Tabaco
A nova lei do tabaco entrou em vigor no dia 1 de Janeiro, mas as imagens chocantes só passam a constar dos maços de cigarros em...

A nova legislação, publicada em agosto em Diário da República, vem ainda regulamentar os cigarros eletrónicos e os produtos de tabaco com aromas distintivos.

As novas regras determinam que as embalagens de produtos de tabaco para fumar (como cigarros, tabaco de enrolar e tabaco para cachimbo de água) devem apresentar “advertências de saúde combinadas”, que incluem texto e fotografia a cores.

Algumas das opções constantes da “biblioteca de imagens” consistem em pulmões e línguas com tumores malignos, pessoas amputadas, mortas dentro de sacos ou em camas de hospital, uma mulher a cuspir sangue ou um bebé a fumar através de uma chucha.

Estas imagens são acompanhadas de frases de alerta, entre as quais “fumar provoca 9 em cada 10 cancros do pulmão”, “fumar provoca cancro da boca e da garganta”, “fumar provoca acidentes vasculares cerebrais e incapacidades”, “fumar agrava o risco de cegueira” e “os filhos de fumadores têm maior propensão para fumar”.

Além disto, passa a ser obrigatório as embalagens conterem duas advertências: “Fumar mata – deixe já” e “O fumo do tabaco contém mais de 70 substâncias causadoras de cancro”.

As advertências devem ainda incluir informações para deixar de fumar, como números de telefone ou páginas da internet destinados a informar sobre programas disponíveis para ajudar a deixar de fumar.

Ao todo, as advertências combinadas (texto e imagens) passam a ocupar 65% das embalagens, no caso dos maços de cigarros, em ambas as faces.

No entanto, a nova rotulagem só vai começar a ser usada nos maços a partir de 20 de maio de 2016, data até à qual ainda é permitida a produção ou importação em território nacional de produtos rotulados na redação da anterior lei.

A partir dessa data, é estabelecido um período de um ano (até 20 de maio de 2017) para escoar as embalagens antigas.

As mesmas regras aplicam-se, nos termos da nova lei, aos cigarros eletrónicos com nicotina, que passam a ter as mesmas advertências e as mesmas restrições que os outros cigarros e dispõem do mesmo período de moratória.

Os espaços públicos fechados com espaços para fumadores têm até 31 de dezembro para gradualmente se tornarem espaços totalmente livres de fumo.

A par disso, a legislação alarga a proibição de fumar a outros espaços públicos fechados, passando a incluir recintos de diversão, casinos, bingos, salas de jogo e outro tipo de recintos destinados a espetáculos de natureza não artística.

No entanto, estes espaços que não disponham de serviço de bar e restauração podem continuar a ter áreas destinadas a fumadores “separadas fisicamente ou totalmente compartimentadas”, uma espécie de cabines como as que existem nos aeroportos, desde que disponham de ventilação adequada.

A lei contempla algumas exceções, como salas exclusivamente destinadas a pacientes fumadores em hospitais e serviços psiquiátricos, centros de tratamento e reabilitação, de desintoxicação, lares de idosos e residências assistidas, desde que cumpram as mesmas regras que os outros espaços com áreas de fumadores.

As prisões podem dispor também de unidades de alojamento, em celas ou camaratas, para fumadores.

Os produtos de tabaco com aromas distintivos passam a ser proibidos, estando previsto um período transitório até 20 de maio de 2020 para produtos cujo volume de vendas na União Europeia seja superior a 3%, como é o caso do mentol.

Os maços deixam ainda de usar termos como “light”, “suave”, “natural” ou “slim”.

 

Utentes devem evitar urgências
O secretário de Estado da Saúde afirmou que alguns hospitais estão “a atingir os máximos da sua capacidade de resposta” e...

Manuel Delgado falava aos jornalistas no final de uma visita ao centro de saúde de Sete Rios, em Lisboa, onde falou sobre o Plano de Contingência para a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) e sobre o alargamento previsto dos horários dos centros de saúde na região.

De acordo com o governante, a aposta do Ministério da Saúde passa pela abertura dos centros de saúde por períodos mais alargados. Esta abertura é “flexível” e ocorrerá “em função da procura das urgências hospitalares”.

Segundo Manuel Delgado, o objetivo do alargamento dos horários nos cuidados de saúde primários é proporcionar um “apoio mais rápido aos doentes”, dando-lhes “mais comodidade, conforto e rapidez no atendimento”.

Os horários dos centros de saúde – que estarão disponíveis nos sites das respetivas Administrações Regionais de Saúde (ARS) – poderão alterar-se, no sentido do seu alargamento, consoante aumente a pressão nas urgências hospitalares, que está neste momento a ser controlada pela tutela.

Em análise vai estar a procura proporcionada pelo “pico” da gripe, que ainda não foi atingido.

Sobre a procura associada a esta doença, Manuel Delgado assegurou que “a solução vai ser devidamente acautelada”, existindo ainda “margem para alargar a capacidade de resposta, não tanto ao nível dos profissionais, mas ao nível de mais camas para internamento”.

Manuel Delgado deixa um apelo no sentido do utente que se sente doente não ir para a urgência hospitalar, mas antes telefonar para a linha Saúde 24 (808242424), a partir da qual será “direcionado para o atendimento mais adequado, como o centro de saúde mais próximo da sua residência”.

Sobre a situação dos hospitais, o governante disse que “as urgências têm as escalas médicas nos limites e devidamente apetrechadas. Têm uma lotação em camas suficiente e conseguimos que, através dos planos de contingência, criassem mais camas adicionais para ocorrer a situações de internamento”.

De acordo com os respetivos planos de contingência, os hospitais terão a possibilidade de encaminhar os doentes que os procurem para outras unidades menos procuradas.

Nova lei anti-tabágica
Nesta sexta-feira, o primeiro dia do ano, entra em vigor a nova lei anti-tabágica, mas poderão passar vários meses antes de os...

