Projecto de investigação
O Centro de Investigação de Enfermidades Neurológicas, de Espanha, vai estudar lágrimas de 90 doentes pacientes de Alzheimer de...

O director do projecto de investigação, Alberto Rábano, explicou na passada quinta-feira, em conferência de imprensa, que o estudo visa encontrar a proteína TAU, que é "muito abundante" no sistema nervoso, está relacionada com o "envelhecimento cerebral" e serve como um "biomarcador" da doença, noticiou a agência Efe.

Desta forma, podiam se evitados métodos mais agressivos para a análise de detecção desta proteína, como a punção lombar para retirar líquido cefalorraquidiano, que apresenta "riscos" embora seja um método comum nas investigações realizadas em países do norte da Europa.

O investigador explicou que a investigação parte da hipótese de que nas lágrimas se pode estudar essa proteína, comparando-a em pessoas em estados menos avançados de patologias demenciais com outras em estados intermédios ou em situação extrema da doença.

Por isso é que foi escolhida Leão para captar voluntários, mediante uma consulta prévia, por uma questão de organização, já que se trata de uma região onde existem "pacientes com diferentes graus de afecção cognitiva", explicou.

Com este estudo, podemos começar a perceber "que grupos populacionais estão em risco", disse o director da investigação, sublinhando que o objectivo não é estabelecer medidas preventivas, mas sim abrir um novo caminho de pesquisa para que, no futuro, obtenham "novas possibilidades de tratamento".

Os resultados do estudo seriam adicionados a outras formas de encontrar os primeiros sintomas que podem resultar no aparecimento de Alzheimer, como a análise genética, a fim de saber que tipo de população apresenta mais riscos.

Até agora, sabe-se que as pessoas com mais de 65 anos têm mais probabilidades de apresentar a doença - com predominância na população feminina -, a qual os investigadores vão "percebendo pouco a pouco" e cujos estudos apontam para a existência de grupos populacionais com riscos acrescidos.

O Centro de Investigação de Enfermidades Neurológicas (CIEN) é uma fundação do sector público relacionada com a Fundação Rainha Sofia e supervisionada e coordenada pelo Instituto Carlos III, que conta com vários projectos sobre a doença de Alzheimer.

Para a responsável do núcleo de Alzheimer de Leão, Milagros García, há que apostar na investigação e formação sobre a doença, porque para tratar os pacientes "há que saber entendê-los".

Infarmed
O Infarmed determinou na passada quinta-feira a suspensão imediata da comercialização de vários lotes dos medicamentos...

Em comunicado, a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) refere que foram suspensas a comercialização de cinco lotes do Vancomicina Actavis, com a dosagem de 500 miligramas, e sete lotes do mesmo medicamento com 1000 miligramas.

Segundo o Infarmed, a empresa responsável pelo medicamento vai proceder à recolha voluntária de lotes dos medicamentos Vancomicina Actavis, pó para concentrado para solução para perfusão, devido "à possibilidade de existência de partículas estranhas no interior dos fracos".

"Atendendo que estes medicamentos são utilizados apenas em meio hospitalar, as entidades que deles disponham não os poderão vender ou administrar, devendo proceder à sua devolução", diz ainda o Infarmed.

Nova esperança
Pela primeira vez conseguiram transformar células estaminais em células dos pulmões e das vias respiratórias. É uma descoberta...

Hans Snoeck e a sua equipa no Centro Médico da Universidade da Colúmbia estão a transformar células estaminais humanas em células pulmonares completamente funcionais. É um avanço que pode revolucionar o tratamento das doenças pulmonares e tornar realidade a engenharia biomédica.

Snoeck diz que estas células poderão um dia servir de base a pulmões criados em laboratório que não serão rejeitados após o transplante. Essas células podem também ser usadas para testar novos medicamentos, o que actualmente não é possível porque as células onde começam as doenças pulmonares estão no interior do órgão, e portanto inacessíveis a qualquer estudo.

“Tem sido muito difícil estudar esta doença porque quando o paciente é afectado o pulmão fica quase destruído. Se conseguíssemos criar as células que acreditamos estar na base da doença poderíamos estudá-las, o que traria novas oportunidades para começarmos a compreender a doença”, acredita Hans Snoeck, Professor de Medicina, Microbiologia e Imunologia no Centro Médico da Universidade de Colúmbia.

No centro das experiências estão as chamadas células epiteliais de tipo 2, cruciais para o funcionamento dos pulmões. Elas produzem um refractante que mantém os pulmões abertos e funcionais, mas são também as primeiras a ser afectadas pela doença.

“Muitas doenças pulmonares centram-se especificamente nesta célula. O que agora podemos fazer é tirar amostras de células da pele do paciente, reprogramar essas células estaminais, criar células do tipo 2, e ver exactamente o que se passa de errado com elas. Se percebermos o que se passa, também podemos começar a rastrear e a desenvolver medicamentos para tratar estas doenças. É o caso da fibrose pulmonar idiopática, por exemplo, uma doença que mata entre 20 a 30 mil pessoas nos EUA e para a qual não existe qualquer tratamento. Uma das coisas que gostaríamos de fazer era começar a delinear a doença usando este método”, refere.

