Federação Nacional de Educação
A Federação Nacional de Educação quer que o stress seja incluído na lista de doenças profissionais, depois de um inquérito...

Em comunicado, a Federação Nacional de Educação (FNE) adianta que o resultado da Campanha da Saúde, que terminou hoje, revelou situações de stress agudo nas escolas.

No decorrer da campanha, escreve o Diário Digital, foi realizado um inquérito junto dos professores que, entre os 223 questionários validados, mostrou que “cerca de um quarto (23,3%) revelou que no seu percurso profissional já experienciou situações agudas de stress profissional”.

Centro Europeu de Investigação
Cinco investigadores portugueses foram incluídos no apoio do Centro Europeu de Investigação, no âmbito do Horizonte 2020, de...

Segundo a informação divulgada pelo centro, sob responsabilidade do comissário português Carlos Moedas, dois investigadores portugueses do Instituto de Medicina Molecular de Lisboa receberão bolsas do financiamento que chegará a outros três cientistas lusos a trabalhar no estrangeiro, escreve o Sapo.

Um cientista israelita a trabalhar na Fundação Champalimaud faz ainda parte do fundo, num total de 429 milhões de euros e que pode chegar aos 1,5 milhões por concessão para permitir aos bolseiros criarem as suas equipas.

O comissário Calos Moedas frisou a importância de “manter os investigadores mais talentosos na Europa, assim como atrair novas e diversas perspetivas de investigadores de topo de qualquer parte do mundo”.

“Estas bolsas garantem que muitas das ideias mais empolgantes do mundo são desenvolvidas aqui. Dar aos investigadores e cientistas a liberdade e a segurança para continuarem a sua carreira e ambições no nosso continente", acrescentou.

Entre os tópicos apoiados estão trabalhos sobre o antigo clima da Terra, doenças tropicais negligenciadas e como a diplomacia se transforma com os novos meios de comunicação.

Os fundos do centro destinam-se a investigadores de qualquer nacionalidade a trabalhar, ou com intenções de se transferirem, para a Europa, tendo este pacote sido divido por 38 nacionalidades e por 23 países europeus.

Cada vez mais
A maioria dos hospitais públicos portugueses já têm terapias alternativas à medicina convencional, como é o caso da acupuntura,...

A mais usada, segundo o Diário de Notícias, é mesmo a acupuntura médica - diferente da que tem origem na medicina chinesa, e que é a única reconhecida como competência médica, desde 2002 - aplicada na medicina da dor e na reabilitação e já presente em mais de metade dos hospitais públicos. Os cursos para formação de médicos têm listas de espera e as consultas anuais triplicaram em algumas unidades.

Helena Ferreira é atualmente a coordenadora da competência de acupuntura médica da Ordem dos Médicos e reconhece que só em relação a esta terapia "o número de consultas duplicou nos últimos anos". Os cursos pós-graduados são quatro e não abrem todos os anos. "Neste momento estão cheios e há quase 30 médicos em espera." Na associação nacional, já há mais de 300 médicos inscritos

A técnica é usada sobretudo nas unidades de medicina da dor ou na medicina física e de reabilitação, onde há mais evidência científica, mas o controlo da náusea e da dor em doentes operados ou que fazem quimioterapia também tem bons resultados. "O controlo da dor no parto ou a aplicação de técnica para tratamento de infertilidade também é prática, neste caso associada à especialidade de ginecologia e obstetrícia", refere a médica de família de Lisboa, que tem tratado seis/oito doentes por semana.

Maria Manuel Marques, anestesista do Hospital Beatriz Ângelo, que usa a técnica no âmbito da medicina da dor, diz que em Loures houve 2371 consultas desde há quatro anos: "Nos primeiros anos foram 200 consultas/ano, hoje os números triplicaram: 600 a 700."

Em Coimbra, Paula Capelo tem uma espera de dois meses. "Sempre que posso faço acupuntura, mas sou anestesista, por isso não consigo ver mais do que 16 doentes por semana. A nossa especialidade faz muita falta." Desde 2008 que trabalha juntamente com outro médico que dá um dos cursos de formação pós-graduada. E todos os anos trata cerca de cem doentes.

Benefícios e poupanças
O normal é os doentes precisarem de quatro a seis sessões para resolver o seu problema, mas os casos mais complexos, de dor crónica, fibromialgia, podem precisar de mais sessões. "Há os que ficam bem, mas têm de voltar mais tarde para novos tratamentos." Os benefícios, além da redução da dor, em problemas dos intestinos e até na desabituação tabágica, são "o aumento do bem-estar e menor uso de medicamentos. Nem sempre conseguimos tirar toda a medicação mas é positivo sobretudo em doentes muito medicados, como os idosos".

Em Viseu, "o hospital com a consulta mais antiga do país, desde 1997, não se consegue dar resposta a todos os doentes", diz António Almeida Ferreira, confirmando a duplicação dos pedidos. O médico de família trabalha com um anestesista e diz que só pode tratar "sete/oito doentes semanais, mas há bons resultados. Por vezes quase não precisam de medicação".

Helena Ferreira diz que há estudos internacionais que mostram poupanças pelos "ganhos na qualidade de vida e redução da medicação". O doente só paga a taxa moderadora. O tratamento de eletroacupuntura custa cerca de 30 euros.

Reiki e osteopatia no SNS
Helena Ferreira diz que há médicos com formação em osteopatia a trabalhar nas unidades públicas. "São sobretudo fisiatras, que utilizam estes princípios na sua rotina", refere. Almeida Ferreira refere que "já tem havido cursos de formação no Norte para fisioterapeutas na área".