Só a partir de 20 de Maio de 2016 é que a indústria do tabaco é obrigada a exibir em 65% das duas faces dos maços fotografias de choque, acompanhadas de informação sobre onde procurar apoio para deixar de fumar. E o mais provável é que nessa data ainda existam no mercado embalagens antigas, que poderão ser escoadas ao longo de todo o ano seguinte, ou seja, até 20 de Maio de 2017.

O adiamento da obrigatoriedade de publicação das imagens (já divulgadas no Diário da República) resulta de uma norma transitória, que visa garantir uma fase de adaptação às novas regras. E é provável que esse período seja aproveitado, adiantou fonte da indústria tabaqueira, na medida em que só em Novembro foi publicada a portaria com especificações necessárias às alterações.

Além dos alertas para os riscos e consequências de fumar, os maços passam a ter também informação sobre onde procurar apoio para deixar este hábito (ver caixa). O número de telefone da Linha Saúde 24 (808 24 24 24) e o site da Direção-Geral da Saúde são duas das exigências do Ministério da Saúde, segundo a portaria publicada em Novembro.

As imagens nos maços de tabaco são já usadas há alguns anos em vários países da Europa. Em Espanha, por exemplo, a legislação entrou em vigor em 2010 numa altura em que a Bélgica, Reino Unido e Roménia já o faziam. Desde essa altura atá agora, muitos outros países adotaram esta medida que pretende dissuadir os fumadores com imagens de choque.

Depois de Maio, aos poucos, as imagens começarão a surgir nos maços de tabaco em Portugal, acompanhadas das advertências em texto (como “Fumar pode matar o seu filho antes de ele nascer” , “Fumar reduz a fertilidade” ou “Fumar provoca 9 em cada 10 cancros de pulmão”) e as menções obrigatórias  “Fumar mata - deixe já” e “O fumo do tabaco contém mais de 70 substâncias causadoras de cancro”.

Transpondo duas diretivas da União Europeia, a nova legislação determina que os cigarros eletrónicos que possuem nicotina vão passar a ter que exibir a advertência de que contêm esta substância e ficam sujeitos às mesmas restrições que os outros cigarros. A legislação vem ainda alargar a proibição de fumar a quase todos os locais públicos fechados. Passa ser expressamente proibido fumar nas áreas com serviço em todos os estabelecimentos de restauração e bebidas, incluindo os recintos de diversão, os casinos, os bingos, as salas de jogo, entre outras. Mas também neste caso há prazos alargados para entrada em vigor de algumas das normas e exceções.

Por exemplo, as novas regras só entram em vigor a partir de 2021 nos estabelecimentos com áreas para fumadores, nomeadamente restaurantes que investiram em sistemas de extração de ar e ventilação para terem espaços para este fim ou até para poderem ser destinados exclusivamente a fumadores, dado que é definida uma moratória para adaptação, até 31 de Dezembro de 2020. A proibição da utilização de qualquer técnica que altere o odor ou o sabor do tabaco, também tem um período transitório (até 20 de Maio de 2020) para produtos cujo volume de vendas da União Europeia seja superior a 3% ou mais de uma determinada categoria de produto, caso, por exemplo, do mentol, refere a lei.

Pelas exceções previstas, a nova lei foi criticada por organizações antitabagistas que a consideram pouco restritiva. O diretor-geral da Saúde, Francisco George também chegou a admitir ao Jornal Público que esperava “uma lei mais restritiva no que respeita à eliminação do chamado fumo em segunda mão [passivo]”.

Em Portugal são diagnosticados, por ano, cerca de 4000 novos casos de cancro do pulmão e registadas cerca de 3500 mortes. O tabaco está implicado em 85% dos casos desta doença, mas também noutras patologias como a doença pulmonar obstrutiva crónica, enfisema pulmonar e infeções respiratórias baixas, tuberculose pulmonar, doença cardíaca isquémica e doença cerebrovascular.

DGS
Publicado manual para deixar de fumar controlando o peso: pastilhas sem açúcar, nozes, amêndoas, avelãs, palhinhas de plástico...

Vai chegar 2016, e na lista das promessas para o novo ano, a de deixar de fumar é um clássico. Boas razões não faltam, como esta: “Os indivíduos que cessam os hábitos tabágicos antes dos 50 anos têm metade do risco de morrer nos 15 anos seguintes", diz a Direção-Geral da Saúde (DGS). Mas entre anos de vida ganhos e doenças várias que se podem prevenir há uma pequena contrariedade: deixar de fumar engorda. Cerca de 84% dos fumadores em cessação ganham peso.

A média de ganho de peso é de quatro a cinco quilos após um ano, escreve o Jornal Público. Uma pequena minoria (13 a 14% dos indivíduos) ganha mais de 10kg. “Esta taxa não é sempre igual: é mais acentuada durante os primeiros três meses de cessação tabágica, com um aumento médio de 1kg por mês, e decresce após este período”, segundo a DGS.

Engordar é mesmo considerado “o principal motivo para a relutância em parar de fumar e recaída depois da cessação, especialmente nos fumadores que apresentam preocupações com o seu peso”, lê-se numa publicação que acaba de ser publicada no site da DGS: o manual Cessação Tabágica e Ganho Ponderal — Linhas de Orientação. Objetivo: promover um consumo alimentar adequado durante a cessação tabágica. Porque “os benefícios para a saúde decorrentes” da mesma “excedem quaisquer outros riscos associados ao aumento médio de quatro a cinco kg”.

A primeira das recomendações deste manual pode resumir-se assim: faça uma coisa de cada vez. “O controlo de peso através de uma restrição energética não é aconselhado durante a cessação tabágica, uma vez que as exigências mentais e emocionais desta restrição podem comprometer o sucesso da abstinência.” Assim, é aconselhado que durante os primeiros três meses sem cigarros, o fumador se concentre na cessação tabágica e não no controlo do peso. Preocupe-se com os quilos a mais “quando se encontrar totalmente confiante na cessação tabágica.”

