Instituto de Apoio à Criança
Numa situação de abuso, as crianças não dizem claramente o que lhes aconteceu, mas começam a ter, por exemplo, pesadelos,...

Quase 300 situações de crianças que alegadamente foram vítimas de violência sexual foram comunicadas ao serviço SOS-Criança nos últimos cinco anos. O balanço é do Instituto de Apoio à Criança (IAC), escreve a Rádio Renascença.

Entre 2010 e 2014, a linha SOS-Criança Desaparecida e Abusada Sexualmente recebeu 298 apelos, que representam 2,16% do total das chamadas recebidas no serviço.

Segundo os dados do IAC, o número de apelos relacionados com este tipo de crimes tem vindo a descer ligeiramente nos últimos cinco anos: 76 em 2010, 74 em 2011, 65 em 2012, 43 em 2013 e 40 em 2014.

"Desde 1988 que os técnicos do serviço recebem apelos de crianças e jovens que são abusados sexualmente ou que pedem esclarecimentos" sobre o que fazer nestas situações, disse o secretário-geral do IAC, Manuel Coutinho.

Lembrando que "a violência sexual contra as crianças é um crime gravíssimo e devastador que tem de ser denunciado", o psicólogo defendeu a importância de "cada um de nós" diligenciar no sentido de prevenir "todo mal-estar que é causado às crianças".

"Prevenir é, em primeiro lugar, esclarecer as crianças, dizer-lhes que elas têm o direito sobre o corpo delas e que, por exemplo, debaixo da roupa interior ninguém pode tocar, é uma zona íntima", explicou o também coordenador do SOS-Criança.

Manuel Coutinho defendeu que, desde muito cedo, as crianças devem ser incentivadas a falar sempre que existam situações que as deixem constrangidas.

"As crianças sempre que se sentirem desconfortáveis não devem ter medo de contar a alguém aquilo que se passa, seja ao pai, seja à mãe, ao professor ou ao médico", frisou.

Uma em cada cinco crianças na Europa é vítima
Fazendo uma análise dos últimos 15 anos, o IAC refere que a o serviço recebeu, neste período, 1.095 apelos a denunciarem este tipo de situações.

Os anos que registaram o maior número de apelos foram 2004 (146) e 2005 (126), adianta os dados divulgados a propósito do Dia Europeu sobre a Proteção de Crianças contra a Exploração Sexual e o Abuso Sexual, que se assinala pela primeira vez na quarta-feira, por iniciativa do Conselho da Europa.

Numa situação de abuso sexual, as crianças não dizem claramente o que lhes aconteceu, mas começam a ter, por exemplo, pesadelos, infeções urinárias, baixo rendimento escolar e choram muito.

Manuel Coutinho destacou a importância da data que se assinala na quarta-feira, porque a prevenção destes crimes também passa pelo conhecimento dos serviços que lutam contra este fenómeno.

O IAC foi pioneiro nesta luta ao criar o SOS-Criança, uma linha telefónica gratuita (116000) que funciona 24 horas por dia e 365 dias por ano.

Dados do Conselho da Europa indicam que cerca de uma em cada cinco crianças na Europa é vítima de alguma forma de violência sexual, estimando-se em 70% a 85% dos casos, o abusador é alguém que a criança conhece e em quem confia. 

Liga Portuguesa Contra o Cancro
A Liga Portuguesa Contra o Cancro vai lançar na quinta-feira uma petição para acabar com as desigualdades no acesso ao rastreio...

Em declarações, o secretário-geral da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), Vítor Veloso, afirmou que “não faz sentido nenhum que num país tão pequeno” como Portugal haja diferenças no rastreio de base populacional do cancro da mama.

“Verificamos que no centro todas as mulheres estão rastreadas, no norte já estão 82% e o rastreio continua a correr muito bem e no sul a situação é desoladora, comparativamente com as outras regiões”, disse o oncologista, sublinhando que a LPCC “não pode estar de maneira nenhuma alheia” a esta desigualdade.

Questionado sobre as razões desta situação, Vítor Veloso disse que LPCC tem feito “todo o possível e o impossível” para que houvesse da parte das respetivas Administrações Regionais de Saúde “a vontade de realizar esse rastreio” o mais rapidamente possível.

“A verdade é que tem encontrado uma série de impedimentos por parte das ARS e provavelmente de outras entidades que são alheias e estão interessadas, provavelmente, também em fazer esse rastreio”, lamentou.

Para acabar com as desigualdades que existem nesta área, a liga vai lançar a petição “Pela Equidade no Acesso ao Rastreio, Diagnóstico e Tratamento das mulheres com Cancro da Mama” que, segundo Vítor Veloso, tem “uma abrangência muito grande”.

“Pretendemos que seja criada em sede de Parlamento uma comissão no sentido de avaliar de modo quase permanente a situação da oncologia nacional e, num caso particular, gostaríamos de chamar a atenção para o problema do rastreio e tratamento do cancro da mama”, explicou.

Entre os objetivos da petição, que pode ser assinada até 01 de fevereiro em www.ligacontracancro.pt , estão também a “garantia de que, em casos de suspeita clinicamente demonstrada, exista acesso em tempo útil a um serviço hospitalar com capacidade de diagnosticar e tratar os doentes”.

“No nosso país, infelizmente, há hospitais que tratam devidamente os doentes e fazem tudo muito bem, há outros que vão fazendo mais ou menos e há outros que não fazem absolutamente nada. Isto não pode acontecer”, frisou Vítor Veloso, considerando que, do ponto de vista constitucional, esta situação “não é legal”.

A petição, que será entregue na Assembleia da República em fevereiro, tem como embaixadores figuras públicas como Ana Garcia Martins, Adelaide de Sousa, Ana Rita Clara, Cláudia Semedo, João Moleira, Ricardo Araújo Pereira, Tony Carreira, Vanda Miranda e Vera Kolodzig, que apelam à colaboração dos portugueses para chegar às 50 mil assinaturas.

Vítor Veloso está convicto de que este objetivo vai ser atingido, porque a população “compreende que não pode haver desigualdades deste género no campo da oncologia”.

“A população portuguesa deve ser tratada da mesma maneira”, ter acesso igual aos rastreios, mas também ao diagnóstico, ao tratamento e a “medicamentos inovadores e eficazes”.

