Infarmed
Na sequência da rutura de fornecimento do medicamento Pneumo 23, vacina antipneumocócica polissacarídica polivalente, solução...

Medicamento - Pneumo 23, associação, solução injetável em seringa pré-cheia
Titular de AIM - Sanofi Pasteur MSD, S.A.
N.º de Registo - 2828184
Lote - L7162
Prazo de validade - 31-03-2016

As embalagens pertencentes ao referido lote serão acompanhadas de folheto informativo em português e terão o mesmo número de registo, preço e comparticipação do medicamento Pneumo 23 comercializado em Portugal.

Sendo uma autorização de utilização excecional, a prescrição deste medicamento deverá estar reservada aos doentes para os quais se considere imprescindível este tratamento.

Lista E
Ana Rita Cavaco foi a candidata mais votada na eleição de terça-feira para o cargo de bastonário da Ordem dos Enfermeiros para...

De acordo com os novos estatutos da Ordem dos Enfermeiros, "é eleito bastonário o candidato que obtém metade dos votos mais um, validamente expressos, não se considerando como tal os votos em branco". O anterior regulamento eleitoral, que ainda consta da página oficial da Ordem, datado de março de 2015, refere que se consideram vencedoras "as candidaturas que obtiverem a maioria dos votos expressos".

O mapa de apuramento provisório nacional publicado hoje no ‘site’ do organismo indica que mais de 67 mil enfermeiros foram chamados a votar na terça-feira, tendo sido mais votada a candidata que encabeçava a lista E, Ana Rita Cavaco, que venceu também o sufrágio para os órgãos nacionais, com 36,76% dos votos.

A lista E – “Uma Ordem com os enfermeiros” afirma pretender “servir de ponte entre sindicatos e governo para uma remuneração correspondente ao nível da carreira técnica superior e para que se uniformize as 35 horas de trabalho”.

A lista encabeçada por Ana Rita Cavaco propõe-se ainda trabalhar para que volte a existir a categoria de enfermeiro especialista.

De entre as dez listas que se apresentaram às eleições da Ordem dos Enfermeiros, três delas apenas contavam com candidatos às secções regionais, sem nenhum candidato ao cargo de bastonário.

A lista C, liderada por José Carlos Gomes, que tinha como meta descentralizar a ação da Ordem, foi a segunda mais votada para o cargo de bastonário, com 16,06% dos votos, e para os órgãos nacionais, com 15,43%.

A lista de Ana Rita Cavaco foi ainda a mais votada para a Mesa do Colégio de Especialidade em enfermagem comunitária, com 25,48% dos votos, em enfermagem médico-cirúrgica (30,38%), em enfermagem saúde infantil e pediátrica (28,59%) e em enfermagem saúde materna e obstetrícia (25,32%).

A lista C ganhou para o Colégio de Especialidade na enfermagem de reabilitação, com 25,60% dos votos, e na enfermagem de saúde mental e psiquiátrica (22,12%).

De um total de 67.916 votantes, só 16.818 votaram nas eleições de terça-feira, dos quais 6.333 votaram em Ana Rita Cavaco.

Universidade de Vila Real
Um grupo multidisciplinar de alunos da Universidade de Vila Real desenvolveu uma aplicação móvel para ajudar os utentes a...

A aplicação para dispositivos móveis “Health Help” (Ajuda Saúde, em inglês) permite também ao utente/utilizador obter notificações sobre o estado das consultas, análises, levantamento de exames e referências de pagamento, recebendo essas informações em tempo real, disse um dos orientadores do projeto, Paulo Moura Oliveira, citado num comunicado da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

Além disso, a aplicação disponibiliza ainda aos utentes a possibilidade de obter informações sobre o seu estado de saúde atual conseguindo, após uma série de perguntas, classificar de “forma subjetiva” a sua situação clínica, explicou outro dos orientadores, Eduardo Solteiro Pires.

Segundo o grupo de alunos, de Engenharia Biomédica, Engenharia Informática e Economia, a “Health Help” vai “atenuar as problemáticas sentidas” diariamente nos serviços de saúde, através do correto encaminhamento dos pacientes, levando à diminuição do congestionamento hospitalar.

“Aumenta, deste modo, a eficiência destes serviços, proporcionando um melhor e mais rápido atendimento”, frisaram.

Outro dos benefícios apontados pelos estudantes são a “autonomia e a partilha de informação entre hospitais e utentes”, melhorando a qualidade do atendimento.

“Através de estudos recentes, concluímos que grande parte das pessoas que recorrem às urgências o faz por não conseguir ser atendida nos centros de saúde e que, quatro em cada dez pessoas se queixam da demora dos resultados dos exames e do tempo desperdiçado na sala de espera, cujas condições de higiene e conforto desagradam a cerca de um terço dos utentes”, avançaram os alunos.

A aplicação “Health Help” foi apresentada no Angelini University Award 2015, concurso promovido por uma empresa farmacêutica que visa estimular a criatividade e inovação dos estudantes universitários sobre temas específicos da saúde, e selecionada entre os 16 melhores projetos.

Entregue Prémio monetário no valor de 5 mil euros
Sob o tema da Esclerose Múltipla foi lançada a primeira edição do Prémio ‘Melhor Campanha de Comunicação para a Esclerose...

Dos vários trabalhos a concurso apresentados pelos alunos da escola do curso de Relações Públicas e Comunicação Empresarial, o prémio, no valor de 5 mil euros, foi atribuído ao projeto Múltiplas Energias, do Grupo Plus, grupo este que melhor conseguiu apresentar uma campanha integrada de comunicação na área da Esclerose Múltipla (EM) com vista a gerar uma campanha de angariação de fundos.

