Instituto Português do Sangue e da Transplantação
Numa época festiva do ano, associada à vertente solidária, em que as colheitas são prioridade para os bancos nacionais de...

Com os feriados festivos à porta, que implicam mais deslocações de carro, aumentando a probabilidade de mais acidentes rodoviários, impõe-se um reforço nos níveis de sangue nos hospitais. “O Natal e o fim de ano, com os feriados e as férias, tornam-se períodos críticos que acentuam a necessidade de colheitas de sangue. Ao longo de 2015, voltámos a sentir uma tendência de quebra na ordem dos 3% a nível nacional, o que nos parece bastante significativo”, refere Ofélia Alves, responsável de programação e colheitas do Centro de Sangue e Transplantação do Porto, que lança o apelo a todos aqueles que queiram ser solidários e desejem contribuir para esta causa, invocando todo o espírito da quadra festiva e, acima de tudo, contrariando a tendência de diminuição nas doações de sangue nacionais.

MAR Shopping e Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) continuam assim uma parceria, pelo terceiro ano consecutivo, e da qual resultaram, aproximadamente, 375 inscritos para recolhas de sangue.

Num mês pautado por valores como a solidariedade e a partilha, apenas uma pequena quantidade de sangue por gerar um imenso milagre: o da vida!

CNS realizou
Com o objetivo de ensinar estratégias para reconhecer os sinais deste problema e aprender a geri-lo, o foco incidiu na...

O Campus Neurológico (CNS), centro português dedicado a doenças neurológicas, organizou no passado dia 28 de Novembro, o 1º Curso sobre Alimentação Adaptada para Doentes com problemas de Deglutição (disfagia).

O objetivo desta iniciativa, aberta à comunidade e de participação gratuita, foi partilhar os conceitos-chave por detrás da alteração da capacidade de deglutir, ensinar os principais sinais de alerta e educar as famílias para que consigam preparar de forma adequada e fácil as refeições para quem tem este tipo de dificuldade.

Os familiares e profissionais de saúde foram o principal público-alvo da iniciativa, que contou com casa cheia. “A intervenção de áreas não médicas, como a terapia da fala e a fisioterapia, assume uma relevância e utilidade cada vez maior no tratamento das doenças neurológicas” disse o diretor clínico do Campus, o professor Doutor Joaquim Ferreira, na sessão de abertura do curso.

Rita Cardoso, Terapeuta da Fala, defende que “a educação para a saúde é uma responsabilidade de todas as instituições de saúde. O conhecimento é um bem comum que deve chegar a quem lida diariamente com os problemas”, referindo-se ao papel do Campus Neurológico Sénior no apoio às comunidades.

O CNS complementa assim o seu programa de acompanhamento para doentes e cuidadores, tendo registado um feedback muito positivo por parte dos participantes. Com a constante preocupação de se posicionar lado a lado com quem mais precisa, o CNS pondera agendar para breve uma segunda edição. A comunidade pode manter-se atualizada sobre esta e outras iniciativas através do sítio de internet ou facebook do Campus.

Em Angola
As autoridades sanitárias angolanas estão a realizar a primeira pesquisa de diabetes em doentes com tuberculose, no âmbito de...

A pesquisa, que decorre desde outubro de 2014 e com duração de dois anos, está a ser realizada em vários centros de saúde da capital angolana, visando garantir um melhor diagnóstico e atendimento aos pacientes, bem como capacitar os profissionais neste tipo de teste.

O projeto visa institucionalizar o teste glicémico para pacientes com tuberculose nas seis unidades de atendimento deste tipo de doença em Luanda.

No âmbito do projeto, está em Luanda o coordenador de programas da Fundação Mundial de Diabetes, o dinamarquês Bent Lautrup-Nielsen, para constatar a execução do projeto.

O responsável disse que o projeto surgiu sob proposta da organização Médicos com África, em colaboração com o Programa Nacional de Luta contra a Tuberculose e da Associação dos Diabéticos de Angola.

Bent Lautrup-Nielsen disse que cientificamente está comprovado que o risco de contrair diabetes é mais elevado em pacientes com tuberculose, salientando a importância do projeto.

Alerta OMS
Das cerca de 130 milhões de mulheres que dão à luz todos os anos no mundo, 303 mil morrem durante o parto, a maioria oriunda de...

A agência das Nações Unidas também indicou que todos os anos são registados, a nível mundial, 2,6 milhões de casos em que o bebé nasce morto (nado-morto) e outros 2,7 milhões de casos em que o recém-nascido morre durante os primeiros 28 dias de vida.

A grande parte das mortes, tanto de mães como de recém-nascidos, acontece nas 24 horas seguintes ao parto e, segundo a OMS, a maioria é evitável.

Em reação a estes números, a organização internacional lançou um novo guia em que destaca as principais complicações que podem surgir e desencadear a morte da mãe ou do recém-nascido, tais como as hemorragias pós-parto, infeções, obstruções, pré-eclampsia (que se manifesta através de hipertensão arterial) ou asfixia.

A OMS espera que este novo guia “ajude os profissionais da área da saúde a seguir os cuidados essenciais e uniformizados em cada parto” e assim evitar estes casos de morte.

No manual destacam-se quatro momentos em que os profissionais têm de verificar que “tudo está em ordem”: quando a mãe é admitida nas instalações de saúde, antes do início do parto ou da cesariana, durante a primeira hora após o nascimento e antes da mãe e da criança terem alta hospitalar.

