Dia Mundial da Luta Contra a Sida
Os novos casos de infeção por VIH têm vindo a descer. No entanto, Portugal mantém-se como o terceiro país da União Europeia com...

Da responsabilidade do Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA, o relatório “Infeção por VIH, SIDA e Tuberculose em números – 2015” indica que, em 2014, se registaram 1.220 novos casos de infeção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH).

António Diniz, diretor deste programa reconhece que Portugal está ainda “longe da média europeia”, apesar do progresso alcançado neste último ano.

De acordo com este relatório, em 2014, Portugal “acentuou a tendência de decréscimo do número de novos casos notificados de infeção por VIH”.

“Os dados referentes a 2014, recolhidos até 31 de agosto de 2015, revelam uma diminuição de 17.3%, relativamente a 2013”, pode ler-se no documento.

Em relação ao género, manteve-se “a tendência de ligeiro decréscimo da proporção de casos ocorridos no género feminino”. A verdade é que, em Portugal, continua a predominar a transmissão por via heterossexual, assistindo-se a um acréscimo progressivo nos homens que têm sexo com homens.

Os autores do relatório admitem por isso que “esta evolução esteja a ser influenciada pela proporção progressivamente crescente de casos notificados em homens que têm sexo com outros homens (HSH)”.

Sobre este indicador sublinham que, nos últimos 11 anos, estes números aumentaram quase para metade. 

Quanto aos utilizadores de drogas injetáveis, a taxa de infeção é agora inferior à média europeia.

O responsável do programa avançou com a estimativa de 0,6 por cento de pessoas a viverem infetadas pelo VIH em Portugal, o que totaliza um total de 59.365 cidadãos.

 

Mais casos de VIH em maiores de 50 anos

 

Tendo em conta o aumento da infeção em pessoas com mais de 50 e 65 anos, s autoridades de saúde aconselham todas as pessoas com mais de 18 anos a realizarem o teste ao VIH.

De acordo com o relatório apresentado, mais 25 por cento dos novos casos notificados em 2014 ocorreram em pessoas com 50 ou mais anos de idade e 6,5 por cento em pessoas acima de 65 anos.

De acordo com o diretor do Programa Nacional para a Infeção VIH/Sida, António Diniz, foi possível registar-se um novo aumento da frequência de casos em pessoas com mais de 50 e 65 anos.

Em 2014, registaram-se sete novos casos de VIH em pessoas com mais de 80 anos, 15 entre os 75 e os 79 anos, 19 entre os 70 e os 74 anos e 41 entre os 65 e os 69 anos.

O documento indica ainda que, desde o início da epidemia em Portugal, 74,2 por cento dos casos notificados ocorreram no grupo etário 20-44 anos e 14,6 por cento em pessoas acima dos 49 anos.

Em 2014 voltou a assistir-se uma descida de casos entre os 20-44 anos.

Em termos geográficos, as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto e o Algarve concentraram maioria dos novos casos de VIH, correspondendo a 68,5 por cento dos casos. 

Alertar para a prevenção
No dia 1 de dezembro comemora-se por todo o mundo o Dia Mundial da Luta contra a Sida.

Segundo dados do U.S. Department of Health and Human Services de 2012, existem no mundo 33.4 milhões de pessoas que vivem com VIH/SIDA… é um número que dá que pensar…

O Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) é um vírus que, quando contraído, penetra na corrente sanguínea, reproduzindo-se de imediato no interior dos linfócitos T (ou células CD4), destruindo estas mesmas células. Os linfócitos T são elementos fulcrais no sistema imunitário, dado que são estes que dão informação às restantes células de que há necessidade de “combater” e “proteger” o organismo contra agentes invasores.

A Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (SIDA) é caraterizada por um conjunto de sinais e sintomas de diferentes doenças (Síndrome), causada por um sistema imunitário deficitário (Imunodeficiência) que derivou de um agente externo adquirido, o VIH.

A infeção por VIH decorre em três fases
A infeção por VIH decorre em três fases distintas. A primeira fase dá-se após o contacto com o vírus Nesta fase pode haver manifestação de alguns sintomas, como mononucleose, faringite, mialgias, dor de cabeça, entre outros, ou pode não existir qualquer tipo de sintoma. Este é um período em que o vírus está extremamente ativo na corrente sanguínea, pelo que é uma fase em que o novo portador pode facilmente transmitir o vírus a outra pessoa. A segunda fase compreende-se entre as duas primeiras semanas, após contágio, podendo ir até 20 anos ou mais. Nesta fase a caraterística mais significativa é a ausência de sintomas. Durante este período o indivíduo pode recorrer a tratamento anti-retroviral, o que pode fazer com que se mantenha nesta fase durante várias décadas, sendo baixo, mas possível, o risco de transmissão do vírus. A última fase da doença, a fase conhecida por SIDA, acontece quando o sistema imunológico se encontra muito afetado, havendo maior suscetibilidade de contrair outro tipo de infeções, cancro ou outras doenças oportunistas, sendo o prognóstico, nesta fase, algo reservado.

Existem registos de ocorrência de casos de SIDA em África na primeira metade do século XX, no entanto, apenas se começou a dar a devida importância a esta doença quando se começaram a detetar casos nos chamados países desenvolvidos. Foi na década de 80, do século passado, que as comunidades científicas se começaram a preocupar com a SIDA. Esta doença começou a ser conhecida pela sociedade por ser falada na comunicação social, em especial, por atingir cantores, bailarinos, atores, entre outros. Inicialmente, os casos detetados eram maioritariamente em homens que faziam sexo com homens(1) e em indivíduos que utilizavam drogas injetáveis, pelo que se criou o estigma de que apenas estes indivíduos faziam parte do grupo de risco, no entanto, e dada a nossa atualidade, não são apenas estes os indivíduos de risco.

Os primeiros casos de SIDA foram notificados em Nova Iorque e Los Angeles em 1981, sendo que na Europa os primeiros casos foram notificados em 1987 em hospitais belgas. Os primeiros casos eram predominantemente detetados em indivíduos do sexo masculino, em especial em homens que faziam sexo com homens.

O VIH é um vírus que apenas pode afetar humanos, existindo três formas de transmissão deste mesmo vírus: uma das formas é através do sémen e de fluídos vaginais durante a relação sexual sem uso de preservativo, pode ocorrer também através de contacto sanguíneo, ao partilhar agulhas e seringas, ou através de objetos cortantes contaminados (lâminas de barbear, objetos cirúrgicos, material de manicure, piercing, tatuagens ou material de furar orelhas, agulhas de acupunctura, entre outros), ou então por transmissão mãe/filho, durante a gravidez, no parto ou na amamentação.

No que diz respeito à relação sexual, a transmissão de homem para mulher é mais comum do que de mulher para homem, dado que o sémen é mais virulento do que os fluídos vaginais. Tendo em conta os diferentes tipos de relação sexual, a transmissão do vírus pode ser feita tanto na relação vaginal, como na anal, como na relação oral, sendo que a relação anal é a que traz mais riscos.

Os indivíduos mais suscetíveis a contrair o VIH são aqueles que praticam atividade sexual com múltiplos parceiros sem uso de preservativo, os utilizadores de drogas injetáveis que partilham as suas agulhas, as seringas e o material de preparação de drogas, e os profissionais de saúde pelo permanente contacto com objetos cortantes ou perfurantes que podem estar contaminados, podendo haver acidentes que provoquem a sua transmissão.