Atualmente, surgem 6.000 novos casos de cancro da mama por ano, 16 novos casos por dia. Em 2014, foram realizadas mais de 279 mil mamografias a nível nacional, através do programa de rastreio da LPCC.

Dia Europeu dos Antibióticos
O Dia Europeu dos Antibióticos assinala-se hoje, uma oportunidade para as autoridades de saúde alertarem para os riscos do...

A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, afirmou, no início da semana, que o aumento da resistência aos antibióticos representa “um imenso perigo para a saúde mundial”.

Na apresentação da primeira investigação sobre o tema, Margaret Chan acrescentou que esta resistência “atinge níveis perigosamente elevados em todas as partes do mundo”.

Em Portugal, o consumo de antibióticos tem vindo a baixar desde 2010, mas ainda assim foram vendidos mais de sete milhões de embalagens destes medicamentos nos primeiros dez meses deste ano.

Segundo dados da consultora IMS Health, a venda de antibióticos nas farmácias baixou de 9.357.411 embalagens vendidas em 2010 para 8.085.314 embalagens em 2014.

Em 2011 venderam-se 9.027.784 embalagens, 8.683.232 em 2012 e 8.539.400 em 2013.

Entre janeiro e outubro deste ano, foram vendidas 7.138.113 embalagens.

Em termos de valores, em 2010 venderam-se antibióticos no montante de 70.947.104 euros, de 61.489.588 euros em 2011, de 50.387.993 euros em 2012, de 45.057.852 euros em 2013 e de 42.547.917 euros em 2014.

Nos primeiros dez meses deste ano, foram vendidos antibióticos no valor de 36.959.445 euros.

A Direção-Geral da Saúde, através do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos (PPCIRA), associa-se à Organização Mundial da Saúde e ao European Centre for Disease Prevention and Control para divulgar ao longo de toda a semana várias mensagens que visam alertar e sensibilizar os profissionais de saúde e a população para o problema da resistência aos antibióticos.

19 de novembro
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra promove, no dia 19 de novembro (próxima quinta-feira), uma atividade inserida na 4ª...

Stop às úlceras por pressão” é o título da iniciativa, a decorrer no Auditório da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) - Polo A, em Celas, e que conta com a colaboração do Conselho Regional de Coimbra da ELCOS - Sociedade Portuguesa de Feridas e de professores da Universidade Católica do Porto e do Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria).

“Epidemiologia e importância da prevenção”, pelo professor Paulo Alves (Universidade Católica do Porto), “As úlceras por pressão e os custos associados”, pelo professor doutor Pedro Gaspar (IPLeiria), “Opções de tratamento”, pelo enfermeiro Luís Simões (CHUC-Queimados) e “Tratamento médico”, pelo doutor Ricardo Carvalho (SANFIL) são os títulos das comunicações a proferir entre as 17h00 e as 20h00.

“As úlceras por pressão constituem um problema comum a muitos países do mundo, no qual se inclui Portugal, afetando pessoas de ambos os sexos, de todos os grupos etários e estratos sociais. Nesse sentido, o envelhecimento progressivo da população assume-se como um dos maiores problemas, pois traz geralmente associado um aumento das doenças crónicas e maiores limitações de mobilidade. Estes fatores assumem grande importância, pois as úlceras por pressão, sendo comuns a todos os níveis assistenciais de Saúde, comportam, já hoje, elevados custos tangíveis e intangíveis, a nível individual, familiar e social”, considera a organização do evento.

Esta iniciativa beneficia do apoio do Capítulo Phi Xi da Sigma Theta Tau International – Honor Society of Nursing e do Centro Colaborador da OMS para a Prática de Investigação em Enfermagem, sediados na ESEnfC.

Infarmed
Três projetos na área da oncologia e outros três sobre as doenças cérebro-cardiovasculares vão receber bolsas do Fundo para a...

O anúncio das bolsas do Fundo - de um milhão de euros e que se destina a financiar atividades e projetos de investigação dirigidos para a proteção, promoção e melhoria da saúde das pessoas - vai acontecer hoje, numa cerimónia em que participará o ministro da Saúde.

As áreas da investigação clínica, básica e translacional e a saúde pública e serviços de saúde são as abrangidas pelo Fundo, ao qual chegaram 156 candidaturas.

Destas 156 candidaturas, 106 cumpriram os critérios do regulamento.

As doenças oncológicas motivaram o maior número de candidaturas (56), seguindo-se as doenças cérebro-cardiovasculares (30) e diabetes (20).

Ao todo estão envolvidos nos projetos propostos 653 investigadores de 500 instituições.

Na área da oncologia, vai receber uma bolsa a investigação do Instituto de Medicina Molecular (IMM) e do Hospital Santa Maria, em Lisboa, sobre o “papel de microRNAs na modulação da diferenção funcional de linfócitos T gamma-delta anti tumorais”.

O estudo visa, entre outros propósitos, “identificar alvos moleculares importantes para a conceção de novos protocolos clínicos na imunoterapia contra o cancro”.

Outra investigação que vai receber uma bolsa é sobre a “deteção de mutações somáticas no plasma de doentes com cancro do pulmão”, da autoria de uma equipa do Ipatimup, Hospital de São João, Porto.

“O objetivo desta proposta é demonstrar que é possível utilizar amostras de sangue periférico (biópsia líquida) como alternativa às biópsias tumorais para a identificação de alterações somáticas do cancro, quer aquando do diagnóstico quer durante a progressão da doença”.

A investigação “permitirá disponibilizar uma solução simples para a rotina de recolha de material biológico para análise molecular e para informar a decisão terapêutica em todas as fases de acompanhamento clínico do doente com cancro”.

A pesquisa sobre “o sistema cancroimunidade como alvo da terapia com a membrana amniótica humana no carcinoma hepatocelular”, da autoria de uma equipa da Universidade de Coimbra, Cell2B, Instituto Karolinska, Universidade de Aveiro, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, vai também ser financiado.

Este projeto ambiciona “desenvolver uma terapêutica anti-inflamatória capaz de atingir dois alvos simultaneamente: o tumor e o seu microambiente”.