Outra recomendação: “Anote as horas de maior compulsão para fumar e tenha sempre disponíveis pastilhas elásticas sem açúcar ou frutos gordos em quantidades moderadas (nozes, amêndoas, avelãs, amendoins, …). Estes ajudam a ter as mãos ocupadas" sendo que a mastigação diminui a vontade de comer demasiado. "Para além das pastilhas podem ser usados palitos ou palhinhas de plástico que ajudam a aliviar a tensão dos músculos do maxilar usado na inalação do fumo do cigarro.”

Mais à frente neste pequeno livrinho explica-se que para quem deixa de fumar, fazer várias refeições ao longo do dia ajuda a controlar os sintomas de privação da nicotina, como a ansiedade ou a vontade de comer muito. Ter sempre disponíveis pequenos lanches saudáveis (fruta e hortícolas crus é bom) é outro truque. Beber muita água — “A água ajuda a libertar a nicotina e seus metabolitos do organismo, nos primeiros dias de cessação” — e evitar o álcool, também. “O álcool cria um défice de oxigénio, devido a uma diminuição da saturação da hemoglobina na corrente sanguínea, que pode prejudicar a concentração e desencadear uma maior vontade de fumar e comer.”

Mais dicas estão disponíveis no manual que se encontra no site da DGS. Que lembra: “Estudos mostram que 80% dos fumadores expressam o desejo de parar de fumar, 35% tentam deixar de fumar todos os anos, mas menos de 5% têm êxito em cessar o consumo sem ajuda.” Por isso, mais uma recomendação: “Informe-se sobre a existência de consultas multidisciplinares de cessação tabágica no Centro de Saúde ou Hospital da sua área de residência.”

Instituto Nacional de Estatística
O potencial de aquecimento global em Portugal diminuiu 2,8% em 2013, registando um novo mínimo histórico desde 1995 e estando...

“Esta diminuição deveu-se sobretudo à queda das emissões de dióxido de carbono (CO2) e, em menor grau, de metano”, refere o documento de resumo das Contas das Emissões Atmosféricas do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Por outro lado, a percentagem de energia renovável registou em 2013 um máximo histórico que “terá sido um fator determinante” para a evolução decrescente do potencial de aquecimento global em Portugal.

O potencial de aquecimento global, segundo o Sapo, tinha aumentado significativamente de 1997 a 1999, apresentando posteriormente, até 2005, uma evolução irregular. Contudo, em 2002 e 2005 atingiram-se picos destacados justificados pelo baixo nível de água nas albufeiras, o que aumentou o recurso a fontes de energia alternativas à hídrica, consequentemente mais poluentes.

Ainda no que se refere ao potencial de aquecimento global, Portugal apresentou, em 2012, o terceiro mais baixo valor per capita da União Europeia, seguindo-se à Roménia e à Letónia.

O INE esclarece que o posicionamento de Portugal a nível europeu só pode ser aferido para o período 2008 a 2012. Neste último ano, a média da UE a 28 países foi de 9,27 toneladas equivalentes de dióxido de carbono per capita, enquanto Portugal registou 5,44 toneladas, o que representa 58,7% da média europeia.

2015
Desde a assinatura do protocolo em fevereiro, 5322 pessoas iniciaram tratamento. Segundo o Infarmed, 32 não ficaram curados.

A 10 de janeiro José Carlos Saldanha vai fazer a última análise. A que vai confirmar em definitivo, aquilo que o médico já lhe disse mas que quer ter todas as certezas antes de gritar vitória: que está curado da hepatite C.

José Carlos Saldanha, que há dez meses gritou no Parlamento ao então ministro da Saúde Paulo Macedo "não me deixe morrer", fará então parte da lista de doentes curados. A mesma que conta já com 651 pessoas. O balanço da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), a 28 deste mês, dá conta de 5322 tratamentos iniciados, dos quais 683 estão concluídos. Há 32 doentes não curados, escreve o Diário de Notícias.

Este ano acaba por ser um marco. Uma vitória que também é de José Carlos Saldanha. "Só fiz a minha parte, com a convicção que temos de lutar até tombar. É claro que esta é uma vitória e sinto que fiz parte desta luta. Mas não estive sozinho Não imagina a quantidade de pessoas que vêm ter comigo... É isto que me dá vida", diz. José, que tem uma loja de relógio - paixão de há muitos anos - está negativo ao final do segundo de seis meses de tratamento com o sofosbuvir e declastavir. Está na lista para transplante, embora ainda haja alguma esperança de o fígado regenerar mais.

Para 2016 espera que a lista de doentes curados cresça mais. E não só. "No início do ano vamos pedir uma audiência ao novo ministro da Saúde. Temos de atender os doentes de acordo com as suas necessidades. Temos de avançar com um rastreio para sabermos quantos somos, quais os genotipos para partirmos para o diálogo com a indústria farmacêutica", defende.

Medicina da felicidade
O acordo entre o Ministério da Saúde e o laboratório Gilead, que comercializa o sofosbuvir e o ledipasvir + sofosbuvir, foi assinado em fevereiro, após intensas negociações. Poucos meses depois, Rui Tato Marinho, hepatologista no hospital de Santa Maria, falava de medicina da felicidade. "É impressionante, não há quase ninguém que não fique curado e quase sem efeitos secundários. É mesmo uma medicina da felicidade. É a primeira infeção crónica vírica, que pode provocar cancro, que conseguimos curar. É um marco." O médico explica que três meses depois do final do tratamento, se a análise estiver negativa o doente está curado. Até ao momento, Santa Maria tratou mil doentes. "Desde fevereiro tratei 350. Acho que em dez anos tinha tratado 300. É importante aumentar a oferta para outros genotipos do vírus", refere.

Luís Figueiredo está na última caixa do tratamento. As análises dos primeiros três meses deram negativas. "Acho que é quase impossível voltar, mas ainda não posso fazer a festa. Mudei de vida, de alimentação, estou a fazer desporto. A 20 de janeiro vou fazer a TAC ao fígado para ver como está. Isto é ótimo, mas podia ter sido mais cedo e com menos sofrimento. Estivemos oito meses à espera por políticas económicas. Falta uma política comum europeia que permita fazer a compra para toda a Europa. Já era tempo de ver estes resultados, mas ainda tenho amigos que se queixam de dificuldades de acesso", conta, defendendo também ele a implementação urgente do rastreio.