O diagnóstico do VIH
O diagnóstico do VIH é feito através de análises ao sangue, podendo ser feito laboratorialmente ou em testes rápidos (existentes em algumas unidades de saúde). O diagnóstico, tendo em conta as fases da infeção por este vírus, pode não ser eficaz nos primeiros dias após o contágio, pelo que deve ser efetuado sempre que necessário, mas no caso de dar negativo e ter havido comportamento de risco deve ser repetido 3 a 4 semanas e 3 meses depois do primeiro teste.

No que diz respeito ao tratamento desta doença, temos ao nosso alcance medicação anti-retroviral que retarda a doença, mas que não cura… Ainda não existe cura para neutralizar o vírus da SIDA!

O VIH em Portugal
Desde 1983 até 2014, foram diagnosticados com infeção por VIH, em Portugal, 53072 indivíduos (72.3% homens e 27.7% mulheres), tendo 28.9% deste indivíduos chegado à fase SIDA. Dos indivíduos diagnosticados no ano de 2014 (1220 indivíduos) 71.2% encontram-se com as idades compreendidas entre os 20 e os 49 anos. Nestes 1220 casos, a categoria de transmissão do vírus é identificada em 60.5% como sendo heterossexual, 31.8% são homens que fazem sexo com homens, 3.9% são utilizadores de drogas injetáveis, e 0.7% são transmissões mãe/filho. A transmissão por via sexual é a mais evidente (92.3%), tendo aumentado, relativamente a anos anteriores, os novos casos em homens que fazem sexo com homens; pelo contrário, os novos casos em utilizadores de drogas injetáveis diminuiu, o que coloca Portugal abaixo (de uma forma positiva) dos valores médios europeus.

Prevenir é o caminho!
- Não partilhe agulhas, seringas, material de preparação de drogas ou materiais cortantes com ninguém!
- Utilize o programa “TROCA DE SERINGAS – Diz não a uma seringa em segunda mão”!
- Se não tiver confiança no local, não faça tatuagens, piercings, aplicação de brincos, acupunctura ou manicure; tente obter sempre informações sobre o local em causa, peça para ver como trocam material entre clientes e onde e como lavam, desinfetam e esterilizam os seus materiais!
- Use SEMPRE PRESERVATIVO! Não confie nas aparências… o seu parceiro, aparentemente saudável, pode ser a sua via de infeção!

(1)Terminologia utilizada atualmente que substitui o termo homossexual.

Bibliografia
- Jacobs, G. & Kerrins, J. (1988). Dossier Sida; Ática: ISBN: 789726170457
- Centers for Disease Control and Prevention HIV/AIDS.  http://www.cdc.gov/
- Direção-Geral da Saúde (novembro de 2015). PORTUGAL - Infeção por VIH, SIDA e Tuberculose em números - 2015. Lisboa: Ministério da Saúde.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Atividade Física
O Inverno é sinónimo de chuva, frio, dias mais curtos e muita preguiça!

É muito frequente que a nossa disposição para calçar os ténis e ir treinar mude assim que o Inverno se aproxima. O resultado? Uns quilinhos a mais, não só porque fazemos menos atividades ao ar livre como passamos a consumir alimentos mais calóricos, deixando e lado a fruta e as saladas.

Por outro lado, instala-se a preguiça – a inimiga número um do exercício físico. Mas saiba que correr, pedalar, praticar aulas de ginástica ou treinos funcionais são ideais para se manter mais motivado e largar o sofá.

No Inverno, com baixas temperaturas, o funcionamento do nosso organismo altera-se. A necessidade de manter a temperatura corporal nos níveis normais faz com que a atividade metabólica e o gasto calórico aumentem – por isso, esta época é ideal para perder peso. No entanto, estas alterações são também responsáveis por nos estimular a comer mais.

A verdade é que, o nosso corpo entende que precisamos gastar menos energia e armazenar mais substratos enérgicos (como gordura) para nos mantermos quentes.

O treino HIIT – para além da corrida e os outros exercícios que já enumeramos) é o mais indicado para esta época do ano, e pode ser realizado três vezes por semana, em dias alternados.

Este é um método de treino de alta intensidade que corresponde a exercícios aeróbicos realizados em máxima intensidade, num curto espaço de tempo, intercalados com momentos de descanso, que garante resultados ao fim de poucas sessões.

Os seus benefícios são muitos, por exemplo:

  1. Facilita a queima de gordura abdominal
  2. Melhora flexibilidade e condicionamento físico
  3. Melhora coordenação motora e equilíbrio
  4. Aumenta resistência

Se ainda assim não está convencido, deixamos-lhe alguns truques para o ajudar a fazer exercício físico no Inverno:

Mude o seu horário
Tente treinar à hora de almoço. Esta é a hora em que a temperatura está mais amena. Além disso, fazer exercício físico durante este período, ajuda-o a recarregar baterias e a tornar-se mais produtivo no trabalho, durante a tarde.

Vá direto para o ginásio
Passar em casa depois do trabalho antes de ir treinar é o pior que pode fazer! Vai acabar por perder a vontade de voltar a sair e não vai conseguir resistir ao sofá. Para contrariar a preguiça, prepare a mala no dia anterior e deixe-a no carro.

Salte da cama!
Se treina de manhã, “salte” da cama assim que o despertador tocar. Quanto mais enrolar mais vontade terá de ficar na molenguice!

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Ajudar as vítimas
Uma em cada três mulheres portuguesas sofre de violência ao longo da vida.

A violência doméstica, atualmente é considerada um flagelo de saúde pública. Esta tem sido alvo de preocupação por várias organizações, nomeadamente pela Organização Mundial de Saúde.

As vítimas de violência, ainda têm medo de denunciar, porque se sentem ameaçadas receando não ter quem as proteja e que o pior aconteça. É necessário denunciar, sinalizar, falar deste assunto. Até quando continuaremos a fingir que não vemos?

O que se passa é que o cidadão comum muitas das vezes não sabe onde pedir ajuda, não sabe o que fazer em caso de agressão e como pode agir de forma segura. Aqui os profissionais de saúde podem ter um papel primordial no apoio, sinalização e encaminhamento das vítimas, como também dos agressores, se encararem esta situação também como um problema da saúde.

Os profissionais de saúde têm um contacto privilegiado, um vez que podem de forma discreta abordar uma possível vítima e/ou agressor, permitindo-lhes o acesso a ajuda especializada.

Qualquer cidadão pode apresentar queixa de forma segura através de uma queixa eletrónica sobre situações (ex. violência doméstica, maus-tratos, tráfico de pessoas, entre outras) que constam na portaria nº1593/2007 de 17 de dezembro. Com o lançamento da queixa eletrónica, o cidadão poderá exercer mais facilmente e comodamente o seu direito de queixa.

Uma em cada três mulheres sofre de violência doméstica em Portugal

Por todo o mundo milhões de mulheres, homens e crianças são vítimas de violência doméstica. Estima-se que a nível mundial, uma em cada quatro mulheres sejam vítimas de violência ao longo das suas vidas. Já a nível nacional, a estatística estima que uma em cada três mulheres sejam vítimas deste tipo de crime.

A Violência doméstica não escolhe, sexo, idade, raça, religião, meio social, nível económico, nem nível de escolaridade... Ou seja, pode atingir qualquer cidadão.