Quanto ao reiki, que não integra a lista de terapêuticas não convencionais regulamentadas (ao lado), já houve várias experiências, em centros de saúde e no hospital, experiências que nem sempre duram. O caso mais sólido é o do Hospital de São João, que tem uma equipa de enfermeiros voluntários a fazer reiki com doentes oncológicos na área do sangue. Zilda Alarcão, enfermeira reformada, diz que fez uma investigação que confirmou os benefícios nos doentes e ajudou o projeto a avançar. "Os doentes têm melhoria da qualidade de vida, autoestima, redução da dor, melhor sono, menos náuseas. Muitos ficam a dormir depois da sessão", que é de uma hora.

Depois de tratar doentes no hospital de dia, começaram a responder aos internados em 2014, mas os nove terapeutas já não conseguem responder a todos. "Cada doente tem um terapeuta responsável e há fases do tratamento em que podem precisar de mais de uma sessão semanal, mas o tempo que temos nos gabinetes é pouco."

Angariação de fundos
Amanhã, às 21h30, as portas do Salão Preto e Prata do Casino Estoril abrem-se para a 1ª Gala de Natal Solidária Instituto...

O espetáculo, apadrinhado por Nicolau Breyner e com o apoio do Casino Estoril, será uma noite de música humor e solidariedade, tendo como anfitrião o humorista Eduardo Madeira. Contará com as atuações musicais de Luís Represas e Paulo Gonzo, Virgem Suta, ÀTOA e João Só e as atuações em formato de stand-up comedy de Manuel Marques, Luís Filipe Borges, António Raminhos, Joel Rodrigues e Joana Machado

“O objetivo é retribuir. O Instituto Português de Oncologia (IPO) faz tanto por tantas pessoas que vivem a realidade do cancro mas também precisa que se faça alguma coisa pelo Instituto”, afirma Tomás Mello Breyner “Queríamos fazer algo concreto e falámos com a administração do IPO Lisboa. Acolheram de imediato a ideia”.

Com esta iniciativa, Tomás Melo Breyner quer também enviar um sinal de força aos doentes do IPO Lisboa e a todos os doentes com cancro: “Nunca percam a esperança na recuperação e, sobretudo, não fiquem parados à espera que o mundo vá ter com vocês. Temos de lutar pelos nossos objetivos e por aquilo em que acreditamos.” E uma das coisas em que ele acredita é que para o ano haverá mais. “Desejo dar continuidade a esta iniciativa por muitos anos e associar-me a outros projetos que possam beneficiar o IPO de Lisboa.”

Os bilhetes já estão à venda na Ticketline e Fnac com preços a partir de 20€, com 100% das receitas da noite a reverter a favor do IPO Lisboa. Também é possível apoiar o IPO Lisboa ligando o nº 760 200 350 (custo da chamada 0,60€ + IVA), linha disponível até 2 janeiro de 2016.

Saiba mais sobre esta iniciativa em www.ipolisboa.min-saude.pt.

Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra organiza, na próxima quinta-feira (dia 10 de dezembro), uma tertúlia/debate...

Intervirão, enquanto oradores, o presidente do Instituto Padre António Vieira responsável pela recém-criada Plataforma de Apoio aos Refugiados, Rui Marques, e o professor no Núcleo de Relações Internacionais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, Daniel Pinéu.

A tertúlia está marcada para as 16h00, no bar do Polo B da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), e a entrada é livre.

Trata-se de uma iniciativa do Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a Prática e Investigação em Enfermagem e do Capítulo Phi Xi da Sigma Theta Tau International - Honor Society of Nursing, sediados na ESEnfC e coordenados, respetivamente, pelas professoras Ananda Maria Fernandes e Aida Cruz Mendes.

Sendo um problema de ordem social que, ao afetar a Europa e o mundo, tem implicações na saúde regional e global, o tema dos refugiados não podia passar ao lado da reflexão da comunidade educativa da ESEnfC.

Enquanto Centro Colaborador da OMS para a Prática e Investigação em Enfermagem, a ESEnfC preocupa-se, justamente, em promover a saúde global, regional e local, trabalhando em estreita colaboração com o Gabinete Regional da OMS para a Europa.

A Sigma Theta Tau International é uma sociedade honorífica de Enfermagem que dedica a sua ação à melhoria da saúde das populações, através do desenvolvimento científico da prática de Enfermagem. No seu seio procura-se congregar todos os que se distinguem pela excelência, seja na prática clínica, na educação, na investigação e/ou na liderança em Enfermagem.

Em Coimbra
Uma equipa de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, liderada por Nuno...

Os cientistas conseguiram desvendar, “pela primeira vez, a função de uma enzima envolvida na produção de um tipo de redes em forma de espiral, que participam no transporte interno de ‘blocos’ para construção da parede robusta destas bactérias (as micobactérias), a principal ‘linha de defesa’ contra o ataque do sistema imunitário e uma barreira eficaz contra antibióticos convencionais”, afirma a Universidade de Coimbra (UC) numa nota divulgada.

“A enzima incorpora uma ‘âncora’ estabilizadora naquelas redes transportadoras”, acrescenta a UC.

O estudo, já publicado na revista Scientific Reports, esclarece que, “por ser essencial, esta enzima é um alvo terapêutico potencial”, sublinha Nuno Empadinhas.