A maioria dos 5322 tratamentos está a ser feito com os dois medicamentos do acordo, adianta o Infarmed, referindo que para situações especificas estão a ser usados daclatasvir, dasabuvir, simeprevir, boceprevir e ombitasvir+paritaprevir+ritonavir, disponíveis através de autorização especial "enquanto decorre a avaliação com vista ao financiamento pelo SNS". Sobre os 32 doentes não curados, "não foram comunicados pelos hospitais as causas para a não resposta ao tratamento, sendo que têm disponíveis outros medicamentos". Quanto ao pagamento - o valor é secreto - será por doente tratado. O acordo "estabeleceu uma linha de financiamento centralizada através da qual os hospitais são financiados com os montantes que tem a pagar".

No Brasil
Um vírus pouco conhecido transmitido por mosquitos está a causar uma crise de saúde alarmante no Brasil, com as autoridades a...

De acordo com o jornal The New York Times, muitas mulheres grávidas em todo o Brasil estão em pânico, e o governo, criticado por não ter agido mais cedo, está a instá-las a terem o máximo de cuidado para evitar picadas de mosquito.

Claudio Maierovitch, diretor do departamento de vigilância das doenças transmissíveis do Ministério da Saúde do Brasil, aconselhou mesmo as mulheres que puderem esperar a adiar a conceção.

O alarme decorre do aumento do número de bebés com microcefalia, uma doença rara e incurável em que a cabeça é anormalmente pequena, tendo as autoridades brasileiras registado pelo menos 2.782 casos este ano, por comparação com 147 em 2014 e 167 em 2013.

O jornal norte-americano adianta que pelo menos 40 das crianças que nasceram com o problema morreram recentemente, podendo as que sobrevivem ter de enfrentar danos no desenvolvimento intelectual para o resto da vida.

Investigadores brasileiros alertaram igualmente para a possibilidade de um aumento de casos nos próximos meses.

Para alguns cientistas, Zika, um vírus obscuro, transmitido por mosquitos e que fez o seu caminho pelo país recentemente, é o responsável pelo súbito aumento da lesão cerebral entre os recém-nascidos.

Outros virologistas alertam, contudo, serem necessários mais testes para provar a ligação entre o vírus e os danos cerebrais.

O vírus Zika já atingiu vários países da América Latina, incluindo o México, e foi lançado um alerta de que pode espalhar-se também a diversas regiões dos Estados Unidos, havendo já casos diagnosticados nos EUA em viajantes que estiveram em países afetados.

Até 31 de março
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo ativou planos de contingência para as vagas de frio, devendo estes...

De acordo com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), os estabelecimentos de saúde - agrupamentos de centros de saúde, centros hospitalares e hospitais - da região de Lisboa e Vale do Tejo ativaram os seus planos de contingência para "garantir uma resposta adequada dos serviços de saúde à população em caso de ocorrência de vagas de frio", prevenindo e minimizando os efeitos negativos da descida de temperatura.

Os “Planos de Contingência para Temperaturas Extremas Adversas – Módulo Inverno” pretendem, por um lado, "acautelar atempadamente eventuais dificuldades que o tempo frio, e o consequente aumento da procura, trazem aos serviços de saúde" e, por outro, assegurar "a estreita articulação entre os cuidados de saúde primários e as unidades de saúde hospitalares da região", procurando que atuem "numa lógica de complementaridade sinérgica e flexível, dando a resposta mais adequada em cada momento", lê-se na nota de imprensa.

As medidas abrangem toda a população da região de Lisboa e Vale do Tejo, cerca de 3,6 milhões de pessoas, "com especial enfoque para os grupos de maior vulnerabilidade, como os recém-nascidos, idosos e doentes crónicos", assinala a ARSLVT.

A mesma entidade alerta que, em caso de doença, não é aconselhável "correr para as urgências" ou "tomar antibióticos sem receita médica", mas ligar para a linha Saúde 24 através do número 808 24 24 24.

Ainda segundo a ARSLVT, é possível aceder aos locais de atendimento e respetivo alargamento dos horários dos cuidados de saúde primários da região de Lisboa e Vale do Tejo através do link: http://www.arslvt.min-saude.pt/uploads/writer_file/document/1976/Horarios_ACES_30_12_2015.pdf.

Grande Lisboa
Os hospitais de São José, Santa Maria e São Francisco Xavier, em Lisboa, e Garcia de Orta, em Almada, vão repartir, aos fins de...

O Hospital de São José irá garantir a assistência de 01 a 03 de janeiro e nos dias 30 e 31, enquanto o Hospital São Francisco Xavier a 09 e a 10, o Hospital Garcia de Orta a 16 e a 17 e o Hospital Santa Maria a 23 e a 24 de janeiro.

Em comunicado, a propósito dos cuidados hospitalares na região de Lisboa e Vale do Tejo, na área da doença vascular cerebral, o gabinete do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, esclarece que o fim de semana compreende o período entre as 08:00 de sábado e as 08:00 de segunda-feira.

De acordo com a tutela, as quatro unidades irão garantir, em dias de semana, "assistência permanente, 24 horas sobre 24 horas, a todos os doentes com esta patologia [aneurisma vascular cerebral]".

O comunicado refere que "este processo valoriza os princípios da organização em rede e da partilha dos recursos disponíveis no Serviço Nacional de Saúde".

Recentemente, têm sido noticiadas situações de alegada ausência de assistência que envolvem hospitais da Urgência Metropolitana de Lisboa, como o caso da morte de um jovem de 29 anos no São José, com aneurisma vascular cerebral, por falta de equipas completas para intervenções de neurocirurgia ao fim de semana.

O caso da morte do jovem levou os presidentes da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, do Centro Hospitalar Lisboa Central, do qual faz parte o Hospital de São José, e do Centro Hospitalar de Lisboa Norte, que agrega o Hospital de Santa Maria, a pedirem a demissão do cargo.

O Ministério Público abriu um inquérito ao caso.

