Direção-Geral de Saúde
A Direção-Geral de Saúde informou em comunicado, que foram internadas duas pessoas num hospital de Lisboa com diagnóstico de...

“Há um terceiro caso suspeito”, refere em comunicado.

Segundo a Direção-Geral de Saúde, na origem do caso deverá estar o “consumo por uma família residente em Lisboa de presunto por si preparado artesanalmente na zona do Fundão”.

“Outras pessoas que possam ter consumido o mesmo alimento foram devidamente aconselhadas e avaliadas, tendo sido informadas sobre os procedimentos a seguir em caso de aparecimento de sintomas”, salienta aquele organismo.

A Direção-Geral de Saúde esclarece também que a atual situação não está ligada ao problema identificado em setembro na região de Trás-os-Montes.

“Aconselha-se a população a ter particular atenção no consumo de produtos preparados artesanalmente, principalmente quando não é possível verificar o cumprimento dos padrões de segurança alimentar”, alerta a Direção-Geral de Saúde.

O botulismo alimentar é uma doença grave, de evolução aguda, com sintomas digestivos e neurológicos, resultante da ingestão de diversos tipos de alimentos, contendo toxinas formadas pelo Clostridium botulinum no próprio alimento.

Relatório
Um doente com tuberculose demora, em média, 104 dias entre o início de sintomas e o diagnóstico, um tempo “inaceitavelmente...

Esta demora existe “apesar dos métodos diagnósticos serem cada vez mais rápidos”, lê-se no documento, elaborado pelo Programa Nacional para a Infeção VIH/Sida.

Tal “pode traduzir maior tempo entre o início de sintomas e a procura de cuidados de saúde por parte do doente assim como uma menor suspeição de tuberculose por parte do clínico que atende o doente”.

“É necessário aumentar a suspeição nas comunidades de maior risco, entre os profissionais de saúde e melhorar o acesso a serviços de tuberculose (centros de diagnóstico de tuberculose ou consultas de tuberculose)”, lê-se no documento.

De acordo com o relatório, em 2014 foram notificados 2.264 casos de tuberculose, dos quais 2.080 eram casos novos, o que representa uma taxa de notificação de 21,8 por 100 mil habitantes.

A taxa de incidência é agora de 20 por 100 mil habitantes, traduzindo uma redução de cerca de 5% da taxa de notificação e de incidência entre 2013 e 2014.

“Atingimos o limiar dos países de baixa incidência, mas ainda enfrentamos grandes desafios”, lê-se no documento.

Os autores sublinham a importância do “tratamento da tuberculose latente nas pessoas infetadas por VIH (o maior fator de risco para o aparecimento da tuberculose) e a diminuição dos fatores de risco sociais associados a esta doença”.

“Tal só será possível, como na infeção por VIH, com o envolvimento de entidades e sectores exteriores ao próprio Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, prosseguiu.

Os autores do relatório, hoje apresentado numa cerimónia que contou com a presença do ministro da Saúde, acreditam que, “tal como em relação à infeção por VIH, não será utópico pensar que Portugal, em 2030, também será um país onde a tuberculose não será uma ameaça de saúde pública”.

Organização Mundial de Saúde
Três novos casos de Ébola foram confirmados na Libéria, até aqui declarada livre de contágio do vírus, anunciou hoje um porta...

O primeiro doente é um rapaz de dez anos, que adoeceu a 14 de novembro e foi hospitalizado três dias depois em Monróvia, disse aos jornalistas o médico Bruce Aylard, responsável da OMS pela resposta a esta epidemia de febre hemorrágica.

"A criança não esteve em contacto, que se saiba, com sobreviventes, nem assistiu a cerimónias fúnebres", acrescentou, eliminando as causas mais prováveis de contágio.

Dois dos seus irmãos e irmãs manifestaram sinais da doença nos últimos dois dias, indicou. A OMS confirmou que foram contaminados com o vírus do Ébola.

Aylard afirmou que espera esclarecer, nomeadamente com os pais que estiveram doentes de forma efémera nas últimas semanas, qual poderá ser a linha de transmissão.

O responsável sublinhou as melhorias no dispositivo de resposta de emergência na Libéria.

Em maio, a Libéria foi declarada pela primeira vez livre de contágio, antes da epidemia ter reaparecido seis semanas mais tarde. Em setembro, o país foi novamente declarado livre da doença.

De acordo com as regras da OMS, um país é declarado livre de Ébola 42 dias - duas vezes que a duração máxima do período de incubação da doença - após o último caso conhecido.

A epidemia de Ébola na África ocidental é a mais grave desde a erradicação do vírus na zona da África central em 1976.

Desde dezembro de 2013, a doença causou 11.300 mortos num total de cerca de 29 mil pessoas contaminadas.

A Libéria registou, ao todo, 10.600 casos que causaram 4.808 mortes.

A quase totalidade destes casos mortais ocorreu na Serra Leoa, Libéria e Guiné-Conacri.

A Serra Leoa foi declarada livre do vírus no início deste mês. Na Guiné-Conacri, o último doente conhecido foi declarado curado na passada segunda-feira, lançando a contagem dos 42 dias necessários para considerar um país livre da doença.

Fique a conhecer
Que existem alimentos – fruta e legumes – com propriedades antioxidantes já todos sabemos.

Os chamados radicais livres são moléculas instáveis, presentes no nosso organismo, que provocam a oxidação das células. Pela sua natureza instável, eles atacam as nossas células provocando lesões, podendo mesmo levar à sua destruição.

Estas lesões podem levar ao envelhecimento precoce e ao aparecimento de várias doenças como as doenças cardiovasculares, diabetes e cancro, entre outras.

Não existe uma fórmula para não produzirmos radicais livres – produzimo-los até quando respiramos – daí que o consumo de antioxidantes seja a nossa principal arma contra a ação destruidora dos radicais livres.

Os antioxidantes atuam de diferentes formas contra os radicais livres. Eles podem impedir a sua formação (em excesso), evitar lesões e reparando ou reconstituindo as células danificadas. Por definição, os antioxidantes são substâncias capazes de atrasar ou inibir a oxidação das células.

Os antioxidantes e as ervas medicinais

Vitamina C – vários estudos comprovam que a vitamina C tem um efeito protetor contra danos causados pela exposição a radiações e medicamentos. Também é atribuída a esta vitamina o papel de protetora contra o desenvolvimento de tumores.

