Substâncias tóxicas psicoactivas perigosas
Há alguns anos atrás, estas substâncias eram utilizadas como medicamentos, sobretudo como complement
Anfetaminas

As anfetaminas são substâncias obtidas artificialmente a partir do alcalóide de uma planta denominada Ephedra vulgaris, tendo capacidade de provocar um efeito estimulante do sistema nervoso central semelhante ao da cocaína, pois diminui o cansaço, o sono e o apetite e provoca uma sensação de bem-estar.

A ação destas substâncias varia consideravelmente, dependendo do indivíduo, do ambiente e das circunstâncias.

Podem referir-se, no entanto, os seus efeitos mais comuns:

Efeitos Imediatos

Sensação de euforia manifestada sob a forma de: excitação nervosa, insónia, loquacidade, aumento do grau de confiança e da auto-satisfação, agitação e, em algumas ocasiões, agressividade, falta de apetite, fadiga e hiperactividade.

Uma das ações próprias das anfetaminas é a sua capacidade de incrementar o nível de atenção e de concentração em determinadas tarefas, razão suficiente para o seu uso difundido nos meios estudantis.

A nível físico, a pessoa pode manifestar:

- Transpiração;
- Sede;
- Taquicardia;
- Aumento da tensão arterial;
- Náuseas;
- Má disposição;
- Dor de cabeça;
- Vertigens;
- Frequência de tiques exagerados e anormais da mandíbula ou movimentos estereotipados.

As sobredosagens aumentam a temperatura corporal e podem causar:

- Inquietação;
- Alucinações;
- Irritabilidade;
- Taquicardia;
- Náuseas e vómitos;
- Cãibras no abdómen;
- Insuficiência respiratória e cianose;
- Impotência e alterações na libido;
- Dificuldade de micção;
- Convulsões;
- Morte.

Efeitos a longo prazo e potencial de dependência:

- Quando são administradas por via oral com fins terapêuticos, por exemplo para emagrecer, é menor a probabilidade de ficar dependente;
- O abuso de anfetaminas por via oral e o seu consumo por via intravenosa produz efeitos similares aos da cocaína;
- Provoca graves depressões, uma alta tolerância e intensa dependência psicológica, o que desencadeia um forte desejo da substância e uma necessidade imperiosa de a consumir;
- A característica mais notável é o aparecimento do quadro denominado psicose tóxica anfetamínica, caracterizado por hiperexcitabilidade, tremores, sintomas delirantes e alucinatórios. Esta psicose tóxica pode, com frequência, ser confundida com a esquizofrenia.

É provável, que os sintomas de abstinência, próprios dos dependentes das anfetaminas, não obedeçam tanto à falta desta droga como ao esgotamento dos sistemas de neuro transmissão adrenérgico e dopaminérgico (Beneit et al., 1990). Trata-se de um quadro clínico caracterizado pela letargia, fadiga, insónia ou hipersónia e depressão. Vai desaparecendo em poucos dias, embora os seus efeitos residuais, como a irritabilidade, alterações do sono e inclusivamente as ideias suicidas, possam persistir durante meses.

Usos terapêuticos

Alguns derivados anfetamínicos continuam a ser utilizados como anorexígénios no tratamento da obesidade, embora o tempo da sua administração tenha que ser muito limitado devido ao rápido desenvolvimento da tolerância.

No âmbito da psiquiatria, utiliza-se no tratamento de perturbações com deficit de atenção da criança e como coadjuvante nalguns tipos de depressão.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Actividade física com reduzido risco de lesões
São muitos os benefícios proporcionados pela prática de hidroginástica.
Quatro pessoas em piscina a fazer hidroginática

Recomendado principalmente para grávidas, idosos e pessoas que sofram de dores nas articulações, excesso de peso e obesidade, é também procurado por todos os que não estão incluídos nestes grupos. As aulas são normalmente colectivas, e contam sempre com o auxílio de um instrutor que orienta os alunos através de planos de treino com diferentes exercícios.

O meio aquático faz com que a redução do peso corporal seja de aproximadamente 90%. Este factor, associado á flutuabilidade e consequente redução de tensões provocadas nas articulações, explica o porquê de ser um desporto com baixo índice de lesões.

Como meio relaxante que é, para além de melhorar o sistema circulatório, a água actua também no combate dos níveis de stress aumentado o sentimento de bem-estar.

A quantidade de lesões nas articulações e traumatismos provocados pela prática de desportos aeróbicos terrestres, levou a que se começasse a explorar mais o meio aquático como alternativa. Para além das lesões causadas pelos impactos nas articulações, qualquer pessoa com problemas articulares estava, desde logo, condicionada à prática de muitos desportos.

Os exercícios praticados são muito semelhantes aos praticados na ginástica convencional, com a diferença que no meio aquático a resistência oferecida pela água é muito maior à do ar. Comparando séries de exercícios iguais, dentro e fora de água, o esforço despendido para a realização dos mesmos é nitidamente maior quando praticados dentro de água.

A utilização de pesos, normalmente utilizada como sobrecarga em desportos fora de água, é substituída por outro tipo de acessórios como as bolas ou fitas elásticas. Ao recorrer a este tipo de acessórios, verifica-se que o aumento da massa muscular se torna num processo muito mais rápido.

Sendo uma modalidade que tem vindo a sofrer um grande desenvolvimento, os tipos de exercícios são bastante diversificados e com fins específicos para as necessidades de cada praticante, independentemente da faixa etária ou da condição física.

Indicada especificamente para pessoas com:

  • Dores nos músculos e/ou articulações
  • Tendinites
  • Contusões e contracturas musculares
  • Ruturas e luxações de ligamentos
  • Problemas na coluna
  • Artrite reumatóide
  • Incapacidades físicas diversas

Comprovados que estão os benefícios a nível físico, verificam-se também bastantes a nível psicológico. Exercícios que para alguns seriam muito difíceis, ou mesmo impossíveis de realizar, tornam-se possíveis devido à flutuabilidade dos corpos. Este é sem dúvida um factor que eleva a autoconfiança e consequentemente a autoestima.

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A Randomized Clinical Trial
To investigate whether oral supplementation with Lactobacillus reuteri DSM 17938 during the first 3

 

Authors: Flavia Indrio, MD; Antonio Di Mauro, MD; Giuseppe Riezzo, MD; Elisa Civardi, MD; Cristina Intini, MD; Luigi Corvaglia, MD; Elisa Ballardini, MD; Massimo Bisceglia, MD; Mauro Cinquetti, MD; Emanuela Brazzoduro, MD; Antonio Del Vecchio, MD; Silvio Tafuri, MD, PhD; Ruggiero Francavilla, MD, PhD

 

IMPORTANCE Infantile colic, gastroesophageal reflux, and constipation are the most common functional gastrointestinal disorders that lead to referral to a pediatrician during the first 6 months of life and are often responsible for hospitalization, feeding changes, use of drugs, parental anxiety, and loss of parental working days with relevant social consequences.

OBJECTIVE To investigate whether oral supplementation with Lactobacillus reuteri DSM 17938 during the first 3 months of life can reduce the onset of colic, gastroesophageal reflux, and constipation in term newborns and thereby reduce the socioeconomic impact of these conditions.

DESIGN A prospective, multicenter, double-masked, placebo-controlled randomized clinical trial was performed on term newborns (age <1 week) born at 9 different neonatal units in Italy between September 1, 2010, and October 30, 2012.

SETTING Parents were asked to record in a structured diary the number of episodes of regurgitation, duration of inconsolable crying (minutes per day), number of evacuations per day, number of visits to pediatricians, feeding changes, hospitalizations, visits to a pediatric emergency department for a perceived health emergency, pharmacologic interventions, and loss of parental working days.

PARTICIPANTS In total, 589 infants were randomly allocated to receive L reuteri DSM 17938 or placebo daily for 90 days.

INTERVENTIONS Prophylactic use of probiotic.

MAIN OUTCOMES AND MEASURES Reduction of daily crying time, regurgitation, and constipation during the first 3 months of life. Cost-benefit analysis of the probiotic supplementation.

RESULTS At 3 months of age, the mean duration of crying time (38 vs 71 minutes; P < .01), the mean number of regurgitations per day (2.9 vs 4.6; P < .01), and the mean number of evacuations per day (4.2 vs 3.6; P < .01) for the L reuteri DSM 17938 and placebo groups, respectively, were significantly different. The use of L reuteri DSM 17938 resulted in an estimated mean savings per patient of €88 (US $118.71) for the family and an additional €104 (US $140.30) for the community.

CONCLUSIONS AND RELEVANCE Prophylactic use of L reuteri DSM 17938 during the first 3 months of life reduced the onset of functional gastrointestinal disorders and reduced private and public costs for the management of this condition.

