afectaria o efeito reparador do sono.

A investigação passa por monitorizar o sono dos voluntários, com mecanismos usados na “monitorização de doentes cujo cérebro está em risco de falta de oxigénio, como numa cirurgia das carótidas, por exemplo”, explica Pedro Amorim, também ele ultramaratonista.

Se o oxigénio no cérebro descer 20% abaixo do valor basal de cada indivíduo “é porque alguma situação grave aconteceu”. Foi o que se passou com cinco dos 12 voluntários, quatro dos quais atletas. “Só temos resultados muito preliminares, mas vimos que nalguns excedemos de facto esses 20%", além de que um dos participantes "evidenciou alterações cognitivas”.

“Podemos dizer desde já que há motivo para alguma preocupação e para investigação mais aprofundada”. O facto de a descida ser mais pronunciada nos atletas pode prender-se com o facto de terem uma frequência cardíaca mais baixa e, certamente devido a isso, também um débito cardíaco inferior. Mas importa perceber se a descida de oxigenação foi potenciada pela subida repentina ao ar dos 3200 metros numa só noite e se o uso gradual da hipóxia pode alterar estes resultados.

 

30 de Maio
O Dia Nacional de Prevenção do Cancro Cutâneo assinala-se hoje, numa altura em que o cancro de pele tem vindo a aumentar,...

Segundo os últimos números divulgados pela Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC), a incidência dos vários tipos de cancros da pele tem vindo a aumentar em todo o mundo, calculando-se que, em 2014, em Portugal, apareçam 11 mil novos casos, dos quais aproximadamente mil serão melanomas.

A associação alerta que as maratonas e outros desportos ao ar livre estão a contribuir para o aumento de casos de cancros de pele, apesar de os portugueses estarem a ter mais cuidados de protecção à exposição solar.

O melanoma é um dos tipos de cancro mais grave, sendo responsável por 80% das mortes por cancro cutâneo. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), morrem todos os meses cerca de 22 pessoas com melanoma avançado.

A associação deixa um conselho: “Se tem pele clara, se já sofreu queimaduras na infância e adolescência, se costuma passar muito tempo ao sol, se frequenta ou frequentou solários, se tem uma pele com muitos sinais, ou antecedentes na família com casos de cancro da pele, não ignore esta situação e faça o seu rastreio”.

Das mais de 1.200 pessoas rastreadas ao cancro da pele em 2013, metade assumiu já ter apanhado queimaduras solares, um terço admitiu não pôr sempre protector solar na praia e quase um quarto possuía sinais com risco de melanoma.

Inquéritos realizados em 2013 pela APCC revelaram que os profissionais de saúde e de educação estão pouco informados sobre o cancro da pele e sentem necessidade de ter mais conhecimentos sobre a doença.

 

Pneumologistas
A Sociedade Portuguesa de Pneumologia considera que o cigarro electrónico não deve ser utilizado enquanto não se conhecerem os...

Ana Figueiredo, coordenadora da Comissão de Tabagismo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), reagiu, desta forma, à proposta de um grupo de 50 especialistas em saúde de vários países, os quais consideram que a Organização Mundial de Saúde (OMS) deveria encorajar o uso do cigarro electrónico mais do que procurar reprimi-lo, para reduzir a hecatombe causada pelo tabaco.

Cinquenta especialistas em tabaco, cancro e dependências e profissionais da saúde de países ocidentais apelaram na quarta-feira [28 de Maio] à directora-geral da OMS, Margaret Chan, para que “liberte o potencial” dos cigarros electrónicos e produtos do tabaco sem combustão.

 

Na próxima semana
As concentrações de pólenes em todo o país, na próxima semana, devem atingir níveis moderados e elevados e muito elevados, em...

A Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) refere que, entre sexta-feira, 30 de Maio, e o dia 05 de Junho, em Trás-os-Montes e Alto Douro, os pólenes deverão estar em níveis moderados a muito elevados, com destaque para os pólenes de oliveira, carvalhos, gramíneas e erva parietária.

No Douro Litoral e região do Porto, assim como na Beira Litoral e região Centro, os pólenes estarão em níveis moderados a elevados.

Na Beira Interior, os pólenes deverão ter níveis muito elevados, com predomínio dos pólenes de gramíneas, oliveira e carvalhos.

Na Estremadura e região de Lisboa, os pólenes estarão em níveis muito elevados, com destaque para os pólenes das árvores oliveira e sobreiro e das ervas gramíneas e parietária.

No Alentejo, os pólenes deverão ter níveis muito elevados, com predomínio dos pólenes das árvores oliveira e sobreiro e das ervas gramíneas.

No Algarve, os pólenes encontram-se em níveis muito elevados, com destaque para os pólenes das árvores oliveira e sobreiro e das ervas gramíneas.

Nos Açores e região de Ponta Delgada, bem como na Madeira e região do Funchal, os pólenes estarão em níveis baixos a moderados.

Dia Mundial Sem Tabaco – 31 de Maio
A principal causa da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica é o tabaco. Para assinalar o Dia Mundial Sem Tabaco, que se assinala a...

A RESPIRA, Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC e Outras Doenças Respiratórias Crónicas, fundada em 2007, tem como um dos objectivos promover o conhecimento sobre a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC). Assim, para assinalar o Dia Mundial Sem Tabaco, a Associação desafia-o a fazer um teste para que perceba como é difícil o tão simples acto de respirar! É necessário apenas um minuto da sua atenção. Para isso apenas tem de arranjar uma palhinha e seguir as instruções:

A principal preocupação da Associação centra-se nas pessoas com doenças respiratórias crónicas, na melhoria das suas condições de vida e na promoção de hábitos saudáveis. Para tal, apoia e fomenta programas de promoção da saúde respiratória e prevenção do tabagismo, a principal causa de DPOC, uma doença de carácter progressivo, normalmente associada aos hábitos tabágicos, com índices de 20% de probabilidade dos fumadores contraírem esta doença. A DPOC afecta 44 milhões de pessoas na Europa e estima-se que seja a 3ª causa de morte em 2030.