Os candidatos tiveram como fonte principal de recolha de informações as três associações de doentes existentes, ANEM (Associação Nacional de Esclerose Múltipla), TEM (Todos com Esclerose Múltipla) e SPEM (Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla) que se uniram num projeto comum.

A campanha vencedora será implementada, total ou parcialmente, no decorrer do próximo ano.

Ordem dos Médicos/Norte
O presidente da Ordem dos Médicos/Norte disse que a Casa de Saúde da Boavista, Porto, tem registado “uma quebra acentuada” do...

Em declarações, no final de uma visita à Casa de Saúde da Boavista, Miguel Guimarães considerou tratar-se de uma situação “anormal”, uma vez que “o número de doentes inscritos no Serviço Nacional de Saúde para cirurgia continua elevado, com muitos doentes à espera”.

“Isto significa que ou os hospitais públicos estão a dar saída em tempo correto a todos os doentes que têm que operar ou alguma coisa de estranho se estará a passar”, sublinhou o responsável.

Miguel Guimarães disse ainda que “terá de ser verificado se nos outros hospitais privados na mesma situação, ou seja também inscritos em produção acrescida (doentes operados fora do horário dos médicos e pagos doente a doente) é semelhante”,

A visita realizada à Casa de Saúde da Boavista é a primeira de um conjunto a realizar a outros hospitais privados que visa, entre outros objetivos, avaliar as condições de trabalho dos médicos e o acesso aos meios complementares de diagnóstico e terapêutica e as condições gerais para a formação médica especializada.

“Temos neste momento em Portugal um problema no acesso a vagas de especialidade, nomeadamente nos hospitais públicos, estamos também, por isso, a verificar se existem ou não nestes hospitais condições de idoneidade e capacidade formativa para ajudar a colmatar essas dificuldades”, disse.

A este propósito, o presidente da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos criticou as declarações proferidas segunda-feira pelo reitor da Universidade de Coimbra a propósito dos números clausus em Medicina.

Na sua edição de hoje, o Diário de Coimbra conta que João Gabriel Silva “deu a entender que não é defensor da diminuição dos ‘numerus clausus’ em medicina” como pretendem a Ordem dos Médicos, a Associação Nacional dos Estudantes de Medicina e o núcleo de estudantes de medicina da Universidade de Coimbra.

“Seria muito difícil de explicar à sociedade, quando há tanta gente com vontade de tirar o curso de Medicina com Coimbra que lhe cortamos essa possibilidade”, disse o reitor, considerando que a Universidade de Coimbra “tem a obrigação de criar essa possibilidade e tem de ser capaz de responder a esses anseios” mesmo que “um curso não dê garantias de emprego”.

Questionado, Miguel Guimarães disse que “a universidade não tem de garantir emprego a toda a gente, mas há uma coisa que a universidade tem obrigação de garantir que é a qualidade da formação pré-graduada. E tem que a garantir a todas as áreas da universidade”.

“E, neste momento, porque o numerus clausus é excessivamente elevado, quase todas as escolas médicas tem quase o dobro dos estudantes de medicina que deveriam ter, a realidade é que na fase clínica do ensino médico estes estudantes estão a ser prejudicados, não estão a ter exatamente o ensino que deviam ter porque estão estudantes de medicina a mais nas faculdades”, acrescentou.

Tribunal Europeu dos Direitos do Homem
O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem condenou o Estado português ao pagamento de 39 mil euros por danos morais no caso da...

O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH) considerou que, neste caso, houve violação material e formal do artigo 2 da Convenção dos Direitos do Homem relativo ao direito à vida.

A ação foi intentada no TEDH pela viúva do paciente, Maria Isabel Lopes de Sousa Fernandes, por considerar que houve várias atos de negligência médica após a cirurgia a que o marido foi submetido.

O TEDH considerou que o facto de o paciente ter sido submetido a uma intervenção cirúrgica com risco de contrair meningite infeciosa merecia uma intervenção médica conforme o protocolo médico de vigilância pós-operatória.

Sem pretender especular sobre as hipóteses de sobrevivência do marido de Isabel Lopes de Sousa Fernandes, o TEDH entendeu que a ausência de coordenação entre o serviço de otorrinolaringologia e o serviço de urgências do hospital revelam um serviço hospitalar público disfuncional, privando o paciente da possibilidade de acesso aos serviços de urgência apropriados.

Na deliberação, o TEDH considerou ainda que o sistema jurídico português não funcionou de maneira efetiva, não tendo as averiguações internas conseguido estabelecer o nexo de causalidade entre as doenças contraídas pelo paciente e a cirurgia a que foi submetido.

O tribunal entendeu ainda que o paciente devia ter sido devidamente esclarecido pelos médicos dos riscos inerentes à cirurgia a que se submeteu.

A deliberação foi tomada por um colégio de juízes presidido por Andras Sajó e que integra o português Paulo Pinto de Albuquerque.

As melhores escolhas
Estima-se que 80% da população sofra, ou venha a sofrer, de hemorróidas.

O principal motivo para um número tão elevado de pessoas que sofrem de hemorróidas é a quantidade de fibras ingeridas. Na realidade, de acordo com especialistas do John Hopkins Bayview Medical Centre – hospital de referência norte-americano – no mundo ocidental as pessoas ingerem entre 12 a 15 gramas de fibra por dia. Um valor que fica aquém do recomendado – 25 gramas.

Por isso, para evitar ou aliviar os sintomas é necessário introduzir na sua dieta um maior consumo de fibras, para além da ingestão de líquidos. De acordo com a Mayo Clinic, devemos beber entre seis a oito copos de água e outros líquidos, como o chá, por dia. O que ajudará a amolecer as fezes facilitando a evacuação.