O Alecrim, o Dente-de-Leão, a Camomila, Malva, Cavalinha, Hortelã-Pimenta e Tília são exemplos de ervas onde se pode encontrar esta vitamina.

Vitamina E – impede danos causados pelos radicais livres associados a doenças como a artrite. Atua nos processos inflamatórios e retarda o envelhecimento, protegendo-nos da poluição do ar. As Sementes de Girassol, Alfafa, Trigo e Abacateiro possuem estas propriedades.

Vitamina A – tem apresentado uma ação preventiva contra vários tipos de cancro – mama, bexiga, estômago e pele. Juntamente com a vitamina C ajuda a prevenir o cancro retal ou do cólon. Pode encontrar-se na Alcachofra, Spirulina, Urtiga, Sabugueiro, Malva e Alho.

Beta-carotenos – é um carotóide, ou seja, um pigmento vegetal que se transforma em vitamina A no fígado e no intestino delgado. Previne o aparecimento de vários tipos de cancro e protege o coração. Salsa e Dente-de-Leão possuem beta-carotenos.

Flavonóides – são responsáveis por eliminar os radicais livres do nosso organismo e também estão associados à prevenção de doenças cardiovasculares. Aumentam as defesas e melhoram a memória. Podemos encontrá-los no Chá Verde, Boldo, Açafrão e Cavalinha.

Selénio – é tido como um notável protetor do coração. É ainda um elemento chave na proteção do nosso sistema imunitário.

Podemos beneficiar das suas propriedades através do consumo de Alho, Cebola, Levedura de Cerveja e Cogumelos.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
VIH/SIDA
O ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, anunciou hoje que os doentes com VIH vão receber medicação para mais tempo, de...

Fernando Leal da Costa falava aos jornalistas no final da apresentação do relatório sobre a infeção por VIH, Sida e Tuberculose - 2015, referindo-se a dois despachos publicados hoje em Diário da República.

Para o ministro, esta e outras medidas recentemente aprovadas visam desbloquear dificuldades dos doentes e de organizações que trabalham na área da infeção.

Um dos despachos determina que as consultas para renovação da medicação para o VIH tenham um intervalo condicionado à decisão clínica, terminando assim com a obrigatoriedade da deslocação ao serviço de três em três meses.

“A partir de agora, fica à condição da decisão clínica considerada a mais adequada que esse tempo de intervalo entre consultas possa ser superior a 90 dias”, afirmou, esclarecendo que não foi delimitado qualquer intervalo máximo de tempo.

Outra medida prende-se com os rastreios à infeção realizados por organizações não governamentais, contratualizadas pela Direção Geral da Saúde (DGS).

Os doentes cujo rastreio identificava a presença do vírus tinham, até agora, de se deslocar ao centro de saúde para serem encaminhados para a consulta hospitalar.

“Isso é contra a natureza do nosso objetivo que é diagnosticar mais cedo, tratar mais cedo”, afirmou, acrescentando: “A partir de agora, as pessoas que fazem os rastreios nestas organizações que estão identificadas podem inscrever-se no próprio hospital e ter uma consulta no espaço de sete dias”.

Os que prefiram ser atendidos no centro de saúde poderão, contudo, continuar a fazê-lo, esclareceu.

“Sabemos que há doentes que, por razões que têm a ver com a terapêutica, precisam de ser vistas mais frequentemente. Mas também há outros que não precisam de ir ao centro de saúde com tanta frequência”, disse.

Também hoje foi publicada a Rede Nacional Hospitalar de Referenciação para a Infeção por VIH, a qual define quais os serviços onde os doentes devem ser tratados.

A escolha do hospital não é, para já, salvaguardada nesta rede, uma vez que o tratamento vai continuar a ser feito segundo a zona geográfica do doente.

“Esta rede identifica onde os doentes devem ser tratados, mas, por razões ligadas ao financiamento do tratamento, ainda vamos ter que continuar a responder à referenciação por zona geográfica”, disse Fernando Leal da Costa.

VIH/SIDA
Os novos casos de infeção pelo VIH em Portugal diminuíram 17,3% em relação a 2013, continuando a crescer as infeções em homens...

Da responsabilidade do Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA, o relatório “Infeção por VIH, SIDA e Tuberculose em números – 2015” indica que, em 2014, se registaram 1.220 novos casos de infeção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), dos quais 222 já em situação de sida.

O diretor do programa, António Diniz, sublinhou o progresso alcançado, embora tenha reconhecido que Portugal está ainda “longe da média europeia”.

Segundo o relatório, em 2014 Portugal “acentuou a tendência de decréscimo do número de novos casos notificados de infeção por VIH”.

“Os dados referentes a 2014, recolhidos até 31 de agosto de 2015, revelam uma diminuição de 17.3%, relativamente a 2013”, refere o documento.

Em relação ao género, manteve-se “a tendência de ligeiro decréscimo da proporção de casos ocorridos no género feminino”.

Os autores admitem que “esta evolução esteja a ser influenciada pela proporção progressivamente crescente de casos notificados em homens que têm sexo com outros homens (HSH)”.

Sobre este indicador, António Diniz sublinhou que, nos últimos 11 anos, o número de HSH infetados “quase que aumentou em metade”.

Por outro lado, o especialista enalteceu o “decréscimo notável de novos casos de infeção nos utilizadores de drogas injetáveis”.

Organização Mundial de Saúde
A Organização Mundial de Saúde anunciou hoje existir um novo caso confirmado de infeção do vírus do Ébola na Libéria, que tinha...

"Há um novo caso confirmado", disse o porta-voz da OMS Tarik Jasarevic à agência noticiosa francesa AFP, sem mais pormenores.

No início de setembro passado, a OMS anunciou que a Libéria estava livre do vírus do Ébola pela segunda vez. Em maio, a OMS tinha feito um anúncio idêntico, mas o vírus altamente mortal ressurgiu no país seis semanas mais tarde.

A OMS declara um país livre de Ébola 42 dias – duas vezes a duração máxima do período de incubação – após o último caso conhecido da febre hemorrágica.

A 07 de novembro, a OMS declarou a Serra Leoa livre da transmissão do vírus do Ébola.