A compreensão da função da enzima na “construção daquelas redes vitais exclusivas das micobactérias permitirá criar compostos para a bloquear seletivamente e o transporte dos ‘tijolos’, impedindo a formação da parede, sem a qual não sobreviverão”, sustenta o investigador, considerando que “esses compostos poderão ser antibióticos muito específicos contra a tuberculose”.

A descoberta surge num momento em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) reforça o alerta para “uma iminente co-pandemia tuberculose-diabetes, consequência do aumento global na incidência de diabetes, doença crónica que enfraquece o sistema imunitário e facilita a infeção”, realça a UC.

Nuno Empadinhas relembra “lições da pandemia HIV-SIDA, que, ao ‘desligar’ o sistema imunitário dos pacientes, potenciou um novo alastramento de tuberculose, que em muitos casos acumulou novas resistências aos antibióticos em uso há décadas”.

O envelhecimento da população constitui “outro fator de risco preocupante”, adverte o investigador do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC).

O estudo, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e pela fundação japonesa Mizutani Foundation for Glycoscience, teve como primeira autora a investigadora do CNC Ana Maranha e contou com a colaboração de investigadores dos institutos de Tecnologia Química e Biológica, em Oeiras, e de Biologia Molecular e Celular, no Porto, e da Universidade de Guelph (Canadá).

Instituto Português do Sangue e da Transplantação
Numa época festiva do ano, associada à vertente solidária, em que as colheitas são prioridade para os bancos nacionais de...

Com os feriados festivos à porta, que implicam mais deslocações de carro, aumentando a probabilidade de mais acidentes rodoviários, impõe-se um reforço nos níveis de sangue nos hospitais. “O Natal e o fim de ano, com os feriados e as férias, tornam-se períodos críticos que acentuam a necessidade de colheitas de sangue. Ao longo de 2015, voltámos a sentir uma tendência de quebra na ordem dos 3% a nível nacional, o que nos parece bastante significativo”, refere Ofélia Alves, responsável de programação e colheitas do Centro de Sangue e Transplantação do Porto, que lança o apelo a todos aqueles que queiram ser solidários e desejem contribuir para esta causa, invocando todo o espírito da quadra festiva e, acima de tudo, contrariando a tendência de diminuição nas doações de sangue nacionais.

MAR Shopping e Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) continuam assim uma parceria, pelo terceiro ano consecutivo, e da qual resultaram, aproximadamente, 375 inscritos para recolhas de sangue.

Num mês pautado por valores como a solidariedade e a partilha, apenas uma pequena quantidade de sangue por gerar um imenso milagre: o da vida!

CNS realizou
Com o objetivo de ensinar estratégias para reconhecer os sinais deste problema e aprender a geri-lo, o foco incidiu na...

O Campus Neurológico (CNS), centro português dedicado a doenças neurológicas, organizou no passado dia 28 de Novembro, o 1º Curso sobre Alimentação Adaptada para Doentes com problemas de Deglutição (disfagia).

O objetivo desta iniciativa, aberta à comunidade e de participação gratuita, foi partilhar os conceitos-chave por detrás da alteração da capacidade de deglutir, ensinar os principais sinais de alerta e educar as famílias para que consigam preparar de forma adequada e fácil as refeições para quem tem este tipo de dificuldade.

Os familiares e profissionais de saúde foram o principal público-alvo da iniciativa, que contou com casa cheia. “A intervenção de áreas não médicas, como a terapia da fala e a fisioterapia, assume uma relevância e utilidade cada vez maior no tratamento das doenças neurológicas” disse o diretor clínico do Campus, o professor Doutor Joaquim Ferreira, na sessão de abertura do curso.

Rita Cardoso, Terapeuta da Fala, defende que “a educação para a saúde é uma responsabilidade de todas as instituições de saúde. O conhecimento é um bem comum que deve chegar a quem lida diariamente com os problemas”, referindo-se ao papel do Campus Neurológico Sénior no apoio às comunidades.

O CNS complementa assim o seu programa de acompanhamento para doentes e cuidadores, tendo registado um feedback muito positivo por parte dos participantes. Com a constante preocupação de se posicionar lado a lado com quem mais precisa, o CNS pondera agendar para breve uma segunda edição. A comunidade pode manter-se atualizada sobre esta e outras iniciativas através do sítio de internet ou facebook do Campus.

Em Angola
As autoridades sanitárias angolanas estão a realizar a primeira pesquisa de diabetes em doentes com tuberculose, no âmbito de...

A pesquisa, que decorre desde outubro de 2014 e com duração de dois anos, está a ser realizada em vários centros de saúde da capital angolana, visando garantir um melhor diagnóstico e atendimento aos pacientes, bem como capacitar os profissionais neste tipo de teste.

O projeto visa institucionalizar o teste glicémico para pacientes com tuberculose nas seis unidades de atendimento deste tipo de doença em Luanda.

No âmbito do projeto, está em Luanda o coordenador de programas da Fundação Mundial de Diabetes, o dinamarquês Bent Lautrup-Nielsen, para constatar a execução do projeto.

O responsável disse que o projeto surgiu sob proposta da organização Médicos com África, em colaboração com o Programa Nacional de Luta contra a Tuberculose e da Associação dos Diabéticos de Angola.

Bent Lautrup-Nielsen disse que cientificamente está comprovado que o risco de contrair diabetes é mais elevado em pacientes com tuberculose, salientando a importância do projeto.