Na área das doenças cérebro-cardiovasculares, foi escolhida uma investigação sobre as “NanoTerapias Neuroprotetoras avançadas para o tratamento de acidentes vascularescerebrais”, da autoria de uma equipa de várias instituições: INEB, Centro Hospitalar do Porto, Universidade de Santiago de Compostela, Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNBC/UC).

“A nanoterapia avançada aqui proposta tem como aplicação principal o tratamento de Acidente Vasculares Cerebrais (ACV), mas tem o potencial de ser aplicada a outras estratégias de neuroprotecção após lesão do SNC [Sistema Nervoso Central]”.

Uma equipa do IMM e do Hospital de Santa Maria vai ser financiada para desenvolver uma investigação sobre a “imagem cardíaca no acidente vascular cerebral de causa indeterminada”.

“Os resultados deste estudo, se comprovarem a presença de um estado protrombótico na aurícula esquerda dos doentes com AVC indeterminado, poderão indicar a presença de novos critérios para o diagnóstico de AVC isquémico de etiologia cardioembolica”, segundo a apresentação do projeto.

Uma equipa de investigadores do INEB, Centro Hospitalar de São João, Institute for Biomedical Imaging and Life Sciences e IMM vai receber uma bolsa do fundo para o projeto “microRNAs como biomarcadores/alvos terapêuticos para identificar/reverter a fibrose cardíaca”.

“Esta abordagem direcionada permitirá validar o potencial de miRNA como uma ferramenta alternativa na deteção da fibrose do miocárdio em doentes com enfarte agudo do miocárdio (EAM) e servirá de suporte para futura análise transversal destes marcadores noutras patologias cardíacas”.

Em relação à diabetes, os projetos vencedores deverão ser conhecidos até ao final de 2015.

Em 2016, as bolsas serão atribuídas a projetos nas áreas das doenças oncológicas, raras e reumáticas.

Associação Portuguesa contra a Leucemia
“O Amor e Outras Pedras Preciosas” é o nome do livro solidário que a Associação Portuguesa Contra a Leucemia lança dia 28 de...

Este livro, oferecido pela autora à Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL), conta a história da luta de uma “gota preciosa” que vivia numa poça de água que fica doente, numa analogia com os cancros do sangue.

Manuel Abecassis, Presidente da APCL, afirma que “neste livro encantado, a autora ficciona a vida de uma gota de água a quem foi dada a vivência de uma situação maligna e destrutiva a que se segue o encantamento da vitória sobre tão terrível situação e o deslumbramento de uma nova vida. As excelentes ilustrações, que o enriquecem, espelham de forma encantadora esse mistério que é a renovação da vida quando tudo parece estar perdido. É um livro belo oferecido à APCL que, como nós, traz esperança mesmo nos momentos mais difíceis”.

A obra estará à venda em algumas lojas dos CTT e através da APCL (PVP 14,90€). O valor das vendas reverterá na íntegra para o projeto “Casa Porto Seguro”, uma instituição de acolhimento para apoiar famílias dos doentes que passaram por um transplante de medula e que vivem longe das Unidades de Transplantação existentes no país. Este local permitirá a estas pessoas acompanhar de perto o seu familiar, proporcionando a presença física e a troca de afetos essenciais à recuperação.

Sociedade Portuguesa de Transplantação
As políticas de saúde em transplantação orientadas para a melhoria de resultados uma gestão mais eficaz dos recursos é o tema...

Todos os profissionais de saúde com interesse pela área dos transplantes podem participar e contribuir com propostas para melhorar os resultados da transplantação em Portugal.

Assim, o primeiro tema em debate serão as estratégias de incentivos à doação e colheita de órgãos de dador cadáver, com especial enfoque nas conclusões do grupo de trabalho e o despacho do Secretário de Estado da Saúde. Será também discutido o valor do investimento nos dadores em paragem cardiocirculatória e a definição dos dadores e órgãos que não estão aptos para transplante.

Outro dos assuntos em debate e que a Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT) define como o “tópico quente” deste fórum é a necessidade de repensar as unidades de transplantação e os gabinetes de coordenação existentes, bem como a utilidade das unidades de referência em transplantação. Fernando Macário, presidente da SPT afirma que “é necessário discutir de forma aberta se a atual dispersão de unidades de transplantação renal na zona de Lisboa beneficia a eficácia da atividade e se todos os hospitais estão a detetar dadores e colher órgãos com a sua máxima eficácia”.

A doação em vida também será analisada e é um dos tópicos que mais preocupa os especialistas da área da transplantação. Apesar de o número de transplantes de rins ter estabilizado nos últimos anos - entre janeiro e julho de 2015 foram transplantados 305 rins -, a doação é um problema que preocupa os responsáveis, não só por não existirem tantos dadores vivos como seria desejável, mas também porque os rins provenientes de dadores cadáveres por vezes têm se ser rejeitados devido à idade e morbilidade prévias dos dadores. O que é importante no transplante a partir de dador vivo hoje, como aumentar os números, o dador altruísta e os caminhos que o Programa Nacional de Doação Renal Cruzada deve seguir serão algumas das questões a debater.

A imunossupressão, essencial para que o organismo não rejeite o órgão transplantado também será objeto de análise. Estará em debate a falta de novos imunossupressores e o papel dos genéricos na realidade atual. A lista de espera para transplante de rim era de 1970 pessoas no final de 2014 e destas 43 morreram à espera. A incidência novos casos de doença renal é de 230 novos casos por milhão de habitantes e a prevalência é superior a mil doentes por milhão de habitantes, só em diálise.

Em 2016
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa pretende iniciar em janeiro as consultas de especialidade na futura Unidade de Cuidados...

Num comunicado publicado na sua página de internet, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) indicou que aquela unidade vai abrir portas em 2016 e adiantou que, até janeiro, prevê instalar serviços com consultas de especialidade.

A transformação daquele antigo hospital numa Unidade de Cuidados Continuados e Paliativos tinha sido avançada pelo provedor da SCML de Lisboa, Pedro Santana Lopes, na cerimónia de transferência do edifício do Ministério da Defesa para a Santa Casa.

A SCML fez ainda saber que criou uma comissão de peritos para acompanhar e analisar o desenvolvimento da futura Unidade de Cuidados Continuados e Paliativos, composta por Ana Jorge, Bagão Félix e Isabel Galriça Neto, especialistas nas áreas de Pediatria, Finanças e Cuidados Paliativos, respetivamente.

