Num ano
O Centro de Neurociências e Biologia Celular quer aumentar a competitividade internacional, numa altura em que mais do que...

O "orçamento global" do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra, onde estão contabilizados projetos nacionais e internacionais e serviços prestados, passou de "4 milhões de euros em 2014 para 10 milhões de euros em 2015", afirmou o presidente da instituição, João Ramalho Santos, que falava à margem da comemoração dos 25 anos de existência do centro, em Coimbra.

Segundo João Ramalho Santos, o grande desafio do CNC passa por garantir "uma excelência sustentável" e assumir uma maior competitividade "ao nível global".

Sublinhou ainda que num momento em que há uma diminuição das taxas de aprovação de projetos europeus em unidades de investigação, o centro conseguiu um aumento da taxa de sucesso.

"Queremos ainda mais sucesso", frisou, referindo que um dos pontos-chave será a criação e reforço de pontes com outras áreas do saber, como a sociologia, matemática, física ou robótica.

Outro ponto que merece a atenção da direção do CNC é a potenciação da ligação existente com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), para que haja "uma investigação mais articulada", notou.

Quanto a problemas sentidos pelo centro, João Ramalho Santos sublinhou que há "algumas dificuldades de liquidez" e que seria necessário levar os cerca de dez grupos de investigadores presentes no Polo I da Universidade de Coimbra para o Polo III, que tem instalações próximas do CHUC.

Para além da necessidade de uma maior proximidade, os edifícios do Polo I "não estão preparados para serem laboratórios de excelência", constatou.

"Seria interessante haver um novo espaço ou potenciar espaços que já existem" no Polo III, frisou.

Durante o dia de hoje e sexta-feira, o CNC promove o 13.º Encontro Anual do Centro de Neurociências e Biologia Celular, no auditório da Faculdade de Ciências e Tecnologia, que assinala os 25 anos de existência deste centro de investigação, que está agora ligado, através de um consórcio, ao Instituto Biomédico de Investigação de Luz e Imagem (IBILI).

Sociedade Portuguesa de Nefrologia
A alimentação é um fator importante no tratamento da doença renal crónica, pelo que, na época natalícia assume um papel de...

“O ideal é moderar e adaptar a dieta à condição do doente”, refere Cristina Santos, nefrologista e membro da Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN). Os maiores cuidados a ter prendem-se com os aperitivos salgados, as carnes e os temperos, devido ao elevado teor de sódio que contêm.

Existe uma relação estreita entre a insuficiência renal e a ingestão de minerais, escreve o Diário Digital. Uma vez que a eliminação dos minerais depende diretamente dos rins, não deve haver alterações bruscas destes elementos no organismo.

Em alternativa aos temperos ricos em sal, o especialista sugere a utilização de ervas aromáticas, especiarias frescas, vinagre e vinho de mesa na confeção das refeições. O bacalhau cozido, por exemplo, deve ser corretamente demolhado. Se a opção for um prato de carne, as mais indicadas são as carnes magras, como o peru ou o frango.

Quanto a bebidas alcoólicas - a ingestão em excesso é sempre desaconselhada - deve optar-se por um copo de vinho, rico em antioxidantes que ajudam a eliminar as toxinas do corpo.

Apesar de esta ser uma época especialmente propensa a excessos, o controlo alimentar deve ser constante. É igualmente importante que o doente seja seguido por um nutricionista que possa criar um plano alimentar adaptado às suas necessidades específicas, com os alimentos certos nas quantidades certas.

Em Portugal, estima-se que cerca de 800 mil pessoas deverão sofrer de doença renal crónica. A progressão da doença é muitas vezes silenciosa, o que leva o doente a recorrer ao médico tardiamente, já sem qualquer possibilidade de recuperação.

Todos os anos surgem mais de dois mil novos casos de doentes em falência renal. Em Portugal existem atualmente cerca de 16 mil doentes em tratamento substitutivo da função renal (cerca de 2/3 em diálise e 1/3 já transplantados), e cerca dois mil aguardam em lista de espera a possibilidade de um transplante renal.

Estudo
Um estudo que comparou mulheres que nunca fumaram com mulheres expostas ao fumo de tabaco concluiu que o último grupo...

Andrew Hyland, do Roswell Park Cancer Institute, em Buffalo, no estado de Nova Iorque, principal autor do estudo agora apresentado, adianta que investigações anteriores já tinham confirmado, segundo o Sapo, a ligação entre o fumo de tabaco e complicações na reprodução humana.

Porém, "a literatura não era clara particularmente em relação ao fumo passivo", relata Hyland à agência de notícias Reuters.

Os cientistas analisaram dados recolhidos a partir de questionários a 88.732 mulheres norte-americanas entre os 50 e os 79 anos. O estudo foi publicado no jornal médico Tobacco Control.

Do total de mulheres analisadas, 15% apresentaram critérios compatíveis com infertilidade e 45% com menopausa precoce, processo que sucede antes dos 50 anos.

As mulheres que fumaram ativamente eram 14% mais propensas à infertilidade e apresentavam uma tendência 26% maior para desenvolver menopausa precoce.

Já as mulheres que nunca fumaram mas que estiveram expostas ao fumo de tabaco eram 18% mais propensas a terem problemas para engravidar e a desenvolverem menopausa precoce.

Estudo
Um estudo da universidade norte-americana Carnegie Mellon, na Pensilvânia, revela que o consumo de frutas e vegetais aumenta a...

O estudo compara o custo ambiental da produção de vegetais com outro tipo de alimentos, como a carne de porco, e conclui que a alimentação vegetariana é a mais prejudicial para o meio ambiente no que toca à emissão de poluentes e consumo de recursos naturais, escreve o Sapo.

Uma caloria de alface, por exemplo, "é três vezes pior em termos de emissão de gases com efeito de estufa do que [uma caloria de] bacon", dizem os investigadores, citados pelo jornal diário The Independent.

Além da alface, o estudo nomeia o cultivo da beringela, aipo e o pepino como alguns dos mais prejudiciais para o equilíbrio do meio ambiente.

A mesma investigação conclui que desde o cultivo ao consumo, a alimentação recomendada pelas autoridades de saúde norte-americanas provocaria um aumento de 38% no consumo de energia, 10% de água e 6% na emissão de gases com efeito de estufa.

A criação de gado continuar a ser responsável por 51% da emissão de gases prejudiciais para o meio ambiente, mas "não se pode presumir que qualquer dieta vegetariana tenha pouco impacto no meio ambiente", comenta Paul Fischbeck, um dos autores do estudo.