A DPOC é uma doença respiratória crónica e progressiva que vai retirando gradualmente, a capacidade de respirar. A partir dos 40 anos, fumadores e ex-fumadores entram no grupo de risco desta doença, mas muitos ignoram os sintomas e permanecem sem diagnóstico. Caracterizada por falta de ar (dispneia), tosse e aumento da produção de expectoração, dificulta a realização de tarefas diárias banais como, por exemplo, conduzir ou subir escadas, fazer a cama ou fazer a higiene diária. Com a progressão da doença a falta de ar manifesta-se até durante os períodos de descanso. 

ONU denuncia
Em cada dois minutos e meio morre uma criança no mundo, devido aos problemas de saúde pública resultantes da falta de...

Jan Eliasson, sub-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) denuncia que devido aos problemas de saúde pública resultantes da falta de instalações sanitárias a cada dois minutos e meio morre uma criança no mundo.

A falta de sanitários, por vezes, não é percebida como um problema, mas tem “um impacto terrível na saúde”, acrescentou Eliasson, ao falar durante o lançamento na sede da ONU de uma campanha sanitária para que a generalização deste tipo de instalações e do seu uso. Actualmente, mil milhões de pessoas, equivalentes a 15% da população mundial, são obrigadas a fazer as suas necessidades ao ar livre. Se esta prática fosse eliminada, as mortes por diarreia de crianças com menos de cinco anos diminuiriam 36%, realçou Eliasson.

As mortes, as doenças e a perda de produção estão calculados em 260 mil milhões de dólares (191 mil milhões de euros) por ano.

“Por isso, agora é o momento para falar de forma aberta sobre o problema sobre a defecação ao ar livre e conseguir que este problema termine”, acrescentou o responsável da ONU, ao explicar que a campanha sanitária pretende “romper o silêncio” e o “embaraço” que ainda existe sobre este assunto.

Se bem que a defecação ao ar livre possa parecer algo sem importância, é uma questão muito importante, uma vez que a sua eliminação, através de um “projecto concreto e específico”, pode fazer diminuir a mortalidade infantil e de jovens, melhorar a saúde em geral, a educação e a produtividade, insistiu Eliasson.

Um dos aspectos chave da campanha, que foi lançada hoje, é o de “romper o silêncio” que ainda existe sobre o assunto e sensibilizar os líderes comunitários e políticos “a nível local” para que conheçam o problema e fiquem conscientes das suas consequências e da necessidade de o eliminar.

 

Pela prevenção das doenças da tiroide
Em plena Semana Internacional da Tiroide, muitas foram as pessoas que passaram pela Praça da Figueira, em Lisboa, para rastrear...

“As doenças associadas à Tiroide são cada vez mais frequentes, mas podem ser prevenidas ou facilmente tratadas quando diagnosticadas atempadamente. É o caso do hipotiroidismo, em que há uma diminuição da função desta glândula”, refere Luis Raposo, coordenador do Grupo de Estudo da Tiroide (GET) da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM), reforçando a importância de alertar e informar sobre as diferentes patologias da tiroide, que podem ser a causa do mau funcionamento de vários órgãos e sistemas, nomeadamente a nível cardiovascular e sistema reprodutor.

Nas crianças, os problemas da tiroide afectam o seu desenvolvimento físico e mental, provocando dificuldades de aprendizagem e mau desempenho escolar.

Este ano, na Semana Internacional da Tiroide, que decorre de 25 a 30 de Maio, chama-se a atenção para cinco motivos pelos quais a população deve estar atenta às doenças da tiroide: Deficiência de Iodo; Ansiedade e Depressão, Infertilidade, Doença Auto-imune e Cancro da Tiroide.

O tema da campanha pretende alertar para as várias doenças que podem ser provocadas pelo mau funcionamento da tiroide e combater o desconhecimento ainda existente sobre uma doença que atinge mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. Em Portugal, as doenças da tiroide já afectam mais de um milhão de pessoas.

As doenças da tiroide atingem maioritariamente as mulheres (8 vezes mais mulheres do que homens), grávidas e crianças. As mais comuns são as de natureza imunológica. O funcionamento deficiente do sistema imunitário leva, frequentemente, a que este ataque a tiroide, com consequências para o normal funcionamento desta glândula e que se podem traduzir por hipotiroidismo ou hipertiroidismo, situações em que a tiroide produz quantidades insuficientes ou excessivas de hormonas tiroideias, respectivamente.

Uma pessoa com hipotiroidismo, por exemplo, pode sofrer de depressão, irritabilidade, ritmo cardíaco mais lento e aumento de peso. O tratamento é bastante simples, mas nem sempre a pessoa identifica facilmente os sintomas a uma doença da tiroide.

O mau funcionamento da tiroide pode ainda ser responsável por situações de infertilidade, tanto em mulheres como em homens, uma vez que as hormonas produzidas por esta glândula, localizada no pescoço, interagem continuamente com outras hormonas, principalmente hormonas sexuais.

Já o iodo é fundamental para a normal produção das hormonas tiroideias, desempenhando um papel importante no desenvolvimento fetal e infantil e na vida adulta. Uma deficiência deste elemento químico natural é, assim, prejudicial à saúde em todas as idades.

O cancro da tiroide não é tão frequente como outros tipos de cancro, além de ter cura na maior parte dos casos. Nos 27 países da União Europeia, e de acordo com o Observatório Europeu do Cancro (ECO), foi observada em 2012 uma taxa de incidência anual de 6,5 em cada 100 mil indivíduos e uma taxa de mortalidade de 0,4%. Portugal apresenta em relação à média europeia uma menor taxa de incidência (4,4). A taxa de incidência é cerca de 3 vezes maior no sexo feminino (6,4 versus 2,2).

Por tudo isto, na Semana Internacional da Tiroide, estão a decorrer várias acções de sensibilização e informação em todo o país.

 

Rastreios gratuitos à Tiroide em vários pontos do país.

No âmbito da Semana Internacional da Tiroide, os profissionais de saúde presentes têm transmitido mensagens-chave sobre a doença e a importância de vigiar a tiroide.