O mais empolgante são as oportunidades que esta investigação abre à criação em laboratório de pulmões à prova de rejeição.

“Um dos nossos sonhos é conseguir usar as células que gerámos a partir destes pacientes e inseri-las no pulmão de um dador, de onde removemos todas as células desse dador. Ou seja, ficaríamos com um pulmão completo, com toda a estrutura original do dador, mas com as células são as do nosso paciente”, adianta Hans Snoeck.

É claro que produzir células suficientes para reconstituir um pulmão inteiro pode ser uma missão impossível. Ainda assim, Snoeck e a sua colega acreditam que podem chegar ao seu objectivo com uma ajudinha do sistema de produção celular do próprio organismo.

“Uma das nossas abordagens passa por criar núcleos saudáveis dentro dos pulmões doentes, e deixar que seja o corpo a tratar da regeneração, com base nesses núcleos saudáveis. Comprovámos em laboratório que este princípio funciona com vários tecidos, e gostaríamos de o aplicar no tecido pulmonar”, diz Gordana Vunjak-Novakovic, Professora de Engenharia Biomédica no Centro Médico da Universidade de Colúmbia.

Os investigadores dizem que ainda há um longo caminho até que um pulmão possa ser recriado com êxito, mas acreditam que a era dos órgãos gerados pela engenharia biomédica, do fígado aos pulmões, não está tão longe assim.

Estudo conclui
Uma investigação da Universidade de Zaragoça concluiu que o material genético dos abutres-barbudos permitirá tratamentos mais...

O estudo, realizado no laboratório de citogenética e genética molecular da Faculdade de Veterinária da Universidade de Zaragoça, centrou-se em comparar o gene humano que controla a síntese da proteína CFTR, responsável por numerosas doenças graves, e o gene dos abutres-barbudos, aves de grande porte também conhecidas como quebra-ossos.

A investigadora María Victoria Arruga disse à agência espanhola Efe que a comparação genética entre seres humanos e as aves justificam-se pelas “características do abutre-barbudo, que possui um aparelho de grande resistência a microorganismos”.

As investigações genéticas são realizadas com o objectivo de obter vacinas para combate daquela enfermidade, que tem despertado o interesse da comunidade científica internacional.

A fibrose quística afecta pulmões, pâncreas, fígado e intestinos de uma em cada cinco mil pessoas e quatro por cento dos europeus são portadores do gene que ocasiona esta doença.

A Associação Nacional de Fibrose Quística calcula que nascem em Portugal por ano entre 30 e 40 crianças com esta doença genética.

Em todo o país
Todo o país apresenta hoje risco muito alto de exposição à radiação ultravioleta, de acordo com o Instituto Português do Mar e...

Segundo o IPMA, as regiões de Aveiro, Beja, Bragança, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Funchal, Guarda, Leiria, Lisboa, Penhas Douradas, Porto, Portalegre, Porto Santo, Sagres, Santarém, Setúbal, Sines, Viana do Castelo, Viseu, Vila Real, Santa Cruz das Flores, Angra do Heroísmo e Ponta Delgada apresentam hoje níveis muito altos de exposição à radiação ultravioleta (UV).

Apenas a região da Horta (Açores) apresenta hoje níveis altos de exposição à radiação UV.

Por isso, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) aconselha a população a utilizar óculos de sol com filtro UV, chapéu, t-shirt, guarda-sol e protector solar e a evitar a exposição das crianças ao sol, lembrando que a radiação ultravioleta pode causar graves prejuízos para a saúde se o nível exceder os limites de segurança.

O índice desta radiação apresenta cinco níveis, entre o baixo e o extremo, sendo o máximo o onze.

Em Lisboa e em Coimbra prevê-se uma temperatura máxima de 32 graus Celsius, no Porto, Braga, Castelo Branco e Portalegre 31, Faro 25, Évora 35, Beja 33, Bragança 26, Guarda 24, Funchal 23, Ponta Delgada 23 e Angra do Heroísmo e Santa Cruz das Flores 22.

Infarmed
O Infarmed anunciou na passada sexta-feira estar a negociar com a indústria farmacêutica um preço adequado para o novo...

“O Infarmed assegura que não há falta de tratamento para a Hepatite C em Portugal. Em todas as situações em que o doente corra risco de vida, e enquanto se aguarda decisão final sobre os pedidos de comparticipação, está assegurado aos doentes o acesso aos medicamentos pelos hospitais do SNS (Serviço Nacional de Saúde), através de autorizações excepcionais”, referiu em comunicado a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed).

A falta de aprovação do Infarmed de um novo medicamento para o tratamento da Hepatite C, contendo a substância activa sofosbuvir, tem provocado polémica, com doentes graves a dizerem que se trata de um "genocídio de colarinho branco".

Também no mesmo dia, a Ordem dos Médicos disse que os profissionais estão a ser pressionados pelas administrações hospitalares para não fazerem pedidos de autorização especial para o novo medicamento.