Investigação liderada por português
Uma equipa de investigadores liderada pelo português Fernando Garcês Ferreira conseguiu dar mais um passo para uma possível...

Em 2014, o grupo de cientistas, do Scripps Research Institute, nos Estados Unidos, descobriu que uma família de anticorpos muito potentes que se desenvolveu numa pessoa infetada com o VIH - a PGT121 - neutralizava não apenas o vírus que infetava essa pessoa, mas também 80 por cento de todas as variantes do vírus que existem nos humanos no mundo.

"Uma família de anticorpos que se poderia adaptar rapidamente às constantes modificações do vírus, o que nos dá esperança de que o sistema imunitário humano é capaz de controlar [a infeção]", assinalou o investigador Fernando Garcês Ferreira, coordenador do estudo.

Feita a descoberta, a equipa lançou-se a um novo desafio: saber como esses anticorpos, produzidos nas células B (células do sistema imunitário), evoluíam no organismo em contacto com o vírus, que "está em constante mutação para escapar à ação do sistema imunitário".

Depois, "reproduzir essa evolução numa vacina", explicou Fernando Garcês Ferreira.

Segundo o investigador, "a evolução dos anticorpos PGT121, que é provável ter demorado 2-3 anos [numa pessoa infetada com o VIH], está intimamente ligada à própria evolução do vírus, neste caso para escapar à ação dos anticorpos PGT121".

Recorrendo a técnicas da biologia estrutural, a equipa obteve imagens moleculares tridimensionais, de resolução atómica, da evolução dos anticorpos (que são proteínas, moléculas) em contacto com o VIH, para "chegarem a uma forma eficiente" de neutralizar o vírus.

Para Fernando Garcês Ferreira, é possível, pois, "fazer uma vacina que dirija os anticorpos PGT121 a evoluírem desta maneira".

O investigador vai mais longe: "Vamos entender de tal maneira como o sistema imunitário funciona que vamos ser capazes de desenvolver vacinas seja para o que for".

Um protótipo da vacina, que já está a ser testado em ratinhos, foi 'desenhado' pelo mesmo grupo de cientistas, que se socorreu de tecnologias de biologia molecular.

Com este método, 'desenharam' a expressão de proteínas da superfície do vírus, que, explicou Fernando Garcês Ferreira, são as únicas reconhecidas pelo sistema imunitário humano como invasoras, e, por isso, são o alvo de ação dos anticorpos PGT121.

De acordo com o investigador, são essas proteínas do vírus, 'proteínas do envelope do VIH', que vão ser a vacina.

As proteínas virais terão de ter "ligeiras modificações" para "estimularem o sistema imunitário a produzir os anticorpos" no ponto desejável para 'matar' o VIH, adiantou.

Os resultados da mais recente investigação da equipa de Fernando Garcês Ferreira foram publicados esta semana na revista Immunity.

Prioridades para o SNS
Equipas fixas nas urgências hospitalares, liberdade de escolha dos doentes, mais consultas de especialidade nos centros de...

As medidas, que seguem o programa do Governo e que foram apresentadas, foram desenvolvidas por três especialistas a quem o Ministério da Saúde pediu propostas para a reforma do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

As propostas apresentadas pelos “coordenadores nacionais para a reforma do SNS” assentam em três áreas principais: cuidados de saúde primários, cuidados de saúde hospitalares e cuidados continuados integrados.

No âmbito dos hospitais, a tutela pretende alterar o modelo de funcionamento das urgências, designadamente criando equipas fixas de urgência, tendo por base “boas experiências” verificadas já em algumas unidades hospitalares.

Esta hipótese vai ser discutida com “cada um dos hospitais. Poderá não ser modelo único em todos os hospitais, mas há uma base com sucesso e há que ver como implementá-lo”, disse o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo.

A liberdade de escolha dos utentes no SNS, tendo em conta por exemplo os tempos de espera, é outra das propostas para promover uma espécie de “mercado interno”, sendo certo que as unidades com mais capacidade passam a executar mais atos e serão financiadas com esse propósito.

“A ideia base é que o doente discuta com o seu médico de família – de acordo com a sua patologia – e possa optar por uma unidade que dê melhor resposta”, explicou.

O ministério tem como objetivo evitar ao máximo que os hospitais funcionem de forma isolada e que o utente “possa ter acesso à informação e circular no sistema”.

As propostas de reforma para os cuidados hospitalares são da responsabilidade do presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de São João, António Ferreira.

No que respeita aos cuidados de saúde primários, é objetivo deste Governo criar mais Unidades de Saúde Familiares (USF), mas também promover maior acesso, mais afabilidade e mais qualidade dos serviços.

Para isso, será criada a figura do “serviço de secretariado clínico”, que é o primeiro ponto de contacto com o utente, explicou Henrique Botelho, coordenador nacional responsável pelas propostas para os cuidados de saúde primários.

“Temos que ter um sistema simpático, disponível para as pessoas, para as ouvir”, considerou o médico de família, dirigente da Federação Nacional dos Médicos.

Outra grande aposta nesta área é o reforço das consultas de especialidade, como oftalmologia, saúde oral ou fisioterapia, nos centros de saúde.

Por outro lado, o Ministério da Saúde quer apostar na rede de Cuidados Continuados em Saúde Mental, na Rede de Cuidados Continuados Integrados Pediátricos e nos cuidados domiciliários.

Na área da saúde mental, já houve um conjunto de candidaturas para criação de unidades mas que ainda não arrancaram, sendo necessário perceber porquê, disse Manuel Lopes, coordenador nacional para esta área.

“Vamos ver caso a caso as unidades contratualizadas por que não arrancaram e pô-las a funcionar o mais rapidamente possível”, afirmou o responsável, também coordenador do Observatório Português dos Sistemas de Saúde.

Na pediatria, o processo vai demorar mais tempo, porque não existem ainda sequer tabelas de financiamento publicadas.

O Governo vai fazer também um levantamento das carências e das deficiências em termos de articulação entre os hospitais e a rede.

“Há carências de cuidados continuados em áreas geográficas do país, algumas bem no centro de Lisboa, carências quase escandalosas para as quais é preciso resposta bem rápida”, disse.

Por outro lado, há doentes no hospital à espera de vaga na rede, quando há vaga na rede, acrescentou, considerando urgente organizar e simplificar o sistema.

Os cuidados domiciliários são outra área que está “sub-utilizada”, quando na verdade constitui uma resposta mais barata e mais apreciada pelas pessoas.