 

29 de Maio | Amadora

18h00 – Auditório do Hospital da Luz - Centro Clínico da Amadora | Sessões de esclarecimento abertas ao público.

 

31 de Maio | Oeiras

11h00 – Auditório do Hospital da Luz – Clínica de Oeiras | Sessões de esclarecimento abertas ao público

As acções de sensibilização da Semana Internacional da Tiroide resultam de uma organização conjunta entre o Grupo de Estudo da Tiroide (GET) da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM), da Associação de Doenças da Tiroide (ADTI), da Federação Internacional da Tiroide, da Merck Serono e de outras entidades.

Acompanhe as iniciativas da Semana Internacional da Tiroide em www.facebook.com/doencastiroide

31 de Maio - Dia Mundial Sem Tabaco
O tabaco durante a gravidez pode afectar a qualidade e quantidade dos espermatozóides e causar uma baixa reserva ovárica no...

A organização Mundial de Saúde celebra dia 31 de Maio, o Dia Mundial Sem Tabaco com o objectivo de consciencializar sobre os prejuízos do tabaco para a saúde.

O IVI Lisboa mostra através de estudos publicados que fumar durante a gravidez prejudica gravemente a saúde do bebé e pode chegar a causar infertilidade na sua etapa adulta. Esta é uma das principais conclusões, do estudo “The impact of cigarette smoking on the health of descendants” publicado no Expert Review of Obstetrics & Gynecology, entre outros, pelo director do IVI Lisboa, Sérgio Soares.

O artigo aborda o impacto dos pais que fumam na saúde dos filhos e mostra que a exposição pré-natal ao tabaco está associada a um aumento da incidência de má formação no feto, obesidade, hiperactividade e transtornos de comportamento.  

A mãe fumadora durante a gravidez influi negativamente na saúde dos filhos a longo prazo, “e pode provocar no caso dos rapazes a redução da concentração do esperma de 20-48% em comparação com os não expostos, e uma reserva limitada de ovócitos e sub-fecundidade no caso das raparigas”, explica Sérgio Soares.

O pai fumador, mesmo somente no período pré-concepcional, contribui para uma maior incidência de cancro na descendência. “Acredita-se que tal facto se deva a que as mutações do esperma possam ser transmitidas ao feto de modo permanente, passando a fazer parte da composição genética da futura geração. Portanto, as consequências do hábito de fumar estendem-se além do fumador, aos seus descendentes não fumadores e de modo grave”, esclarece o director do IVI Lisboa, que enfatiza a necessidade de se fazerem mais estudos nesta área.

O IVI Lisboa relembra às mulheres grávidas e aos casais em idade reprodutiva que o tabagismo tem consequências para a descendência que vão além dos efeitos a curto prazo da deterioração da função da placenta.

 

Impacto do tabaco na fertilidade do casal

Segundo dados do grupo IVI, o consumo de tabaco, tanto no homem como na mulher, pode causar problemas de fertilidade. No caso das mulheres aumenta 60% o risco de infertilidade e as que recorrerem a tratamentos de procriação medicamente assistida diminuem 50% a sua probabilidade de gravidez. Segundo Sérgio Soares, director do IVI Lisboa, “o tabagismo reduz a probabilidade de sucesso na transferência de embriões de óptima qualidade, mesmo quando se trata de ovócitos doados por dadoras não fumadoras”.

As fumadoras passivas também têm pior rendimento reprodutivo, ainda que com menor expressão.  “Se pretende engravidar, o casal deve deixar de fumar. Hábitos como praticar exercício, fazer caminhadas, evitar o álcool e café substituem e ajudem a controlar a ansiedade da abstinência. Também é bom que o casal se apoie e defina estratégias conjuntas para superar o desafio de deixar de fumar. Esta cumplicidade é benéfica e necessária quando se pretende iniciar a caminhada de fazer crescer a família”, aconselha Sérgio Soares.

 

Clínica IVI Lisboa

O IVI Lisboa, especializado em procriação medicamente assistida (PMA), integrada no Grupo IVI, está em Portugal desde 2006. O IVI Lisboa conta com uma equipa de 41 colaboradores entre os quais diversos profissionais de saúde (ginecologia, embriologia, andrologia) especializados em PMA.

O IVI nasceu em 1990, em Espanha, como a primeira clínica médica especializada integralmente na Reprodução Humana. Actualmente, conta com 25 clínicas em 7 países, e é uma clínica de referência no sector.

REALfund:
Enquanto líder de mercado global, a Linde Healthcare dedica-se à investigação e a desenvolvimentos inovadores. O REALfund apoia...

Com o REALfund, a Linde Healthcare, uma unidade de negócio do Grupo Linde, convida qualquer pessoa que trabalhe na área das doenças respiratórias e co-morbilidades associadas a submeter a sua ideia e candidatar-se a financiamento para o seu trabalho de investigação. Quer sejam investigadores académicos, médicos, enfermeiros, técnicos, designers industriais ou pessoas activas numa associação de doentes, todos os projectos com potencial para desenvolverem melhores soluções respiratórias são bem-vindos. Desde os cuidados continuados dos hospitais até aos cuidados domiciliários – o REALfund incentiva ideias que melhorem, quer a qualidade de vida do doente respiratório crónico, quer os cuidados que lhe são prestados, ajudam as equipas, médica e de outros profissionais de saúde. São também aceites ideias que contribuam para aliviar a pressão existente nas estruturas de saúde ou optimizem a economia de saúde. Projectos relevantes poderão receber até 75 mil Euros, dependendo da sua complexidade. Para que seja considerada no próximo período de investimento, as aplicações podem ser submetidas até 30 de Junho de 2014. A decisão da atribuição do fundo será feita mediante revisão do processo que envolve médicos e especialistas científicos. Os bolseiros serão anunciados a 8 de Setembro em Munique, Alemanha.

Christian Wojczewski, responsável da Linde Healthcare, afirma: “Para nós, a interacção com as comunidades médicas e sociedades científicas é extremamente importante de forma a tornar reais as ideias brilhantes. O nosso REALfund apoia investigadores a transformar as suas ideias em práticas diárias para benefício dos profissionais de saúde e doentes.”