Foi também criada uma comissão instaladora que “tem a seu cargo a elaboração do plano estratégico e de ocupação faseada do antigo Hospital Militar da Estrela”.

Essa comissão é composta por sete elementos das várias unidades de saúde da Santa Casa e presidida pela diretora da Saúde da instituição, Tânia Matos.

Afirmando que aquela será a “maior Unidade de Cuidados Continuados e Paliativos em Lisboa”, a SCML disse que pretende atingir a “excelência de serviços tais como o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão, o Hospital de Sant’Ana e a Unidade de Cuidados Continuados Maria José Nogueira Pinto”.

A transferência do Hospital Militar da Estrela foi formalizada a 30 de julho de 2015, entre o Ministro da Defesa, Aguiar Branco, e o Provedor, Pedro Santana Lopes, num contrato de 14,883 milhões de euros que tem a duração de 30 anos.

Inaugurado em 1836, aquele hospital fechou portas em dezembro de 2013.

Direção-Geral da Saúde
Os hospitais e restantes unidades de saúde que contribuam para um uso mais racional de antibióticos ou que tenham menos...

A ideia foi apresentada na segunda-feira pelo diretor do Programa de Prevenção e Controlo de Infeção e de Resistência aos Antimicrobianos da Direção-Geral da Saúde (DGS), José Artur Paiva, no arranque de umas jornadas dedicadas a este problema de saúde pública, escreve o jornal Público.

“Cada vez mais queremos entrar na área da auditoria e do financiamento, de forma a termos uma capacidade de percebermos o que está implementado, o que existe, e termos mecanismos de motivação não só psicológica, mas também financeira a hospitais, ACES [agrupamentos de centros de saúde] e cuidados continuados que tenham melhores resultados”, explicou José Artur Paiva, nas Primeiras Jornadas do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos. A ideia de pagar em função dos melhores resultados já tinha sido defendida pelo anterior ministro da Saúde, Paulo Macedo, no final da última legislatura.

Na sessão, o especialista fez um balanço de 33 meses de trabalho no programa da DGS e traçou planos para os próximos 15 meses. Segundo o coordenador, Portugal tem conseguido melhorar os resultados relacionados com as infeções hospitalares e a resistência a antibióticos em vários indicadores. Há, por exemplo, menos pneumonias nos internamentos de adultos em unidades de cuidados intensivos e menos infeções associadas a locais cirúrgicos – como é o caso da prótese da anca ou da prótese do joelho.

“Tanto em ambulatório como em hospital verificamos uma redução do consumo de antibióticos em Portugal”, afirmou, dando como exemplo a queda num tipo de antibióticos conhecidos como quinolonas, muito potentes, e que eram usados em muitos doentes sem necessidade. “Verifica-se uma melhoria muito boa na prescrição de quinolonas, com uma queda de 27% entre 2011 e 2014”, acrescentou. Segundo os dados da consultora IMS Health, citados pela Lusa, o consumo dos antibióticos em geral está em queda desde 2010, mas ainda assim foram vendidos mais de sete milhões de embalagens nos primeiros dez meses deste ano.

José Artur Paiva mostrou-se, no entanto, preocupado com uma bactéria recentemente mais mediatizada com os casos no Hospital de Gaia: a Klebsiella pneumoniae. O surto desta bactéria no Hospital de Gaia, resistente aos antibióticos de largo espectro conhecidos como carbapnemos, já fez três vítimas mortais. Desde Agosto já foram rastreadas mais de 340 pessoas e a bactéria foi detetada em mais de 100, ainda que só quatro pessoas estejam mesmo infetadas.

José Artur Paiva adiantou que em 2015, pela primeira vez, o consumo de carbapnemos caiu 5%, mas alertou que “o consumo em Portugal ainda é 2,3 vezes superior à média da União Europeia”. O especialista admitiu que há um risco cada vez maior de assistirmos a repetições de surtos por Klebsiella pneumoniae: “Portugal tem uma tendência baixa mas crescente, que é preocupante”. Como exemplo de mau uso de antibióticos, o médico lembrou que 36% dos doentes sem sinal de infeção ainda fazem mais de 24 horas de antibióticos antes de serem submetidos a uma intervenção cirúrgica.

Presente na mesma sessão, o ministro da Saúde também reconheceu que este tipo de surtos, como o de Gaia, merecem preocupação e uma maior atenção das autoridades de saúde, frisando que “as responsabilidades individuais têm consequências coletivas muito graves”. Para Fernando Leal da Costa, é preciso “mudar mentalidades” e conseguir processos “eminentemente inclusivos” de todos os profissionais e doentes. O governante deu como exemplo as campanhas da DGS que alertam que um antibiótico é tão eficaz numa gripe como um protetor solar, ou seja, não deve ser usado.

Após 30 anos de suspeitas
Há mais de 30 anos que especialistas suspeitavam da existência de uma nova doença cardíaca: uma alteração quase impercetível na...

O médico Manuel Martínez-Selléz, da Sociedade Espanhola de Cardiologia (SEC), via com preocupação como pessoas portadoras dessa síndrome sofriam AVC com mais frequência e tinham riscos maiores de demência e morte, escreve o Diário Digital.

Martínez-Selléz fez um estudo com 80 centenários e 269 septuagenários e demonstrou que se trata de uma situação de pré-arritmia.

“Agora sabemos que as pessoas que sofrem este bloqueio interauricular têm um batimento adiantado das aurículas. E sabemos que pode levar à arritmia”, disse Martínez-Selléz à BBC.

O bloqueio interauricular é um transtorno entre as aurículas do coração, duas cavidades na parte superior do órgão.

“Trata-se de uma doença porque é uma alteração do circuito elétrico do coração, neste caso, do circuito elétrico das aurículas, que se associa a um risco demonstrado tanto de acidente cerebrovascular como de demência”.

As pessoas com esta alteração têm facilidade para formar um coágulo na aurícula esquerda do coração.

O facto de ser uma doença abre as portas para melhorar o diagnóstico de doenças cardíacas que surgem com a idade. A síndrome leva o nome do cardiologista Antonio Bayés de Luna.