TRIAL REGISTRATION clinicaltrials.gov Identifier: NCT01235884

Functional gastrointestinal disorders (FGIDs) are defined as a variable combination of chronic or recurrent gastrointestinal symptoms not explained by structural or biochemical abnormalities.1

Since FGIDs in childhood are age dependent, the Rome Foundation established 2 different pediatric committees to identify the criteria for FGID diagnosis: the Infant/Toddler Committee (age up to 4 years)2 and the Child/Adolescent Committee (aged 4-18 years).3 Infantile colic, gastroesophageal reflux, and constipation are the most common FGIDs that lead to referral to a pediatrician during the first 6 months of life and are often responsible for hospitalization, feeding changes, use of drugs, parental anxiety, and loss of parental working days with relevant social consequences.4

Although FGIDs have been considered self-limited processes, a low-grade mucosal inflammation and immune or motor alteration has been found in infants affected by colic, regurgitation, and constipation. This early traumatic insult to the intestine may represent a risk factor for the development of irritable bowel syndrome and psychologic problems later in life.5-7 Recent work indicates a crucial role of the intestinal microbiota in the pathogenesis of gastrointestinal disorders as in FGIDs,8 and many studies target probiotic therapy for specific conditions such as colic,9 regurgitation,10 and constipation.11 The effect of a probiotic could play a crucial role in the modulation of intestinal inflammation.

We performed a prospective, multicenter, double masked, placebo-controlled randomized clinical trial to evaluate whether oral supplementation with Lactobacillus reuteri DSM17938 during the first 3 months of life can reduce the onset of colic, gastroesophageal reflux, and constipation in term newborns and thereby reduce the socioeconomic impact of these conditions.

Methods

Enrollment
The study was carried out between September 1, 2010, and October 30, 2012, in 9 Italian pediatric units. The ethics committees of each participating institution approved the study protocol, and written informed consent was obtained from parents before inclusion of participants.

Eligibility
Inclusion criteria were (1) gestational age more than 37 to less than 41weeks, (2) age less than 1week on entry into the study, (3) birth weight adequate for gestational age, (4) Apgar score ofmorethan8at 10minutes, (5)no congenital disorders and/or clinical or physical alterations at clinical examination, and (6) no antibiotic or probiotic administration before inclusion.

Study Design
Infants were randomly allocated to receive either L reuteri DSM 17938 or placebo. The active study product consisted of freeze dried L reuteri suspended in a mixture of pharmaceutical grade sunflower and medium-chain triglyceride oils supplied in a dark bottle fitted with a dropper cap. Five drops of the formulation, delivering a dose of 1 × 108 colony-forming units of L reuteri DSM17938,were administered to the newborns each day for 90 days. Parents were instructed to deliver the drops directly in the mouth of the infants. The placebo consisted of an identical formulation of oils supplied in an identical bottle, except that the live bacteria were excluded. There were no differences in smell or taste between the 2 formulations. Analysis of total Lactobacillus counts was performed in our laboratory on a sample probiotic bottle to ensure the viability of the live bacteria. The investigators assessed compliance through a weekly telephone call to record missed or refused probiotic administration. Both the L reuteri DSM 17938 and placebo study products were manufactured and donated by BioGaia AB.

Sample Size
With an α level of 0.05 and a power of 90% to detect an absolute difference of 15%between the proportion of infants with FGIDs in the placebo (assumed to be30%) and probiotic groups, a sample size of 460 (230 in each group) was needed.

Randomization
An independent statistician generated the random allocation sequence, which was stratified for sex and gestational age. The study personnel, health care workers, and parents were masked to the study group allocation. Random allocation was performed using Stata 9 software (StataCorp LP).

Masking
Both parents and investigators were masked to the intervention and remained unaware of group assignments during the study.

Symptom and Data Evaluation
Parents were asked to record daily the number of episodes of regurgitation (defined as the passage of refluxed gastric contents into the oral pharynx), periods of inconsolable crying (minutes per day as already described in the literature12), and the number of evacuations. Using a structured diary, parents were asked to record the number of visits to pediatricians, feeding changes, hospitalizations, access to a pediatric emergency department for a perceived health emergency, pharmacologic interventions, and loss of parental working days. The parents recorded the data from recruitment up to age 3months. Adverse events related to the protocol were monitored by prompted questions on the telephone. To promote uniform documentation by the parents and to confirm that the infants were given the study products correctly, 1 investigator for each center (A. Di Mauro, E.C., C.I., M.B., L.C., E.B., and A. Del Vecchio) was always available by telephone to help parents. All families received a weekly telephone call or personal meeting with one of the investigators, and all infants were observed at visits each month.

Primary and Secondary Outcomes
The primary outcome was to evaluate if L reuteri DSM 17938 supplementation from the first days of life can reduce inconsolable crying, improve regurgitation, and modify bowel movements in neonates during the first 3 months of life.

Secondary outcomes included a cost-benefit evaluation of the supplementation, calculated with the number of primary care pediatrician visits, feeding changes, hospitalizations, access to a pediatric emergency department, loss of parental working days, and the use of simethicone, cimetropium bromide, and natural or herbal products to control gastrointestinal symptoms.

Statistical Analysis
Quantitative data (daily time crying, bowel movements, and regurgitation) were expressed as mean (SD) differences. The t test for unpaired samples was used to compare groups. For pediatrician visits, feeding changes, hospitalizations, access to a pediatric emergency department, loss of parental working days, and use of drugs, the χ2 test was used to compare the percentages between groups. For all tests, P < .05 was considered significant.

Cost assessment was made by analyzing the costs for the family and community related to the frequency of each parameter in the treated and non treated groups. Costs were as follows:

1. Medical examination in the pediatric emergency department (€20.66 [US $27.87] for each examination, as provided by the Italian Ministry of Health)

2. Work loss days (€43.15 [US $58.21] for each day, as provided by the Italian Ministry of Welfare)

3. Drugs (at cost, defined in the list fromtheNational DrugAuthority)

4. L reuteri (€60.48 [US $81.59] for the complete treatment) Community costs were based on factors 1 and 2, while costs for the family were based on factors 3 and 4. This calculation was made since the National Health System in Italy covers all costs for pediatrician visits, and the National Welfare System finances all work loss expenses.

Results

Using the inclusion criteria, 589 newborns were initially included in the study, while 468 completed the 3-month study. Of these, 238 received L reuteri DSM 17938 supplementation and 230 had placebo (Figure). Participants were lost to follow- up because of voluntary withdrawal, withdrawal by the investigator for protocol violation, relocation from the study area, and use of antibiotics, proton-pump inhibitors, or other antacids. Demographic characteristics at baseline are described in Table 1. No clinically relevant differences between the 2 groups were seen at baseline, and the randomization procedure was successful.

After 1 month of intervention, infants receiving L reuteri DSM 17938 displayed a significant decrease in crying time, a significant increase in evacuation frequency, but no significant difference in regurgitation episodes compared with those given the placebo (Table 2). At the end of the 3-month intervention, significantly decreased crying time and significantly increased evacuation frequency were still evident (Table 3). Furthermore, infants who received L reuteri DSM 17938 showed significantly decreased regurgitation frequency compared with those who received the placebo (Table 3). There were no adverse events reported that were related to the trial.

At the end of the study, there were significantly less pediatric emergency department visits, lost parental working days, and use of agents to promote gastrointestinal comfort in the infants who received L reuteri DSM17938 (Table 4). The frequency of feeding changes during the study was unaffected by the intervention (Table 4). The mean cost per child for each family related to these parameters was €150 (US $202.35) and €238 (US $321.06) for infants who received L reuteri DSM17938 and placebo, respectively, while the mean cost per child for the community was €133 (US $179.42) and €237 (US $319.71) for infants who received L reuteri DSM17938 and placebo, respectively. Thus, the prophylactic use of L reuteri DSM17938 resulted in an estimated mean savings per participant of€88(US $118.71) for the family, considering also the cost of the probiotic supplementation (Table 4) and an additional €104 (US $140.30) for the community. The assessment model used is straightforward and conservative and does not take into account indirect costs (such as those related to parental anxiety, exhaustion and stress, and increased number of visits to the family pediatrician), all of which increase the costs in the untreated group, augmenting the expected benefit of treatment.

Discussion

Daily administration of L reuteri DSM 17989 early in life decreased the reported incidence of inconsolable crying, regurgitation, and functional constipation in the first 3 months of life. There were no adverse events, and the supplementation was well tolerated. The socioeconomic impact of supplementation was a savings of €88 (US $118.71) for the family and €104 (US $140.30) for the community. To our knowledge, this is the first randomized clinical trial to address the use of a probiotic to prevent FGIDs in neonates. The study was adequately powered, and to serve as a proof of concept, we chose to perform a multicenter study that included a sufficient number of patients to increase the generalizability of our results.