Na Serra Leoa, foram infetadas com o vírus 14.089 pessoas, das quais 3.955 morreram.

A Guiné-Conacri ainda não foi declarada livre da transmissão do vírus, mas não regista qualquer caso da doença desde dia 08 deste mês, de acordo com o 'site' da OMS.

A epidemia de Ébola que afetou a África Ocidental é a mais grave desde a identificação do vírus, em 1976. Desde o final de 2013 causou cerca de 11.300 mortos entre um pouco mais de 28.000 infetados, na sua quase totalidade na Guiné-Conacri, Serra Leoa e Libéria, segundo a OMS.

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge
A comissão técnica do “teste do pezinho” vai decidir no final do ano se este diagnóstico vai abranger a fibrose quística que...

De acordo com fonte do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), responsável por esta fase do rastreio neonatal da fibrose quística, o estudo piloto vai prosseguir até final de 2015.

“A decisão de incluir esta patologia no painel de doenças rastreadas pelo Programa Nacional de Diagnóstico Precoce será tomada no final do ano pela Comissão Técnica Nacional” do programa.

Desde 2008 que o “teste do pezinho” rastreia a nível nacional 25 patologias.

A inclusão da fibrose quística neste diagnóstico precoce começou em 2013, no estudo piloto, com a meta de 80 mil recém-nascidos.

Para a pediatra Celeste Barreto, consultora científica da Associação Nacional de Fibrose Quística (ANFQ), a inclusão desta doença no “teste do pezinho” é defendida pela comunidade científica.

Em declarações à agência Lusa, a especialista sublinhou a importância desta doença – cujo dia europeu se assinala sábado - ser diagnosticada o mais precocemente possível.

“Em Portugal temos diagnósticos tardios”, lamentou, afirmando que o estudo piloto que decorre até ao final do ano aponta para uma prevalência de um em cada 7.500 nascimentos.

A identificação precoce da doença – nomeadamente na altura do nascimento da criança – permite uma maior taxa de sobrevivência e mais qualidade de vida.

Um dos aspetos que é possível melhorar é ao nível da nutrição, através do controlo da insuficiência pancreática, de forma a evitar estados de perda ponderal ou atrasos no crescimento.

O doente pode, desde cedo, ser seguido num centro especializado, onde com muito mais facilidade são identificadas manifestações da doença.

Infarmed
A Autoridade do Medicamento estima que os portugueses poupem pelo menos 14 milhões de euros em fármacos no próximo ano, com a...

Em comunicado, a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) refere que Espanha, França e Eslováquia passam a ser os países com base nos quais será feita a revisão de preços dos medicamentos.

As estimativas do Infarmed apontam para uma poupança, em 2016, de 14 milhões de euros para os utentes e de 27,1 milhões de euros para o Estado, no mercado ambulatório (fármacos vendidos em farmácias).

Já nos hospitais, em que as despesas são suportadas integralmente pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), o Estado deverá atingir uma poupança de 40,6 milhões de euros.

Numa carta enviada ao Ministério da Saúde, a que a agência Lusa teve acesso, a Associação de Farmácias de Portugal manifesta a sua “extrema preocupação com os graves impactos” da revisão de preços dos medicamentos “para as farmácias e para os doentes”.

“Com a alteração de um dos países de referência (…), o Governo pretende, mais uma vez, reduzir os seus gastos com a despesa em medicamentos em Portugal, apesar de o preço destes ser já dos mais baixos da Europa”, refere a carta.

A Associação de Farmácias de Portugal teme que “uma nova baixa de preços” contribua “ainda mais para a situação de asfixia das farmácias” e para “aumentar as dificuldades dos doentes no acesso aos medicamentos de que necessitam”.

Sublinha que as alterações frequentes de legislação e as reduções das margens de lucro das farmácias “têm contribuído fortemente para que cada vez mais farmácias entrem em processo de insolvência” e para que sejam “cada vez mais frequentes” as falhas no abastecimento de medicamentos.

“Os utentes são os mais prejudicados, pois as falhas de abastecimento têm como principais impactos a redução da adesão à terapêutica ou mesmo o seu abandono”, indica a carta enviada ao secretário de Estado da Saúde.

Este ano, com a revisão anual de preços dos medicamentos, o Infarmed indica que os utentes portugueses pouparam 13,3 milhões de euros e o Estado, em ambulatório, poupou 21,6 milhões.

Espanha, França e Eslovénia foram os países de referência (tendo em conta o PIB e o preço dos fármacos) com os quais Portugal se comparou.

Cientistas alertam
Cientistas alertaram hoje para o "potencial epidémico" de uma bactéria mortífera e de rápida propagação, resistente...

A nova super-bactéria, encontrada no sul da China, pode apagar quase um século de proteção garantida por antibióticos contra doenças mortíferas transmitidas por germes comuns como o "E.coli", indicaram num estudo.

"Estes resultados são extremamente preocupantes", disse Liu Jian-Hua, professor na Universidade Agrícola do Sul da China, em Cantão, e um dos autores do estudo.

Liu e os restantes autores descobriram um gene, apelidado 'MCR-1', que torna as bactérias resistentes a uma classe de antibióticos, conhecidos como polimixinas, e usados para combater as super-bactérias

O gene, detetado em bactérias comuns mas mortais como 'Escherichia coli' (E.coli, também conhecido como colibacilo) e 'Klebselia pneumoniae' (KPC), que causa pneumonia e doenças no sangue, torna estas bactérias invencíveis.

O 'MCR-1' permite à bactéria uma propagação fácil, de acordo com o estudo publicado pela Lancet Infectious Diseases.

Até agora, os raros casos de resistência ocorriam apenas através de mutações em organismos individuais, o que limitava fortemente a transmissão.

"As polimixinas eram a última classe de antibióticos que impediam a propagação de célula a célula", afirmou Liu.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) já advertiu que a resistência antimicrobiana pode resultar "num regresso a era pré-antibióticos", em que infeções de cura fácil podem ser fatais.

A maior parte das pessoas, entre 50 e 100 milhões, que morreram durante a pandemia da gripe de 1918, dez anos antes da descoberta da penicilina, foi morta por bactérias da pneumonia e não pelo vírus da gripe.