De acordo com a OMS, estes quatro momentos são decisivos para que os profissionais de saúde possam antecipar e atuar perante qualquer complicação.

VIH/SIDA
Uma nova imunoterapia, tendo em conta o comportamento das células "T", que constituem um componente importante da...

A investigação foi feita pelo Grupo da Biologia de Infeções da Universidade Pompeu Fabra (UPF), em Barcelona, hoje publicada na revista científica "PLOS Pathogens".

Segundo o estudo, a investigação parte do princípio de que a infeção crónica pelo HIV dá lugar a uma exaustão do sistema imunitário, fenómeno caracterizado pela alteração do funcionamento das chamadas células "T".

Nesse sentido, essas células exaustas mostram proteínas de inibição à superfície que poderão ser elementos chave na restauração da função imunitária.

Andreas Meyerhans, diretor do Grupo da Biologia de Infeções do Departamento de Ciências Experimentais e da Saúde (DCESX) da UPF, é quem dirige a investigação, que procura estabelecer as condições em que os sinais negativos transmitidos por estas proteínas melhoram o tratamento médico.

Segundo os investigadores, o sistema imunitário humano é formado por uma complexa rede de reguladores positivos e negativos que coordenam a resposta a ameaças patogénicas.

Uma pessoa infetada com HIV desenvolve uma resposta imunitária que evita a expansão do vírus, mas, ao mesmo tempo, as células "T", reguladoras, mantêm a resposta sob controlo, evitando também uma sobre reação das células humanitárias, uma vez que, caso contrário, provocaria lesões nos órgãos e tecidos do infetado.

À medida que a infeção avança e que fica evidenciado que o vírus não será eliminado, muitas das células "T" "adormecem" face a um mecanismo denominado "exaustão".

Desta forma, os investigadores concluíram que bloquear esta exaustão pressupõe uma resposta melhorada das células "T", levando também uma melhoria no tratamento.

Na investigação, os cientistas isolaram células sanguíneas de indivíduos infetados com HIV e observaram a resposta depois de as acordarem mediante o uso de anticorpos "anti-PD-L1".

"Os indivíduos que tinham a infeção controlada medicamente e que, por isso, mostravam poucos vírus no sangue, viram multiplicado o número de células «T»", explicam, os investigadores.

"No entanto, nas amostras em que o vírus não estava controlado medicamente, as células reguladoras «T» multiplicavam-se muito, permitindo uma maior expansão do vírus e dando lugar a um efeito prejudicial", assinalaram.

Estas observações podem trazer consequências importantes na altura de utilizar estes anticorpos como tratamento, uma vez que apenas os doentes com HIV que estejam sob tratamento médico obterão uma melhoria na resposta imunitária antivírica.

Epilepsia e Parkinson
A farmacêutica portuguesa BIAL anunciou uma parceria com a biofarmacêutica belga UCB com vista a facilitar o acesso de doentes...

Numa informação divulgada à Lusa, a BIAL esclarece que o acordo lhe permite assegurar “em exclusivo”, junto dos profissionais de saúde portugueses, a “promoção e informação”, sobre o VIMPAT e o NEUPRO, “dois fármacos de investigação da UCB”.

Segundo António Portela, presidente executivo da farmacêutica portuguesa, a Bial vai, com a comercialização destes medicamentos neurológicos, “disponibilizar dois fármacos que demonstraram dar resposta a necessidades clínicas ainda não satisfeitas em duas patologias devastadoras e associadas a uma enorme incapacidade”.

“A nossa experiência na área da Neurologia será enriquecida e, certamente, permitirá que mais pacientes possam receber os tratamentos adequados para combater estas doenças”, acrescentou o responsável da Bial.

De acordo com a informação da empresa, “o VIMPAT (lacosamida) está indicado como terapêutica adjuvante no tratamento de crises epiléticas parciais em doentes com epilepsia com idade igual ou superior a 16 anos”.

“Este fármaco representa um novo tratamento para os doentes com epilepsia, uma doença altamente incapacitante em que mais de 25% dos pacientes não consegue alcançar o controlo de crises com as terapêuticas atuais”, acrescenta a BIAL.

Quanto ao NEUPRO (rotigotina) é apresentado como “o primeiro agonista da dopamina disponível em sistema transdérmico que, em associação com a levodopa, está indicado para o tratamento da Doença de Parkinson em estados avançados”.

“O adesivo transdérmico proporciona um fornecimento constante da rotigotina ao longo de 24 horas, melhorando a qualidade de vida dos doentes”, observa a farmacêutica.

De acordo com António Portela, a parceria com a UCB reforça o compromisso da BIAL em levar ao mercado “medicamentos diferenciadores” e a estratégia de “estabelecer alianças com empresas internacionais que assumem a mesma missão de BIAL, ou seja, fornecer medicamentos inovadores e de alta qualidade, capazes de melhorar a qualidade de vida dos pacientes”.

Jesús Sobrino, diretor geral da UCB Ibéria, destacou a “satisfação” em ter a BIAL como parceiro, sobretudo porque se trata de uma empresa cujas “competências e forças” na área da Neurologia “irão possibilitar que cada vez mais pacientes possam conhecer estes tratamentos para a epilepsia e Doença de Parkinson, com efeitos na sua qualidade de vida e na progressão favorável das doenças de que padecem”.