Although infantile colic is not considered a serious problem, it is the cause of 10% to 20% of all pediatrician visits in the first 4 months of life and can lead to parental anxiety, exhaustion, and stress. Nearly 50% of all healthy infants aged 3 months and younger regurgitate at least once a day, with infant regurgitation representing 25% of pediatric consultations and 3% of gastrointestinal pediatric consultations. Constipation is generally responsible for 3% of all pediatric visits and can have several implications on the quality of life for both the child and the family.4

Functional gastrointestinal disorders in the neonatal period are often considered self-limiting clinical conditions, even though numerous studies in the literature reported these conditions as an early traumatic event predictive of different disease later in life.7,13 Furthermore, a recent study showed a significant association between migraine and history of infantile colic, where for children with migraine, the odds of having had colic as an infant were significantly increased.6

Our group performed a retrospective study of 3000 children diagnosed with irritable bowel syndrome according to Rome III criteria in our pediatric gastroenterology outpatient unit and matched them with healthy controls. The healthy children were evaluated through each child’s personal national health booklet and a parental interview. The results show that children diagnosed with irritable bowel syndrome had a higher percentage of neonatal infantile colic, regurgitation, and constipation than those without irritable bowel syndrome.13

The role of early life events in consequent FGIDs later in life is still controversial, even though some noxious stimulations at birth (ie, gastric suction or alteration of intestinal microbiota) might promote the development of long-term visceral hypersensitivity and cognitive hypervigilance, leading to functional disorders.14-16 Early life events could increase visceral sensitivity and mucosal permeability, alter the balance of the enteric microflora, and increase mucosal and neurogenic low-grade inflammation, altering the signal of the gutbrain-microbiota axis.17

In support of this broad concept, several studies have found associations between maternal stress and anxiety during pregnancy and high amounts of infant crying in the weeks after birth.18-20

Driving a change of colonization during the first weeks of life through giving lactobacilli may promote an improvement in intestinal permeability; visceral sensitivity and mast cell density and probiotic administration may represent a new strategy for preventing these conditions, at least in predisposed children. A recent article by deWeerth et al21 indicates the presence of microbial signatures in the firstweeks of life in infants who later develop colic. These microbial signaturesmay be used to understand the excessive crying and offer opportunities for early diagnostics as well as for developing specific therapies.

The use of L reuteri DSM17938 was cost-effective. Symptoms related to FGIDs are common from birth to 6 months of age.10 These conditions often cause numerous visits to the pediatrician, changes in feeding patterns, parental anxiety, and loss of parental working days with important socioeconomic consequences. In our study, daily crying time decreased during the first month of treatment, whereas regurgitation was significantly reduced only after the third month of treatment, possibly explained by the different temporal presentation of these symptoms in infants. Regurgitation actually appears more often in the second and third months of life, while constipation and crying have their peak at 4 to 6 weeks of life.22,23

Finally, a prophylactic approach using L reuteri can save money for both family and society and provide a helpful psychologic effect on the parents. Indeed, it is well known that supporting parents by teaching them to manage the crying and, consequently, acting on parental vulnerability can have a dramatic influence on parent-infant interactions and outcomes in these conditions.

Our study has some limitations. There was a loss to follow-up of 16.8% of the study population, although the numbers lost in each group were similar and therefore should not significantly affect the results. Furthermore, an unselected general population was recruited, and the possible risk of over treating normal neonates cannot be excluded.

Conclusion

Given the considerable burden of morbidity and the socioeconomic impact of early-life FGIDs, new research should urgently be initiated not only to validate our results but also to tailor optimal schemes of intervention.

REFERENCES

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11. Coccorullo P, Strisciuglio C, Martinelli M, Miele E, Greco L, Staiano A. Lactobacillus reuteri (DSM 17938) in infants with functional chronic constipation: a double-blind, randomized, placebo-controlled study. J Pediatr. 2010;157(4):598-602.
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Ordem dos Psicólogos alerta
A Ordem dos Psicólogos alertou na passada sexta-feira para os “níveis elevados e persistentes” das doenças psicológicas nas...

“Há um conjunto de situações de carácter psicológico e de saúde psicológica que estão a ter uma expressão muito significativa entre as crianças e os jovens e que não podemos continuar a ignorar", disse o bastonário da Ordem dos Psicólogos, Telmo Mourinho Baptista. Aproveitando o Dia Mundial da Criança, que se assinalou ontem, a Ordem dos Psicólogos apresentou uma compilação de dados de estudos portugueses e internacionais que revelam que os problemas psicológicos das crianças têm aumentado e que actualmente uma em cada cinco crianças sofre deste tipo de problemas.

“Se for considerada esta prevalência, numa sala de aula com 30 alunos, existiriam cerca de seis crianças com problemas de saúde psicológica”, adianta a Ordem, estimando que apenas 10% a 15% dos jovens com problemas de saúde psicológica recebam ajuda.

A falta de psicólogos não se faz sentir apenas nas escolas, segundo Telmo Mourinho Baptista, que lembra que no Serviço Nacional de Saúde existem apenas 84 psicólogos a trabalhar na área da saúde mental na infância e na adolescência. “Isto é obviamente muitíssimo pouco. Temos problemas que se agravam e recursos que são minúsculos para estas coisas”, considerou, lembrando que nas escolas muitas vezes nem sequer é possível fazer este tipo de intervenção.

O bastonário considera também muito preocupante o número de crianças vítimas de bullying na escola (32% das crianças com 11 anos), bem como o número de raparigas (23% das raparigas com 11 anos, 29% com 13 anos e 35% com 15 anos) que refere sintomas somáticos e psicológicos como dores de cabeça e de estômago, irritação, mau humor, nervosismo ou dificuldades em dormir pelo menos uma vez por semana.

Entre os cinco e os 14 anos, o maior peso da doença na qualidade de vida deve-se às perturbações mentais e comportamentais, especialmente por depressão e ansiedade, revelam ainda os dados disponibilizados pela Ordem.

“O mais preocupante é ter jovens com depressão entre o 15 e os 19 anos. Sendo isso uma das principais causas de incapacidade entre os 10 e os 19 anos, segundo a Organização Mundial de Saúde, sabemos qual é o impacto: a probabilidade de que se tornarem adultos com elevados níveis de depressão e ansiedade é três vezes maior”, disse.

De acordo com um comunicado da Ordem dos Psicólogos, estes problemas na infância e na adolescência tem consequências duradouras ao longo da vida, como o baixo desempenho escolar, depressão e ansiedade, baixa auto-estima, abuso de álcool e drogas, delinquência e criminalidade. Para a Ordem é imperioso investir mais em serviços de psicologia sob pena de existirem “muitos custos acrescidos e muitos danos adicionais do ponto de vista do psicológico e do bem-estar”. “A situação está a agravar-se e não é atendida”, sublinhou Telmo Mourinho Baptista.

 

Com resultados promissores
Tratamentos experimentais prolongam sobrevivência no cancro do pulmão, ovário, tiróide e próstata.

Vários novos tratamentos contra cancros avançados do pulmão, sangue, tiróide e ovário, resistentes a outras terapias, mostraram resultados positivos, segundo testes clínicos divulgados no sábado e que confirmam os avanços feitos na luta contra a doença.

A Imbruvica (Ibrutinib), dos laboratórios americanos Pharmacyclics e Johnson & Johnson, conseguiu prolongar a vida de pessoas afectadas por leucemia linfoide crónica, que não respondiam à quimioterapia combinada com um anticorpo, o tratamento padrão para este cancro do sangue, o mais comum em adultos.

Este agente estimula a autodestruição de células cancerosas e bloqueia a sua proliferação. A agência que regula medicamentos e alimentos nos Estados Unidos (FDA) aprovou este medicamento no fim de 2013 para tratar linfomas resistentes e, em Fevereiro de 2014, para a leucemia.

É a primeira vez que um anti-cancerígeno ingerido por via oral permite um aumento claro da sobrevivência destes pacientes, reforçaram os pesquisadores, que apresentaram este estudo clínico na conferência anual da American Society of Clinical Oncology (ASCO), o maior colóquio sobre o cancro, reunido este fim-de-semana em Chicago (Illinois).

“Com o Ibrutinib, cerca de 80% dos pacientes ainda estavam em remissão um ano depois, duas vezes mais do que se pode esperar de uma terapia padrão", comentou John Byrd, professor de medicina na Universidade de Ohio, que fez este estudo com 391 pacientes com idade média de 67 anos. “Estes dados favorecem o uso deste medicamento como primeiro tratamento para estes doentes”, avaliou. Outros tratamentos permitiram atrasar em um ano e meio o avanço de tipos agressivos de cancro na tiróide.

 

No tratamento do cancro da tiróide

O Lenvatinib, um agente desenvolvido pelos laboratórios SFJ Pharmaceuticals, dos Estados Unidos, e Eisai, do Japão, também levou à redução do tumor em cerca de dois terços dos doentes.

"Confiamos que, com estes resultados, o Lenvatinib se tornará a primeira opção para tratar este tipo de cancro da tiróide", resistente ao iodo radioactivo, eficaz na grande maioria dos casos, disse Martin Schumberger, oncologista da universidade francesa Paris-Sud, que chefiou o teste clínico de fase 3 em 392 pacientes.