As superbactérias foram detetadas em análises de rotina de porcos e galinhas no sul da China. Os animais apresentavam bactérias resistentes à colistina, um antibiótico muito usado na medicina veterinária.

Isto levou os investigadores a examinarem a presença de 'E.coli' e 'KPC' em amostras, recolhidas durante quatro anos, em porcos e galinhas vendidos em dezenas de mercados de quatro províncias.

Analisaram também os resultados laboratoriais de doentes em dois hospitais nas província de Guangdong (sul) e Zhejiang (leste).

A baixa taxa de infeção nos seres humanos sugere que as superbactérias passam dos animais para as pessoas, sublinhou o estudo.

Embora atualmente esteja confinada à China, a bactéria 'MCR-1' pode "propagar-se mundialmente", acrescentou.

Especialistas que não estiveram envolvidos nesta pesquisa manifestaram forte preocupação.

"É um estudo preocupante, uma vez que as polimixinas são muitas vezes o antibiótico de último recurso para tratar infeções graves", disse Laura Piddock, professora de microbiologia na Universidade de Birmingham, no Reino Unido.

"Parece ser inevitável que a resistência às polimixinas seja acrescentada ao arsenal de bactérias resistentes a várias drogas e que se propague globalmente", afirmou Judith Johnson, especialista em patogénicos emergentes na Universidade da Florida (sul dos Estados Unidos).

O professor Timothy Walsh da Universidade de Cardiff, que colaborou no estudo, disse à BBC que os antibióticos poderão, em breve, tornar-se inutéis.

"Se o 'MCR-1' se tornar global - o que é um caso de 'quando' e não 'se' - e o gene se juntar a outros genes resistentes a antibióticos, o que é inevitável, então provavelmente teremos atingido o início da era pós-antibióticos", declarou.

Este estudo vai renovar o debate sobre o uso da colistina na pecuária, disseram os investigadores.

Na UE, a colistina é usada apenas na medicina veterinária. Mas na China é utilizada normalmente para promover o crescimento dos animais, especialmente nos porcos.

Cerca de 12 mil toneladas deste antibiótico são usadas anualmente na pecuária chinesa, de acordo com Marilyn Roberts, investigadora na faculdade de Saúde Pública da Universidade de Washington, em Seattle (oeste dos EUA).

Gripe
O secretário de Estado da Saúde afirmou hoje no Porto que estão criadas condições de apoio de retaguarda às instituições de...

Eurico Castro Alves falava no lançamento de uma Campanha Nacional de Vacinação destinada, especificamente, à população com idade superior a 65 anos, que se realizou num lar de emergência social destinado a acolher idosos, no Porto.

A campanha tem por objetivo proteger e prevenir um grupo alvo considerado “prioritário e fragilizado”, dotando-o de meios preventivos contra a gripe sazonal e minimizar os efeitos de uma pressão acrescida no acesso aos serviços (urgências) e estabelecimentos do Serviço Nacional da Saúde no período do frio.

No lançamento da campanha participaram também os presidentes da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel Lemos, da Comissão Nacional das Instituições de Solidariedade Social, padre Lino Maia, e da União das Mutualidades Portugueses, Luís Silva.

“Estamos a trabalhar em conjunto para que no período de surto máximo de gripe haja uma retaguarda para aqueles casos exclusivamente sociais e que muitas vezes estão a ocupar camas nos hospitais desnecessariamente”, sublinhou.

A campanha de vacinação deverá prolongar-se por duas semanas e mobilizará os profissionais dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) que farão o apoio domiciliário aos lares/IPSS para reforçar a vacinação a este grupo-alvo.

“Queremos que as pessoas estejam imunes ao surto da gripe que aí vem e com isto diminuir a pressão sobre os serviços hospitalares e sobre os cuidados primários de saúde. Libertar o mais possível e deixar os serviços disponíveis para aqueles casos mais graves”, referiu.

O secretário de Estado da Saúde disse que, neste momento, há um milhão e 200 mil vacinas já disponibilizadas e que já terão sido vacinadas cerca de um milhão de pessoas.

“Queremos chegar a todas as pessoas de risco e, no caso dos lares de terceira idade, todas as pessoas com mais de 65 anos. Por isso é que desencadeamos esta campanha à escala nacional em que todos os ACES, centros de saúde e ARS vão mobilizar todos os recursos disponíveis no sentido de nas próximas duas semanas, conseguirmos vacinar todos os idosos”, frisou.

Eurico Castro Alves disse ainda que o encaminhamento de doentes para os serviços de saúde privados “será uma solução de último recurso”.

“Acredito que com as medidas que estamos a tomar neste momento não chegará a ser necessário, mas como é nossa obrigação estar preparados para todos os cenários essa é uma possibilidade no limite que não deixamos de considerar”, acrescentou.

O secretário de Estado da Saúde referiu que no período crítico, ou seja, aquele em que haverá “mais pressão e solicitação” nas instituições de saúde, “serão alocados mais recursos e mais disponibilidades”.

Neste período, que será determinado pela Direção Geral de Saúde, decorrerão “um conjunto de medidas especiais no sentido de prevenir qualquer situação para a qual não se consiga ter capacidade de resposta. Desde logo, o Instituto de Emergência Médica (INEM) estará preparado para colocar macas em qualquer ponto do território nacional, em qualquer hospital, se houver necessidade de reforçar a sua capacidade”.

“Temos um acordo com as instituições de solidariedade no sentido de garantir uma retaguarda aos doentes que não precisam de estar nos hospitais e nos serviços de urgência e temos agora esta operação à escala nacional que é a de vacinar a população de risco tanto quanto possível, quer os maiores de 65 anos quer os profissionais de saúde”, acrescentou.

Hospital CUF
O presidente da José de Mello Saúde apresentou hoje um plano de investimentos num valor superior a 200 milhões de euros que...

O CUF Tejo, localizado em Alcântara, vai começar a ser construído no último trimestre do próximo ano e substituirá o CUF Infante Santo a partir do segundo semestre de 2018, num investimento total de cerca de 100 milhões de euros, afirmou Salvador de Mello.

O plano do grupo prevê ainda a expansão das unidades de Lisboa, Cascais e Torres Vedras até 2018, com destaque para o aumento da capacidade da CUF Descobertas em 50%, que vai custar cerca de 50 milhões de euros.