Na segunda-feira, o Ministério da Saúde decidiu constituir um grupo coordenador da Urgência Metropolitana de Lisboa para avaliar os "constrangimentos existentes" nos hospitais e preparar soluções que devem começar a ser aplicadas em fevereiro.

Instituto Nacional de Saúde
A taxa de incidência da gripe, na semana passada, foi de 21,6 casos por 100.000 habitantes, uma “atividade gripal baixa”,...

Na semana passada, de 21 a 27 de dezembro, foram detetados oito vírus influenza e admitidos dois doentes com gripe (nenhum tinha tomado vacina), nas 18 unidades de cuidados intensivos que reportaram informação, os dois com o vírus influenza de tipo A (H1N1) pdm09.

Citando o Programa Nacional de Vigilância da Gripe, o Instituto diz no comunicado que, até à semana passada, foram notificados laboratorialmente 226 casos de gripe, dos quais 44 positivos para o vírus influenza.

Segundo os números da Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe (16 laboratórios em todo o país), desde o início da época 2015/16 e até à semana passada, os laboratórios notificaram 1.044 casos, 31 deles positivos para o vírus influenza.

DGS
A Direção-Geral da Saúde vai abrir na quinta-feira 15 concursos para financiamento às instituições que trabalham com doentes...

Segundo um aviso publicado hoje no site da Direção-Geral da Saúde (DGS), as candidaturas aos 15 concursos devem ser submetidas através de uma plataforma eletrónica a partir das 00:00 de dia 31 de dezembro e até às 24:00 de dia 15 de janeiro.

Estes concursos pretendem garantir financiamento de projetos no âmbito do Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA para entidades coletivas privadas sem fins lucrativos.

No final de novembro foi conhecida a difícil situação das instituições que trabalha, com perto de 1.500 doentes com VIH em situação de elevada dependência, que precisam, nomeadamente, de apoio domiciliário ou que estão acamadas em unidades residenciais.

Na altura, o presidente da associação Abraço explicava que oito instituições, com dez projetos, ficavam sem financiamento no final deste ano, já que o programa de financiamento contemplava quatro anos que agora terminavam.

Após uma reunião no início deste mês com o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, as associações viram ser garantida a continuidade do financiamento, que agora se concretiza através da abertura destes novos concursos.

Investigadores descobrem
Uma descoberta britânica tem vindo a potenciar a criação de novos fármacos antitússicos. Alguns já estão a ser comercializados....

No sentido de curar a tosse crónica, um grupo de investigadores da Universidade de Hull, no Reino Unido, descobriu uma molécula na superfície das células nervosas, a TRPV1, que provoca ataques de tosse quando algo irrita a garganta. A partir desta descoberta, apresentada publicamente no congresso da British Society of Edinburgh em 2009, este grupo pretende criar novos e mais eficazes fármacos antitússicos. Alguns desses medicamentos já foram introduzidos no mercado e outros estão a ser testados, escreve o Sapo

Para além disso, especialistas da Escola de Medicina de Virginia Oriental, em Norfolk, nos Estados Unidos da América, começaram a testar com sucesso, sensivelmente na mesma altura, o uso de injeções de botox nos músculos circundantes das cordas vocais para tratar o problema. As avaliações feitas demonstraram que esta terapêutica ajuda a aliviar os pacientes que não haviam reagido a outros tratamentos.

De acordo com dados do Target Group Index (TGI) Portugal, divulgados em setembro 2008, dos últimos que se conhecem, cerca de 31% dos portugueses com idades entre os 15 e os 64 anos residentes em Portugal Continental assumiu ter recorrido a xaropes para a tosse e a pastilhas para a garganta no período de 12 meses que antecedeu a realização do inquérito. 34% das mulheres confessou ter tomado este tipo de medicamento, contra 27% de homens.

Patologia psicossocial
Trata-se de uma patologia do foro psicossocial, não reconhecida à luz da ciência, que se caracteriza pela desresponsabilização...

A socialite norte-americana Paris Hilton, herdeira do império Hilton, foi já várias vezes detida por posse ilegal de droga, condução perigosa e excesso de álcool

O norte-americano Ethan Couch, com 18 anos, ficou conhecido em 2013 por ter sido a primeira pessoa em todo o mundo a ver uma pena de prisão atenuada por ter uma doença que só afeta meninos ricos, escreve o Sapo. Foi finalmente preso, em dezembro de 2015, juntamente com a mãe, no norte do México.

Ethan Couch era procurado por uma infração durante a liberdade condicional de 10 anos que lhe foi concedida em 2013, quando atropelou mortalmente quatro pessoas e feriu outras nove. Na altura, foi detido e os testes de alcoolemia revelaram que a percentagem de álcool que tinha no sangue era três vezes superior ao limite da legislação no Texas.

Na altura, a juíza Jean Boyd aceitou como atenuante da pena o argumento principal da defesa: o jovem (então com 16 anos) sofreria de affluenza, uma suposta doença que só afeta meninos abastados.

Quem reforçou o argumento da defesa foi o psicólogo Dick Miller. Segundo ele, o acusado, membro de uma das famílias mais ricas do Estado, seria vítima de pais irresponsáveis, que praticamente o teriam abandonado. Segundo a defesa, Ethan Couch sofreria de affluenza, uma condição pela qual não seria capaz de medir nem entender as consequências dos seus atos, fruto da sua educação sem repreensões ou limites.

A doença ou fenómeno social não é reconhecida pela Associação Psiquiátrica dos Estados Unidos, nem por nenhum outro órgão oficial.

Também nunca foi citada pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, em inglês), uma das "bíblias" de psicólogos e psiquiatras em todo o mundo, escreve a BBC.

Portugal continua no top 3
Os consumos de álcool estão a descer, mas mesmo assim Portugal continua no top 3 dos maiores consumidores per capita entre os...

"Em 2010, pior ano da crise, os consumos continuaram a diminuir em termos gerais. Todos os indicadores estão a caminhar no mesmo sentido: a tendência é boa. Mas apesar da descida não podemos descansar, porque partimos de padrões muito altos de consumo. Somos os segundos na União Europeia, a 28, em consumo per capita por consumidor", aponta Manuel Cardoso, subdiretor-geral do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD).

