Ministro da Saúde acusa
O Ministério da Saúde reagiu no Sábado passado à greve marcada pela Federação Nacional dos Médicos para 8 e 9 de Julho, dizendo...

“O Ministério da Saúde acredita que, até à data do agendamento da greve, a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) possa ainda rever as suas posições, poupando os cidadãos aos sacrifícios que representaria a falta ou o adiamento de cuidados de saúde”, adianta um comunicado de imprensa, que acrescenta que “vários dos pontos constantes da agenda apresentada pelos sindicatos são passíveis de negociação, entendimento e compromisso”. Contactada pelo PÚBLICO, a federação sindical remeteu para data posterior um esclarecimento sobre a alegada violação dos compromissos firmados há dois anos.

Depois de a FNAM ter anunciado que não ficou satisfeita com o resultado da reunião de 6ª feira com o ministro da Saúde, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) explicou, no Sábado, que não adere a esta forma de luta porque não desistiu de dialogar com Paulo Macedo, que aceitou recuar e reformular uma série de questões polémicas, como a proposta de código de ética e a reestruturação da rede hospitalar.

Quanto à Ordem dos Médicos (OM), assegura a sua “total abertura” para negociar com o ministério, mas em simultâneo deixa o aviso de que está disponível para apoiar medidas “indispensáveis para estimular o êxito autêntico” deste diálogo.

Lembrando que muitas das objecções apresentadas na reunião “mereceram do ministro uma aparente receptividade e uma resposta genericamente positiva”, como é o caso da portaria de classifica os hospitais e a proposta de código de ética já apelidada de “lei da rolha”, o SIM nota que o governante se comprometeu a marcar nova reunião dentro de 30 dias, “para se avaliar a prossecução dos pontos apresentados”. Sobre a paralisação, manifesta “a sua compreensão pela opção, caso se confirme”, mas sublinha que “cada organização médica é livre de tomar as posições que entender”.

“Num momento de profunda crise económica, financeira e social, a ética, a honra e a palavra são valores em que o SIM jamais cederá”, sustenta.

A Ordem dos Médicos parece disposta a esperar menos tempo para definir uma posição concreta. Aguarda que a tutela lhe envie, hoje, a acta da reunião do final da semana, para poder então aferir “a forma como as palavras e as frequentes afirmações genéricas de boa intenção são passadas a um documento com compromissos objectivos, concretos e datados”. Até porque, recorda, a reunião foi “motivada por um longo, e por vezes penoso, arrastar de situações por resolver, de ininterrupta e contraditória produção legislativa”.

Ao contrário do SIM, a Ordem defende que muitas preocupações dos profissionais não tiveram resposta no encontro com Macedo e dá os exemplos da lei do acto médico e da “recusa em corrigir os erros que, por exemplo, levaram o Hospital de Santarém, com uma honestidade que possivelmente irá ser amordaçada, a assumir a falta de qualidade da sua urgência geral”. Considera ainda que há uma “intensa campanha estigmatizante e mentirosa contra a dignidade de toda a classe médica” e a “imposição de um clima de perseguição e medo”.

8 e 9 de Julho
O Sindicato Independente dos Médicos informou no passadp Sábado que não vai aderir à greve convocada pela Federação Nacional...

Em declarações, o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Jorge Roque Cunha, afirmou que o sindicato não vai aderir à greve e, em comunicado, a estrutura sindical afirma que “não desiste de dialogar e negociar com o Ministério da Saúde porque entende que esse é o caminho que melhor defende e serve os interesses dos médicos seus associados”.

A presidente da Federação Nacional dos Médicos já tinha afirmado que comunicou ao ministro da Saúde a convocação de uma greve para 08 e 09 de Julho e explicou que a decisão foi tomada após uma reunião conjunta da Ordem dos Médicos (OM), da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e do SIM com o ministro Paulo Macedo realizada na 6ª feira à tarde.

Em Julho
A presidente da Federação Nacional dos Médicos revelou no Sábado ter comunicado ao ministro da Saúde a convocação de uma greve...

A decisão foi tomada após uma reunião conjunta da Ordem dos Médicos (OM), da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) com o ministro Paulo Macedo, que teve início às 17h de 6ª feira.

A reunião foi solicitada com carácter de urgência pelas três entidades, para exigir a correcção das “gravosas medidas que têm vindo a fragmentar e desqualificar a prestação de cuidados médicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.

“A FNAM anunciou ao senhor ministro o propósito de fazer greve nos próximos dias 8 e 9 de Julho", disse Merlinde Madureira.

