No Porto
Uma auditoria da Inspeção Geral de Finanças ao circuito do medicamento no Centro Hospitalar de São João, do Porto, concluiu que...

Segundo o relatório, “o sistema de informação que suporta o circuito do medicamento (aquisição, armazenamento, prescrição, administração e contabilização) assenta num conjunto de aplicações e sistemas informáticos não totalmente integrados”, referindo também que foram detetadas “debilidades no Sistema de Gestão Integrada do Circuito do Medicamento (SGICM) de diversa ordem”.

Entre essas “debilidades” constam “a forte dependência do Centro Hospitalar de São João (CHSJ) relativamente ao fornecedor do sistema, deficiências do interface com outros sistemas do circuito, que podem originar erros na valorização dos ‘stocks’, dificuldade de desmaterialização da receita manual para alguns tipos de medicamentos (estupefacientes e psicotrópicos), inadequada qualidade e fiabilidade da informação residente no SGICM “.

No documento, Inspeção Geral de Finanças (IGF) chama a atenção para a não existência de “uma base de dados única com a prescrição de medicamentos, constatando-se a existência de três sistemas de prescrição de medicamentos e de atos de enfermagem (SGICM-P, JOne e ALERT), dos quais apenas o primeiro permite a validação da prescrição de medicamentos pelo farmacêutico”.

Na auditoria verificou-se também, entre outras conclusões, que existem “insuficiências no Sistema de Contabilidade (SICC) que comprometem a integridade e a fiabilidade da informação, devido à falta de integração bidirecional automática de informação com o SGICM, e inviabilizam o adequado controlo do cumprimento da Lei dos Compromissos e dos Pagamentos em Atraso, devido a deficiências na numeração dos compromissos”.

A IGF recomenda ao Conselho de Administração do CHSJ que avalie “de forma regular e sistemática” o consumo de produtos farmacêuticos e que melhore o sistema de informação do circuito do medicamento, para que o registo de consumo seja imputado por doente e se verifique a rastreabilidade da prescrição e administração dos medicamentos, bem como, a integração dos processos de aprovisionamento com o sistema contabilístico.

“Promover o desenvolvimento de mecanismos que permitam proceder ao apuramento e imputação direta ao doente por prescritor, para que seja possível emitir fatura/recibo com a discriminação dos custos incorridos nos atos médicos prestados” e “Definir procedimentos que assegurem que as decisões de investimento em equipamento e em soluções aplicacionais sejam precedidas de uma análise custo-benefício”, são outras recomendações.

O relatório, que hoje foi homologado pelo secretário de Estado do Orçamento, recomenda ainda a elaboração anual de um plano de aprovisionamento que contemple a integração do plano de compras e de gestão de ‘stocks’, a promoção da prescrição eletrónica de medicamentos e atos de enfermagem e a promoção de uma auditoria à qualidade dos dados residentes nos sistemas de informação, especialmente ao SGICM.

A auditoria abrangeu o período de janeiro de 2012 a dezembro de 2014 e foi realizada com a finalidade de confirmar se o circuito do medicamento implementado no Centro Hospitalar de São João (CHSJ) era eficaz.

A Lusa pediu esclarecimentos ao Centro Hospitalar São João, mas até ao momento não obteve resposta.

Governo assegura
O ministro da Saúde assegurou hoje que não haverá rutura de médicos nos hospitais pela imposição de um corte de 35% nos gastos...

Adalberto Campos Fernandes comentava aos jornalistas o diploma da execução orçamental publicado em Diário da República na segunda-feira e que determina que os hospitais têm de cortar pelo menos 35% nos gastos com a contratação de médicos tarefeiros, externos ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“O que foi dito foi que os hospitais têm de fazer um esforço para reduzir o que são muitas vezes os preços exorbitantes a que estão a pagar o trabalho à hora de médicos que não estão no quadro do SNS”, afirmou.

Segundo o ministro, as Administrações Regionais de Saúde (ARS) e o Governo vão fazer o acompanhamento dos hospitais que possam ter problemas transitórios com esta medida.