“Há equipas grandes já criadas e que estão utilizadas a 50% ou 60%”, afirmou, identificando aqui um ganho potencial, porque o apoio em casa é a “melhor forma e mais barata de prestar cuidados” e também onde o doente corre menos riscos.

Manuel Lopes sublinhou que além do reforço do apoio dado por profissionais de saúde aos doentes em domicílio, é necessário também prestar cuidados aos cuidadores dos doentes e capacitá-los a continuar.

“Há muitas pessoas que fazem isso por obrigação familiar, com enorme sofrimento”.

Um projeto de melhoria da qualidade dos Cuidados de Enfermagem
A paragem cardíaca súbita é a principal causa de morte nos países ocidentais.

A maioria das situações que provocam Paragem Cardio-respiratória (PCR), ocorrem fora dos hospitais e longe do alcance dos profissionais de saúde. O início precoce de manobras de reanimação aumentam as hipóteses de sobrevivência para a vítima1,3,4. Nesse sentido, preconiza-se o início do Suporte Básico de Vida pelo cidadão, com o intuito de permitir a manutenção de algumas funções vitais da vítima, até à chegada de um meio de emergência mais diferenciado.

O Conselho Português de Ressuscitação1 e Bohn et all5, salientam que ao se iniciar as manobras de SBV por alguém que presencia a PCR, a taxa de sobrevivência tem um aumento com significado estatistico. A validar esta inferência, Valenzuela et all6, observaram em investigações realizadas, que a taxa de sobrevivência após PCR sem a realização imediata de SBV diminuia 7% a 10% por cada minuto que passava.

Mas a formação em SBV em Portugal ainda é muito reduzida, segundo o Conselho Português de Reanimação2.

Coloca-se a questão, qual a idade certa para iniciar a formação em SBV e quais os locais mais adequados?
A evidência científica reconhece que o início precoce da formação em SBV traz ganhos efetivos, com diminuição da morbilidade e mortalidade por PCR em ambiente pré-hospitalar7, e que quantos mais cidadãos tiverem formação nesta área, mais probabilidade será a sobrevida em caso de uma paragem cardiaca8.

Nesse sentido, várias são as organizações que recomendam o inicio da formação em SBV nas escolas como a American Heart Association9. Em sintonia com este pressuposto, Colquhoun10, refere que a formação em SBV deviam de entrar nos curricula escolares, pois as escolas apresentam o perfeito ambiente para cativar os futuros cidadãos.

Vários autores consideram que não há uma idade ideal para iniciar a formação em SBV. Para Maconochie et all7 e Jones et all11, apenas crianças com mais de 13 conseguem ter competências fisicas para executar a técnica de compressões cardicacas correctamente. Mas Jones et all11, realçam que estes aprendem a parte teórica do SBV com a mesma qualidade que as crianças mais velhas e podem ser um veiculo de informação para os cuidadores em caso de necessidade.

Para os autores Berthelot et all12, numa investigação desenvolvida em  crianças com idades compreendidas entre os 10 e 12 anos, concluíram que as mesmas não efectuaram conforme o protocolado as compressões cardiacas em profundidade recomendada (5 a 6 cm),  mas realizaram as compressões cardiacas com uma frequência adequada (100 a 120 por minuto). No que concerne às insuflações executadas, estas apresentaram-se com volumes adequados, conforme preconizado pela American Heart Association.

Projecto de melhoria continua dos padrões de qualidade em enfermagem: : “ Aprender SBV…inicio de um percurso”
No sentido de dar resposta a esta problemática, ausência de formação em SBV pela comunidade, o Serviço de Pediatria em colaboração com a Viatura Médica de Emergência e Reanimação do Centro Hospitalar do Oeste – Caldas da Rainha, através da sua equipa de enfermagem, iniciou no ano lectivo de 2013-2014 o projecto” de intervenção na comunidade – “Aprender SBV…inicio de um percurso”.

Apresenta como parceiros a Liga os Amigos do Centro Hospitalar de Caldas da Rainha, a Camara Municipal das Caldas da Rainha, a Fundação Portuguesa de Cardiologia – Delegação Centro e o Conselho Portugues de Reanimação.


Foto: Nuno Pedro, Isabel Oliveira (Presidente da SRC da OE), Germano Couto (Bastonário da OE) e Ana Cláudia Tavares na entrega do Premio Excelência do concurso Cuidar 14, da Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros

A área de intervenção são todas as escolas do concelho (cerca de 600 alunos por ano letivo), a alunos do 1º ciclo a frequentarem o 4 ano. Até ao momento foram formados 1200 alunos em SBV (anos letivos de 2013-2014 / 2014-2015), com as especificidades e adaptação da formação ao publico alvo.

No corrente ano letivo (2015-2016), pretende-se realizar a formação a cerca de 600 alunos, e comitantemente, iniciar a segunda da fase do projeto, com a introdução de momentos de avaliação, onde se pretende identifcar na população em estudo, competências técnicas e cognitivas para a aprendizagem da formação em SBV. Para validar o projeto, desenvolverem-se indicadores de estrutura, processo, resultado e económicos, no sentido de dar sustentação ao mesmo.

Salienta-se que o projecto “Aprender SBV…inicio de um percurso”, no ano de 2014, candidatou-se ao Concurso Cuidar´14, patrocionado pela Ordem dos Enfermeiros – Delegação Centro, tendo obtido a classificação de excelência, que correspondeu ao primeiro lugar. Em 2015 concorre ao Cuidar´15, apresentando-se o mesmo conforme proposta de guião para a organização de Projetos de Melhoria da Qualidade dos Cuidados de Enfermagem pela Ordem dos Enfermeiros.

