Terapias alternativas
O evento realiza-se no próximo dia 23 de janeiro, sábado, no Porto. A entrada é livre e gratuita mediante inscrição prévia.

A Escola de Medicinas Alternativas e Complementares (EMAC), localizada no centro do Porto, começa o ano abrindo as portas à cidade para um evento cheio de novidades.

Depois do sucesso do primeiro Open Day, no qual estiveram presentes mais de 150 participantes, a EMAC vem reforçar a aposta na formação em medicinas alternativas e complementares e na introdução de novas terapias em Portugal.

O evento vai decorrer entre as 10h00 e as 18h00, havendo espaço para mais atividades para os participantes.

Além das palestras, workshops e showcookings de culinária inteligente, este ano a EMAC disponibiliza consultas gratuitas de curta duração, orientadas por formadores da escola.

O Open Day vai começar com uma Aula de Mindfulness - uma nova modalidade de meditação - coordenada pela formadora Joana Cabral Vaz.

Segue-se um showcooking, dedicado aos pequenos-almoços saudáveis, por Ricardo Novais e a manhã termina com uma palestra de Introdução à Naturopatia, lecionada por André Dourado, o diretor e fundador da EMAC.

Durante a tarde vão ser apresentadas algumas terapias ainda desconhecidas em Portugal. É o caso da Risoterapia, apresentada por Nair Silva, e que promete boa disposição e energia positiva.

Há ainda uma palestra sobre Dermato Funcional, pela especialista Cristiane Catusso, onde serão introduzidas novas abordagens no tratamento de alterações no funcionamento do sistema tegumentar (pele). E uma apresentação de Tercaterapia -  uma técnica inovadora popular entre os atletas de alta competição - orientada pelo espanhol Ruben Martinéz, que estará em Portugal apenas para este evento.

O evento termina com um segundo momento de showcooking orientado por Mafalda Rodrigues Almeida, autora do blog Loveat, com receitas de snacks saudáveis; a apresentação dos Florais de Bach, as famosas 38 essências terapêuticas, e um concerto meditativo.

A entrada é livre e gratuita, mediante inscrição prévia e entrega de um donativo alimentício ou monetário para a associação AMURT (Ananda Marga Universal Relief Team), uma organização não-governamental privada fundada na Índia em 1965.

Todos os temas que compõem o programa do evento estarão disponíveis na oferta da EMAC durante este ano.

As formações são destinadas a todos os interessados em Medicinas Alternativas e profissionais de saúde. 

Ministério da Saúde
O presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos solicitou ao Ministério da Saúde uma auditoria a empresas de...

As empresas de subcontratação, na sua maioria, "não cumprem contratos", "apresentam escalas, em alguns casos, sem preencherem todos os turnos" e, mesmo quando devidamente preenchidas, surgem situações em que os médicos escalados "não aparecem nem avisam", disse Carlos Cortes, que defende o regresso da contratação direta pelas unidades de saúde.

A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) vai perceber, junto da Administração Regional de Saúde do Centro, se os médicos faltosos "sabiam que estavam escalados ou se a empresa faz um preenchimento da escala sem acordo dos clínicos", explanou.

Caso se verifique que a responsabilidade das faltas é dos médicos, a Ordem "não hesitará em atuar" junto desses profissionais, sublinhou Carlos Cortes, recordando que os médicos "têm obrigações deontológicas" e que a sua violação pode trazer consequências.

Segundo o presidente da SRCOM, o Ministério da Saúde deve fazer uma "auditoria aprofundada" às empresas de subcontratação, de forma a avaliar se estas têm beneficiado ou prejudicado o Serviço Nacional de Saúde.

"As faltas sistemáticas que existem nas escalas acabam por prejudicar o trabalho na urgência e os doentes", considerou.

Para Carlos Cortes, seria fundamental que se regressasse "à fórmula antiga", em que os hospitais e centros de saúde contratavam diretamente os profissionais.

"As direções clínicas [das unidades de saúde] devem poder voltar a tomar a responsabilidade de escolher os médicos, mediante concurso público", frisou, referindo que está também em causa a desqualificação dos trabalhadores do setor, por as empresas de subcontratação subverterem "o valor do trabalho médico".

O responsável informou que esta é uma situação que se verifica a nível nacional.

Carne de porco
Os suinicultores portugueses vão hoje concentrar-se pelas 19:30 na estação de serviço da A1 em Santarém no sentido Sul/Norte...

Em declarações à Lusa, João Correia, porta-voz dos suinicultores portugueses, explicou que a concentração será em Santarém, pelas 19:30, “na estação de serviço da A1, no sentido Sul-Norte” para mais “uma ação contra a falta de cumprimento da lei da rotulagem da carne de porco”.

"Rotulagem que, em alguns casos, é ignorada e, com a mesma gravidade, o descaramento das contínuas promoções que em nada dignificam o produto em si e que a opinião pública começa a desconfiar de que a carne de porco não tem qualidade, tantas são as promoções feitas à sua volta", são algumas das reclamações dos suinicultores, segundo o porta-voz.

O local onde os suinicultores vão realizar a iniciativa só vai ser decidido durante a concentração na estação de serviço de Santarém, acrescentou João Correia.