Os maus-tratos por vezes começam com uma “simples bofetada”, com tendência a escalar em termos de intensidade, frequência e perigosidade no tipo de agressões. Importa referir que existem maus-tratos psicológicos, sem a componente física. Mas que nos casos de agressão física está sempre subjacente a agressão psicológica. A violência doméstica também se manifesta por sinais como: controlo financeiro (cada vez mais frequente em idosos); controlo da vida do outro ao ponto de não deixar que a outra pessoa conviva com outras pessoas; controlo do que o outro veste ou faz (violência no namoro ou conjugal), perseguição sistemática, entre outros.

É importante estar consciente que deixar uma relação violenta pode ser difícil, perigoso e demorar tempo. Pode parecer estranho, mas existem diversas razões para uma vítima se manter numa relação violenta. Por exemplo, no caso de vítimas gays ou lésbicas, pode haver receio de denunciar, pelo facto de não quererem expor a sua orientação sexual, ou medo de ser discriminado/a ao se assumir como vítima de violência doméstica, quando procurar ajuda e apoio.

A ilusória esperança de que a situação mude, e o receio de perder a casa, a família…

Outra das situações para a vítima se manter neste ciclo, é o facto de ter esperança que a situação ainda se vá resolver, acreditando que o/a seu/sua parceiro/a irá mudará e deixar de ser violento/a, continuando a investir neste relacionamento (dependência emocional, dificuldade em aceitar que a relação não resultou). Também o facto de não querer deixar a sua casa, os seus pertences, os filhos ou animais de estimação e pelo medo da reação violenta do/a agressor/a se esta abandonar a relação e/ou o lar. A dependência económica ou financeira da vítima em relação ao/à agressor/a, o não querer perder o estatuto social ou económico e a vergonha de que as outras pessoas saibam que é vítima de violência doméstica, faz muitas vezes com que as vítimas não sintam força suficiente para enfrentarem a situação de rutura com o agressor.

Existem Gabinetes de Apoio à Vítima (GAV) de norte a sul do país, que prestam apoio gratuito, tal como os Núcleos de Investigação e de Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE) que dá resposta a vítimas e agressores. Também existem disponíveis linhas de apoio, como é o caso da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) em que os serviços prestados são gratuitos e confidenciais.

A mais recente Lei n.º 121/2015, de 01 de setembro, prevê a indeminização de vítimas de crimes violentos e de violência doméstica.

A ajuda de um amigo/a ou de um familiar pode ser crucial numa fase inicial, uma vez que estes são aqueles que mais facilmente podem identificar alguns sinais de alerta e aconselhar a vítima a pedir ajuda, apoiá-la, ou mesmo denunciar se houver sinais evidentes de violência. Como diz o ditado: não deixe para amanhã que pode fazer hoje, pois amanhã pode ser tarde demais, denuncie!

Links úteis:
Queixa eletrónica:
https://queixaselectronicas.mai.gov.pt
APAV
www.apav.pt

Contactos úteis
APAV (gratuito) - 707200077
Serviço de informação às vítimas de violência doméstica (gratuito) – 800202148
Emergência social (gratuito) – 144

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Investigadores portugueses desenvolvem
Investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) lideram uma equipa internacional que...

Quando os ossos são queimados, "a sua estrutura e dimensão são alteradas, tornando difícil a tarefa de identificar sexo, idade e estatura", explica David Gonçalves, do Centro de Investigação em Antropologia da Saúde (CIAS), acrescentando que, "por exemplo, essas informações podem ser importantes para estabelecer a identificação positiva de uma vítima desconhecida".

O especialista em ossos da UC sabe bem a dificuldade que estes casos levantam e, por isso, colocou o problema a Maria Paula Marques e Luís Batista de Carvalho, da Unidade de I&D "Química-Física Molecular", que utilizam luz e feixes de partículas de alta energia para estudar estruturas biológicas a nível molecular.

A esta equipa juntaram-se mais três investigadores, dois deles do Reino Unido, tendo avançado para um método que usa feixes de neutrões para avaliar as mudanças ocorridas quando os ossos são submetidos a processos de queima.

As designadas técnicas de espectroscopia vibracional fornecem informação impossível de obter por outras vias "com recurso a lasers, feixes de neutrões e radiação de infravermelho, conseguimos avaliar a estrutura submicroscópica do osso, ou seja, ver como compostos seus constituintes estão organizados, permitindo saber, por exemplo, quanto tempo esteve exposto a temperaturas elevadas, que tipo de explosivo foi usado", esclarecem Maria Paula Marques e Luís Batista de Carvalho.

Na prática, os investigadores pretendem obter um "fator de correção das dimensões alteradas por processos de queima, permitindo rapidamente encontrar as características e tamanho originais dos ossos". É como "desqueimar" o esqueleto.

As primeiras experiências realizadas com o feixe de neutrões do Laboratório de Investigação ISIS – Harwell Campus (Science & Technology Facilities Council, Reino Unido) em amostras de ossos humanos indicam que o método é promissor.

As amostras utilizadas são provenientes de ossadas não reclamadas que foram doadas à Coleção de Esqueletos Identificados do Século XXI alojada no Laboratório de Antropologia Forense da Universidade de Coimbra.

Se tudo correr como previsto, dentro de três a quatro anos, cientistas forenses e bioarqueólogos terão ao seu dispor "uma ferramenta fiável, rápida e de baixo custo para avaliar as mudanças ocorridas nos ossos queimados. O problema dos métodos métricos que usamos atualmente para construir o perfil biológico é o seu grau de fiabilidade, que é baixo", observa David Gonçalves.

Apesar de ainda ter muito trabalho pela frente, a equipa está confiante em obter um instrumento de correção pioneiro que terá um forte impacto em múltiplos cenários, "quer em contexto arqueológico quer em contexto forense, nomeadamente em situações de crime, terrorismo e acidente, entre outros".

Especialista aponta
O especialista em qualidade do ar Francisco Ferreira realçou hoje a identificação pela Agência Europeia do Ambiente de dois...

O relatório da Agência Europeia do Ambiente (EEA na sigla em inglês) "identifica dois poluentes acima dos valores limites fixados na legislação, isto é, partículas e dióxido de ozoto", na avenida da Liberdade, em Lisboa, disse à Lusa o investigador do Centro de Investigação em Ambiente e Sustentabilidade (CENSE), da Universidade Nova de Lisboa.

O documento sobre qualidade do ar da EEA, hoje divulgado, refere que, em 2012, a exposição a partículas finas PM2.5, a ozono e a dióxido de azoto originaram 6.190 mortes prematuras em Portugal.

A EEA refere dados de 2013 recolhidos nos Estados membros e analisa as concentrações de partículas inaláveis (PM10) e de PM2.5, ozono e dióxido de azoto, poluentes que podem causar problemas de saúde, cardíacos, respiratórios e cancro e cujas emissões estão sujeitas a regras europeias.

O relatório refere a ultrapassagem dos limites nas partículas "na avenida da Liberdade, em Lisboa, mas sabemos que do ponto de vista legal estes dados não são finais porque, no caso das partículas, há que descontar os chamados eventos naturais, ou seja, a influência de partículas vindas do Saara", explicou.

Quando a análise tem em conta este aspeto, "concluímos que as partículas em 2013 já não foram um problema na avenida da Liberdade, apesar de ficarem muito próximo" do valor limite diário, especificou o especialista.

"Há uma tendência de melhoria das emissões de partículas relacionada com as condições meteorológicas, com a melhoria da frota automóvel e também, no caso de Lisboa, com a implementação da zona de emissões reduzidas", destacou.