Alerta OMS
Das cerca de 130 milhões de mulheres que dão à luz todos os anos no mundo, 303 mil morrem durante o parto, a maioria oriunda de...

A agência das Nações Unidas também indicou que todos os anos são registados, a nível mundial, 2,6 milhões de casos em que o bebé nasce morto (nado-morto) e outros 2,7 milhões de casos em que o recém-nascido morre durante os primeiros 28 dias de vida.

A grande parte das mortes, tanto de mães como de recém-nascidos, acontece nas 24 horas seguintes ao parto e, segundo a OMS, a maioria é evitável.

Em reação a estes números, a organização internacional lançou um novo guia em que destaca as principais complicações que podem surgir e desencadear a morte da mãe ou do recém-nascido, tais como as hemorragias pós-parto, infeções, obstruções, pré-eclampsia (que se manifesta através de hipertensão arterial) ou asfixia.

A OMS espera que este novo guia “ajude os profissionais da área da saúde a seguir os cuidados essenciais e uniformizados em cada parto” e assim evitar estes casos de morte.

No manual destacam-se quatro momentos em que os profissionais têm de verificar que “tudo está em ordem”: quando a mãe é admitida nas instalações de saúde, antes do início do parto ou da cesariana, durante a primeira hora após o nascimento e antes da mãe e da criança terem alta hospitalar.

De acordo com a OMS, estes quatro momentos são decisivos para que os profissionais de saúde possam antecipar e atuar perante qualquer complicação.

VIH/SIDA
Uma nova imunoterapia, tendo em conta o comportamento das células "T", que constituem um componente importante da...

A investigação foi feita pelo Grupo da Biologia de Infeções da Universidade Pompeu Fabra (UPF), em Barcelona, hoje publicada na revista científica "PLOS Pathogens".

Segundo o estudo, a investigação parte do princípio de que a infeção crónica pelo HIV dá lugar a uma exaustão do sistema imunitário, fenómeno caracterizado pela alteração do funcionamento das chamadas células "T".

Nesse sentido, essas células exaustas mostram proteínas de inibição à superfície que poderão ser elementos chave na restauração da função imunitária.

Andreas Meyerhans, diretor do Grupo da Biologia de Infeções do Departamento de Ciências Experimentais e da Saúde (DCESX) da UPF, é quem dirige a investigação, que procura estabelecer as condições em que os sinais negativos transmitidos por estas proteínas melhoram o tratamento médico.

Segundo os investigadores, o sistema imunitário humano é formado por uma complexa rede de reguladores positivos e negativos que coordenam a resposta a ameaças patogénicas.

Uma pessoa infetada com HIV desenvolve uma resposta imunitária que evita a expansão do vírus, mas, ao mesmo tempo, as células "T", reguladoras, mantêm a resposta sob controlo, evitando também uma sobre reação das células humanitárias, uma vez que, caso contrário, provocaria lesões nos órgãos e tecidos do infetado.

À medida que a infeção avança e que fica evidenciado que o vírus não será eliminado, muitas das células "T" "adormecem" face a um mecanismo denominado "exaustão".

Desta forma, os investigadores concluíram que bloquear esta exaustão pressupõe uma resposta melhorada das células "T", levando também uma melhoria no tratamento.

Na investigação, os cientistas isolaram células sanguíneas de indivíduos infetados com HIV e observaram a resposta depois de as acordarem mediante o uso de anticorpos "anti-PD-L1".

"Os indivíduos que tinham a infeção controlada medicamente e que, por isso, mostravam poucos vírus no sangue, viram multiplicado o número de células «T»", explicam, os investigadores.

"No entanto, nas amostras em que o vírus não estava controlado medicamente, as células reguladoras «T» multiplicavam-se muito, permitindo uma maior expansão do vírus e dando lugar a um efeito prejudicial", assinalaram.

Estas observações podem trazer consequências importantes na altura de utilizar estes anticorpos como tratamento, uma vez que apenas os doentes com HIV que estejam sob tratamento médico obterão uma melhoria na resposta imunitária antivírica.

Epilepsia e Parkinson
A farmacêutica portuguesa BIAL anunciou uma parceria com a biofarmacêutica belga UCB com vista a facilitar o acesso de doentes...

Numa informação divulgada à Lusa, a BIAL esclarece que o acordo lhe permite assegurar “em exclusivo”, junto dos profissionais de saúde portugueses, a “promoção e informação”, sobre o VIMPAT e o NEUPRO, “dois fármacos de investigação da UCB”.

Segundo António Portela, presidente executivo da farmacêutica portuguesa, a Bial vai, com a comercialização destes medicamentos neurológicos, “disponibilizar dois fármacos que demonstraram dar resposta a necessidades clínicas ainda não satisfeitas em duas patologias devastadoras e associadas a uma enorme incapacidade”.

“A nossa experiência na área da Neurologia será enriquecida e, certamente, permitirá que mais pacientes possam receber os tratamentos adequados para combater estas doenças”, acrescentou o responsável da Bial.

De acordo com a informação da empresa, “o VIMPAT (lacosamida) está indicado como terapêutica adjuvante no tratamento de crises epiléticas parciais em doentes com epilepsia com idade igual ou superior a 16 anos”.

“Este fármaco representa um novo tratamento para os doentes com epilepsia, uma doença altamente incapacitante em que mais de 25% dos pacientes não consegue alcançar o controlo de crises com as terapêuticas atuais”, acrescenta a BIAL.