Bibliografia:
1. European Resuscitation Council Guidelines for Resuscitation 2010 - Versão Portuguesa (CPR - Conselho Português de Ressuscitação). Coimbra: Associação de Saúde Infantil de Coimbra; 2010.
2. cpressuscitacao.pt [homepage on the Internet]. Porto: Web site do Conselho Português de Ressuscitação [updated 2010; cited 2013 Aug 15]. Acessível em: http://salvarvidas.com.pt/page/sobre-o-projecto
3. Instituto Nacional de Emergência Médica. (2011). Manual de Suporte Avançado de Vida - Edição não comercializada. Lisboa: INEM; 2011.
4. Conselho Europeu de Ressuscitação. EPLS Provider Manual. Curso Europeu de Suporte de Vida Pediátrico - Versão Portuguesa. Porto: Conselho Português de Ressuscitação - Grupo de Reanimação Pediátrica; 2010.
5. Bohn A, Aken V, Mollhoff T, Wienked H, Kimmeyer P, Wild E, et al. Teaching resuscitation in schools: annual tuition by trained teachers is effective starting at age 10. A four-year prospective cohort study. Resuscitation 2012; 619 - 625.
6. Valenzuela T, Roe D, Cretin S, Spaite D, Larsen M. Estimating effectiveness of cardiac arrest interventions: a logistic regression survival model. Circulation 2001; 3308-3313.
7. Maconochie I, Bingham B, Simpson S. Teaching children basic life support skills: Improve outcomes but implementation needs to be earlier and more widespread. BMJ 2007; 1174.
8. Roppolo L, Pepe P. Retention, retention, retention: targeting the youn in CPR skills training! Critical Care 2009, 13:185 [cited 2013 Aug 7]  Acessivel em : http://ccforum.com/content/13/5/185
9. American Heart Association. Importance and Implementation of Training in Cardiopulmonary Resuscitation and Automated External Defibrillation in Schools. Circulation 2011; 601-706.
10. Colquhoun M. Learning CPR at school - Everyone should do it. Resuscitation 2012; 543 - 544.
11. Jones I, Whitfield R, Colquhoun M, Chamberlain D, Vetter N, Newcombe R. At what age can schoolchildren provide effective chest compressions? An observational study from the Heartstart UK schools training programme. BMJ 2007; 1 - 3.
12. Berthelot, S, Plourde M, Bertrand I, Bourassa A, Couture Marie-Maud, Berger-Pelletier É, et al. Push hard, push fast: quasi-experimental study on the capacity of elementary schoolchildren to perfom cardiopulmonary resuscitation. Scandinavian Journal of Trauma, Resuscitation and Emergency Medicine 2013; 21-41.

Autores:
Ana Cláudia Tavares - Enfermeira na Urgência Pediátrica do Centro Hospitalar do Oeste – Caldas da Rainha e na Viatura Médica de Emergência e Reanimação do Centro Hospitalar do Oeste – Caldas da Rainha
Nuno Pedro - Enfermeiro na Urgência Pediátrica do Centro Hospitalar do Oeste – Caldas da Rainha e na  Viatura Médica de Emergência e Reanimação do Centro Hospitalar do Oeste – Caldas da Rainha e no Heli 4 Santa Comba Dão, INEM

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Em 2016
Algumas farmácias comunitárias vão começar já em 2016 a vender medicamentos oncológicos e para o VIH, atualmente só disponíveis...

O anúncio foi feito durante a apresentação das propostas para reformar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) pedidas pela tutela a três especialistas.

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, apresentou as linhas gerais para a reforma do SNS, entre as quais esta aposta numa maior proximidade dos doentes das farmácias comunitárias, onde possam comprar medicamentos para o cancro ou para doenças infeciosas sem terem que se deslocar obrigatoriamente às farmácias hospitalares.

Estas “experiências piloto”, que já estão a ser combinadas com a Associação Nacional de Farmácias (ANF) e com a Ordem dos Farmacêuticos (OF) e vão ser discutidas com os hospitais de referência, arrancam no próximo ano em várias farmácias comunitárias.

Segundo Fernando Araújo, existe “vontade política e de todos os interlocutores” e “há abertura da ANF e da OF” para escolher os melhores locais para as experiencias piloto.

Esta iniciativa permitirá perceber se “ir buscar medicamentos a farmácias mais perto da residência, em vez de ter que ser na farmácia hospitalar, “melhora a adesão do doente” e “promove melhores resultados clínicos”.

Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida
O presidente do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida alertou para os riscos da compra de esperma a uma empresa...

Em declarações, no final de uma audição na Comissão Parlamentar da Saúde, o juiz desembargador Eurico Reis lembrou que as mulheres que apliquem o esperma que compram, através da internet, estão a cometer um crime.

“A lei é clara ao determinar que as técnicas de Procriação Medicamente Assistida (PMA) – entre as quais se inclui a inseminação artificial – só podem ser aplicadas em centros devidamente autorizados. Quem as pratica em casa, está a cometer um crime”, disse.

Apesar de o Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA) não ter registo oficial de casos de mulheres que adquiriram o esperma através da internet, nomeadamente a uma empresa dinamarquesa, Eurico Reis sabe de relatos pontuais, até porque algumas mulheres já assumiram publicamente que recorreram a este método para engravidar.

Além do crime que o procedimento representa, o juiz desembargador alerta para os riscos que corre a mulher e o feto, uma vez que o procedimento não é feito nas devidas condições acéticas.

Por outro lado, declarou, “os critérios de seleção dos dadores dessa empresa são censuráveis e não garantem a qualidade” do sémen, afirmou.

Alguns centros que realizam técnicas de PMA já importaram sémen desta empresa dinamarquesa, tendo recentemente sido alertados para problemas de qualidade, detetados por mecanismos europeus de controlo e vigilância.

“Quando um problema de segurança com o produto é detetado, avisamos os centros, até porque o esperma só pode ser importado mediante autorização do CNPMA, mas não o conseguimos fazer a mulheres que o adquirem a título particular”, acrescentou.

Eurico Reis sublinhou que só uma regulação eficaz, com os devidos meios, pode controlar este tipo de situações.

A este propósito reiterou as dificuldades que o CNPMA atravessa, as quais já expusera aos deputados da Comissão Parlamentar da Saúde: “Para sermos um regulador a sério, precisamos de membros a tempo inteiro”.

Na exposição que realizou na Assembleia da República, Eurico Reis disse que, na eventualidade de o alargamento dos beneficiários da PMA – a que poderá conduzir os quatro projetos de lei que vão receber o contributo da Comissão Parlamentar da Saúde –, este terá consequências no Serviço Nacional da Saúde (SNS)”.

Falando a título pessoal, o juiz desembargador mostrou-se mais preocupado com a questão da gestação de substituição, um problema cuja solução “exige uma maturação muito maior”.

Dirigindo-se aos deputados, Eurico Reis afirmou: “Quem tem legitimidade para definir o paradigma da PMA é quem tem a legitimidade do voto. Esse é o vosso trabalho, porque vocês é que são os representantes do povo”.

Gastroenterite
Sendo considerado como a principal causa de diarreia em crianças menores de cinco anos, estima-se qu
Bebé deitado no muda fraldas

A infeção por rotavírus é bastante frequente uma vez que este agente é extremamente contagioso e resistente ao meio ambiente.