Segundo o Infarmed, o que está a acontecer em Portugal é que a análise relativa ao valor terapêutico acrescentado e ao custo-efectividade está concluída, faltando para a sua aprovação final que a indústria farmacêutica "proponha um preço adequado que não ponha em risco a sustentabilidade do SNS (Serviço Nacional de Saúde)".

Nesse sentido, o Infarmed diz que “tem em curso um processo negocial, aguardando, neste momento, proposta de um preço adequado e comportável".

O Infarmed dá conta de uma notícia publicada no jornal francês Le Monde, segundo a qual no Egipto o medicamento é vendido a cerca de 700 euros por tratamento. Em Portugal, afirma, a primeira proposta de preço foi de 48 mil euros por tratamento, pelo que com mais de metade dos doentes a necessitarem do dobro do tempo de terapêutica, tal representaria 96 mil euros por tratamento.

O Infarmed terminou a nota de imprensa a referir que este tema estará na agenda do próximo conselho EPSCO (Conselho de Emprego, Política Social, Saúde e Consumidores), a 19 e 20 de Junho no Luxemburgo, sendo esperado que saia daí uma “posição conjunta dos países europeus sobre esta questão”.

No Japão
Treze crianças morreram num hospital de Tóquio nos últimos cinco anos depois de terem recebido injecções de um sedativo cuja...

A relação entre a morte das crianças e o uso de propofol – um anestésico intravenoso de curta duração – foi confirmada na passada quinta-feira, em conferência de imprensa, pelos directores do Hospital da Universidade Feminina de Shinjuku (Tóquio), revelou a imprensa local.

Os responsáveis médicos admitiram que no hospital foram registadas 13 mortes de pacientes com menos de 15 anos de idade entre 2009 e 2013, depois de lhes terem sido administradas injecções com o fármaco enquanto estavam sob ventilação artificial, uma prática proibida no Japão.

"Genocídio de colarinho branco"
Mais de cem doentes graves aguardam pela aprovação da utilização do novo medicamento contra a Hepatite C, uma espera que lhes...

Esta informação foi revelada numa conferência de imprensa promovida pela SOS Hepatites, na qual estiveram presentes vários doentes que deram o seu testemunho e o filho de uma mulher com um fígado cirrótico à espera para transplantação, cujo estado de saúde grave em que se encontra já não lhe permite sequer andar.

Esta doente tem um pedido de autorização de utilização especial (AUE) feito há mais de um mês, mas o medicamento ainda não foi disponibilizado.

Para o filho, está a ser praticado um “genocídio de colarinho branco contra doentes com Hepatite C, que não têm acesso ao tratamento”, uma afirmação que teve imediata anuência dos doentes presentes na sala.

A SOS Hepatites considera tratar-se de um “legítimo direito de acesso à saúde” que está a ser negado aos doentes, com a justificação do elevado preço deste novo fármaco – Sofosbuvir –, que tem uma taxa de cura superior a 90% e é o único eficaz para todos os genótipos da infecção e que pode ser usado pré e pós transplante.

Emília Rodrigues, dirigente da SOS Hepatites, recusa esta justificação, alegando que as complicações decorrentes do não tratamento destes casos ou de um tratamento feito tarde demais são muito mais onerosos para o Estado.

O fármaco actualmente em análise pelo Infarmed custa cerca de 48 mil euros para três meses de tratamento, estimando-se que a doença custe anualmente 70 milhões de euros.

O bastonário da Ordem dos Médicos, que se associou ao grupo de doentes, afirma que a “dimensão da despesa é inferior à referida”.

“Deveríamos estar a tratar de forma imediata mais de cem doentes, que são os mais graves e não podem esperar”, considerou José Manuel Silva, sublinhando que estão em causa entre cinco e dez milhões de euros e que “só uma grande insensibilidade do Ministério da Saúde permite que estes doentes não sejam tratados”.

O responsável lembrou que este medicamento já foi “submetido a estudos que demonstraram existir relação de custo-efectividade” e que “dá mais prejuízo não tratar”.

No entanto, “o ministro continua a dizer que não há dinheiro e o ministério tenta criar uma lei da rolha para que os hospitais não contem o que se passa, mas os doentes contam”.

É o caso de Carlos Magalhães, a quem foi detectado um nódulo de 3 cm no fígado e que precisa de tratamento urgente para poder fazer um transplante, o qual já não poderá mais ser feito se esse nódulo aumentar para os 4 cm.

Luis Figueiredo tem um fígado cirrótico e o seu estado foi considerado urgente, tendo motivado um pedido de AUE por parte do médico, que continua sem resposta. Neste momento o seu estado de saúde é mais grave do que no ano passado, altura em que foi considerado “urgente”.

Isabel Santos fez reacção ao medicamento Interferon e começou a cegar. Teve que parar a terapia e aguarda autorização para usar o novo fármaco, o único que lhe permite tratamento sem usar Interferon.

A Ordem dos Médicos e a SOS Hepatites não percebem o entrave à aprovação do medicamento e criticam o facto de o ministro ter “prescindido” da ajuda que ambos disponibilizaram para a “negociação do melhor preço”.