“Não seremos insensíveis a situações de transição, porque estas questões não se resolvem com o estalar dos dedos. Haverá no país oito a 10 hospitais com maiores dificuldades. O Governo e as ARS irão apoiar os hospitais para que não haja nenhum tipo de rutura nem nenhuma descontinuidade. Será feito o que tiver de ser feito para que não haja nenhum tipo de rutura”, declarou aos jornalistas, à margem de uma cerimónia de assinatura de protocolos que decorreu em Lisboa.

Campos Fernandes lembrou que os próprios sindicatos médicos têm “chamado a atenção para o desequilíbrio” do que é pago aos médicos externos ao SNS”, vincando a necessidade de “introduzir alguma racionalidade no trabalho à peça”.

“Atingiram-se valores que são muitas vezes desproporcionados”, acrescentou.

No ano passado, a despesa com os médicos tarefeiros rondou os 100 milhões de euros, sendo ainda superior à de 2015.

Adalberto Campos Fernandes recordou que, ao mesmo tempo, os médicos que trabalham no SNS passam a ter reposto 75% do pagamento do trabalho extraordinário e que até fim do ano passarão a receber os 100%, depois de verem as horas extras reduzidas a 50% desde 2009.

Segundo o ministro, são os médicos do SNS que o Governo quer “acarinhar, trazer para o sistema e ter a trabalhar nos serviços de urgência”.

Em breve, disse o governante, serão lançados os concursos deste ano que visam integrar no SNS mais 1.200 médicos, entre profissionais de medicina geral e familiar e de especialidades hospitalares.

Ainda sobre o corte de 35% no que é pago aos médicos tarefeiros, Campos Fernandes afirmou o que os sindicatos médicos têm lembrado: “Que não seja um SNS de avençados, que derrete dinheiro para fora para contratos que são muitas vezes leoninos e que estão a prejudicar os médicos de carreira e que trabalham nos hospitais com o seu horário normal de trabalho”.

Processo "O negativo"
Três médicos foram hoje constituídos arguidos por fraudes no Serviço Nacional de Saúde, no processo "O negativo",...

A PJ refere que estão a ser investigados factos relacionados com a obtenção, por meios ilícitos, de uma posição de domínio no fornecimento ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) de produtos hemoderivados e plasma humano inativado.

Em causa estão a eventual prática de crimes de corrupção passiva e ativa, recebimento indevido de vantagem e branqueamento.

Os três médicos pertencem à especialidade de imunohemoterapia e tinham responsabilidades nos concursos em investigação.

A Polícia Judiciária (PJ) adianta, em comunicado, que participaram nas diligências 50 elementos daquela polícia, três juízes de instrução e três procuradores do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).

No âmbito da investigação "O negativo", a PJ indica que já constituiu mais cinco arguidos, efetuou duas detenções e realizou 27 buscas e outras diligências de prova, algumas das quais na Suíça e Alemanha.

Em 15 dezembro de 2016, o então administrador da Octapharma Paulo Lalanda e Castro foi detido na Alemanha, na sede da farmacêutica, através de um mandado de detenção europeu, mas foi posteriormente libertado pelas autoridades germãnicas, tendo, mais tarde, na qualidade de arguido sido ouvido em Portugal por um juiz de instrução criminal, por suspeitas de corrupção ativa e branqueamento de capitais.

Lalanda e Castro é também arguido nos processos “Operação Marquês” (que investiga o ex-primeiro-ministro José Sócrates) e no caso “Vistos Gold”.

Na operação "O negativo", o DCIAP investiga suspeitas de que Lalanda e Castro e o ex-presidente do INEM Cunha Ribeiro (também arguido) tenham acordado beneficiar a Octapharma utilizando para o efeito as funções e influência de cada um.

Lalanda e Castro demitiu-se da presidência da Octapharma quando rebentou o escândalo do negócio do plasma. Cunha Ribeiro foi detido a 13 de dezembro, e, juntamente com ele, estarão indiciados dois advogados e uma dirigente da Associação Portuguesa de Hemofilia.