A situação apontada relativamente às partículas que "eram uma grande preocupação nos países do sul, com tempo mais seco e períodos de menos vento, e sendo poluente dramático em termos de saúde pública, sem dúvida que é um bom sinal", resumiu Francisco Ferreira.

Quanto ao dióxido de azoto, os dados da EEA mostram que "estamos a melhorar, mas longe de conseguir cumprir os valores limite, nomeadamente o anual", comentou o especialista, apontando que este poluente não atinge um valor elevado apenas em Lisboa, mas "também em algumas estações que no relatório não vêm citadas, porém têm vindo a ser reportadas à escala nacional".

O dióxido de azoto tem vindo a ser referido no seguimento do escândalo do grupo automóvel Volkswagen porque afeta diretamente a saúde pública, além de ter consequências para o ambiente, nomeadamente com as chuvas ácidas.

Quando são tidos em conta os limites da Organização Mundial de Saúde (OMS), "a situação é mais dramática porque estes são mais exigentes, embora não vinculativos, mas deviam ser respeitados" salientou Francisco Ferreira.

Para o investigador do CENSE, "é fundamental" que a Estratégia Nacional para o Ar seja concretizada, já que "o Governo anterior não a chegou a aprovar" e existem vários contenciosos entre o Estado português e a União Europeia nesta área.

Estudo inédito do King’s College London revela
Um novo estudo levado a cabo por uma equipa de cientistas do Instituto de Psiquiatria do King’s College, London conduzida pelo...

Está cientificamente demonstrado que o consumo regular e a longo prazo de canábis aumenta o risco de psicose, sendo que alterações na estrutura e função cerebral predispõem a este tipo de doenças. No entanto, esta investigação cujos resultados foram publicados hoje na prestigiada revista científica “Psychological Medicine”, é a primeira a avaliar o efeito da potência da canábis na estrutura cerebral.

Investigar o impacto cerebral da potência da cannabis é particularmente importante nos dias de hoje, visto que nos últimos dez anos tem-se assistido a um aumento significativo na concentração de Δ9-tetra-hidrocanabinol (THC), a principal substância psicoactiva da planta da cannabis.

Neste estudo foi utilizada uma técnica de Ressonância Magnética chamada DTI (Difusão-Tensão de Imagem) (Diffusion Tensor Imaging - DTI), para examinar alterações cerebrais em 56 doentes com um primeiro surto psicótico bem como em 43 participantes saudáveis.

A equipa de investigadores avaliou especificamente o Corpo Caloso), a estrutura cerebral responsável pela comunicação entre os hemisférios direito e esquerdo. O corpo caloso é particularmente rico em receptores canabinóides, nos quais conteúdo THC da canábis atua, fazendo do corpo caloso uma estrutura particularmente vulnerável à acção da cannabis.

Os resultados mostraram que aqueles que usavam frequente de canábis de alta potência (quer fossem doentes quer voluntários saudáveis) tinham alterações significativas desta estrutura cerebral quando comparado com aqueles que não usavam esta droga.

De acordo com Tiago Reis Marques, Investigador Sénior do Instituto de Psiquiatria de Londres "os resultados deste estudo, ao mostrar que utilizadores de cannabis de alta potência têm lesões cerebrais significativas relativamente aqueles que não a utilizam, deve servir de alerta para a opinião pública, profissionais de saúde mental e decisores políticos sobre o tipo de lesão cerebral que estas drogas podem causar. Nos últimos anos temos vindo a alertar para o facto de se verificar um aumento significativo na potência da cannabis, com variedades muito fortes acessíveis a qualquer consumidor. Assim, quer o tipo de cannabis consumida, quer a sua potencia e frequência devem ser cuidadosamente avaliados o que pode ajudar a quantificar o risco para uma doença mental.

De referir que esta pesquisa foi conduzido no Instituto de Psiquiatria do King´s College, o maior centro de investigação em psiquiatria a nível mundial. 

Agência Europeia do Ambiente
A poluição do ar causou mais de 6.000 mortes prematuras em Portugal, em 2012, e no ano seguinte continuavam a registar-se...

O relatório sobre qualidade do ar da Agência Europeia do Ambiente (EEA, sigla em inglês) hoje divulgado, refere que, em 2012, a exposição a partículas finas PM2.5, a ozono e a dióxido de azoto originaram 6.190 mortes prematuras em Portugal.

O maior número de mortes está associado às partículas finas, com 5.400, e as restantes distribuem-se pelos outros dois poluentes, refere a EEA.

No total dos 28 Estados membros da UE são 432 mil os casos de morte relacionados com PM2.5 e 92 mil nos restantes poluentes, segundo a informação.

O relatório refere-se a dados de 2013 recolhidos nos Estados membros e analisa as concentrações de partículas inaláveis (PM10) e PM2.5, ozono e dióxido de azoto, poluentes que podem causar problemas de saúde, cardíacos, respiratórios e cancro.

A entidade europeia concluiu que nas estações de medição portuguesas há uma situação de ultrapassagem do limite de concentração diária de PM10 em Lisboa, devido ao tráfego automóvel, dois casos de dióxido de azoto a mais, igualmente na capital, e em Braga.

Os valores acima do limite de ozono estavam em Almada, Faro, Lisboa, Setúbal e Vila Franca de Xira.

A EEA não aponta quaisquer casos de concentrações acima do autorizado nas PM2.5.

Alberto González Ortiz, da divisão da qualidade do ar da EEA, disse à agência Lusa que os valores apresentados "são semelhantes àqueles do ano anterior".

"Os portugueses devem preocupar-se sempre com a qualidade do ar que respiram e devem pedir que as concentrações sejam mais baixas porque a contaminação vai provocar sempre danos na saúde", salientou Alberto Ortiz.

Quando a análise tem em conta os valores limite da Organização Mundial de Saúde (OMS), mais exigentes, são mais os pontos do país com situações acima do indicado.

"A maior parte das estações urbanas em Portugal apresentam valores acima dos limites da OMS no PM10, com exceção para Braga e Vila Franca de Xira", referiu o responsável da EEA.

As PM10 resultam principalmente das emissões da indústria, transporte e aquecimento doméstico e podem causar cancro, problemas cardíacos e pulmonares ou arritmias.

Na comparação com o resto da Europa, nas PM10, "Portugal está entre aqueles que têm, concentrações mais baixas, abaixo da média europeia, no lugar 11, embora tenha algumas superações", resumiu.

No caso do ozono, atendendo aos valores OMS, há problemas nas zonas urbanas, Lisboa, Porto e Braga, associados ao tráfego, acrescentou Alberto Ortiz.

"O relatório mostra que muitas cidades continuam a estar expostas a poluentes do ar em níveis inseguros segundo a OMS", salienta a EEA, e acrescenta que os poluentes mais problemáticos são as partículas finas, o ozono e o dióxido de azoto.

Gripe
A instituição privada de solidariedade social Associação de Assistência de São Paulo (AASP) arranca hoje, segunda-feira, com...

Esta campanha decorre no âmbito da Unidade Integrativa para a Pessoa que vivia em Situação de Sem-Abrigo, projeto da AASP, e insere-se na estratégia de vacinação contra a gripe – época 2015/2016.

A iniciativa é dirigida especificamente a esta população e promovida pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, refere um comunicado divulgado na passada sexta-feira.

“Implementada em rede com o apoio de diversas associações, a campanha tem por objetivo minimizar o impacto desta problemática nesta população de risco”, lê-se na nota.

A campanha de vacinação, que se inicia hoje, termina a 05 de dezembro.