Um terceiro teste clínico, também apresentado na conferência da ASCO, esteve relacionado com o Ramucirumab (Cyramza), um anti-angiogénico do laboratório americano Eli Lilly que bloqueia a formação de vasos sanguíneos nos tumores.

Aprovado em Fevereiro de 2014 pela FDA para o tratamento do cancro agressivo de esófago, este medicamento permitiu prolongar a vida de doentes com cancro muito avançado do pulmão, segundo um teste clínico divulgado no sábado.

Este resultado modesto foi considerado, de qualquer forma, significativo pelos oncologistas, por ser "o primeiro tratamento que, em dez anos, permite melhorar a evolução deste cancro com um tratamento alternativo à quimioterapia", explicou Maurice Pérol, director do serviço de oncologia do tórax no centro contra o cancro da cidade francesa de Lyon e principal autor deste estudo.

Finalmente, um teste clínico com dois agentes experimentais tomados de forma combinada, o Olaparib e o Cediranib, do laboratório britânico AstraZeneca, permitiu duplicar, a 17,7 meses, a sobrevivência de mulheres vítimas de um cancro agressivo do ovário em relação às pacientes não tratadas com Olaparib. Trata-se do primeiro inibidor da enzima PARP que permite o reparo do ADN das células cancerosas.

O Cediranib, por sua vez, bloqueia a formação de vasos sanguíneos no tumor e o crescimento de células cancerosas.

Nenhuma destas duas moléculas ainda foi aprovada pela FDA.

Dispõe-se actualmente de muitas famílias de moléculas que agem sobre distintos objectivos e que permitem bloquear a proliferação de células cancerosas.

A quimioterapia tradicional, ao contrário, bloqueia unicamente a multiplicação destas células mas tem maiores efeitos colaterais.

“Nos últimos anos com o desenvolvimento alcançado pela medicina genómica tornou-se possível enfrentar tumores resistentes aos tratamentos padrão”, explicou Gregory Masters, oncologista do Helen Graham Cancer Center de Newark (Delaware, leste dos Estados Unidos).

 

Novo tratamento aponta avanços no combate ao cancro avançado da próstata

Uma nova estratégia de tratamento permitiu prolongar a vida de homens afectados por um cancro avançado da próstata, indicam os resultados de um teste clínico difundido este domingo durante uma conferência médica.

O estudo, feito com 790 homens diagnosticados com um cancro invasivo de próstata, demonstra que a quimioterapia combinada com um tratamento hormonal prolonga a vida destes pacientes em cerca de um ano.

“A terapia hormonal é o tratamento clássico do cancro da próstata desde os anos 1950”, disse Christopher Sweeney, oncologista do Instituto do Cancro Dana-Farber de Boston (Massachusetts), que desenvolveu esta pesquisa apresentada na mesma conferência.

“Trata-se do primeiro estudo que identifica uma estratégia que prolonga a vida de pessoas que acabam de receber um diagnóstico de cancro da próstata com metástase”, comentou. “Os resultados são importantes e esta terapia deveria ser o novo tratamento de referência para homens cujo tumor se propagou e podem suportar uma quimioterapia”, acrescentou Sweeney.

O cancro da próstata é estimulado por hormonas masculinas ou andróginas no sangue. O tratamento hormonal visa a reduzir sua quantidade. Embora esta terapia seja eficaz, a longo prazo o cancro torna-se resistente na maior parte dos casos.

A quimioterapia só costuma ser usada com a doença num estado avançado, apesar do tratamento hormonal.

Metade dos 790 doentes participantes no estudo foram tratados unicamente com terapia tradicional e os 50% restantes foram submetidos ao tratamento de supressão hormonal combinado com Docetaxel (Taxoten), um agente que impede a divisão e a multiplicação das células cancerosas.

Após um acompanhamento de 29 meses, 136 das pessoas tratadas apenas com terapia hormonal faleceram contra 101 do grupo que também se submeteu à quimioterapia.

O tempo médio de sobrevivência do grupo tratado apenas com terapia hormonal foi de 44 meses, e de 57,6 meses nos pacientes que receberam Taxoten.

O tempo médio de aparecimento de sinais clínicos de um novo avanço do cancro foi de 19,8 meses no primeiro grupo e de 32,7 no segundo.

 

Em 2013
Alguns doentes dizem que “não têm posses para ficar doentes”. Médicos desconhecem casos em que problemas económicos se...

Há cada vez menos pessoas a usufruir de baixa médica paga, segundo um relatório recente da Segurança Social que analisa a evolução, entre 2005 e 2013, de uma série de prestações sociais. Apenas 446 mil trabalhadores receberam no ano passado subsídio de doença. São menos 15% do que em 2005, diz o Público Online.

O relatório nota que desde há quatro anos se assiste a “uma diminuição constante e progressiva” do número de beneficiários. E o ano de 2013 foi mesmo o que registou “o menor número de beneficiários com prestações [de doença] pagas”.

“Baixa” é o termo vulgarmente utilizado para denominar os certificados de incapacidade temporária que determinam a atribuição de um subsídio de doença — uma prestação em dinheiro, atribuída ao beneficiário para compensar a perda de remuneração resultante do impedimento temporário para o trabalho.

Não se avançam explicações no documento do Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social para a redução do número de beneficiários dos subsídios. Efeito do aumento do desemprego? Resultados do combate à fraude? Ou haverá também pessoas a preferir trabalhar mesmo estando doente para não perder rendimentos? Foram estas as perguntas que fizemos.

Têm direito a subsídio por doença trabalhadores por conta de outrem, independentes e com seguro social voluntário. Desempregados, por exemplo, não podem beneficiar. Os funcionários públicos também estão fora destas contas.

Uma baixa até 30 dias implica, na maior parte dos casos, receber apenas 55% do salário. Se a paragem for maior (entre 31 e 90 dias) há direito a 60% da remuneração de referência, e por aí fora - a percentagem que o Estado cobre da remuneração do trabalhador sobe à medida que a duração da baixa também aumenta e, em alguns casos, pode haver majorações (pode acontecer, por exemplo, quando a remuneração de referência é igual ou inferior a 500 euros).

De resto, as regras mudaram em Janeiro de 2013: os primeiros três dias de baixa deixaram de ser pagos e os subsídios das baixas de curta duração (até 30 dias) baixaram de 65% da remuneração para 55%.

 

Estatísticas

Entre 2005 e 2013 o universo de empregados diminuiu 8,1% (passou-se de 4,8 milhões de empregados para 4,2 milhões, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística). Já a redução do número de beneficiários de subsídio de doença com prestações pagas foi de 15% (de 524.605 para 446.139, sem contar com baixas com internamento, à volta de 75 mil).

Ou seja, sim, a redução da população empregada explicará parte do fenómeno. Manuel José Soares, da Comissão de Utentes de Saúde do Médio Tejo, também o diz. Contudo, garante, isso não explica tudo.

Conta que tem tido conhecimento de “testemunhos concretos” de pessoas que “por causa das dificuldades económicas reduzem ao máximo a possibilidade de verem reduzidos ainda mais os seus rendimentos”. “Dizem que não têm posses para ficar doentes.” E “muitas nem vão ao médico”.

O facto de com as novas regras “as pessoas ficarem os três primeiros dias de baixa sem receber” terá agravado a situação, continua. Outros, “estão a contrato e têm medo de que os contratos não sejam renovados se forem de baixa”, conclui.

João Cabeto dirige a Associação Portuguesa de Insuficientes Renais (APIR) e acha que o problema é outro. “As pessoas estão doentes, os médicos prescrevem a baixa, as pessoas começam a receber [o subsídio por doença] mas depois vêm as comissões de verificação [de Incapacidades Temporárias, da Segurança Social] e dizem que a pessoa não pode receber.”

 

União Europeia
As portuguesas têm uma esperança de vida que é das melhores do mundo, mas desfrutam de muito menos anos saudáveis do que as...

Em apenas cinco décadas, as mulheres portuguesas ganharam quase 20 anos de vida, em média. A esperança de vida aumentou de forma impressionante, colocando Portugal no top ten mundial (em 2012, era de quase 84 anos). Mas há um reverso da medalha: as portuguesas desfrutam de menos anos de vida saudável do que as mulheres de grande parte dos países europeus. Conseguimos adiar a morte, mas não a doença. Os baixos salários e reformas e a herança pesada de uma “vida dura” de muitas mulheres que hoje são idosas, com reflexo na qualidade de vida, podem explicar uma parte deste resultado. Porém, há também que ter em conta que este indicador inclui uma auto-avaliação e, constatam os especialistas, “as mulheres queixam-se muito”.