Os factos remontam a 1999, quando a farmacêutica suíça Octapharma assegurou o concurso de venda de plasma inativado (uma componente do sangue) aos hospitais do Serviço Nacional de Saúde. Cunha Ribeiro era então presidente do júri do concurso e a farmacêutica assegurou um negócio que envolvia 137 milhões de euros, segundo números divulgados na altura pela imprensa.

Relatório Europeu Sobre Drogas
O mercado das drogas ilícitas na União Europeia vale cerca de 24 mil milhões de euros por ano, mais do que as vendas mundiais...

"De acordo com uma estimativa conservadora, o mercado retalhista de drogas ilícitas na União Europeia valia 24 mil milhões de euros em 2013 (margem provável de 21 mil milhões de euros a 31 mil milhões de euros)", refere o documento.

Num ano, neste caso em 2016, as vendas de música em todo o mundo atingiram os 15,7 mil milhões de dólares (cerca de 14,5 mil milhões de euros).

Na última década, o mercado de droga na União Europeia (UE) assistiu a um desenvolvimento de mercados 'online', com a emergência de tecnologias ligadas à internet, que coexistem em paralelo com o mercado físico de drogas.

Vendedores ‘online’ usam a internet comum - 'de superfície' - para venda de químicos ainda não controlados, de novas substâncias psicoativas ou de medicamentos falsificados ou contrafeitos.

Há ainda vendedores que trabalham na internet oculta, através de mercados privados e apoiados por tecnologia que esconde as identidades do comprador e do vendedor.

"Estes mercados partilham características com mercados em linha legítimos, como o eBay e a Amazon, permitindo aos utilizadores pesquisar e comparar produtos e vendedores. São utilizadas várias estratégias para ocultar as transações e a localização física dos servidores", indica o relatório do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência.

A Europa regista todos os anos mais de um milhão de apreensões de drogas ilícitas, tanto a consumidores como a traficantes e produtores.

A ‘cannabis’ é a droga com maior número de apreensões, correspondendo a 70% do total. Segue-se a cocaína, depois as anfetaminas, a heroína e o ‘ecstasy’.

Em 2015, Espanha, França e Reino Unido foram responsáveis por mais de 60% das apreensões feitas na UE.

Só a cocaína representa um valor mínimo de 5,7 mil milhões de euros no mercado de retalho na UE e, em 2015, foram comunicadas mais de 87 mil apreensões desta droga.

Portugal, Bélgica, Espanha, França e Itália representam 78% da estimativa de 69,5 toneladas apreendidas.

"Embora Espanha (22 toneladas) continue a ser o país que apreende mais cocaína, a Bélgica (17 toneladas) e a França (11 toneladas) apreenderam quantidades muito grandes em 2015, e foram comunicados aumentos consideráveis nos volumes apreendidos na Bélgica, na Alemanha e em Portugal, em comparação com o ano anterior", indica o relatório.

Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência
Mais de um quarto da população da União Europeia com idades entre os dos 15 e os 64 anos experimentou drogas ilícitas durante a...

De acordo com o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, mais de 93 milhões de pessoas na União Europeia já tinham experimentado drogas ilícitas, sendo a iniciativa mais frequente nos homens do que nas mulheres.

Segundo o relatório anual, hoje divulgado, os valores do último ano revelam que o consumo atinge principalmente a população adulta jovem, estimando-se que, só entre os 15 e os 34 anos, tenham consumido drogas 18,7 milhões de pessoas nos últimos 12 meses.

De toda a população adulta, dos 15 aos 64 anos, que no último ano admite o consumo de drogas, 23,5 milhões de pessoas tinham consumido ‘cannabis’, 3,5 milhões cocaína, 2,7 milhões ‘ectsasy’, 1,8 milhões anfetaminas e 1,3 milhões consumiram opiáceos.

As drogas estimulantes ilícitas (como cocaína e ‘ecstasy’) continuam a ser associadas a padrões de consumo diversos, mas todos os tipos possuem níveis de pureza mais elevados do que os referidos há uma década.