Emília Rodrigues lembra que estes doentes que “neste momento não têm nada a perder, a não ser a própria vida,” aguardam uma decisão urgente.

Como contou o doente José Santos: “Fiz um acordo com o vírus: não me mates para viveres, porque se morro, tu também morres. E temos vivido assim. Mas agora há um míssil que mata o vírus e não a mim. E eu só espero o acordo do Ministério da Saúde com a Indústria para o poder usar”.

Estudo conclui
As estações de tratamento de águas residuais têm uma elevada taxa de remoção de resíduos de medicamentos, mas dificilmente...

A investigadora do Centro de Estudos Farmacêuticos coordenou o primeiro estudo nacional sobre a presença de resíduos de medicamentos nas águas que entram e saem de 15 estações de tratamento de águas residuais (ETAR) portuguesas e os resultados serão divulgados num seminário internacional na quarta-feira, em Coimbra.

O estudo incidiu em 15 estações de tratamento de norte a sul do país - as ilhas foram excluídas -, com a equipa de investigação a monitorizar 11 medicamentos de quatro grupos terapêuticos mais consumidos pelos portugueses: anti-inflamatórios, antibióticos, ansiolíticos e antidislipidémicos.

“Este é o primeiro estudo a nível nacional sobre a presença de resíduos em águas de estações de tratamento. As ETAR estão a funcionar bem, mas há nova legislação europeia a cumprir, há novos compostos e novos contaminantes emergentes e é preciso dar resposta a isso”, explicou Angelina Pena.

Segundo a investigadora, o estudo revela que se nota uma presença maior de anti-inflamatórios nas águas afluentes e efluentes, porque esse é o grupo de fármacos mais consumido pelos portugueses (e consequentemente o mais frequente nos resíduos libertados pelo organismo humano).

“O estudo não põe em causa o funcionamento das ETAR e os resultados são concordantes se comparados com outros países a nível europeu”, esclareceu a investigadora, sublinhando que os dados estão ainda a ser analisados e têm como objectivo auxiliar os legisladores portugueses no cumprimento das directivas europeias.

Cofinanciado por fundos europeus e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, o estudo “Ecopharmap” foi executado ao longo de 2013 por uma equipa de quatro investigadores da Universidade de Coimbra.

Os dados da investigação vão ser debatidos num seminário sobre o risco de novos poluentes para o ambiente, no dia 18, quarta-feira, na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra.

Nos Açores
Visita inclui audiência do bastonário e representante da Região Autónoma dos Açores na Ordem dos Médicos Dentistas com o...

A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) realiza quinta e sexta-feira, dias 12 e 13 Junho, duas reuniões com médicos dentistas que exercem na Região Autónoma dos Açores para um balanço da situação actual da saúde oral no sector público e privado e perspectivas de futuro para a região. A visita da delegação da OMD contempla ainda um encontro com o Presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, no Palácio de Sant’Ana.

De forma a avaliar a presente situação da saúde oral nos Açores e planear os objectivos futuros, a OMD organiza duas reuniões – quinta-feira, dia 12 de Junho, em Ponta Delgada, e sexta-feira, dia 13 de Junho, em Angra do Heroísmo. As sessões são abertas a todos os médicos dentistas a exercer na região e vão contar com a presença do bastonário da OMD, Orlando Monteiro da Silva, e do representante da Região Autónoma dos Açores no Conselho Directivo da OMD, Artur Lima.

Além dos dois encontros com os associados, a delegação da OMD chefiada por Orlando Monteiro da Silva irá reunir-se hoje com o Presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, seguindo-se uma audiência com o Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, José Manuel Bolieiro. Para sexta-feira, em Angra do Heroísmo, está igualmente prevista uma audiência com o Secretário Regional da Saúde, Luís Mendes Cabral.

Actualmente existem nos Açores 22 médicos dentistas a trabalhar nos centros de saúde da região, num total de 136 médicos dentistas.

Programa completo:

Ponta Delgada - 12 de Junho de 2014

16h00: Audiência com o Presidente do Governo Regional dos Açores

17h30: Reunião com o Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada

21h30: Reunião com associados no Hotel Marina Atlântico, Av. Infante D. Henrique

Angra do Heroísmo - 13 de Junho de 2014

16h30: Audiência com o Secretário Regional da Saúde

21h30: Reunião com associados no Angra Office Center Palmeiras Park, Rua Dr. Aníbal Bettencourt nº 242 – D

Na Croácia
A Agência de Notícias da Sida começa a publicar uma série de matérias que pretende traçar o cenário no país de cada uma das...

Os dados estão no mais recente relatório divulgado pelo Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV/Sida (Unaids), no fim de 2012. O índice de novas infecções na Croácia está estabilizado em 1,7 para cada 100 mil habitantes. Na faixa etária entre 15 e 49 anos, a prevalência é inferior a 0,1%.

