Organização Mundial de Saúde afirma
A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou hoje que a epidemia de Ébola na África ocidental foi controlada neste ano, mas há...

Esta epidemia da doença foi a mais grave desde que o vírus do Ébola foi descoberto há mais de 40 anos, com 28.601 casos contabilizados, dos quais uma terça parte (11.299) morreram.

Nos últimos meses, o número de vítimas diminuiu de forma continuada e em novembro só foram registados três casos, todos na Libéria, país que no início de setembro tinha sido declarado livre de Ébola.

Para os especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS) a cadeia inicial de transmissão do vírus foi destruída e estes casos residuais estão relacionados com pessoas que venceram a doença, mas mantêm no organismo resíduos do vírus que podem transmitir.

Os estudos realizados durante a epidemia demonstraram que o sémen de homens convalescentes de Ébola pode conter a carga viral por um prazo de até nove meses e os cientistas pensam que as recentes infeções na Libéria estão relacionadas com casos deste tipo.

"Há evidências de que vão registar-se casos de vírus (proveniente) de população convalescente que vamos ter que resolver", disse recentemente o diretor executivo da OMS para as emergências sanitárias, Bruce Aylward.

A OMS espera que a presença residual do vírus do Ébola no sémen de homens que tiveram a doença desapareça durante os próximos seis a 12 meses.

O panorama é agora mais otimista uma vez que, durante os dois anos da epidemia, os países afetados foram dotados de infraestruturas e capacidades necessárias para prevenir, detetar e responder a qualquer foco grave.

"Avançámos muito relativamente ao pico da epidemia e estes novos casos vão diminuir progressivamente, e esperamos que parem totalmente em 2016", sublinhou Aylward.

A Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa contam agora, cada um, com três equipas de especialistas prontos para entrar em funcionamento no prazo de 48 horas e com capacidade para gerir qualquer ressurgimento de casos, como se verificou recentemente na Libéria.

"o que aconteceu na Libéria demonstra a rápida capacidade de resposta e como a situação atual mudou", acrescentou.

A Serra Leoa foi declarada livre do Ébola a 07 de novembro e até agora mantém-se no período de 90 dias de vigilância sanitária reforçada, que termina a 05 de fevereiro próximo, desde que não seja registado qualquer novo caso até lá.

Na Guiné-Conacri está em curso o período de 42 dias sem casos e o último doente, depois de se recuperar, apresentou pela segunda vez resultados negativos nas análises de controlo. Cumpridas estas condições, este país poderá ser declarado livre do Ébola.

"Estamos moderadamente otimistas e acreditamos ter chegado ao fim de qualquer transmissão associada ao foco original de Ébola", declarou Aylward.

Para isto, os países contam com novos instrumentos, como análises de diagnóstico rápido, que são avaliadas em cada um deles e equipas de laboratório com pessoal local, ainda em formação.

Desta maneira será possível realizar as análises finais de confirmação, com tecnologia de ponta que não existia há um ano.

Um das ferramentas mais importantes, disponível agora, é a vacina que ultrapassou as primeiras fases de testes clínicos e pode ser aplicada a pessoas em risco de contrair o vírus.

Este produto ainda não tem as autorizações necessárias e só pode ser usado em ensaios ou casos específicos.

Aylward indicou que a OMS está a trabalhar com so produtores e entidades reguladoras para conseguir "um acesso alargado e utilização como parte da resposta" perante eventuais novos focos da doença.

Para manter o plano de resposta ao Ébola nos três países afetados e erradicar a doença são necessários, até março próximo, 244 milhões de dólares (cerca de 225 milhões de euros), dos quais só foram conseguidos 121 milhões.

Os casos mais recentes na Libéria "demonstram a necessidade destes recursos", de acordo com o enviado especial da ONU para o Ébola, David Nabarro.

Taxas moderadoras
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, anunciou hoje em Coimbra que a isenção de taxas moderadoras para os dadores de...

Os dadores de sangue têm atualmente isenção de pagamento de taxas moderadoras relativas à prestação de cuidados de saúde primários do SNS (centros de saúde e unidades de saúde familiar).

Adalberto Campos Fernandes falava aos jornalistas durante uma visita que decorre durante o dia de hoje ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

Embora as questões relacionadas com as taxas moderadoras ainda estejam a ser objeto de estudo, o ministro, questionado pelos jornalistas, antecipou que vai ser reparado “algo que foi muito mal feito”, do ponto de vista do Governo, que “foi a retirada da isenção [de taxas moderadoras] para os dadores de sangue”.

“Nós iremos repor essa isenção para os dadores de sangue para todas as condições de acesso, não apenas [para] cuidados de saúde primários, que já existe, mas também para cuidados de saúde hospitalares”, assegurou.

O ministro considerou que o anúncio feito pelo Governo sobre alterações às taxas moderadoras “foi mal interpretado pelos partidos da oposição, porque disseram que estávamos a anunciar coisas que já existiam”.

Mas “bastaria que nós reduzíssemos globalmente o valor [das taxas moderadoras] para não estarmos a anunciar coisas que já existem”, sustentou Adalberto Campos Fernandes, assegurando que o Governo irá “muito mais longe”.

“Os portugueses quando conhecerem a nossa proposta legislativa perceberão a diferença entre uma leitura administrativa da regra económica e dificuldade do acesso e confusão entre taxas moderadoras e copagamentos e aquilo que é uma leitura de modelação do acesso e da regulação fina dos direitos de acesso”, sublinhou.

Infarmed
A autoridade que regula o setor do medicamento recomendou hoje que não sejam utilizados produtos contendo cálcio para a...

Em comunicado a propósito de “intensas campanhas publicitárias sobre produtos contendo cálcio”, o Infarmed esclarece que estes “não são medicamentos”.

Por esta razão, quem comercializa estes produtos não pode “reivindicar que previnem, tratam ou diagnosticam doenças ou os seus sintomas”.

Sublinhando que estes produtos “não estão sujeitos aos mesmos requisitos dos medicamentos, no que respeita à comprovação da sua qualidade, segurança e eficácia”, o Infarmed refere que os mesmos “não são isentos de riscos para a saúde, quando utilizados em quantidades excessivas, ou, por exemplo, em indivíduos com doenças renais ou a tomar outros medicamentos”.

“A prevenção ou o tratamento de doenças deve ser precedida de aconselhamento médico ou farmacêutico e, quando necessário, com a utilização de medicamentos”, prossegue o comunicado.

O Infarmed, em conjunto com a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), está a “desenvolver ações conjuntas, no sentido de verificar a conformidade destes produtos no mercado”, e garante que “acionará todos os mecanismos ao seu alcance para proteger a saúde dos cidadãos”.

Também hoje, a Ordem dos Farmacêuticos entregou uma providência cautelar para travar os anúncios publicitários do suplemento alimentar Calcitrin MD Rapid em todos os órgãos de comunicação social, alegando que lesam o direito dos cidadãos à saúde.

