Federação dos Médicos preocupada
O presidente da Federação Nacional dos Médicos, Sérgio Esperança, disse hoje estar “surpreso e preocupado” com os dados que...

O jornal Público adianta hoje que a indústria farmacêutica concedeu apoios e subsídios no valor de mais de 28,6 milhões de euros a profissionais e organizações do setor da saúde, entre Janeiro e Junho deste ano, mas que estes profissionais comunicaram que neste período receberam apenas 8,4 milhões de euros dos laboratórios.

Os dados usados pelo Público estão disponibilizados na plataforma informática da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), criada para divulgar apoios da indústria farmacêutica a profissionais e organizações do setor, associações de doentes e sociedades médicas incluídas.

Em declarações, o presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) disse estar surpreendido e surpreso com os dados divulgados mais de um ano depois da entrada em vigor da lei que obriga os médicos a notificar o Infarmed de que receberam apoios concedidos pelos laboratórios farmacêuticos superiores a 25 euros.

“Surpreende-nos estes comentários, nesta altura. Se de facto atingiu estas proporções, teriam que estar já referenciadas há algum tempo. Se isto acontece é porque as administrações não fazem o que deviam fazer”, salientou.

Para Sérgio Esperança, as “leis são feitas para cumprir e se há quem não as cumpra é porque não há quem vigie o seu cumprimento”.

“Estes números são enormes. Quando um médico sai numa comissão de serviço tem de registar os patrocínios que são atribuídos. Se isso não é feito, não é vigiado, os faltosos não têm desculpa, mas as administrações têm um papel relevante nisto e não o exercem”, concluiu.

Por seu turno, o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, defendeu hoje, em declarações, que o Ministério da Saúde, “em vez de criticar”, deveria substituir a indústria farmacêutica e apoiar a formação e a investigação científica dos clínicos.

“No sentido de estimular a transparência e aumentar a separação entre clínica e indústria farmacêutica, o ministério deve substituir a indústria no apoio à formação contínua dos médicos, porque se não o fizer, corremos o risco de serem afectadas. Infelizmente, o ministério não assume as suas obrigações e é, por isso, que o apoio da indústria farmacêutica é insubstituível”, argumentou José Manuel Silva.

O Bastonário da Ordem dos Médicos vai publicar em breve um parecer do seu departamento jurídico que esclarece que os médicos têm que comunicar donativos.

Contactado sobre este assunto, o Ministério da Saúde referiu que os dados referidos são públicos, resultam da lei, e remeteu mais comentários para o Infarmed, de quem ainda não foi possível obter uma resposta.

Ao jornal Público, o Infarmed, responsável pela plataforma informática e a sua monitorização, garantiu que tem vindo a “monitorizar esta ferramenta, prosseguindo com as alterações necessárias com vista à melhoria do seu funcionamento”.

Estudantes de medicina preocupados
A Associação Nacional de Estudantes de Medicina teme que a portaria que reclassifica os hospitais venha a prejudicar o ensino...

Para a Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM), a reclassificação dos hospitais não pode ser pensada sem ter em conta “o importante papel das unidades hospitalares portuguesas enquanto instituições com responsabilidade pelo ensino da medicina”.

Segundo um comunicado hoje divulgado, a associação espera que a nova categorização dos hospitais não conduza a um decréscimo de vagas para a formação pré e pós-graduada em medicina.

Os estudantes de medicina apelam a uma reavaliação da portaria publicada em Abril, que hierarquiza os hospitais, prevendo a retirada de serviços ou valências a algumas unidades.

“A portaria preconiza a perda de valências de várias unidades hospitalares, o que poderá afectar o ensino pré-graduado prestado pelas unidades hospitalares afiliadas a escolas médicas, assim como reduzir a capacidade formativa do internato médico”, refere a Associação Nacional.

A ANEM lembra que, actualmente, a formação médica está dependente de protocolos entre escolas médicas e unidades hospitalares, que permitem que “centenas de estudantes tenham uma formação clínica necessária e adequada em diversas especialidades médicas”.

Quanto ao internato médico, também cumprido nos hospitais, é o que permite aos estudantes tornarem-se médicos “autónomos e especialistas, garantindo a qualidade da prestação de cuidados de saúde em Portugal”.

A portaria que reclassifica os hospitais tem motivado várias acções de protesto, nomeadamente organizadas por sindicatos e utentes, que reclamam a revogação do diploma que retira valências a algumas unidades de saúde públicas.

Estudo sobre doença de Crohn
O projecto de Henrique Veiga-Fernandes, investigador do Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da...

Este prémio tem o valor de cerca de 255 mil euros e vai permitir que durante três anos a equipa de Henrique Veiga-Fernandes possa analisar a forma como as células inatas linfoides são controladas e assim procurar determinar a causas e novas terapias para doença de Crohn.

De um total de 69 projectos submetidos, a Crohn's & Colitis Foundation of America’s (CCFA) atribuiu oito prémios, sete a investigadores norte-americanos e um ao projecto liderado pelo investigador do Instituto de Medicina Molecular (IMM), constituindo o primeiro prémio na história da Fundação americana atribuído a uma equipa portuguesa.