As frutas e os legumes são as principais fontes de antioxidantes, como a vitamina C e o beta-caroteno, que promovem o reforço do sistema imunitário. Mas os seus benefícios são múltiplos.

Estudos mostram que os flavonóides presentes neste tipo de alimentos ajudam a fortalecer os vasos sanguíneos. Por exemplo: ricos em ferro, os mirtilos podem ser um excelente aliado no combate às hemorróidas. O ferro é capaz de restaurar danos nos vasos sanguíneos e aumentar a saúde geral do sistema vascular.

Os figos são ótimos para combater a obstipação uma vez que são uma excelente fonte de magnésio. Para alcançar melhores resultados aconselha-se que os coma sem retirar a pele.

Os espinafres são bons para o trato digestivo. Também eles ricos em magnésio – um nutriente eficaz na limpeza e restauração do intestino.

Para além destes alimentos, outros há que lhe oferecem os mesmos benefícios. São eles: brócolos, cenoura, repolho, maçã, uva ou kiwi, morango e laranja, por exemplo, uma vez que a vitamina C presente nestas frutas ajuda a fortificar as paredes dos vasos sanguíneos e a proteger dos radicais livres que podem enfraquecer ou debilitar a sua resistência.

As leguminosas como o feijão, lentilhas ou grão fornecem quantidades importantes de proteína e micronutrientes, como é o caso das vitaminas do complexo B, ferro e fibras.

Uma chávena de lentilhas cozidas fornece mais de 15g de fibra. O feijão cozido fornece 11g por chávena.

Para aumentar o teor de fibra de pratos comuns experimente, por exemplo, substituir a carne picada ou outras carnes por algumas leguminosas.

Os cereais integrais fornecem, também eles, grandes quantidades de micronutrientes tão importantes como o selénio, proteínas e fibras. Opte pelos cereais em grão ao invés dos refinados, uma vez que contêm mais fibra, essencial para a redução da obstipação. Arroz, quinoa e aveia são grandes aliados.

A aveia, por exemplo, contém rutina, um flavonóide que promove a saúde vascular. Alguns estudos associam a carência desta substância ao aumento de casos de varizes ou hemorróidas. Por outro lado, para além de rica em fibra, a aveia contém oito aminoácidos essenciais na reparação dos tecidos.

Agora que sabe quais os alimentos que deve preferir, saiba os que deve manter longe do seu prato para não agravar os sintomas: carnes com gordura, carnes fumadas, fritos, queijo, leite, manteiga, tomate, mostarda, pimenta, chocolate, café e chá preto.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Investigadora portuguesa defende
Uma investigadora portuguesa alertou para a necessidade de reportar os casos de doenças transmitidas por alimentos contaminados...

"Este é um problema mundial: não há reconhecimento suficiente do impacto na saúde pública de doenças transmitidas por alimentos e o impacto é sempre maior do que normalmente é reportado", disse Sara Monteiro Pires.

Especialista em avaliação de risco em segurança alimentar e saúde pública na Dinamarca, onde trabalha há dez anos, foi uma de 100 especialistas convidados em 2006 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para avaliar a "carga da doença" ('burden of disease') das infeções transmitidas pelos alimentos.

"A OMS estabeleceu este grupo quando reconheceu não existir informação suficiente sobre o impacto na saúde pública das diferentes doenças transmitidas pelos alimentos", e ao mesmo tempo, "para comparar doenças relativamente à incidência e variedade de cada doença", disse a perita sobre o relatório da OMS "Estimativas da Carga Global das Doenças Provocadas por Alimentos", publicado no início do mês.

De acordo com este relatório, uma em cada dez pessoas sofre, todos os anos, de doenças associadas a alimentos. Entre estes doentes, 420.000 morrem, das quais 125.000 são crianças com menos de cinco anos.

"A grande mais valia deste estudo é que, finalmente, a OMS pode dar conselhos, chamar a atenção para prioridades nas diferentes regiões do mundo em relação a doenças de origem alimentar, como por exemplo, quais os agentes que estão a causar mais doenças, em termos de incidência, mortalidade e perda de qualidade de vida e quais as diferenças de região para região", explicou.

Mesmo os sistemas de saúde e vigilância muito desenvolvidos, como o da Dinamarca, ainda não têm capacidade de notificar a maior parte dos casos, disse.

"Só sabemos a ponta icebergue da verdadeira 'carga da doença', ou seja, a maior parte dos que ficam doentes com uma intoxicação alimentar não vai ao médico e, se vai, não faz análises e os agentes da doença não são reconhecidos".

Há imensos passos que falham desde do início da doença, a notificação do caso e a integração nas estatísticas de cada país, o que significa que "na maior parte dos países acaba por não haver informação da 'carga da doença' e não se faz nada para tentar reduzir a doença", acrescentou.

Este estudo da OMS revela que "o impacto [destas doenças] é tremendo em todos os países", sublinhou.

Esse impacto traduz-se "em muitos anos de vida perdidos, ou por morte prematura, ou porque as pessoas ficam incapacitadas".

Este indicador, 'Disability Adjusted Life Year', é usado pela OMS para transmitir os resultados do estudo e "só esta medida permite comparar doenças tão díspares como diarreias ou cancros", disse Sara Monteiro Pires, de 34 anos.

Em Portugal, há um sistema de notificação de doença muito sofisticado e recente, com capacidade para compilar dados e informação associada para cada paciente, afirmou.