“Apenas a suspensão da emissão dos suportes publicitários nos diversos órgãos de comunicação social será adequada a prevenir a lesão do direito à saúde dos cidadãos”, lê-se na providência cautelar contra a empresa Proactivar-Viva Melhor Sempre, Lda., interposta no tribunal da Comarca de Lisboa, a que a agência Lusa teve acesso.

De acordo com a Ordem dos Farmacêuticos, o incentivo para a aquisição do Calcitrim (produto que reforça a densidade óssea e as articulações) durante a quadra do Natal “irá com certeza originar o consumo deste produto de forma indiscriminada e poderá ter como consequência danos na saúde e bem-estar de muitos cidadãos, causando lesões sérias e de difícil reparação”.

Telefone da Esperança
O número de chamadas para o Telefone da Esperança, uma linha de apoio e aconselhamento, “disparou” na época do Natal, prevendo...

O número de chamadas a pedir apoio tem vindo a subir, devido ao aumento dos problemas emocionais, como os conflitos familiares, as depressões, o ‘stress’, ou até as tentativas de suicídio, agravados na época do Natal, afirma-se num comunicado da associação.

Carla Rodrigues, uma das voluntárias da associação sem fins lucrativos, explicou à Lusa que há muitas pessoas “a ligar à espera de uma palavra” e que a principal missão dos voluntários “é escutar”, podendo aconselhar ou reencaminhar as pessoas em função do assunto.

Quem telefona, disse, são por norma adultos entre os 30 e os 65 anos, com problemas familiares, com dificuldades económicas, ou por vezes apenas por solidão.

O Telefone da Esperança (222030707) funciona todos os dias, das 16:00 às 22:00, mas prevê alargar o período de atendimento no próximo ano, devendo ainda criar um programa de atendimento na internet.

Carla Rodrigues explicou que a associação promove também cursos de desenvolvimento de competências, para pessoas em crise emocional. Há vários cursos ao longo do ano, mas, por enquanto, apenas no Porto, disse.

O Telefone, um serviço anónimo e gratuito, foi criado em dezembro de 2008 e tem como missão promover a saúde emocional e apoiar pessoas que vivem em situação de crise emocional.

Nasceu de uma ideia de Serafim Madrid, um espanhol que criou, na década de 1960, uma rede assistencial que usava o telefone como instrumento preferencial de ajuda.

Em Portugal desde 2008, mantém os mesmos objetivos, apoiar pessoas em crise psicológica ou emocional que não têm quem as escute ou as oriente no sentido de superar essa crise.

Truques caseiros
Caracterizadas pelo inchaço dos vasos sanguíneos localizados na parte inferior do reto e do ânus, as

Muito comuns durante a gravidez e no pós-parto, as hemorróidas podem ser internas – quando ocorrem dentro do ânus ou parte inicial do reto -, ou externas - quando aparecem à volta do ânus – e são, geralmente, dolorosas (podendo provocar feridas ou hemorragias).

Habitualmente, a grande responsável por este problema é a obstipação mas acredita-se que possa existir um fator hereditário.

O tratamento é feito, quase sempre, com recurso a medicamentos, sendo por vezes necessário recorrer, nos casos mais graves, à intervenção cirúrgica.

No entanto, saiba que existem alguns chás que podem auxiliar o tratamento das hemorróidas.

Os chás indicados para o tratar a prisão de ventre, por exemplo, são um bom exemplo de tratamento alternativo para as hemorróidas.

São aconselhados chás de alecrim, castanha da índia, sabugueiro e camomila

Este chás, para além de ajudarem a diminuir a inflamação, prevenirem hemorragias e serem responsáveis pela diminuição do tamanho das hemorróidas, agem também sobre a dor, reduzindo o desconforto que provocam.

1. Chá de alecrim – o alecrim é muitas vezes usado para ajudar a tratar problemas digestivos, como dor de estômago ou prisão de ventre. Para além disso, contém dois anti-inflamatórios poderosos - o ácido carnósico e o carnosol. Um estudo revelou que estes dois compostos inibiram a COX-2, uma enzima que provoca a dor e a inflamação no corpo.

Para este chá, ferva meio litro de água. Depois de retirar do lume adicione duas colheres de folhas secas de alecrim.

Este preparado deve ser coado e aconselha-se a beber uma chávena de seis em seis horas.

2. Chá de castanha da índia – produto da castanheira, a castanha da índia é uma planta medicinal muito utilizada em tratamentos de problemas venosos, como as varizes ou as hemorróidas.

A castanha é anti-inflamatória, estimulante, analgésica, diurética, vasoconstritora, para além de aumentar a resistência das veias e capilares.

Apesar dos benefícios deve ser consumida com moderação e está contra-indicada a mulheres grávidas, crianças, durante tratamento com anti-coagulantes, em caso de insuficiência renal ou hepática e pessoas com lesões na mucosa digestiva.

O modo de preparação deste chá é simples: basta ferver um punhado de castanha da índia em dois copos de água, coar e beber três vezes ao dia.

3. Chá de sabugueiro para banho de assento – o sabugueiro contém propriedades depurativas, diuréticas, laxantes, para além de possuir uma ação cicatrizante. Rico em antioxidantes protege o organismo dos radicais livres que estão associados ao envelhecimento e ao aparecimento de doenças cardíacas e derrames.

Graças às suas propriedades, serve, entre outros, para tratar feridas, abcessos, problemas renais e hemorróidas.

Para o banho de assento, ferva um punhado de folhas de sabugueiro, um punhado de folhas de café e um punhado de folhas de hamamélis em dois litros de água, durante 15 minutos. Depois de coar, tome um banho morno de assento, duas vezes por dia.

4. Chá de camomila para compressas - Além de diminuir a inflamação das hemorróidas, a camomila atua contra irritações na pele, constipações, má digestão, insónia e ansiedade.

Para este tratamento, basta que ferva, em 100 ml de água, uma colher de flores secas de camomila, durante cinco minutos. Depois de coar, molhe um pano limpo neste preparado e aplique sobre a região afetada durante 15 minutos. 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Governo quer integrar medicina dentária nos cuidados de saúde primários
A Ordem dos Médicos Dentistas saúda a intenção do Ministério da Saúde de integrar médicos dentistas nas unidades de saúde...

Para tal, a Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) vai delinear um projeto-piloto a ser apresentado o mais breve possível ao Ministério da Saúde, sendo que as duas entidades pretendem assinar, até ao final do próximo mês, um memorando de acordo.

O projeto-piloto deverá elencar e avaliar, regiões preferenciais, carteira de tratamentos básicos, cedência de instalações, fornecimentos de equipamentos e mecanismos de controlo.