"Este setor das drogas ilícitas cresceu em complexidade, com a disponibilidade imediata de novos estimulantes", assinala o relatório.

O consumo de cocaína é mais elevado nos países ocidentais e do sul da Europa, enquanto o consumo de anfetaminas é mais evidente nos países do norte e do leste europeu.

Através de análises às águas residuais e dos dados das apreensões de droga, as autoridades julgam que a disponibilidade de cocaína possa estar novamente a aumentar nalgumas partes da Europa.

Quanto às drogas injetáveis, o consumo continua a registar uma diminuição, mas sem deixar de ser um "desafio para as políticas em matéria de saúde pública".

Diminuiu igualmente o número de infeções por VIH/sida atribuído ao consumo de drogas injetáveis, sendo que em 2016 foram comunicadas 1.233 infeções, que "é o menor número em mais de duas décadas".

O Observatório Europeu reconhece que está a suscitar uma "preocupação considerável" o aparecimento de opiáceos sintéticos muito potentes, que apresentam "riscos graves para a saúde pública".

União Europeia
Cerca de 80 mil apreensões de novas substâncias psicoativas foram notificadas na União Europeia em 2015, o que significa que o...

Na globalidade, as novas drogas ou substâncias psicoativas continuam a ser vistas como “um desafio considerável para a saúde pública”, apesar de estarem a surgir novas substâncias a um ritmo mais lento do que nos anos anteriores.

Estas substâncias, que não são abrangidas pelo controlo internacional de drogas, incluem uma vasta gama de substâncias sintéticas.

Em 2016, foram detetadas 66 novas substâncias psicoativas na União Europeia, quando em 2015 tinham sido identificadas 98. Ao todo, 620 substâncias eram monitorizadas pelo Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência.

Quanto às apreensões, foi efetuado um número recorde em 2015 de cerca de 80 mil apreensões destas novas drogas, quando em 2012 esse número ia pouco além das 30 mil apreensões.

A alteração do estatuto legal destas substâncias e o conhecimento da sua existência são alguns dos fatores que têm feito aumentar o número das apreensões.

Apesar de o ritmo da introdução de novas drogas estar a abrandar, há indícios de que a sua oferta e consumo possam estar a aumentar entre os consumidores mais crónicos e marginalizados.

“A utilização problemática de novas substâncias psicoativas está a tornar-se mais evidente em certos contextos e entre algumas populações vulneráveis. Por exemplo, o consumo de catinona injetável entre consumidores antigos e atuais de opiáceos tem sido associado a níveis mais elevados de problemas de saúde física e mental”, refere o relatório que hoje é divulgado.

Na maioria dos casos, estas novas substâncias são comercializadas como substitutos “legais” de drogas ilícitas. São geralmente produzidas a granel por empresas químicas e farmacêuticas da China, de onde são expedidas para a Europa, sendo transformadas em produtos, embaladas e vendidas.

Há também casos em que as substâncias têm origem em medicamentos que são depois desviados da cadeia legítima ou produzidos ilegalmente.

Segundo o Observatório, os dados disponíveis sugerem ainda um aumento de produção das novas substâncias psicoativas em laboratórios clandestinos na Europa.

Em Portugal existe, há quatro anos, legislação que proíbe estas novas substâncias, o que teve como consequência o encerramento das lojas conhecidas como ‘smartshops’.

Apesar disso, mesmo nos países em que há legislação, as novas drogas continuam a ser vendidas ilegalmente nas ruas e também na internet.

Relatório revela
Mais de 700 pessoas por mês morreram por 'overdose' na Europa em 2015, número que tem crescido nos últimos três anos,...

O documento do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência destaca a “preocupação com o número crescente de mortes por ‘overdose’ pelo terceiro ano consecutivo” e refere estimar-se que, em 2015, tenham morrido 8.440 pessoas dessa forma nos países da União Europeia, na Noruega e na Turquia.

Trata-se de um aumento de 6% em relação às estimativas de 7.950 mortes nos 30 países em 2014.