Em 2016 vai ser aberto um novo hospital em Viseu e Salvador de Mello admite que o grupo pode vir a marcar presença noutras regiões.

“Estamos atentos a oportunidades de crescimento que possam surgir”, salientou, sem especificar quais as zonas com mais interesse para a José de Mello Saúde.

Salvador de Mello sublinhou que o CUF Tejo vai ser “uma referência para as outras unidades” do grupo e será um hospital virado para as necessidades do futuro e para as doenças do futuro relacionadas com o envelhecimento da população.

O novo hospital, com uma área três vezes maior do que o CUF Infante Santo, terá mais de 75 mil metros quadrados e dez pisos, quatro dos quais subterrâneos, com 800 lugares de estacionamento.

O presidente da José de Mello Saúde afirmou ser muito cedo para falar sobre o destino a dar aos terrenos e aos edifícios ocupados atualmente pelo hospital CUF Infante Santo, pois o grupo está concentrado agora na construção do CUF Tejo.

O novo equipamento, desenhado pelo arquiteto Frederico Valsassina, vai ter mais de 100 gabinetes de consulta e mais de 60 gabinetes de exames e tratamentos, 11 salas de bloco e mais de 200 camas de internamento.

Será um hospital polivalente com foco em áreas como a oncologia, neurociências, cardiovascular, pulmão, otorrinolaringologia e oftalmologia.

Sociedade Portuguesa de Transplantação
Portugal tem capacidade técnica para a realização de transplantes de útero e do rosto, mas ainda não os realiza devido à...

O transplante de útero já se realiza há alguns anos, tendo uma mulher, de 36 anos e nacionalidade sueca, dado à luz em 2014 depois de ter recebido um transplante de útero, conforme divulgou a revista The Lancet.

Na segunda-feira, foi revelado o resultado do transplante de rosto mais completo até hoje.

Trata-se de Patrick Hardison, 41 anos, um bombeiro do Mississippi, nos Estados Unidos, que ficou com o rosto queimado no combate a um incêndio.

Patrick Hardison recebeu um rosto novo, couro cabeludo, orelhas, lábios, nariz e pálpebras.

“São situações que ainda têm de ser consideradas no domínio da experimentação, esporádicas, dada a sua complexidade enorme”, afirmou Fernando Macário, acrescentando que em Portugal não existe nenhuma equipa a pensar fazer isso.

“Não que não exista capacidade técnica para isso, mas o investimento é tão grande e complexo que existem muitas outras áreas prioritárias”, adiantou.

A propósito do Fórum Aberto Sobre Transplantação de 2015, uma iniciativa da SPT que decorre sexta-feira e sábado, Fernando Macário sublinhou a “melhoria significativa nos últimos dois anos, em termos de colheita de órgãos”.

Para o presidente da SPT, “os órgãos que existem não são suficientes”, apesar de uma melhoria significativa nos últimos dois anos.

Fernando Macário lamenta que, apesar do aumento da taxa de colheita de órgãos por milhão de habitantes, existam outros problemas, como o facto dos novos dadores terem cada vez mais idade.

Por esta razão, “muitas vezes vamos fazer colheita de órgão de pessoas já com patologias e nem todos os órgãos podem ser utilizados”, adiantou.

Fernando Macário dá o exemplo dos rins, que é o “mais flagrante”, uma vez que entre 20 a 30 por cento dos rins colhidos “não podem ser utilizados porque já têm patologia que não permite serem colocados nas pessoas que precisam deles”.

“Temos, por um lado, um aumento da colheita, mas que não é suficiente para todos os doentes que se vão acumulando na lista de espera”, adiantou.

A lista de espera para transplante de rim era de 1.970 pessoas no final de 2014 e, destas, 43 morreram à espera.

Dados da SPT indicam que a incidência de novos casos de doença renal é de 230 novos casos por milhão de habitantes e a prevalência é superior a mil doentes por milhão de habitantes, só em diálise.

Associação Nacional de Jovens Empresários
Um tratamento inovador de feridas crónicas valeu o 17.º Prémio do Jovem Empreendedor da ANJE à biotecnológica Exogenus...

Estes prémios, apurados entre um conjunto de mais de 150 candidaturas, foram atribuídos na gala da Feira do Empreendedor 2015 da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), que decorreu hoje na Alfândega do Porto.

A startup de biotecnologia Exogenus Therapeutics, responsável por uma inovadora terapia celular aplicada à medicina regenerativa, foi a grande vencedora desta 17.ª edição do Prémio do Jovem Empreendedor e vai receber 20 mil euros em dinheiro, mais um conjunto integrado de apoios no valor de 10 mil euros.

"Foi ainda distinguida com menção honrosa a DoctorGummy, startup que desenvolve medicamentos para crianças com base em guloseimas 100% naturais", refere a ANJE num comunicado enviado à agência Lusa.

A vencedora Exogenus Therapeutics - fundada este ano - dedica-se ao desenvolvimento, pré-clínico e clínico, de terapias celulares aplicadas à medicina regenerativa, especialmente ao tratamento de lesões cutâneas, estando o primeiro produto da startup está em fase final de desenvolvimento, consistindo num inovador tratamento de feridas crónicas, derivado de sangue do cordão umbilical.

"Com as suas terapias celulares, a Exogenus Therapeutics pretende revolucionar o tratamento de feridas crónicas (diabetes, hipertensão arterial, úlceras venosas, etc.) e mudar a vida de milhões de doentes em todo o mundo", refere o mesmo texto.

Já a empresa que recebeu a menção honrosa está a entrar no mercado com um processo inovador de administração de medicamentos a crianças, com base em guloseimas 100% naturais.

"Sem adição de açúcar, glúten, lactose, corantes ou conservantes artificiais, as gomas desenvolvidas pela DoctorGummy incorporam o princípio ativo dos medicamentos e funcionam como excipiente", explicam.

Na opinião do presidente da ANJE, João Rafael Koehler, "a intensidade de inovação, a capacidade tecnológica e o potencial económico das startups vencedoras, bem como de muitos outros candidatos ao 17.º Prémio do Jovem Empreendedor, são reveladores da vaga de empreendedorismo baseado no conhecimento que está a ocorrer no país e da capacidade da ANJE de atrair talento enquanto ecossistema empreendedor".