A ONU estima que haverá cerca de 400 milhões de pessoas acima de 80 anos no ano de 2050, o que será um desafio para a área da saúde.

Para a equipa de pesquisadores, o principal aspeto positivo do estudo é melhorar o diagnóstico de idosos com este sintoma.

“Estamos convencidos que os portadores desta alteração beneficiarão de um tratamento antiarrítmico e anticoagulante que ajudará a prevenir AVC e a demência”, disse Martínez-Selléz.

Estudo
Em 2011, investigadores espanhóis usaram um medicamento antibacteriano para combater o excesso de peso. Mas a maioria dos...

Investigadores do Hospital do Mar, em Barcelona, em Espanha, concluíram, no final de 2011, que os efeitos colaterais de um conhecido antibiótico pode ajudar os pacientes a perder peso. Este medicamento antibacteriano injetável acelera o esvaziamento gástrico, o processo de chegada dos nutrientes ao intestino, fazendo diminuir o tempo que decorre entre a ingestão dos alimentos e a sensação de saciedade transmitida pelo cérebro. Na altura, a notícia correu mundo, escreve o Sapo.

Esta descoberta, para muitos especialistas, abre novas hipóteses terapêuticas para o excesso de peso no que diz respeito a novos fármacos mais efetivos e seguros contra a obesidade, um problema que afeta cada vez mais crianças e adultos. Um estudo francês, desenvolvido na Universidade do Mediterrâneo, em Marselha, adverte, contudo, para o problema da toma excessiva de antibióticos que, segundo a investigação, faz engordar.

“Vários estudos demonstraram que a toma de antibióticos, nem que seja num único ciclo, pode interferir com o funcionamento do organismo, sobretudo com os intestinos, de forma permanente”, escreve mesmo Pierre Amaral, autor de um artigo sobre o tema. Uma outra investigação, liderada por Laura M. Cox, especialista do Centro Médico NYU Langone, em Nova Iorque, nos EUA, sugere que a toma destes fármacos na primeira década de vida, tenha o mesmo efeito.

Em 2014, os autores do estudo descobriram, numa experiência laboratorial, que os ratos tratados com antibióticos numa fase inicial de crescimento e de desenvolvimento tinham alterado a flora intestinal. Essa situação esteve na origem de uma mutação nas bactérias presentes nessa zona, que reprogramaram seu metabolismo, tornando-se mais propensas ao ganho de peso. O processo de análise ainda decorre, pretendendo os cientistas repetir a experiência em seis espécies de ratos no prazo de cinco anos.

Associação Portuguesa de Fibrose Quística
A Associação Portuguesa de Fibrose Quística vai organizar, no próximo dia 22 de novembro, entre as 9h e as 16h30, na Escola...

“A maioria das crianças nascidas com esta patologia em alguns países da União Europeia têm uma maior probabilidade de virem a apresentar uma forma mais grave por diagnóstico tardio e menor acesso a assistência médica apropriada. A fibrose quística é a doença genética grave mais frequente na Europa e, embora um em cada trinta europeus seja portador do gene causador da doença, são poucos os que a conhecem”, explica Herculano Rocha pediatra e presidente da direção da Associação Portuguesa de Fibrose Quística (APFQ).

E acrescenta: “Um diagnóstico precoce, um seguimento adequado por parte de especialistas de fibrose quística em Centros de Referência, uma higiene apropriada e um tratamento correto são pequenos gestos que podem prolongar e salvar vidas, evitando gastos em saúde desnecessários”.

Durante o encontro, escreve o Sapo, vão ser apresentados os resultados da primeira fase do programa de fisioterapia e exercício físico ao domicílio para doentes com fibrose quística e também dados sobre a continuação do projeto em 2016. No mesmo dia, vão ser ainda apresentados novos medicamentos para o tratamento da doença, cuja comparticipação ainda não está aprovada, em Portugal, pela Autoridade Nacional do Medicamento - Infarmed.

A fibrose quística é uma doença rara estando diagnosticados em Portugal cerca de 400 doentes. É uma doença genética, crónica, de evolução progressiva, que atinge crianças, adolescentes e adultos jovens. A patologia tem carácter multisistémico, já que afeta múltiplos órgãos e sistemas, estando associada a uma grande morbilidade e a uma diminuição da esperança de vida.

Estudo
Investigadores da Universidade de Cardiff descobriram a existência de uma ligação científica evidente entre um pequeno-almoço...

As crianças que tomam pequenos-almoços saudáveis antes de começarem o dia de aulas têm, segundo o Sapo, melhores resultados académicos do que os alunos que não o fazem.

De acordo com um novo estudo de investigadores da Universidade de Cardiff, publicado na revista científica Public Health Nutrition, as hipóteses de obter uma pontuação acima da média em testes escolares aos 11 anos é duas vezes mais alta para os alunos que tomam um pequeno-almoço saudável.

Os investigadores admitem que já existia evidência científica suficiente sobre a ligação positiva entre a ingestão de um pequeno-almoço saudável e a melhoria dos índices de concentração. No entanto, este trata-se do primeiro estudo a debruçar-se sobre a ingestão desta refeição diária e o desempenho escolar.

O estudo analisou 5 mil crianças entre os 9 e os 11 anos de mais de 100 escolas primária do País de Gales, no Reino Unido.

"Enquanto o consumo do pequeno-almoço tem sido consistentemente associado a uma melhor saúde global e a níveis mais altos de concentração e função cognitiva, não existia evidência clara sobre os efeitos [desta refeição] no desempenho escolar", disse Hannah Littlecott, líder do estudo, citada pelo britânico Guardian.

"Este estudo fornece, por isso, essa ligação forte entre aquilo que os alunos comem e o quão bem-sucedidos eles podem ser na escola", acrescentou.

A análise revela que comer um pequeno-almoço saudável - composto por laticínios, cereais, frutas e pão - pode melhorar o desempenho educacional, enquanto que a ingestão de doces e batatas fritas logo pela manhã - que foi relatado em um quinto das crianças - não têm qualquer impacto positivo na escolaridade.

Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças
Houve uma redução no consumo de antibióticos em Portugal, mas o combate a infeções com bactérias multirresistentes ainda é...