O que preocupa os sindicatos do sector e a Ordem dos Médicos é a “grave e preocupante situação em que se encontram as instituições do SNS, quer do ponto de vista das condições de trabalho dos médicos, quer da qualidade dos cuidados prestados aos cidadãos, decorrente da política que tem vindo a ser implementada pelo Ministério da Saúde”, sublinharam as três organizações em comunicado divulgado quando foi pedida a reunião ao ministro.

Já a 30 de Maio a Ordem dos Médicos tinha exigido ao Ministério da Saúde que recuasse quanto à aplicação de um conjunto de medidas em curso, como o Código de Ética e a classificação dos hospitais, advertindo que, caso tal não se verificasse, apoiaria as acções sindicais, como a greve.

Farmácias do sector social
As Misericórdias e as Mutualidades saudaram na passada 6ª feira o facto de as farmácias sociais deixarem de ter de se...

O Governo aprovou na passada 5ª feira uma nova alteração ao regime jurídico das farmácias de venda ao público, para que as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) possam voltar a ser proprietárias das farmácias sem terem de constituir sociedades comerciais.

O regime que vigorava desde 2007 obriga as IPSS a criarem sociedades comerciais e a sujeitarem-se ao regime fiscal aplicável, para serem donas de farmácias.

No ano passado
Os doentes do Serviço Nacional de Saúde tiveram em 2013 o mais baixo tempo de espera para cirurgia, de sempre -- abaixo dos...

O relatório síntese do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), relativo a 2013, apresentado na passada 6ª feira, revela que o tempo de espera para cirurgias foi de 2,8 meses, descendo pela primeira vez abaixo dos três meses, e que até Dezembro do ano passado foram operados 544.377 doentes, mais 1,9% do que no ano anterior.

A percentagem de inscritos que ultrapassaram o Tempo Máximo de Resposta Garantida (TMRG) foi de 12,8%, no final de 2013, também o mais baixo resultado de sempre no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

No entanto, o tempo de espera para cirurgias com cancro aumentou, mas também o número de doentes com esta patologia, operados num ano (no público, no privado e nas instituições com protocolo), foi o maior de sempre: 44.264 doentes (mais 6,1% face ao ano anterior).

Este aumento “reforça a necessidade de prevenir o aparecimento destas doenças, continuar a melhorar a articulação entre os cuidados de saúde primários e a intervenção hospitalar, e encetar novas medidas para aumentar a resposta do SNS face à estimativa de aumento da incidência deste flagelo”, considera a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), responsável pelo relatório.

No total de doenças sujeitas a cirurgia, houve um aumento de 3,2% nas entradas em Lista de Inscritos para Cirurgia (LIC) e um aumento de 5,6% do número de inscritos para cirurgia, face ao ano anterior.

Especificamente no universo dos hospitais públicos, registou-se igualmente um aumento da atividade cirúrgica, em 4,1%, o melhor resultado de sempre, com 502.251 doentes operados, ultrapassando a barreira dos 500 mil.

Por outro lado, o sector convencionado sofreu uma redução da atividade de 40,7%, face a 2012.

A ACSS salienta que o recurso ao sector convencionado ocorre apenas quando 75% do TMRG é ultrapassado.

Os hospitais públicos apresentaram também um aumento de 6,3% nas cirurgias ao cancro, tendo sido operado o maior número de doentes de sempre, 44.024.

Apesar deste desempenho, a mediana de tempo de espera para estes doentes foi de mais um dia em 2013, face a 2012, e entre estes dois anos, a percentagem de inscritos com cancro, que ultrapassaram o TMRG, aumentou 15,7%.

O relatório destaca, contudo, a “melhoria do acesso nas áreas de cancro da mama (redução da mediana do tempo de espera em 5%), cancro do cólon e reto (redução da mediana do tempo de espera em 9,5%) e cancro da cabeça e pescoço (redução da mediana do tempo de espera em 12%)”.

As áreas de neoplasias malignas da pele e cancro da próstata “continuam a apresentar tempos de espera que importa reduzir de forma contundente”, alerta o relatório.

Investigação conclui
Um estudo espanhol publicado na revista Nutrição Comunitária analisou a ingestão de líquidos numa amostra de 564 alunos entre...

Os resultados da análise de “Adaptação da ingestão de água e fontes alimentares em alunos de Madrid com base no nível de actividade física” mostram que 91% dos alunos não tem a ingestão adequada de líquidos, independente do seu nível de actividade física. O estudo concluiu ainda que apenas 19% dos alunos eram fisicamente activos, enquanto que 81% eram sedentários ou pouco activos.