Quanto ao NEUPRO (rotigotina) é apresentado como “o primeiro agonista da dopamina disponível em sistema transdérmico que, em associação com a levodopa, está indicado para o tratamento da Doença de Parkinson em estados avançados”.

“O adesivo transdérmico proporciona um fornecimento constante da rotigotina ao longo de 24 horas, melhorando a qualidade de vida dos doentes”, observa a farmacêutica.

De acordo com António Portela, a parceria com a UCB reforça o compromisso da BIAL em levar ao mercado “medicamentos diferenciadores” e a estratégia de “estabelecer alianças com empresas internacionais que assumem a mesma missão de BIAL, ou seja, fornecer medicamentos inovadores e de alta qualidade, capazes de melhorar a qualidade de vida dos pacientes”.

Jesús Sobrino, diretor geral da UCB Ibéria, destacou a “satisfação” em ter a BIAL como parceiro, sobretudo porque se trata de uma empresa cujas “competências e forças” na área da Neurologia “irão possibilitar que cada vez mais pacientes possam conhecer estes tratamentos para a epilepsia e Doença de Parkinson, com efeitos na sua qualidade de vida e na progressão favorável das doenças de que padecem”.

A BIAL refere que aproximadamente 50 milhões de pessoas em todo o mundo têm epilepsia, o que faz desta doença “a condição neurológica grave mais comum”.

“Em Portugal, a epilepsia atinge cerca de 50 a 60 mil pessoas e todos os anos surgem cerca de 50 novos doentes por cada 100 mil pessoas”, sublinha.

Quanto à doença de Parkinson, “é uma doença neurodegenerativa do sistema nervoso central caracterizada pela presença de bradicinésia (lentificação dos movimentos), tremor, rigidez muscular e alteração postural”.

Trata-se da “segunda doença neurodegenerativa com maior prevalência no país”, que afeta 13 mil doentes em Portugal.

Estima-se “o aumento deste número nas próximas décadas em consequência do envelhecimento da população”.

Estudo
Um estudo determina pela primeira vez cientificamente os sintomas dos três tipos mais frequentes de psicoses: esquizofrenia,...

O trabalho, realizado pelo grupo de investigação Cibersam, dirigido pelo catedrático da Universidade de Granada e da Unidade de Saúde Mental do Hospital de San Cecílio de Granada, Jorge Cervilla Ballesteros, vai ajudar a personalizar o diagnóstico e o tratamento dos pacientes e poderá ter implicações importantes nas prestações sociais dadas a estes doentes atualmente, informou a instituição académica.

O estudo pioneiro corroborou empiricamente que, do ponto de vista dos seus sintomas mentais, os três tipos de psicose são significativamente distintos, algo que até ao momento só estava comprovado por definições teóricas não demonstradas cientificamente.

A psicose faz referência a um estado mental descrito como uma cissão ou perda de contacto com a realidade. As pessoas que sofrem de psicoses podem apresentar alucinações ou delírios e ter alterações na sua personalidade e pensamento desorganizado.

Estes sintomas podem estar acompanhados por um comportamento invulgar ou estranho, assim como pela dificuldade em atuar socialmente e pela incapacidade para levar a cabo atividades da vida diária.

De acordo com o professor Jorge Cervilla Ballesteros, as “psicoses são os transtornos mentais mais graves que se manifestam com sintomas no qual o paciente sofre distorções na sua perceção ou entendimento da realidade”.

Na sua opinião, esta investigação é “um passo de gigante” no diagnóstico das psicoses pelas suas implicações para as prestações sociais que recebem os doentes.

O estudo proporciona também as chaves para redefinir os subtipos das ditas psicoses que, segundo os seus autores, “devem ser perfilados em função da intensidade encontrada nas distintas dimensões de sintomas (maníaca, negativa, depressiva, positiva e cognitiva)”.

Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto
O Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) anunciou hoje a sua participação num consórcio internacional de...

Uma das linhas de investigação do projeto vai estudar possíveis efeitos da crise económica sobre as mudanças biológicas relacionadas com o envelhecimento da população em coortes (conjunto de pessoas) na Irlanda e em Portugal, através da identificação de marcadores biológicos de adversidade social.

Segundo o responsável pelo projeto em Portugal e presidente do ISPUP, Henrique Barros, “este estudo é possível porque no instituto vem-se desenvolvendo a recolha sistemática de material biológico ao longo do tempo, que permitiu a criação de um repositório único de informação essencial para desenhar novos caminhos na abordagem dos problemas de saúde”.

“Juntam-se assim a perícia epidemiológica, biológica e sociológica para permitir finalmente análises estatísticas de enorme sofisticação”, sublinhou.

Durante quatro anos vão ser investigadas as relações entre fatores socioeconómicos, como a educação, o rendimento ou o acesso a bens materiais, e os resultados em saúde relacionados com a idade, como o cancro, as doenças cardíacas, as deficiências cognitivas e a debilidade.

O LIFEPATH é um grande projeto europeu financiado pelo programa da União Europeia (UE) para a Investigação e Inovação - Horizonte 2020 (H2020).

O ISPUP é uma das 15 instituições, de oito países da Europa, mas também dos Estados Unidos e da Austrália, envolvidas neste projeto que beneficia de um financiamento de seis milhões de euros proveniente do H2020.

De acordo com o ISPUP, vários estudos têm produzido conhecimento que permitiu evidenciar que o estado de saúde ao longo da vida é fortemente influenciado pela riqueza e pelo estatuto social.