Esta iniciativa tem o apoio da Associação Novos Rostos...Novos Desafios (INRND), da Associação VOXLisboa e da Associação Nacional de Tuberculose e Doenças Respiratórias (ANTDR). Serão as equipas de profissionais de Saúde destas associações, “nomeadamente médicos, enfermeiros, estudantes da área e voluntários, que irão assegurar a toma das vacinas à população”.

Vírus do Papiloma Humano
A Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP) recomenda a vacinação contra o Vírus do Papiloma Humano, a título individual, dos...

De acordo com uma atualização das recomendações sobre vacinas extra do Programa Nacional de Vacinação (PNV), elaboradas pela Sociedade de Infeciologia Pediátrica (SIP) da SPP, os jovens adolescentes devem vacinar-se, a título individual, contra o Vírus do Papiloma Humano (HPV),“como forma de prevenir as lesões associadas a este vírus”.

No documento lê-se que que o HPV “é responsável, em todo o mundo e em ambos os sexos, por lesões benignas e neoplasias malignas, com incidência elevada”.

“É hoje considerado o segundo carcinogéneo mais importante, logo a seguir ao tabaco. Está associado a 5% dos cancros, em geral, e a 10% na mulher”, prosseguem os autores.

Segundo a SIP, “os homens encontram-se em risco de desenvolver condilomas genitais, cancros do ânus, do pénis, da cabeça e pescoço e neoplasias intraepiteliais do pénis e ânus”.

Em Portugal, a vacina contra o HPV foi introduzida no Plano Vacinal de Vacinação em outubro 2008, para todas as adolescentes com 13 anos de idade num esquema de três doses. A partir do dia 01 de outubro de 2014, a vacinação em âmbito de PNV passou a ser recomendada para as raparigas entre os 10 e 13 anos de idade num esquema de duas doses.

Tendo em conta que “a carga da doença por HPV é relevante no sexo masculino e não existem rastreios implementados para a prevenção dos cancros associados a HPV”, os especialistas concluíram que “a forma de reduzir individualmente o risco de doença, para além da proteção indireta, é através da vacinação”.

Outra recomendação da SPP vai no sentido da “vacinação de jovens pais e conviventes que desejem reduzir o risco de infeção para si e para os recém-nascidos com quem residem”.

“A vacinação durante o terceiro trimestre da gravidez (entre as 28 e 36 semanas) durante surtos, como o que ocorre atualmente na Europa” e a “vacinação de adolescentes e adultos” são medidas de proteção individual igualmente recomendadas.

Em julho, o diretor-geral da Saúde assumiu que as autoridades estão preocupadas com os casos de tosse convulsa em Portugal, que também tem atividade em outros países europeus, e nos Estados Unidos.

Dados da OMS, citados neste documento, indicam que em 2008 se registaram 16 milhões de casos no mundo e 195 mil mortes em crianças.

“Nos últimos anos tem-se observado um aumento ligeiro do número de casos, embora flutuante”, lê-se no documento que pode ser consultado no site da SPP.

Além destas recomendações a SIP/SPP mantém a recomendação da proteção contra a doença invasiva por N. meningitidis tipo B, nomeadamente “a vacinação das crianças dos dois meses aos dois anos”, podendo também “ser administrada a crianças e adolescentes”.

É também recomendada a vacinação de “crianças e adolescentes com fatores de risco para doença invasiva por N. meningitidis, nomeadamente défices do complemento, asplenia e tratamento com eculizumab”.

“A vacinação pode, ainda, ser considerada em crianças e adolescentes com doença ou tratamento imunossupressores e na prevenção de casos secundários intradomiciliários ou em instituições e para controlo de surtos”.

Para o rotavírus, agente que causa gastrenterite aguda, a SPP mantém “a recomendação de vacinação de todas as crianças saudáveis, reforçando a importância do cumprimento das indicações quanto à idade de vacinação”.

Higiene Oral
A grande maioria da população portuguesa nunca utiliza o fio dentário na sua higiene oral, segundo dados de um estudo nacional...

O III Estudo Nacional de Prevalência das Doenças Orais, a que a agência Lusa teve acesso, foi realizado em cinco grupos etários representativos da população regional e nacional portuguesa, de acordo com critérios recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O uso do fio dentário, recomendado pelos profissionais numa base diária, verifica-se sobretudo nos adultos dos 35 aos 44 anos, grupo onde ainda assim mais de metade diz que não o utiliza.

De acordo com o estudo da DGS, no grupo das crianças de 12 anos, mais de 68% não utiliza fio dentário e apenas 5,9% o usa numa base diária.

Aos 18 anos, 65% dos jovens não tem o hábito de recorrer ao fio dentário, enquanto nos idosos dos 65 aos 74 anos essa percentagem sobre para os 82%.

“Há alguma resistência a usar o fio dentário. Mas é recomendado uma vez por dia, idealmente ao deitar, aquando da escovagem. As crianças, sobretudo a partir dos 8 anos, também o devem usar”, explicou à Lusa Cristina Sousa Ferreira, higienista oral da DGS e uma das investigadoras do estudo nacional.

Quanto à escovagem dos dentes, em relação a estudos anteriores há um aumento de população que indica lavar os dentes pelo menos duas vezes por dia.

O grupo etário com maior percentagem de pessoas que escova os dentes mais de duas vezes diariamente é o dos 18 anos e com níveis mais baixos são os idosos e as crianças de seis anos.

“Estes dados mostram-nos que é necessário um investimento contínuo na prevenção na saúde oral”, sublinhou Cristina Sousa Ferreira.

Estudo
Apenas três por cento dos adultos em Portugal nunca tiveram problemas de cáries dentárias, com a situação a agravar-se nos...

O III Estudo Nacional de Prevalência das Doenças Orais, a que a agência Lusa teve acesso, foi realizado em cinco grupos etários representativos da população regional e nacional portuguesa, de acordo com critérios recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Pela primeira vez foram incluídos grupos etários da população adulta no Estudo Nacional de Prevalência das Doenças Orais, com as crianças, já anteriormente estudadas, a revelarem “melhorias significativas” na sua saúde dentária.

“O grupo dos 35-44 anos é a grande surpresa do estudo nacional. Praticamente todas as pessoas já tiveram contactos com cárie. Só 3% dos adultos em Portugal nunca tiveram problemas de cárie. A partir de uma determinada idade, podemos esperar que todos os portugueses têm ou tiveram problemas relacionados com a saúde dentária”, afirmou em entrevista à agência Lusa o coordenador do Programa da Saúde Oral da Direção-geral da Saúde, Rui Calado.

O estudo identificou uma média de 10,3 dentes com problemas por pessoa, mas concluiu que quase cinco daqueles dentes se encontra já tratados havendo ainda quatro que são dentes perdidos.

“O grande problema é termos um valor muito elevado de dentes perdidos devido a cárie, seguramente porque as pessoas procuram o dentista muito tarde. Mas o acesso a medicina dentária existe e verificou-se, porque dos 10,3 com problemas, só 1,5 estão por tratar”, explicou Rui Calado.

“Aliás, os níveis de adesão, de acesso são novidades para nós. Estávamos à espera de piores níveis de acesso. O que acontece é que as pessoas têm acesso mas procuram os dentistas muito tarde”, acrescentou.

No grupo dos idosos, entre os 65 e os 74 anos, há uma média de 15 dentes doentes por cada pessoa, sendo que 11,5 são dentes já totalmente perdidos, em relação aos quais a única alternativa é a reabilitação através de próteses.