Para Henrique Veiga-Fernandes este prémio “vai permitir elucidar novos aspectos da doença inflamatória do intestino. A esse respeito, os nossos resultados iniciais são muito promissores pois revelam a existência de uma nova molécula, até agora desconhecida, que controla as respostas inflamatórias intestinais. Esta descoberta abre agora portas para novas linhas de investigação inovadoras na terapêutica e diagnóstico da doença de Crohn.”

A Doença de Crohn carateriza-se por uma inflamação crónica que pode afectar qualquer segmento do tubo digestivo na qual os sintomas mais comuns são a diarreia, a dor abdominal e a perda de peso. Trata-se de uma doença crónica, multifatorial e ainda mal compreendida, que pode evoluir por surtos e para a qual ainda não há cura.

Em Portugal, estima-se que a prevalência seja de 73 por cada 100 000 habitantes, atingindo maioritariamente mulheres, apresentando um pico de incidência entre 17 anos e 39 anos.

Células inatas linfoides são uma classe de células do sistema imunológico descobertas muito recentemente. Estudos anteriores liderados pela equipa de Henrique Veiga-Fernandes (Nature, 2007; Nature, 2014), entre outros, têm relacionado estas células com a regulação de respostas imunes no intestino, principalmente através da sua capacidade de pro-inflamatória, na formação de tecido linfoide e na regeneração e homeostasia dos tecidos.

A equipa de Henrique Veiga-Fernandes pretende agora esclarecer como é que factores que regulam o sistema nervoso podem controlar a função inflamatória das células inatas linfoides e garantir a preservação de um intestino saudável.

Estudo conclui
Uma experiência concluiu que a actividade de centenas de genes nos organismos de um grupo de voluntários ficou severamente...

Num artigo publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), os investigadores avançam que os resultados do estudo explicam como o sono em insuficiência prejudica a saúde.

Os investigadores nomeiam doenças cardíacas, diabetes, obesidade e mau funcionamento do cérebro como possíveis causa do pouco descanso. O processo pelo qual o défice de sono altera o estado de saúde não é, no entanto, descrito pelos cientistas.

A equipa da Universidade de Surrey, no Reino Unido, recolhei amostras de sangue de 26 pessoas depois de estas terem dormido até dez horas por noite durante uma semana.

Na segunda fase dos testes, o mesmo grupo foi submetido a uma semana de sono insuficiente - menos de seis horas por noite. Logo depois, foram recolhidas novas mostras de sangue.

Ao comparar as amostras, os cientistas observaram que a actividade de 700 genes no organismo dos participantes alterou-se após a mudança no padrão de sono.

Cada gene contém instruções para a fabricação de uma proteína. Portanto, os que ficaram mais activos produziram mais proteínas e isso alterou completamente a configuração química no corpo dos voluntários.

O relógio natural dos organismos também ficou perturbado pela falta de sono. A actividade de alguns genes aumenta e diminui no decorrer do dia, mas esse efeito foi enfraquecido pelo défice de sono.

Colin Smith, da Universidade de Surrey, disse que “houve uma mudança dramática na actividade de muitos tipos diferentes de genes”, descreve a BBC.

“Áreas como o sistema imunitário e a forma como o organismo reage aos danos e ao stress foram afectadas”, acrescentou.

“Claramente, dormir é essencial para a reconstrução do corpo e a manutenção de um estado funcional. Caso contrário, vários tipos de danos parecem acontecer, o que pode resultar em doenças. Se não podemos reabastecer ou substituir as células, isso leva à formação de doenças degenerativas”, alerta.

 

O especialista lamenta ainda que muitas pessoas podem conviver com défices de sono ainda maiores do que os estudados.

Bastonário diz
O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, defendeu hoje que o Ministério da Saúde, “em vez de criticar”, deveria...

José Manuel Silva reagia assim, em declarações, à notícia divulgada hoje no jornal Público, segundo a qual a indústria farmacêutica declarou apoios e subsídios muito superiores aos efectuados pelos profissionais de saúde, explicando tratarem-se de donativos para formação e investigação dos médicos pela indústria farmacêutica.

“No sentido de estimular a transparência e aumentar a separação entre clínica e indústria farmacêutica, o ministério deve substituir a indústria no apoio à formação contínua dos médicos, porque se não o fizer, corremos o risco de serem afectadas. Infelizmente, o ministério não assume as suas obrigações e é, por isso, que o apoio da indústria farmacêutica é insubstituível”, argumentou.

O jornal Público adianta hoje que a indústria farmacêutica concedeu apoios e subsídios no valor de mais de 28,6 milhões de euros a profissionais e organizações do sector da saúde, entre Janeiro e Junho deste anos, mas que estes profissionais comunicaram que neste período receberam apenas 8,4 milhões de euros dos laboratórios.

Os dados usados pelo Público estão disponibilizados na plataforma informática da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), criada para divulgar apoios da indústria farmacêutica a profissionais e organizações do sector, associações de doentes e sociedades médicas incluídas.

Em declarações, o bastonário da Ordem dos Médicos disse que, por lei, desde Fevereiro de 2013, os médicos têm de notificar o Infarmed de que receberam apoios concedidos pelos laboratórios farmacêuticos superiores a 25 euros.