A BIAL refere que aproximadamente 50 milhões de pessoas em todo o mundo têm epilepsia, o que faz desta doença “a condição neurológica grave mais comum”.

“Em Portugal, a epilepsia atinge cerca de 50 a 60 mil pessoas e todos os anos surgem cerca de 50 novos doentes por cada 100 mil pessoas”, sublinha.

Quanto à doença de Parkinson, “é uma doença neurodegenerativa do sistema nervoso central caracterizada pela presença de bradicinésia (lentificação dos movimentos), tremor, rigidez muscular e alteração postural”.

Trata-se da “segunda doença neurodegenerativa com maior prevalência no país”, que afeta 13 mil doentes em Portugal.

Estima-se “o aumento deste número nas próximas décadas em consequência do envelhecimento da população”.

Estudo
Um estudo determina pela primeira vez cientificamente os sintomas dos três tipos mais frequentes de psicoses: esquizofrenia,...

O trabalho, realizado pelo grupo de investigação Cibersam, dirigido pelo catedrático da Universidade de Granada e da Unidade de Saúde Mental do Hospital de San Cecílio de Granada, Jorge Cervilla Ballesteros, vai ajudar a personalizar o diagnóstico e o tratamento dos pacientes e poderá ter implicações importantes nas prestações sociais dadas a estes doentes atualmente, informou a instituição académica.

O estudo pioneiro corroborou empiricamente que, do ponto de vista dos seus sintomas mentais, os três tipos de psicose são significativamente distintos, algo que até ao momento só estava comprovado por definições teóricas não demonstradas cientificamente.

A psicose faz referência a um estado mental descrito como uma cissão ou perda de contacto com a realidade. As pessoas que sofrem de psicoses podem apresentar alucinações ou delírios e ter alterações na sua personalidade e pensamento desorganizado.

Estes sintomas podem estar acompanhados por um comportamento invulgar ou estranho, assim como pela dificuldade em atuar socialmente e pela incapacidade para levar a cabo atividades da vida diária.

De acordo com o professor Jorge Cervilla Ballesteros, as “psicoses são os transtornos mentais mais graves que se manifestam com sintomas no qual o paciente sofre distorções na sua perceção ou entendimento da realidade”.

Na sua opinião, esta investigação é “um passo de gigante” no diagnóstico das psicoses pelas suas implicações para as prestações sociais que recebem os doentes.

O estudo proporciona também as chaves para redefinir os subtipos das ditas psicoses que, segundo os seus autores, “devem ser perfilados em função da intensidade encontrada nas distintas dimensões de sintomas (maníaca, negativa, depressiva, positiva e cognitiva)”.

Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto
O Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) anunciou hoje a sua participação num consórcio internacional de...

Uma das linhas de investigação do projeto vai estudar possíveis efeitos da crise económica sobre as mudanças biológicas relacionadas com o envelhecimento da população em coortes (conjunto de pessoas) na Irlanda e em Portugal, através da identificação de marcadores biológicos de adversidade social.

Segundo o responsável pelo projeto em Portugal e presidente do ISPUP, Henrique Barros, “este estudo é possível porque no instituto vem-se desenvolvendo a recolha sistemática de material biológico ao longo do tempo, que permitiu a criação de um repositório único de informação essencial para desenhar novos caminhos na abordagem dos problemas de saúde”.

“Juntam-se assim a perícia epidemiológica, biológica e sociológica para permitir finalmente análises estatísticas de enorme sofisticação”, sublinhou.

Durante quatro anos vão ser investigadas as relações entre fatores socioeconómicos, como a educação, o rendimento ou o acesso a bens materiais, e os resultados em saúde relacionados com a idade, como o cancro, as doenças cardíacas, as deficiências cognitivas e a debilidade.

O LIFEPATH é um grande projeto europeu financiado pelo programa da União Europeia (UE) para a Investigação e Inovação - Horizonte 2020 (H2020).

O ISPUP é uma das 15 instituições, de oito países da Europa, mas também dos Estados Unidos e da Austrália, envolvidas neste projeto que beneficia de um financiamento de seis milhões de euros proveniente do H2020.

De acordo com o ISPUP, vários estudos têm produzido conhecimento que permitiu evidenciar que o estado de saúde ao longo da vida é fortemente influenciado pela riqueza e pelo estatuto social.

“A distribuição social de fatores de risco tradicionais, como o tipo de alimentação e o tabagismo, explica em parte essa associação. No entanto, outros fatores como o stresse psicossocial e a constituição genética podem ser importantes, mas os mecanismos envolvidos não são bem compreendidos”, refere.

Organização Mundial da Saúde
Cerca de um terço das mortes devido a doenças provocadas por alimentos são de crianças com menos de cinco anos, sendo que estas...

O relatório “Estimativas da Carga Global das Doenças Provocadas por Alimentos”, da Organização Mundial da Saúde (OMS), refere que as doenças provocadas por alimentos se devem a 31 agentes patogénicos, bactérias, vírus, parasitas, toxinas e produtos químicos.

A cada ano, cerca de 600 milhões de pessoas, quase 1 em 10 no mundo, ficam doentes depois de consumirem alimentos contaminados. Entre estes doentes, 420.000 morrem, das quais 125.000 são crianças com menos de cinco anos.