Maria João Vitorino, Homecare Business Manager da Linde Healthcare Portugal afirma que “esta aposta em projectos e acções inovadoras, que aproximem os especialistas, técnicos e sociedades dos doentes, através de novas formas de actuação torna-se muito relevante para o desenvolvimento de Portugal, apresentando assim uma maior aposta na inovação no nosso país”.

Como os sistemas de saúde são confrontados com uma pressão de custos muito grande, a inovação na área da saúde torna-se cada vez mais importante. O REALfund mostra o compromisso da Linde Healthcare em melhorar os padrões de cuidados e continua com a sua história de cooperação da companhia com os investigadores dos hospitais e universidades no mundo.

 

Sobre a Linde Healthcare

A Linde Healthcare é líder de mercado mundial nos cuidados respiratórios domiciliários. A Linde Healthcare combina gases farmacêuticos, dispositivos médicos, serviços e cuidado clínico em soluções com propósito para os doentes e profissionais de saúde durante os cuidados continuados nos hospitais e domiciliários. A empresa está presente em mais de 60 países e gerou receitas de 2.961 mil milhões de Euros em 2012. Os seus produtos e serviços englobam uma grande variedade de serviços produto-orientados tais como o abastecimento de terapias de gás, terapias do sono e de dores e serviços centrados no doente. Reconhecida pela sua experiência nos cuidados respiratórios domiciliários, as nossas competências ao nível dos cuidados domiciliários cobrem o espectro dos serviços focados nas necessidades dos doentes. A Linde Healthcare colabora com investigadores em hospitais e universidades e também com uma rede global de médicos e técnicos que trabalham para a excelência dos cuidados médicos.

 

Sobre o Grupo Linde

O Grupo Linde é líder mundial em gases e engenharia com 63.000 trabalhadores em mais de 100 países. No ano financeiro de 2012, o Grupo alcançou vendas no valor de 15.280 mil milhões de Euros. A estratégia do Grupo Linde é direccionada para um crescimento sustentável focando-se na expansão do seu negócio internacional com produtos e serviços inovadores e orientados para o futuro. A Linde actua de forma responsável para com os seus accionistas, parceiros de negócios, colaboradores, a sociedade e o meio ambiente – em todas as áreas, regiões e locais do globo onde opera. A Linde está empenhada em tecnologias, produtos e serviços que aliem o valor para o cliente ao desenvolvimento sustentável.

 

Estudo
Investigadores da Universidade de Aveiro submeteram ratos, durante 54 semanas, a exercício físico em tapete rolante para...

Um grupo de investigadores da unidade de investigação Química Orgânica, Produtos Naturais e Agroalimentares (QOPNA) da Universidade de Aveiro (UA) tenta perceber como o estilo de vida activo regula a função cardíaca, através de uma abordagem inovadora: a proteómica. Recorrendo a modelos animais, o grupo concluiu que, com o exercício físico, os níveis de algumas enzimas aumentam nas mitocôndrias do coração, tendo um efeito cardioprotector.

Utilizando um modelo animal de rato submetido a um programa de exercício físico moderado em tapete rolante, durante 54 semanas (o protocolo mais longo já estudado em modelos animais), Francisco Amado, Rita Ferreira, Rui Vitorino, António Barros e Ana Padrão, investigadores do grupo de espectrometria de massa do QOPNA, analisaram mitocôndrias isoladas do coração com recurso à proteómica.

“Os resultados obtidos demonstraram que o exercício físico moderado realizado ao longo da vida tem efeitos benéficos pelo aumento dos níveis de enzimas específicas, com resultados positivos na actividade mitocondrial cardíaca. A activação destes processos biológicos parece estar associada ao efeito terapêutico do exercício físico na prevenção e tratamento de doença”, explicou Rita Ferreira.

Entre as enzimas identificadas e validadas, utilizando diferentes técnicas, como determinantes do efeito cardioprotector, estão a RAF e a p38.

Na sequência desse estudo, ratinhos com cancro estão também a ser submetidos a um programa de exercício físico em tapete rolante, para verificar se os mecanismos moleculares recentemente identificados intervêm com benefícios para a função cardíaca.

“Pretendemos ver se, após o diagnóstico, a prática de exercício físico melhora a função cardíaca e se os mesmos mecanismos moleculares influenciam a função cardíaca no doente”, acrescentou a investigadora.

O trabalho de investigação pressupõe a análise de proteínas utilizando técnicas de espetrometria de massa (proteómica) e está a ser realizado com a colaboração técnica do Instituto CRG - Barcelona, na análise de proteínas, e da Universidade do Porto e da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), na avaliação hemodinâmica e na implementação do modelo animal.

O estudo foi já capa da revista científica Journal of Proteome Research e destacado em páginas de difusão científica como ScienceDaily, MedicalXPress e ScienceNews.

 

Estudo
A heroína é cada vez mais a droga de eleição entre os jovens dos subúrbios norte-americanos, onde uma epidemia de prescrição de...

“A nova face da heroína nos Estados Unidos” é o nome do estudo divulgado que tenta seguir o percurso da heroína nos últimos 50 anos através das respostas de 2.800 utentes de centros de tratamento de drogas. O estudo revela que em média é aos 23 anos que os consumidores começam a usar heroína, sendo que mais de 90% dos que decidiram experimentar, na década passada, eram brancos.

Já nas décadas de 1960 e 1970, a maioria dos consumidores (80%) era afro-americano, vivia nas cidades do interior e tinha começado a consumir aos 16 anos.

“A maioria das pessoas que agora usa heroína começou com analgésicos, tais como OxyContin, Percocet ou Vicodin, e só muda para a heroína quando os seus hábitos de prescrição de medicamentos fica muito caro”, disse o principal autor do estudo, Theodore Cícero, investigador da Universidade de Washington.

De acordo com os especialistas, o custo das diferentes drogas continua a ter grande influência na escolha da substância, mesmo entre os consumidores de classes sociais mais elevadas.