Na Croácia, os primeiros casos foram registrados e passaram a ser monitorizados em 1985. As relações sexuais sem uso de protecção são a maior causa da infecção, que tem aumentado mais na parcela masculina de homens que fazem sexo com homens (HSH).

Das novas infecções na Croácia, 86% foram registadas entre pessoas do sexo masculino, sendo 65,3% atribuídas a homens que se relacionam com homens; 29,3% a relações heterossexuais e 4% a utilizadores de drogas injectáveis. Na capital Zagreb (com cerca de 780 mil habitantes), uma pesquisa revelou que a prevalência de casos na população de HSH é de 3%.

Desde 2010, dez serviços de saúde na Croácia fornecem testes gratuitos para o HIV. Segundo a política local, o teste para o vírus não pode, jamais, ser obrigatório e todas as doações de sangue são testadas desde a metade dos anos 80.

UE financia
Os traumatismos cerebrais afectam anualmente 1,6 milhões de pessoas na UE. Verifica-se que 70.000 não sobrevivem e outros 100...

Verifica-se uma lesão cerebral traumática (Traumatic brain injury - TBI) quando um trauma súbito provoca danos no cérebro. É a causa mais frequente de incapacidade permanente em pessoas com menos de 40 anos de idade e a incidência de TBI tem vindo a aumentar nos últimos anos, na Europa e em todo o mundo.

Um tratamento correcto nas horas cruciais que se seguem ao acidente pode fazer toda a diferença. Mas o diagnóstico pode revelar-se muito difícil dada a complexidade do cérebro e a natureza específica de cada lesão. Os investigadores do projecto TBICARE @TBIcare estão a desenvolver uma ferramenta que combina várias bases de dados e a simulação de sistemas. Esta ferramenta permitirá aos médicos introduzir dados de testes realizados no serviço de urgência e prever qual será o tratamento mais eficaz para cada doente.

Mark van Gils, coordenador científico do TBICARE, explica que, no âmbito do projecto, “quando os doentes entram no serviço de urgência são-lhes feitos testes de parâmetros muito diferentes. Por exemplo, a equipa médica examina o nível de consciência e reactividade do doente e a quantidade de oxigénio no seu sangue. Além disso, explora também o potencial de testes mais sofisticados — fazendo, por exemplo, testes de proteínas na circulação, que indicam os diferentes tipos de danos no tecido cerebral do doente, e utilizando técnicas de imagiologia para detectar hemorragias internas. Queremos ver quais são os testes que constituem os melhores indicadores de prognóstico relativamente a cada doente”.

O projecto TBICARE beneficiou de 3 milhões de euros de financiamento da UE e faz parte de uma acção mais vasta — a Iniciativa Modelação da Fisiologia Humana (Virtual Physiological Human) — que visa a utilização de tecnologias da informação e das comunicações para ajudar os clínicos a diagnosticar e tratar as doenças de forma mais eficaz. As ferramentas informáticas coligem com os dados e os conhecimentos existentes, mas fragmentados, sobre o corpo humano e podem ser utilizadas para a modelação dos resultados.

Estudo indica
Transportar o telemóvel no bolso das calças pode contribuir para a infertilidade masculina, segundo uma revisão de estudos...

A revisão analisou dez pesquisas, que incluíam 1.492 amostras de esperma vindas de clínicas de fertilização e centros de pesquisa.

As amostras foram testadas quanto à mobilidade, viabilidade e quantidade de espermatozóides.

Em comparação com um grupo de controlo, as amostras que tinham sido expostas à radiação do telemóvel apresentaram uma redução de 8% na mobilidade e de 9% de viabilidade dos espermatozóides.

Além de expor o esperma à radiação, telemóveis no bolso também podem elevar a temperatura dos testículos, o que poderia ter um papel na diminuição da qualidade dos espermatozóides.

“Ainda é muito precoce para ter a certeza da contribuição para a infertilidade, mas é um alerta”, avalia Arnaldo Cambiaghi, director do centro de reprodução humana do IPGO (Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia).

Médicos reuniram no Porto
O presidente da Ordem dos Médicos/Norte disse que as “centenas” de médicos que participaram numa reunião quarta-feira à noite,...

“Na prática, estamos a transformar o nosso Serviço Nacional de Saúde (SNS). Isto só vai ter efeitos em termos de números da Organização Mundial de Saúde (OMS) e das instituições internacionais daqui a dois ou três anos, quando ao olharem para os números de 2014 verificarem que os índices excelentes que tínhamos começam claramente a decrescer. Não podemos aceitar isso”, afirmou Miguel Guimarães.

O responsável disse que a Ordem dos Médicos continua a aguardar a acta da reunião realizada na passada sexta-feira, que o ministro da Saúde ficou de enviar segunda-feira. “Estamos aqui para colaborar e apresentar soluções, o que não conseguimos entender é porque é que as soluções que a ordem apresenta nunca são devidamente atendidas”, referiu Miguel Guimarães.

“Esperamos que o ministro tenha bom senso nesta matéria para atender a várias das propostas que a Ordem e os sindicatos lhes fizeram” no encontro, sublinhou, referindo que caso isso não aconteça a Ordem irá iniciar já na próxima segunda-feira um conjunto de iniciativas de protesto.