Compare-se Portugal com a Noruega, o país melhor classificado em Healthy Life Years (HLY, sigla em inglês), indicador do número de anos de vida que uma pessoa pode esperar viver sem incapacidades ou limitações funcionais de longa duração. Quando se olha para a esperança de vida à nascença das portuguesas, 83,6 anos (os dados do base europeia Eurostat são diferentes dos do Instituto Nacional de Estatística recentemente divulgados porque este último calcula a média por triénios), estamos entre os melhores do mundo. As portuguesas já vivem mais, em média, do que as norueguesas, mas quando se tenta avaliar a qualidade com que passam os últimos anos de vida a diferença é enorme. Às segundas aguarda-as um cenário de envelhecimento bem mais animador: aos 65 anos, podem contar (e estamos sempre a falar de médias) com quase 16 anos de vida sem incapacidades. De regresso a Portugal, o futuro apresenta-se mais negro: aos 65 anos, na idade em que habitualmente se entra na reforma, as portuguesas podem esperar por seis anos de vida saudável. São quase dez anos de diferença.

Viver mais tempo é importante, mas saber se esse tempo é vivido com boa saúde também. Tanto que este dado é considerado desde há uma década como um dos indicadores estruturais da Comissão Europeia. Não basta por a ênfase na longevidade, mas avaliar também a qualidade de vida e o bem-estar dos cidadãos. O problema é que, no mapa da União Europeia (os dados são da Comissão Europeia), olhando para os anos de vida saudável no feminino, Portugal apenas aparece à frente de alguns países do Leste. A Eslováquia é o pior classificado, com uma média de 3,1 HLY (ver quadro).

Mesmo no contexto nacional, as mulheres perdem para os homens neste indicador específico. Vivem mais anos, mas com menos qualidade.

 

Professor de Hong Kong
Um professor universitário de Hong Kong provou aos seus alunos os efeitos nocivos do fumo do tabaco nos pulmões.

O professor universitário de Hong King criou uma máquina que aspira o fumo do tabaco para os pulmões de um porco para provar aos seus alunos os efeitos nocivos do fumo do tabaco nos pulmões. Os resultados foram reveladores e surpreendentes.

Ryan Au, professor no Yan Chai Hospital Tung Chi Ying Memorial School, estava preocupado com o número cada vez maior de estudantes que fumam, apesar de todos os avisos e imagens impactantes presentes nos maços de cigarros e na publicidade.

Então, chegou à conclusão de que o melhor alerta seria construir uma experiência que pudesse mostrar como, na realidade, o tecido pulmonar fica deteriorado com o fumo do tabaco.

Para tanto, criou uma máquina que inalava o fumo para os pulmões de um porco. O aparelho “fumou” 60 cigarros e, no final, os estudantes puderam ver que a traqueia ficou enegrecida e os pulmões de uma cor amarelada.

 

Longe do esperado
O Portal do Utente conta com 1 milhão de pessoas registadas, tendo já beneficiado dos seus serviços mais de 894 mil utentes,...

Dois anos após a sua criação, a utilização do Portal do Utente “está ainda longe das expectativas”, o que é justificado com “algum alheamento da população em geral, sobre a vantagem a retirar destes serviços disponíveis online”, disse Olga Silva, dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS). O portal conta com um milhão de pessoas registadas, tendo já beneficiado dos seus serviços mais de 894 mil utentes, uma utilização que ainda está aquém das expectativas do Ministério da Saúde.

“Marcar uma consulta online, com a vantagem de não ter que se deslocar ou esperar em filas, evitando gastos desnecessários, é um benefício fornecido pelo Portal do Utente, que ainda não foi entendido por grande parte dos utentes”, explicou.

 

Cientistas relacionam
Um grupo de investigadores, entre os quais portugueses, participou num estudo que relacionou a presença de um tipo de moléculas...

Mónica Botelho, cientista do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, no Porto, disse hoje à agência Lusa que a conclusão deste trabalho se refere “à presença e tipo de moléculas que são electrofílicas, ou seja, têm a capacidade de se ligarem a bases de ADN e provocarem lesões” que, se não forem reparadas, podem levar a mutações associadas a cancro ou à infertilidade.

“Queríamos tentar encontrar um bom marcador de prognóstico, porque o diagnóstico podemos fazê-lo facilmente”, disse a investigadora, acrescentando que o próximo passo é perceber se, ao encontrar estas moléculas que provêm do parasita, é possível usá-lo, “não tanto como diagnóstico, mas como prognóstico”, através de uma análise à urina dos doentes.

Assim, os especialistas poderão tentar perceber se os indivíduos com mais ou menos quantidade destas moléculas do metabolismo dos estrogénios “estarão em risco acrescido de ter, por um lado, cancro de bexiga e, por outro, infertilidade”, avançou Mónica Botelho.

A investigadora salientou que nem sempre os indivíduos infectados têm este marcador, mas ele só aparece em pessoas infectadas com pelo parasita schistosoma, na base da esquistossomose.

Os cientistas vão usar o modelo da infecção por schistosoma para estudar o cancro da bexiga e a infertilidade. "Precisamos de bons modelos para estudar os mecanismos, a resposta a medicamentos, as vias de sinalização e este está a tornar-se um bom modelo para estudar cancro e infertilidade", referiu Mónica Botelho.

“O problema inicial surgiu quando percebemos que esta doença, a schistosomose, ou infecção pelo parasita do schistosoma, mais precisamente o hematobium, estaria, além de associado a cancro de bexiga, também a infertilidade em regiões onde é endémico”, como Angola, explicou.

A esquistossomose- ou schistosomose - é mais frequente em África e na América do Sul e o parasita que mais aparece nos países africanos é o schistosoma hematobium, associado a cancro de bexiga e agora também a infertilidade.

Na América do Sul, aparece mais o parasita schistosoma mansoni, que não está associado a cancro, mas, quando associado a infertilidade, "a infecção vai ter uma importância maior", segundo a cientista do INSA.

O estudo teve a participação de investigadores em Angola e nos Estados Unidos, da Universidade de George Washington, além de Mário Sousa, do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), e de Alberto Barros, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, especialistas de infertilidade, e foi divulgado na publicação especializada Plos One.

 

Diferenças e a sua utilização em dietas
Fonte de proteínas, as carnes são alimentos que devem estar presentes numa alimentação saudável.
Carnes brancas ou vermelhas

A Organização Mundial de Saúde (OMS) indica que o consumo de carnes vermelhas não deve ultrapassar as 300g por semana e que se deve dar primazia às carnes mais magras, retirando ainda a gordura aparente.

De acordo com a opinião de vários nutricionistas, as diferenças mais notórias surgem no tipo de gorduras existentes nos dois tipos de carnes e nos nutrientes existentes. A título de exemplo, a carne de vaca apresenta mais ferro, mas também mais gordura. Já a carne de frango quando sem a pele é mais magra que a de vaca, mas carece de algumas vantagens presentes por exemplo no peixe, como o ómega 3 que é uma gordura diferente e mais saudável.

Carnes como javali, coelho e borrego podem ser incorporadas em dietas, uma vez que possuem menor quantidade de gordura do que a carne vermelha, mas o ideal é que o consumo maior venha de aves, que são as carnes mais magras. Portanto, associada a outros itens de uma alimentação saudável – como frutas, verduras e muita água – a carne branca acaba por se revelar a melhor opção, apresentando quantidade suficiente de proteínas com a vantagem de ter menos gordura.

Carnes vermelhas

Embora a ingestão de carnes vermelhas esteja a ser tão contestada, principalmente pelo conteúdo de gordura saturada, e por isso poder elevar os níveis de colesterol, não deixa de ser um alimento que contém uma elevada quantidade de nutrientes fundamentais para o crescimento e desenvolvimento do ser humano, como é o caso das proteínas que são fundamentais para o crescimento de músculos, órgãos e tecidos em geral.

É o tipo de carne – a vermelha - que contém a maior quantidade de ferro na sua composição, sendo, por isso, muito importante no combate à anemia, principalmente nos grupos de risco, nos quais se incluem crianças, mulheres grávidas e idosos. Além disso, é fundamental na formação do sangue e de algumas enzimas do sistema respiratório. O zinco, componente importantíssimo nas nossas mais variadas reacções enzimáticas, e que também participa no crescimento e funcionamento do sistema imunitário, é também encontrado em boa quantidade na carne vermelha.

Os possíveis malefícios da carne vermelha estão ligados à ingestão excessiva e predominantemente realizada com "partes” mais gordas. Estas são ricas em gorduras saturadas e colesterol, porém, se forem consumidos com moderação e, principalmente, em equilíbrio com demais tipos de alimentos, através de uma alimentação equilibrada, não influenciarão negativamente uma vida saudável. Assim, a ingestão deve ser feita preferencialmente com "partes” mais magras (filé mignon, lombo, etc.), deixando as carnes mais gordurosas para ocasiões esporádicas.

Carnes brancas

Já as carnes brancas são conhecidas por apresentarem alguns benefícios em relação à carne vermelha. A começar pela menor quantidade de lípidos, gorduras saturadas e colesterol na sua composição.

Em relação às proteínas, apesar de conterem quantidade praticamente semelhante à carne vermelha, possuem valor biológico inferior à carne vermelha. Também são consideradas boas fontes de ferro, de minerais, como fósforo e potássio, e de vitaminas, como niacina e ácido pantoténico.