A pesquisa abordada na recente Jornada “Importância da Hidratação para a Saúde” organizada pela FINUT, faz parte dos trabalhos científicos publicados na Revista Espanhola de Nutrição Comunitária (RENC), que contém as conclusões e as dez melhores apresentações expostas durante o I Congresso Internacional de Hidratação, realizado em Espanha.

Estão a aumentar
Os Alcoólicos Anónimos receberam mais de quatro pedidos de ajuda por dia em 2013, só no serviço de atendimento telefónico, uma...

Na véspera de assinalar o Dia Mundial dos Alcoólicos Anónimos (10 de Junho), este grupo de ajuda apresenta, em conferência de imprensa, a sua história em Portugal e no Mundo e dá a conhecer o seu trabalho e o programa dos 12 passos (que é seguido por quem entra em recuperação).

Donatila Arcadinho, dos Alcoólicos Anónimos (AA), disse ainda que estará presente uma pessoa “que vai fazer uma partilha de vida e de experiência”, bem como um profissional que dará a sua opinião.

Será ainda transmitido um pequeno filme de oito minutos, feito da Grã-Bretanha, “sobre como as pessoas chegam aos AA e sobre o seu sofrimento antes de pedir ajuda”, a que se seguirá um debate.

Segundo esta responsável, os AA têm verificado um aumento dos pedidos de ajuda por pessoas com problemas de alcoolismo, mas principalmente por parte de familiares.

“Temos tido um ligeiro aumento da procura, mas mais de familiares que pedem ajuda. Os alcoólicos só pedem quando reconhecem que têm uma doença”, o que é sempre mais difícil, explicou.

As estatísticas do serviço de atendimento telefónico dos AA mostram que em 2013 foram atendidas 1.572 chamadas, 98% (1.537) das quais eram pedidos de ajuda. As restantes eram pedidos de informação.

Do total de chamadas, 711 foram feitas por familiares, 707 pelos próprios e 154 por outras pessoas. Foram encaminhados para o Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) 172 casos (nas regiões onde não havia grupos ou quando foi pedido internamento).

As estatísticas disponíveis para 2014 revelam que até Abril houve 572 pedidos de ajuda, de um total de 595 chamadas recebidas.

A discriminação mensal mostra um aumento gradual de pedidos de ajuda: 131 em Janeiro, 133 em Fevereiro, 157 em Março e 174 em Abril.

A comunidade portuguesa dos Alcoólicos Anónimos assinala este ano o seu 79 aniversário.

Em quase todo o país
Quase todo o país apresenta hoje risco muito alto de exposição à radiação ultravioleta, de acordo com o Instituto Português do...

Segundo o IPMA, as regiões de Aveiro, Beja, Bragança, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Funchal, Guarda, Leiria, Lisboa, Penhas Douradas, Porto, Portalegre, Porto Santo, Sagres, Santarém, Setúbal, Sines, Viana do Castelo, Viseu e Ponta Delgada (Açores) apresentam hoje níveis muito altos de exposição à radiação ultravioleta (UV).

Nestas regiões, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) aconselha a população a utilizar óculos de sol com filtro UV, chapéu, t-shirt, guarda-sol e protector solar e a evitar a exposição das crianças ao sol.

A região de Vila Real apresenta hoje, segundo o IPMA, risco elevado de exposição à radiação UV.

O IPMA aconselha que sejam usados, nestas regiões, óculos de sol com filtro UV, chapéu, t-shirt e protector solar, lembrando que a radiação ultravioleta pode causar graves prejuízos para a saúde se o nível exceder os limites de segurança.

O índice desta radiação apresenta cinco níveis, entre o baixo e o extremo, sendo o máximo o onze.

Em Lisboa, Funchal e Santa Cruz das Flores prevê-se uma máxima de 23 graus Celsius, no Porto e em Braga 19, Évora, Beja e Faro 26, Castelo Branco 24, Guarda e Viseu 18, Bragança, Coimbra, Leiria, Angra do Heroísmo, Ponta Delgada e Portalegre 21 e Viana do Castelo 20.

Circular Informativa N.º 099/CD/8.1.7.
A Circular Informativa N.º 099/CD/8.1.7. do Infarmed alerta para o facto de o dispositivo médico para diagnóstico in vitro...

O dispositivo médico para diagnóstico in vitro Retroscreen HIV (teste rápido para a detecção de marcadores de infecção por HIV 1 e 2), do fabricante Qualpro Diagnostics não apresenta Certificado CE válido para os dispositivos fabricados após 07 de Dezembro de 2012.