As mortes por ‘overdose’ estão sobretudo relacionadas com consumos problemáticos de heroína e outros opiáceos, sendo que os 1,3 milhões de consumidores problemáticos de opiáceos da Europa estão entre os mais vulneráveis.

Tal como nos anos anteriores, o Reino Unido (31%) e a Alemanha (15%) foram, conjuntamente, responsáveis por cerca de metade do total europeu das mortes por ‘overdose’, com 2.500 e 1.185 casos, respetivamente.

Aquelas percentagens estão relacionadas com a dimensão das populações de risco naqueles países, mas também ligadas ao facto de alguns Estados omitirem dados.

Em Portugal registaram-se 40 mortes por ‘overdose’ em 2015, o segundo ano em que se deu um aumento consecutivo deste tipo de mortalidade, segundo dados de um relatório nacional já apresentado em fevereiro deste ano.

O Observatório Europeu estima que haja na Europa 1,3 milhões de consumidores de opiáceos de alto risco, ou seja 0,4% da população jovem e adulta entre os 15 e os 64 anos.

Cinco países representam três quartos (76%) do total estimado de consumidores de opiáceos de alto risco na União Europeia: Alemanha, Espanha, França, Itália e Reino Unido.

Quanto às intervenções para prevenir ‘overdoses’ na Europa, há salas de consumo assistido em seis países da União Europeia e instalações também na Noruega. Portugal discute neste momento a criação destas chamadas “salas de chuto”.

Agência Nacional Erasmus + Educação e Formação
Agência Nacional que gere o programa Erasmus + considera que a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra apresentou, no período...

A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) é exemplo de boa prática a nível nacional no que toca à execução de projetos de mobilidade individual para fins de aprendizagem suportados pela União Europeia.

Quem o diz é a Agência Nacional Erasmus + Educação e Formação (ANE+EF), tendo por base a avaliação feita aos projetos de mobilidade da ESEnfC no período compreendido entre junho de 2015 e setembro de 2016, em que tiveram experiências de trabalho noutras instituições europeias 89 estudantes, 35 docentes e 5 não docentes.

A ANE+EF nota que “o projeto [da ESEnfC] apresenta uma excelente execução a nível do financiamento e das mobilidades promovidas2 – 118 executadas com financiamento comunitário e 11 a expensas da instituição –, o que resulta numa “gestão bastante positiva”.

O relatório final do projeto da ESEnfC foi aprovado com uma classificação de 90 (em 100 pontos), assinalando a ANE+EF que o programa “está claramente ao serviço da estratégia de modernização e internacionalização da instituição de ensino superior, a qual regista uma progressão quantitativa e qualitativa assinaláveis, investindo diversificados recursos humanos e financeiros (cofinanciamento correspondente a 5% da subvenção concedida), bem como uma atuação consequente e profícua no acompanhamento das atividades”.

“Existe consequência na seleção dos participantes”, “é excelente a indicação de recurso aos testemunhos de anteriores participantes” e “são muito positivas as soluções complementares de preparação linguística garantidas pela instituição, para públicos in e out”, são outros elogios feitos ao desempenho da ESEnfC neste domínio.

A ANE+EF conclui que existe uma “equipa sólida e transversal, responsável pela implementação e gestão do programa, confirmando-se abordagem verdadeiramente institucional e um desempenho assinalável pelos excelentes índices de execução/resultados obtidos”.

Para Fernando Amaral, coordenador do Gabinete de Relações Nacionais e Internacionais (GRNI) da ESEnfC, “esta avaliação está em linha com o esforço que a Escola tem desenvolvido para incentivar a mobilidade internacional dos seus estudantes e com a estratégia que a equipa do GRNI tem desenvolvido no sentido de divulgar e promover as vantagens da internacionalização”.