“Os apoios não são só a médicos. Há apoios a instituições, sociedades científicas, associações de doentes, enfermeiros. Não sei qual é a discrepância entre o apoio recebido e o declarado pelos clínicos ao Infarmed”, disse, acrescentando que a Ordem vai divulgar em breve um parecer jurídico que esclarece que os médicos têm que comunicar donativos.

José Manuel Silva sublinhou que a Ordem defende “acima de tudo a transparência”, mas considerou ser um absurdo da lei que os médicos tenham de reportar apoios à investigação e a congressos, quando a indústria já o faz.

“Não faz sentido os médicos também o fazerem, está lá tudo, mas obriga à duplicação de procedimentos sem necessidade. A indústria já faz essa notificação ao Infarmed. É obrigar os médicos a ter mais trabalho, mas enfim, cumpre-se, não há aqui nenhuma fuga à transparência. Está lá tudo”, salientou.

Contactado, o Ministério da Saúde referiu que os dados referidos são públicos, resultam da lei, e remeteu mais comentários para o Infarmed, cujo contacto ainda não foi possível.

Ao jornal Público, o Infarmed, responsável pela plataforma informática e a sua monitorização, garantiu que tem vindo a “monitorizar esta ferramenta, prosseguindo com as alterações necessárias com vista à melhoria do seu funcionamento”.

Greve na recolha de lixo em Lisboa
Os trabalhadores da limpeza urbana, em Lisboa, são as pessoas mais expostas ao risco decorrente da greve dos funcionários do...

“As pessoas mais expostas ao risco são os próprios trabalhadores, que uma vez terminada a greve vão ter de manipular o lixo e recomenda-se que tenham cuidado”, disse o presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública (ANMSP), Mário Jorge Santos.

A paralisação de quinta-feira, dia dos Casamentos do Santo António e das Marchas Populares e na véspera do dia da cidade, foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML) e pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), abrangendo todos os sectores e funcionários da autarquia e das juntas de freguesia de Lisboa.

Os trabalhadores do município também vão estar em greve ao trabalho extraordinário entre 13 e 22 Junho, e no dia 14 de Junho os trabalhadores da limpeza urbana vão parar entre as 00:00 e as 05:00.

Mário Jorge Santos adiantou que a recuperação (da higiene) da cidade é outro aspecto a ter em conta, pois, segundo o clínico, não se sabe se, quando a paralisação terminar, “se consegue dar destino a todos os resíduos acumulados”.

O presidente da ANMSP acrescentou que a acumulação de lixo biológico e orgânico “nunca é boa para a saúde”, nomeadamente numa época de temperaturas elevadas, que faz com que estes resíduos entrem mais facilmente em decomposição.

Ratos e moscas

Esta conjuntura pode também atrair animais, como ratos e moscas, que acarretam doenças, “embora na atualidade em Portugal essas doenças sejam raras”, frisou Mário Jorge Santos.

O presidente da ANMSP reconheceu, no entanto, que tratando-se de um período curto, “provavelmente não haverá grandes problemas”. De acordo com o profissional de saúde, tudo depende da gestão dos resíduos, que pode ser dificultada pelo processo de transferência de competências para as juntas de freguesia.

Miguel Coelho, presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, que inclui Alfama, o Castelo e a Mouraria, entre outros bairros, apontou que a greve “vai ter consequências muito nefastas para as populações destes bairros, (porque) vão vender muito menos”.

Mário Jorge Santos, presidente da ANMSP, recomendou que os visitantes evitem os locais de grande concentração de lixo e que os moradores tentem produzir o mínimo possível de resíduos.

Na terça-feira, o presidente da Câmara de Lisboa e o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa estiveram reunidos durante cerca de quatro horas e meia, mas sem que a greve tivesse sido desconvocada.

Novo implante
Um implante biodegradável capaz de libertar uma medicação dentro do olho de forma gradual, durante seis meses, chegou...

O dispositivo contém dexametasona, um medicamento anti-inflamatório da classe dos corticosteróides que é capaz de combater o edema macular, acumulação de líquido na mácula (parte central da retina, na parte posterior do olho).

O edema macular é uma complicação grave entre diabéticos e pode levar à perda de visão. Normalmente, ocorre entre os pacientes que não têm bom controlo da glicémia. Isto porque as variações de açúcar no sangue inflamam os vasos sanguíneos, que ficam mais permeáveis. Assim, podem ocorrer derrames de líquidos para o exterior dos vasos.

Parceria com Autism Speaks
O Google vai unir-se à Autism Speaks, fundação de pesquisa sobre o autismo, para anunciar esta semana um acordo no qual o...

O objectivo da parceria é acelerar a pesquisa sobre o tema. A informação foi divulgada pelo The Wall Street Journal.

O estudo de genes é considerado chave para o entendimento da doença de Alzheimer, cancro e autismo.

A ajuda do Google é considerada importante porque a base de dados sobre o ADN requer uma capacidade de processamento e armazenamento que muitas universidades e hospitais não têm.

Segundo sociedade
Apesar de a maioria das portuguesas desconhecer os principais sintomas e sinais subjacentes à doença venosa crónica, o número...