A verdade é que, quase todas as crianças, em algum momento, vão ser infetadas por este vírus, independentemente das suas condições socioeconómicas.

Afeta sobretudo crianças com menos de cinco anos, sendo registados anualmente cerca de 150 milhões de casos em todo o mundo.

A sua principal fonte de transmissão é a via fecal-oral, água ou alimentos. O contato com pessoas infetadas, objetos contaminados e secreções respiratórias são outras formas de contágio.

Habitualmente, as crianças são contagiadas nos primeiros anos de vida. No entanto, os casos mais graves da doença costumam ocorrer em crianças até aos dois anos de idade - entre os seis e os 24 meses.

Crianças prematuras ou com deficiência imunológica estão sujeitas a um quadro mais grave da doença.

Os sintomas da infeção por rotavírus são variáveis. Para além da diarreia – que pode durar entre cinco e nove dias -, também se pode assistir a episódios de vómitos, febre, dor abdominal e falta de apetite.

Quando a doença apresenta os sintomas, estes costumam surgir, em média três dias depois da contaminação.

A gravidade desta infeção varia entre a ausência de sintomas e a desidratação, que pode ser fatal.

Na realidade, a desidratação é considerada o sintoma mais grave das infeções intestinais. Os sintomas mais importantes para confirmar esta condição são: a ausência de lágrimas, pouca saliva (boca e língua secas), extremidades frias, respiração acelerada e pulso fraco.

Para repor as perdas de água provocadas pela diarreia, evitando a desidratação do organismo, deve-se ingerir uma grande quantidade de líquidos. E, caso seja necessário, recorrer à utilização de soros de rehidratação oral – o tratamento preferido para as crianças com diarreia.

Deve manter-se a alimentação, tanto quanto possível, sendo que os especialistas alertam para a importância do aleitamento materno como arma contra a doença, uma vez que são conhecidos os benefícios da amamentação sobre o aleitamento artificial.

Habitualmente, os quadros leves da doença são tratados em casa, sendo que apenas os casos mais graves necessitam de internamento hospitalar.

Mesmo sendo difícil prevenir a infeção por rotavírus, deve-se ensinar às crianças, desde cedo, a importância de lavar as mãos depois de ir à casa de banho e antes das refeições.

Desde 2006 que, em Portugal, existe vacina contra o rotavírus mas, e apesar de recomendada pelos pediatras, esta não faz parte do Plano Nacional de Vacinação.

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Humanismo profissional
Numa sociedade que valoriza, principalmente, o desenvolvimento material, económico e profissional te

A (In)fertilidade representa uma “crise” com consequências físicas, psíquicas, emocionais e sócio culturais para todo o casal conduzindo a sentimentos de raiva, ansiedade, frustração, dor e revolta (Barros, 2000; Cunha, 2012; Ricardo & Okazani, 2010; Silva et al, 2012).

Desta forma e para que os profissionais de saúde que exercem funções nesta área sejam capazes de lidar diariamente com esta realidade, é fundamental recorrer a recursos humanos fidedignos, acessíveis e recorríveis como seja a Esperança.

A esperança é uma virtude e uma necessidade espiritual por ser um requisito ontológico do Homem. Ninguém faria nada se não tivesse a esperança de o concretizar eficazmente. Sem esperança, o Homem viveria em completa inércia e não seria capaz de encontrar o sentido para a vida (Oliveira, 2003).

A esperança corresponde a um processo em que as pessoas perseguem ativamente os seus objetivos sendo composta por três elementos: objetivos, meios e agência. No comportamento humano, os meios de pensamento permitem que a pessoa percecione a sua capacidade para produzir caminhos produtivos; a agência reflete-se nos pensamentos que as pessoas dispõem para começar e continuar os meios selecionados para o culminar dos objetivos; e os objetivos pretendidos são o motor de todo o processo e justificam o porquê do trajeto refletido na essência e particularidade de cada pessoa. Todos estes elementos funcionam num só e influenciam-se reciprocamente (Snyder, 1994). 

Os benefícios desta virtude humana são diversos, nomeadamente: i) as pessoas com elevada esperança em comparação com as de menor esperança empenham-se mais em atividades saudáveis, como seja a prática de exercício físico; ii) o estado de saúde físico melhorado está associado a níveis elevados de esperança e que conduzem a um ajustamento psicológico; iii) a elevada esperança está correlacionada, positivamente, com uma performance académica e atlética melhorada (Snyder, Feldman, Shorey & Rand, 2002).

Na área da saúde psicológica, Snyder e colaboradores (2002) assinalam ainda que a presença da esperança também tem os seus benefícios. Referem que a elevada esperança se correlaciona positivamente com as emoções positivas e negativamente com as emoções negativas; e que a elevada esperança se interliga com um bom ajustamento psicológico porque a pessoa com elevada esperança consegue apoiar-se no benefício do feedback de qualquer experiência, para aprender e evoluir e não recair em ruminações. 

Também na saúde física, esta virtude humana parece ter repercussões importantes, inclusivamente quer na prevenção primária, atitudes proativas para evitar que a doença apareça e assim na redução dos riscos de saúde, quer na prevenção secundária das doenças, medidas acionadas quando a doença esteve presente e se pretende evitar uma recaída (Snyder, 2009).  

Dada a complexidade subjacente à praxis do cuidar em (in) fertilidade e simultaneamente à capacidade que o profissional tem que transparecer de liderança, empatia, comunicação e sensibilidade junto dos casais, a Esperança revela-se uma ferramenta crucial na sua diária profissional. 

Não só a Esperança se revela como fundamental como inere carácter acessível e recorrível para qualquer profissional de saúde. Todos nós necessitamos de Esperança para a prática de um cuidar mais personalizado e humano! 