Nesta data, o Organismo Notificado (0459) responsável pela avaliação de conformidade dos dispositivos em questão, informou o fabricante da sua decisão de não renovar o Certificado emitido para a categoria de dispositivos: testes rápidos para a detecção de marcadores de infecção por HIV (HIV 1 e 2). Esta situação foi verificada pela Autoridade Competente Francesa (ANSM) no decurso de uma inspecção.

Como consequência, a ANSM suspendeu a colocação no mercado, distribuição, importação, exportação e utilização destes testes com data de fabrico posterior a 07 de Dezembro de 2012, uma vez que o produto não apresenta evidência de cumprimento dos requisitos essenciais aplicáveis.

Até à data, não existe evidência da comercialização do produto em questão no mercado português mas, atendendo a que existe livre circulação de produtos no espaço económico europeu, o Infarmed recomenda que caso verifiquem a sua existência, as entidades e/ou utilizadores não utilizem o referido dispositivo e informem a Direção de Produtos de Saúde do Infarmed através dos contactos: tel: +351 21798 72 35; fax: +351 21 798 72 81; e-mail: [email protected].

 

Circular Informativa N.º 132/CD/8.1.7.
O Infarmed emitiu uma circular informativa sobre os lotes do medicamento Soliris a ser recolhido voluntariamente pela empresa...

Por terem sido obtidos resultados fora das especificações no parâmetro aparência (detecção de partículas visíveis) num lote do medicamento Soliris (eculizumab), concentrado para solução para perfusão, 300 mg, com o número de registo 5045869, a empresa Alexion Europe SAS irá proceder, como medida preventiva, à recolha voluntária dos seguintes lotes:

N.º de Lote

Validade

00015B

28/02/2015

00017D

31/07/2015

00021C

31/12/2015

00023C

31/12/2015

00024C

31/12/2015

12SOL2D

31/05/2015

P0000402

31/07/2014

P0000701

30/09/2014

P0001101

31/12/2014

 

Assim, o Infarmed ordena a suspensão imediata da comercialização destes lotes.

Atendendo a que este medicamento é utilizado apenas em meio hospitalar, as entidades que disponham destes lotes não os poderão dispensar ou administrar, devendo proceder à sua devolução.

 

Atribuídos os Óscares da farmácia
Decorreu na noite de ontem a 20ª edição dos Prémios Almofariz, uma iniciativa anual da revista Farmácia Distribuição, que...

O evento contou com a presença de várias individualidades representando as principais instituições e empresas do sector da saúde, com cerca de 150 convidados, numa cerimónia conduzida pelo actor André Pardal.

Ema Paulino, Presidente da Secção Regional de Lisboa, da Ordem dos Farmacêuticos, foi distinguida com o grande galardão desta iniciativa, o Prémio Figura do Ano. O Almofariz para a Figura do Ano é um reconhecimento do trabalho realizado em prol da actividade farmacêutica.

Atribuído em edições anteriores às personalidades Odette Ferreira, João Cordeiro, João Silveira, José Aranda da Silva, Francisco Guerreiro Gomes, Maria Manuela Teixeira, João Carlos de Sousa, Margarida Caramona, Rui Santos Ivo, Francisco Batel Marques, Odete Isabel, Francisco Carvalho Guerra, Amílcar Falcão, Claudina Rodrigues-Pousada, Carlos Maurício Barbosa, Pedro Baptista, José Guimarães Morais e Hélder Mota Filipe, o Almofariz para a Figura do Ano representou o ponto alto do evento.

Para comemorar o 20º aniversário dos Prémios Almofariz foi criada uma imagem renovada dos mesmos e também uma nova categoria: o Prémio Almofariz para a Farmácia Do Ano, que distinguirá anualmente a excelência de uma Farmácia Comunitária de Portugal, de entre todas as candidatas. Esta categoria tem o patrocínio do Barclays.

O Prémio Almofariz 2014 para Farmácia do Ano foi entregue à Farmácia Luciano e Matos, de Coimbra.

A distinção de Projecto do Ano foi atribuída à iniciativa Geração Saudável da responsabilidade da Secção Regional de Lisboa da Ordem dos Farmacêuticos.