Orlando Monteiro da Silva, bastonário da OMD, refere que “há muito que denunciamos a ausência de cuidados de saúde oral no Serviço Nacional de Saúde (SNS). É uma lacuna que dura desde que o SNS foi criado em 1979 e que até aqui nunca foi suprimida. Existe ainda em Portugal uma visão, profundamente errada, que separa a saúde oral da saúde no seu todo e acarreta enormes custos para as pessoas, mas também para o Estado. Por isso, saudamos esta iniciativa, da autoria do ministro Adalberto Campos Fernandes e sua equipa que, a concretizar-se, será um marco fundamental para a medicina dentária portuguesa e saúde oral dos portugueses”.

O projeto-piloto que a OMD vai elaborar inclui um plano de ação que terá de ir de encontro ao conceito definido pelo Ministério da Saúde que propõe uma noção de saúde pública que assegure a promoção da saúde oral.

Orlando Monteiro da Silva mostra-se satisfeito com a continuação do Programa Nacional de Saúde Oral, conhecido como “cheque-dentista”, um “programa com resultados efetivos muito positivos, sobretudo entre as crianças, e que tem permitido colmatar as necessidades de alguns grupos específicos, nomeadamente populações mais carenciadas, mas que é necessário alargar para dar resposta a toda a população”. 

Num ano
O Centro de Neurociências e Biologia Celular quer aumentar a competitividade internacional, numa altura em que mais do que...

O "orçamento global" do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra, onde estão contabilizados projetos nacionais e internacionais e serviços prestados, passou de "4 milhões de euros em 2014 para 10 milhões de euros em 2015", afirmou o presidente da instituição, João Ramalho Santos, que falava à margem da comemoração dos 25 anos de existência do centro, em Coimbra.

Segundo João Ramalho Santos, o grande desafio do CNC passa por garantir "uma excelência sustentável" e assumir uma maior competitividade "ao nível global".

Sublinhou ainda que num momento em que há uma diminuição das taxas de aprovação de projetos europeus em unidades de investigação, o centro conseguiu um aumento da taxa de sucesso.

"Queremos ainda mais sucesso", frisou, referindo que um dos pontos-chave será a criação e reforço de pontes com outras áreas do saber, como a sociologia, matemática, física ou robótica.

Outro ponto que merece a atenção da direção do CNC é a potenciação da ligação existente com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), para que haja "uma investigação mais articulada", notou.

Quanto a problemas sentidos pelo centro, João Ramalho Santos sublinhou que há "algumas dificuldades de liquidez" e que seria necessário levar os cerca de dez grupos de investigadores presentes no Polo I da Universidade de Coimbra para o Polo III, que tem instalações próximas do CHUC.

Para além da necessidade de uma maior proximidade, os edifícios do Polo I "não estão preparados para serem laboratórios de excelência", constatou.

"Seria interessante haver um novo espaço ou potenciar espaços que já existem" no Polo III, frisou.

Durante o dia de hoje e sexta-feira, o CNC promove o 13.º Encontro Anual do Centro de Neurociências e Biologia Celular, no auditório da Faculdade de Ciências e Tecnologia, que assinala os 25 anos de existência deste centro de investigação, que está agora ligado, através de um consórcio, ao Instituto Biomédico de Investigação de Luz e Imagem (IBILI).

Sociedade Portuguesa de Nefrologia
A alimentação é um fator importante no tratamento da doença renal crónica, pelo que, na época natalícia assume um papel de...

“O ideal é moderar e adaptar a dieta à condição do doente”, refere Cristina Santos, nefrologista e membro da Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN). Os maiores cuidados a ter prendem-se com os aperitivos salgados, as carnes e os temperos, devido ao elevado teor de sódio que contêm.

Existe uma relação estreita entre a insuficiência renal e a ingestão de minerais, escreve o Diário Digital. Uma vez que a eliminação dos minerais depende diretamente dos rins, não deve haver alterações bruscas destes elementos no organismo.

Em alternativa aos temperos ricos em sal, o especialista sugere a utilização de ervas aromáticas, especiarias frescas, vinagre e vinho de mesa na confeção das refeições. O bacalhau cozido, por exemplo, deve ser corretamente demolhado. Se a opção for um prato de carne, as mais indicadas são as carnes magras, como o peru ou o frango.

Quanto a bebidas alcoólicas - a ingestão em excesso é sempre desaconselhada - deve optar-se por um copo de vinho, rico em antioxidantes que ajudam a eliminar as toxinas do corpo.

Apesar de esta ser uma época especialmente propensa a excessos, o controlo alimentar deve ser constante. É igualmente importante que o doente seja seguido por um nutricionista que possa criar um plano alimentar adaptado às suas necessidades específicas, com os alimentos certos nas quantidades certas.

Em Portugal, estima-se que cerca de 800 mil pessoas deverão sofrer de doença renal crónica. A progressão da doença é muitas vezes silenciosa, o que leva o doente a recorrer ao médico tardiamente, já sem qualquer possibilidade de recuperação.

Todos os anos surgem mais de dois mil novos casos de doentes em falência renal. Em Portugal existem atualmente cerca de 16 mil doentes em tratamento substitutivo da função renal (cerca de 2/3 em diálise e 1/3 já transplantados), e cerca dois mil aguardam em lista de espera a possibilidade de um transplante renal.

Estudo
Um estudo que comparou mulheres que nunca fumaram com mulheres expostas ao fumo de tabaco concluiu que o último grupo...

Andrew Hyland, do Roswell Park Cancer Institute, em Buffalo, no estado de Nova Iorque, principal autor do estudo agora apresentado, adianta que investigações anteriores já tinham confirmado, segundo o Sapo, a ligação entre o fumo de tabaco e complicações na reprodução humana.

Porém, "a literatura não era clara particularmente em relação ao fumo passivo", relata Hyland à agência de notícias Reuters.

Os cientistas analisaram dados recolhidos a partir de questionários a 88.732 mulheres norte-americanas entre os 50 e os 79 anos. O estudo foi publicado no jornal médico Tobacco Control.

Do total de mulheres analisadas, 15% apresentaram critérios compatíveis com infertilidade e 45% com menopausa precoce, processo que sucede antes dos 50 anos.

As mulheres que fumaram ativamente eram 14% mais propensas à infertilidade e apresentavam uma tendência 26% maior para desenvolver menopausa precoce.

Já as mulheres que nunca fumaram mas que estiveram expostas ao fumo de tabaco eram 18% mais propensas a terem problemas para engravidar e a desenvolverem menopausa precoce.

Estudo
Um estudo da universidade norte-americana Carnegie Mellon, na Pensilvânia, revela que o consumo de frutas e vegetais aumenta a...

O estudo compara o custo ambiental da produção de vegetais com outro tipo de alimentos, como a carne de porco, e conclui que a alimentação vegetariana é a mais prejudicial para o meio ambiente no que toca à emissão de poluentes e consumo de recursos naturais, escreve o Sapo.

Uma caloria de alface, por exemplo, "é três vezes pior em termos de emissão de gases com efeito de estufa do que [uma caloria de] bacon", dizem os investigadores, citados pelo jornal diário The Independent.