Referências Bibliográficas:
Barros, S.M.O. (2000). A Enfermagem e a Reprodução Humana. Acta Paul Enf, 13(1): 207-213. Cunha, C.F. (2012). Vivências de um casal infértil. (Tese de Mestrado). Ponte de Lima: Universidade Fernando Pessoa.  Oliveira, J.B. (2003). Esperança: Natureza e avaliação (proposta de uma nova escala). Psicologia, Educação e Cultura, 7(1): 83-106. Ricardo, A.T. & Okazaki, E. L. E. J. (2010). Atuação do Enfermeiro em Reprodução assistida. Rev Enferm UNISA, 11(1): 38-42. Silva, I.R.V.; Ferreira, A.M.N.S.; Brito, M.A.F.; Dias, N.M.B. & Henriques, C.M.G. (2012). As vivências da mulher infértil. Revista de Enfermagem Referência, III(8): 181189. Snyder, C.R.; Feldman, D.B.; Shorey, H.S. & Rand, K.L.(2002). Hopeful choices: A school counselor´s guide to hope theory. Professional School Counseling, 5(5): 298-308. Snyder, C.R. (1994). The psychology of hope: You can get there from here. New York: Free Press. Snyder, C.R. (2009). Hope theory: Rainbows in the Mind. Psychological Inquiry: An international journal of advancement of psychological theory, 13(4): 249-275. doi:  10.1207/S15327965PLI1304 01

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Universidade do Porto
Um antídoto para as intoxicações por uma espécie de cogumelos venenosos foi descoberto por investigadores da Universidade do...

A espécie de cogumelos estudada, “Amanita phalloides”, “também conhecida como chapéu da morte”, é abundante em Portugal e tem sido responsável por 90 a 95% das mortes por ingestão de cogumelos silvestres venenosos, para os quais até agora não existia antídoto eficaz, mas investigadores portugueses descobriram um antídoto e acabam de publicar o artigo científico na revista da área de Toxicologia “Archives of Toxicology”.

“Descobriu-se pela primeira vez uma substância (polimixina B) que pode funcionar como antídoto (antiveneno) para as intoxicações por um dos cogumelos silvestres mais venenosos e letais da natureza, que é designado por ‘Amanita phaloides’”, explicou à Lusa Félix Dias Carvalho, professor catedrático da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto e orientador do estudo científico elaborado no âmbito da tese de doutoramento de Juliana Garcia.

Segundo o especialista, com a ajuda de computadores, os investigadores simularam a acoplagem a uma enzima que é inibida pelas toxinas dos cogumelos venenosos e que é responsável pela transcrição do nosso código genético (DNA). A inibição dessa enzima vai originar um “bloqueio da síntese das proteínas e as células afetadas morrem.

“Posteriormente conseguimos demonstrar, com um trabalho em animais de laboratório, que com essa substância, selecionada através dos estudos a nível do computador, a sobrevivência era de 100% em animais que de outra forma, ao serem expostos a esta toxina, morriam ao final de cinco dias”, revelou Félix Dias Carvalho, acreditando que com este trabalho se vai conseguir levar a “esperança às pessoas que consomem os cogumelos venenosos de uma forma acidental”.

O "aumento da sobrevivência nestes casos é crucial quer a nível social, quer a nível dos custos associados ao tratamento hospitalar”, admite.

A importância desta descoberta deve-se à urgência de “combater as toxinas presentes nestes cogumelos, que afetam diretamente o fígado e rins das pessoas intoxicadas”, explicou Félix Dias Carvalho.

O passo seguinte é verificar que esta substância funciona também nas intoxicações em humanos”, disse o professor, relembrando que neste momento o que dados obtidos referem-se apenas a ambiente laboratorial e em animais.

O professor e investigador da Faculdade de Farmácia considera que o” interessante neste trabalho é que se trata de uma substância que já existe na terapêutica, é um antibiótico, e que existe nos hospitais, podendo ser aplicado para além da terapêutica que já está instituída, não tendo que substituir terapêutica nenhuma.

“Pode ser adicionada à terapêutica já existente e, portanto, não trará riscos adicionais às vítimas de intoxicação e será mais uma esperança que se traz para os intoxicados que de outra forma, na maior parte dos casos acabam por necessitar de um transplante hepático ou no caso de não haver resposta atempada, levará à morte do doente”.

Questionado sobre se tem dados das mortes em Portugal relacionadas com envenenamento de cogumelos, o especialista disse que em Portugal, e crê que a nível mundial também, existem “poucos dados de epidemiologia sobre este tipo de intoxicações”.

“São vários os casos que nós vamos ouvindo, principalmente a nível da comunicação social, mas que depois não se refletem numa estatística que se possa confiar”, considerou.

A investigação iniciou-se há cerca de quatro anos e ainda não está finalizada, porque, segundo o explicador, “Há ainda bastante trabalho pela frente” que tem se ser realizado”, designadamente administrar o antídoto em ambiente laboratorial e em animais, mas numa altura tardia, em que a intoxicação já está bem profunda e onde já existam “danos bastante acentuados, para simular melhor ainda a realidade clínica”.

Os investigadores acreditam que a descoberta será aplicada na clínica "dentro de muito pouco tempo".

“A divulgação a nível nacional e internacional permitirá a utilização deste fármaco associado à terapêutica que está instituída presentemente nas intoxicações, que se mostra pouco eficaz.

“A polimixina B já se encontra disponível nas farmácias hospitalares, podendo ser colmatada rapidamente a falta de alternativas eficazes numa intoxicação com elevada mortalidade e morbilidade”, referiu, por seu turno, Vera Costa, investigadora também envolvida neste estudo.

Comissão de Assuntos Constitucionais
A comissão de Assuntos Constitucionais aprovou hoje a revogação à lei da interrupção voluntária da gravidez que tinha...

Os projetos de lei de PS, BE, PCP e PEV foram reunidos num único texto de substituição e aprovados pela maioria de esquerda, com os votos contra do PSD e do CDS-PP, depois de uma curta apresentação por parte do deputado socialista Pedro Delgado Alves, a que não se seguiu nenhuma discussão.

Em causa está o fim da introdução de taxas moderadoras na prática da interrupção voluntária da gravidez (IVG), a obrigatoriedade de a mulher comparecer a consultas com um psicólogo e um técnico de serviço social, bem como o fim do registo pelos médicos objetores de consciência, que passaram, assim, a poder participar nas várias fases do processo, incluindo o período para o aconselhamento obrigatório, até à prática do aborto.

A Assembleia da República tinha aprovado na generalidade a 20 de novembro os projetos de lei, com os votos a favor da maioria de esquerda e da deputada do PSD Paula Teixeira da Cruz, os votos contra do deputado do PS Ascenso Simões e das bancadas do PSD e do CDS.

As alterações agora revogadas foram introduzidas pela maioria PSD/CDS-PP no dia 07 de setembro, no último plenário da anterior legislatura, na sequência de uma iniciativa legislativa de cidadãos - promovida por opositores da lei do aborto, como Isilda Pegado -, que defendia uma série de medidas, nomeadamente, obrigar a mulher a assinar uma ecografia antes da IVG, mas que não foram aprovadas.