Essas medidas de protesto passam por divulgar as deficiências e insuficiências do SNS em conferências de imprensa regionais, no norte, no centro e no sul, em dias diferentes, passam por suspender toda a colaboração que a Ordem tem através de médicos com as múltiplas comissões do SNS e na informação à população portuguesa do que está acontecer.

“Esta medida é importante porque os cerca de 40 mil médicos contactam diariamente com milhares e milhares de portugueses. É uma coisa que está só na nossa mão, não esta na mão de mais ninguém”, frisou.

Para segunda-feira, às 11:00, está já marcada uma conferência de imprensa para denunciar as deficiências e insuficiências na área da saúde, no distrito de Bragança.

“Em nosso entender, é urgente quebrar o círculo vicioso e precário que está a bloquear a Saúde em Portugal. É doloroso o tempo que este ministro está a fazer perder ao SNS e a todos nós. Optou por um caminho que conduz a um retrocesso sem precedentes na qualidade e humanização da Medicina que escolhemos quando decidimos ser médicos. O respeito pelos valores e princípios que acompanharam os 35 anos de construção e desenvolvimento do nosso SNS está a ser violado de forma gratuita, sem qualquer mais-valia para a organização e qualidade dos cuidados de saúde”, considera Miguel Guimarães.

Para o responsável, “a saúde necessita de uma nova agenda que seja mobilizadora de uma política diferente. Uma política mais próxima das pessoas. Mais próxima dos doentes e dos profissionais de saúde. Em que a sustentabilidade seja uma etapa mas não a meta final. Em que seja preservado o que conseguimos fazer de bom e de bem. Em que o combate ao desperdício seja objectivo, transparente e sem ‘compromissos’ ou ‘desperdícios’ políticos. Em que a instabilidade não seja uma ameaça constante. Em que o doente ocupe o seu verdadeiro lugar no centro de todo o sistema, em que a medicina seja valorizada e respeitada”.

“Não podemos continuar à espera de ‘milagres’ eleitorais ou de boas vontades políticas. Cada vez é mais difícil acreditar na competência de quem nos governa. Temos que ser nós a contribuir para uma reforma na saúde que seja consistente, estável e se traduza num serviço público de excelência que preserve o código genético do nosso SNS”, acrescentou.

Hepatite C
A Ordem dos Médicos revelou hoje que há médicos pressionados pelas administrações hospitalares para não fazerem pedidos de...

Numa conferência de imprensa promovida pela SOS Hepatites, a dirigente desta associação disse ter chegado ao seu conhecimento que em Março havia 85 pedidos de Autorização de Utilização Especial (AUE) para o medicamento Sofosbuvir, o único que dá para todos os genótipos da infecção.

Este medicamento foi aprovado na Europa em Janeiro e aguarda actualmente aprovação pelo Infarmed. Enquanto isso não acontece, para cada caso mais grave, os hospitais têm de fazer um pedido de AUE, que é enviado, avaliado e aprovado, ou não, pela autoridade do medicamento.

A SOS Hepatites diz que os seus doentes se queixam de que os médicos fazem os pedidos, mas as autorizações e os medicamentos nunca chegam.

A este propósito, o bastonário da Ordem dos Médicos, que se associou a estes doentes, José Manuel Silva, disse ter informação de que “só chegaram dois pedidos ao Infarmed” e que estes foram autorizados.

Segundo o bastonário, “o problema não está no Infarmed, está nos hospitais, que bloqueiam a chegada dos pedidos”.

“Sabemos que há médicos pressionados pelas administrações hospitalares para não fazerem seguir os pedidos”, revelou.

A situação é tal – acrescenta - que “há médicos neste momento que têm medo de falar, porque lhes foi imposta a lei da rolha”.

“Nós (Ordem) dizemos-lhes que devem tratar os doentes e fazer os pedidos de AUE de acordo com a evidência científica” e não cedendo à pressão dos CA hospitalares, porque “o bloqueio tem de vir de outrem”, contou.

José Manuel Silva apelou aos doentes para que peçam ao seu médico cópias dos pedidos de AUE e os enviem à Ordem, para que esta possa intervir e interpelar os CA hospitalares e denunciá-los publicamente.

“Com os pedidos na mão poderemos ser consequentes e fazer alguma coisa de facto”, sublinhou.

Questionado sobre se já tinha conhecimento de algum caso de algum CA hospitalar em concreto que estivesse a fazer esse “bloqueio” às AUE, o bastonário respondeu afirmativamente, mas escusou-se a apontar, para já, os nomes, considerando que a responsabilidade última é do Ministério da Saúde.

“Sabemos de casos concretos, mas não é altura agora de revelar os hospitais. Têm dificuldades, que compreendemos, decorrentes da lei dos compromissos. Quem está a condicionar a posição do Infarmed e dos hospitais é o Ministério da Saúde. A responsabilidade é deles”.

No 1º trimestre deste ano
Os portugueses gastaram mais de 162 milhões de euros com medicamentos no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 4,9% em...