O diagnóstico e tratamento tardios, o excesso de peso, a falta de exercício físico, as gravidezes múltiplas e a predisposição genética são algumas das razões que podem explicar a elevada prevalência da doença. Hábitos de vida saudáveis e tratamento atempado são, por isso, essenciais para a prevenção e minimização das consequências desta patologia.

O Grupo Trofa Saúde organiza no próximo sábado (14 de Junho), nas instalações do Hospital Privado de Alfena, a III Conferência “Varizes e hiperhidrose – Tratamentos modernos e inovadores”. Pensada para todos os profissionais de saúde interessados, vão ser apresentadas técnicas inovadoras que têm sido desenvolvidas nos últimos anos, como a radio frequência ou ablação mecânica/química.

“O número de portuguesas que sofre desta patologia tem vindo a aumentar nos últimos anos, e felizmente existe um conjunto de tratamentos que lhes permite recuperar a qualidade de vida e evitar complicações mais sérias. Para impedir que este número continue a crescer, estamos constantemente à procura de tratamentos inovadores”, realça Paulo Pimenta, especialista de Cirurgia Vascular do Grupo Trofa Saúde.

A conferência realiza-se entre as 10:00 e as 12:00 e os interessados deverão inscrever-se, de forma gratuita, através do e-mail [email protected] ou do telefone 229 688 700. Todos os participantes recebem um certificado no final da conferência.

Sociedade Portuguesa de Oftalmologia
Os erro refractivos são uma condição óptica em que, num olho em repouso, os raios de luz paralelos não focam de forma conjugada...

Segundo a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO), a correcção destes erros é feita facilmente através da utilização de óculos, lentes de contacto ou cirurgia refractiva, conforme indicações do médico.

Existem três tipos principais de erros refractivos, explica Paulo Torres, presidente da SPO: “se uma imagem é focada à frente da retina estamos na presença de miopia e há dificuldade em ver imagens focadas à distância. Se a imagem é focada atrás da retina, estamos na presença de hipermetropia; neste caso, um objecto distante é visto com mais nitidez do que um objecto próximo. No entanto, especialmente nos jovens, a hipermetropia pode ser compensada através de um esforço muscular, pelo que as queixas de baixa acuidade visual podem ser poucas. Já no astigmatismo a imagem é focada em dois planos diferentes da retina, pelo que a imagem se torna desfocada, quer para longe quer para perto”.

Outro tipo de erro refractivo, que surge a partir dos 40 anos de idade, é a presbiopia, conhecida como “vista cansada”, que é uma incapacidade de focagem ao perto. “À medida que se envelhece, a lente do olho (cristalino) aumenta de volume e endurece o que, associado à diminuição da ação do músculo ciliar, vai dificultar o processo de acomodação”, afirma Paulo Torres.

O presidente da SPO salienta que os erros refractivos não podem ser prevenidos, mas podem ser diagnosticados e corrigidos. Nas crianças é importante que os erros refractivos sejam corrigidos o mais precocemente possível para não condicionar o completo desenvolvimento da função visual; isto é, para prevenir a ambliopia, o chamado “olho preguiçoso”.

Os erros refractivos podem ser corrigidos através de óculos, lentes de contacto e/ou cirurgia refrativa. “Os óculos são a forma mais simples e segura de correcção de um erro refractivo. As lentes de contacto, sendo colocadas diretamente sobre o olho, funcionam como a primeira superfície refractiva. Estão reservadas para os casos em que o uso de óculos não é possível pela distorção da imagem causada (casos de refracções assimétricas nos dois olhos ou refracções muito elevadas), ou quando, por uma questão profissional (desporto) ou estética, o uso de óculos não se adequa. No entanto, as lentes de contacto não deixam de ser um “corpo estranho”, pelo que podem provocar alterações da superfície ocular, especialmente se o seu uso for desadequado”, defende o especialista.

“As cirurgias com laser ou introdução de lente intraocular são outra das formas de correcção dos erros refractivos, mas podem ser contraindicadas se a estrutura ou a saúde ocular não for a melhor. Cada caso deve ser avaliado pelo oftalmologista assistente”, sublinha Paulo Torres.

Relativamente ao uso de computadores e sua relação com o agravamento dos erros refrativos, Paulo Torres desfaz o mito: “não há dados que comprovem que a utilização do computador contribua para o desenvolvimento de erros refractivos. Mas o uso continuado destes dispositivos pode condicionar muitas vezes um menor pestanejo e o aparecimento de sintomas de olho seco (visão turva, olho vermelho, sensação de ardência e corpo estranho)”.

Estudo
Comer muita carne vermelha no início da vida adulta pode aumentar ligeiramente o risco de cancro de mama, de acordo com um...

Substituir a carne vermelha por uma combinação de feijões, ervilhas e lentilhas, aves, nozes e peixe pode reduzir o risco da doença em mulheres mais jovens, dizem investigadores de Harvard.

No entanto, especialistas britânicos aconselham cautela, alegando que outros estudos não mostraram ligação clara entre carne vermelha e cancro de mama.

Pesquisas anteriores demonstraram que a ingestão de grande quantidade de carne vermelha e processada provavelmente aumenta o risco de cancro de intestino.