Entre a vermelha e a branca…

A carne suína é resultado da produção tecnológica da indústria alimentícia, apresentando hoje em dia um reduzido teor de gorduras, calorias e colesterol em relação há 25 anos. Não há um claro consenso no que respeita à classificação desta carne, se branca ou vermelha. A verdade é que a sua composição e valor nutricional podem ser alterados de acordo com o tipo de "parte” e modo de preparo. O consumo também deve ser feito com moderação e alternando os demais tipos de carne (carne bovina e aves).

As "partes” que privilegiam a camada adiposa do animal, como o toucinho, carne de barriga entre outros permanecem com maior teor de gordura e colesterol que a carne bovina.

Contudo, a carne suína é fonte de proteínas de alto valor biológico, apresenta boas quantidades de aminoácidos, como leucina, lisina e valina, e é de alta digestibilidade. É a principal fonte de vitamina B1, boa fonte de niacina e riboflavina, além de minerais como ferro e selénio.

Numa dieta equilibrada, tente dar prioridade às proteínas de alto valor biológico nas principais refeições, tendo sempre cuidado com os exageros, uma vez que, em excesso, podem causar malefícios citados anteriormente.

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Saiba como controlá-la
Vulgarmente chamadas de feridas, as hemorragias externas são normalmente derivadas de acidentes, e
Hemorragia externa

Nas emergências que envolvam hemorragias, ou seja, perda de sangue, devem ser tomadas medidas decisivas e rápidas. Uma queda ou um acidente na cozinha podem provocar as referidas hemorragias, que vulgarmente se chamam de feridas, sendo algumas graves.

Se não existir nenhum objeto estranho na lesão, por exemplo um vidro, fazer pressão direta é o método mais indicado para controlo da maioria das hemorragias externas. Nestes casos a prioridade deve ser parar a saída de sangue fazendo pressão com a ajuda de uma compressa esterilizada ou de um pano limpo e seco.

Outro método possível para controlar uma hemorragia é aplicar gelo (devidamente protegido com um pano). Se a lesão for num braço ou numa perna, pode-se ainda elevar o membro ferido.

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Saiba quais são
A maçã é uma fruta com um excelente valor nutritivo, que o ajuda a evitar doenças e a sentir-se jove
Mulher a comer maçã

Conheça 10 dos maiores benefícios que a maçã lhe pode proporcionar:

1.Colesterol mais baixo

Ter os indicadores de colesterol altos pode causar problemas de saúde a prazo. Comendo maçãs, ingere nutrientes que podem reduzir os níveis de colesterol LDL (vulgarmente conhecido como mau colesterol) e colesterol total. Estudos revelam que duas maçãs por dia potenciam a redução dos níveis de colesterol em 16%. Com tal redução, comer maçãs pode ser a maneira mais fácil de baixar o colesterol.

2.Melhor digestão

Para as pessoas com problemas de digestão, as maçãs são uma maneira fácil de ficarem saciadas. As maçãs contêm fibra que ajudam a regular o sistema digestivo. Isto significa evacuações mais regulares, suaves, menos dor e desconforto da prisão de ventre. Com as melhorias na digestão, a prazo, a maçã também previne certos distúrbios do estômago.

3.Aumento de energia

Os açúcares naturais da maçã não só sabem bem como fornecem um suplemento de energia natural. É por isso que a maçã é uma óptima opção para uma refeição matinal ou para o pós-treino. Para além de saboroso, o gosto da maçã dá-lhe a energia que precisa (uma maça com casca, de tamanho médio, tem cerca 238 kJ) sem ter de recorrer a cafeína ou bebidas energéticas.

4.Tratamento de anemia

As maçãs contêm ferro, o que pode ser uma forma de tratar a anemia. O ferro aumenta os níveis de hemoglobina no organismo, que neutraliza os efeitos da anemia. É por isso que, ao sentir-se fraco ou prestes a desmaiar, comer uma maçã ajuda. Os açúcares naturais combinados com o teor de ferro dão-lhe o impulso que precisa para se sentir bem novamente.

5.Redução do risco de cancro

As maçãs proporcionam benefícios que ajudam a reduzir determinados tipos de cancro. As fibras regulam o sistema digestivo, reduzindo o risco de cancro no cólon. Para além disso, estudos revelam a relação entre o consumo regular de maçã e o reduzido risco de cancro da mama e no pulmão. De uma forma geral, as maçãs são eficazes na prevenção do cancro.

6.Menor risco de doenças cardiovasculares

As maçãs, ricas em antioxidantes, são um dos frutos mais benéficos para a saúde cardiovascular. Ao consumirem maçãs, as pessoas evitam a oxidação de gorduras o que diminui o risco de uma longa lista de problemas cardíacos crónicos, incluindo doenças cardiovasculares. Uma vez que o risco de problemas de coração aumenta com a idade, nunca é tarde demais para começar a comer maçãs.

7.Alivio para a asma

Se sofre de asma, beber sumo de maçã ajuda-o a aliviar os sintomas. Estudos relacionam a toma diária de sumo de maçã com a redução eficaz de muitos problemas respiratórios associados a asma. A justificação científica deste benefício está nos nutrientes antioxidantes e anti-inflamatórios contidos nas maçãs. Para melhores resultados, certifique-se de que bebe sumo de maçã natural. Mulheres grávidas podem também evitar a asma nos seus filhos comendo bastantes maçãs durante a gravidez.

8.Melhor controlo de diabetes

Pessoas com diabetes podem sofrer sérios efeitos a prazo relacionados com a doença, incluindo a neuropatia, problemas de visão e doença renal. Ao comer maçãs regularmente, pode ajudar a evitar alguns destes riscos. As maçãs contêm pectina, que alivia a necessidade de insulina do organismo. Além disso, os polifenóis das maçãs ajudam a regular o açúcar no sangue.

9.Melhor visão

Os problemas oculares são muitas vezes difíceis de prevenir, contudo, as maçãs podem ajudar a aliviar alguns dos efeitos da má visão. As maçãs contêm uma quantidade considerável de vitamina A e vitamina C, que ajudam a atenuar a falta de visão nocturna. Reforçam também os músculos dos olhos, ajudando a prevenir o agravamento de problemas de visão.

10.Prevenção de Alzheimer

Um dos benefícios mais incríveis das maçãs é a sua capacidade de prevenir a doença de Alzheimer. Embora ainda estejam em curso estudos neste domínio, vários já confirmaram a existência de um componente especial nas maçãs chamada quercetina que protege as células do cérebro dos danos dos radicais livres, a principal causa da doença de Alzheimer. Esta descoberta veio dar aos devoradores de fruta mais um argumento para venerarem a maçã.

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Semana Internacional da Tiróide
Termina hoje a comemoração da Semana Internacional da Tiróide que permitiu “uma maior visibilidade d

Nos últimos anos, tem sido maior a visibilidade e relevância dada às doenças da tiróide quer por parte dos profissionais de saúde, quer da população em geral. Prova disso são os “estudos recentes conduzidos pelo Grupo de Estudo da Tiróide em grávidas e em crianças em idade escolar vieram revelar uma insuficiência moderada dos níveis de iodo na população portuguesa, traduzindo um aporte inadequado de iodo na alimentação”, explica Luis Raposo, coordenador do Grupo de Estudo da Tiróide (GET) da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM).

Com base nestes estudos, a Direcção-Geral da Saúde tem vindo a elaborar normas de orientação clínica, algumas das quais ainda em discussão pública, das quais se destaca a norma sobre aporte iodado na grávida, as normas sobre o cancro da tiróide e a norma sobre a abordagem dos nódulos da tiróide.

Por outro lado a Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo e os vários Serviços de Endocrinologia portugueses têm desenvolvido de forma regular variadas iniciativas formativas no âmbito da tiróide. Mas ainda assim, segundo Luis Raposo, “continua a ser muito importante o reforço da sensibilização dos médicos de família, principais protagonistas no diagnóstico e terapêutica da patologia tiroideia, e da sua articulação com a especialidade”.

Na opinião do mesmo responsável “a maior visibilidade das doenças da tiróide prende-se em parte com uma provável elevada prevalência da disfunção tiroideia e da patologia nodular da tiróide na população portuguesa e consequentes preocupações com sintomas muitas vezes associados à disfunção tiroideia e com o risco de cancro da tiróide”.

Apesar de não ser conhecido nenhum estudo nacional que aborde o impacto socioeconómico das doenças da tiróide, o especialista supõe que, “a disfunção tiroideia, a patologia nodular da tiróide e a carência iodada na população portuguesa, tenham forte impacto atendendo à sua elevada prevalência”. Por isso o especialista alerta para “um adequado aporte iodado que poderá contribuir para a redução da prevalência do bócio nodular e da disfunção tiroideia e reduzir o risco fetal durante a gravidez.

À semelhança de tantas outras situações, o diagnóstico precoce da disfunção tiroideia, nomeadamente em populações de risco poderá contribuir para um tratamento mais atempado, principalmente as mulheres em idade fértil devido ao risco fetal da disfunção tiroideia materna durante a gravidez.