O consumo de antibióticos em Portugal está a baixar tanto nos hospitais como na comunidade, colocando o país acima da média dos países europeus, escreve o Diário de Notícias. Os dados revelados a nível nacional e pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) são positivos de forma geral, por mostrarem um controlo do uso de antibióticos, mas Portugal ainda é dos que mais recorrem a tratamentos de última linha, ou seja, aos últimos recursos para tratar infeções com bactérias multirresistentes. Ontem começou a Semana Mundial para a Sensibilização sobre o Antibiótico, que decorre até 22 de novembro.

Todos os anos morrem 25 mil pessoas na sequência de infeções, motivo que leva a Comissão Europeia a querer apostar no combate às resistências e no aumento do conhecimento sobre estes problemas, envolvendo todos os parceiros. Além do desenvolvimento de antibióticos, sem novidades desde 1987, é preciso apostar a prevenção e no controlo da doença.

José Artur Paiva, o diretor do Programa Nacional de Prevenção e Controlo de Infeção e de Resistências a Antimicrobianos, não tem dúvidas em assumir que "Portugal está a conseguir controlar o uso de antibióticos. Há uma redução global desde 2012, seja na comunidade ou nos hospitais. Na comunidade, há um aumento ligeiro em 2014 porque foram integrados os subsistemas públicos, como a ADSE", justifica.

O relatório do ECDC coloca Portugal a meio da tabela, em 15º lugar entre 30 países. No âmbito hospitalar, apesar de dados serem apenas do SNS, Portugal está em 12º lugar em 21. Os resultados estão relacionados com as três áreas centrais do programa nacional: a prevenção das infeções, a ausência de tratamento nos casos em que não se justifica e o tratamento com os antibióticos de menor espectro, ou seja, que tratam o mínimo de bactérias possível para que não haja resistências. O tempo de tratamento também tem de ser cumprido. Não se deve deixar de tomar um antibiótico antes de tempo, nem o usar por demasiado.

Prioridade na prescrição
O programa pretende agora reforçar os mecanismos de controlo dentro dos hospitais, com maior rigor na prescrição dos antibióticos de última linha, sobretudo, mas ainda se pretende implementar mais medidas no combate às taxas de infeção. "Queremos intervir em seis áreas, como as pneumonias associadas ao ventilador, as infeções pós-operatórias, urinárias associadas à algália ou a dos cateteres", diz José Artur Paiva. Ontem foram apresentadas algumas medidas destas intervenções, que se espera virem a reduzir as infeções.

Travar casos como o de Gaia
A grande prioridade a nível europeu é o combate às resistências aos antibióticos, em especial quando se trata daqueles que são o último recurso quando tudo falha. É o caso dos carbapenems, um grupo de antibióticos usados em fim de linha, por exemplo, na bactéria que provocou o surto que afetou mais de cem doentes no Hospital de Gaia, a klebsiella pneumoniae. Portugal tem um consumo muito acima da UE neste grupo, sendo o segundo maior consumidor depois da Grécia. Está ainda em quinto na polimixinas, outro grupo de fim de linha.

O país tem elevados níveis de resistência em várias bactérias, mas na que se tornou mais mediática recentemente - a de Gaia - a resistência ligada aos carbapenems é até reduzida. "Estamos muito abaixo da UE. Agora, estamos a registar um aumento como acontece na maior parte dos países. As infeções com esta bactérias são mais frequentes, mas nós ainda registamos apenas surtos em hospitais. O que temos de fazer agora é definir estratégias para evitar que cheguem a um nível regional".

Outro dado positivo foi a redução do nível de resistência que mas marcava Portugal. A taxa de Staphylococcus aureus resistente à meticilina era a pior da Europa, superando os 50%. Baixou de 54,6% para 47,4% e apenas quatro anos. As estratégias realizadas o âmbito do programa nacional contribuíam para a melhoria.

"De forma global, os países escandinavos e a Holanda têm resultados melhores, mas Portugal é semelhante aos países da Europa Central. Conseguimos reduções na generalidade das bactérias. Mais do que nos compararmos, é importante compararmo-nos connosco próprios".

Mais de um ano após o anúncio
Mais de um ano após a primeira data anunciada pelo Governo para o arranque da linha de cessação tabágica, e após sucessivos...

Segundo o diretor-geral da Saúde, já foi lançado um novo concurso para a exploração da Linha Saúde 24, que entra em vigor em maio, que prevê um módulo próprio para a cessação tabágica, tanto no plano de conteúdos como no plano financeiro.

Ou seja, no âmbito do novo concurso, está previsto um financiamento global para a Linha Saúde 24 no valor aproximado de 28 milhões de euros, que conta já com a integração da linha de cessação tabágica.

A Linha Saúde 24 é uma iniciativa da Direção-Geral da Saúde (DGS) operacionalizada por um operador privado que conduz os trabalhos no seguimento de um concurso com a validade de dois anos, cujo contrato termina no final de abril de 2016.

Assim, o contrato que atualmente vigora para a linha foi acordado há dois anos e contou com um financiamento que não incluía o módulo da cessação tabágica, uma vez que esta foi uma ideia que surgiu posteriormente, tendo sido anunciada pela primeira vez em agosto de 2014.

No entanto, existe a expectativa de conseguir arrancar com a linha de cessação tabágica ainda antes do início do próximo operador, disse à Lusa Francisco George.

O serviço está a ser monitorizado e havendo folga financeira e validação técnica, deverá começar a funcionar ainda durante o primeiro trimestre, acrescentou.

Quanto à parte técnica, o atual administrador da Linha Saúde 24, Luís Pedroso Lima, afirma que o projeto está concluído “há muito tempo”, aguardando apenas validação por parte da DGS.

O responsável lembra a portaria publicada no início deste mês, que complementa as regras previstas na nova lei do tabaco que entra em vigor em 2016, que prevê que as embalagens de tabaco passem a ter imagens e informação sobre onde procurar apoio para deixar de fumar, incluindo a indicação do número da linha Saúde 24.

“Está tudo desenvolvido. Estamos a um mês e meio [da entrada em vigor da lei] e ainda tenho que fazer a formação de 500 enfermeiros”, disse.