"Falta reconhecer a importância das doenças transmitidas pelos alimentos, acima de tudo pela população, mas também pela comunidade médica", sublinhou.

Relativamente aos casos de salmonelose (infeção por salmonela), há menos de 200 casos notificados por ano em Portugal. "Os casos não notificados são mais elevados, o que se traduz num impacto muito maior da doença", explicou.

As autoridades portuguesas "trabalham para reagir no fim da cadeia alimentar e tentar assegurar que o consumidor tem acesso a alimentos seguros e assim se pode reduzir a doença", através da ação da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e de campanhas de sensibilização para cozinhar bem os alimentos.

Na Dinamarca, onde trabalha no Instituto Nacional da Alimentação da Universidade Técnica dinamarquesa, para cada caso de salmonelose reportado, sete ficam por notificar, exemplificou a cientista portuguesa.

Sara Monteiro Pires salientou que, ao contrário de muitas outras doenças com incidência elevada atualmente, como a diabetes e a obesidade, "é possível prevenir as doenças transmitidas por alimentos".

"Esta prevenção exige estratégias de controlo ao longo de toda a cadeia alimentar, desde o prado ao prato. Para definir estas estratégias de segurança alimentar e definir prioridades, é importante saber quais os agentes (bactérias, vírus, parasitas, contaminantes) causam mais doença na população, e quais os alimentos que os transmitem", concluiu.

Estudos revelam
O leite materno pode ser a melhor nutrição para uma criança, mas dois estudos recentes estão a alterar o debate entre amamentar...

Uma pesquisa descobriu que amamentar pode proteger as mulheres de um tipo particularmente cruel de cancro da mama. A outra diz que amamentar pode agir como uma espécie de botão de restart para o metabolismo depois da gravidez, ajudando as mulheres que tiveram diabetes gestacional a evitar que a doença continue.

As descobertas, segundo o Diário Digital, complementam pesquisas anteriores mostrando que mulheres que amamentam têm risco mais baixo de cancro da mama e ovários, de diabetes tipo 2 e de artrite reumatoide. Amamentar também melhora a saúde cardiovascular e deixa a pressão sanguínea mais saudável.

“Só traz benefícios – e é bom para o bebé também”, diz Eleanor Bimla Schwarz, professora de Medicina da Universidade da Califórnia, em Davis. Ela explica a importância da licença de maternidade, afirmando que uma pesquisa anterior mostrou que, se a amamentação fosse quase universal nos EUA, o país poderia eliminar cerca de cinco mil diagnósticos de cancro da mama todos os anos e diminuir o número de ataques cardíacos em 14 mil.

“Serve para todas as mulheres que querem fazer alguma coisa para diminuir o risco de cancro da mama. Temos que ter a certeza de que fará parte do debate.”

A importância da hidratação
Hidratar é palavra de ordem durante todo o ano.

Beber água é fundamental para manter o bom funcionamento do organismo. Para além de manter a pele hidratada, ajuda a evitar o aparecimento de algumas doenças, sobretudo os problemas de rins.

Em particular no Inverno, os especialistas explicam que manter uma boa hidratação ajuda, não só a repor as perdas, como a evitar as doenças típicas da estação, nomeadamente as que dizem respeito às vias respiratórias.

Isto porque a água tem múltiplos benefícios e funções. Ela atua no transporte de nutrientes para as células, ajuda a eliminar as toxinas, regula a temperatura corporal, facilita o processo digestivo e contribui para o aumento das defesas.

A sede é um sinal de que o organismo necessita de repor água rapidamente, no entanto, durante o Inverno, a tendência é de uma menor ingestão de líquidos.

Estudos mostram que a maioria dos grupos etários da população portuguesa apresenta valores de consumo abaixo dos recomendados. Idosos e crianças são os grupos aos quais se deve dar maior atenção, uma vez que, são os mais vulneráveis à desidratação.

Para que assegure o aporte de líquidos de que o seu organismo necessita, tome nota das seguintes dicas, e mude a sua rotina durante esta época:

1. Aumente a ingestão de alimentos ricos em água. A prioridade são os legumes, no entanto, a fruta pode ser uma excelente opção. A laranja, a alface e o pepino são bons exemplos. Note que o pepino é constituído por 95% de água. Por isso aposte em refeições ricas neste tipo de alimentos.

2. Coma sopa. Além de conter água, a sopa pode fornecer outros nutrientes importantes para o bom funcionamento do organismo, como é o caso das vitaminas, minerais e fibras.

3. Aposte nos chás, sobretudo os naturais – camomila, erva-cidreira, hortelã ou tília.

No entanto, não se esqueça que nada substitui a água. Ela continua a ser melhor forma de se manter hidratado. E não caia na desculpa de que vai esperar para ter sede!

Por isso ande, sempre com uma garrafa de água e, caso seja necessário, estipule um horário para beber. Aos poucos, este truque fará com que beber água se torne um hábito.

Se, por outro lado, é um sacrifício beber água por esta não ter sabor, experimente aromatizá-la com o ingrediente que mais gosta, como uma rodela de limão, hortelã, morangos ou gengibre, por exemplo. Pode ser que resulte!

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Nos EUA
Uma nova terapia genética permitiu modificar células de cancro da próstata para que o corpo do paciente possa atacá-las e matá...

A pesquisa identificou um aumento de 20% no índice de sobrevivência de pacientes com cancro da próstata após cinco anos de tratamento, escreve o Diário Digital.

Mas um especialista em cancro consultado pela BBC disse que estudos adicionais são necessários para comprovar a eficácia do tratamento.