Nas categorias votadas pelas Farmácias (através de um boletim de voto enviado para todas as Farmácias de Portugal) os vencedores dos Prémios Almofariz 2014 foram:

Produto do Ano - Bisolviral da Boehringer Ingelheim CHC

Laboratório do Ano – Novartis

Produto de Dermocosmética do Ano – Vichy Neovadiol Magistral da Cosmética Activa/L’Oréal Portugal

Medicamento Não Sujeito a Receita Médica (MNSRM) do Ano – Mebocaína Anti-Inflam da Novartis Consumer Health

Já a escolha do júri publicitário dos Prémios Almofariz elegeu para Melhor Anúncio Profissional dirigido à Farmácia o anúncio do Strepfen da RB Healthcare, cuja peça foi desenvolvida pela agência de publicidade Ray Gun.

Os Prémios Almofariz 2014 contaram com o patrocínio da Logista Pharma e o apoio dos Hotéis Vila Galé e da Cegedim Portugal.

 

Medicamentos falsificados - Avastin e Mabthera
A Agência Italiana do Medicamento divulgou a existência de distribuição ilegal, a partir de Itália, dos lotes em anexo dos...

A Agência Italiana do Medicamento divulgou a existência de distribuição ilegal, a partir de Itália, dos lotes em anexo dos medicamentos Avastin, bevacizumab, concentrado para solução para perfusão, 25 mg/ml, embalagens de 4 e 16 ml, e Mabthera, rituximab, concentrado para solução para perfusão, 100 mg/10 ml e 500 mg/50 ml.

Apesar de não ter sido detectada a existência destes lotes de medicamentos em Portugal, alerta-se que os medicamentos fornecidos por distribuidores não autorizados devem ser considerados como falsificados, não estando garantida a sua qualidade, segurança e eficácia, pelo que não devem ser utilizados.

Atendendo a que estes medicamentos são utilizados apenas em meio hospitalar, as entidades que eventualmente tenham adquirido estes lotes de medicamento não devem proceder à sua venda, dispensa ou administração, devendo comunicar de imediato ao Infarmed.

 

Compressas frias do fabricante Tchibo GmbH
O Infarmed emitiu circular informativo sobre a recolha do mercado dos dispositivos médicos compressas frias (modelos 300240 e...

A autoridade competente alemã determinou a recolha do mercado dos dispositivos médicos compressas frias (modelos 300240 e 300241) do fabricante Tchibo GmbH, por não estarem cumpridos os requisitos essenciais estabelecidos na legislação aplicável, nomeadamente, no que diz respeito a aspectos relacionados com a citotoxicidade do produto.

Em Portugal, não foi identificado registo da comercialização de dispositivos médicos deste fabricante mas, atendendo a que existe livre circulação de produtos no espaço económico europeu, o Infarmed recomenda que:

- As compressas frias do fabricante Tchibo GmbH não sejam ou adquiridas, dado que não há evidência do cumprimento dos requisitos necessários para a sua colocação no mercado, o que põe em causa a segurança e desempenho destes dispositivos médicos;

- A existência destes dispositivos em Portugal seja reportada à Direção de Produtos de Saúde do Infarmed através dos contactos: tel.: +351 21 798 72 35; fax: +351 21 798 72 81; e-mail: [email protected].

 

Estudo revela
Um estudo realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto em parceria com a Sociedade Portuguesa de Hipertensão...

Liderado pelo professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) Jorge Polónia, este trabalho avaliou a prevalência, taxa de conhecimento e controlo da hipertensão arterial no nosso país por registos efectuados em dois momentos diferentes, com dez anos de distância.

Permitiu também - pela primeira vez - calcular, numa amostra representativa da população portuguesa, o real consumo de sal e identificou fatores genéticos associados a um risco aumentado de eventos cardiovasculares e diabetes.

Segundo os autores do trabalho, “estes novos dados podem abrir portas à identificação dos grupos de maior risco, facilitando o seu tratamento”.

Portugal encontra-se no topo da tabela dos países europeus em que é maior a relação entre a mortalidade por acidente vascular cerebral (AVC) e a ingestão média diária de sal. No entanto, de acordo com o estudo da FMUP, verificou-se uma diminuição de 46% da mortalidade causada por esta doença, relativamente a 2003.

Os dados deste trabalho serão apresentados segunda-feira em conferência de imprensa, na FMUP.

Relatório da FRA
Educação, bem-estar das crianças e leis eficazes de combate ao racismo e tráfico de pessoas são os maiores desafios de Portugal...

O relatório da Agência para os Direitos Fundamentais da União Europeia (FRA, na sigla em inglês), divulgado hoje, não apresenta dados novos, mas compila vários estudos internacionais sobre direitos fundamentais para descrever o cenário em cada Estado-membro da União Europeia (UE).

A crise financeira foi acompanhada de cortes no orçamento para a educação nalguns Estados-membros, mas mais nuns do que noutros -- e Portugal está entre os que mais cortaram, ultrapassando os cinco por cento.