Cerca de 467 mil pessoas que frequentavam os Centros de Controle e Prevenção de Doenças admitiu ter usado heroína em 2012, sendo que o número de consumidores mais do que duplicou desde 2007, assim como as mortes por overdose de heroína estão a aumentar: anualmente, morrem cerca três mil pessoas de overdose de heroína e mais de 16 mil morrem de analgésicos.

A AFP conta a história de uma rapariga de classe média alta que ilustra esta nova realidade norte-americana: Anna Richter frequentava um colégio e vivia num bairro junto a um campo de golfe em Centreville, Virgínia, quando aos 15 anos começou a experimentar analgésicos. Uns anos mais tarde snifou heroína e aos 20 anos abandonou a faculdade e começou a roubar dinheiro aos pais para poder manter o vício de se injectar diariamente.

 

Especialistas defendem
A Organização Mundial de Saúde deveria encorajar o uso do cigarro electrónico mais do que procurar reprimi-lo, para reduzir a...

Cerca de 50 especialistas em tabaco, cancro e dependências e profissionais da saúde de países ocidentais apelaram à directora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, para que “liberte o potencial” dos cigarros electrónicos e produtos do tabaco sem combustão.

“O potencial destes produtos (...) para reduzir o fardo das doenças devidas ao tabagismo é muito grande, e estes produtos poderiam estar entre as inovações mais importantes do século XXI em matéria de saúde”, sublinham.

O desejo de “controlar e suprimir [os cigarros electrónicos], enquanto produtos tabágicos, deveria ser travado e a OMS deveria defender a regulamentação do seu uso, concebida para libertar o seu potencial”, defenderam os membros deste grupo, “preocupados” com a sua equiparação ao tabaco e que faria “mais mal que bem”.

Estes profissionais, entre os quais o oncologista e ex-ministro da Saúde italiano Umberto Veronesi ou o ex-director francês do Fundo Mundial Contra a Sida Michel Kazatchkine, classificam como “contra-produtivo interditar a publicidade para os cigarros electrónicos e as outras alternativas ao tabagismo com baixo risco”.

Ainda segundo o texto, “a interdição da publicidade ao tabaco assenta nos malefícios do tabaco, mas nenhum argumento deste tipo pode ser aplicado, por exemplo aos cigarros electrónicos, que são muito mais susceptíveis de reduzir os malefícios” do tabaco.

“As pessoas fumam pela nicotina, mas morrem pelo fumo”, sublinham os autores da carta, porque “a grande maioria das mortes e doenças atribuíveis ao tabaco provêm da inalação de partículas de alcatrão e gases tóxicos nos pulmões”.

Os cigarros electrónicos e outros produtos do tabaco não fumado apresentam um “risco fraco” e “podem tornar-se alternativas viáveis ao tabagismo no futuro”.

Cerca de 1,3 milhões de pessoas fumam actualmente e a OMS prevê que o tabaco vai causar, no século XXI, até mil milhões de mortos “prematuros e evitáveis”.

A OMS tem uma visão conservadora sobre o cigarro electrónico. A sua inocuidade e eficácia para terminar com a dependência não estão demonstradas e a sua utilização “é vivamente desaconselhada”, indica uma ficha da OMS datada de Julho de 2013.

 

Falta de dinheiro para vacinar cães
O director da Organização Internacional da Saúde Animal, Bernard Vallat, alerta para um assassino invisível - o vírus causador...

A limpeza da ferida e a imunização logo nas primeiras horas após o contacto com o animal suspeito de estar infectado podem impedir que a pessoa contraia a doença e morra. Todos os anos, mais de 15 milhões de pessoas no mundo são tratadas após suposta exposição ao vírus e calcula-se que 327 mil mortes sejam evitadas dessa forma.

Segundo as estimativas mais recentes, a raiva mata cerca de 55 mil pessoas por ano. Cerca de 40% das vítimas têm menos de 15 anos de idade.

Os custos da vacinação preventiva continuam relativamente altos e isso significa que a doença continua presente, por exemplo, em regiões pobres da Ásia.

Os especialistas acreditam que muitos casos acabam por não ser contabilizados.

Numa palestra durante o congresso anual da Organização Internacional da Saúde Animal (OIE) em Paris, Vallat afirmou que investimentos internacionais para a erradicação da doença são escassos.

“Mesmo quando mostramos que o custo de vacinar os cães representa 10% do custo de tratar pessoas mordidas, não somos capazes de convencer os dadores”.

 

Especialistas divididos
A hipótese de dar contraceptivo às raparigas logo que têm a primeira menstruação divide especialistas. Há quem defenda esta...

Num cenário de cor e de festa, várias raparigas entram na casa de banho acompanhadas de confettis. Entre saltos e gargalhadas, lançam os papelinhos sobre a amiga a quem acabou de aparecer a primeira menstruação. A imagem faz parte de um anúncio de há alguns anos a uma marca de pensos higiénicos, que tentou passar a ideia da naturalidade do momento. É com essa mesma normalidade que alguns especialistas internacionais defendem que os métodos contraceptivos devem ser introduzidos na vida das adolescentes, precisamente quando surge o primeiro período – para evitar o número de gravidezes indesejadas entre jovens.

Porém, especialistas portugueses consideram a ideia demasiado radical e defendem que, em Portugal, a existência do Serviço Nacional de Saúde aliada à educação sexual permitem que a escolha do contraceptivo seja feita de forma mais personalizada e na altura certa.

Para o ginecologista Christian Fiala, da Sociedade Austríaca de Planeamento Familiar, uma gravidez indesejada numa adolescente “é sempre mais errada do que proporcionar métodos contraceptivos antes das relações sexuais acontecerem”.

Em termos de dados portugueses, o estudo Health Behaviour in School-aged Children, conduzido por Margarida Gaspar de Matos junto de uma amostra de alunos do 8.º e 10.º ano, indica que mais de 80% dos inquiridos disseram nunca ter tido relações sexuais. Entre os que tiveram, 80% afirmaram que começaram com 14 ou mais anos, com 9% dos rapazes a referir que foi com menos de 11 anos, contra 2% nas raparigas. O preservativo esteve presente em quase todas as relações, com a pílula a reunir 37% das escolhas das raparigas.