Os novos dados surgem de um estudo realizado nos Estados Unidos que acompanhou a saúde de 89 mil mulheres com idades entre 24 a 43 anos.

A equipa, liderada pela Escola de Saúde Pública de Harvard, analisou a dieta de quase 3 mil mulheres que desenvolveram cancro de mama.

“Ingestão elevada de carne vermelha no início da idade adulta pode ser um factor de risco para o cancro de mama”, escrevem na revista British Medical Journal.

Os próprios cientistas de Harvard, porém, descreveram o risco como “pequeno”.

O epidemiologista da Universidade de Oxford Tim Key disse que o estudo norte-americano descobriu “apenas um elo fraco” entre comer carne vermelha e cancro de mama, o que não era suficientemente forte para mudar a evidência apontada em estudos anteriores de que não há ligação definitiva entre a dois.

“As mulheres podem reduzir o risco de cancro de mama mantendo um peso saudável, ingerindo menos álcool e praticando exercícios, e não é uma má ideia trocar um pouco de carne vermelha - que está ligada ao cancro de intestino - por carne branca, feijão ou peixe”, acrescentou.

Segundo a directora da Unidade de Epidemiologia do Cancro da mesma universidade, Valerie Beral, dezenas de estudos já investigaram o risco de cancro de mama associado à dieta.

“A totalidade da evidência disponível indica que o consumo de carne vermelha tem pouco ou nenhum efeito sobre o risco de cancro de mama, por isso os resultados de um único estudo não podem ser considerados isoladamente”, disse.

O Ministério da Saúde britânico recomenda que pessoas que comem mais do que 90 gramas (peso cozido) de carne vermelha e processada por dia devem reduzir a porção para 70 gramas.

Entidade Reguladora da Saúde
A Entidade Reguladora da Saúde apurou que os beneficiários de cartões de saúde são discriminados e recebem cuidados de saúde ...

“Para a angariação e fidelização de clientes, os prestadores (de cuidados de saúde) sujeitar-se-ão a descontos que poderão ser incomportáveis e que poderão induzir os profissionais de saúde a alterar de forma inadequada a sua prática”, lê-se no relatório do estudo da A Entidade Reguladora da Saúde (ERS).

Esta pesquisa surgiu após o regulador ter recebido e investigado, “ao longo de anos recentes, um número crescente de exposições de utentes respeitantes a distintos aspectos dos cartões de saúde que se prendem designadamente com as cláusulas contratuais habitualmente firmadas pelas partes e a distinção entre aqueles e os seguros de saúde”.

Em análise hoje na AR
Mais de um mês após o adiamento da votação do texto final que deverá legalizar a maternidade de substituição, o grupo de...

Miguel Santos, deputado do PSD e presidente do grupo de trabalho que na Comissão Parlamentar de Saúde, está a trabalhar na alteração desta legislação e disse que os deputados têm agora mais dados, como um estudo de direito comparado sobre as soluções que os outros países adoptaram, solicitado à Assembleia da República.

Na altura do adiamento, segundo Miguel Santos, os deputados não estavam de acordo relativamente a algumas das questões do diploma, como o “arrependimento” da mulher que aceite ser “mãe” de substituição e as consequências do incumprimento contratual.

Na net
Já não são apenas os medicamentos para a impotência sexual ou para emagrecer que os portugueses encomendam através de sites...

“O grave é que até doentes que sofrem de hipertensão e colesterol, que usam medicamentos de marca, estão a recorrer à internet para encontrar alternativas mais baratas” – alerta Maurício Barbosa, revelando que lhe têm chegado denúncias de farmácias que detectam estas situações.

O bastonário diz que a compra de medicamentos online em sites que oferecem remédios mais baratos é muitas vezes um logro, mas que continua sem ser feita uma fiscalização sistemática nas fronteiras, por onde chegam as encomendas destes produtos.

“Estes fármacos não têm garantias de fabrico nem se sabe a sua composição. E os doentes que julgam que estão protegidos podem pôr em risco a sua vida”, alerta, lembrando que os utentes têm dificuldade em distinguir os sites que são legais dos restantes, que oferecem, em regra, medicamentos a preços mais baixos.

Travar esta compra é difícil. Ainda na semana passada, mais de 7,6 milhões de medicamentos falsificados foram apreendidos numa gigantesca operação da Interpol em todo o mundo. Nas fronteiras portuguesas foram detectadas 4.972 unidades de remédios ilegais, sobretudo para a disfunção eréctil, emagrecimento e anabolizantes, vindos da Índia, China, Singapura e EUA. Entre as encomendas, três destinavam-se a revenda, mas a esmagadora maioria era para consumo pessoal.

Sites com selos de garantia

Em Portugal, é proibido importar directamente medicamentos que não estão à venda no país. E o doente que encomende estes produtos através da internet pode ser multado, garante a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed). No entanto, não há qualquer penalização para um doente que importe um medicamento autorizado em Portugal, através de um site ilegal. Apenas o proprietário do website pode ser multado.

E estes locais na net, apesar de terem versões escritas em português, estão sediados noutros países, como os EUA, “não lhes sendo aplicável a legislação nacional”, diz o Infarmed. Em Portugal, apenas podem funcionar online as farmácias e locais de venda de medicamentos sem receita médica registados no Infarmed.