O estudo, conduzido por investigadores do Hospital Metodista de Houston, no Texas, parece mostrar que essa “terapia do gene suicida”, combinada com radioterapia, pode ser um tratamento promissor para o cancro da próstata no futuro.

A técnica envolve a modificação genética de células cancerígenas, que passam a emitir um “sinal” para o sistema imunológico para atacá-las.

Em geral, o corpo não reconhece células cancerígenas como inimigas, porque estas desenvolvem-se a partir de células saudáveis comuns. Diferentemente de uma infeção, que motiva a reação do corpo, o sistema imunológico não reage para matar células cancerígenas.

Usando um vírus para transportar a terapia genética até ao tumor, o resultado é que as células se autodestruam, alertando o sistema imunológico do paciente para lançar um ataque em massa.

Em dois grupos de 62 pacientes, um recebeu a terapia genética duas vezes e o outro grupo - todos com uma forma agressiva de cancro da próstata - foi tratado três vezes. Os dois grupos também receberam radioterapia.

As taxas de sobrevivência após cinco anos foram de 97% e 94%, respetivamente. Embora o estudo não tenha empregado grupo de controlo, os pesquisadores dizem que os resultados mostram um avanço de 5% a 20% em relação a estudos anteriores sobre tratamentos de cancro da próstata. Biopsias realizadas dois anos após o estudo deram negativo em 83% e 79% dos pacientes dos dois grupos.

Brian Butler, da equipa do Hospital Metodista de Houston, disse que a descoberta poderá mudar a forma como o cancro de próstata é tratado.

“Poderemos injetar o agente diretamente no tumor e deixar o corpo matar as células cancerosas. Uma vez que o sistema imunológico tenha conhecimento das células malignas, se estas voltarem, o corpo saberá como matá-las.”

Kevin Harrington, professor de imunoterapia oncológica no Instituto para Pesquisa do Cancro, em Londres, disse que os resultados são “muito interessantes”, mas citou a necessidade de mais estudos.

“Podemos precisar de um teste aleatório para mostrar se esse tratamento é melhor do que apenas a radioterapia. Os vírus usados nesse estudo não se reproduzem. A nova geração de terapias virais pode se replicar seletivamente em células cancerígenas - algo que pode matar o cancro de forma direta - e também ajudar a espalhar o vírus para células cancerígenas vizinhas”, afirmou.

Harrington disse ainda que seria “interessante” testar o tratamento com vírus que podem se reproduzir, para verificar se os resultados podem ser ainda mais efetivos.

Desenvolvido no EUA
Cientistas nos Estados Unidos criaram tumores virtuais que podem ajudar a personalizar o tratamento do cancro, prevendo a forma...

Uma parceria conjunta entre investigadores da Universidade de Iowa e uma empresa privada culminou, segundo o Sapo, no desenvolvimento de tumores "virtuais" tratados em computador que são criados a partir de células cancerígenas e genes específicos de um paciente com cancro.

Kim Alan Brogden, do Instituto de Pesquisa Odontológica Dows da Faculdade de Odontologia daquela universidade, refere que os tumores virtuais podem contribuir para personalizar o tratamento do cancro, sendo utilizados para “testar a capacidade de tratamentos com fármacos para tratar a imunossupressão induzida pelas células de cancro no hospedeiro".

Os modelos de simulação de laboratório permitem acompanhar o crescimento de células vivas de cancro com a mesma composição genética e testar a sua resposta à imunoterapia.

Se os resultados se confirmarem, a abordagem poderá promover a medicina personalizada, contribuindo para economizar tempo de tratamento, reduzir custos e melhorar os prognósticos de longo prazo.

Relatório revela
Médicos alertam para excesso de medicação em casos de hiperatividade e défice de atenção, com recurso a substâncias para tratar...

Têm 2 anos ou menos, algumas ainda estão em idade de berço, e são diagnosticadas como crianças hiperativas, com défice de atenção, agressivas ou retraídas. E cada vez mais estão a ser tratadas com anti-psicóticos e outros remédios psiquiátricos habitualmente prescritos a adultos com doenças graves do foro mental. No ano passado, foram vendidas 276 029 embalagens de Metilfenidato (ritalina), mais 30 mil do que em 2013. O medicamento é receitado sobretudo nos hospitais públicos (37%) e em clínicas privadas (39%) a crianças e adolescentes (entre os 5 e os 19 anos) e os números têm vindo a aumentar, sobretudo desde 2010, mostra o relatório do Infarmed.

O recurso crescente a anti-psicóticos - com efeitos sérios no desenvolvimento - e a probabilidade de muitos dos miúdos serem medicados sem necessidade estão a preocupar os médicos. "Estou preocupadíssima com essa tendência, que já é muito expressiva em Portugal. Qualquer dia as crianças são como robôs medicados", disse ao Diário de Notícias a pedopsiquiatra Ana Vasconcelos. Opinião semelhante tem o neuropediatra Nuno Lobo Antunes (ver entrevista), que admite receber muitas crianças "medicadas de forma errada para o problema errado. Especialmente no caso dos neurolépticos" - como o Risperdal, recomendado para a esquizofrenia, mas também usado no tratamento do autismo.

O problema não é um exclusivo de Portugal. Nos EUA, por exemplo, perto de 20 mil receitas para os medicamentos psiquiátricos Risperdal e Seroquel - adequados a tratar doenças crónicas como a esquizofrenia ou a doença bipolar - foram passados a bebés de 2 anos ou menos. Um aumento de 50% relativamente aos 13 mil do ano anterior, segundo a multinacional de marketing farmacêutico IMS Health, citada pelo The New York Times.