“Até ao presente, as estimativas sobre este problema eram vagas e imprecisas, mascarando os verdadeiros custos humanos dos alimentos contaminados. O relatório coloca as coisas no lugar”, diz a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, no relatório.

“O conhecimento sobre os agentes patogénicos como a origem dos mais graves problemas em diferentes regiões do mundo permite que o público em geral, os governos e a indústria agroalimentar tomem medidas específicas”, sublinha.

Se a quantidade de doenças provocadas por alimentos constitui um problema de saúde pública à escala mundial, nas regiões da África, Sudeste Asiático estão as incidências e as taxas de mortalidade mais elevadas, inclusivamente entre as crianças com menos de cinco anos.

“Estas estimativas são fruto de dez anos de trabalho, com contribuições de mais de uma centena de especialistas do mundo inteiro. Estes números são conservadores e é preciso melhorar a disponibilidade de dados sobre as doenças provocadas por alimentos”, considera, por seu lado, Kazuaki Miyagishima, diretor do departamento de segurança sanitária dos alimentos, zoonoses e doenças provocadas por alimentos da OMS.

As doenças diarreicas são responsáveis por mais da metade do número global de doenças provocadas por alimentos, com 550 milhões de doentes e 230.000 mortes por ano. As crianças são particularmente sensíveis, com 220 milhões de casos e 96.000 mortes anualmente.

A diarreia é muitas vezes causada pela ingestão de carne crua ou mal cozida, ovos, produtos frescos e produtos lácteos contaminados pelo 'norovírus', 'Campylobacter', salmonela não tifóide e E. coli enteropatogénico.

Outras doenças transmitidas por alimentos são a febre tifoide, hepatite A, 'Taenia solium' (ténia) e aflatoxinas (produzida por fungos em grãos armazenados em más condições).

O risco de doenças provocadas por alimentos é mais grave em países com baixo e médio rendimento, sendo provocadas pela preparação de alimentos com água contaminada, falta de higiene, má preparação e conservação alimentar, baixos níveis de alfabetização e educação e insuficiente legislação de segurança sanitária de alimentos e sua aplicação, de acordo com o documento da OMS.

As doenças provocadas por alimentos podem provocar sintomas que se manifestam rapidamente, como náuseas, diarreias e vómitos, mais também pode provocar doenças a longo prazo, como cancros, insuficiência renal, hepatites e problemas cerebrais e nervosos.

Estas doenças podem tornar-se muito graves nas crianças e nas mulheres grávidas.

No estudo, a OMS apela para que a segurança alimentar seja uma responsabilidade partilhada. As conclusões do relatório sublinham a ameaça mundial que representam as doenças provocadas por alimentos e insiste na necessidade dos governos, do setor agroalimentar e outros de tornarem os alimentos mais seguros e evitarem estas doenças.

A necessidade de educação e formação para a prevenção continuam a ser importantes para os produtores, fornecedores e todos aqueles que lidam com alimentos e também para o público em geral, avalia a investigação da OMS.

A OMS está a trabalhar em estreita colaboração com as autoridades nacionais para ajudar a definir e executar estratégias e políticas no domínio da segurança alimentar, o que terá efeitos positivos nesta área no mercado global, segundo o estudo.

Médicos criticam
Médicos de saúde pública, de família e oncologistas criticam os novos critérios para atribuição da pensão de invalidez, com uns...

Em causa está o decreto-lei 246/2015, que altera o regime especial de proteção na invalidez, que estabelece que a partir de 01 de janeiro, quando entra em vigor a lei, esta pensão será atribuída aos doentes que “clinicamente se preveja evoluir para uma situação de dependência ou morte num período de três anos".

É este ponto que tem gerado várias críticas dos médicos, mas também de associações de doentes, dos reformados e até da Federação Nacional da Educação, com alguns a exigirem a revogação da lei.

Contactado pela Lusa, o Instituto da Segurança Social esclareceu que as alterações pretendem tornar “a lei mais justa, abrangente e equilibrada, sem qualquer perda de direitos”, sublinhando que "o horizonte temporal de três anos remete para o próprio conceito de invalidez permanente" já consagrado na lei.

Observa ainda que estas alterações resultam da avaliação de uma comissão especializada - composta por representantes de vários organismos com intervenção nestas matérias, por quatro médicos - que consultou a Ordem dos Médicos e outras entidades com competência sobre a matéria.

Contudo, para o presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública, a “lei é completamente inaplicável” e de uma “extraordinária crueldade para as pessoas que estão em sofrimento”.

“O que vai gerar é grande confusão, grande perturbação, um adiamento de todas as situações e há muitos doentes que vão sofrer com isso”, disse Mário Jorge Santos à agência Lusa.

O médico entende esta situação como “incompetência pura" e não como uma vontade de querer reduzir custos, considerando que a intenção do legislador era correta, ao terminar com a lista de doenças que conferem invalidez, mas sublinhando que “o processo escolhido é inacreditável”.

O presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Rui Nogueira, também destaca como ponto positivo o facto de a lei passar a abranger todas as doenças, mas considera desnecessário “e terrível” referir a morte.

“É chocante, eu julgo que nenhum médico vai dizer que é previsível que um doente vai morrer no prazo de três anos” e, por outro lado, “é desnecessário”, porque não é disso que depende um processo de invalidez.

“A invalidez é que está em causa, não é a dependência ou morte”, uma pessoa pode não estar dependente, mas estar inválida para o trabalho.