No dia 27 de dezembro, cerca de 200 suinicultores realizaram uma ação de sensibilização no talho do Pingo Doce do centro comercial Braga Parque, em Braga, denunciando a falta de rotulagem na carne de porco vendida naquela grande superfície, conforme obriga a lei em Portugal.

Na sequência desse protesto, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), recolheu as embalagens de carne de porco não rotuladas no Pingo Doce do Braga Parque.

Além do incumprimento da lei em alguns estabelecimentos comerciais, João Correia recorda que o suinicultor português perde hoje, em média, 45 euros por porco que vende, ou seja, estão a vender “abaixo do custo de produção”, colocando em causa “200 mil postos de trabalho diretos e mais 200 mil indiretos”.

À ação de sensibilização de hoje dos suinicultores portugueses somam-se mais quatro no mês de dezembro, que decorreram nos dias 05, 13, 17 e 27.

Estão registados em Portugal cerca de quatro mil suinicultores industriais, havendo no total quase 14 mil explorações e Portugal produz cerca de 55% da carne de porco que consome.

Epidemias
O número recorde de casos de dengue e a crescente circulação dos vírus Zika e Chikungunya no Brasil em 2015 representam um...

Especialistas consultados pela Lusa afirmaram que a possibilidade de contaminação durante os Jogos é real, embora acreditem que as medidas adotadas pelo governo para combater o 'aedes aegypti', mosquito que transmite as três doenças, devem diminuir a incidência dos casos.

Para Valcler Rangel, vice-presidente de Meio Ambiente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), não é possível prever a situação epidemiológica do país em agosto.

"Sabermos que no inverno o 'aedes aegypti' se reproduz menos, mas é preciso aumentar a mobilização popular e melhorar o monitoramento dos índices de infetados por dengue, Zika e Chikungunya, dos focos de larvas e mosquitos, para combater essas doenças de modo efetivo", acrescentou aquele responsável da Fiocruz, a mais destacada instituição de ciência e tecnologia em saúde da América Latina e vinculada ao Ministério da Saúde brasileiro.

Rosana Richtmann, médica e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, recordou que no Brasil, como em outros países tropicais, as infeções podem acontecer em qualquer época do ano.

A médica aconselhou os turistas a consultarem a situação das epidemias no Brasil antes de viajar, a munirem-se de repelente, e a optar por vestuário como calças e blusas de manga comprida, evitando a exposição dos pés e o uso de perfume, que atrai o mosquito transmissor.

Falando sobre as medidas de combate às doenças associadas ao 'aedes aegypti', o subsecretário de Vigilância em Saúde do Rio de Janeiro, Alexandre Chieppe, disse à Lusa que o governo tem um Gabinete de Crise no Centro de Comando do Rio.

O governo lançou uma campanha de sensibilização denominada "10 minutos salvam vidas", e informou que vai mobilizar as 92 prefeituras do Estado para fazer a varredura de todos os domicílios cariocas nos próximos 60 dias.

"A probabilidade de uma grande circulação de dengue em 2016 é baixa. A nossa maior preocupação são os vírus Zika e Chikungunya. No caso do Zika estamos muito atentos porque sabemos do risco de microcefalia associado à gestação", afirma.

Sobre o atendimento médico dedicado aos turistas durante as Olimpíadas, o subsecretário citou a existência de um plano de contingência em fase de finalização, que prevê o aumento do número de profissionais nas unidades de saúde.

Chieppe contou que haverá uma mobilização de centros de referência para atendimento fora das instalações olímpicas, entre eles o Hospital Souza Aguiar e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Tijuca, que ficam próximos do estádio do Maracanã. Na zona sul, o Hospital Miguel Couto será a unidade de referência.

Dados da Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Estado de Saúde revelam que foram notificados 69.516 casos suspeitos de dengue no Estado do Rio de Janeiro ao longo de 2015.

Em 2014, foram notificados 7.819 casos suspeitos de dengue no Estado, o que quer dizer que de um ano para outro se verificou um aumento de 889%.

Em todo o Brasil, a epidemia de dengue totalizou 1,59 milhões de casos confirmados até 05 de dezembro de 2015, segundo o Ministério da Saúde.

O governo brasileiro ainda não divulgou os números exatos sobre a Chikungunya e o Zika, mas classificou as epidemias como sendo graves.

A Chikungunya teve mais de 17 mil casos suspeitos e a circulação do Zika foi confirmada em 18 Estados.

Troca de seringas
No ano passado aderiram ao programa troca de seringas 1.450 farmácias de todo o país, mas na prática só 452 é que fizeram essa...

Os dados da Associação Nacional de Farmácias (ANF) dizem respeito a 2015, ano em que foi retomado o programa troca de seringas nas farmácias, que esteve suspenso desde 2012.

Nesse âmbito, do início de janeiro ao final de dezembro, foram disponibilizados 46.037 Kits em 452 Farmácias de todo o país, correspondendo a um total de 92.074 seringas distribuídas pelas Farmácias filiadas da ANF.

No primeiro semestre foram disponibilizados 11.583 kits, número que praticamente triplicou no segundo semestre, chegando aos 34.454 kits distribuídos.

No entanto, as farmácias envolvidas na troca de seringas estão muito aquém do total de estabelecimentos que aderiram ao programa, uma vez que correspondem a menos de um terço.