“A única solução é a reabilitação. A forma tem de ser pensada e estudada, porque qualquer conta, por mais ligeira que seja, nos indica que estamos a falar de valores astronómicos, se quisermos fazer uma intervenção pública”, ressalvou o coordenador do Programa de Promoção de Saúde Oral.

Em relação às crianças, a DGS diz ter ficado claro “os ganhos de saúde em função do desenvolvimento do Programa” (que forne os cheques-dentista, entre outras intervenções), com mais de metade das crianças de seis e de 12 anos a estarem totalmente livres de cáries e com todos os dentes saudáveis.

A média de dentes com problemas é de 1,6 nas crianças de seis anos e de 1,2 nas crianças de 12, indicadores que se reduziram para metade quando comparados com o que se encontrou no estudo feito em 2000.

“Temos uma excelente situação de saúde dentária nas crianças até aos 12 anos de idade”, vincou Rui Calado, considerando que a aplicação de selantes promovida pelo Programa de Saúde Oral tem estado a funcionar, bem como os tratamentos realizados através dos cheques-dentista.

O Programa Nacional de Saúde Oral, que tem sido desenvolvido em parceria com a Ordem dos Médicos Dentistas, promove a aplicação de selantes de fissuras em molares permanentes saudáveis em crianças e permite ainda outros tratamentos através de cheques-dentista facultados aos 7, 10, 13 e 15 anos.

BCG
A vacina contra a tuberculose, em falta desde março, deverá chegar a Portugal “a qualquer momento”, uma vez que o Infarmed já...

De acordo com a sub-diretora geral da Saúde Graça Freitas, deverão entrar em Portugal “a qualquer momento” as vacinas que já foram devidamente autorizadas pelo regulador do setor (Infarmed), o que deverá permitir a retoma da vacinação da BCG.

Graça Freitas garantiu que os lotes que chegarão a Portugal “nos próximos dias” serão “suficientes” para vacinar as crianças que nasceram e não receberam na altura a BCG, mas também, e prioritariamente, as que nasçam entretanto.

Devido a estes problemas no abastecimento da BCG, as autoridades estão ainda a estudar uma alternativa ao laboratório Dinamarquês que atualmente fornece a vacina, a qual deverá ser uma empresa japonesa.

Paralelamente a estas negociações, continua em estudo a possibilidade da vacina BCG ser administrada apenas a grupos de risco e não a todas as crianças, como até agora tem sido.

As dificuldades de fornecimento da BCG começaram em março e estão ligadas a problemas com a produção no único laboratório que fabrica a vacina para a Europa, um laboratório público na Dinamarca.

A única vacina BCG que está autorizada em Portugal, e na maioria dos países europeus, é produzida por um laboratório público da Dinamarca, mas, nos últimos anos, o fornecimento da vacina tem sofrido interrupções de duração variável.

Esta vacina tem um prazo de validade mais curto do que as outras vacinas do Programa Nacional de Vacinação, não permitindo armazenamentos de longo prazo.

Técnologia
Uma empresa criada por investigadores da Universidade de Coimbra vai iniciar a comercialização de uma seringa laser, sem...

"O nosso primeiro alvo é a medicina estética", disse à agência Lusa, Gonçalo Sá, da LaserLeap Technologies, adiantando que o novo equipamento não estará acessível ao público, mas sim a profissionais da área da dermoestética, como cirurgiões plásticos, dermatologistas e médicos estéticos.

A seringa laser diferencia-se das seringas de agulhas por ser indolor e não deixar marcas na pele: através do laser, é criada uma onda de pressão que, ao chegar à pele, gera uma "espécie de tremor de terra", deixando-a "durante alguns segundos permeável", o que facilita a aplicação do fármaco, que pode ser aplicado em creme ou gel, explicou o investigador Carlos Serpa, aquando da apresentação do protótipo, no verão de 2012.

Adiantou que o fármaco "surte efeito mais rapidamente, nomeadamente no caso dos analgésicos tópicos".

A nova seringa chega agora ao mercado depois de dois anos de produção do dispositivo e da realização de diversos testes envolvendo médicos e pacientes.

Recentemente, de acordo com Gonçalo Sá, a LaserLeap Technologies assinou um acordo com seis médicos estéticos que vão utilizar a seringa laser num total de 60 pacientes, em tratamentos de rejuvenescimento da pele, nomeadamente para garantir a absorção de ácido hialurónico, substância usada para recuperar rugas e hidratar a pele.

Em 2016, os responsáveis da empresa que começou a ser pensada há oito anos no departamento de Química da Universidade de Coimbra e que está instalada na incubadora de empresas de base tecnológica do Instituto Pedro Nunes, deverão avançar com testes piloto para poderem vir a produzir uma seringa laser que possa ser utilizada na área clínica, concretamente na dermatologia.

Segundo Carlos Sá, os testes visam a utilização de uma seringa laser na promoção da analgesia local e no tratamento da dermatite atópica, doença crónica da pele.

Estudo
Os Ácidos Gordos Trans (AGT), prejudiciais para a saúde, estão hoje menos presentes nos alimentos que os portugueses consomem,...

A conclusão consta dos resultados preliminares de uma avaliação de ácidos gordos trans, gordura saturada e sal em alimentos processados, realizada por investigadores do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).

O PtranSALT visou identificar as principais fontes alimentares de ácidos gordos trans, gordura saturada e sal, tendo analisado 360 amostras adquiridas em grandes superfícies e restaurantes “fast-food” da região da grande Lisboa, entre 2012 e 2015.

Na apresentação dos resultados preliminares do relatório, a bolseira de investigação do INSA Tânia Albuquerque, que participou neste projeto, revelou que se verificou, nos alimentos analisados, ”uma redução efetiva dos teores de AGT”.

Esta descida foi especialmente acentuada em alimentos como línguas de veado (biscoitos), cream crackers, croissants, donuts, bolas de Berlim sem creme ou bolachas maria.

A diminuição destes AGT, que são prejudiciais para a saúde, também foi significativa nas batatas fritas de pacote, nas batatas fritas servidas em lojas de fast food e nas batatas fritas congeladas.

Nos croquetes, rissóis de camarão e chamuças também desceu a presença de AGT.

A propósito destes indicadores, a nutricionista Helena Cid, da multinacional Unilever, que entre outros produtos comercializa margarinas e cremes de barrar, sublinhou que esta diminuição da presença de AGT nos alimentos se deveu ao esforço da indústria que esteve atenta aos malefícios dos mesmos na saúde dos consumidores.

Helena Cid lamentou, contudo, que a legislação em vigor (Regulamento nº 1169/2011, da EU, do Parlamento Europeu e do Conselho de 25 de Outubro de 2011) não permita que seja possível o rótulo dos alimentos conterem informação relativa à presença de AGT.

No final da apresentação, Tânia Albuquerque sublinhou a importância desta diminuição, tendo em conta que o consumo de AGT está associado a doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade e até cancro.

Ressalvando que estes são ainda resultados preliminares, a bolseira defendeu a continuidade da investigação, de modo a que os resultados da mesma possam ser fundamentados com dados de consumo.

Ao nível do sal, os resultados obtidos indicam que alguns alimentos ainda apresentam teores consideravelmente elevados.

Também algumas das amostras analisadas apresentam teores de gordura saturada elevados.

Tânia Albuquerque deu o exemplo de um croissant tipo francês, com manteiga, queijo e fiambre, o qual ultrapassa a dose de referência diária de sal recomendada.