Rui Nogueira sublinhou que este assunto é “muito difícil e sensível” para os médicos e para os doentes, mas também para o legislador, que “por vezes não tem conhecimento da realidade”.

Para o oncologista e secretário-geral da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Carlos Oliveira, a lei foi feita por pessoas que nunca contactaram com um doente com cancro e desconhecem a sua realidade.

“Nos doentes oncológicos a avaliação não pode ser feita com estes limites temporais e com esta obrigatoriedade de uma incapacidade total e da possibilidade de se prever a morte num tempo relativamente curto”, afirmou Carlos Oliveira, que falava à lusa enquanto oncologista.

Na sua opinião, os novos critérios “pecam grandemente” pela avaliação que se pretende fazer, que “não corresponde à realidade”, e visam “cortar nas pensões de invalidez”.

Manifestou ainda dúvidas sobre se algum médico vai atestar esta situação e questiona mesmo se, do ponto de vista ético, o médico pode fazer algo nesse sentido. “Sob o ponto de vista científico muito menos, sobretudo na área do cancro”, acrescentou.

A nova Tabela Nacional de Funcionalidades que será utilizada como suporte das decisões das juntas médicas é outro alvo de críticas do médico de saúde pública.

Esta tabela “não mede a incapacidade do doente, mas mede precisamente o oposto, o que o doente consegue fazer”, criticou Mário Jorge Santos, observando que os médicos não têm a formação necessária sobre esta matéria.

Pensões de invalidez
Mais de vinte associações de doentes reúnem-se no sábado, em Braga, para debater o decreto-lei que altera os critérios para...

No Congresso “Os direitos e os deveres dos doentes crónicos”, organizado pela TEM – Associação Todos com a Esclerose Múltipla, as associações vão debater formas para contestar o decreto-lei, que podem passar por uma manifestação ou por pedir a revogação da lei, que entra em vigor a 01 de janeiro, disse à agência Lusa o presidente da TEM.

“Este decreto-lei tem uma vantagem, porque abrange mais doenças, mas tem a grande desvantagem de abranger muito menos pessoas em relação à lei n.º 90 de 2009”, afirmou Paulo Silva Pereira.

A lei foi publicada em Diário da República a 20 de outubro e os pedidos das pessoas para obtenção da pensão até ao final do ano “já estão a entupir as juntas médicas”, adiantou.

Esta situação deve-se ao facto de o decreto-lei determinar que a pensão apenas será atribuída aos doentes que “clinicamente se preveja evoluir para uma situação de dependência ou morte num período de três anos”.

“O decreto-lei dá o regime especial a pessoas que estão a três anos da morte e gostaríamos de saber, e vamos debater isso em congresso, quem é o médico que poderá passar” essa declaração, disse o presidente da TEM,

Por esta razão, o diploma já é apelidado de “regime especial para morrer”, mas os doentes querem “o regime especial para viver”, defende.

As associações não baixam os braços e vão “lutar para que todas as doenças tenham direito” à lei de 2009 e “não à atual, que é absurda porque é um subsídio para as pessoas morrerem”.

A nova lei propõe que as juntas médicas passem a utilizar na peritagem médica a Tabela Nacional de Funcionalidades, o que leva Paulo Silva Pereira a afirmar que os doentes vão estar sujeitos à avaliação, “muitas vezes subjetiva”, das equipas.

“Mais uma vez, isto vem mostrar a urgência da criação do Estatuto do Doente Crónico”, que também vai ser debatido no congresso, e de uma Tabela Nacional de Incapacidade e Funcionalidades da Saúde, frisou.

Com a Tabela Nacional de Funcionalidades “pode acontecer o ridículo que um doente terminal seja dado como capaz. Desde que fale, ande, vista e se lave”, não reconhecendo, por exemplo, “o cansaço crónico que é muito incapacitante”, explicou.

Segundo o responsável, os doentes “facilmente trocariam essa dita benesse por trabalho”.

“As pessoas querem trabalhar, mas ao seu ritmo”, disse, argumentando que não se pode exigir a um paraplégico o mesmo rendimento que a uma pessoa sem problemas.

Com o estatuto de doente crónico podia fazer-se “ligeiras alterações à lei laboral”, permitindo que um doente crónico pudesse trabalhar meia jornada quando não se sente bem.

A própria Administração Pública podia estar disposta a aceitar doentes crónicos que trabalham só meio-dia, em vez de estar a pagar uma reforma ou uma pensão, defendeu.

No dia 10 de dezembro, a Assembleia da República irá analisar uma “apreciação parlamentar” do decreto-lei, a pedido do Bloco de Esquerda, que considera que as alterações à lei representam "um recuo inesperado e injustificado a este regime especial, fazendo com que muitas das pessoas já abrangidas possam perder o apoio enquanto outras deixarão de ser elegíveis para futuro”.

Prémio “Nação Inovadora”
A primeira edição do prémio "Nação Inovadora" distinguiu a investigadora da Universidade do Minho (UMinho) Ana Ferraz...

O prémio "Nação Inovadora", explica a UMinho, é promovido pela Audi e pela Sic Notícias e "visa promover jovens talentos portugueses". Tem o valor pecuniário de 10 mil euros e numa primeira fase o júri selecionou 25 "talentos", em áreas como artes, tecnologia, ciência ou arquitetura, tendo o vencedor sido escolhido por votação online.