Além da alface, o estudo nomeia o cultivo da beringela, aipo e o pepino como alguns dos mais prejudiciais para o equilíbrio do meio ambiente.

A mesma investigação conclui que desde o cultivo ao consumo, a alimentação recomendada pelas autoridades de saúde norte-americanas provocaria um aumento de 38% no consumo de energia, 10% de água e 6% na emissão de gases com efeito de estufa.

A criação de gado continuar a ser responsável por 51% da emissão de gases prejudiciais para o meio ambiente, mas "não se pode presumir que qualquer dieta vegetariana tenha pouco impacto no meio ambiente", comenta Paul Fischbeck, um dos autores do estudo.

Investigação liderada por português
Uma equipa de investigadores liderada pelo português Fernando Garcês Ferreira conseguiu dar mais um passo para uma possível...

Em 2014, o grupo de cientistas, do Scripps Research Institute, nos Estados Unidos, descobriu que uma família de anticorpos muito potentes que se desenvolveu numa pessoa infetada com o VIH - a PGT121 - neutralizava não apenas o vírus que infetava essa pessoa, mas também 80 por cento de todas as variantes do vírus que existem nos humanos no mundo.

"Uma família de anticorpos que se poderia adaptar rapidamente às constantes modificações do vírus, o que nos dá esperança de que o sistema imunitário humano é capaz de controlar [a infeção]", assinalou o investigador Fernando Garcês Ferreira, coordenador do estudo.

Feita a descoberta, a equipa lançou-se a um novo desafio: saber como esses anticorpos, produzidos nas células B (células do sistema imunitário), evoluíam no organismo em contacto com o vírus, que "está em constante mutação para escapar à ação do sistema imunitário".

Depois, "reproduzir essa evolução numa vacina", explicou Fernando Garcês Ferreira.

Segundo o investigador, "a evolução dos anticorpos PGT121, que é provável ter demorado 2-3 anos [numa pessoa infetada com o VIH], está intimamente ligada à própria evolução do vírus, neste caso para escapar à ação dos anticorpos PGT121".

Recorrendo a técnicas da biologia estrutural, a equipa obteve imagens moleculares tridimensionais, de resolução atómica, da evolução dos anticorpos (que são proteínas, moléculas) em contacto com o VIH, para "chegarem a uma forma eficiente" de neutralizar o vírus.

Para Fernando Garcês Ferreira, é possível, pois, "fazer uma vacina que dirija os anticorpos PGT121 a evoluírem desta maneira".

O investigador vai mais longe: "Vamos entender de tal maneira como o sistema imunitário funciona que vamos ser capazes de desenvolver vacinas seja para o que for".

Um protótipo da vacina, que já está a ser testado em ratinhos, foi 'desenhado' pelo mesmo grupo de cientistas, que se socorreu de tecnologias de biologia molecular.

Com este método, 'desenharam' a expressão de proteínas da superfície do vírus, que, explicou Fernando Garcês Ferreira, são as únicas reconhecidas pelo sistema imunitário humano como invasoras, e, por isso, são o alvo de ação dos anticorpos PGT121.

De acordo com o investigador, são essas proteínas do vírus, 'proteínas do envelope do VIH', que vão ser a vacina.

As proteínas virais terão de ter "ligeiras modificações" para "estimularem o sistema imunitário a produzir os anticorpos" no ponto desejável para 'matar' o VIH, adiantou.

Os resultados da mais recente investigação da equipa de Fernando Garcês Ferreira foram publicados esta semana na revista Immunity.

Prioridades para o SNS
Equipas fixas nas urgências hospitalares, liberdade de escolha dos doentes, mais consultas de especialidade nos centros de...

As medidas, que seguem o programa do Governo e que foram apresentadas, foram desenvolvidas por três especialistas a quem o Ministério da Saúde pediu propostas para a reforma do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

As propostas apresentadas pelos “coordenadores nacionais para a reforma do SNS” assentam em três áreas principais: cuidados de saúde primários, cuidados de saúde hospitalares e cuidados continuados integrados.

No âmbito dos hospitais, a tutela pretende alterar o modelo de funcionamento das urgências, designadamente criando equipas fixas de urgência, tendo por base “boas experiências” verificadas já em algumas unidades hospitalares.

Esta hipótese vai ser discutida com “cada um dos hospitais. Poderá não ser modelo único em todos os hospitais, mas há uma base com sucesso e há que ver como implementá-lo”, disse o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo.

A liberdade de escolha dos utentes no SNS, tendo em conta por exemplo os tempos de espera, é outra das propostas para promover uma espécie de “mercado interno”, sendo certo que as unidades com mais capacidade passam a executar mais atos e serão financiadas com esse propósito.

“A ideia base é que o doente discuta com o seu médico de família – de acordo com a sua patologia – e possa optar por uma unidade que dê melhor resposta”, explicou.

O ministério tem como objetivo evitar ao máximo que os hospitais funcionem de forma isolada e que o utente “possa ter acesso à informação e circular no sistema”.

As propostas de reforma para os cuidados hospitalares são da responsabilidade do presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de São João, António Ferreira.

No que respeita aos cuidados de saúde primários, é objetivo deste Governo criar mais Unidades de Saúde Familiares (USF), mas também promover maior acesso, mais afabilidade e mais qualidade dos serviços.

Para isso, será criada a figura do “serviço de secretariado clínico”, que é o primeiro ponto de contacto com o utente, explicou Henrique Botelho, coordenador nacional responsável pelas propostas para os cuidados de saúde primários.

“Temos que ter um sistema simpático, disponível para as pessoas, para as ouvir”, considerou o médico de família, dirigente da Federação Nacional dos Médicos.

Outra grande aposta nesta área é o reforço das consultas de especialidade, como oftalmologia, saúde oral ou fisioterapia, nos centros de saúde.

Por outro lado, o Ministério da Saúde quer apostar na rede de Cuidados Continuados em Saúde Mental, na Rede de Cuidados Continuados Integrados Pediátricos e nos cuidados domiciliários.

Na área da saúde mental, já houve um conjunto de candidaturas para criação de unidades mas que ainda não arrancaram, sendo necessário perceber porquê, disse Manuel Lopes, coordenador nacional para esta área.

“Vamos ver caso a caso as unidades contratualizadas por que não arrancaram e pô-las a funcionar o mais rapidamente possível”, afirmou o responsável, também coordenador do Observatório Português dos Sistemas de Saúde.

Na pediatria, o processo vai demorar mais tempo, porque não existem ainda sequer tabelas de financiamento publicadas.

O Governo vai fazer também um levantamento das carências e das deficiências em termos de articulação entre os hospitais e a rede.

“Há carências de cuidados continuados em áreas geográficas do país, algumas bem no centro de Lisboa, carências quase escandalosas para as quais é preciso resposta bem rápida”, disse.

Por outro lado, há doentes no hospital à espera de vaga na rede, quando há vaga na rede, acrescentou, considerando urgente organizar e simplificar o sistema.