O professor da ESEnfC responsável pelas Relações Internacionais, que esteve no início deste mês a apresentar a experiência de “boa prática” da Escola na gestão de projetos de mobilidade – numa reunião de monitorização geral organizada em Lisboa pela ANE+EF –, ressalta “a forma como a equipa do GRNI funciona, a relação que estabelece com os estudantes, o modo como se divulgam as atividades Erasmus, nomeadamente na semana internacional, e ainda a garantia de creditação da formação desenvolvida no exterior”. 

Liga Portuguesa Contra o Cancro
A Liga Portuguesa Contra o Cancro apresenta hoje, a 3ª Edição do Guia dos Direitos Gerais do Doente Oncológico, uma publicação...

Focada na missão de apoio ao doente oncológico e família, a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) reúne, neste livro, toda a informação relevante para que seja possível a promoção de um maior conhecimento dos doentes e de toda a sociedade sobre os Direitos dos Doentes Oncológicos. Em complemento desta publicação, a atual Direção Nacional da LPCC pretende ainda criar, em todos os Núcleos Regionais, um Gabinete de Apoio ao Doente e Família, que permita disponibilizar um apoio jurídico adequado.

A nível europeu, o cancro é já considerado o principal problema de saúde pública. Embora a sua incidência continue a aumentar, verifica-se também um número cada vez maior de casos bem-sucedidos de cura e sobrevivência de longa duração com qualidade de vida. É, por isso, essencial garantir que os direitos sejam assegurados.

Para Vítor Veloso, Presidente da LPCC, “todos os dias assistimos ao atropelo dos Direitos dos Doentes Oncológicos, ainda que estes direitos sejam suportados por numerosa legislação que está, infelizmente, dispersa e mal difundida”.

“Este livro pretende servir de base para que os doentes, as famílias, e toda a sociedade possam estar cientes dos seus direitos. Ao mesmo tempo, esta publicação vai permitir que as instituições de saúde, as seguradoras, as entidades bancárias, a segurança social, a autoridade tributária e também os empregadores possam estar conscientes dos direitos fundamentais dos doentes e, assim, agir em conformidade”, acrescenta do Presidente da Liga.

A primeira edição deste livro foi realizada em 2011 e, desde esta altura, foi ainda publicada uma versão atualizada em 2014. A terceira e atual edição do livro está disponível nos Núcleos Regionais da Liga e no site da LPCC, através de download

Evolução clínica tem sido "normal"
Lourenço, o “bebé-milagre” que assim foi apelidado por nascer de uma mãe em morte cerebral, completa quarta-feira um ano e a...

A criança nasceu a 07 de junho do ano passado, com 2,350 quilos, depois de uma gestação de 32 semanas com a mãe em morte cerebral desde o dia 20 de fevereiro de 2016.

O caso, inédito em Portugal e raro no mundo, foi divulgado em conferência de imprensa da unidade de saúde que o realizou, o Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC), a cuja equipa o Presidente da República deu os parabéns.

A mãe da criança, 37 anos, sofreu uma hemorragia intracerebral no dia 20 de fevereiro, grávida de 17 semanas de um feto que se revelou viável.

Perante este quadro, e segundo revelou o CHLC aquando do anúncio do nascimento do Lourenço, esta unidade de saúde solicitou ao Ministério Público que tutelasse a vida do bebé, o que foi aceite, transformando este caso também inédito do ponto de vista legal.

O bebé foi internado na Maternidade Alfredo da Costa (MAC), que pertence ao CHLC, rodeado da máxima atenção.

Teresa Tomé, chefe da unidade de Neonatologia desta instituição, disse à agência Lusa que “o Lourenço teve uma evolução de acordo com a sua idade gestacional”.

Na altura do seu nascimento existiam muitas dúvidas sobre as sequelas que este tipo de gestação poderia deixar na criança, nomeadamente o facto de ter deixado de ouvir a voz da mãe às 20 semanas.

Um ano depois, esta especialista adiantou que a criança tem sido observada na consulta externa da instituição e, “até ao momento, os exames efetuados e a evolução clínica têm sido normais”.

“É um facto invulgar, sobretudo também pelo suporte conseguido à mãe e pela boa evolução do recém nascido”, afirmou.