No que diz respeito ao bem-estar das crianças, o cenário não é tão dramático, mas para lá caminha. Portugal, Espanha e Itália estão abaixo da média europeia, apenas acima de “países mais pobres”, como Letónia, Lituânia e Roménia, ou mais atingidos pela austeridade, como Grécia.

A FRA recorda ainda que Portugal recebeu uma recomendação da agência do Conselho da Europeu contra o Racismo e a Intolerância (ECRI) no sentido de alterar o Código Penal para considerar a motivação racial como agravante do crime.

Portugal integra ainda a lista de países com “informação limitada” sobre comportamentos racistas, nomeadamente contra as comunidades cigana, judaica e islâmica. “O alojamento é o maior problema que a comunidade cigana enfrenta” em Portugal, onde muitos “continuam a viver em condições precárias”, assinala a FRA.

Mas Portugal é também mencionado por boas razões, entre as quais ter sido o primeiro Estado-membro da UE a ratificar a Convenção de Istambul, o que releva de uma aposta no “reforço do apoio às vítimas de violência sexual”.

Porém, no que concerne o tráfico de seres humanos, “há margem para fazer mais”, nomeadamente “aumentando a eficácia da identificação das vítimas e adoptando uma abordagem mais proactiva do apoio, por exemplo através de inspeções laborais e treino de inspectores”, sugere a FRA.

Prémio Saúde Sustentável em cuidados hospitalares
O presidente do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra assumiu hoje que o Prémio Saúde Sustentável em cuidados...

“O prémio é gratificante para o hospital mas, acima de tudo, para os profissionais e para Coimbra”, disse José Martins Nunes, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), sublinhando que o prémio contribui “para a marca Coimbra”, cidade “muito que está muito ligada à saúde”.

O presidente do conselho de administração do CHUC prevê que o hospital atinja este ano um EBITDA zero (resultados antes de juros, impostos, depreciação e amortização), algo que só estaria previsto acontecer em 2015.

De acordo com José Martins Nunes, tal foi possível graças à “diminuição de custos operacionais e aumento da eficiência” nos diferentes serviços, que são também “resultado da fusão” realizada e das reformas levadas a cabo nos últimos anos.

O prémio Saúde Sustentável, promovido pelo Jornal de Negócios e pela farmacêutica multinacional SANOFI, com a parceria da Accenture, vem juntar-se à medalha de Ouro atribuída pelo Ministério da Saúde, em Abril, e também ao primeiro lugar alcançado no ranking dos hospitais públicos, em Fevereiro.

Além do prémio Saúde Sustentável em cuidados hospitalares, o CHUC recebeu igualmente uma menção honrosa em sustentabilidade económico-financeira.

Um “maior rigor na prescrição de medicamentos”, com uma diminuição de 05% da fatura, “a inovação assistencial, a concentração de serviços não clínicos e o aumento de receitas próprias” foram algumas das medidas apontadas pelo presidente do CHUC.

Também na área da internacionalização, especialmente na vertente de formação e investigação, o CHUC apresenta receitas que deverão rondar os quatro milhões de euros, avançou.

“Estamos a apanhar agora os ganhos das reformas realizadas em 2012 e 2013”, sublinhou José Martins Nunes.

Para José Martins Nunes, o prémio é uma recompensa para “os profissionais, que, apesar das dificuldades, têm disponibilidade para ajudar o hospital”, que “consegue liderar em algumas áreas a nível nacional”.

Neste momento, o hospital pretende realizar a concentração física dos seus laboratórios nos próximos “dois ou três meses” e melhorar o acesso ao CHUC, nomeadamente na remodelação “do ‘front office’ das urgências” e na reorganização do estacionamento, acrescentou.

Criado em 2011, o CHUC agrega os hospitais da Universidade de Coimbra e Geral (vulgarmente conhecido por Hospital dos Covões), as maternidades Daniel de Matos e Bissaya Barreto, o Hospital Pediátrico e o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra.

O CHUC tem, de momento, mais de 7 mil profissionais, tendo registado em 2013 62 mil cirurgias, 880 mil consultas externas e 286 mil urgências.

Centro Hospitalar de Coimbra prevê
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra prevê reduzir em um terço a duração média em internamento dos doentes em 2014,...

A duração média de internamento em 2013 foi de oito dias no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e prevê-se que este ano se reduza para 5,5 dias, o que para José Martins Nunes, presidente do conselho de administração do hospital, é um “tempo médio mais eficiente”, apesar de algumas áreas ainda apresentarem “níveis altos” de duração de internamento.