A linha de cessação tabágica foi anunciada pela primeira vez no final de agosto do ano passado, com data prevista para final do mês seguinte (setembro).

No final de novembro, o então secretário de Estado da Saúde Leal da Costa anunciou para o início de 2015 o arranque da linha de cessação tabágica, bem como a revisão da lei do tabaco.

Em abril deste ano, a linha ainda não estava a funcionar e o Ministério da Saúde anunciou novamente o seu arranque para o dia 31 de maio, Dia mundial sem tabaco.

No entanto, no final desse mês foi tornado público pela tutela que a linha de cessação tabágica ficaria afinal a aguardar a lei do tabaco, para fazer coincidir o seu lançamento com a publicação da legislação.

O diploma foi publicado em agosto, mas a linha de cessação tabágica continua sem existir.

Hoje assinala-se o Dia do Não Fumador.

Estudo
Mais de 20% dos estudantes do terceiro ciclo e do secundário fumam e os mais novos são, entre estes, os que mais relatam terem...

Os estudantes mais novos, com idades compreendidas entre os 12 e os 13 anos, são “os que mais relatam ter começado a fumar na escola, sendo a tendência maior nas raparigas”, concluiu um estudo sobre hábitos tabágicos em meio escolar, afirma a Universidade de Coimbra (UC).

De acordo com a investigação, “a grande maioria (79%) de estudantes não fuma” e, entre os 21% de fumadores, “cerca de metade (10,2%) fá-lo regularmente, consumindo em média meio maço de cigarros por dia”.

Desenvolvido pela delegação em Coimbra da Fundação Portuguesa do Pulmão (FPP) e pelo Laboratório de Bioestatística e Informática Médica (LBIM) da Faculdade de Medicina da UC (FMUC), o estudo envolveu 3.289 alunos (1.584 do sexo masculino e 1.705 do sexo feminino) do terceiro ciclo do ensino básico (7º, 8º e 9º anos de escolaridade)e do ensino secundário (10º, 11º e 12º anos) de vinte escolas do concelho de Coimbra.

Os resultados do inquérito, aprovado pelo Ministério da Educação e Ciência, que também avalia o conhecimento dos alunos relativamente à relação entre doenças pulmonares e o tabaco, vão ser apresentados terça-feira, 17 de novembro, às 17:30, na delegação da FPP em Coimbra, no âmbito da III Semana do Pulmão.

As conclusões da pesquisa alertam, designadamente, para “a necessidade de se apostar em campanhas de sensibilização nas escolas sobre os malefícios do tabaco” e de “sensibilizar os pais para esta realidade, dado que a maioria dos alunos fumadores (51,9%) diz que os pais fumam em casa”, salienta João Rui de Almeida, presidente da FPP em Coimbra.

“Este estudo revela ainda que é nas escolas que os alunos mais jovens (12-13 anos) começam a fumar”, adverte aquele responsável.

Francisco Caramelo, coordenador da equipa do LBIM que realizou a análise dos dados, sublinhou, por seu lado, o facto de se observar nestes alunos "um padrão de crescimento do número de fumadores com a idade”.

O fenómeno significa que “existe um efeito cumulativo, ou seja, quem começa a fumar dificilmente deixa de o fazer, e a probabilidade de fumar aumenta cerca de 1,5 vezes por cada ano”, adiantou Francisco Caramelo.

A maioria dos alunos fumadores (51,9%) refere ter familiares na sua residência que fumam, mas esta percentagem desce (para 40, 6%) no caso dos não fumadores, notando-se que há “uma grande prevalência de alunos fumadores passivos”.

Embora a generalidade dos alunos (95,8%) afirma ter consciência dos malefícios do tabaco, só 57,9% dos fumadores revelou que gostaria de deixar de fumar, refere a nota da UC.

Na Grã-Bretanha
Minerais e descargas elétricas podem substituir os tratamentos convencionais quando as cáries estão no início.

Cientistas na Grã-Bretanha desenvolveram uma nova técnica para tratar o início de cáries, a que chamaram EAER ("remineralização melhorada assistida eletricamente", numa tradução livre).

A EAER promete reparar estas cáries sem qualquer dor, através da limpeza e não de qualquer tipo de perfuração do dente, escreve a TSF.

O tratamento pressupõe o uso de minerais e a estimulação do dente com um recurso a descargas elétricas (daí a palavra "remineralização").

Rebecca Moazzez, do King's College, em Londres, explica que observa que o tratamento tradicional das cáries acaba por ser um ciclo vicioso para os pacientes.

O novo tratamento é apenas preventivo e útil quando usado na etapa inicial da desmineralização.

Ervas medicinais
O mau colesterol (LDL) é uma das principais causas das doenças cardiovasculares – aumenta o risco de

O colesterol é uma gordura presente nos tecidos do corpo e no plasma sanguíneo do organismo. Ele existe em grande concentração no fígado, pâncreas, cérebro e medula.

O colesterol é algo natural e benéfico para o corpo exceto quando excede as suas concentrações normais, tornando-se então prejudicial para a saúde.

Uma das consequências mais graves da concentração excessiva de colesterol no sangue é a obstrução do fluxo sanguíneo. Na realidade, o colesterol em excesso fixa-se nas paredes das artérias, formando uma placa que impede o sangue de circular.

Quando os níveis de colesterol se mantém elevados corremos o sério risco de sofrer graves problemas cardíacos.

Este risco aumenta com a idade e, habitualmente, não traz qualquer sinal ou sintoma associado. No entanto, saiba que uma simples análise pode ser a chave para a prevenção.

E como a prevenção é, quase sempre, o melhor remédio, a Fitoterapia apresenta-lhe algumas soluções no combate ao mau colesterol.