O Programa de Troca de Seringas nas Farmácias (PTS-F) estava suspenso desde 2012, quando cessou o contrato entre a Associação Nacional de Farmácias (ANF) e o Ministério da Saúde, tendo sido retomado no início de janeiro deste ano.

Durante o período em que o programa esteve suspenso, a troca de seringas foi feita apenas nos centros de saúde e em instituições de solidariedade social.

O reinício do PTS-F ocorreu de forma faseada e cumprindo o calendário da Direcção-Geral da Saúde, tendo começado em janeiro pelo distrito de Setúbal, estendendo-se progressivamente a Lisboa, ao Porto e posteriormente aos restantes distritos do país.

Atualmente, o número de farmácias aderentes ao programa ultrapassa o existente quando o programa cessou: cerca de 1.200 farmácias participantes em 2012.

Ministro da Saúde assegura
O ministro da Saúde assegurou hoje que o atendimento nas urgências, que no final do ano atingiu picos máximos de capacidade de...

"Felizmente nos últimos dias, sobretudo em Lisboa e Vale do Tejo, fruto da transferência de recursos e de doentes, conseguimos estabilizar a situação", afirmou aos jornalistas Adalberto Campos Fernandes, acrescentando que a situação está a ser monitorizada "hora a hora" em conjunto com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT).

No final do ano, alguns hospitais atingiram os máximos da sua capacidade de resposta, neste período de maior afluência devido à gripe, o que levou a tutela a apelar à população para telefonar primeiro para a linha Saúde 24 evitar (808242424) antes de se deslocar ao hospital, para evitar o congestionamento das urgências hospitalares.

O governante falava no final da inauguração da Unidade de Saúde Familiar (USF) Santa Cruz, no concelho de Torres Vedras.

Com o intuito de "tirar as pessoas dos hospitais e trazê-las para junto das suas casas", Adalberto Campos Fernandes tem como objetivo "prosseguir" com a política de abertura de USF.

"Durante os quatro anos da legislatura faremos tudo para que este exemplo se venha a replicar de forma rápida por todo o país para dar ao Serviço Nacional de Saúde o equilíbrio que perdeu nos últimos anos", disse.

Para a criação de USF, é necessário colocar mais médicos, uma vez que " de um milhão de portugueses ainda não têm médico de família."

"Dentro das dificuldades orçamentais desde que a formação médica responda na área da Medicina Familiar, recrutaremos todos os médicos que fizerem falta nas especialidades de que o SNS carece para responder às necessidades da população", referiu.

A USF Santa Cruz vai servir cerca de nove mil utentes das freguesias da Silveira e Ponte do Rol.

Açucar
Os Estados Unidos recomendaram hoje a limitação do consumo de açúcar no novo guia alimentar, mas sem incluir qualquer...

O guia, para os próximos cinco anos, alerta que os homens e os rapazes consomem demasiada carne e ovos e que devem diminuir o consumo daquelas proteínas e aumentar os vegetais.

A recomendação mais concreta está relacionada com a redução da ingestão de açúcares a menos de 10% das calorias diárias.

Aqueles açúcares não incluem os naturais, que se encontram na fruta, mas apenas os que são acrescentados em alimentos e bebidas.

As recomendações norte-americanas não referem qualquer advertência ao consumo de carne vermelha e processada, apesar da advertência feita em outubro de 2015 pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

O guia inclui uma tabela com alimentos com elevada presença de gordura saturada, cujo consumo deve ser limitado, onde estão presentes a carne, incluindo os hambúrgueres.

Outra das novidades do guia para os próximos cincos anos já não inclui a recomendação feita durante anos para limitar o consumo de colesterol a 300 miligramas por dia, menos que a quantidade que têm dois ovos.

Os produtores de ovos estiveram anos contra aquela recomendação.

O atual guia recomenda apenas aos norte-americanos que ingiram pouco colesterol para diminuir o risco de doenças cardíacas.

Boletim da Vigilância Epidemiológica da Gripe
A atividade gripal continuou baixa, na semana de 28 de dezembro a 03 de janeiro, mas com tendência para crescer, revela o...

De acordo com o boletim, publicado semanalmente, às quintas-feiras, a taxa de incidência da síndrome gripal aumentou para 51,4 casos por 100.000 habitantes, o que indica "provável início do período epidémico".

Na semana anterior, de 21 a 27 de dezembro, a taxa de incidência gripal foi de 21,6 casos por 100.000 habitantes.

Segundo o boletim hoje divulgado, referente à semana de 28 de dezembro a 03 de janeiro, foram admitidos dez novos casos de gripe nas 23 unidades hospitalares de cuidados intensivos que reportaram informação.

Cerca de 70% dos pacientes tinham doença crónica subjacente, "considerada de risco para a evolução do quadro de gripe", com a maioria, 80%, a rondar uma idade entre os 15 e os 64 anos.

A taxa estimada de admissão por gripe nas unidades de cuidados intensivos é de 4,4%, a mais alta desde o início da época gripal, tendo sido identificado o vírus A em todos os doentes.

O relatório adianta que a mortalidade observada "por todas as causas" tem valores "de acordo com o esperado".

A época gripal 2015-2016 começou em outubro e termina em maio.

Reunião
No dia 9 de janeiro a Fundação Cupertino Miranda, no Porto, irá acolher uma reunião sobre “Inovação em Contraceção Transdérmica...