Também a percentagem de cirurgias de ambulatório, que tinha aumentado de 48% para 52% de 2012 para 2013, deverá ficar muito próxima dos 60% no final de 2014.

Este aumento permite uma “diminuição de custos, mas também um aumento da qualidade de tratamento do paciente e uma diminuição do risco de infecções”, aclarou o presidente do CHUC.

A cirurgia em ambulatório é caracterizada por menor tempo de internamento, que no máximo atinge as 24 horas.

O CHUC recebeu ontem o Prémio Saúde Sustentável em cuidados hospitalares e uma menção honrosa em sustentabilidade económico-financeira, distinções promovidas pelo Jornal de Negócios e pela farmacêutica multinacional SANOFI, com a parceria da Accenture.

Criado em 2011, o CHUC agrega os hospitais da Universidade de Coimbra e Geral (vulgarmente conhecido por Hospital dos Covões), as maternidades Daniel de Matos e Bissaya Barreto, o Hospital Pediátrico e o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra.

José Martins Nunes destacou as reformas levadas a cabo nos últimos anos assim como a criação do Centro de Trauma Tipo I, o Centro de Tumores Oculares, o Centro Nacional de Ensaios Clínicos, o Centro de Trauma Psicogénico e a Unidade de Cirurgia do Ambulatório.

O CHUC procura ainda aumentar “o número de cirurgias” e focar-se “nas doenças complexas”, sendo essa componente um “factor diferenciador”, afirmou o presidente do conselho de administração, recordando que o hospital foi líder em todos os transplantes, “menos nos hepáticos de adultos”.

O CHUC tem, de momento, mais de 7 mil profissionais, tendo registado em 2013 62 mil cirurgias, 880 mil consultas externas e 286 mil urgências.

Em Benfica
A casa tem atelieres de música, artes plásticas, informática, costura, horticultura e jardinagem, onde os jovens desafiam a sua...

A Casa Grande, no bairro de Benfica, abriu ontem as portas à comunidade, desafiando os lisboetas a ir ali lavar a roupa, comprar produtos hortícolas, flores e outros artigos feitos por jovens com Síndrome de Asperger.

Situada na Quinta da Granja, a Casa Grande é um espaço de formação, de treino de competências sociais e funcionais para jovens Asperger maiores de 16 anos. O objectivo é que “adquiram as ferramentas necessárias” de forma a serem encaminhados para o “mundo do trabalho” e construírem um “projecto de vida”, disse a presidente da Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger (APSA), mãe de um jovem Asperger com 21 anos.

A casa tem atelieres de música, artes plásticas, informática, costura, horticultura e jardinagem, onde os jovens desafiam a sua criatividades e aprendem várias artes e ofícios. São os serviços, os artigos e os produtos desses atelieres que estão disponíveis à comunidade a partir desta quinta-feira.

“Podem vir à nossa lavandaria, podem fazer arranjos no nosso atelier de costura, ter aulas de música, de informática, de artes plásticas ou fazer pequenas festas” nos pátios da casa, um velho edifício do século XVII recuperado pela associação, apelou a presidente da APSA.

Os primeiros passos já estão a ser dados, disse Piedade Monteiro, contando que as alfaces cultivadas nas hortas da casa já estão a ser vendidas numa loja do bairro.

“Depois do sonho de construir a casa, o sonho agora é se torne auto-sustentável para não cair naquilo que as instituições particulares de solidariedade social caem quase sempre, que é o mecenato e os subsídios do Estado, mas também para não sobrecarregar o Estado”, sublinhou.

Projecto pioneiro
Para mostrar o trabalho dos jovens e os serviços da casa, a APSA convidou a comunidade a conhecer o edifício. Nos pátios da casa estavam expostos para venda os produtos hortícolas e as flores plantadas pelos jovens, mas também quadros e vários artigos artesanais. “Os nossos jovens têm uma vida muito activa e são os protagonistas do dia-a-dia da Casa Grande”, disse, orgulhosa, Piedade Monteiro.

Bruno, 26 anos, é um desses jovens. Está na casa desde Janeiro e uma parte do tempo é passado no atelier de jardinagem. “Não gosto muito do trabalho físico e, por isso, sou assistente da monitora e coordeno os jovens”, disse o jovem, comentando: “Uso mais a cabeça do que o corpo.”