Ao nível da gordura, este alimento apresenta mais de metade da dose de referência diária.

Ao nível dos bolos avaliados, a investigadora referiu o pastel de nata, o queque e a bola de Berlim, sendo o primeiro preferível em relação aos restantes, pois é o que tem menos gordura e o segundo com menos sal, enquanto a bola de Berlim é a que tem mais gordura e sal.

VIH/SIDA
O número de mortes de adolescentes devido à sida triplicou nos últimos 15 anos, segundo um relatório do Fundo da ONU para a...

Segundo o relatório, intitulado Atualização das Estatísticas sobre Crianças Adolescentes e Sida, aquela doença é a “principal causa de morte entre adolescentes em África e a segunda principal causa de morte entre adolescentes no mundo”.

“De entre as populações afetadas pelo VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana), o grupo dos adolescentes é o único no qual os números da mortalidade não estão a diminuir”, refere.

O documento salienta também que a África subsaariana é a “região com maior prevalência” e que as “raparigas são de longe as mais afetadas, representando sete em cada dez novas infeções na faixa que têm entre 15 e 19 anos”.

“É crucial que os jovens seropositivos tenham acesso a tratamento, cuidados e apoio”, afirmou Craig McClure, responsável pelos programas globais da UNICEF para o VIH/Sida.

O relatório revela também que dos “2,6 milhões de crianças menores de 15 anos que vivem com VIH, apenas uma em cada três está a receber tratamento”.

As novas estatísticas demonstram que a maior parte dos adolescentes que morrem de doenças relacionadas com a Sida foram infetados há 10 ou 15 anos.

“Essas crianças sobreviveram até à adolescência, por vezes sem conhecer o seu estado em termos de HIV”, salienta.

Em 2000, refere o documento, foram “evitadas perto de 1.3 milhões de novas infeções em crianças” devido aos avanços realizados na prevenção e transmissão de mãe para filho.

O Dia Mundial de Luta Contra a Sida assinala-se a 01 de dezembro.

Espécies Reativas de Oxigénio
As espécies reativas de oxigénio (Reactive Oxygen Species -ROS) são compostos químicos altamente ins

A produção das ROS nos espermatozoides tem um papel fisiológico. No entanto, quando se verifica uma produção excessiva destas espécies ou quando não funcionam adequadamente os mecanismos antioxidantes aparece uma situação de stress oxidativo que tem repercussões na fertilidade masculina. Aliás, há vários estudos que descrevem o stress oxidativo em espermatozoides como possível causa de infertilidade. Podemos agrupar as ROS em dois grupos:

Radicalares – moléculas que apresentam um electrão desemparelhado sendo extremamente instáveis e reativas. Exemplos: Anião superóxido ( O2.-) ; radicais peroxilo ( ROO.); radical hidroxilo (OH.)

Não radicalares – moléculas de grande reatividade entre as quais se destaca o peróxido de hidrogénio (H2O2)

A produção controlada de espécies reativas de oxigénio pelos espermatozoides tem um papel fisiológico: intervém na capacitação, hiperativação, reação acrossómica, união do espermatozoide à zona pelúcida e fusão com o ovócito. As ROS presentes no sémen são produzidas fundamentalmente por dois tipos de células: os espermatozoides e os leucócitos mas são os leucócitos que constituem a maior fonte de ROS no sémen. Quando ativados em resposta a uma infeção ou inflamação produzem uma grande quantidade de ROS como

mecanismo de destruição de microorganismos. As ROS assumem extrema

importância se a concentração de leucócitos é anormalmente elevada (leucócitoespermia) ou quando se elimina o plasma seminal durante o processamento de sémen em técnicas de reprodução assistida já que se eliminam os antioxidantes. Os espermatozoides humanos podem ser afetados pelo stress oxidativo em vários níveis:

Membrana plasmática -O aumento das ROS conduz a uma perda de fluidez da membrana o que leva a baixas taxas de fecundação;

DNA -As ROS atacam o DNA provocando a sua fragmentação;

Apoptose – a apoptose ocorre de forma normal como mecanismo regulador da espermatogénese. Altos níveis de ROS intensificam a apoptose que se vai manifestar num decréscimo do número de espermatozoides do ejaculado e/ou uma redução da motilidade;

Proteínas -as ROS provocam uma redução na fosforilação de proteínas do axonema conduzindo deste modo a uma diminuição da motilidade, diminuição de enzimas glicolíticas e do ATP intracelular, aumento dos defeitos morfológicos da peça intermédia do espermatozoides e por fim uma perda de viabilidade.

Refira-se ainda que podemos encontrar fontes produtoras de ROS do tipo exógeno. De entre as fontes exógenas podem-se referir as drogas, tabaco e outros contaminantes ambientais. Como forma de neutralizar as ROS produzidas pelos espermatozoides, o plasma seminal contém uma variedade de substâncias antioxidantes que podemos agrupar em dois tipos, enzimáticos e não enzimáticos. As Vitaminas C, E e o ácido úrico assumem um papel preponderante dentro do grupo dos antioxidantes não enzimáticos. Dentro dos enzimáticos, a enzima superóxido dismutase (SOD) é responsável pela catálise da reação do superóxido em oxigénio e peróxido de hidrogénio (menos tóxico que o anião superóxido) constituindo assim uma importante defesa antioxidante.

 

Eng.º João Gonçalves – Laboratório de Andrologia IVI Lisboa 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Consumo de Sal
O consumo excessivo de sal pela população é um dos maiores riscos de Saúde Pública em Portugal.

Sendo as doenças cardiovasculares a principal causa de morte, e a hipertensão o seu principal fator de risco, torna-se imperativo reduzir o consumo de sal às refeições. E é sobre as estratégias, para reduzir este consumo, de que se fala, hoje, no Fórum do Sal, organizado pela Sociedade Portuguesa de Hipertensão.

Os portugueses estão cada vez mais informados sobre os riscos da hipertensão e sobre os malefícios do sal em excesso. No entanto, de acordo com um estudo da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH), apenas um em cada quatro muda os seus hábitos alimentares.

O sal é um mineral constituído por dois elementos: cloro e o sódio, que sendo um nutriente essencial ao organismo, quando consumido em excesso, comporta sérios riscos para a saúde (sendo o principal responsável para o aumento da pressão arterial). Cerca de 10 por cento do sódio ingerido tem origem no conteúdo natural dos alimentos e o restante é proveniente de adição, durante o fabrico de alimentos processados ou na sua confeção.

A Organização Mundial de Saúde recomenda que um adulto consuma apenas 5 gramas diárias de sal (o que corresponde a uma colher de chá rasa) e 3 gramas para as crianças. No entanto, estudos revelam que estamos a consumir mais do dobro do valor recomendado, numa média de 10,7 gramas por dia, o que coloca em sérios riscos a nossa saúde.

Sabe-se ainda que, para além da sua ligação à hipertensão, o sal tem um efeito danoso, independente da pressão arterial, sobre o coração, os vasos, os rins e sobretudo o cérebro.

De acordo com um estudo realizado por investigadores portugueses, ao contrário do que acontece lá fora, onde o sal provêm sobretudo dos alimentos já processados, em Portugal 20% do sal ingerido é sal que as pessoas adicionam na comida e 25% provém do pão, dos enchidos e do queijo.

Por isso em 2010, graças ao trabalho da Sociedade Portuguesa de Hipertensão, foi introduzida uma lei pioneira na Europa, que estabelece limites máximos ao teor do sal no pão, bem como orientações para a rotulagem de alimentos pré-embalados destinados ao consumo humano. 