Na mesma gala, a presidente do Banco Alimentar contra a Fome, Isabel Jonet, foi agraciada com o Prémio Carreira 2015 da ANJE.

 

Lusa

Península Ibérica
Empresa de pneus e manutenção de veículos vai converter os pneus, que venda durante a sua campanha natalícia, em presentes que...

Empresa fará chegar a crianças de Portugal e Espanha cerca de 20.000 brinquedos através da Cruz Vermelha Portuguesa e da Cruz Roja Española. A rede de oficinas de pneus e manutenção de veículos pôs em marcha a sua iniciativa ‘A Roda da Felicidade’, com a qual pretende converter em presentes para crianças apoiadas pela Cruz Vermelha, cada operação de mudança de pneus de uma marca específica que se realize nos seus mais de 400 centros de serviço repartidos entre Espanha e Portugal.

Os responsáveis da empresa estimam que serão realizadas cerca de 20.000 operações nas suas oficinas entre 9 de novembro e 20 de dezembro, período durante o qual é levada a cabo a campanha.

Será a Cruz Vermelha Portuguesa que entregará os presentes às crianças portuguesas, através das suas delegações espalhadas por todo o país, fazendo assim chegar a alegria a todas as crianças carenciadas.

Os brinquedos escolhidos por ambas as entidades contemplam várias faixas etárias, desde 1 ano até aos 12 anos de idade, assim como têm em conta os gostos diferentes de meninos e meninas. Entre os brinquedos que serão oferecidos encontramos jogos de mesa, jogos de memória, bolas de futebol, cestos de basquetebol, puzzles, bonecos peluches, jogos de construção e de crescimento para os mais pequenos.

Fausto Casetta, Diretor Geral da empresa para a Península Ibérica, relata que a empresa “faz parte da sociedade e somos sensíveis perante as necessidades que esta tem. Vamos fazer um esforço importante para poder partilhar alegria entre aqueles que mais necessitam, sobretudo no Natal, que são as crianças. Encontrámos na Cruz Vermelha um aliado perfeito para poder chegar a muitas crianças espalhadas pela Península Ibérica e que assegura que esta iniciativa irá ao encontro de quem de facto precisa.”

No mesmo sentido, Luís Barbosa, Presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, assinala que “no ano que a instituição celebra os seus 150 anos de existência, permanecemos sempre de braços abertos, junto das pessoas, procurando dar resposta aos problemas atuais e defendendo continuamente as causas da vida. É pois com muita satisfação que participamos nesta campanha que nos possibilita este Natal entregar presentes às crianças que apoiamos”.

A piloto de todo-o-terreno Elisabete Jacinto é a Madrinha que a empresa escolheu para esta campanha, pelo seu compromisso social e carácter solidário que tem. Elisabete Jacinto não hesitou em aceitar o convite endereçado para colaborar em prol das crianças e espera animar os condutores portugueses a participar nesta campanha. “A Roda da Felicidade é uma iniciativa que tem o objetivo de levar a alegria a mais de 3 mil crianças portuguesas, capaz de converter em sorrisos e em valor as nossas visitas a uma oficina”.

Com a campanha “A Roda da Felicidade” a empresa conta entregar em Portugal mais de 3.400 brinquedos à Cruz Vermelha Portuguesa e entregará também uma lembrança aos clientes que participem, como forma de agradecimento pela solidariedade e para informação de que a sua compra é convertida num presente a uma criança.

A decorrer de 20 a 27 de novembro
Em 2015, a Semana Europeia do Teste VIH-Hepatites, que este ano passa a incluir as hepatites virais, terá lugar de 20 a 27 de...

Esta iniciativa do HIV in Europe, em que participam cerca de duas dezenas de organizações da Sociedade Civil portuguesa, tem por objetivo sensibilizar a população sobre os benefícios do rastreio regular das infeções pelo VIH e hepatites virais, tendo por lema Testar. Tratar. Prevenir. Em Portugal, esta iniciativa é coordenada pela associação GAT e pela Rede de Rastreio Comunitária.

Ricardo Fernandes, Diretor Executivo da associação GAT, refere: "O VIH e a co-infeção por hepatite viral é um grande problema em toda a Europa e também em Portugal por isso foi alargado o âmbito da semana do teste para incluir as hepatites virais na sequência de pedidos de organizações comunitárias. Estes vírus são transmitidos de forma semelhante e afetam grupos semelhantes de pessoas por isso faz sentido clínico fazer o teste para o VIH e hepatite em simultâneo. Esperamos que a comunidade faça da Semana do Teste 2015 um sucesso tão grande como nos anos anteriores”.

Cerca de 30% a 50% das pessoas que vivem com VIH na região europeia da Organização Mundial de Saúde desconhece ser seropositiva para o VIH. Ao contrário do esperado, o número de infeções tem vindo a aumentar em alguns países e estima-se que pelo menos metade destas novas infeções tenham origem em pessoas seropositivas para o VIH que desconhecem o seu estatuto serológico. De igual modo, 50% das pessoas que vivem com VIH são diagnosticadas tardiamente, atrasando assim o acesso ao tratamento e, por consequência, um terço das mortes associadas ao VIH é atribuível ao atraso no diagnóstico.

No que diz respeito às hepatites virais, estima-se igualmente que cerca de 13,3 milhões de pessoas vivam com a infeção pelo vírus da hepatite B e que aproximadamente 15% a 40% dos doentes irão desenvolver cirrose, falência hepática ou carcinoma hepatocelular. Dos 15 milhões de pessoas a viver com a infeção pela hepatite C na Europa, apesar de existir uma cura, somente 3,5% estão sob tratamento.

Facilitar o acesso das pessoas aos testes do VIH, VHB e VHC traduz-se num aumento do número de pessoas que conhece o seu estatuto serológico, travando assim a cadeia de transmissão.

Quem deve fazer o teste
A semana do teste é direcionada a populações de maior risco de VIH e hepatites virais B e C. Esses grupos incluem, mas não estão limitados a: homens que fazem sexo com homens (HSH), migrantes (incluindo pessoas originárias de países com maior prevalência), trabalhadores do sexo, reclusos e utilizadores de drogas injetáveis.