Segundo o relatório da monitorização mensal do consumo de medicamentos fora dos hospitais, entre Janeiro e Março deste ano foram vendidas mais 4,9% de embalagens de medicamentos nas farmácias, num total superior a 37 milhões de embalagens.

Os gastos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) cresceram 5,4% no primeiro trimestre, o que representa mais 14,5 milhões de euros de encargos de um total de 284,18 milhões de euros despendidos.

Os antidiabéticos orais são os medicamentos que mais peso representam no encargo do SNS, com 13,2% do mercado.

Também os portugueses gastaram mais dinheiro em medicamentos, vendo os seus encargos a crescer em 4,9%. Nos primeiros três meses de 2014, os utentes deixaram nas farmácias mais de 162 milhões de euros, quando no mesmo período do ano anterior tinham gasto menos de 155 milhões de euros.

A nível hospitalar, no primeiro trimestre deste ano, a despesa do SNS com medicamentos diminuiu 6,7%, segundo os dados oficiais que já tinham sido apresentados em Maio.

Hoje, o Infarmed divulgou os dados da despesa com medicamentos hospitalares até Abril, que regista uma diminuição de 5,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.

“Desde maio de 2013 observa-se um decréscimo da despesa hospitalar, que decorre, provavelmente, das medidas implementadas relativas à definição e revisão dos preços dos medicamentos hospitalares assim como do acordo estabelecido entre o Ministério da Saúde e a indústria farmacêutica”, refere o documento.

Universidade de Aveiro
A Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro está a tratar gratuitamente pessoas que sofrem de Doença Pulmonar...

Desenvolvido por uma equipa de investigadores daquela Escola, o programa de reabilitação respiratória da doença, vulgarmente conhecida como bronquite crónica ou enfisema, permite melhorar em 20% a tolerância ao esforço, entre 50 a 60% a força muscular e em 30% quer a sintomatologia (como falta de ar, tosse, pieira ou fadiga), quer a qualidade de vida relacionada com a saúde.

“O principal objectivo é reabilitar as pessoas com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) e ajudá-las a ajustarem-se melhor aos impactos da doença”, explica Alda Marques, a investigadora responsável.

O programa de reabilitação respiratória da Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro (ESSUA) é aberto à comunidade, de forma gratuita e realizado em grupo, com duas componentes principais: a fisioterapia respiratória e o apoio psicoeducativo.

A fisioterapia respiratória consiste em sessões de exercícios de controlo respiratório e de higiene brônquica e exercício físico.

“Cada sessão de fisioterapia é composta por aquecimento e exercícios de controlo respiratório, treino aeróbio e de força muscular, treino de equilíbrio e arrefecimento, incluindo também técnicas de relaxamento”, aponta a especialista em doenças respiratórias.

O apoio psicoeducativo tem como objectivo geral “capacitar as pessoas com estratégias instrumentais e emocionais de forma a facilitar um ajustamento funcional e saudável à DPOC”. “Temas como a informação acerca da doença, tratamento e evolução, gestão dos sintomas e controlo de exacerbações fazem parte desta componente”, esclarece Alda Marques.

As sessões de reabilitação têm sido ministradas até agora de forma gratuita já que o projecto de investigação da ESSUA obteve financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).

A estrutura base do programa de reabilitação respiratória da ESSUA é semelhante à de outros programas, geralmente implementados a nível hospitalar, mas veio demonstrar que podem ser aplicados no seio da comunidade, com benefícios idênticos.

“Ao contrário dos programas em meio hospitalar, os familiares mais próximos são também convidados a participar na componente psicoeducativa. Isto permite a toda a família ajustar-se ao desafio que é conviver com uma doença crónica”, explica Alda Marques.

Outra diferença do programa que está a ser feito em Aveiro é que integra pacientes em fases iniciais, enquanto os programas de reabilitação respiratória já existentes, em regra são dirigidos a pessoas numa fase mais avançada da doença, que geralmente progride para manifestações extrapulmonares, como o descondicionamento físico, a fraqueza muscular e a perda de peso.

“A participação no programa da ESSUA permite às pessoas com DPOC aumentar a tolerância a pequenos esforços, como caminhar ou subir escadas, diminuir a sensação de falta de ar e o cansaço”. Desta forma, garante Alda Marques, “sentir-se-ão melhor e mais capazes para realizar as suas actividades diárias”.

O trabalho da ESSUA iniciou-se em 2010, através de um projecto financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e numa primeira fase foram avaliadas cerca de 400 pessoas com DPOC e respetivos familiares, em diversas unidades de saúde do Agrupamento de Centros de Saúde Baixo Vouga e nos Hospitais Infante D. Pedro (Aveiro) e São Sebastião (Santa Maria da Feira).

A segunda fase do projecto consistiu no desenho e implementação de um programa de reabilitação respiratória, frequentado já por cerca de 60 pessoas com DPOC e respectivos familiares.