A falta de controlo dos produtos disponibilizados por sites ilegais é “um grave problema de saúde pública”, diz Maurício Barbosa. De tal forma grave que a Europa vai criar um selo para identificar todas as páginas de venda de medicamentos legais, seguindo a nova directiva de combate aos medicamentos falsificados, aprovada em 2011. A ideia é que, ao entrar num site, o consumidor encontre um logotipo que o remeta para a página da Autoridade do Medicamento, confirmado que esse site está autorizado. Segundo o Jornal Sol, o Infarmed recusou adiantar informação sobre a aplicação da medida.

Fundação assina protocolo inédito
A Fundação Portuguesa do Pulmão estabeleceu um protocolo com a Linde Saúde sobre o primeiro centro especializado em...

Como explica Teles de Araújo, presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão (FPP) “este protocolo é um passo muito importante para garantir a evolução positiva dos cuidados prestados nos programas de reabilitação respiratória. A Fundação vai avaliar estes programas e os resultados alcançados na saúde dos doentes. A reabilitação respiratória é uma componente fundamental no tratamento dos doentes respiratórios crónicos e permite, também, uma diminuição nas consultas não programadas, idas à urgência e internamentos.”

Será avaliada a melhoria significativa da qualidade de vida e tolerância ao esforço por parte dos doentes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) sintomáticos, bem como, com outras doenças respiratórias crónicas em fase estabilizada e em que está indicada a Reabilitação Respiratória.

“Esta monitorização do Programa de Reabilitação Respiratória pretende ajudar a reforçar a qualidade, a acessibilidade, a universalidade e a equidade dos cuidados assistenciais, bem como, ajudar na tomada de posições junto dos poderes públicos para adopção de medidas de interesse colectivo, que dê resposta à muito diminuta oferta de Programas de Reabilitação Respiratória, nomeadamente de proximidade”, continua o especialista.

Apesar da Reabilitação Respiratória ser uma componente fundamental no tratamento do doente respiratório crónico, Portugal revela uma das mais baixas taxas estimadas de doentes em Programa de Reabilitação Respiratória que se conhece, com apenas cerca de 0,1%.

A Reabilitação Respiratória é uma intervenção interdisciplinar, abrangente e integrada, que é indicada como parte integrante do tratamento de doentes com DPOC sintomáticos, bem como com outras doenças respiratórias crónicas. Os benefícios da Reabilitação Respiratória são a redução dos sintomas de fadiga e dispneia, reversão da ansiedade e depressão associadas, melhoria da tolerância ao esforço, melhoria na capacidade para a realização das tarefas da vida diária.

O AIR Care Centre®, inaugurado em Abril pela Linde Saúde, é o primeiro Centro de Reabilitação Respiratória de proximidade a prestar serviços ao doente respiratório crónico, focados na Reabilitação Respiratória, de forma integrada e interdisciplinar. Esta intervenção baseia-se em três pilares, avaliação e controlo clinico, exercício e educação do doente, a qual disponibilizará aos doentes respiratórios soluções inovadoras, eficientes e reconhecidas, que pretendem a diminuição das incapacidades físicas e psicológicas causadas pela doença respiratória e a alteração comportamental.

O AIR Care Centre® pretende também reduzir os custos directos e indirectos com a saúde relacionados com a diminuição dos doentes aos recursos dos serviços de saúde, internamento hospitalar e abstenção laboral dos doentes e ou familiares.

Como explica Maria João Vitorino, Homecare Business Manager da Linde Saúde “o protocolo estabelecido com a Fundação reforça o nosso compromisso com os doentes e com a melhoria da saúde respiratória dos portugueses. Esta avaliação permite-nos melhorar os cuidados, sempre que se justifique, e evidenciar o impacto da reabilitação respiratória na evolução positiva dos doentes.”

O protocolo foi assinado no âmbito do Congresso da Fundação Portuguesa do Pulmão, encontro científico que juntou sociedade civil, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, cardiopneumologistas e outros técnicos de saúde e que decorreu entre 5 e 6 de Junho em Lisboa.

Relatório aponta
No Fórum Global da Incontinência, que decorreu em Abril, foi apresentado um relatório que revela que os profissionais de saúde...

O documento “Especificação do Serviço de Incontinência Ideal” envolveu especialistas multidisciplinares de todo o mundo e delineia uma série de princípios baseados em evidência sobre a melhor forma de organizar os cuidados de proximidade para pessoas com incontinência e reduzir custos para os sistemas de saúde e assistência social.

Para João Paulo Nunes, Director da Escola Superior de Enfermagem S. Francisco das Misericórdias, que esteve presente no Fórum Mundial “a incontinência tem um grande impacto na qualidade de vida das pessoas e a nível económico, com custos directos, indirectos e intangíveis elevados. Repensarmos a organização dos cuidados para incontinência e a adopção de medidas sugeridas neste relatório faz especial sentido tendo em consideração a situação económica do país e o envelhecimento da população portuguesa”.