 

A avaliação do potencial de um novo mini adesivo contracetivo será o tema principal desta reunião, assim como a apresentação do Estudo das Práticas Contracetivas em Portugal.

 

A reunião contará com a presença de vários especialistas da área da Ginecologia, nomeadamente:

  • Prof. Johannes Bitzer - diretor da Universidade de Ginecologia do Hospital de Basileia, na Suíça, e membro da Sociedade Europeia de Contraceção
  • Dra. Fernanda Águas – presidente SPG
  • Dra. Teresa Bombas – presidente SPDC
  • Dra. Ana Rosa Costa – Hospital S. João
  • Dr. Cláudio Rebelo – Hospital Pedro Hispano
  • Dra. Sofia Ferreira - IMS
Em Lisboa
Equipas estão exaustas, sem enfermeiros suficientes e já deixaram, de admitir doentes novos.

A Unidade de Alcoologia de Lisboa (UAL) internou esta semana os dois últimos utentes com problemas de alcoolismo por não ter recursos humanos suficientes para tratar mais e garantir que terão o acompanhamento adequado. Porém, há cerca de 70 em lista de espera já há três meses, garante um elemento da equipa da UAL. Apesar de os utentes e de a equipa temerem o fecho da unidade, o Ministério da Saúde garante que há medidas em curso e que a equipa terá reforço de dois enfermeiros.

Um grupo de utentes e amigos denunciou os problemas do centro especializado e lançaram um petição contra o encerramento do serviço, lembrando os sucessos no tratamento e na integração das pessoas com a doença do alcoolismo.

Pedro Múrias, um antigo utente, diz que se não houver reforço "a unidade vai fechar. Avançámos com a petição porque sabemos que o projeto devolve a vida às pessoas, que não saem de lá super medicadas e com rótulos. Há 12 anos salvou-me a vida", disse ao Diário de Notícias.

Manuel Cardoso, subdiretor-geral do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) não escondeu a preocupação com a situação da unidade. "Estamos preocupados, porque a capacidade de resposta v ai diminuir. Não conseguimos dar as respostas às pessoas e isso não é aceitável". Esta é a única unidade hospitalar em Lisboa que responde a doentes de todo o País e em especial de Lisboa, sul e ilhas.

A unidade tem tratado mais de 250 pessoas. Responde aos casos mais graves de alcoolismo, que costuma m ser 40% do total e consegue recuperar mais de 30% destes doentes, com um programa de quatro a cinco semanas e que envolve psicoterapia, grupos pós alta e acompanhamento pelo menos durante dois anos.

O Inquérito Nacional d Saúde revelou que um terço dos portugueses têm consumos problemáticos. Portugal está entre os países europeus com maior consumo per capita, com 22,6 litros em 2010.

Os problemas têm longa duração, com a saída de quatro enfermeiros desde 2013 e um quinto na iminência de abandonar a equipa. "Neste momento temos cinco enfermeiros, que têm de "fazer turnos sucessivos para que a resposta seja garantida. Só em novembro fizeram mais de cem horas extraordinárias, que foram autorizadas, com turnos que chegam a 24 horas", refere o mesmo elemento da equipa.

Desde setembro e até agora, "a lista de espera engrossou, havendo 70 pessoas à espera de ser internadas". Numa situação normal, teriam resposta ao fim de um mês, mas já esperam há três." O serviço tem 25 camas para internamento e neste momento "só tem oito ocupadas. Entraram dois utentes esta semana. Mas não vamos admitir mais pessoas até ter a certeza que o problema fica resolvido."

A tutela respondeu ao Diário de Notícias que além da possibilidade de as equipas fazerem horas extras, "o concurso para a contratação de enfermeiros vai ser encerrado em 15 dias e dois desses enfermeiros deverão ser colocados no serviço." Mas a equipa diz que dois enfermeiros "não vão chegar".

Ministro da Saúde assume
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, afirmou que o Serviço Nacional de Saúde precisa de ser reconstruído e que tudo...

“Farei com a minha equipa aquilo que é a minha obrigação, dar tudo para melhorar as condições de vida das pessoas no acesso ao sistema de saúde e espero que daqui a um ano os portugueses estejam mais tranquilos, mais sossegados, mais confiantes, porque é preciso dizer aos portugueses que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem mesmo de ser reconstruído”, afirmou, em entrevista à TVI, o ministro.

“E reconstruir não é só na questão dos incentivos para ter mais profissionais, é reconstruir na confiança que foi fortemente delapidada”, acrescentou Adalberto Campos Ferreira.

Segundo o ministro, que indicou que a sua presença na TVI tinha como objetivo principal “tranquilizar” as pessoas, o Governo tem consciência de que o SNS foi “exposto a uma restrição” que em alguns casos foi necessária e em outros foi excessiva.

“A minha obrigação é assumir o compromisso de que, enquanto responsável político, tudo farei com os meios que tenho ao meu alcance para, com os profissionais de saúde, garantir que a resposta está assegurada. Essa é uma obrigação que tem que ver com uma atitude responsável e de seriedade com as pessoas”, sublinhou.

Questionado sobre o inquérito à morte de um paciente no Hospital de São José em dezembro, vítima de uma hemorragia cerebral resultante de um aneurisma, o ministro reafirmou que se trata de um assunto que está a ser investigado e que não se quer juntar aos que fazem da “situação um caso de apreciação política”.