Em relação aos motivos para começar a vida sexual, metade dos adolescentes responderam que queriam experimentar, 47% que estavam muito apaixonados, 28% que já namoravam há muito tempo, 18% admitiram que foi por acaso e 13% para que o parceiro não ficasse zangado. O mesmo trabalho mostrou, ainda, que os adolescentes que tiveram educação sexual até iniciaram a vida sexual tarde e são os que têm menos relações sexuais desprotegidas.

É precisamente no método a escolher que a presidente da Sociedade Portuguesa da Contracepção, Teresa Bombas, coloca a tónica, pois a toma não correcta compromete os resultados. Em mais de metade das gravidezes não planeadas as mulheres utilizavam algum tipo de contraceptivo. “Se vamos dar a pílula a uma rapariga, o que implica uma lembrança diária, e esta se esquecer então vamos estar a ser contraproducentes. Em termos de contracepção, a idade não é um marco mas sim a necessidade”, explica a médica, que lembra que a realidade de países nórdicos difere da portuguesa, onde o acesso gratuito a vários métodos contraceptivos tem permitido que a utilização seja proporcionalmente mais elevada em Portugal.

 

Em 2013
Os portugueses consumiram em 2013 quase três milhões de unidades de omeprazol, um medicamento para o tratamento da úlcera...

Dados da Consultora IMS Health, a que a Lusa teve acesso, revelam que no ano passado foram consumidas 2973591 unidades de omeprazol, no valor de 13,44 milhões de euros.

Nos últimos anos tem-se assistido a um crescimento acentuado do consumo deste fármaco, de tal forma que, em 2008, a autoridade que regula o sector (Infarmed) decidiu investigar o seu “consumo excessivo”.

Apesar deste aumento - o crescimento abrandou em 2010 - o valor gasto na compra destes fármacos baixou significativamente, passando de 77153835 euros por 2407520 unidades, em 2007, para 13447694 euros por 2973591 unidades, em 2013.

A diminuição do preço, associado a um desconhecimento sobre as verdadeiras indicações deste fármaco, bem como os riscos que podem resultar de uma toma prolongada, são razões apontadas por gastrenterologista Hermano Gouveia para o aumento deste consumo.

Este dirigente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG) disse que a organização está atenta a este fenómeno e que há algum tempo estuda o seu impacto na saúde, sempre que a toma não tem justificação clínica.

“É um medicamento seguro, mas que está a ser sobreutilizado”, disse, afirmando que há quem o use como protector gástrico quando estão a tomar outros fármacos, mas sem necessidade, pois nem todos os medicamentos são lesivos para a mucosa do estômago.

Além disso, acrescentou, o facto de este fármaco ser um protector gástrico não significa que seja esta a sua indicação médica e muito menos como minimizador de efeitos associados a indisposições gástricas.

Um estudo recentemente publicado na revista científica da Associação de Médicos Americanos atribuiu à ingestão prolongada deste fármaco e de outros semelhantes uma carência da vitamina B12.

A investigação refere que as pessoas que tomaram diariamente um medicamento do grupo do omeprazol durante dois ou mais anos tinham 65% de probabilidades de ter níveis baixos de vitamina B12, que tem um papel importante na formação de novas células, do que os que não ingeriram o fármaco.

Confrontado com este estudo, o Infarmed indicou que “a possibilidade de redução da absorção da vitamina B12 em terapêuticas a longo prazo com omeprazol foi já identificada há vários anos, especificamente actualizada na informação do medicamento desde procedimento de arbitragem a nível europeu em 2010”.

“O omeprazol, como todos os medicamentos bloqueadores de ácido, pode reduzir a absorção de vitamina B12 (cianocobalamina) devido a hipo- ou acloridria. Isto deve ser considerado em doentes com reservas orgânicas reduzidas ou factores de risco para a absorção reduzida da vitamina B12 na terapêutica a longo prazo”, lê-se na informação de um destes fármacos.

Além desta carência vitamínica, Hermano Gouveia refere outros riscos da toma prolongada de omeprazol, como a osteoporose ou o retardamento de diagnósticos graves, por estes estarem “disfarçados” com o efeito do fármaco.

O especialista alerta ainda para o risco acrescido de infecções e, logo, maior incidência de sintomas como diarreias.

Para Hermano Gouveia, o medicamento pode e deve ser utilizado, mas desde que prescrito por médico após avaliação clínica e nunca por iniciativa da pessoa.

A este propósito, lembrou que, apesar de o omeprazol ser um medicamento de receita médica obrigatória, pode ser adquirido sem necessidade de prescrição em doses mais baixas, o que não diminui o risco.

 

Apesar da abertura de vagas
Governo abriu ontem 250 vagas para recém-especialistas e anunciou a chegada de mais 52 médicos cubanos. Mas défice de clínicos...

O Ministério da Saúde abriu ontem 250 vagas, 100 das quais na região de Lisboa e Vale do Tejo, para os médicos que terminaram em Abril o internato de Medicina Geral e Familiar. A tutela anunciou ainda que em breve os centros de saúde serão reforçados com 52 médicos cubanos.

Rui Nogueira, vice-presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, considerou positivas ambas as decisões, mas admite que não chega para tapar o buraco dos médicos que se estão a reformar. Só nos primeiros dois meses do ano reformaram-se 100 médicos e o desequilíbrio entre entradas e saídas deverá manter-se nos próximos dois anos. O especialista estima que o défice ronda 900 clínicos. Há médicos que pediram a reforma em 2012 e só agora estão a ver os pedidos desbloqueados, diz. “É sempre positivo entrarem médicos mas vão continuar a sair e ainda vamos manter o défice”, disse, admitindo que não bastaria a tutela abrir mais vagas pois não há médicos para concorrer.