Os cuidados domiciliários são outra área que está “sub-utilizada”, quando na verdade constitui uma resposta mais barata e mais apreciada pelas pessoas.

“Há equipas grandes já criadas e que estão utilizadas a 50% ou 60%”, afirmou, identificando aqui um ganho potencial, porque o apoio em casa é a “melhor forma e mais barata de prestar cuidados” e também onde o doente corre menos riscos.

Manuel Lopes sublinhou que além do reforço do apoio dado por profissionais de saúde aos doentes em domicílio, é necessário também prestar cuidados aos cuidadores dos doentes e capacitá-los a continuar.

“Há muitas pessoas que fazem isso por obrigação familiar, com enorme sofrimento”.

Um projeto de melhoria da qualidade dos Cuidados de Enfermagem
A paragem cardíaca súbita é a principal causa de morte nos países ocidentais.

A maioria das situações que provocam Paragem Cardio-respiratória (PCR), ocorrem fora dos hospitais e longe do alcance dos profissionais de saúde. O início precoce de manobras de reanimação aumentam as hipóteses de sobrevivência para a vítima1,3,4. Nesse sentido, preconiza-se o início do Suporte Básico de Vida pelo cidadão, com o intuito de permitir a manutenção de algumas funções vitais da vítima, até à chegada de um meio de emergência mais diferenciado.

O Conselho Português de Ressuscitação1 e Bohn et all5, salientam que ao se iniciar as manobras de SBV por alguém que presencia a PCR, a taxa de sobrevivência tem um aumento com significado estatistico. A validar esta inferência, Valenzuela et all6, observaram em investigações realizadas, que a taxa de sobrevivência após PCR sem a realização imediata de SBV diminuia 7% a 10% por cada minuto que passava.

Mas a formação em SBV em Portugal ainda é muito reduzida, segundo o Conselho Português de Reanimação2.

Coloca-se a questão, qual a idade certa para iniciar a formação em SBV e quais os locais mais adequados?
A evidência científica reconhece que o início precoce da formação em SBV traz ganhos efetivos, com diminuição da morbilidade e mortalidade por PCR em ambiente pré-hospitalar7, e que quantos mais cidadãos tiverem formação nesta área, mais probabilidade será a sobrevida em caso de uma paragem cardiaca8.

Nesse sentido, várias são as organizações que recomendam o inicio da formação em SBV nas escolas como a American Heart Association9. Em sintonia com este pressuposto, Colquhoun10, refere que a formação em SBV deviam de entrar nos curricula escolares, pois as escolas apresentam o perfeito ambiente para cativar os futuros cidadãos.

Vários autores consideram que não há uma idade ideal para iniciar a formação em SBV. Para Maconochie et all7 e Jones et all11, apenas crianças com mais de 13 conseguem ter competências fisicas para executar a técnica de compressões cardicacas correctamente. Mas Jones et all11, realçam que estes aprendem a parte teórica do SBV com a mesma qualidade que as crianças mais velhas e podem ser um veiculo de informação para os cuidadores em caso de necessidade.

Para os autores Berthelot et all12, numa investigação desenvolvida em  crianças com idades compreendidas entre os 10 e 12 anos, concluíram que as mesmas não efectuaram conforme o protocolado as compressões cardiacas em profundidade recomendada (5 a 6 cm),  mas realizaram as compressões cardiacas com uma frequência adequada (100 a 120 por minuto). No que concerne às insuflações executadas, estas apresentaram-se com volumes adequados, conforme preconizado pela American Heart Association.

Projecto de melhoria continua dos padrões de qualidade em enfermagem: : “ Aprender SBV…inicio de um percurso”
No sentido de dar resposta a esta problemática, ausência de formação em SBV pela comunidade, o Serviço de Pediatria em colaboração com a Viatura Médica de Emergência e Reanimação do Centro Hospitalar do Oeste – Caldas da Rainha, através da sua equipa de enfermagem, iniciou no ano lectivo de 2013-2014 o projecto” de intervenção na comunidade – “Aprender SBV…inicio de um percurso”.

Apresenta como parceiros a Liga os Amigos do Centro Hospitalar de Caldas da Rainha, a Camara Municipal das Caldas da Rainha, a Fundação Portuguesa de Cardiologia – Delegação Centro e o Conselho Portugues de Reanimação.


Foto: Nuno Pedro, Isabel Oliveira (Presidente da SRC da OE), Germano Couto (Bastonário da OE) e Ana Cláudia Tavares na entrega do Premio Excelência do concurso Cuidar 14, da Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros

A área de intervenção são todas as escolas do concelho (cerca de 600 alunos por ano letivo), a alunos do 1º ciclo a frequentarem o 4 ano. Até ao momento foram formados 1200 alunos em SBV (anos letivos de 2013-2014 / 2014-2015), com as especificidades e adaptação da formação ao publico alvo.

No corrente ano letivo (2015-2016), pretende-se realizar a formação a cerca de 600 alunos, e comitantemente, iniciar a segunda da fase do projeto, com a introdução de momentos de avaliação, onde se pretende identifcar na população em estudo, competências técnicas e cognitivas para a aprendizagem da formação em SBV. Para validar o projeto, desenvolverem-se indicadores de estrutura, processo, resultado e económicos, no sentido de dar sustentação ao mesmo.

Salienta-se que o projecto “Aprender SBV…inicio de um percurso”, no ano de 2014, candidatou-se ao Concurso Cuidar´14, patrocionado pela Ordem dos Enfermeiros – Delegação Centro, tendo obtido a classificação de excelência, que correspondeu ao primeiro lugar. Em 2015 concorre ao Cuidar´15, apresentando-se o mesmo conforme proposta de guião para a organização de Projetos de Melhoria da Qualidade dos Cuidados de Enfermagem pela Ordem dos Enfermeiros.