“Eu acho que tudo o que se tem passado com o Serviço Nacional de Saúde tem leitura política, este caso em concreto e outros casos que estão ligados à desgraça de pessoas, à infelicidade de pessoas, não pode ser centrado no debate político como uma prioridade”, salientou.

Estudo
Uma equipa internacional de cientistas apontou a autofagia celular como um processo de limpeza das células que mostrou ser...

O trabalho, publicado na revista Nature, descreve como a capacidade de regeneração do músculo esquelético depende das suas células-mãe, conhecidas como células-satélite, que se mantêm em estado de repouso (quiescência celular) e se ativam se houver danos nos tecidos.

Em tecidos com pouco movimento, como o músculo esquelético, este estado de quiescência reversível é o normal durante toda a vida.

Contudo, estudos recentes mostraram que, na idade geriátrica, o estado de repouso normal das células-mãe é substituído por um estado de senescência (envelhecimento) irreversível que reduz a quantidade de células-satélite e impede a regeneração dos músculos.

E apesar de os mecanismos responsáveis pela manutenção desta quiescência, a preservação da “bolsa” de células-mãe e a prevenção da senescência durante a vida de uma pessoa continuarem a ser desconhecidos, o estudo revela que a autofagia (mecanismo pelo qual as células se limpam de resíduos tóxicos) desempenha um papel fundamental neste processo.

A investigação, desenvolvida pela chefe da Unidade de Biologia Celular do Departamento de Ciências Experimentais e da Saúde da Universidade Pompeu Fabra, Pura Muñoz-Cánoves, foi feita em ratos de diferentes idades.

O trabalho demonstra que as células-satélite em ratos jovens estão equipadas com mecanismos protetores de controlo de qualidade, como a autofagia, que reprimem ativamente o programa de senescência, preservando a integridade e a capacidade das células.

Segundo o estudo, quando o processo de autofagia falha é quando se inicia o envelhecimento, produzindo-se uma acumulação de resíduos (principalmente proteínas e organelos danificados) no interior das células-mãe que leva à sua senescência e esgotamento.

Para provar esta tese, os investigadores inibiram geneticamente a autofagia em células-satélite de ratos jovens, o que causou a rápida entrada em senescência das células-satélite, fazendo com que a regeneração muscular nestes ratos ocorresse de forma deficiente.

O trabalho demonstra também como o restabelecimento da autofagia reverte a senescência e restaura as funções regenerativas das células-satélite velhas, pelo que se revela como um elemento regulador decisivo na morte de células-mãe e, portanto, como uma possível estratégia para combater a falta de regeneração muscular durante a sarcopenia (perda de massa muscular provocada pelo envelhecimento e pelo sedentarismo).

De acordo com Muñoz-Cánoves, “o trabalho identifica a falha da autofagia como um fator responsável pela perda de capacidade regenerativa das células-mãe musculares em idades avançadas”.

“Posto que os mecanismos de autofagia foram encontrados também desregulados em células musculares humanas geriátricas, estas descobertas abrem as portas à investigação destinada a atenuar a perda de capacidade regenerativa do músculo em pessoas de idade muito avançada, o que conferirá maior independência e qualidade de vida às pessoas mais velhas”, acrescentou.

Organização não-governamental
A organização não-governamental Saúde em Português continua a ser mais reconhecida no estrangeiro do que em Portugal e mesmo em...

A instituição “tem levado o nome de Coimbra e de Portugal a todo o mundo” e esteve “nas grandes catástrofes da humanidade nos últimos 22 anos”, sublinhou o presidente da direção e cofundador da organização, o médico Hernâni Caniço, referindo que, “por vezes, não é muito compreendido como é que uma organização de direitos humanos chega a todo o mundo” a partir de Coimbra.

“Não são palavras, são 22 anos de luta com cerca de 600 mil beneficiários em todo o mundo”, sobretudo no continente africano e particularmente nos países de língua oficial portuguesa (no âmbito dos quais a associação foi criada), salientou o presidente da direção da Saúde em Português, que falava hoje à tarde, numa conferência de imprensa, após a tomada de posse dos corpos gerentes da organização não-governamental (ONG) para o triénio 2015/2018.

“Fomos os primeiros a oferecermo-nos para ir para a Síria e para a Líbia, mas fomos pura e simplesmente ignorados” pelo Estado português, exemplificou o responsável.

Para melhorar a sua capacidade de resposta na região Centro, a Saúde em Português criou uma delegação que abrange os seis distritos do Centro de Portugal, com sede em Viseu, área onde vai desenvolver ações com reclusos e criar um programa que permita fazer chegar médicos de família a localidades do distrito onde ainda não existem estes clínicos.

“O nosso compromisso é manter o espírito de missão”, é “cumprir objetivos solidários” e é “estimular a cidadania, através de parcerias em projetos nacionais e internacionais”, sintetizou Hernâni Caniço, frisando que a organização que dirige está a defender os direitos humanos e não a “fazer caridade”.

Além de Hernâni Caniço, que foi reconduzido no cargo, tomaram posse os restantes elementos da direção e os membros da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal, presididos pelo médico Agostinho Almeida Santos e pela economista Ruth Bacala, respetivamente.