Só em 2016 deverá passar a haver uma reposição de clínicos. Por agora, e sem concretização de medidas já anunciadas pela tutela como os médicos verem mais utentes ou deslocarem-se a diferentes centros de saúde em zonas menos povoadas, parece difícil ser cumprida a intenção de Paulo Macedo de garantir médico de família a todos os utentes até ao fim da legislatura.

Apesar de várias iniciativas como a actualização de lista de utentes e a transição de 732 médicos para as 40 horas, com listas de utentes maiores, no final de 2013 continuava a haver 1,1 milhão de portugueses sem médico, menos 500 mil do que em 2011 mas ainda 11,6% dos utentes. "Há cerca de 2000 internos em formação e todos os anos têm entrado mais 400. Este ano os finalistas no global deverão totalizar ainda 300", disse Nogueira, defendendo que seria benéfico agilizar o recrutamento dos recém-formados.

O facto de as admissões dependerem de despacho da tutela e autorização das Finanças é a razão da demora, mesmo que determine que os concursos devem ser simplificados. “Terminaram em Abril, pelo que o despacho com as vagas em zonas carenciadas que permite os concursos poderia ter aberto logo no início de Maio, da mesma forma do que os que terminarão em Outubro deveriam ter vagas logo em Novembro”. Entre a abertura de concursos e entrevistas devem passar mais três a quatro meses. “Só deverão começar a 1 de Outubro”.

Ontem a tutela admitiu que as 250 vagas para médicos deverão permitir alargar o acesso a mais de 300 mil utentes. Rui Nogueira está menos optimista: por um lado, só há 187 candidatos (os finalistas da primeira fase de 2014) e algumas vagas ficarão por preencher. Por outro, as aposentações impedem a soma directa.

A ACSS lembrou também que a 11 de Abril foram abertas outras 200 vagas para médicos de família a que puderam concorrer clínicos sem vínculo ao SNS. Até porque as regras acabaram por mudar e não existem muitos especialistas fora do sistema. Nogueira acredita que terão concorrido sobretudo médicos à procura uma oportunidade de mobilidade. “Mesmo que garantam resposta num novo centro de saúde até mais carenciado, ficarão lugares por preencher nos seus centros de saúde”. Este ano, o contingente cubanos foi seleccionado antes da vinda para Portugal numa colaboração entre ministério e Ordem dos Médicos, pelo que a sua colocação deverá ser mais rápida, segundo a tutela dentro de um a dois meses.

Estudo
Sintomas errados e tratamentos sem nexo são alguns dos erros detectados por uma equipa de cientistas que analisaram inúmeras...

De acordo com o trabalho publicado no The Journal of the American Osteopathic Association, em caso de doença, os doentes devem consultar o seu médico de família e não a enciclopédia online.

Os investigadores liderados por Robert Hasty, investigador na Wallace School of Osteopathic Medicine na Carolina do Norte, analisaram as entradas referentes às 10 doenças mais dispendiosas nos EUA, como o cancro do pulmão, doenças cardíacas, depressão e diabetes e, de seguida, compararam as entradas com as referências científicas de cada uma.

A conclusão a que chegaram não podia ser mais preocupante: Nove em cada 10 entradas na Wikipedia sobre estes temas contêm erros.

“Embora a Wikipedia seja uma ferramenta interessante ao nível da realização de pesquisas, no que à saúde pública diz respeito, os doentes não devem usá-la como principal recurso uma vez que esses artigos não passam pelo mesmo processo de revisão científica que passam os artigos publicados em jornais médicos”, salienta Robert Hasty.

A equipa adverte que estes resultados são ainda mais preocupantes se for tido em conta que 47% a 70% dos médicos e alunos de Medicina admitem usar esta fonte de informação como referência.

Face a estas conclusões, Robert Hasty não tem dúvidas: “A melhor fonte de informação para o doente é o seu médico”.

 

Estudo junto da população revela:
Estudo revela que 66% dos inquiridos conhecem os sintomas da doença e 57% o impacto negativo da doença na qualidade de vida. As...

Sete em cada dez indivíduos afirmam “já ter ouvido falar” da Zona, mas revelam grande desconhecimento em relação à doença. Mais concretamente, 75% não sabem que estão em risco de vir a desenvolver a doença, cerca de 6 em cada 10 desconhecem que a Zona é causada pela reactivação do vírus da varicela e 80% não sabem que a Zona pode ser prevenida. Estes são os principais resultados do inquérito “Zona e sua prevenção – O que sabem os Portugueses”, promovido pela Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) e pela Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), que teve como objectivo perceber o grau de conhecimento dos portugueses em relação à doença Zona.

O inquérito revela ainda que apenas 11% sabem que 1 em cada 4 pessoas irá desenvolver Zona ao longo da vida e 79% não sabem que o risco de um episódio de Zona mais do que duplica a partir dos 50 anos. No que respeita ao impacto que a Zona poderá ter na vida de uma pessoa, 43% desconhecem que a Zona pode provocar dor intensa com profundo impacto em termos de qualidade de vida.

Quando questionados sobre as causas da doença, 45% afirmam não saber as razões que dão origem à Zona, ainda assim 37% conseguem associar a reactivação do vírus da Varicela como causa da doença e 35% associam a dor crónica (durante meses ou anos) na área afectada, como a principal complicação da Zona.

Mais de metade não sabe como se trata a doença e o médico de família é o especialista de eleição a quem recorreriam num caso de suspeita de Zona.

Outro dado interessante prende-se com o facto de cerca de metade conhecer pessoas que já tiveram a doença.

Oito em cada dez dos inquiridos não sabem que a Zona pode ser prevenida e apenas 10% referem a existência de uma vacina como forma de prevenção. Quando questionados sobre o interesse em se vacinar, apenas 3% dos inquiridos afirmam não ter interesse na vacinação e 65% gostariam de receber mais informação.

Recorde-se que a primeira e única vacina para a prevenção da zona está disponível em Portugal desde Abril de 2014 para indivíduos acima dos 50 anos, mediante prescrição médica. A vacina está a ser administrada nos Estados Unidos desde 2006, no Canadá desde 2009 e desde 2013 faz parte do Programa Nacional de Vacinação do Reino Unido. Conta com mais de 20 milhões de doses já distribuídas desde o lançamento.