O número de litros médio e a posição no ranking baixa quando o consumo per capita é dividido pela população em geral acima dos 15 anos. Aí, segundo o Diário de Notícias, o número de litros médio em 2010 passa a ser de 12,9 e Portugal torna-se o quarto país mais consumidor da união Europeia. "Quando falamos do total de consumo acima dos 15 anos, temos uma percentagem muito grande que não consome. Aí também estamos nos primeiros lugares. A questão é que os consomem, consomem muito."

Já este ano um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) - com dados referentes a 2012 - revelava que Portugal, num conjunto de 40 países, estava entre os dez maiores consumidores de álcool, com um consumo médio acima dos 11 litros por pessoa por ano: Na lista, Portugal era apenas superado pela Estónia, Áustria, França, Irlanda, República Checa, Luxemburgo, Hungria, Rússia e Alemanha.

Ainda assim um ponto positivo a destacar: estamos também na lista dos países que mais reduziram o consumo de álcool entre 1992 e 2012: menos cerca de 20%. Uma percentagem importante e que mostra uma tendência de decréscimo que parece manter-se, mas ainda assim longe da redução conseguida pela Itália no mesmo período, que segundo o relatório da OCDE, baixou o consumo de álcool em 40%.

O mesmo documento indicava o nosso país como o oitavo da União Europeia com mais mortes relacionadas com o álcool, nomeadamente doenças cardiovasculares, acidentes, alguns tipos de cancro e doenças do fígado, como a cirrose.

Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências
Maioria dos casos registou-se entre os 45 e os 54 anos. Álcool é um dos cinco principais fatores de risco de morte ou doença.

Em Portugal morreram 44 pessoas de overdose alcoólica. Ou seja, o consumo de bebida foi tão elevado num curto espaço de tempo que o corpo não teve capacidade para reagir à toxicidade, levando à falência dos órgãos. Este número refere-se ao ano passado e é surpreendente ainda mais quando comparado com as mortes provocadas por overdose de drogas. Em 2013 foram 22, sobretudo provocadas pelo consumo de opiáceos (o mais conhecido é a heroína) e de cocaína. O álcool é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) um dos cinco principais fatores de risco de morte ou doença.

"As overdoses por álcool são mais do que as devida ao consumo de drogas. Em 2014 foram 44. A faixa etária mais prevalente foi a de 45-54 anos e daí para baixo", revelou ao Diário de Notícias Manuel Cardoso, subdiretor-geral do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), que confessa um misto de surpresa e de choque com o que os dados agora conhecidos revelam. A overdose acontece quando o fígado não é capaz de decompor os produtos tóxicos, levando ao desacelerar do sistema respiratório. O que pode acontecer com 0,6% de álcool no sangue.

Se comparadas, as overdoses por álcool são o dobro das provocadas pelas drogas ilícitas. Em 2013, o relatório "A Situação do País em Matéria de Drogas e Toxicodependências", registou 22 mortes por overdose de drogas, com destaque para os opiáceos (46% dos casos), seguidos da cocaína (36%) e da metadona (27%). Nos dois anos anteriores a tendência foi semelhante: em 2012 registaram-se 29 overdoses por drogas ilícitas e em 2011 foram 19.

Embora o consumo esteja a descer, Portugal continua no top dos maiores bebedores per capita. E o consumo exagerado traz um preço a pagar que continua a ser muito alto. "Nos acidentes rodoviários 15% das mortes são atribuídas ao álcool, na violência 22% dos abusos estão relacionados com este consumo e 22% dos suicídios e sofrimento autoinfligido são atribuídos ao álcool. Nas doenças de fígado, o álcool tem um peso de 50% e 30% dos cancros da boca e da faringe estão relacionados com o este consumo", exemplifica.

"São estas mortes que levam a que a esperança média de vida à nascença reduza em comparação com outros países europeus. O álcool contribui em, pelo menos, 6% para a redução da esperança e da qualidade de vida", refere o subdiretor-geral do SICAD, lembrando que o álcool é considerado pela OMS um dos cinco principais fatores de risco de morte ou doença. Impacto que é visível no número de anos de vida saudável, por exemplo quando se compara Portugal com os países nórdicos. "Aos 65 anos esperamos viver mais 20. Enquanto os nórdicos têm 14 a 15 anos de vida saudável, nós invertemos e temos seis a sete anos", acrescenta.

Mudar comportamentos
A lei do álcool foi alterada neste ano, passando a proibir a venda de todas as bebidas a menores de 18 anos. Manuel Cardoso explica que não é possível esperar uma mudança imediata nos padrões de consumo, mas quer ver resultados dentro de três a quatro anos, à medida que os novos limites forem sendo interiorizados. "O que assumimos com os nossos parceiros é que com menos de 18 anos não se bebe. Temos de ter uma educação para o consumo responsável", sublinha.

Os parceiros de que fala fazem parte do Fórum Álcool e Saúde, que junta 79 membros, desde a saúde, à indústria, vendedores, autoridades policiais, escolas e associações de pais. "Acreditamos que é através desta intervenção que mudamos mentalidades para maior consciência dos efeitos nocivos do álcool", diz. A publicidade, aponta, tem estado a mudar, nas escolas trabalha-se com os jovens em projetos como "Eu e os outros", em que o protagonista da história tem de tomar a decisão certa e que está a mudar de comportamentos.

Com as polícias aposta-se na fiscalização. "Um dos compromissos com a PSP e a GNR é o aumento dos testes de alcoolemia, que passaram de cerca de 500 mil para um milhão. A cada três anos o condutor devia ser testado para saber que existe fiscalização", frisa, salientando que vigiar a venda nos bares e nos restaurantes é difícil. "Tenho consciência de que dão o seu melhor, mas não têm vida fácil. O que me entristece são os pais que não se preocupam com os filhos", afirma Manuel Cardoso.