A Saúde em Português não tem “subsídios ou subvenções”, vive em função das quotizações dos associados, de apoios da sociedade civil e dos projetos nacionais e internacionais a que se candidata, através do Estado português, da União Europeia e das Nações Unidas (ONU), disse Agostinho Almeida Santos.

Substâncias psicoativas
O Instituto Nacional de Medicina Legal, a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa e o Instituto Superior de Ciências da...

Em comunicado, o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF) informou que vai participar no projeto europeu, denominado “Identificação e avaliação de novas substâncias psicoativas: uma rede europeia", através do seu Serviço de Química e Toxicologia Forenses.

Coordenado pelo Istituto di Ricerche Farmacologiche Mario Negri (Itália), o projeto decorrerá até 2020.

Os outros parceiros são a Universidade Jaime I (Espanha), o Norwegian Institute for Water Research (Noruega) e o Norwegian Institute for Alcohol and Drug Research (Noruega).

Integrada no “Justice Programme 2014-2020” da Comissão Europeia (CE), a iniciativa conta com um financiamento global de cerca de 860 mil euros, tendo como objetivo "a implementação de uma abordagem analítica e epidemiológica integrada, visando a identificação, avaliação de risco e monitorização do consumo" de novas substâncias psicoativas, adianta na nota o INMLCF, presidido pelo magistrado Francisco Brízida Martins.

Cabe à rede "obter informação sobre esta problemática e apoiar a CE, o European Monitoring Centre for Drugs and Drug Addiction e os 'pontos focais' nacionais na criação de protocolos de boas práticas de prevenção e de uma rede de institutos que, através da análise de amostras de urina e de águas residuais, orientada para a deteção de novas substâncias psicoativas, permita estimar o consumo" destas drogas no espaço europeu.

Universidade Nova
O trabalho de investigação de Elisabete Marques, na área oncológica, que pretende tornar as células cancerígenas menos...

A investigadora da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, Elisabete de Oliveira Marques, recebeu a distinção, que, segundo um comunicado da instituição universitária, “visa reconhecer e incentivar o trabalho das mais promissoras jovens cientistas que desenvolvam a sua pesquisa em instituições portuguesas, com projetos originais no âmbito das ciências da saúde e do ambiente”.

A investigação de Elisabete Marques “tem como objetivo o desenvolvimento de nanopartículas luminescentes biodegradáveis, para descoberta de novos biomarcadores, e para servirem de veículo na libertação controlada de fármacos (Doxorrubicina e a Camptotecina) em células cancerígenas, e assim contribuir para o combate à resistência a quimioterapia convencional”.

Em comunicado, a faculdade destaca o caráter “inovador” do projeto, que “poderá contribuir para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, uma vez que abrange a criação de um dispositivo de tratamento não invasivo (via oral)”.

Recomendações da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia
Com a chegada do inverno e intensificação das baixas temperaturas, a Sociedade Portuguesa de Oftalmo

“Mais do que nunca, o inverno é uma época para ter muita atenção à saúde ocular. As condições do frio desta época do ano podem levar a problemas oculares graves se não forem tratados”, explica Maria João Quadrado, presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO).

Para proteger os olhos no inverno a SPO recomenda:

1. Proteja os olhos dos raios solares - No inverno, tal como no verão, proteja os olhos dos raios UVA e UVB com óculos de sol. A proteção em relação ao sol deve ser constante, sempre que há exposição solar.

2. Cuide da pele em redor dos olhos - A proteção da pele em torno dos olhos é essencial. Recomenda-se a utilização de protetores solares de índice elevado, como Fator de Proteção Solar (FPS) 50 ou superior.

3. Na neve, adote cuidados específicos - É fundamental usar óculos de sol com lentes polarizadas, que diminuem a luz refletida e aumentam o contraste dos objetos, para evitar queimaduras na córnea e na retina. Não recorra a óculos de sol de praia, pois estes são desenvolvidos para serem utilizados em temperaturas quentes e o seu material muitas vezes não resiste ao frio. Se descurar os cuidados com os olhos na neve, a córnea e a conjuntiva - as estruturas mais externas do olho - podem sofrer queimaduras solares e provocar a chamada “cegueira da neve”.

4. Cuidado com lentes de contacto em altitudes altas - O ar das montanhas é mais seco e provoca alguma intolerância às lentes de contacto. Se utiliza lentes é importante que hidrate os olhos 4-5 vezes por dia com lágrimas artificiais.

5. Use uma viseira nos desportos de inverno - Desportos em que haja poeira excessiva no ar podem dificultar a utilização de lentes de contacto. Utilize uma viseira a cobrir os olhos.

6. Atenção a reações pós-cirúrgicas - Algumas cirurgias, como a queratotomia radiaria, que se efetuava para correção da miopia, podem revelar complicações devido à baixa pressão atmosférica das grandes altitudes. Em altitudes acima de 5.000 metros é possível que os pequenos vasos da retina rompam, originando pequenas hemorragias e provocando a retinopatia da altitude. Por norma estas hemorragias são absorvidos entre 2 a 8 semanas após a descida às altitudes normais.

Procure imediatamente um oftalmologista se perceber algum destes sintomas:

  • Olhos vermelhos;
  • Ardor;
  • Sensação de corpo estranho;
  • Visão enevoada.
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Alimentos que vão dar que falar
Se 2015 foi o ano do óleo de coco, este ano o óleo de abacate será uma das principais tendências na

Os óleos à base de fruta têm surgido em força no mercado, nos últimos anos, graças aos seus inúmeros benefícios.