"Fico muito satisfeita por reconhecerem o meu projeto. Foram oito anos de investigação, trabalho e dedicação para chegar a uma solução que poderá ajudar a salvar muitas vidas no mundo", afirmou Ana Ferraz.

A tecnologia, apontada como "decisiva em situações de emergência", já venceu o maior concurso mundial de tecnologia para universitários, o Microsoft Imagine Cup, na Rússia, esperando-se agora a sua comercialização.

O júri incluiu Joana Vasconcelos (artista), Miguel Pina Martins (empreendedor), Rosalia Vargas (presidente da Ciência Viva), Paulo Pereira da Silva (líder da Renova), Bárbara Coutinho (diretora do MUDE), entre outros.

Hospital de Viana do Castelo
O hospital de Viana do Castelo anunciou hoje um projeto "inovador na região" que permite identificar mais cedo os...

Em comunicado, a administração da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), que gere o hospital de Santa Luzia, adiantou que "a implementação deste projeto vai permitir ao doente o contacto direto para a consulta de endocrinologia, duas vezes por semana, e a consulta presencial de endocrinologia, no centro de saúde de Arcos de Valdevez, de dois em dois meses.

De acordo com a ULSAM o objetivo do projeto, intitulado "Saber viver com diabetes", é "melhorar a articulação entre os cuidados de saúde primários e os cuidados de saúde hospitalares, de forma a promover uma referenciação mais rápida e um acompanhamento mais adequado às pessoas com diabetes que vivem no Alto Minho".

O hospital de Santa Luzia serve cerca de 244 mil pessoas dos dez concelhos do distrito de Viana do Castelo, e algumas populações vizinhas do distrito de Braga.

"Com esta iniciativa pretendemos consciencializar as pessoas para a sua doença, motivando-as à mudança de estilo de vida e à adesão à terapêutica, para que possam melhorar o controlo metabólico, reduzindo o recurso ao serviço de urgência por híper/hipoglicemias, e evitar as complicações e comorbilidades associadas à diabetes", explicou o presidente do conselho de administração da ULSAM, Franklim Ramos, citado naquela nota.

O responsável adiantou que o objetivo, "a longo prazo, é reduzir gastos em saúde, ao evitar a duplicação de cuidados, ao aumentar o número de utentes seguidos nos cuidados de saúde primários, e ao melhorar a qualidade de vida e produtividade da pessoa com diabetes, diminuindo o absentismo".

Aquele projeto, que vai ser apresentado publicamente no próximo dia 10, em Lisboa, integra-se no programa "Boas Práticas de Governação", uma iniciativa da Novartis em parceria com a Universidade Nova de Lisboa.

Além do hospital instalado na capital do distrito de Viana do Castelo, a ULSAM integra o hospital Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima, e 13 centros de saúde espalhados pelo Alto Minho.

Clima
A insegurança alimentar atingirá um pico em 2050, apesar dos esforços para redução das emissões poluentes e adaptação às...

A causa prende-se com a “inércia do sistema climático”, que faz com que as consequências da poluição se sintam várias décadas depois do momento em que ocorrem.

Uma ferramenta digital hoje apresentada pelo PAM, em colaboração com o centro britânico de meteorologia Hadley, após cinco anos de trabalho, simula os cenários possíveis em função dos esforços realizados para combater as alterações climáticas.

“As secas aumentam em cerca de 15% o atraso do desenvolvimento físico; a escassez de água aumenta as possibilidades de conflito em cerca de 60%; e as inundações multiplicam por 15 as mortes infantis”, destacou a diretora executiva do PAM, Ertharin Cousin.

Por essa razão, classificou como “vital” o novo instrumento para lutar contra estes perigos e conseguir alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável de fome zero em 2030.

O mapa mostra a insegurança alimentar nos Estados pobres de África, Ásia e América Latina em três momentos distintos – na atualidade, em 2050 e em 2080 – e reúne pela primeira vez dados individualizados por país.

De acordo com a projeção, se se combinar a redução de emissões com uma boa adaptação aos efeitos climáticos adversos, em 2080 a insegurança alimentar diminuirá em relação ao momento atual e a 2050.

O investimento para a adaptação aos desafios climáticos não será suficiente se, ao mesmo tempo, os Estados não baixarem a emissão de gases poluentes, frisou o PAM.

A investigação assenta nos contributos nacionais e nos mais recentes estudos sobre os efeitos negativos das alterações climáticas.

“A única forma de acabar com a insegurança alimentar é combinar a mitigação com a adaptação”, resumiu a investigadora principal do Centro Hadley, Julia Slingo.

Encontro anual
Cerca de mil oftalmologistas, portugueses na sua maioria, vão estar reunidos em Vilamoura, durante três dias a partir de quinta...

O 58º Congresso Nacional da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia permitirá “a atualização e benefícios concretos no conhecimento oftalmológico de cada participante”, disse a secretária-geral da organização, Rita Flores, à Lusa.

Os temas em destaque serão a córnea e a superfície ocular, a oftalmologia pediátrica e o estrabismo e o debate contará com a participação de uma série de “convidados de renome internacional” como John Sloper (presidente da Associação Europeia de Estrabismo, Jan Tjeerd de Faber (presidente da Sociedade Europeia de Oftalmologia - Holanda), entre outros.