Em Portugal, esta realidade está agora a ser estudada. Álvaro Carvalho, diretor do programa nacional para a saúde mental da Direção--Geral da Saúde, adiantou ao Diário de Notícias que "há a presunção de que há um tratamento excessivo de crianças com medicamentos como a ritalina, neste caso do grupo das anfetaminas". E que por essa razão houve necessidade de, há um ano, se criar "um grupo de trabalho sobre prescrição de psicofármacos em idade pediátrica, com o objetivo de termos informações que não sejam apenas dados empíricos". A intenção é fazer normas e guidelines sobre a prescrição de medicamentos nesta área. "O que já sabemos é que há uma grande pressão devido a pedidos de prescrição aos médicos pelos pais, psicólogos ou professores para tratar a hiperatividade." E há um excesso de diagnóstico de crianças quando "se tratam problemas de comportamento", diz. "Apesar de ainda não haver dados, há elementos para nos preocuparmos."

Ana Vasconcelos diz que "muitos destes remédios não estão adaptados a um cérebro em crescimento" como o das crianças. Cada vez mais as patologias dos miúdos têm que ver "com o medo e o stress dos pais", numa sociedade que vive "com mais sofrimento do que prazer. As crianças reagem atacando-nos".

Mais prescrições
Já neste ano, o Infarmed publicou um relatório sobre as vendas de embalagens de medicamentos indicados para a perturbação de hiperatividade com défice de atenção (PHDA), que revela que a cada ano se vende mais embalagens - com mais incidência nos distritos de Viana do Castelo e Viseu, mas também em Lisboa e no Porto - para um problema que afeta 5% a 7% da população. Por norma, são medicados para o défice de atenção e hiperatividade as crianças a partir dos 5 anos. E apenas nos casos em que terapia psicológica, educacional e social não teve resultado, sublinham as indicações do Infarmed.

Mas a tendência em crescimento de receitar psicotrópicos como anti-psicóticos ou antidepressivos a crianças com 2 ou menos anos já é, segundo Ana Vasconcelos, uma realidade no nosso país. "Em Portugal começou a haver muitos pediatras e neuropediatras a tratar problemas como o défice de atenção ou a hiperatividade nas crianças com remédios como a ritalina ou o Risperdal." A especialista prefere uma abordagem diferente, com "um diagnóstico psicopatológico, procuro chegar à causa do comportamento".

Na opinião da pedopsiquiatra, o problema é que estas crianças "ficam inadaptadas". "É muito grave dar medicamentos sem saber o que se está a fazer. Tem de se fazer uma abordagem neurobiológica e estudar o lado cognitivo, afetivo e emocional da criança antes de prescrever remédios que podem não ser adequados à sua realidade", diz a especialista. Caso contrário, "estamos a robotizar crianças, mas não a tratar a situação."

Ritalina e Risperdal mais usados
A ritalina é mais usada em Portugal para tratar o défice de atenção infantil (até 2014 era dos poucos medicamentos comparticipados) e sempre esteve envolvida em polémica. Pensa-se que terá sido criada em 1944 para aumentar a concentração no campo de batalha de soldados nazis. Nos Estados Unidos e no Brasil há registo de casos em que a ritalina é usada ilegalmente sem prescrição médica por estudantes e alguns profissionais para diminuir o cansaço e ajudar no desempenho académico e profissional.

Os dados da IMS Health para os EUA não indicam quantas crianças receberam receitas, visto que muitas delas têm várias prescrições por ano, mas estudos prévios sugerem que terão sido pelo menos dez mil, segundo o artigo do NYT. As receitas para o antidepressivo Prozac ascenderam a 83 mil no grupo etário dos 2 ou menos anos, o que representou um aumento de 23% de prescrições nesta faixa etária, indicam os dados da IMS Health.

No artigo do The New York Times conta-se a história de Andrew Rios, de 4 anos, que tomou o anti-psicótico Risperdal quando tinha 18 meses para tratar crises de agressividade. Depois de começar a tomar a droga, Andrew passou a gritar durante o sono e a interagir com pessoas e objetos invisíveis. A mãe foi pesquisar o medicamento e descobriu que este não estava aprovado e nunca tinha sido estudado para crianças tão novas como o seu filho.

Estudo
Investigadores de Coimbra descobriram que uma proteína pode mediar a entrega de fármacos que matam as células tumorais no...

Uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra (UC), através do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) das faculdades de Farmácia e de Medicina e da empresa biotecnológica TREAT U, descobriu que “uma proteína sinalizadora pode mediar a entrega de uma combinação de fármacos que matam 100% das células tumorais, no cancro da mama triplo negativo”, afirma a UC numa nota divulgada.

O cancro da mama triplo negativo é um subtipo de cancro ainda sem tratamento direcionado.

“A eficácia da estratégia reside na capacidade da proteína sinalizadora, nucleolina, de identificar as células tumorais estaminais, que se crê estarem envolvidas na resistência à quimioterapia”, refere a UC.

“Foi demonstrado que a forte presença de nucleolina em diferentes tipos de células de mama cancerígenas facilita a entrega direcionada de uma combinação de fármacos, encapsulada em nanopartículas, proporcionando 100% de morte celular, como se provou neste estudo laboratorial não aplicado em humanos”, explica João Nuno Moreira, líder do estudo já publicado na revista científica Biomaterials.

“A descoberta sugere que a presença da nucleolina em células estaminais de cancro da mama poderá indicar quais se apresentam altamente tumorigénicas”, esclarece Nuno Fonseca, primeiro autor do artigo.

Vários estudos em cancro da mama sugerem que “as células estaminais cancerígenas desempenham um papel relevante no crescimento tumoral, metastização, recorrência e resistência aos tratamentos com quimioterapia”.