De acordo com o Huffington Post, o óleo de abacate será estrela em 2016.

Rico em vitamina A, D e E o abacate é um excelente aliado no combate aos radicais livres. Tendo uma ação antioxidante ajuda a diminuir os sinais de envelhecimento. Vários estudos têm demonstrado que a ingestão de óleo de abacate pode reduzir o aparecimento de manchas na pele, linhas finas e rugas. Além disso, as vitaminas A e D presentes neste óleo ajudam a promover a produção de colagénio, retardando efetivamente o envelhecimento da pele.

Por outro lado, o óleo de abacate auxilia no processo de emagrecimento, uma vez que contribui para a redução de cortisol – associado ao aumento de compulsão alimentar e da acumulação de gordura na região abdominal.

Constituído ainda por ferro, minerais e ómega 3, 6 e 9, este óleo auxilia na prevenção contra as doenças cardiovasculares, sobretudo, por ser fonte de beta-sitosterol, ácidos gordos insaturados e por possuir um alto teor de ácido oleico, reconhecido por ser uma gordura monoinsaturada que ajuda na redução do mau colesterol.

O beta-sitosterol que se pode encontrar no óleo de abacate é ainda, para além de um aliado da saúde cardiovascular, responsável por outros benefícios.

O seu consumo pode ajudar no tratamento da hipertrofia prostática benigna, por exemplo. Estudos demonstram que os fitosteróis, como é o caso do beta-sitosterol, podem contribuir para a redução do risco de cancro da próstata, uma vez que ajudam a regular os níveis hormonais.

O óleo de abacate ajuda ainda no controlo da diabetes, promove o reforço do sistema imunitário, auxiliando no tratamento de infeções e previne o aparecimento de doenças oculares como as cataratas e a degeneração macular.

Para quem não sabe com utilizar este óleo, ele pode ser consumido puro ou utilizado em diversos molhos para tempero de saladas e legumes.

Quando comparado com outros óleos, o óleo de abacate é mais estável a altas temperaturas, podendo ser utilizado em pratos quentes, como refogados, ou para fritar sem que a sua estrutura química se veja alterada. 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Nos próximos 3 anos
O Governo fixou em dois milhões de euros o montante disponível nos próximos três anos para financiamento a instituições que...

Segundo diplomas dos ministérios da Saúde e das Finanças hoje publicados em Diário da República, a Direção-Geral da Saúde (DGS) deve repartir os dois milhões de euros de apoio financeiro a instituições sem fins lucrativos por três anos: 1,33 milhões este ano, 612 mil euros em 2017 e 56 mil euros no ano seguinte.

A DGS abriu no último dia de dezembro 15 concursos para financiamento às instituições que trabalham com doentes com VIH/sida e que corriam o risco de ficar sem apoio social a partir de janeiro.

Segundo um aviso publicado o site da DGS, as candidaturas aos 15 concursos devem ser submetidas através de uma plataforma eletrónica até às 24:00 de dia 15 deste mês.

Estes concursos pretendem garantir financiamento de projetos no âmbito do Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA para entidades coletivas privadas sem fins lucrativos.

No final de novembro passado foi conhecida a difícil situação das instituições que trabalham com perto de 1.500 doentes com VIH em situação de elevada dependência, que precisam, nomeadamente, de apoio domiciliário ou que estão acamadas em unidades residenciais.

Na altura, o presidente da associação Abraço explicava que oito instituições, com dez projetos, ficavam sem financiamento no final de 2015, já que o programa de financiamento contemplava quatro anos que terminavam este mês.

A situação acabou por ser resolvida após uma reunião com a nova equipa governamental do Ministério da Saúde.

Os dois milhões de euros de apoio fixados pelo Governo são distribuídos pelos vários concursos, com verbas variáveis imputadas a cada um deles, que vão desde os cerca de 50 mil euros até aos 280 mil.

Amoreiras Shopping Center
A cantora Carolina Deslandes, os atores Miguel Guilherme, Miguel Costa e ainda o cantor Fernando Pereira, entre outros, marcam...

A voz é uma parte fundamental da identidade. Com ela é possível ensinar, partilhar, comover e até encantar. Para sensibilizar o público em geral para a importância da saúde da voz, o Hospital CUF Infante Santo e a otorrinolaringologista Maria Caçador, responsável pela Consulta da Voz no hospital, apresentam esta sexta-feira, às 18h00, a exposição “A Voz Humana”, no Amoreiras Shopping Center, na Praça Central, piso 2 (Junto à Livraria Bertrand).

Através de uma experiência multissensorial, a exposição “A Voz Humana” organiza-se em torno de quatro temas centrais: O que é a Voz, Como funciona, As doenças da Voz, Cuidar da Voz. Os principais objetivos desta mostra são a divulgação da voz em todas as suas dimensões, privilegiando os conhecimentos científicos e, em simultâneo, a sensibilização dos visitantes sobre a importância de uma boa saúde da voz para a qualidade de vida.

Destinada a crianças e adultos, “A Voz Humana” é um convite à autodescoberta e a novos hábitos de saúde e vai estar no Amoreiras Shopping Center até dia 24 de Janeiro. Depois do Amoreiras Shopping Center, a exposição irá passar pelo Atrium Saldanha, de 15 a 28 de Fevereiro, e pelo Spacio Shopping, de 1 a 20 de Março.