 

Principais doenças da tiróide

As doenças da tiróide podem traduzir-se por alterações funcionais ou morfológicas e os distúrbios da função tiroideia podem envolver um acréscimo de função (Hipertiroidismo) ou uma diminuição da mesma (Hipotiroidismo).

As disfunções tiroideias, numa fase inicial, podem ser subclínicas, ou seja, a hormona reguladora da tiróide – a TSH- está alterada mas os níveis sanguíneos das hormonas tiroideias são ainda normais. Assim, o hipotiroidismo subclínico, que se traduz apenas por uma TSH aumentada, é a forma mais prevalente de disfunção tiroideia, podendo atingir cerca de 8 a 9% da população. “Já o hipotiroidismo subclínico poderá ter um risco anual de evolução para uma forma clínica de 3%”, refere o especialista, acrescentando que, “a Tiroidite auto-imune é a principal causa de disfunção tiroideia podendo ter uma prevalência superior a 10%, em particular no sexo feminino”.

Já do ponto de vista morfológico, diz Luís Raposo, “podemos considerar o bócio difuso -a alteração morfológica mais frequente - e o bócio nodular.”

A prevalência de nódulos da tiróide palpáveis, na população, poderá atingir 3 a 7% mas a prevalência ecográfica de nódulos da tiróide é muito superior (20 a 76%). Contudo, “apesar da elevada prevalência, a maior parte dos nódulos da tiróide são benignos, cerca de 95%”, refere Luís Raposo.

O cancro da tiróide é o tumor endócrino mais frequente (> 90%), mas apenas contribui para cerca de 1% de todos os cancros em Portugal.

 

Dados estatísticos

Segundo os dados do Observatório Europeu do Cancro (ECO), no ano de 2012, Portugal apresentou uma incidência anual (novos casos) de cancro da tiróide de 4.4 casos por 100,000 (6.4 no sexo feminino e 2.2 no sexo masculino por 100,000) e uma mortalidade de 0,5%. Para além disso, os dados disponíveis em Portugal sugerem um aumento da sua incidência, acompanhando a tendência na Europa e no mundo. Este aumento, conta Luis Raposo “tem ocorrido sobretudo à custa dos carcinomas de menor diâmetro, com muito baixo risco, mas a grande maioria dos doentes com cancro da tiróide tem um bom prognóstico”.

Já a prevalência do cancro da tiróide apresenta variações geográficas: maior no Norte, menor no Sul e intermédia no Centro de Portugal. Na opinião do responsável, “estas diferenças poderão dever-se, em parte, a assimetrias no acesso a consultas de especialidade e a exames de diagnóstico (nomeadamente a citologia aspirativa) e diferenças de critérios na indicação para a citologia dos nódulos da tiróide e para a cirurgia do bócio multinodular simples”.

Dada a falta de dados estatísticos em Portugal que possam orientar os profissionais e instituições de saúde, Luís Raposo explica ao Atlas da Saúde, que “o Grupo de Estudo da Tiróide (GET) tem actualmente em curso um projecto para a avaliação da prevalência nacional da disfunção tiroideia e da tiroidite auto-imune e pretende realizar em breve estudo de prevalência ecográfica de nódulos da tiróide na região Norte”. Para além dos referidos estudos, o GET propõe-se, em breve, analisar os dados disponíveis dos Registos Oncológicos Regionais com o objectivo de avaliar tendências na evolução da incidência do cancro da tiróide em Portugal.

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
“Prevenção do Cancro”
O Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro organiza a primeira acção de formação dirigida a profissionais...

No próximo dia 5 de Junho, quinta-feira, o Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (NRC-LPCC) organiza a primeira acção de formação dirigida a profissionais de farmácias da Região Centro com o objectivo de os tornar agentes activos na prevenção primária e secundária do cancro, promovendo conhecimentos sobre a doença oncológica, incluindo causas e factores de risco, sinais e sintomas de alerta, diagnóstico precoce, programas de rastreio e cancros rastreáveis. Esta sessão, com a duração de quatro horas, realiza-se na Sede do NRC-LPCC, a partir das 16:30.

A acção, intitulada “Prevenção do Cancro”, começa com a apresentação da Liga Portuguesa Contra o Cancro, pelo Dr. Miguel Pina, seguida de uma intervenção sobre Epidemiologia e Prevenção Primária do Cancro, pelo Prof. Doutor Vitor Rodrigues e termina com a temática da Prevenção Secundária do Cancro: Cancros Rastreáveis, pelo Dr. António Morais.

A LPCC-NRC considera que as Farmácias são canais privilegiados e de grande relevo na área da educação e promoção da saúde pelo contacto universal, diário e pessoal com a comunidade, razões que justificam acções de formação e sensibilização certificadas na temática da doença oncológica junto dos Profissionais das Farmácias.

O cancro é a segunda principal causa de morte nos países desenvolvidos e encontra-se entre as três principais causas de morte nos países em vias de desenvolvimento. A sua incidência continua a aumentar de ano para ano, particularmente nos países em vias de desenvolvimento, sendo que, pelo menos, cerca de sete milhões de pessoas morrem de cancro anualmente.

Divulgar informação sobre o cancro e promover a “Educação para a Saúde”, com ênfase para a sua prevenção, é um dos objectivos da Liga Portuguesa Contra o Cancro, que se assume como uma entidade de referência nacional no apoio ao doente oncológico e família, na promoção da saúde, na prevenção do cancro e no estímulo à formação e investigação em oncologia.

As inscrições poderão ser efectuadas através do e-mail [email protected], ou através do número 239487490.

 

Como o da MERS
Uma equipa internacional de cientistas anunciou ter descoberto um composto que combate os coronavírus, responsáveis por surtos...

Os coronavírus afectam o sistema respiratório dos humanos e são responsáveis por até um terço de todas as constipações.

Uma estirpe mais severa do vírus, que terá sido transmitida por morcegos, provocou a epidemia da Síndrome Respiratória Aguda Severa (SRAS) de 2002, que matou quase 800 pessoas.

A Síndrome Respiratória do Médio Oriente (MERS) é a nova estirpe, descoberta na Arábia Saudita em 2012 e que terá tido origem em camelos.

Mais mortal, mas menos contagiosa, infectou até agora 636 pessoas, das quais 193 acabaram por morrer.

Agora, uma equipa de investigadores liderada por Edward Trybala, da Universidade de Estocolmo, na Suécia, e Volker Thiel, da Universidade de Berna, na Suíça, diz ter descoberto um composto chamado K22, que parece bloquear a capacidade do vírus de se alastrar em humanos. Os cientistas começaram por reparar que o K22 era capaz de combater uma forma fraca do coronavírus, que provoca sintomas semelhantes ao das constipações, e demonstraram depois que o mesmo composto combate estirpes mais sérias, incluindo a SRAS e a MERS.

Num artigo publicado na revista PLOS Pathogens, os cientistas explicam que o vírus se reproduz em células do sistema respiratório humano. O vírus controla as membranas que separam diferentes partes das células humanas, transformando-as numa espécie de armadura em volta de si mesmo para começar o seu ciclo de reprodução.

O K22 actua numa fase anterior, evitando que o vírus controle as membranas das células.

“Os resultados confirmam que o uso da membrana da célula hospedeira é um passo crucial no ciclo de vida do vírus”, escrevem os investigadores.

Os cientistas defendem que o actual surto de MERS aconselha um investimento urgente em ensaios com o K22 fora do laboratório e no desenvolvimento de medicamentos.

A Arábia Saudita tem sido o país mais afectado pela MERS, com a maioria dos casos registados e das mortes, mas o Egipto, a Jordânia, o Líbano, a Holanda, os Emirados Árabes Unidos, e os EUA também já registaram casos de infecção, a maioria dos quais de pessoas que tinham estado na Arábia Saudita.

A Organização Mundial de Saúde admitiu há duas semanas que a sua preocupação com a MERS “aumentou significativamente”.

As preocupações centram-se no rápido aumento de casos, na fragilidade sistémica na prevenção e controlo da infecção, assim como nas falhas existentes na informação clínica e na possível exportação de casos para países especialmente vulneráveis.

O vírus provoca uma infecção pulmonar e os afectados sofrem de febre, tosse e dificuldades respiratórias, não havendo por enquanto tratamento preventivo para a doença.

 

Fundação Champalimad apresenta
A Fundação Champalimad apresentou hoje a nova unidade de cirurgia de ambulatório. Sala custou “2 milhões e várias centenas de...

Uma sala branca com uma marquesa no meio rodeada de aparelhos que se controlam à distância e que permitem ter imagens em tempo real dos órgãos do doente e dos procedimento médicos que estão a decorrer. Esta é a nova sala híbrida da cirurgia de ambulatório da Fundação Champalimaud, avança o Diário de Notícias.