Estudo
Dependendo do sítio onde vive pode ser mais propenso a ter excesso de peso mesmo que faça exercício e se alimente de forma...

Duas pessoas podem ingerir os mesmos alimentos e fazer os mesmos exercícios, mas ao fim de alguns anos, segundo o Sapo, uma pode ganhar mais peso e ter um metabolismo mais lento simplesmente por causa do ar que respira.

A poluição provocada pela circulação de automóveis, fumo de tabaco e produção industrial, constituída por partículas minúsculas, atrapalha a capacidade do corpo humano de queimar calorias e digerir alimentos.

A curto prazo os efeitos são mínimos, mas ao longo de vários anos o contacto com poluentes pode ser suficiente para causar doenças graves - como a obesidade - para além dos distúrbios respiratórios associados à poluição.

"Estamos a começar a entender que a inalação e a circulação de poluentes no organismo pode atingir mais do que os pulmões", explica Hong Chen, professor de saúde pública da Universidade de Toronto, no Canadá, citado pela BBC.

Foi em ratos de laboratório que se notaram pela primeira vez os efeitos da poluição do ar no organismo para além dos pulmões.

Na Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, Qinghua Sun quis perceber o maior índice de doenças cardíacas em grandes cidades em relação às pessoas que vivem no campo. O cientista começou a criar ratos em todo os tipos de condições atmosféricas e concluiu que as cobaias expostas à poluição apresentavam um teor maior de gordura corporal, tanto no abdómen como à volta dos órgãos internos. E quando observadas em microscópio, as células de gordura desses animais eram 20% maiores do que as dos ratos que respiravam ar puro.

Os ratos intoxicados também se mostraram menos sensíveis à insulina, uma hormona essencial na transformação do açúcar ingerido em energia.

Polícia Judiciária
A Polícia Judiciária deteve dois médicos, um funcionário da Segurança Social e um reformado daquele organismo público pela...

Os detidos, com idades entre os 57 e os 63 anos, integravam um grupo organizado que, fraudulentamente, há vários anos, facilitava a atribuição indevida de reformas por alegada incapacidade dos respetivos beneficiários, escreve o Sapo.

Durante a operação policial, realizada na segunda-feira em Porto de Mós e na Região da Grande Lisboa, onde ocorreram as detenções, foram cumpridos cerca de uma dezena de mandados de busca em organismos públicos, consultórios médicos, escritório de advogados e domicílios.

Na ação policial foram apreendidos cerca de 27 mil euros em numerário, presumivelmente resultantes daquela atividade delituosa, além de relevantes elementos de prova para a matéria sob investigação e de outros que indiciam também a prática do crime de posse de armas proibidas.

Os detidos vão ser submetidos a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação.

Estudo
O número de estudos científicos financiados nos Estados Unidos pelos grupos farmacêuticos aumentou 43% nos últimos dez anos,...

As restrições orçamentais levaram à quebra na produção de investigação puramente universitária, de investimento público, explicam os autores de um estudo publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA).

O orçamento dos centros nacionais de saúde (NIH), a maior instituição governamental de investigação médica, era de 30,4 mil milhões de dólares em 2015, uma quebra de 14% em relação a 2005, escreve o Sapo.

"A queda no número de testes independentes preocupa-me, porque isso significa que temos menos dados de qualidade que não sejam influenciados por interesses privados", explica Stephan Ehrhardt, investigador da universidade Johns Hopkins e principal autor do estudo.

"Quando faço um teste clínico financiado pelo Governo para comparar dois tratamentos, parto do princípio que os dois tratamentos são equivalentes. Financeiramente, não faz a menor diferença que um dos dois seja o escolhido", afirmou.

"Mas se o teste for financiado por uma farmacêutica, a minha imparcialidade pode ser prejudicada pelo objetivo final da empresa, que já pagou milhões de dólares para desenvolver e testar este produto com o objetivo de comercializá-lo. Há muito em jogo", detalha Ehrhardt.

Tendo em vista as restrições orçamentais que pesam sobre os NIH, Ehrhardt estima que a tendência das investigações financiadas por interesses privados continue a aumentar nos próximos anos.

O estudo em causa mostra igualmente que as empresas privadas financiam seis vezes mais testes que as instituições públicas.

Estudo
Um estudo conduzido na Dinamarca sugere que o peso do homem afeta as informações contidas nos espermatozoides e pode aumentar a...

Investigadores da Universidade de Copenhaga sugerem que os espermatozoides de homens magros e gordos têm marcadores epigenéticos diferentes que podem conduzir a comportamentos diferentes dos genes, escreve o Sapo.

No estudo, publicado na revista especializada Cell Metabolism, foram examinados os espermatozoides de seis homens obesos que aguardavam uma cirurgia para perder peso. Os cientistas analisaram material genético recolhido dos pacientes antes do tratamento, uma semana depois da cirurgia e um ano depois. Romain Barres, principal autor do estudo, afirmou que as mudanças nos espermatozoides podiam ser observadas logo na semana seguinte à operação.

Segundo o investigador, notaram-se "mudanças epigenéticas" que podem mudar a forma como um gene se manifesta. De acordo com informação citada pela BBC, Barres admite que ainda são necessários mais estudos para descobrir como essas mudanças afetam o gene.

No entanto, as alterações nos espermatozoides registados pela equipa estão relacionados com os genes conhecidos por controlarem o apetite e por regularem o desenvolvimento do cérebro.

De acordo com Romain Barres, descobertas semelhantes sido verificadas em testes em animais de laboratório.

Prestação de cuidados
O Ministério da Saúde quer avançar com a reforma do Serviço Nacional de Saúde nas três áreas consideradas essenciais para a...

O secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, anunciou no encerramento do Think Tank da Saúde que foi "criado um modelo de coordenação em três áreas". Para a área hospitalar, foi nomeado António Ferreira, o presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de São João. Para os cuidados primários, foi escolhido Henrique Botelho, médico de família e membro da Federação Nacional dos Médicos. Para os cuidados continuados foi designado um dos membros do Observatório Português dos Sistemas de Saúde.

Manuel Delgado defendeu, segundo o Diário de Notícias, a necessidade de se apostar numa política de proximidade, que envolva estas três áreas. E defendeu a melhoria do acesso seja pela redução das taxas moderadoras e dos casos de isenção.