Veja o que se sabe sobre a rotina cerebral
Durante todo o dia, um relógio faz tique-taque no nosso corpo. Ele acorda-nos de manhã e faz com que possamos dormir de noite....

O relógio circadiano influência até os nossos pensamentos e sentimentos. Psicólogos mediram alguns dos efeitos no cérebro pedindo que pessoas fizessem testes cognitivos em horas diferentes do dia, escreve o Diário Digital.

Constatou-se que o final da manhã é a melhor hora para fazer tarefas como contas aritméticas de cabeça, que exigem a manutenção de várias peças de informação na mente ao mesmo tempo. Mais tarde é a hora de tentar tarefas mais simples, como procurar por uma letra numa página com rabiscos.

Outra pista sobre o relógio nos nossos cérebros vem de pessoas com condições como depressão e transtorno bipolar. Quem tem esses problemas geralmente sente dificuldade para dormir à noite ou sente-se zonzo durante o dia. Algumas pessoas com demência ficam confusas ou agressivas no final do dia.

“Os ciclos de sono e atividade desempenham um papel importante nas doenças psiquiátricas”, afirma Huda Akil, neurocientista da Universidade de Michigan.

Ainda assim, os neurocientistas lutam para entender exatamente como o relógio circadiano afeta as nossas mentes. Afinal, os pesquisadores não podem simplesmente abrir o crânio de um sujeito e monitorizar as suas células cerebrais durante cada período do dia.

Alguns anos atrás, Huda Akil e os seus colegas tiveram uma ideia.

A Universidade da Califórnia em Irvine guarda cérebros doados para a ciência. Alguns dos seus antigos donos morreram de manhã, alguns durante a tarde e outros de noite. Huda e colegas questionavam-se se havia diferenças nos cérebros dependendo da hora do dia em que os seus doadores faleceram.

“Talvez seja uma ideia simples, mas ninguém havia pensado nisso.”

Ela e os seus colegas selecionaram cérebros de 55 pessoas saudáveis cujas causas de morte foram súbitas, como acidentes de viação. De cada cérebro, os pesquisadores fatiaram tecidos de regiões importantes para a aprendizagem, para a memória e para as emoções.

No momento em que cada um morreu, as suas células cerebrais estavam a produzir proteínas de certos genes. Como os cérebros foram preservados rapidamente, os cientistas ainda podiam medir a atividade desses genes na hora da morte.

A maioria dos genes que examinaram não revelou nenhum padrão regular de atividades no curso do dia, mas descobriram que mais de mil deles seguiam um ciclo diário. As pessoas que morreram na mesma hora do dia estavam a produzir os mesmos níveis de proteínas daqueles genes.

Os padrões eram tão consistentes que os genes podiam agir como um marcador de tempo.

“Poderíamos perguntar: 'A que hora do dia essa pessoa morreu?', e daria para apontar, após uma hora, o momento real da morte”, diz Huda.

Ela e os seus colegas então fizeram a mesma análise nos cérebros de 34 pessoas que tiveram depressões fortes antes de morrer. Dessa vez, descobriram que o mesmo marcador de tempo estava bastante fora da ordem.

“Era como se as pessoas estivessem no horário do Japão ou da Alemanha”, conta.

Huda e os seus colegas publicaram os resultados em 2013, inspirando pesquisadores na Escola de Medicina da Universidade de Pittsburg a tentar replicá-los.

“Era uma coisa que antes pensávamos que não poderíamos fazer”, explica a neurocientista Collen A. McClung.

Collen e a sua equipa fizeram uma versão ampliada do estudo, examinando 146 cérebros recolhidos no programa de doações da universidade. Os pesquisadores publicaram os seus resultados no The Proceedings of the National Academy of Sciences.

“Encontramos ritmos muito consistentes. Realmente parece uma foto de onde o cérebro estava na hora da morte”, afirma Collen.

Huda ficou grata que outra equipa de pesquisadores se tenha esforçado para apoiar o seu resultado.

“Existe uma série de coincidências que fazem com que acredite que algo realmente está a acontecer ali”, explica ela.

Mas Collen e os seus colegas também fizeram o que ninguém havia tentado; compararam os padrões da expressão genética do cérebro de jovens e velhos e descobriram diferenças intrigantes.

Os cientistas esperavam encontrar pistas para explicar por que o ciclo circadiano das pessoas mudava à medida que elas envelheciam. “Quando envelhecem, os seus ritmos tendem a deteriorar-se e a adiantar-se”, diz Collen.

Ela descobriu que alguns dos genes que estavam ativos nos ciclos diários fortes em pessoas jovens diminuíram naqueles com mais de 60 anos. É possível que alguns idosos parem de produzir as proteínas nos seus cérebros necessárias para manter os ritmos circadianos.

Para sua surpresa, no entanto, os investigadores também descobriram alguns genes que se tornam ativos nos ciclos diários apenas em pessoas de mais idade.

“Parece que o cérebro pode estar a tentar compensar ligando um relógio extra”, afirma Collen.

Huda imagina que a habilidade do cérebro de forjar um relógio de apoio pode proteger alguns idosos de doenças neurodegenerativas.

“Pode ser a diferença entre a deterioração ou não”, diz ela.

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