“A distribuição social de fatores de risco tradicionais, como o tipo de alimentação e o tabagismo, explica em parte essa associação. No entanto, outros fatores como o stresse psicossocial e a constituição genética podem ser importantes, mas os mecanismos envolvidos não são bem compreendidos”, refere.

Organização Mundial da Saúde
Cerca de um terço das mortes devido a doenças provocadas por alimentos são de crianças com menos de cinco anos, sendo que estas...

O relatório “Estimativas da Carga Global das Doenças Provocadas por Alimentos”, da Organização Mundial da Saúde (OMS), refere que as doenças provocadas por alimentos se devem a 31 agentes patogénicos, bactérias, vírus, parasitas, toxinas e produtos químicos.

A cada ano, cerca de 600 milhões de pessoas, quase 1 em 10 no mundo, ficam doentes depois de consumirem alimentos contaminados. Entre estes doentes, 420.000 morrem, das quais 125.000 são crianças com menos de cinco anos.

“Até ao presente, as estimativas sobre este problema eram vagas e imprecisas, mascarando os verdadeiros custos humanos dos alimentos contaminados. O relatório coloca as coisas no lugar”, diz a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, no relatório.

“O conhecimento sobre os agentes patogénicos como a origem dos mais graves problemas em diferentes regiões do mundo permite que o público em geral, os governos e a indústria agroalimentar tomem medidas específicas”, sublinha.

Se a quantidade de doenças provocadas por alimentos constitui um problema de saúde pública à escala mundial, nas regiões da África, Sudeste Asiático estão as incidências e as taxas de mortalidade mais elevadas, inclusivamente entre as crianças com menos de cinco anos.

“Estas estimativas são fruto de dez anos de trabalho, com contribuições de mais de uma centena de especialistas do mundo inteiro. Estes números são conservadores e é preciso melhorar a disponibilidade de dados sobre as doenças provocadas por alimentos”, considera, por seu lado, Kazuaki Miyagishima, diretor do departamento de segurança sanitária dos alimentos, zoonoses e doenças provocadas por alimentos da OMS.

As doenças diarreicas são responsáveis por mais da metade do número global de doenças provocadas por alimentos, com 550 milhões de doentes e 230.000 mortes por ano. As crianças são particularmente sensíveis, com 220 milhões de casos e 96.000 mortes anualmente.

A diarreia é muitas vezes causada pela ingestão de carne crua ou mal cozida, ovos, produtos frescos e produtos lácteos contaminados pelo 'norovírus', 'Campylobacter', salmonela não tifóide e E. coli enteropatogénico.

Outras doenças transmitidas por alimentos são a febre tifoide, hepatite A, 'Taenia solium' (ténia) e aflatoxinas (produzida por fungos em grãos armazenados em más condições).

O risco de doenças provocadas por alimentos é mais grave em países com baixo e médio rendimento, sendo provocadas pela preparação de alimentos com água contaminada, falta de higiene, má preparação e conservação alimentar, baixos níveis de alfabetização e educação e insuficiente legislação de segurança sanitária de alimentos e sua aplicação, de acordo com o documento da OMS.

As doenças provocadas por alimentos podem provocar sintomas que se manifestam rapidamente, como náuseas, diarreias e vómitos, mais também pode provocar doenças a longo prazo, como cancros, insuficiência renal, hepatites e problemas cerebrais e nervosos.

Estas doenças podem tornar-se muito graves nas crianças e nas mulheres grávidas.

No estudo, a OMS apela para que a segurança alimentar seja uma responsabilidade partilhada. As conclusões do relatório sublinham a ameaça mundial que representam as doenças provocadas por alimentos e insiste na necessidade dos governos, do setor agroalimentar e outros de tornarem os alimentos mais seguros e evitarem estas doenças.

A necessidade de educação e formação para a prevenção continuam a ser importantes para os produtores, fornecedores e todos aqueles que lidam com alimentos e também para o público em geral, avalia a investigação da OMS.

A OMS está a trabalhar em estreita colaboração com as autoridades nacionais para ajudar a definir e executar estratégias e políticas no domínio da segurança alimentar, o que terá efeitos positivos nesta área no mercado global, segundo o estudo.

Médicos criticam
Médicos de saúde pública, de família e oncologistas criticam os novos critérios para atribuição da pensão de invalidez, com uns...

Em causa está o decreto-lei 246/2015, que altera o regime especial de proteção na invalidez, que estabelece que a partir de 01 de janeiro, quando entra em vigor a lei, esta pensão será atribuída aos doentes que “clinicamente se preveja evoluir para uma situação de dependência ou morte num período de três anos".

É este ponto que tem gerado várias críticas dos médicos, mas também de associações de doentes, dos reformados e até da Federação Nacional da Educação, com alguns a exigirem a revogação da lei.

Contactado pela Lusa, o Instituto da Segurança Social esclareceu que as alterações pretendem tornar “a lei mais justa, abrangente e equilibrada, sem qualquer perda de direitos”, sublinhando que "o horizonte temporal de três anos remete para o próprio conceito de invalidez permanente" já consagrado na lei.

Observa ainda que estas alterações resultam da avaliação de uma comissão especializada - composta por representantes de vários organismos com intervenção nestas matérias, por quatro médicos - que consultou a Ordem dos Médicos e outras entidades com competência sobre a matéria.

Contudo, para o presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública, a “lei é completamente inaplicável” e de uma “extraordinária crueldade para as pessoas que estão em sofrimento”.