Bibliografia:
1. European Resuscitation Council Guidelines for Resuscitation 2010 - Versão Portuguesa (CPR - Conselho Português de Ressuscitação). Coimbra: Associação de Saúde Infantil de Coimbra; 2010.
2. cpressuscitacao.pt [homepage on the Internet]. Porto: Web site do Conselho Português de Ressuscitação [updated 2010; cited 2013 Aug 15]. Acessível em: http://salvarvidas.com.pt/page/sobre-o-projecto
3. Instituto Nacional de Emergência Médica. (2011). Manual de Suporte Avançado de Vida - Edição não comercializada. Lisboa: INEM; 2011.
4. Conselho Europeu de Ressuscitação. EPLS Provider Manual. Curso Europeu de Suporte de Vida Pediátrico - Versão Portuguesa. Porto: Conselho Português de Ressuscitação - Grupo de Reanimação Pediátrica; 2010.
5. Bohn A, Aken V, Mollhoff T, Wienked H, Kimmeyer P, Wild E, et al. Teaching resuscitation in schools: annual tuition by trained teachers is effective starting at age 10. A four-year prospective cohort study. Resuscitation 2012; 619 - 625.
6. Valenzuela T, Roe D, Cretin S, Spaite D, Larsen M. Estimating effectiveness of cardiac arrest interventions: a logistic regression survival model. Circulation 2001; 3308-3313.
7. Maconochie I, Bingham B, Simpson S. Teaching children basic life support skills: Improve outcomes but implementation needs to be earlier and more widespread. BMJ 2007; 1174.
8. Roppolo L, Pepe P. Retention, retention, retention: targeting the youn in CPR skills training! Critical Care 2009, 13:185 [cited 2013 Aug 7]  Acessivel em : http://ccforum.com/content/13/5/185
9. American Heart Association. Importance and Implementation of Training in Cardiopulmonary Resuscitation and Automated External Defibrillation in Schools. Circulation 2011; 601-706.
10. Colquhoun M. Learning CPR at school - Everyone should do it. Resuscitation 2012; 543 - 544.
11. Jones I, Whitfield R, Colquhoun M, Chamberlain D, Vetter N, Newcombe R. At what age can schoolchildren provide effective chest compressions? An observational study from the Heartstart UK schools training programme. BMJ 2007; 1 - 3.
12. Berthelot, S, Plourde M, Bertrand I, Bourassa A, Couture Marie-Maud, Berger-Pelletier É, et al. Push hard, push fast: quasi-experimental study on the capacity of elementary schoolchildren to perfom cardiopulmonary resuscitation. Scandinavian Journal of Trauma, Resuscitation and Emergency Medicine 2013; 21-41.

Autores:
Ana Cláudia Tavares - Enfermeira na Urgência Pediátrica do Centro Hospitalar do Oeste – Caldas da Rainha e na Viatura Médica de Emergência e Reanimação do Centro Hospitalar do Oeste – Caldas da Rainha
Nuno Pedro - Enfermeiro na Urgência Pediátrica do Centro Hospitalar do Oeste – Caldas da Rainha e na  Viatura Médica de Emergência e Reanimação do Centro Hospitalar do Oeste – Caldas da Rainha e no Heli 4 Santa Comba Dão, INEM

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Em 2016
Algumas farmácias comunitárias vão começar já em 2016 a vender medicamentos oncológicos e para o VIH, atualmente só disponíveis...

O anúncio foi feito durante a apresentação das propostas para reformar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) pedidas pela tutela a três especialistas.

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, apresentou as linhas gerais para a reforma do SNS, entre as quais esta aposta numa maior proximidade dos doentes das farmácias comunitárias, onde possam comprar medicamentos para o cancro ou para doenças infeciosas sem terem que se deslocar obrigatoriamente às farmácias hospitalares.

Estas “experiências piloto”, que já estão a ser combinadas com a Associação Nacional de Farmácias (ANF) e com a Ordem dos Farmacêuticos (OF) e vão ser discutidas com os hospitais de referência, arrancam no próximo ano em várias farmácias comunitárias.

Segundo Fernando Araújo, existe “vontade política e de todos os interlocutores” e “há abertura da ANF e da OF” para escolher os melhores locais para as experiencias piloto.

Esta iniciativa permitirá perceber se “ir buscar medicamentos a farmácias mais perto da residência, em vez de ter que ser na farmácia hospitalar, “melhora a adesão do doente” e “promove melhores resultados clínicos”.

Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida
O presidente do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida alertou para os riscos da compra de esperma a uma empresa...

Em declarações, no final de uma audição na Comissão Parlamentar da Saúde, o juiz desembargador Eurico Reis lembrou que as mulheres que apliquem o esperma que compram, através da internet, estão a cometer um crime.

“A lei é clara ao determinar que as técnicas de Procriação Medicamente Assistida (PMA) – entre as quais se inclui a inseminação artificial – só podem ser aplicadas em centros devidamente autorizados. Quem as pratica em casa, está a cometer um crime”, disse.

Apesar de o Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA) não ter registo oficial de casos de mulheres que adquiriram o esperma através da internet, nomeadamente a uma empresa dinamarquesa, Eurico Reis sabe de relatos pontuais, até porque algumas mulheres já assumiram publicamente que recorreram a este método para engravidar.

Além do crime que o procedimento representa, o juiz desembargador alerta para os riscos que corre a mulher e o feto, uma vez que o procedimento não é feito nas devidas condições acéticas.

Por outro lado, declarou, “os critérios de seleção dos dadores dessa empresa são censuráveis e não garantem a qualidade” do sémen, afirmou.

Alguns centros que realizam técnicas de PMA já importaram sémen desta empresa dinamarquesa, tendo recentemente sido alertados para problemas de qualidade, detetados por mecanismos europeus de controlo e vigilância.

“Quando um problema de segurança com o produto é detetado, avisamos os centros, até porque o esperma só pode ser importado mediante autorização do CNPMA, mas não o conseguimos fazer a mulheres que o adquirem a título particular”, acrescentou.

Eurico Reis sublinhou que só uma regulação eficaz, com os devidos meios, pode controlar este tipo de situações.

A este propósito reiterou as dificuldades que o CNPMA atravessa, as quais já expusera aos deputados da Comissão Parlamentar da Saúde: “Para sermos um regulador a sério, precisamos de membros a tempo inteiro”.

Na exposição que realizou na Assembleia da República, Eurico Reis disse que, na eventualidade de o alargamento dos beneficiários da PMA – a que poderá conduzir os quatro projetos de lei que vão receber o contributo da Comissão Parlamentar da Saúde –, este terá consequências no Serviço Nacional da Saúde (SNS)”.

Falando a título pessoal, o juiz desembargador mostrou-se mais preocupado com a questão da gestação de substituição, um problema cuja solução “exige uma maturação muito maior”.

Dirigindo-se aos deputados, Eurico Reis afirmou: “Quem tem legitimidade para definir o paradigma da PMA é quem tem a legitimidade do voto. Esse é o vosso trabalho, porque vocês é que são os representantes do povo”.

Gastroenterite
Sendo considerado como a principal causa de diarreia em crianças menores de cinco anos, estima-se qu
Bebé deitado no muda fraldas

A infeção por rotavírus é bastante frequente uma vez que este agente é extremamente contagioso e resistente ao meio ambiente.

A verdade é que, quase todas as crianças, em algum momento, vão ser infetadas por este vírus, independentemente das suas condições socioeconómicas.

Afeta sobretudo crianças com menos de cinco anos, sendo registados anualmente cerca de 150 milhões de casos em todo o mundo.

A sua principal fonte de transmissão é a via fecal-oral, água ou alimentos. O contato com pessoas infetadas, objetos contaminados e secreções respiratórias são outras formas de contágio.

Habitualmente, as crianças são contagiadas nos primeiros anos de vida. No entanto, os casos mais graves da doença costumam ocorrer em crianças até aos dois anos de idade - entre os seis e os 24 meses.

Crianças prematuras ou com deficiência imunológica estão sujeitas a um quadro mais grave da doença.