As características descritas fazem das células estaminais cancerígenas “alvos terapêuticos relevantes, algo que foi confirmado nesta investigação”, adianta a UC.

O trabalho propõe que terapias futuras, especificamente direcionadas para a nucleolina, e permitindo atacar diferentes subpopulações celulares do microambiente tumoral, poderão ser a base de desenvolvimento de um tratamento específico para o cancro da mama triplo negativo.

Inquérito conclui
Quase todos os portugueses querem mais investimento no cancro, mas metade não está disponível para descontar mais e, se...

As conclusões constam de um inquérito realizado em novembro pela GFK junto de mais de 1.200 portugueses para avaliar as perceções dos portugueses sobre o cancro, que será apresentado hoje no âmbito do 3º Think Tank Inovar Saúde – “Cancro 2010: Velhos e Novos desafios”.

Sobre o financiamento das doenças oncológicas, 59% dos portugueses têm a perceção de que na área da saúde é o cancro que recebe maior investimento e concordam que esta deve ser a prioridade: 84% defendem mais investimento e 74% consideram que as verbas existentes para a oncologia são “insuficientes”.

Nessa medida, foram questionados sobre a possibilidade de descontarem mais para essa área e metade recusou, alegando que tem “pouco dinheiro disponível” (49%) ou que já desconta muito (41%).

Apenas um terço admitiu poder pagar mais para o cancro, mas, destes, só 15% se mostrou “muito disponível” para descontos adicionais, apresentando como prioridade “ajudar os doentes”.

Na eventualidade de terem mesmo que descontar um valor adicional para oncologia, a maioria defendeu que esse dinheiro servisse como uma espécie de fundo pessoal, em que o dinheiro fosse aplicado no próprio tratamento, em caso de desenvolver a doença.

As outras hipóteses de investimento defendidas foram a modernização das instalações e equipamentos atuais, o aumento do número de médicos nos departamentos de oncologia, mais recursos para acelerar a introdução de tratamentos inovadores e para a investigação.

O estudo demonstra que o investimento no cancro é considerado prioritário pelos portugueses, por ser a doença mais temida (71%), à frente das doenças cardiovasculares, que são as que efetivamente mais matam em Portugal.

As elevadas taxas de prevalência e mortalidade, bem como o caráter “cego” da doença, são as razões que contribuem para esta perceção e também para a vontade manifestada pelos inquiridos de saberem mais sobre prevenção (69%), sintomas (51%) e tipos de tratamento (47%).

No que diz respeito ao tratamento do cancro e ao acesso a cuidados de saúde, o estudo demonstra que os portugueses consideram que o setor privado é globalmente melhor do que o público.

No entanto, dos 25% dos inquiridos que tiveram cancro ou acompanharam uma pessoa com a doença, 86% foram seguidos exclusivamente no serviço público e apenas cinco no privado.

O principal motivo para escolha do hospital publico foi a falta de dinheiro para o privado, enquanto quem escolhe o privado alega sobretudo a rapidez do serviço.

Ainda assim, há a perceção de que existe qualidade no serviço público (em particular no que respeita às competências dos médicos), mesmo que, ponto por ponto, o privado tenha uma melhor prestação do que o público na avaliação que é feita pelos portugueses que responderam ao inquérito.

Estudo
Mais de metade dos portugueses defendem maior participação da sociedade nas decisões públicas sobre cancro, mas apenas um terço...

Com base num inquérito realizado em novembro pela GFK junto de mais de 1.200 portugueses, o estudo, que será hoje divulgado no Think Tank Inovar Saúde, pretendeu avaliar as perceções dos portugueses sobre o cancro e revelou que 52% acreditam que a sociedade deve ter um papel mais ativo nas decisões públicas sobre cancro.

Os portugueses consideram ainda que são pouco ouvidos em questões de saúde e em particular sobre o cancro: apenas 10% responderam que “os cidadãos são muito ouvidos”, enquanto 23,8% consideram que são “medianamente ouvidos” e 55% que “não são, de todo, ouvidos”.

No entanto, quando questionados sobre a sua disponibilidade para ter um papel mais ativo na tomada de decisões, apenas um terço se mostrou pessoalmente disponível.

Entre as formas de participação possível, quem respondeu ao inquérito apontou a possibilidade de dar a sua opinião e de ser ouvido, ter maior acesso a informação e ter uma postura mais ativa.

O mesmo estudo mostra que apenas um terço dos portugueses gostaria de participar de forma mais ativa na distribuição do orçamento para a saúde, os restantes dois terços admitem não ter conhecimentos suficientes para o fazer.

Quando questionados concretamente sobre como gostariam de participar, o caminho passa por uma maior representatividade dos cidadãos.

A possibilidade mais escolhida foi a da constituição de grupos públicos de defesa, logo seguida pela criação de um “provedor do doente com cancro” e de um reforço do poder das associações de doentes.

Os inquiridos defendem também mais consultas públicas relacionadas com decisões na área da saúde.

Estas conclusões vão ao encontro das do grupo de peritos convidados pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) para tentar identificar “os velhos e novos desafios” do cancro.

O estudo da ENSP considera que é necessária mais participação dos cidadãos nas decisões públicas sobre doenças oncológicas, mas reconhece que para isso é necessário disponibilizar-lhes mais informação e formação adequada.

Especialistas concluem
Uma maior participação dos cidadãos nas decisões públicas sobre cancro, a criação de uma rede de referenciação oncológica e um...

Estas são as principais conclusões de um grupo de especialistas que a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) reúne no 3º Think Tank – “Cancro 2020: Velhos e Novos Desafios”.