“O que vai gerar é grande confusão, grande perturbação, um adiamento de todas as situações e há muitos doentes que vão sofrer com isso”, disse Mário Jorge Santos à agência Lusa.

O médico entende esta situação como “incompetência pura" e não como uma vontade de querer reduzir custos, considerando que a intenção do legislador era correta, ao terminar com a lista de doenças que conferem invalidez, mas sublinhando que “o processo escolhido é inacreditável”.

O presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Rui Nogueira, também destaca como ponto positivo o facto de a lei passar a abranger todas as doenças, mas considera desnecessário “e terrível” referir a morte.

“É chocante, eu julgo que nenhum médico vai dizer que é previsível que um doente vai morrer no prazo de três anos” e, por outro lado, “é desnecessário”, porque não é disso que depende um processo de invalidez.

“A invalidez é que está em causa, não é a dependência ou morte”, uma pessoa pode não estar dependente, mas estar inválida para o trabalho.

Rui Nogueira sublinhou que este assunto é “muito difícil e sensível” para os médicos e para os doentes, mas também para o legislador, que “por vezes não tem conhecimento da realidade”.

Para o oncologista e secretário-geral da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Carlos Oliveira, a lei foi feita por pessoas que nunca contactaram com um doente com cancro e desconhecem a sua realidade.

“Nos doentes oncológicos a avaliação não pode ser feita com estes limites temporais e com esta obrigatoriedade de uma incapacidade total e da possibilidade de se prever a morte num tempo relativamente curto”, afirmou Carlos Oliveira, que falava à lusa enquanto oncologista.

Na sua opinião, os novos critérios “pecam grandemente” pela avaliação que se pretende fazer, que “não corresponde à realidade”, e visam “cortar nas pensões de invalidez”.

Manifestou ainda dúvidas sobre se algum médico vai atestar esta situação e questiona mesmo se, do ponto de vista ético, o médico pode fazer algo nesse sentido. “Sob o ponto de vista científico muito menos, sobretudo na área do cancro”, acrescentou.

A nova Tabela Nacional de Funcionalidades que será utilizada como suporte das decisões das juntas médicas é outro alvo de críticas do médico de saúde pública.

Esta tabela “não mede a incapacidade do doente, mas mede precisamente o oposto, o que o doente consegue fazer”, criticou Mário Jorge Santos, observando que os médicos não têm a formação necessária sobre esta matéria.

Pensões de invalidez
Mais de vinte associações de doentes reúnem-se no sábado, em Braga, para debater o decreto-lei que altera os critérios para...

No Congresso “Os direitos e os deveres dos doentes crónicos”, organizado pela TEM – Associação Todos com a Esclerose Múltipla, as associações vão debater formas para contestar o decreto-lei, que podem passar por uma manifestação ou por pedir a revogação da lei, que entra em vigor a 01 de janeiro, disse à agência Lusa o presidente da TEM.

“Este decreto-lei tem uma vantagem, porque abrange mais doenças, mas tem a grande desvantagem de abranger muito menos pessoas em relação à lei n.º 90 de 2009”, afirmou Paulo Silva Pereira.

A lei foi publicada em Diário da República a 20 de outubro e os pedidos das pessoas para obtenção da pensão até ao final do ano “já estão a entupir as juntas médicas”, adiantou.

Esta situação deve-se ao facto de o decreto-lei determinar que a pensão apenas será atribuída aos doentes que “clinicamente se preveja evoluir para uma situação de dependência ou morte num período de três anos”.

“O decreto-lei dá o regime especial a pessoas que estão a três anos da morte e gostaríamos de saber, e vamos debater isso em congresso, quem é o médico que poderá passar” essa declaração, disse o presidente da TEM,

Por esta razão, o diploma já é apelidado de “regime especial para morrer”, mas os doentes querem “o regime especial para viver”, defende.

As associações não baixam os braços e vão “lutar para que todas as doenças tenham direito” à lei de 2009 e “não à atual, que é absurda porque é um subsídio para as pessoas morrerem”.

A nova lei propõe que as juntas médicas passem a utilizar na peritagem médica a Tabela Nacional de Funcionalidades, o que leva Paulo Silva Pereira a afirmar que os doentes vão estar sujeitos à avaliação, “muitas vezes subjetiva”, das equipas.

“Mais uma vez, isto vem mostrar a urgência da criação do Estatuto do Doente Crónico”, que também vai ser debatido no congresso, e de uma Tabela Nacional de Incapacidade e Funcionalidades da Saúde, frisou.

Com a Tabela Nacional de Funcionalidades “pode acontecer o ridículo que um doente terminal seja dado como capaz. Desde que fale, ande, vista e se lave”, não reconhecendo, por exemplo, “o cansaço crónico que é muito incapacitante”, explicou.

Segundo o responsável, os doentes “facilmente trocariam essa dita benesse por trabalho”.

“As pessoas querem trabalhar, mas ao seu ritmo”, disse, argumentando que não se pode exigir a um paraplégico o mesmo rendimento que a uma pessoa sem problemas.

Com o estatuto de doente crónico podia fazer-se “ligeiras alterações à lei laboral”, permitindo que um doente crónico pudesse trabalhar meia jornada quando não se sente bem.

A própria Administração Pública podia estar disposta a aceitar doentes crónicos que trabalham só meio-dia, em vez de estar a pagar uma reforma ou uma pensão, defendeu.