A tarefa que mais gosta é “controlar os minutos e os segundos” no cronómetro. “Desde miúdo que sou assim, coordeno o tempo”, disse, com um sorriso. Contou que está feliz na casa, porque tem “mais liberdade” e já arranjou amigos. “No centro onde estava, não éramos todos iguais. Aqui somos livres e temos todos Asperger”, sublinhou o jovem.

Para Piedade Monteiro, “não é saudável” juntar pessoas com vários tipos de deficiência no mesmo espaço, porque estes jovens “copiam muito”. “Se há um ponto de referência para eles que é uma deficiência mais profunda, eles acabam por a imitar”, prejudicando o seu desenvolvimento.

Piedade Monteiro contou que alguns dos 11 jovens que estão na casa viviam em instituições, mas outros, com mais de 20 anos, estavam em casa sem actividade nenhuma. “Isto não pode acontecer. O que nós queremos é que os nossos filhos sejam de tal maneira iguais que consigam não ser um peso para o Estado”, frisou. “Temos de ir pelas capacidades deles e nunca pelas dificuldades. Se há dificuldades vamos colmatá-las ou tentar colmatá-las”, acrescentou.

“Em Portugal, dá-nos a ideia que só há duas condições, a normal e a anormal, não há o meio”, lamentou. Para a responsável, é preciso “dar a possibilidade a cada uma das pessoas, dentro da sua condição, a ter o seu espaço o mais adaptado possível para que tenha uma vida digna”, por isso é que a Casa Grande é “um projecto pioneiro”.

Colégio de Oncologia da Ordem dos Médicos sugere
A presidente do Colégio de Oncologia da Ordem dos Médicos admite que a resistência dos médicos é um dos motivos que explicam...

Em declarações, Helena Gervásio reconhece que os doentes continuam a ser tratados de forma desigual: “Isto cria sem dúvida nenhuma desigualdades, porque mesmo estes novos protocolos que já foram elaborados e que já foram aprovados pelo Infarmed não estão a ser aplicados aos outros hospitais”.

Na prática, a medida do Governo nunca foi implementada, porque os médicos ficaram simplesmente à espera que saísse a nova redacção do documento. “O despacho dizia que todos os hospitais teriam de enviar os doentes, depois passou a ser enviar os processos, para que pudessem ser apreciados se tinham ou não indicação para a administração dessas novas drogas, e isso nunca aconteceu”, salienta.

Helena Gervásio sugere que as decisões deixem de ser concentradas nos IPO. A dirigente do Colégio de Oncologia da Ordem dos Médicos lembra ainda as barreiras que estão criadas nesta altura que impedem a aprovação de medicamentos inovadores em Portugal.

Esta reacção surge depois de a Antena 1 ter apurado que os centros de referência para decidirem sobre medicamentos inovadores em oncologia ainda não apresentaram resultados, mais de meio ano depois de terem sido criados pelo Executivo. Há hospitais que continuam a disponibilizar medicamentos inovadores na área da oncologia que são recusados noutras unidades hospitalares, mantendo-se as desigualdades no país.

O despacho que entrou em vigor em Novembro foi a solução apontada como uma nova forma de acesso a remédios inovadores para o cancro, através da qual os pedidos de autorização especial dos hospitais passavam pelo Instituto Português de Oncologia de Lisboa, Coimbra e Porto, antes de seguirem para o Infarmed para aprovação.

Jorge Espírito Santo diz
O antigo presidente do Colégio de Oncologia da Ordem dos Médicos Jorge Espírito Santo afirma que nada mudou desde o despacho do...

Em declarações, Jorge Espírito Santo aponta esse aspecto como a explicação para que nada tenha mudado desde a publicação do despacho em Novembro. “A intenção não era permitir o acesso em condições de igualdade. Ou por outra, era, mas afunilando tudo e haveria mais igualdade na recusa e não no acesso”, refere.

O oncologista do hospital do Barreiro considera que a desigualdade não se combate por portaria e que deveriam ser estabelecidos protocolos e criadas linhas de apoio financeiro.

Estas declarações surgem depois de a Antena 1 ter apurado que os centros de referência para decidirem sobre medicamentos inovadores em oncologia ainda não apresentaram resultados, mais de meio ano depois de terem sido criados pelo Executivo. Há hospitais que continuam a disponibilizar medicamentos inovadores na área da oncologia que são recusados noutras unidades hospitalares, mantendo-se as desigualdades no país.

O despacho foi a solução apontada pelo Governo como uma nova forma de acesso a remédios inovadores para o cancro, através da qual os pedidos de autorização especial dos hospitais passavam pelo Instituto Português de Oncologia de Lisboa, Coimbra e Porto, antes de seguirem para o Infarmed para aprovação. 

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