Na reunião de oftalmologistas serão também atribuídos 12 prémios, entre eles a Melhor Apresentação no Congresso, o Melhor Trabalho de Inovação em Oftalmologia e o Melhor Trabalho de Investigação.

Durante o congresso, os intervenientes serão convidados a participar numa corrida/caminhada de três quilómetros mediante uma dádiva de 10 euros a favor da Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal.

A Cerimónia da Abertura terá como temas principais “o Ano Mundial da Luz” e “a Mulher na Oftalmologia” e a organização espera que seja “um grande evento de luz e cor”.

Tabaco
Os jovens dos países mais pobres são mais vulneráveis à publicidade das empresas tabaqueiras e correm o perigo de serem...

Em geral, as tabaqueiras expõem a população dos países com menos recursos económicos a uma publicidades mais intensa e agressiva que aos que vivem em países com um nível de vida superior, revela o relatório.

O estudo, que começou em 2005, é o primeiro a comparar os níveis de publicidade das tabaqueiras em 16 países.

A data de início do estudo coincide com a entrada em vigor da Convenção Marco sobre o Tabaco, que, entre outros aspetos, inclui estritos controlos à publicidade de cigarros.

Os dados mostram que apesar das proibições, a publicidade continuar a ser um aspeto chave da adesão de novos fumadores.

Os anúncios dirigem-se especialmente a jovens, já que está demonstrado que se forem submetidos a uma maior publicidade, começam a fumar antes e continuam a fazê-lo em adultos.

Uma maneira de atrair consumidores mais jovens é a forma como se vende o produto, já que segundo o relatório, nos países mais pobres mais de 64% das lojas selecionadas vendem cigarros a avulso, muito acima dos quase 03% de estabelecimentos que o fazem nos países desenvolvidos.

Esta fórmula de venda permite que as crianças e adolescentes os comprem por menos dinheiro, já que não têm de comprar um maço completo.

Por outro lado, o relatório destaca uma descida na venda de tabaco nos países desenvolvidos.

Entre 2009 e 2012, observou-se que as nações mais pobres têm 81 vezes mais publicidade nas ruas que as mais avançadas.

Os peritos da OMS alertam que a publicidade é uma “ameaça iminente”.

VIH/Sida
Uma especialista em VIH defende um maior investimento nas campanhas de prevenção da infeção junto das faixas etárias mais...

A propósito do Dia Mundial da Luta Contra a Sida, que se assinala hoje, a internista Cristina Teotónio, do núcleo da doença VIH da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), afirmou que “a área sexual foi a que, de certa forma, foi menos sujeita a um rastreio e a campanhas de prevenção”.

“Todas as campanhas de troca de seringas foram muito bem direcionadas e eficazes, mas na área da transmissão sexual - até por algum tabu e mitos associados a esta patologia - as pessoas acharam sempre que era uma doença do outro”, disse à Lusa.

A internista acredita que tal “levou a que a área da prevenção a nível sexual fosse um bocadinho descurada ao longo dos anos” e para a qual defendeu um maior investimento ao nível do diagnóstico precoce, da prevenção e da educação.

Uma das maiores preocupações da SPMI relaciona-se com os casos de idosos que tardiamente e em fase avançada da doença descobrem que estão infetados com o Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH).

“Numa pessoa idosa, muitas vezes andamos à procura de uma qualquer doença oncológica, pelos sintomas que os doentes apresentam, e não nos vem logo à cabeça que pode ser VIH e isso acontece: diagnósticos tardios em pessoas idosas”, afirmou.

De acordo com o relatório Infeção por VIH, Sida e Tuberculose em números – 2015, mais de um quarto dos novos casos notificados em 2014 ocorreram em pessoas com 50 ou mais anos de idade e 6,5% em pessoas acima de 65 anos.

Cristina Teotónio defende mensagens específicas para este tipo de público: “Efetivamente, não é igual falar para um jovem de 18 anos do que falar para um indivíduo de 60 anos”.

Para as mais velhas, “a mensagem tem de ser dirigida de modo a explicar que em qualquer altura da vida pode haver uma infeção, porque não sabemos nos nossos relacionamentos, a história que está para trás das pessoas com quem hoje nos relacionamos”.

“O prolongar da atividade sexual mais tardiamente, com todos os fármacos que estão disponíveis hoje em dia, levou as pessoas a infetarem-se em fases mais tardias da vida”, afirmou.

Para os mais jovens, a especialista sublinha a importância do papel educacional das famílias e das escolas no sentido da prevenção e proteção individuais.

Cristina Teotónio adverte: “Se nos anos 80 e 90 a doença VIH era um papão, com o aparecimento de fármacos muito potentes e do controlo efetivo da doença ela acabou por tornar-se uma doença crónica”.

“Se calhar, [tal] acabou por minorar um bocadinho os cuidados e as pessoas descuraram essas medidas de proteção individual e se calhar facilitam e correm riscos desnecessariamente”.

“A mensagem para os mais novos deve ser: isto trata-se, mas o ideal é não apanhar”, concluiu.

Ainda de acordo com o relatório Infeção por VIH, Sida e Tuberculose em números – 2015, em 2014 registaram-se 1.220 novos casos de VIH, dos quais 876 homens e 344 mulheres.

Luís Gardete Correia
Pela primeira vez, um português, Luís Gardete Correia, vai assumir a vice-presidência da Federação Internacional da Diabetes ...