As primeiras quatro edições realizaram-se nas instalações da Unidade de Saúde Familiar Moliceiro e Unidade de Saúde Familiar Flor de Sal, no edifício do Centro de Saúde de Aveiro, mas as duas seguintes aconteceram já nas instalações da ESSUA, onde decorre a sétima edição.

Luís é um dos 12 doentes que vai dar a cara
A Associação SOS Hepatites afirma que há doentes com hepatite C entre a vida e a morte que aguardam por uma decisão do...

Luís Figueiredo tem hepatite C e contou a situação delicada em que se encontra. É um dos 12 doentes que vai dar a cara esta quinta-feira em conferência de imprensa para mostrar ao Governo como é necessário chegar rapidamente a acordo com a empresa farmacêutica com quem o Ministério da Saúde está a negociar.

O Ministério da Saúde tem referido que nas negociações com a empresa que comercializa o novo medicamento aguarda que a empresa baixe o preço, justificando que quase 50 mil euros por doente são valores incomportáveis para o Serviço Nacional de Saúde.

O Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento, encarregue de negociar com a empresa, esclarece que os 90 dias de negociação previstos ainda não terminaram, e que o processo pode ser suspenso sempre que sejam pedidos dados adicionais, que é o que tem acontecido. O Infarmed também está a recolher informações junto dos hospitais públicos para apurar quantos doentes necessitam com urgência deste novo medicamento.

Assinado hoje
Hoje, às 15:00h, no auditório da Unidade de Faro do Centro Hospitalar do Algarve, será assinado um Protocolo de Colaboração...

O acordo vai reger o relacionamento institucional entre os dois Centros Hospitalares no que concerne ao acompanhamento em pós-transplante dos doentes operados em Coimbra e residentes no Algarve.

Passa a proporcionar-se um programa de proximidade, inovador, estruturado e abrangente de seguimento pós-transplante, mormente no que se refere ao acompanhamento clinico e laboratorial e à cedência de medicamentos imunossupressores aos doentes ali residentes e transplantados em Coimbra, o que vai contribuir para minimizar situações de desconforto para os doentes, passando assim a usufruir de um programa de proximidade com todos os benefícios que isso proporciona.

Os medicamentos imunossupressores serão entregues, mensalmente, pelo CHUC através do seu “Programa de Entrega de Proximidade de Medicamentos” (PEPM-CHUC).

Aos doentes em pós-transplante é garantida a opção de continuarem a ser seguidos no CHUC ou de passarem a ser seguidos no CHAlgarve, sendo que nestes casos o CHUC será sempre o hospital de referência para intercorrências e controles anuais.

Sua Excelência o Sr. Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Dr. Fernando Leal da Costa preside à cerimónia.

A SPT congratula-se com a assinatura deste Protocolo de Colaboração. Trata-se dum importante passo que contribuirá para a melhoria do acesso dos doentes transplantados do Algarve aos cuidados de que necessitam, com importantes repercussões na sua qualidade de vida. Este é um exemplo que decerto se estenderá a outras zonas do país, defende esta sociedade médica.

Infarmed
Vários doentes graves com hepatite C, alguns dos quais já evoluíram para cirrose, estão à espera de um novo medicamento que os...

Esta associação faz hoje, em conferência de imprensa, um ponto da situação relativo a este novo fármaco, aprovado a nível europeu em Janeiro e a aguardar a aprovação em Portugal pela Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), com testemunhos de vários doentes.

Emília Rodrigues, dirigente da SOS Hepatites, disse que este novo medicamento, o Sofosbuvir, tem uma taxa de cura de 90% e é o único que dá para todos os genótipos e pode ser usado pré e pós transplante, estando vários doentes à espera, com casos que até já evoluíram para cirroses.

Segundo a responsável, depois da aprovação do Sofosbuvir pela Agência Europeia do Medicamento (EMA), este medicamento deu entrada no Infarmed a 22 de Janeiro, estando previsto um prazo máximo de 90 dias para a sua aprovação.

Emília Rodrigues destaca que, mesmo que se trate de 90 dias úteis, esse prazo já terminou e os doentes continuam à espera do único medicamento que os pode salvar.

Esta situação tem obrigado os hospitais a recorrer a pedidos de autorização de utilização excepcional.

Segundo a responsável, um dos problemas para este entrave é o preço do medicamento, que custa 48 mil euros, para três meses de tratamento.

Outro problema que vai ser apresentado pela associação diz respeito à dificuldade de acesso dos doentes ao medicamento Boceprevir (para o genótipo 1), já aprovado em Portugal, mas que alguns hospitais têm dificuldade em disponibilizar, por dificuldades financeiras.

Em Maio, um grupo de peritos apresentou um documento no qual aconselha Portugal a adoptar novos modelos de financiamento e negociação que garantam o acesso dos doentes com hepatite C aos medicamentos mais eficazes, estimando-se que a doença custe anualmente 70 milhões de euros.

Alguns dias depois, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, sugeriu na Assembleia Mundial da Saúde uma aliança de vários países para uma “maior clarificação dos preços” dos novos medicamentos para a hepatite C, lembrando que os preços dos novos fármacos para esta doença “têm um considerável impacto no orçamento da saúde”.

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