A situação na Europa
A realidade inaceitável é que 30% a 50% dos 2,2 milhões de pessoas que vivem com VIH na Europa não sabem que são VIH positivo; e 50% daqueles que são positivos são diagnosticados tardiamente, atrasando o acesso ao tratamento. A Hepatite B e C afeta cerca de 28 milhões de pessoas que são amplamente subestimadas e subnotificadas. Devido à falta de sintomas dessas doenças infeciosas são muitas vezes referidas como a epidemia silenciosa.

Isto significa que muitas pessoas não estão a fazer o teste antes de terem sintomas. Isto pode acontecer porque existem barreiras para pedir um teste, barreiras para oferecer um teste ou barreiras para a implementação das diretrizes europeias existentes para a realização dos rastreios. Isto apesar de os benefícios do diagnóstico precoce estarem bem documentados.

Quando as pessoas são diagnosticadas tardiamente com VIH e/ou hepatite B e C, estão mais propensas a sofrer complicações de saúde e a passar o vírus para outras pessoas, dado que não tiveram acesso ao tratamento. Pelo contrário, a maioria das pessoas que são diagnosticadas precocemente (logo após a infeção), e a quem são prescritos tratamentos antirretrovirais em tempo útil, podem viver uma vida saudável e ficarem também completamente livres do vírus se infetados com hepatite C. Os benefícios de testes regulares entre as populações em maior risco são generalizados - leva ao diagnóstico precoce e acesso ao tratamento que, por sua vez, tem um impacto positivo sobre o prognóstico do indivíduo e reduz a transmissão subsequente.

Consulte aqui locais onde se irão realizar ações no âmbito da Semana Europeia do Teste VIH-Hepatites.

Ciência Viva
Entre os dias 23 e 27 de novembro, a UBI e o UBImedical vão abrir portas com um conjunto de atividades dirigidas a estudantes...

“Aprender brincando” para crianças do Departamento de Física, “Açúcares, forma e sabor” para estudantes do secundário do Departamento de Química ou “A Investigação do Grupo de Física Aplicada e Telecomunicações” para estudantes universitários são apenas alguns exemplos das atividades disponíveis na UBI para inscrição.

O Instituto Coordenador de Investigação este ano junta-se às comemorações com o workshop “3min, 1 slide…a tua tese”, ou seja, o investigador tem três minutos e um slide para apresentar a sua tese de doutoramento, como forma de divulgação de ciência.

A Semana da Ciência e Tecnologia promovida pela Ciência Viva acontece desde 1999, sempre na semana do dia 24 de novembro (Dia Nacional da Cultura Cientifica). Durante esta semana instituições científicas, universidades, escolas e museus abrem portas, proporcionando à população oportunidades de observação científica e de contacto pessoal com especialistas de diferentes áreas do conhecimento.

As inscrições devem ser efetuadas para os contactos específicos de cada atividade que estão disponíveis em Ciência Viva.

Atividades:
- Semana da Ciência e da Tecnologia no CICS-UBI
- Açúcares, forma e sabor
- Perspetivas em Química Medicinal
- Fitoterapia, nem tudo o que reluz é ouro
- Perspetivas sobre segurança e insegurança alimentar
- Vamos inventar um instrumento de análise
- Vamos construir um sensor para dosear o ião nitrato
- 3 minutos, 1 slide...a TUA tese
- A Investigação do Grupo de Física Aplicada e Telecomunicações
- Aprender Brincando
- Radiações Ionizantes Riscos e Aplicações

Média mensal de denúncias mais que duplicou
A campanha “Vamos pôr a nutrição na ordem”, lançada no dia 28 de julho, com vista ao combate ao exercício ilegal da profissão...

Para Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas, “o balanço a fazer não podia ser mais positivo e gratificante. Por um lado, é a prova de que os nossos profissionais se encontram empenhados em lutar pela justiça e pelo prestígio da sua profissão e, por outro lado, a prova de que a população tem ganho mais consciência sobre a importância de denunciar indivíduos que exercem sem competências para determinadas funções, colocando a saúde comunitária em risco”.

Recorde-se que, à data do lançamento desta ação, o Gabinete de Intervenção ao Exercício Ilegal da Ordem dos Nutricionistas dava entrada a uma média de 10 denúncias por mês, num registo total de 152 denúncias desde a sua criação. Desde 28 de julho deste ano, a média mensal passou para 25 e, em apenas pouco mais do que três meses, registaram-se mais 77 denúncias.

“As plataformas online são, de facto, as prediletas destes indivíduos que se fazem passar por nutricionistas, e grande parte das vezes torna-se difícil atuar, visto que os autores das páginas de facebook, por exemplo, muitas vezes permanecem anónimos ou escondem-se atrás de nomes ou marcas fictícias”, esclarece a Bastonária.

Para além da internet, as denúncias efetuadas relativas a falsos profissionais continuam a ser mais significativas na zona de Lisboa, à qual sucede o Alentejo. Os ginásios, as clínicas estéticas e as lojas de suplementos alimentares mantêm-se com os estabelecimentos onde existe uma maior prática ilegal de atos da profissão.

A Ordem dos Nutricionistas pretende reforçar esta campanha continuamente, tendo disponibilizado já vários instrumentos de reforço à mensagem, como a atribuição de um email institucional a cada profissional, um pin exclusivo aos membros da Ordem dos nutricionistas ou a distribuição de cartazes pelas cidades de Porto e Lisboa.

A Bastonária refere ainda que “O balanço é positivo mas ainda há muitas coisas que a Ordem dos Nutricionistas pretende fazer que assegurarão um combate cada vez mais eficaz ao exercício ilegal e um reconhecimento crescente dos nossos profissionais no seio da comunidade e junto das próprias instituições. Por isto, esta luta não vai parar”.

De lembrar ainda que apenas os profissionais inscritos na Ordem dos Nutricionistas estão legalmente habilitados para exercer a profissão e utilizar o título profissional de nutricionista em Portugal, sendo que a Ordem regista, atualmente, cerca de 3000 profissionais prestando serviços em várias áreas da atividade económica.