A liberdade de escolha é outras área que o Governo quer fortalecer, "estimulando o mercado interno e pondo a competir os serviços públicos. Queremos aproximá-lo do SNS e dar-lhe aquilo que não tem tido. Para aumentar o acesso ao médico de família, sublinhou a intenção de abrir 100 novas unidades de saúde familiares até ao final da legislatura.

As dificuldades financeiras não foram esquecidas durante a apresentação. "Vivemos um período de grandes dificuldades e temos de evitar défices excessivos. Para isso pedimos o esforço de todos para o controlo da despesa."

Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde quer reforçar os centros de saúde com mais consultas de especialidades como a pediatria.

A aposta nestas consultas foi anunciada pelo secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, que explicou ao Diário de Notícias alguns dos objetivos. "Vamos avançar com consultas de pediatria, psicologia ou nutrição", refere, por se tratar de cuidados que podem ser prestados em locais próximos da população e fora dos hospitais.

Na sessão de encerramento do think tank Inovar em Saúde, Manuel Delgado reconheceu a necessidade de "os centros de saúde se apetrecharem com mais competências, como especialidades e meios complementares de diagnóstico e terapêutica". Medidas que o anterior governo chegou a anunciar, com poucos progressos.

As consultas a realizar, segundo o Ministério da Saúde, serão em áreas próximas da medicina geral e familiar, esperando-se que os cuidados sejam feitos em articulação com os médicos de família. "Pensamos que podemos retirar muitas consultas dos hospitais e passar a realizá-las em centros de saúde." Apesar de ainda não haver uma data prevista, a experiência deverá ter início numa região do país, para depois ser generalizada.

Manuel Delgado adianta que uma das áreas que poderão ser mais exploradas é a da saúde oral. "Não vamos alterar o modelo do cheque-dentista, mas vamos fazer mais consultas a outros grupos da população, como os adultos, através de um protocolo com a Ordem dos Médicos Dentistas."

A ideia do reforço das especialidades nos cuidados primários é defendida há muito pelos efeitos positivos para a população e para o sistema de saúde. Irá evitar deslocações desnecessárias aos hospitais, mais dispendiosas e com tempos de espera maiores, e "já tem o acordo da Ordem dos Médicos (OM)", acrescenta Manuel Delgado, o que será importante "para reforçar ainda mais a sua aplicação".

Clínicos de hospitais na consulta
O bastonário da OM, José Manuel Silva, saúda a aposta. "Já tivemos uma reunião com o ministério e transmitimos que é uma mais-valia aumentar estas consultas em parceria com os médicos de família". A experiência não é nova, existindo alguns profissionais nos agrupamentos de centros de saúde (Aces), mas o número de consultas tem vindo a cair nos últimos anos.

"A ideia é haver médicos de hospitais a deslocar-se aos centros de saúde pelo menos uma vez por semana, embora a deslocação deva ser remunerada." O atendimento especializado será pedido pelo médico de família, que acompanha o utente em conjunto. "É importante que se aproveitem os recursos do SNS, poupando custos e beneficiando os doentes".

Segundo a Direção-Geral da Saúde, em 2011 e 2012 o número de especialistas (não médicos de família) caiu. Por exemplo, há 15 pediatras (menos seis), dois dermatologistas (eram 11) e não há oftalmologistas, quando havia 13. O número de consultas caiu também. Foram realizadas 5614 consultas de oftalmologia, quando em 2011 tinham sido 42 155 .

Menos taxas no centro de saúde
O secretário de Estado da Saúde anunciou que se pretende aumentar "o acesso equitativo dos utentes aos serviços de saúde", nomeadamente reduzindo as taxas moderadoras. Para reduzir as idas às urgências "as taxas nos centros de saúde vão ser bastante reduzidas, mas não serão eliminadas". Para a reforma do SNS foram nomeados três coordenadores para as áreas dos cuidados de saúde primários, hospitalares e continuados.

Quanto ao envolvimento dos cidadãos defendido pelo think tank, referiu ser uma matéria importante mas que "o governo não a assume como uma prioridade". No encontro sobre oncologia, o historiador Pacheco Pereira disse que "não há nenhuma defesa para o cancro, doença da sociedade moderna". "A melhoria da qualidade de vida é o mais importante fator para a construção da felicidade."

Madeira apresenta
A Assembleia da República debate na quinta-feira duas propostas do parlamento madeirense, para criação de uma estratégia...

No caso do primeiro diploma, que teve origem numa proposta legislativa da autoria do PCP e foi aprovado, por unanimidade, na Assembleia Legislativa da Madeira (ALM) a 21 de outubro, os deputados do arquipélago consideram necessário estabelecer que é “dever o Estado implementar uma estratégia nacional para a prevenção e controlo de epidemias da febre da dengue".

No articulado, inscrevem que o financiamento desta medida deve ser suportado pelo Orçamento de Estado nacional.

Entre os objetivos desta estratégia nacional, incluem que pode contribuir para “evitar a incidência da febre da dengue, prevenir e controlar processos epidémicos e evitar a ocorrência de dengue hemorrágico”.

Apesar do conhecimento da presença do mosquito ‘Aedes aegytpi’ na Madeira desde 2005, os primeiros casos de febre da dengue foram registados laboratorialmente a 03 de outubro de 2012, quando foram diagnosticadas duas pessoas infetadas.

Na região foram notificados mais de 2.000 casos desde o início do surto, mas não aconteceu qualquer óbito devido a este problema.

Segundo dados da Secretaria da Saúde da Madeira, depois do surto registado em 2012, “desde fevereiro de 2014 que não há casos importados de dengue na Região e, desde fevereiro de 2013, que não há casos de dengue com origem na Região Autónoma”.

O outro diploma que será analisado é uma proposta de lei da ALM, com vista a “concretizar uma majoração da proteção social na maternidade, paternidade e adoção que contemple a compensação pelos custos permanentes gerados pela insularidade”, apontando para um acréscimo de dois por cento.

O parlamento regional considera que esta medida permitirá “atenuar a diferença do nível do custo de vida nas regiões autónomas, derivado do custo da insularidade, e diminuir as desigualdades agravadas pelos baixos rendimentos dos agregados familiares”.

A proposta aponta que esta majoração deve constar de uma verba a ser inscrita no “orçamento da Segurança Social com uma rubrica própria”, devendo ser extensivo aos apoios por risco clínico durante a gravidez, interrupção da gravidez, parental e parental alargado, adoção, riscos específicos, para assistência a filho e a descendente com deficiência ou doença crónica e assistência a neto.

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