O especialista alerta ainda que “o relatório indica que a incontinência não tem sido uma prioridade para os sistemas de saúde e tem-se verificado uma tendência de redução dos recursos disponíveis para estes cuidados”.

O Relatório sugere que o papel do Enfermeiro deve tomar maior relevo no tratamento da incontinência, com uma transferência da responsabilidade dos cuidados básicos de incontinência para Enfermeiros especialistas em incontinência nos cuidados primários. O relatório recomenda a existência de um coordenador, que acompanhe todo o processo desde o diagnóstico e tratamento do doente e que faça a coordenação junto dos vários especialistas, num modelo centrado no doente.

“A importância da promover a autogestão da doença, por exemplo, através da utilização da Telemedicina, e uma maior aposta na formação dos profissionais de saúde específica para a incontinência são elementos destacados no relatório e que deveriam ser implementados em Portugal”, defende João Paulo Nunes.

A incontinência urinária afecta 600 mil portugueses, afectando cerca de 20% da população portuguesa com mais de 40 anos.

Controlar e gerir conflitos
O processo de crescimento da infância até à adolescência pode ser doloroso tanto para pais como para
Adolescência

A definição de adolescência diz que este é o período durante o qual o individuo procura estabelecer a sua identidade adulta, baseando-se e apoiando-se nas relações parentais. Isto indica que existe uma grande quota-parte de responsabilidade dos pais em relação à formação do carácter dos seus filhos e do que eles irão ser no futuro.

É muito difícil esta transição e uma das mais importantes, onde acontecem tanto mudanças físicas como psicológicas e é o início da viagem para a vida adulta e da busca da própria identidade. O adolescente mostra-se distante, agressivo, com variações de humor e facilmente irritável, pois é a partir deste período que ele procura o seu próprio espaço a partir do qual irá começar a travessia que o irá definir como pessoa.

Este processo é muito doloroso para os pais, uma vez que estão perante um ser em mudança e que se mostra muito diferente do que conheciam, mas os pais não se devem preocupar demasiado se estiverem certos que o seu meio familiar tem valores claros e definidos e que também existe amor e carinho para com ele.

Deve ser-lhe dado espaço e não tentar entendê-lo. Pode-se aconselhar o adolescente, mas sem o asfixiar, sendo a coisa mais importante que ele seja aceite da forma que ele quer. Embora o adolescente tenda a julgar e desafiar os pais, é preciso saber que ele também está a olhar para os pais como um modelo do que poderá ser no futuro.

É preciso haver respeito entre todos e fazer saber ao adolescente que ele será sempre aceite. Geralmente durante este período costumam ter a autoestima em baixo e tudo o que lhes seja dito será tomado em conta nas suas próximas decisões.

É uma etapa maravilhosa, onde o filho forma a sua personalidade e uma das partes mais importantes da sua vida.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Dicionário de A a Z
O gengibre é uma planta perene, da família das Zingiberáceas, que é utilizada com fins medicinais e
Gengibre

Fresco, seco, cristalizado ou em conserva pode ser utilizado em culinária de diferentes maneiras tanto em pratos doces como salgados.

O óleo essencial que contém canfeno, felandreno, zingibereno e zingerona, conferem-lhe propriedades terapêuticas.

Já há muito que é utilizado em xaropes para aliviar as dores de garganta. Quando fervido em água e ingerido como chá é usado no tratamento de gripes, constipações e tosse. Nos casos de sintomas de gota, artrite, dores de cabeça e na coluna, congestão nasal e cólicas menstruais utiliza-se normalmente em forma de compressas ou em banhos quentes.

Enquanto no Japão é utilizado para problemas de coluna e articulações em óleos para massagens, na China a raiz é usada contra a perda de apetite, membros frios, diarreia, vómitos e dor abdominal.

No Japão, depois de espremido e transformado em sumo, é usado para temperar frango. Já as conservas, são consumidas puras ou com sushi.
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Maldita dependência
A cocaína, um alcalóide ou princípio activo extraído das folhas da coca, uma planta originária da Am
Riscos de cocaína em ecrã de smartphone

Os efeitos da cocaína variam de acordo com a sua forma de apresentação, via de administração e doses ingeridas. A cocaína costuma apresentar-se sob a forma de um pó branco que os consumidores costumam inalar. No entanto, em alguns casos, é igualmente possível fumar cocaína ou pasta de cocaína, o que provoca um efeito mais forte, podendo também ser administrada por via intravenosa, após ter sido diluída, com efeitos mais rápidos e intensos.

Efeitos imediatos

  • Doses moderadas de cocaína produzem:
  • Ausência de fadiga, sono e fome;
  • Exaltação do estado de ânimo;
  • Maior segurança em si mesmo;
  • Prepotência: diminui as inibições e o indivíduo vê-se como uma pessoa sumamente competente e capaz;
  • Aceleração do ritmo cardíaco e aumento da tensão arterial;
  • Aumento da temperatura corporal e da sudação;
  • Reacção geral de euforia e intenso bem-estar;
  • Anestésico local.

Quando o uso é ocasional, pode incrementar o desejo sexual e demorar a ejaculação, mas também pode dificultar a erecção.

Com doses altas, os efeitos são:

  • Insónia, agitação;
  • Ansiedade intensa e agressividade;
  • Ilusões e alucinações;
  • Tremores, convulsões.