Medicamentos
A automedicação é um dos principais erros cometidos aquando da toma de qualquer medicamento, uma vez
Comprimido na palma da mão

1. Tomar antibiótico sem prescrição médica

Este é um erro grave na toma de qualquer medicamento. No entanto, com os antibióticos os perigos da automedicação aumentam. Há vários riscos associados: reação alérgica, intoxicação e o não tratamento da doença.

Na realidade, é um erro frequente achar que uma doença viral pode ser combatida com recurso a antibióticos.

Por outro lado, tomar medicamentos à toa acaba por afetar as bactérias naturais do nosso organismo, fazendo com que elas se possam tornar nocivas e provocar outras doenças.

2. Não tomar dose recomendada

A medicação é prescrita caso a caso. Ou seja, o médico escolhe a dose adequada ao paciente tendo em conta não só a doença mas também o peso, a idade e doenças relacionadas.

Diminuir ou aumentar a dose prescrita pode trazer-lhe graves consequências para a sua saúde, desde um agravamento da doença até intoxicação por excesso de medicação. Não se esqueça, por isso, de seguir sempre o tratamento exatamente como lhe foi prescrito!

3. Esquecer a hora de tomar o antibiótico

Este talvez seja um dos erros mais frequentes. Quem nunca deixou passar a hora certa para tomar o antibiótico?

Na verdade, este esquecimento pode fazer com que a dose ingerida não seja corretamente absorvida, perdendo o seu efeito. Pior que isso, saiba que lhe pode provocar uma intoxicação se for ingerido antes do tempo. A justificação? O intervalo entre as doses é calculado de acordo com a chamada “meia-vida” do remédio (ou seja, o tempo em que a concentração do mesmo, na corrente sanguínea, cai para metade).

Especialistas explicam que ao esquecermo-nos de tomar o antibiótico, à hora certa, a bactéria pode multiplicar-se ou desenvolver resistência ao medicamento.

4. Não fazer o tratamento durante o tempo indicado

Um antibiótico não serve para tratar sintomas, mas sim para tratar uma doença. Ainda que os sintomas melhorem, isso não significa que esteja curado.

Parar o tratamento antes do tempo indicado pode fazer com que a bactéria se torne mais resistente e, por consequência, mais difícil de combater.

5. Combinar medicamentos

Existem diversas classes de medicamentos que interagem entre si, afetando a eficácia dos mesmos. É o que acontece com os antibióticos e os anticoncepcionais, por exemplo.

De acordo com os especialistas, é importante informar o seu médico sobre outros medicamentos que esteja a tomar, antes de este lhe prescrever um antibiótico.

Para além disso, esteja atento à bula do medicamento, onde pode confirmar as possíveis interações e saber quais os medicamentos que deve evitar ingerir em conjunto.

6. Não tomar com os líquidos certos ou misturar com os alimentos errados

O líquido mais indicado para acompanhar a ingestão de qualquer medicamento é a água.

Alguns antibióticos podem ver a sua eficácia comprometida se ingeridos com outros líquidos, como é o caso do leite. No entanto, pode haver algum medicamento que seja melhor absorvido na presença de uma bebida específica. Mas isso, só mesmo o seu médico poderá dizer.

Por outro lado, cruzar a hora da medicação com as refeições pode ser também um problema. Isto porque, enquanto alguns antibióticos são melhor absorvido quando ingeridos num período próximo da refeição, outros vêem a sua eficácia afetada se ingeridos nesse período.

7. Tomar antibióticos com álcool

O álcool pode potenciar ou neutralizar os efeitos de um medicamento. Em muitos casos ativando enzimas que transformam o medicamento numa substancia tóxica para o organismo. Tenha cuidado!

8. Não prestar atenção aos sintomas

Se o antibiótico causar erupção cutânea, prurido, dificuldade em respirar ou qualquer outra reação que não faça parte do conjunto de sintomas inicial, aconselhe-se com o seu médico. Estes sinais podem indicar uma alergia e manter o tratamento, esperando que os sintomas passem por si, pode agravar ainda mais o seu quadro clínico.

9. Não ver validade

Parece básico mas, a verdade é que, não são raros os casos de intoxicação por causa de um medicamento fora de validade.

As soluções antibióticas infantis, por exemplo, que são diluídas em água, exigem um cuidado redobrado. Depois de serem preparadas devem ser guardadas no frigorífico durante todo o período de tratamento. Não se esqueça!

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Alimentos que cuidam
Com o Inverno ao virar da esquina é importante dar máxima atenção à sua pele, sobretudo a do rosto,

Por muita graça que ache a umas bochechas rosadinhas no Inverno saiba que o frio pode deixar a sua pele seca e gretada, com um aspecto pouco saudável.

 Claro que os cremes hidratantes e os bálsamos para os lábios podem ajudar a minimizar o seu efeito, no entanto, é na alimentação que pode encontrar os nutrientes necessários para manter a pele no seu melhor.

1. Romãs
As romãs não são só o fruto da época como possuem “super poderes” para a proteção da sua pele. Tratando-se de um poderoso antioxidante, são ricas em vitamina C que ajuda na produção do colagénio.

2. Abacate
Há uma série de nutrientes que são essenciais para manter uma pele saudável e o abacate é rico em vários: vitamina C que ajuda a melhorar a elasticidade através da produção de colagénio; vitamina E que a protege dos radicais livres e o ácido oleico, um tipo de gordura monoinsaturada que proporciona a hidratação da pele e reduz a vermelhidão.

3. Chá Verde
Repleto em antioxidantes e polifenol, ajuda a manter a boa aparência da pele. Aumenta o fluxo de sangue enquanto trabalha para tornar a sua pele mais lisa e elástica.

4. Aveia
Rica em vitamina E e selénio, possui propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias que ajudam a manter a saúde da pele.

5. Cenoura
Rica em beta-caroteno, este nutriente ajuda a reparar o tecido danificado e a proteger contra os raios UV.

6. Salmão
Peixe rico em Omega-3 (que também pode ser encontrado na cavala) possui propriedades anti-inflamtórias que ajudam a prevenir a acne.

Também contém selénio que protege as células de eventuais danos e retarda os sinais do envelhecimento.

7. Nozes
Os ácidos gordos do Omega-3 podem operar milagres na sua pele. O Omega-3 que se encontra nas nozes vai ajudar a manter a hidratação da pele, ao mesmo tempo que ajuda a reduzir a inflamação.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.

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