 

Sobre o Estudo percepcional:

O estudo foi elaborado através de um questionário online, recorrendo à comunidade youzz.net™. A recolha de dados decorreu entre os dias 14 e 24 de Abril de 2014, tendo sido definida uma amostra global composta por 5.452 indivíduos residentes em Portugal, membros da comunidade youzz.net™, o que corresponde a uma Margem de Erro de 1,33%, para um Intervalo de Confiança de 95%. 92% dos inquiridos são do género feminino e 95% têm idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos.

 

Sobre a Zona

A zona é uma doença dolorosa e debilitante que afecta cerca de uma em cada quatro1,2 pessoas ao longo da vida. Qualquer pessoa que tenha tido varicela (95% da população Europeia)3 está, potencialmente, em risco, dado que esta doença resulta da reactivação do vírus da varicela, que a maioria das pessoas tem durante a infância. A Zona ocorre com maior frequência em indivíduos com mais de 50 anos.

A zona caracteriza-se por rash vesicular da pele extremamente doloroso e pode levar a complicações graves tais como a nevralgia pós-herpética, dor de longa duração, causada pela lesão dos nervos pelo vírus. O risco e a gravidade da zona e da nevralgia pós-herpética aumentam com a idade, sendo que 2/3 dos casos de zona ocorrem em pessoas com mais de 50 anos4.

 

Primeira vacina contra a Zona (herpes zoster) chega a Portugal

A Sanofi Pasteur MSD lançou este mês em Portugal a primeira e única vacina contra a Zona e nevralgia pós-herpética. A vacina está disponível nas Farmácias, para a vacinação de adultos a partir dos 50 anos, numa única administração, mediante prescrição médica.

A zona é uma doença dolorosa e debilitante que afecta cerca de uma em cada quatro1,2 pessoas ao longo da vida. Qualquer pessoa que tenha tido varicela (cerca de 95% da população Europeia)3 está, potencialmente, em risco, dado que esta doença resulta da reactivação do vírus da varicela (vírus varicela-zoster), que a maioria das pessoas tem durante a infância. Após a varicela, o vírus não é eliminado do organismo, permanecendo adormecido (latente) no sistema nervoso e pode ser reactivado a qualquer momento, provocando Zona. A vacina contra a Zona vai estimular o sistema imunitário contra o vírus varicela zoster. Como resultado, a vacina vai ajudar a bloquear a reactivação e replicação deste vírus, que está no adormecido no organismo e, assim, ajuda a prevenir o desenvolvimento da Zona.

A zona caracteriza-se por uma erupção cutânea unilateral e pode levar a complicações extremamente dolorosas como a nevralgia pós-herpética. A nevralgia pós-herpética (NPH) é uma condição de dor neuropática, de longa duração, causada pela lesão dos nervos pela acção do vírus. O risco e a gravidade da zona e da nevralgia pós-herpética aumentam com a idade, sendo que 2/3 dos casos de zona ocorrem em pessoas com mais de 50 anos4, devido ao enfraquecimento natural do sistema imunitário.

A dor causada pela Zona pode ter um impacto muito significativo na vida dos doentes. A maioria dos doentes relata um impacto negativo na sua qualidade de vida e sofre de perturbações do sono, trabalho ou vida social.

Anualmente, são diagnosticados cerca de 1,7 milhões de novos casos de Zona na Europa, atingindo particularmente pessoas acima dos 50 anos5.

A vacina contra a Zona ajuda a prevenir o risco de Zona no futuro, não sendo um tratamento para a Zona ou nevralgia pós-herpética. A vacina está aprovada para comercialização na Europa para a vacinação de adultos com mais de 50 anos e deve ser administrada numa só injecção. A segurança da vacina foi estudada em ensaios clínicos que envolveram mais de 32.000 pessoas. Mais de 20 milhões de doses já foram distribuídas em todo o mundo, desde o seu lançamento.

A vacina está a ser administrada nos Estados Unidos desde 2006, no Canadá desde 2009 e faz parte do Programa Nacional de Vacinação do Reino Unido desde 2013. Recentemente, as Autoridades Francesas recomendaram a vacinação por rotina de pessoas dos 65 aos 74 anos de idade.

 

Referências:

1. Bowsher D. The lifetime occurrence of Herpes zoster and prevalence of postherpetic neuralgia: A retrospective survey in an elderly population. Eur J Pain 1999 Dec ; 3 ($): 335-42

2. Miller E, Marshall R, Vurdien J. Epidemiology, outcome and control of varicella zoster infection. Rev Med Microbiol 1993: 4: 222-30

3. Johnson RW, Wasner G, Saddier P, Baron R. Postherpetic neuralgia: epidemiology, Pathophysiology and management. Expert Rev Neurother. 2007;7(11):1581-95.

4. Brisson M, Edmunds WJ, Law B, et al. Epidemiology of varicella zoster virus infection in Canada and the United Kingdom. Epidemiol Infect. 2001;127(2):305-14.

5. Johnson R, McElhaney J, Pedalino B et al.. Prevention of herpes zoster and its painful and debilitating complications. Int J Infect Dis 2007;11: S43-8

 

1. Bowsher D. The lifetime occurrence of Herpes zoster and prevalence of postherpetic neuralgia: A retrospective survey in an elderly population. Eur J Pain 1999 Dec ; 3 ($): 335-42

2. Miller E, Marshall R, Vurdien J. Epidemiology, outcome and control of varicella zoster infection. Rev Med Microbiol 1993: 4: 222-30

3. Johnson RW, Wasner G, Saddier P, Baron R. Postherpetic neuralgia: epidemiology, Pathophysiology and management. Expert Rev Neurother. 2007;7(11):1581-95.

4. Brisson M, Edmunds WJ, Law B, et al. Epidemiology of varicella zoster virus infection in Canada and the United Kingdom. Epidemiol Infect. 2001;127(2):305-14.

 

 

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