“Esta sala completa o projecto inicial do Centro Clínico Champalimaud de tratamento em ambulatório”, explicou a presidente do conselho de administração, Leonor Beleza. Um investimento de "quase três milhões de euros" que vai permitir que a Fundação trate os seus doentes sem que estes tenham de ser encaminhados para um serviço de ambulatório.

O método usado nesta unidade vai ser “o menos invasivo possível”, de forma a permitir “uma mais rápida recuperação do doente”, sublinhou o director da unidade, Nuno Figueiredo. Depois da cirurgia, “o doente sai da sala e vai para unidade de recobro”, onde pode permanecer durante 12 horas. No entanto, o responsável clínico garante que se for necessário um internamento mais longo ou nos cuidados intensivos, o doente pode ser transferido para uma unidade hospitalar.

Tendo em conta que “90% dos episódios de tratamento de cancro são feitos em ambulatório”, Leonor Beleza espera que este novo serviço possa dar resposta a todos os casos que procuram o Centro. Ainda não há estimativas de atendimentos, mas actualmente são acompanhadas diariamente “mais de 300 pessoas” e a Fundação espera este ano receber mais de 15 mil doentes. Neste momento, são atendidos no Centro doentes dos subsistemas de saúde e seguros de saúde, não estando previsto vir a receber doentes do Serviço Nacional de Saúde.

No entanto, Leonor Beleza não fecha a porta a um diálogo, se a isso estiver disposto o Ministério da Saúde. “Não está nas nossas mãos. Estamos dispostos a eventualmente, um dia, discutir isso, mas neste momento é uma coisa que não nos retira tranquilidade ao nosso trabalho”.

 

Ordem apela a médicos
A Ordem dos Médicos apelou hoje aos médicos para prescreverem as receitas manualmente, alegando a excepção prevista na lei de...

“Não é possível continuar a tolerar e há meses que alertamos o Ministério da Saúde, que não se preocupa com as dificuldades dos médicos”, disse o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, numa conferência de imprensa em que apresentou um conjunto de reivindicações para o sector, as quais terão o acordo deste organismo e também dos sindicatos médicos.

Esta tomada de posição da Ordem dos Médicos foi tomada após vários meses de denúncias de dificuldades com a aplicação da Prescrição Electrónica de Medicamentos (PEM) que estarão a dificultar o trabalho dos clínicos na prescrição de medicamentos e meios de diagnóstico e terapêutica.

A Ordem exige, assim, “a suspensão por tempo indeterminado da utilização dos programas informáticos ineficazes – nomeadamente a PEM -, exigindo a imediata reposição do link do módulo de prescrição do SAM [Sistema de Apoio ao Médico] em todos os locais em que foi cortado e em que os médicos o solicitem, recorrendo à prescrição manual, conforme definido na lei para as situações de falência informática”.

Questionado sobre a existência de receitas manuais que garantam o trabalho dos médicos, José Manuel Silva foi peremptório: “Tem que haver. Se não houver seria o Ministério da Saúde a boicotar o trabalho dos médicos”.

Nesta conferência de imprensa o bastonário apresentou um “memorando” com 13 conjuntos de exigências, algumas para aplicação imediata, como o regresso às receitas manuais, e outras, para as quais o Ministério da Saúde ainda terá algum tempo para responder.

As queixas dos médicos juntaram Ordem e sindicatos, que solicitaram ao ministro da Saúde uma reunião urgente.

 

Segundo a OMS
Segundo a Organização Mundial de Saúde, nos últimos anos assiste-se à disseminação das doenças transmitidas por vectores para...

Segundo a Organização Mundial de Saúde, mais de metade da população mundial corre risco de contrair doenças transmitidas por vectores, causa de um terço da mortalidade no mundo. Apesar de ocorrerem com maior predominância em áreas tropicais e subtropicais, nos últimos anos assiste-se à sua disseminação para outras áreas geográficas, com a Europa no horizonte.

A possibilidade de (re)introdução de doenças como a dengue e a malária no espaço europeu foi motivo de análise no encontro da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública (ANMSP) sobre doenças transmitidas por vectores. Médicos e outros profissionais da saúde debateram estratégias integradas para o controlo vectorial e a implementação de medidas de saúde pública adequadas.

Apesar dos casos de doenças vectoriais ocorrerem habitualmente em áreas tropicais e subtropicais, nos últimos anos assiste-se à sua disseminação para outras áreas geográficas. Esta propagação deve-se a vários factores, nomeadamente o aumento das viagens e comércio internacional, a introdução de novas práticas agrícolas, a evolução sócio demográfica da população, as migrações, as alterações climáticas e, actualmente, à crise que a Europa atravessa.

Segundo António Tavares, Delegado Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, a crise veio acentuar a pobreza e a criação de novos pobres o que “provoca, por falta de capacidade económica, a privação de certas necessidades básicas como os cuidados de saúde. Esta situação cria uma maior propensão para certas doenças, uma sobrecarga do Serviço Nacional de Saúde e a uma incapacidade de reposta dos profissionais a todos os grupos mais vulneráveis.”

 

Mosquitos como portadores mais comuns

Os vectores transmitem a infecção através de picada quando eles próprios são portadores de vírus e parasitas. Os mais comuns são os mosquitos (de várias espécies), mosca da areia e carraças. Apenas uma picada pode transmitir doenças como malária, dengue, chikungunya, febre do Nilo Ocidental, leishmaniose, doença de Lyme, febre-amarela, encefalite japonesa, entre outras.

De acordo com Maria João Martins, Coordenadora da Unidade de Saúde Pública de Lisboa Central, “muitas doenças são transmitidas por vectores que se não forem devidamente controlados, podem fazer-se levar em transportes internacionais e multiplicar-se, representando um risco para tripulantes, passageiros e propagando doenças noutros países”.

A monitorização destas doenças é uma preocupação habitual da Direcção-Geral da Saúde (DGS), de outras Instituições do Ministério da Saúde, como o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, ou de centros de investigação portugueses como o Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT) ou o Centro de Estudos de Vectores e Doenças Infecciosas Francisco Cambournac (CEVDI).

 

Também o INSA coordena a Rede de Vigilância de Vectores (REVIVE), que, de acordo com Fernanda Santos, do INSA/CEVDI, tem “como principal objectivo melhorar o conhecimento sobre as espécies de vectores presentes no país, vigiar a sua distribuição e actividade sazonal, contribuindo para o esclarecimento do seu papel como agentes de transmissão da doença e detectar atempadamente a introdução de espécies invasoras com importância em saúde pública, assim como emitir alertas”.

As recentes notificações de casos de transmissão autóctone de dengue e febre chikungunya na Europa mostram a nossa vulnerabilidade a estas doenças em áreas onde o mosquito invasor está presente. É, por isso, necessário reforçar a vigilância de espécies de mosquitos, em áreas de risco de importação e propagação de mosquitos ou de transmissão do vírus.

Isto é particularmente importante no contexto das mudanças climáticas que podem permitir um aumento de população de vectores e a amplificação do vírus.

 

 

Primeiro implante de desfibrilhador cardíaco
Acabam de ser realizados os primeiros implantes de um novo cardiodesfibrilhador que permite a realização de exames de...

Até hoje, os doentes portadores de cardiodesfibrilhador (CDI) estavam impossibilitados de realizar ressonâncias magnéticas de corpo inteiro devido a possíveis interacções entre esse exame de diagnóstico e a função do dispositivo implantado.

Este método diagnóstico tem tido um crescimento marcado em toda a Europa nos últimos anos, sendo actualmente considerada a técnica preferencial para diagnóstico de um elevado número de patologias nomeadamente as osteo-articulares, da coluna, oncológicas e principalmente Vasculares Cerebrais (como Acidentes Vasculares Cerebrais - AVC ou Acidente Isquémico Transitório - AIT).

Em doentes que apresentam um diagnóstico de AVC/AIT, a Ressonância Magnética é utilizada em pelo menos 42% dos casos, no período de 3 dias após o diagnóstico. Nos doentes com diagnóstico de "dor nas costas" esta técnica é utilizada em 30% das situações, no período de 30 dias após o seu diagnóstico.

De acordo com Francisco Morgado, cardiologista e presidente da Associação Portuguesa de Arritmologia, Pacing e Electrofisiologia (APAPE), "estima-se que mais de 63 por cento dos doentes com um CDI terá de realizar uma ressonância magnética no prazo de 10 anos. Com este novo equipamento médico, indicado para doentes com perturbações do ritmo cardíaco, deixa de existir essa restrição".

Para além de ser o primeiro CDI aprovado para ressonância magnética em qualquer parte do corpo, este novo dispositivo cardíaco apresenta outras características inovadoras como uma longevidade superior (até 11 anos), quando comparado com os seus antecessores.

Este inovador dispositivo foi implantado pelas equipas de cardiologia do Centro Hospitalar do Porto (Hospital de Santo António) e Centro Hospitalar do Alto Ave (Hospital de Guimarães).

Uma arritmia é um problema relacionado com o ritmo cardíaco. Em Portugal, morrem todos os anos mais de 15 mil pessoas por arritmia cardíaca.

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