Luís Gardete Correia, presidente da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), acaba de ser eleito vice-presidente da IDF no Congresso Mundial da Diabetes, em Vancouver, no Canadá.
Licenciado em Medicina e Cirurgia pela Faculdade de Medicina de Lisboa e com uma sólida experiência como médico especialista e atualmente presidente da APDP, Luís Gardete Correia dedicou a sua carreira ao combate à Diabetes. Prestar cuidados de saúde que permitam aumentar a qualidade de vida das pessoas com Diabetes sempre foi um dos principais objetivos à frente da APDP, que é atualmente um exemplo a nível mundial pelo tratamento multidisciplinar desta doença, apostando na educação terapêutica do doente.
Luis Gardete Correia foi ainda presidente da Sociedade Portuguesa de Diabetologia, de 2005 a 2007, coordenador do 1º Estudo da Prevalência da Diabetes em Portugal – PREVADIAB, em 2009, e Presidente do Comité Local Organizador da 47ª Reunião Anual da EASD (Associação Europeia para o Estudo da Diabetes), em 2011, responsabilidade que voltará a assumir em 2017.

Eleito agora vice-presidente da Federação Internacional da Diabetes, Luís Gardete Correia irá assumir um papel fundamental numa organização com mais de 230 associações de diabetes, provenientes de 170 países e territórios, representando os interesses de um número cada vez maior de pessoas com Diabetes ou em risco de vir a desenvolver a doença. A IDF foi criada em 1950 e a sua missão é promover os cuidados, a prevenção e a cura da Diabetes em todo o mundo.

O Congresso Mundial da Diabetes é o maior encontro da Diabetes e o único que a nível global reúne mais de 12.000 delegados, 300 oradores altamente especializados e representantes de mais de 230 associações Diabetes, de 170 países. 

A decorrer até ao dia 4 de dezembro, no Congresso Mundial da Diabetes serão apresentados os mais recentes avanços científicos, assim como as melhores práticas relacionadas com a educação, o tratamento e a defesa das pessoas com Diabetes.
Diabetes no Mundo
A Diabetes é já a quarta principal causa de morte na maior parte dos países desenvolvidos e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Ainda segundo dados fornecidos pela OMS, esta patologia pode conduzir a uma redução da esperança média de vida, pela primeira vez em 200 anos.

Portugal posiciona-se entre os países Europeus que registam uma mais elevada taxa de prevalência da Diabetes.

VIH/Sida
O Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral beneficiou nos últimos cinco anos 1.708 utentes portadores de HIV, tendo sido...

Os utentes do Serviço Nacional de Saúde infetados com o vírus HIV passaram a ser abrangidos pelo cheque dentista em 2009 e a utilização dos cheques começou no ano seguinte.

A taxa de utilização tem sido das mais altas entre todos os grupos que beneficiam do Programa.

No total já foram realizados 7.616 tratamentos, sendo que o mais frequente ao longo dos cinco anos foi a restauração direta e definitiva, com mais de 3021 tratamentos efetuados, seguindo-se as exodontias (extrações) com 2810 tratamentos.

Este ano e com dados referentes até 31 de agosto, dos 638 cheques dentistas já emitidos foram utilizados 553, registando-se uma taxa de utilização de 87%.

Paulo Ribeiro de Melo, secretário-geral da Ordem dos Médicos Dentistas, sublinha que “os portadores de HIV devem prestar especial atenção à saúde oral, problemas na boca ou nos dentes podem fragilizar estes doentes e aumentar as repercussões da infeção. De salientar ainda que na fase inicial da infeção do vírus da Sida são raras as pessoas que não apresentam problemas orais”.

A integração dos portadores de HIV no programa visa precisamente garantir o acesso aos cuidados de saúde oral destes doentes, promovendo a sua saúde oral e diminuindo a incidência e a prevalência das doenças orais nos portadores da infeção.

Os utentes portadores de HIV devem pedir ao seu médico de família o cheque dentista e depois de o receberem procurar um médico dentista que integre o programa e depois marcar a consulta.

Dados da Direção-Geral de Saúde revelam que no ano passado foram descobertos em Portugal 1220 novos casos de HIV, um número que tem vindo a cair desde o pico de quase 3100 portadores em 2003. Ainda assim, Portugal é na União Europeia o terceiro país com a maior taxa de novos casos de sida, a fase mais avançada da doença, segundo dados do Centro Europeu

para a Prevenção e Controlo das Doenças e da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Em todo o mundo existem pelos cálculos da OMS 70 milhões de pessoas infetadas e 35 milhões são portadoras do HIV. Anualmente são infetadas 2.3 milhões de pessoas e morrem de sida 1.6 milhões.

Paula Freitas
A nova presidente da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade (SPEO) é, desde domingo, Paula Freitas, médica...

“A SPEO tem uma área grande de trabalho, muitas coisas novas podem, ainda, ser feitas e para tal, a Sociedade precisa do apoio de todos”, afirmou Paula Freitas durante a sua tomada de posse, na Sessão de Encerramento do 19.º Congresso Português de Obesidade.

“Foi uma honra trabalhar na antiga Direção. A nova propõe-se a fazer igual e, se possível, ainda melhor”, observou ainda.

Paula Freitas sucede a Davide Carvalho, diretor do Serviço de Endocrinologia do CHSJ e professor da FMUP.

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