Conheça alguns “remédios” naturais que o ajudam a reduzir o colesterol:

  1. Alho – ajuda no controlo do colesterol e melhora a circulação. Aconselha-se a comer um dente de alho por dia.
  2. Alcachofra – possui ácidos que ajudam na redução do colesterol. Baixa a pressão arterial e melhora a circulação. Recomenda-se a infusão de duas colheres de chá para cada litro de água e deve beber-se três vezes ao dia, antes das refeições.
  3. Curcuma – os seus componentes ajudam a baixar o mau colesterol – LDL – e os triglicéridos.
  4. Cardo – é uma planta com propriedades depurativas e descongestionantes. Ajuda a reduzir o colesterol e os triglicéridos
  5. Dente de Leão – muito eficaz a regular os níveis de colesterol no sangue. Aconselha-se a ingestão de duas a três chávenas de chá por dia.
  6. Chá verde, branco e vermelho – ajudam a baixar o peso e a regular o colesterol. O chá contem catequinas e taninos com propriedades antioxidantes. Deve beber-se duas a três chávenas por dia. 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Associação de Jovens Diabéticos de Portugal
No âmbito das comemorações do Dia Mundial da Diabetes e inserido no projecto “AJDP nas Escolas”, a Associação de Jovens...

Os alunos do Curso Técnico Auxiliar de Saúde da Escola Secundária do Entroncamento dedicam, em conjunto com a Associação de Jovens Diabéticos de Portugal (AJDP), todo o dia 17 de novembro à diabetes, com rastreios a várias turmas e uma palestra sobre os vários aspetos e mitos associados à diabetes que estará à responsabilidade de Carlos Neves, presidente da AJDP e Jenifer Duarte, nutricionista e membro da associação.

Ainda inserido no projeto “AJDP nas Escolas” decorre, a 18 de Novembro, uma sessão de esclarecimento no Agrupamento de Escolas de Amadora Oeste dirigida a Professores e Auxiliares de Educação.

Para Carlos Neves, presidente da AJDP e jovem com diabetes tipo I, “com estas atividades, ainda inseridas nas comemorações do Dia Mundial da Diabetes, pretendemos informar jovens, pais e professores, sobre a melhor forma de aceitar e lidar com os problemas associados à diabetes. Atualmente, um jovem com diabetes pode ter uma vida perfeitamente normal, participando em atividades desportivas, mantendo uma alimentação saudável e estando consciente dos princípios de controlo da diabetes.”

Para informar e desmistificar a diabetes, a AJDP tem vindo a desenvolver, desde 2009, o projeto “AJDP nas Escolas”, organizando sessões de esclarecimento em escolas, abordando temáticas como a diabetes tipo I e tipo II, as rotinas das pessoas com esta patologia, a importância do exercício físico.

Rastreios e Palestras sobre a Diabetes
Data: 17 de novembro de 2015
Local: Escola Secundária do Entroncamento, Rua Carlos Ayala Vieira Rocha, Entroncamento, Santarém

Sessão de Esclarecimento para Professores e Auxiliares de Educação
Data: 18 de novembro de 2015
Hora: 17h00
Local: Agrupamento de Escolas de Amadora Oeste, Rua Elias Garcia, 329, Amadora

Em Portugal
Um ano depois do ‘boom’ da moda de fumar cigarros eletrónicos, que chegou a ter 300 mil ‘vapeadores’ em Portugal, estima-se que...

Tiago Machado, que representou a Associação Portuguesa de Empresa de Cigarros Eletrónicos, entretanto desconstituída, explicou que o setor sofreu um “duro revés há precisamente um ano”, quando um estudo japonês indicou que os cigarros eletrónicos continham até dez vezes mais agentes cancerígenos do que o tabaco convencional.

“O setor caiu completamente com a notícia do estudo japonês, com dados falsos. Foi o princípio do fim. O ‘formaldeído’ [composto líquido utilizado nos cigarros eletrónicos], só afeta a saúde das pessoas quando é ‘vapeado’ a 900 graus e sabe-se que o cigarro eletrónico é ‘vapeado’ a 180/200 graus”, disse Tiago Machado.

Segundo aquele responsável, depois do ‘boom’ de 2013-2014, em que se contabilizavam entre 300 a 400 mil ‘vapeadores’ em Portugal, o número atualmente de pessoas que fuma cigarros eletrónicos desceu para cerca de cinco mil.

“Deixou de ser um negócio em Portugal. Em países como França, Holanda, Inglaterra e Estados Unidos, o ‘vapeio’ é defendido por ordens médicas e instituições de saúde. Em Portugal deixou de ser negócio”, sublinhou.

De acordo com Tiago Machado, também o alargamento do Imposto sobre o Tabaco aos cigarros eletrónicos, com uma carga fiscal “demasiado elevada” e “12 vezes superior à de Espanha”, levou “ao fim de esperança que havia em recuperar o setor”.

Patrícia Figueiredo foi uma das fumadoras de tabaco tradicional que passou a ‘vapear’ em março de 2014, quando a moda estava no auge. Fumadora desde os 14 anos, decidiu, numa altura em que estava debilitada fisicamente, trocar o tabaco normal pelos cigarros eletrónicos, sobretudo por uma questão de dinheiro.

“Antes gastava cerca de 120 euros por mês, passei a gastar cinco (…)”, declarou.

Patrícia revelou não se ter assustado com o facto de os estudos afirmarem que afinal este tipo de cigarros também é prejudicial à saúde, acreditando que “nunca irá ser mais prejudicial que o tabaco” e estando consciente de que qualquer tipo de inalação é prejudicial: “esta será menos má e mais barata”.

Para Patrícia Figueiredo, os cigarros eletrónicos trouxeram-lhe uma vantagem, pois deixou de fumar.

“Na realidade, já não fumo. Comecei a ‘vaporizar’ há cerca de um ano e oito meses, com um nível de nicotina de 12. Durante o primeiro ano fui reduzindo gradualmente e há mais de meio ano que tenho sempre comigo o ‘vaporizador’, mas com nicotina a zero. Serve muitas vezes para aquelas alturas em que se dão os almoços e jantares de empresa e/ou amigos e para não arriscar o ‘vou fumar só um’, tenho sempre o vaporizador comigo”, explicou.

Segundo um inquérito do Eurobarómetro divulgado a 29 de maio passado, os cigarros eletrónicos eram a escolha de 2% dos fumadores portugueses, em linha com a média da UE, sendo que 1% respondeu ao estudo ter usado e desistido (UE 3%) e 3% experimentaram e desistiram (UE 7%).

No total, 6% dos portugueses já experimentaram o cigarro eletrónico (UE 12%), mais os homens (PT 7%, UE 13%) do que as mulheres (PT 4%, UE 10%).

Hoje, assinala-se o Dia do Não Fumador.

Páginas