Neste diploma ficou definido que o máximo permitido para o conteúdo de sal no pão, após confecionado, seja de 1,4 g por 100 g de pão (o que corresponde a 14 g de sal por quilograma de pão ou o correspondente 0,55 g de sódio por 100 g de pão).

Muito embora, o consumo de sal no nosso país ainda está longe de ser o ideal. Por isso, no Fórum do Sal, organizado pela Sociedade Portuguesa de Hipertensão, se pretende identificar linhas de orientação específicas e eficazes para a redução do consumo de sal em Portugal.

“A curto prazo queremos intervir junto dos produtores para que estes reduzam a quantidade de sal que adicionam aos alimentos. A lei que estabelece os limites máximos de teor de sal no pão é um excelente exemplo de como a intervenção junto dos produtores pode ter resultados muito positivos. O pão é dos alimentos mais importantes para os portugueses e esta diminuição que se verificou desde a implementação da lei foi muito bem aceite. Por esta razão acreditamos que a redução da quantidade de sal noutros alimentos pode também ter uma boa aceitação junto da população. Queremos também centrar a redução do sal nos alimentos que são mais consumidos pelos portugueses, estabelecer políticas de incentivos a produtores e vendedores que reduzam a quantidade de sal nos alimentos, assim como uma política de reconversão de impostos para luta contra o sal”, explica Mesquita de Barros, presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão.

Entre os principais temas a ser discutidos está ainda a necessidade do semáforo de cores na rotulagem dos alimentos. A SPH tem vindo a desenvolver esforços no sentido de ver aprovada a lei que estipula que todos os alimentos embalados devem ter um semáforo de cores uniformizado que informa sobre o seu teor de sal.

 “A longo prazo a prioridade é o semáforo de cores para os alimentos embalados. Acreditamos que esta medida iria facilitar as famílias na hora de ir às compras, levando-as a fazer melhores escolhas alimentares. O semáforo incluiria as cores vermelho (muito sal), amarelo (sal moderado) e verde (pouco sal). A intervenção junto das camadas mais jovens é também uma das prioridades devido ao seu elevado potencial de influência junto das famílias. Pretendemos intervir ao nível das políticas de educação nas escolas e na reformulação das dietas nas cantinas”, acrescenta.

 Será também debatida a importância do desenvolvimento de campanhas informativas que esclareçam e definam uma medida standard de sal que facilmente as pessoas possam memorizar e aplicar no seu dia-adia (exemplo: 1 colher de chá rasa = 5 gramas de sal).

 “Uma das grandes batalhas da SPH é continuar a diminuir o consumo de sal em Portugal. Um grande passo já foi dado com a redução de 1,2 gramas no consumo diário de sal, verificada entre 2009 e 2013. Passamos de um consumo diário de 11,4 gramas para 10,2 gramas e associada a essa redução estima-se uma redução da mortalidade por AVC de 12%. Estes são números que nos motivam a continuar o nosso trabalho, embora tenhamos consciência de que ainda há um longo caminho a percorrer”, refere Mesquita de Barros. 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Nutrição
A sopa, pelo seu modo de preparação e pelos seus nutrientes tradicionais, é um alimento com uma impo

Para além de ser de fácil digestão ainda é rica em vitaminas e minerais. Sendo uma poderosa aliada para a saúde mostramos-lhe como retirar o melhor da sopa, sobretudo agora que com o frio até apetece!

A sopa é um prato com tradição milenar. Pensa-se que seja o prato mais antigo do mundo, anterior inclusive ao assado de carnes, pois há indícios dessa refeição antes mesmo da descoberta do fogo.

Em Portugal, a sopa continua a ocupar um ligar de destaque à mesa, estando presente ao longo de todo o ciclo de vida.

Os ingredientes da sopa são muito variados. Habitualmente, uma sopa inclui vegetais, carnes, peixes e/ou mariscos.

Os nutricionistas aconselham, geralmente, a ingestão diária de sopa para um regime alimentar equilibrado.

Os legumes são muito ricos em água, fibras alimentares, vitaminas B e C e sais minerais. O seu conteúdo em gordura e açúcar é baixo o que lhes confere muito baixo valor energético (calorias).

A maior parte das sopas fazem-se com baixos custos, são simples de confecionar simples e tem ainda a vantagem de ser de digestão fácil.

A sopa é uma aliada na perda e no controlo de peso. E é ainda uma forma fácil de assegurar que crianças pequenas e idosos ingerem produtos hortícolas e água.

Como fazer uma sopa de legumes saudável?

A base de uma sopa saudável é extremamente simples:

Água + cebola + alho + curgete + cenoura + azeite + sal e pimenta

Uma sopa saudável deve garantir um equilíbrio nutricional. A esta base pode acrescentar outros legumes de modo a enriquecer a sopa em termos de nutrientes.

Experimente a nossa sugestão: Creme de Brócolos

Ingredientes:

600 g de brócolos 
1 nabo 
1 curgette 
1 cebola 
2 dentes de alho 
7,5 dl de água 
2 colheres de chá de azeite 
1/2 Ramo de salsa 
1 Pitada de noz-moscada 
Sal e pimenta q.b. 

Preparação:

1- Prepare e lave os legumes 
2- Corte-os em pedaços pequenos e coza-os cerca de 12 minutos; 
3- Lave a salsa, retire as folhas e ponha-as a cozer com os legumes; 
4- Reduza a sopa a puré com a varinha mágica; 
5- Tempere com pimenta e noz-moscada.

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Nota: 
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VIH/SIDA
A Europa registou no ano passado mais de 142 mil casos de contágio de VIH (Vírus da Imunodificiência Humana), o que representa...

O aumento de casos foi causado pela subida no leste do continente, onde na última década duplicaram os diagnóstivos de VIH, de acordo com um relatório da OMS Europa e do Centro europeu de prevenção e controlo de doenças (ECDC), com sedes em Copenhaga e Estocolmo, respetivamente.

Na Europa de Leste, a subida do número de casos aconteceu em transmissões heterossexuais, enquanto na UE se deu em relações homossexuais.

"Os diagnósticos de VIH em relações homossexuais cresceu a um ritmo alarmante, de 30% em 2005 para 42% em 2014, com aumento em toda a UE e no Espaço Económico Europeu, à exceção de seis países", alertaram a OMS e a ECDC em comunicado.

No relatório indica-se que dois em cada três novos infetados nasceram na Europa, enquanto que as pessoas oriundas de fora do continente, incluindo migrante, representam outro terço.

Metade dos infetados com VIH na região europeia, composta por 53 países e quase 900 milhões de pessoas, obtem um diagnóstico tardio, o que multiplica riscos de doença, morte e transmissão do vírus.

O elevado número de casos de SIDA (Síndrome de ImunoDeficiência Adquirida) no leste europeu confirma o papel determinante de um diagnóstico tardio, atraso no início da terapia com antiretrovirais e a fraca cobertura de tratamentos.

"Apesar de todos os esforços para combater o VIH este ano a região europeia superou as 142 mil infeções, o número mais elevado registado até agora. É uma preocupação séria", declarou a diretora da OMS Europa, Zsuzsanna Jakab, em comunicado.

Jakab pediu a todos os países europeus medidas para baixar a curva ascendente "de uma vez por todas". A diretora em funções do ECDC, Andrea Ammon, criticou a "resposta ineficaz" da região.

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