Os sintomas da infeção por rotavírus são variáveis. Para além da diarreia – que pode durar entre cinco e nove dias -, também se pode assistir a episódios de vómitos, febre, dor abdominal e falta de apetite.

Quando a doença apresenta os sintomas, estes costumam surgir, em média três dias depois da contaminação.

A gravidade desta infeção varia entre a ausência de sintomas e a desidratação, que pode ser fatal.

Na realidade, a desidratação é considerada o sintoma mais grave das infeções intestinais. Os sintomas mais importantes para confirmar esta condição são: a ausência de lágrimas, pouca saliva (boca e língua secas), extremidades frias, respiração acelerada e pulso fraco.

Para repor as perdas de água provocadas pela diarreia, evitando a desidratação do organismo, deve-se ingerir uma grande quantidade de líquidos. E, caso seja necessário, recorrer à utilização de soros de rehidratação oral – o tratamento preferido para as crianças com diarreia.

Deve manter-se a alimentação, tanto quanto possível, sendo que os especialistas alertam para a importância do aleitamento materno como arma contra a doença, uma vez que são conhecidos os benefícios da amamentação sobre o aleitamento artificial.

Habitualmente, os quadros leves da doença são tratados em casa, sendo que apenas os casos mais graves necessitam de internamento hospitalar.

Mesmo sendo difícil prevenir a infeção por rotavírus, deve-se ensinar às crianças, desde cedo, a importância de lavar as mãos depois de ir à casa de banho e antes das refeições.

Desde 2006 que, em Portugal, existe vacina contra o rotavírus mas, e apesar de recomendada pelos pediatras, esta não faz parte do Plano Nacional de Vacinação.

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Humanismo profissional
Numa sociedade que valoriza, principalmente, o desenvolvimento material, económico e profissional te

A (In)fertilidade representa uma “crise” com consequências físicas, psíquicas, emocionais e sócio culturais para todo o casal conduzindo a sentimentos de raiva, ansiedade, frustração, dor e revolta (Barros, 2000; Cunha, 2012; Ricardo & Okazani, 2010; Silva et al, 2012).

Desta forma e para que os profissionais de saúde que exercem funções nesta área sejam capazes de lidar diariamente com esta realidade, é fundamental recorrer a recursos humanos fidedignos, acessíveis e recorríveis como seja a Esperança.

A esperança é uma virtude e uma necessidade espiritual por ser um requisito ontológico do Homem. Ninguém faria nada se não tivesse a esperança de o concretizar eficazmente. Sem esperança, o Homem viveria em completa inércia e não seria capaz de encontrar o sentido para a vida (Oliveira, 2003).

A esperança corresponde a um processo em que as pessoas perseguem ativamente os seus objetivos sendo composta por três elementos: objetivos, meios e agência. No comportamento humano, os meios de pensamento permitem que a pessoa percecione a sua capacidade para produzir caminhos produtivos; a agência reflete-se nos pensamentos que as pessoas dispõem para começar e continuar os meios selecionados para o culminar dos objetivos; e os objetivos pretendidos são o motor de todo o processo e justificam o porquê do trajeto refletido na essência e particularidade de cada pessoa. Todos estes elementos funcionam num só e influenciam-se reciprocamente (Snyder, 1994). 

Os benefícios desta virtude humana são diversos, nomeadamente: i) as pessoas com elevada esperança em comparação com as de menor esperança empenham-se mais em atividades saudáveis, como seja a prática de exercício físico; ii) o estado de saúde físico melhorado está associado a níveis elevados de esperança e que conduzem a um ajustamento psicológico; iii) a elevada esperança está correlacionada, positivamente, com uma performance académica e atlética melhorada (Snyder, Feldman, Shorey & Rand, 2002).

Na área da saúde psicológica, Snyder e colaboradores (2002) assinalam ainda que a presença da esperança também tem os seus benefícios. Referem que a elevada esperança se correlaciona positivamente com as emoções positivas e negativamente com as emoções negativas; e que a elevada esperança se interliga com um bom ajustamento psicológico porque a pessoa com elevada esperança consegue apoiar-se no benefício do feedback de qualquer experiência, para aprender e evoluir e não recair em ruminações. 

Também na saúde física, esta virtude humana parece ter repercussões importantes, inclusivamente quer na prevenção primária, atitudes proativas para evitar que a doença apareça e assim na redução dos riscos de saúde, quer na prevenção secundária das doenças, medidas acionadas quando a doença esteve presente e se pretende evitar uma recaída (Snyder, 2009).  

Dada a complexidade subjacente à praxis do cuidar em (in) fertilidade e simultaneamente à capacidade que o profissional tem que transparecer de liderança, empatia, comunicação e sensibilidade junto dos casais, a Esperança revela-se uma ferramenta crucial na sua diária profissional. 

Não só a Esperança se revela como fundamental como inere carácter acessível e recorrível para qualquer profissional de saúde. Todos nós necessitamos de Esperança para a prática de um cuidar mais personalizado e humano! 

Referências Bibliográficas:
Barros, S.M.O. (2000). A Enfermagem e a Reprodução Humana. Acta Paul Enf, 13(1): 207-213. Cunha, C.F. (2012). Vivências de um casal infértil. (Tese de Mestrado). Ponte de Lima: Universidade Fernando Pessoa.  Oliveira, J.B. (2003). Esperança: Natureza e avaliação (proposta de uma nova escala). Psicologia, Educação e Cultura, 7(1): 83-106. Ricardo, A.T. & Okazaki, E. L. E. J. (2010). Atuação do Enfermeiro em Reprodução assistida. Rev Enferm UNISA, 11(1): 38-42. Silva, I.R.V.; Ferreira, A.M.N.S.; Brito, M.A.F.; Dias, N.M.B. & Henriques, C.M.G. (2012). As vivências da mulher infértil. Revista de Enfermagem Referência, III(8): 181189. Snyder, C.R.; Feldman, D.B.; Shorey, H.S. & Rand, K.L.(2002). Hopeful choices: A school counselor´s guide to hope theory. Professional School Counseling, 5(5): 298-308. Snyder, C.R. (1994). The psychology of hope: You can get there from here. New York: Free Press. Snyder, C.R. (2009). Hope theory: Rainbows in the Mind. Psychological Inquiry: An international journal of advancement of psychological theory, 13(4): 249-275. doi:  10.1207/S15327965PLI1304 01

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Universidade do Porto
Um antídoto para as intoxicações por uma espécie de cogumelos venenosos foi descoberto por investigadores da Universidade do...

A espécie de cogumelos estudada, “Amanita phalloides”, “também conhecida como chapéu da morte”, é abundante em Portugal e tem sido responsável por 90 a 95% das mortes por ingestão de cogumelos silvestres venenosos, para os quais até agora não existia antídoto eficaz, mas investigadores portugueses descobriram um antídoto e acabam de publicar o artigo científico na revista da área de Toxicologia “Archives of Toxicology”.