À sensação de bem-estar inicial segue-se, em geral uma decaída, caracterizada por cansaço, apatia, irritabilidade e um comportamento impulsivo.

Efeitos a longo prazo

Complicações psiquiátricas:

  • Irritabilidade;
  • Crises de ansiedade e pânico;
  • Diminuição da memória;
  • Diminuição da capacidade e da concentração;
  • Apatia sexual ou impotência;
  • Transtornos alimentares (bulimia e anorexia nervosa);
  • Alterações neurológicas (cefaleias ou acidente vascular cerebral);
  • Cardiopatias (arritmias);
  • Problemas respiratórios (dispneia ou dificuldade para respirar, perfuração do tabique nasal,...);
  • Importantes consequências sobre o feto durante a gravidez (aumento da mortalidade perinatal, aborto e alterações nervosas no recém-nascido).

Fazemos uma referência especial para a chamada "psicose da cocaína", com características similares à psicose esquizofrénica com predomínio das alucinações auditivas e das ideias delirantes de tipo persecutório.

Dependência

A cocaína é uma substância com enorme potencial de dependência. É a que provoca maior percentagem de dependentes depois de ser consumida em poucas ocasiões.

Devido à curta duração dos seus efeitos psicoativos e ao rápido aparecimento de sintomas de abstinência, provoca um consumo compulsivo. Apesar de não gerar uma síndrome de abstinência com sinais físicos típicos, as alterações psicológicas são notáveis: hiper-sonolência, apatia, depressão, ideias suicidas, ansiedade, irritabilidade, intenso desejo de consumo. Este estado pode conduzir ao abuso de depressores como as benzodiazepinas, o álcool e os opiáceos.

Um dos problemas mais graves consequentes do consumo de cocaína e de todas as drogas ilegais é o facto de a relação entre a concentração do produto e a composição da sua forma de apresentação, por vezes, não ser homogénea. De facto, o produto adquirido contém, em muitos casos, outras substâncias, como as anfetaminas, para que os seus efeitos sejam mais intensos, enquanto que noutras é mais fraca ou misturada com substâncias inactivas mais baratas, como o pó de talco. A principal consequência destas adulterações é o facto de o consumidor não saber ao certo a quantidade de produto que está a administrar, o que faz com que o excesso de doses e as intoxicações sejam mais frequentes, sobretudo quando a droga é administrada por via intravenosa.

Tratamento

Dado que a intoxicação aguda constitui um caso clínico muito grave, convém proceder-se à imediata hospitalização do paciente.

O tratamento da dependência compreende três fases. Na primeira, deve-se fazer a desintoxicação do toxicodependente, sendo necessário o internamento num centro especializado, de modo a controlar e tratar a síndrome de abstinência. Na segunda fase, onde a colaboração dos familiares e amigos é fundamental, deve-se reforçar a perda do hábito. Por fim, deve-se ajudar o paciente, de acordo com o caso, na sua reinserção social.

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Em Gondomar
Iniciativa envolve cerca de 90 crianças do ensino pré-escolar e básico.

Na próxima quinta-feira, dia 12 de Junho, das 9h00 às 12h00, cerca de 90 crianças da Escola Básica de Gens, em Gondomar, vão viver um dia diferente que será proporcionado pela Secção Regional Norte (SRN) da Ordem dos Enfermeiros (OE). O objectivo da iniciativa é “Desmistificar os medos dos profissionais de saúde”.

Para as crianças, em que tudo é cor, alegria, sorrisos, imaginação, fantasia e brincadeira é fácil imaginar o quanto assustador poderá ser entrar num hospital, ou consultório, um espaço que dita silêncio, frio, “sofrimento”, equipamentos estranhos e assustadores. A doença, independentemente da gravidade e provável hospitalização da criança, apresenta-se como uma situação de crise. As instituições de saúde são encaradas como lugares misteriosos e, por isso, como fonte de stress. Desse modo, o brincar é uma excelente forma de auxiliar a libertar o medo.

Os alunos da Escola Básica de Gens levarão para esta iniciativa o seu boneco preferido como “utente” e desempenharão o papel de “cuidadores”. Estes “pequenos enfermeiros”, vestidos a rigor, vão poder experimentar o dia-a-dia de uma profissão que está tão presente nas suas vidas. Sempre a fingir, vão poder cuidar dos seus “doentes” que serão submetidos a administrações de medicação e diferentes tratamentos.

Palhaços vestidos de enfermeiros também vão animar o dia dos mais pequeninos com diferentes brincadeiras, colagens e pinturas.

Tal como em casa vão brincar aos enfermeiros, mas desta vez em consultórios construídos à sua medida. Vão trocar os cadernos e os lápis por estetoscópios, medidores de tensão, xaropes, pensos, ligaduras e muitos outros materiais utilizados na prestação de cuidados.

Um dos objectivos desta iniciativa passa também pela promoção de saúde através de informação relativa a áreas como: higiene corporal e oral, alimentação saudável, vacinação e outras.

Com pequenas brincadeiras “faz de conta” a iniciativa terá uma forte componente pedagógica de educação para saúde.

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