Saúde animal
O Ministério da Agricultura anunciou, em comunicado, que deu início à regularização dos pagamentos às Organizações de...

Segundo o comunicado, os pagamentos no valor de 2,4 milhões de euros vão ser feitos a 109 Organizações de Produtores Pecuários (OPP) e dizem respeito a ações desenvolvidas ao longo do ano de 2015.

O comunicado refere também que o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, “lamenta o atraso nos pagamentos, que deveriam ter sido efetuados há meses”.

“A falta de pagamento das verbas devidas pelo Ministério ao longo de todo o ano colocou estas organizações em grande dificuldade para assegurar o exercício das funções de controlo sanitário do efetivo pecuário nacional, que – apesar das circunstâncias – tem sido garantido”, referiu Capoulas Santos, citado no comunicado.

As OPP são organismos que executam os programas de erradicação e vigilância de doenças dos animais, incluindo na erradicação da brucelose, tuberculose e leucose enzoótica.

Aos 83 anos
Robert Spitzer, considerado um dos psiquiatras mais influentes nos Estados Unidos e responsável por acabar com a classificação...

Segundo o New York Times, que cita a mulher do psiquiatra, Robert Spitzer, que sofria de Parkinson, morreu no passado dia 25 devido a complicações cardíacas em Seatle.

Robert Spitzer desempenhou um papel central na década de 1970 no desenvolvimento do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, considerado a bíblia da psiquiatria nos Estados Unidos.

A homossexualidade, que foi considerada até à década de 1970 como um distúrbio mental, foi um dos principais temas discutidos por Robert Spitzer.

O psiquiatra defendeu que os homossexuais não deveriam ser considerados doentes mentais, porque estavam confortáveis com a sua sexualidade.

Portugueses descobrem
Uma equipa de investigadores portugueses descobriu que uma proteína, até agora subvalorizada na doença de Parkinson, pode,...

O grupo liderado pela dupla Sandra Tenreiro e Tiago Outeiro, do Centro de Estudos de Doenças Crónicas da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, estudou mais em pormenor a proteína beta-sinucleína, semelhante a uma outra, da mesma família, a alfa-sinucleína, que é tida como crucial no desenvolvimento da doença degenerativa.

A equipa detetou que a beta-sinucleína poder ser igualmente tóxica para as células e interage com a alfa-sinucleína.

Para Tiago Outeiro, a descoberta pode ser promissora. "Talvez possamos utilizar esta proteína [a beta-sinucleína] como alvo terapêutico [para a doença de Parkinson], testar estratégias capazes de interferir com a toxicidade desta proteína", afirmou, acrescentando que se trata de uma das metas para futuros estudos.

A sua equipa estudou a toxicidade da proteína beta-sinucleína na levedura, célula simples, mais fácil de manipular geneticamente, mas cujo funcionamento não difere muito do da célula humana, explicou o investigador.

Posteriormente, o grupo validou os resultados em linhas celulares humanas, linhas derivadas de células do cérebro, mas cultivadas em laboratório.

Em ambos os casos, as células entraram em "stress" e morreram quando produziam "níveis mais elevados" da beta-sinucleína.

"Mais do que demonstrar a toxicidade da proteína beta-sinucleína, o nosso estudo abre portas a novas perguntas e relembra-nos que há ainda muito a fazer para se compreender a base molecular destas doenças a que chamamos sinucleinopatias", como a doença de Parkinson, assinalou Tiago Outeiro, citado num comunicado hoje divulgado pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa.

O investigador sustenta que "o desenvolvimento de terapias eficazes passa por primeiro entender os mecanismos moleculares que estão na origem da doença", salientando que, "até agora, era sabido que a formação de aglomerados da proteína alfa-sinucleína no cérebro é um aspeto central na doença" de Parkinson.

Os neurónios (células do sistema nervoso) afetados "acabam por morrer, o que dificulta a transmissão de mensagens no cérebro e o controlo do movimento, levando ao aparecimento da doença", precisou, na mesma nota.

Os resultados da investigação foram publicados na revista científica Human Molecular Genetics.

A doença de Parkinson, que não tem cura, afeta os movimentos corporais, conduzindo a tremores, rigidez, instabilidade na postura e a alterações na marcha, descreve a Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson, na sua página na internet.

A patologia aparece quando os neurónios de uma determinada região do cérebro, chamada substância negra, morrem, sendo que, "quando surgem os primeiros sintomas, já há perda de 70 a 80% destas células", adianta a associação.

Segundo o comunicado da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, a doença de Parkinson atinge cerca de 20 mil pessoas em Portugal.

Estudo revela
Problemas financeiros, relacionamentos e pressão social na raiz do problema.

O Natal pode ser um período festivo e que tende a reunir as famílias mas de acordo com um estudo recente feito pela Samaritans, uma ONG britânica, metade dos homens admite sentir-se deprimido ou triste durante a época. A pressão social para que o feriado seja perfeito é uma das causas identificadas, juntamente com a sensação de isolamento, as dificuldades financeiras e os relacionamentos problemáticos.

Os especialistas sugerem que a solidão, a insegurança, a perda de entes queridos, as memórias de infância e a falta de convívios familiares agradáveis são os principais motivos que levam as pessoas a ficarem mais vulneráveis à época festiva. Neste contexto, os homens assumem um lugar de destaque por serem tendencialmente mais fechados e menos crentes nos benefícios terapêuticos.

Portugal é um país particularmente sensível a este problema social. É o segundo da Europa com maior taxa de depressão, logo a seguir a França, e, apesar da elevada prescrição e consumo de fármacos antidepressivos (em 2015, entre janeiro e agosto, foram compradas diariamente 75 mil embalagens de antidepressivos, estabilizadores de humor, tranquilizantes, hipnóticos e sedativos), a taxa de suicídios continua longe de estar controlada – o número de casos tem vindo a aumentar na região Centro e interior Norte e Odemira (Beja) é o concelho europeu com a taxa de ocorrências mais elevada.