“Descobriu-se pela primeira vez uma substância (polimixina B) que pode funcionar como antídoto (antiveneno) para as intoxicações por um dos cogumelos silvestres mais venenosos e letais da natureza, que é designado por ‘Amanita phaloides’”, explicou à Lusa Félix Dias Carvalho, professor catedrático da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto e orientador do estudo científico elaborado no âmbito da tese de doutoramento de Juliana Garcia.

Segundo o especialista, com a ajuda de computadores, os investigadores simularam a acoplagem a uma enzima que é inibida pelas toxinas dos cogumelos venenosos e que é responsável pela transcrição do nosso código genético (DNA). A inibição dessa enzima vai originar um “bloqueio da síntese das proteínas e as células afetadas morrem.

“Posteriormente conseguimos demonstrar, com um trabalho em animais de laboratório, que com essa substância, selecionada através dos estudos a nível do computador, a sobrevivência era de 100% em animais que de outra forma, ao serem expostos a esta toxina, morriam ao final de cinco dias”, revelou Félix Dias Carvalho, acreditando que com este trabalho se vai conseguir levar a “esperança às pessoas que consomem os cogumelos venenosos de uma forma acidental”.

O "aumento da sobrevivência nestes casos é crucial quer a nível social, quer a nível dos custos associados ao tratamento hospitalar”, admite.

A importância desta descoberta deve-se à urgência de “combater as toxinas presentes nestes cogumelos, que afetam diretamente o fígado e rins das pessoas intoxicadas”, explicou Félix Dias Carvalho.

O passo seguinte é verificar que esta substância funciona também nas intoxicações em humanos”, disse o professor, relembrando que neste momento o que dados obtidos referem-se apenas a ambiente laboratorial e em animais.

O professor e investigador da Faculdade de Farmácia considera que o” interessante neste trabalho é que se trata de uma substância que já existe na terapêutica, é um antibiótico, e que existe nos hospitais, podendo ser aplicado para além da terapêutica que já está instituída, não tendo que substituir terapêutica nenhuma.

“Pode ser adicionada à terapêutica já existente e, portanto, não trará riscos adicionais às vítimas de intoxicação e será mais uma esperança que se traz para os intoxicados que de outra forma, na maior parte dos casos acabam por necessitar de um transplante hepático ou no caso de não haver resposta atempada, levará à morte do doente”.

Questionado sobre se tem dados das mortes em Portugal relacionadas com envenenamento de cogumelos, o especialista disse que em Portugal, e crê que a nível mundial também, existem “poucos dados de epidemiologia sobre este tipo de intoxicações”.

“São vários os casos que nós vamos ouvindo, principalmente a nível da comunicação social, mas que depois não se refletem numa estatística que se possa confiar”, considerou.

A investigação iniciou-se há cerca de quatro anos e ainda não está finalizada, porque, segundo o explicador, “Há ainda bastante trabalho pela frente” que tem se ser realizado”, designadamente administrar o antídoto em ambiente laboratorial e em animais, mas numa altura tardia, em que a intoxicação já está bem profunda e onde já existam “danos bastante acentuados, para simular melhor ainda a realidade clínica”.

Os investigadores acreditam que a descoberta será aplicada na clínica "dentro de muito pouco tempo".

“A divulgação a nível nacional e internacional permitirá a utilização deste fármaco associado à terapêutica que está instituída presentemente nas intoxicações, que se mostra pouco eficaz.

“A polimixina B já se encontra disponível nas farmácias hospitalares, podendo ser colmatada rapidamente a falta de alternativas eficazes numa intoxicação com elevada mortalidade e morbilidade”, referiu, por seu turno, Vera Costa, investigadora também envolvida neste estudo.

Comissão de Assuntos Constitucionais
A comissão de Assuntos Constitucionais aprovou hoje a revogação à lei da interrupção voluntária da gravidez que tinha...

Os projetos de lei de PS, BE, PCP e PEV foram reunidos num único texto de substituição e aprovados pela maioria de esquerda, com os votos contra do PSD e do CDS-PP, depois de uma curta apresentação por parte do deputado socialista Pedro Delgado Alves, a que não se seguiu nenhuma discussão.

Em causa está o fim da introdução de taxas moderadoras na prática da interrupção voluntária da gravidez (IVG), a obrigatoriedade de a mulher comparecer a consultas com um psicólogo e um técnico de serviço social, bem como o fim do registo pelos médicos objetores de consciência, que passaram, assim, a poder participar nas várias fases do processo, incluindo o período para o aconselhamento obrigatório, até à prática do aborto.

A Assembleia da República tinha aprovado na generalidade a 20 de novembro os projetos de lei, com os votos a favor da maioria de esquerda e da deputada do PSD Paula Teixeira da Cruz, os votos contra do deputado do PS Ascenso Simões e das bancadas do PSD e do CDS.

As alterações agora revogadas foram introduzidas pela maioria PSD/CDS-PP no dia 07 de setembro, no último plenário da anterior legislatura, na sequência de uma iniciativa legislativa de cidadãos - promovida por opositores da lei do aborto, como Isilda Pegado -, que defendia uma série de medidas, nomeadamente, obrigar a mulher a assinar uma ecografia antes da IVG, mas que não foram aprovadas.

Estudo
Dependendo do sítio onde vive pode ser mais propenso a ter excesso de peso mesmo que faça exercício e se alimente de forma...

Duas pessoas podem ingerir os mesmos alimentos e fazer os mesmos exercícios, mas ao fim de alguns anos, segundo o Sapo, uma pode ganhar mais peso e ter um metabolismo mais lento simplesmente por causa do ar que respira.

A poluição provocada pela circulação de automóveis, fumo de tabaco e produção industrial, constituída por partículas minúsculas, atrapalha a capacidade do corpo humano de queimar calorias e digerir alimentos.

A curto prazo os efeitos são mínimos, mas ao longo de vários anos o contacto com poluentes pode ser suficiente para causar doenças graves - como a obesidade - para além dos distúrbios respiratórios associados à poluição.

"Estamos a começar a entender que a inalação e a circulação de poluentes no organismo pode atingir mais do que os pulmões", explica Hong Chen, professor de saúde pública da Universidade de Toronto, no Canadá, citado pela BBC.

Foi em ratos de laboratório que se notaram pela primeira vez os efeitos da poluição do ar no organismo para além dos pulmões.

Na Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, Qinghua Sun quis perceber o maior índice de doenças cardíacas em grandes cidades em relação às pessoas que vivem no campo. O cientista começou a criar ratos em todo os tipos de condições atmosféricas e concluiu que as cobaias expostas à poluição apresentavam um teor maior de gordura corporal, tanto no abdómen como à volta dos órgãos internos. E quando observadas em microscópio, as células de gordura desses animais eram 20% maiores do que as dos ratos que respiravam ar puro.

Os ratos intoxicados também se mostraram menos sensíveis à insulina, uma hormona essencial na transformação do açúcar ingerido em energia.

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