Os peritos defendem mais participação da sociedade nos diferentes momentos de decisão, mas sublinham que para isso é necessário disponibilizar aos cidadãos mais informação “em linguagem percetível” e formação adequada.

O envolvimento das autarquias como mediadoras da participação do cidadão e a capacitação das organizações e das pessoas para trabalharem em conjunto são igualmente recomendados.

No que respeita às áreas do financiamento e da inovação, os especialistas consideram fundamental desenvolver “modelos de financiamento holísticos e prospetivos”, anualmente revistos, que antecipem a evolução tecnológica e demográfica.

O grupo do Think Tank defende também a aplicação referendada do princípio de consignação da receita dos impostos, uma linha de financiamento da inovação em oncologia diferenciada de acordo com o peso da doença, a contratualização de orçamentos hospitalares plurianuais, que acomodem entrada de novas tecnologias, e um modelo de financiamento baseado em resultados e na valorização de atos específicos.

Relativamente ao acesso a tratamentos e cuidados de saúde, o estudo da ENSP aponta a necessidade de uma “rede de referenciação de modelo matricial e colaborativo”, que passe por um plano oncológico nacional com metas definidas, auditorias clínicas, organizacionais e financeiras, uma unidade de missão e padronização do fluxo do doente e uma base de dados única para o doente oncológico, desde o diagnóstico.

Em Lisboa
Uma investigação na área da malária e outra na área da retinopatia diabética são as vencedoras deste ano dos prémios Pfizer de...

O prémio Pfizer 2015 de Investigação Básica vai ser atribuído a investigadores do Instituto Gulbenkian de Ciência que descobriram que uma bactéria benéfica do intestino produz açúcar que gera uma resposta de defesa natural do organismo contra a transmissão da malária.

A investigação, liderada por Miguel Soares, veio demonstrar a existência de uma resposta imunitária, “induzida por componentes imunogénicos da microflora intestinal”, que confere proteção contra a infeção por ‘Plasmodium’, o parasita da malária.

Esta resposta imune pode ser usada em potenciais vacinas contra a doença.

Os investigadores lembram que a mortalidade associada à malária tem decrescido também através de fármacos eficazes, mas ressalvam que o parasita tem uma capacidade inerente de se tornar refratário a drogas antimaláricas, o que vem “realçar a necessidade de desenvolvimento de uma vacina eficiente”.

O prémio Pfizer de Investigação Clínica vai ser atribuído a um trabalho sobre retinopatia diabética do AIBILI – Associação para a Investigação Biomédica e Inovação em Luz e Imagem.

A retinopatia diabética e das doenças vasculares da retina são das causas mais frequentes de perda de visão e têm uma relação direta com a alteração da barreira hemato-retiniana, um sistema essencial de proteção da retina.

O trabalho agora premiado apresenta um novo método de quantificar as alterações daquela barreira em que é usado um método não invasivo.

Atualmente, a monotorização da barreira hemato-retiniana faz-se através de uma angiografia que obriga à injeção de um corante, a fluoresceína, que tem riscos e pode causar reações alérgicas graves.

“Com esta inovação acessível a todos os centros especializados de oftalmologia é possível que 90% das pessoas que precisam de se submeter a este exame não necessitem de usar a injeção de contraste”, refere a entidade responsável pela atribuição dos prémios.

Os dois trabalhos vencedores dos prémios Pfizer de Investigação 2015 vão receber, em conjunto, um valor total de 40 mil euros.

Os Prémios Pfizer, anunciados em conjunto com a Sociedade de Ciências Médicas, têm como objetivo distinguir o melhor trabalho de investigação básica e clínica em ciências da saúde.

Dia Europeu sobre a Proteção de Crianças contra a Exploração Sexual
A Polícia de Segurança Pública desenvolveu mais de 300 ações de sensibilização junto de alunos do ensino básico e secundário...

As ações decorreram entre os dias 18 de novembro e 4 de dezembro e envolveram mais de 9.300 crianças e jovens e mais de 1.100 pais e professores, refere a Polícia de Segurança Pública em comunicado.

Segundo a PSP, o objetivo das ações foi “dar a conhecer determinados fenómenos criminais, como a exploração sexual e o abuso sexual de menores”, no sentido de contribuir para uma maior consciencialização deste tipo de crimes, que constituem “uma grave violação dos direitos das crianças”, e divulgar medidas preventivas e protetoras dos direitos das crianças.

Dados divulgados pelo Comité de Ministros do Conselho da Europa referem que, na Europa, uma em cada cinco crianças é vítima de alguma forma de violência ou de exploração sexual.

Publicidade enganosa a analgésico
A justiça australiana ordenou hoje ao gigante britânico dos medicamentos Reckitt Benckiser para retirar do mercado algumas...

A Comissão australiana da Concorrência e do Consumo (ACCC, na sigla inglesa) tinha interposto uma ação na justiça em março, denunciando o facto de o Nurofen ser vendido em diferentes embalagens, segundo o tipo de problemas de saúde a tratar, apesar de o seu princípio ativo ser o mesmo.

O tribunal federal australiano considerou que a multinacional sedeada na Grã-Bretanha adotou um comportamento enganador, ao embalar o Nurofen em diferentes embalagens, contendo sempre o mesmo ingrediente: 342 miligramas de lisina de ibuprofeno.

O tribunal ordenou a retirada durante três meses de caixas de Nurofen que eram vendidas como tratamento específico para as dores de costas, dor de cabeça ou para aliviar as dores menstruais.

Em comunicado, a ACCC afirma que a Reckitt Benckiser admitiu a culpa e reconheceu a decisão do tribunal.

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