Hélder Flor, médico especialista em Medicina Tradicional Chinesa (MTC), lamenta a perspetiva com que a depressão é enquadrada e a lógica linear de abordagem. “Para começar, as depressões são diferentes entre si. Na MTC, partimos sempre pelo diagnóstico, uma vez que a origem do distúrbio é tão importante como o tipo de depressão com que estamos a lidar. De acordo com os princípios milenares da MTC a depressão tem origem em estados de tristeza e stresse emocional que causam estagnação do Qi (chi), energia, no fígado, coração e pulmão, debilitando estes órgãos e desequilibrando-os o que culmina num bloqueio do fluxo de energia interna refletindo-se num mal estar generalizado”, comenta.

Acupuntura é caminho importante para o tratamento
A alternativa tem vindo a ser, cada vez mais, o recurso às terapêuticas tradicionais. De acordo com um estudo da Universidade de Hong Kong publicado no Journal of Alternative and Complementary Medicine, a electroacupuntura reduziu mais rápida e eficazmente os sintomas depressivos comparativamente com a administração de fluoxetina – o fármaco utilizado no Prozac. À segunda semana, os sintomas nas pessoas tratadas através da terapêutica alternativa registaram uma redução mais significativa, repetindo-se a tendência na quarta semana.

Os resultados fazem com que Hélder Flor não compreenda por que é que a Medicina Tradicional Chinesa não é vista como uma das primeiras opções de tratamento pelos pacientes, “quer pela ausência de efeitos negativos, quer pela rapidez do tratamento”. O caminho indicado para a solução passa pela combinação da “acupuntura com a fitoterapia (plantas medicinais), sendo que também se recorre a moxabustão ou a massagem Tui-Na nalgumas situações. "Em todo o caso, sempre sem qualquer efeito secundário e com resultados de que nos orgulhamos”, acrescenta.

O médico especialista em Medicina Tradicional Chinesa reconhece que “os níveis de stresse dos portugueses atingem o máximo por altura do natal, uma vez que as pessoas andam mais ansiosas e sentem uma maior pressão”. Mas o problema não se esgota com o feriado natalício, uma vez que se mantém até à passagem de ano e tende a agravar-se depois disso. “A pessoa sente que não consegue lugar mais contra a dor emocional”, continua.

Para o médico, o quadro poderia ser mais bem controlado se a pessoa se preocupasse com a prevenção: “O grande problema é que em vez disso, o típico português deixa a situação arrastar até estar tão em baixo que não vê qualquer esperança futura quando, na realidade, ela existe e pode ser bastante simples, inclusive nos casos mais graves.”

Governo deu
O ministro da saúde, Adalberto Campos Fernandes, deu luz verde para a construção do hospital do Seixal, disse o presidente da...

"Nas palavras do ministro, o processo vai ser retomado, o projeto de execução vai ser retomado para que possa ser lançado o concurso e posteriormente começada a sua construção", afirmou Joaquim Santos aos jornalistas.

Segundo o autarca, foi manifestada a "intenção de, respeitando a decisão da Assembleia da República, incluir no Orçamento do Estado de 2016 o projeto de execução do hospital do Seixal".

“Aquilo que foi interrompido pelo anterior ministro em 2011 vai ser retomado, o que são excelentes notícias para as nossas populações”, acrescentou.

Estimando que o hospital estará construído em 2019/2010, Joaquim Santos referiu que irá custar cerca de 60 milhões de euros e que será pequeno, uma vez que terá “72 camas apenas”.

Para mostrar que a fatura da obra não vai recair sobre o erário público, o autarca frisou que a população do Seixal paga ao Estado, “só em IRS” (Imposto sobre o Rendimento Singular), 120 milhões de euros por ano.

“Talvez seis meses de IRS da população do Seixal seja suficiente para custear o hospital”, afirmou.

Contudo, esclareceu que a verba para a edificação não vai estar prevista no Orçamento do Estado de 2016, onde constará apenas o montante necessário para se avançar com os projetos para a obra.

O presidente da Câmara do Seixal referiu ainda que faltam na península de Setúbal 1.300 camas hospitalares relativamente à média nacional e cerca de 715 médicos também relativamente à média nacional.

Acompanhado na reunião pelos presidentes das câmaras de Sesimbra e de Almada, o autarca revelou ainda que os três municípios se comprometeram a trabalhar numa solução para ajudar a aliviar a “sobrecarga” que tem o hospital Garcia de Orta, em Almada.

“Ficou estabelecida a criação de um grupo de trabalho para, num curto prazo, podermos estudar soluções complementares que pudessem ajudar a aliviar este problema”, disse Joaquim Santos, acrescentando que o Garcia de Orta foi dimensionado para 150 mil pessoas e serve mais de 450 mil.

No dia 18, o parlamento aprovou, com a abstenção do PSD e do CDS-PP e os pareceres favoráveis das restantes bancadas e do deputado do PAN, dois projetos de resolução - do BE e do PCP - recomendando a construção urgente de um hospital no Seixal.

A unidade está projetada para ser um equipamento de proximidade, vocacionada para os cuidados em ambulatório, com serviço de urgência a funcionar 24 horas, 72 camas, 23 especialidades e unidades de apoio domiciliário e de medicina física e de reabilitação.

O ministro da Saúde recebeu também hoje a presidente da Câmara de Tomar, Anabela Freitas, que pediu a reabertura da medicina interna no hospital da cidade.

“O ministro foi muito sensível aos argumentos que apresentámos não só na reabertura da medicina interna, como de classificação da urgência. Neste momento Tomar tem urgência básica e o que reivindicamos é uma urgência médico-cirúrgica, visto servir concelhos mais populosos do Médio Tejo”, disse a autarca.

Em declarações, Anabela Freitas declarou que o ministro foi também “muito sensível à questão das redes de referenciação”, explicando que a “unidade de Tomar está a referenciar para Lisboa, mas está mais próximo de Coimbra do que de Lisboa”.

“Saio daqui com muita esperança, até porque já tinha falado com o anterior Governo e a motivação é completamente diferente”, concluiu.

Além do concelho de Tomar, o hospital serve os concelhos de Ferreira do Zêzere e Ourém.

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