No dia 10 de dezembro, a Assembleia da República irá analisar uma “apreciação parlamentar” do decreto-lei, a pedido do Bloco de Esquerda, que considera que as alterações à lei representam "um recuo inesperado e injustificado a este regime especial, fazendo com que muitas das pessoas já abrangidas possam perder o apoio enquanto outras deixarão de ser elegíveis para futuro”.

Prémio “Nação Inovadora”
A primeira edição do prémio "Nação Inovadora" distinguiu a investigadora da Universidade do Minho (UMinho) Ana Ferraz...

O prémio "Nação Inovadora", explica a UMinho, é promovido pela Audi e pela Sic Notícias e "visa promover jovens talentos portugueses". Tem o valor pecuniário de 10 mil euros e numa primeira fase o júri selecionou 25 "talentos", em áreas como artes, tecnologia, ciência ou arquitetura, tendo o vencedor sido escolhido por votação online.

"Fico muito satisfeita por reconhecerem o meu projeto. Foram oito anos de investigação, trabalho e dedicação para chegar a uma solução que poderá ajudar a salvar muitas vidas no mundo", afirmou Ana Ferraz.

A tecnologia, apontada como "decisiva em situações de emergência", já venceu o maior concurso mundial de tecnologia para universitários, o Microsoft Imagine Cup, na Rússia, esperando-se agora a sua comercialização.

O júri incluiu Joana Vasconcelos (artista), Miguel Pina Martins (empreendedor), Rosalia Vargas (presidente da Ciência Viva), Paulo Pereira da Silva (líder da Renova), Bárbara Coutinho (diretora do MUDE), entre outros.

Hospital de Viana do Castelo
O hospital de Viana do Castelo anunciou hoje um projeto "inovador na região" que permite identificar mais cedo os...

Em comunicado, a administração da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), que gere o hospital de Santa Luzia, adiantou que "a implementação deste projeto vai permitir ao doente o contacto direto para a consulta de endocrinologia, duas vezes por semana, e a consulta presencial de endocrinologia, no centro de saúde de Arcos de Valdevez, de dois em dois meses.

De acordo com a ULSAM o objetivo do projeto, intitulado "Saber viver com diabetes", é "melhorar a articulação entre os cuidados de saúde primários e os cuidados de saúde hospitalares, de forma a promover uma referenciação mais rápida e um acompanhamento mais adequado às pessoas com diabetes que vivem no Alto Minho".

O hospital de Santa Luzia serve cerca de 244 mil pessoas dos dez concelhos do distrito de Viana do Castelo, e algumas populações vizinhas do distrito de Braga.

"Com esta iniciativa pretendemos consciencializar as pessoas para a sua doença, motivando-as à mudança de estilo de vida e à adesão à terapêutica, para que possam melhorar o controlo metabólico, reduzindo o recurso ao serviço de urgência por híper/hipoglicemias, e evitar as complicações e comorbilidades associadas à diabetes", explicou o presidente do conselho de administração da ULSAM, Franklim Ramos, citado naquela nota.

O responsável adiantou que o objetivo, "a longo prazo, é reduzir gastos em saúde, ao evitar a duplicação de cuidados, ao aumentar o número de utentes seguidos nos cuidados de saúde primários, e ao melhorar a qualidade de vida e produtividade da pessoa com diabetes, diminuindo o absentismo".

Aquele projeto, que vai ser apresentado publicamente no próximo dia 10, em Lisboa, integra-se no programa "Boas Práticas de Governação", uma iniciativa da Novartis em parceria com a Universidade Nova de Lisboa.

Além do hospital instalado na capital do distrito de Viana do Castelo, a ULSAM integra o hospital Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima, e 13 centros de saúde espalhados pelo Alto Minho.

Clima
A insegurança alimentar atingirá um pico em 2050, apesar dos esforços para redução das emissões poluentes e adaptação às...

A causa prende-se com a “inércia do sistema climático”, que faz com que as consequências da poluição se sintam várias décadas depois do momento em que ocorrem.

Uma ferramenta digital hoje apresentada pelo PAM, em colaboração com o centro britânico de meteorologia Hadley, após cinco anos de trabalho, simula os cenários possíveis em função dos esforços realizados para combater as alterações climáticas.

“As secas aumentam em cerca de 15% o atraso do desenvolvimento físico; a escassez de água aumenta as possibilidades de conflito em cerca de 60%; e as inundações multiplicam por 15 as mortes infantis”, destacou a diretora executiva do PAM, Ertharin Cousin.

Por essa razão, classificou como “vital” o novo instrumento para lutar contra estes perigos e conseguir alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável de fome zero em 2030.

O mapa mostra a insegurança alimentar nos Estados pobres de África, Ásia e América Latina em três momentos distintos – na atualidade, em 2050 e em 2080 – e reúne pela primeira vez dados individualizados por país.

De acordo com a projeção, se se combinar a redução de emissões com uma boa adaptação aos efeitos climáticos adversos, em 2080 a insegurança alimentar diminuirá em relação ao momento atual e a 2050.

O investimento para a adaptação aos desafios climáticos não será suficiente se, ao mesmo tempo, os Estados não baixarem a emissão de gases poluentes, frisou o PAM.

A investigação assenta nos contributos nacionais e nos mais recentes estudos sobre os efeitos negativos das alterações climáticas.

“A única forma de acabar com a insegurança alimentar é combinar a mitigação com a adaptação”, resumiu a investigadora principal do Centro Hadley, Julia Slingo.

Páginas