A mãe tinha manifestado vontade de levar avante a gravidez, caso algo lhe acontecesse, e a manutenção da gravidez foi decidida após um parecer nesse sentido da Comissão de Ética e Direção Clínica do CHLC, em conjunto com a decisão da família da mãe e da família paterna da criança.

Até ao momento, não se registou um Portugal outro caso semelhante.

Estudo revela
No próximo dia 08 de junho, no âmbito da 9ª edição da reunião Personalized Health Care in Oncology será apresentado um estudo...

Este estudo elaborado pela GFK Metris, a pedido da Roche, e que será comentado por Gabriela Sousa, Presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia, inquiriu 1216 pessoas com mais de 18 anos e residentes em Portugal Continental. Os dados revelam ainda um desconhecimento sobre o impacto que as novas tecnologias oncológicas têm na vida dos doentes. Aliás, 44% dos inquiridos não o conseguem identificar, contra 52% que lhes reconhecem um impacto positivo ou até mesmo muito positivo.

Os desafios, os avanços e as conquistas no diagnóstico e tratamento de tumores como o cancro do pulmão, melanoma, cancro coloretal ou cancro da mama são alguns dos temas em destaque, debatidos por especialistas nacionais e internacionais, que se juntam a uma plateia de dezenas de outros profissionais de saúde. A imuno-oncologia será o fio condutor, com apresentações e discussões sobre esta forma de tratamento, que se socorre do sistema imunitário dos doentes para ajudar a combater o cancro.

Mais informações sobre o que é a imunoterapia e a sua forma de atuação estão disponíveis em imunoterapia.pt, um site acabado de lançar, que procura colmatar esta falta de conhecimento sobre o tema.

No Porto
Uma caixa de medicamentos eletrónica que ajuda doentes e idosos a tomar a medicação foi desenvolvida por alunas do ensino...

"A caixa tem seis compartimentos enumerados, inclusive em braille", que só abrem segundo as indicações registadas numa aplicação instalada nos 'smartphones', criada para controlar a toma e a reposição da medicação, explicou à Lusa Mariana Garcéz, aluna de Enfermagem da Escola Superior de Santa Maria, no Porto.

Juntamente com as colegas Diana Mota e Catarina Cardoso, desenvolveu o projeto MedBOX, que estará disponível em breve, e que se prevê ser "uma solução do presente a pensar no futuro".

Para além de controlar a abertura da caixa e emitir avisos sonoros, luminosos ou vibratórios, para lembrar o doente da toma dos remédios, a aplicação permite saber qual a medicação utilizada, registo que pode ser feito de forma manual ou apontando a câmara do telemóvel para o código de barras das caixas de medicamentos.

De acordo com a aluna, esta solução possibilita também registar a glicemia, a tensão arterial e o colesterol, bem como a ficha médica do doente, o que facilita o trabalho do médico e do utente, podendo ser utilizada em casa, em lares, em hospitais e em centros de dia.

A aplicação contém ainda o 'modo cuidador', sendo este um recurso caso o doente "não consiga ser independente", delegando funções a outra pessoa que, por sua vez, "faz o controlo da aplicação e dos registos médicos", acrescentou.

Na 1.ª Mostra Nacional de Empreendedorismo, evento organizado pela Fundação da Juventude, iniciado na segunda-feira, estão em competição os 50 melhores projetos selecionados a partir do Concurso Nacional de Jovens Empreendedores, que se realizou pela primeira vez este ano.

Durante a mostra, será também apresentada uma aplicação para motociclos, desenvolvida por finalistas da Licenciatura em Engenharia de Sistemas, do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP).

Esta solução contém um sistema de controlo do depósito, "que contabiliza a quantidade combustível ou energia (elétrica) que existe no depósito do motociclo", através de um sensor que envia uma mensagem para a aplicação, indicando-lhe "quantos quilómetros é possível ainda percorrer", explicou Leonel Patrício, um dos criadores.

A aplicação, que, segundo o universitário, "para já ainda está no papel", permite localizar o capacete ou o motociclo, em caso de perda ou de roubo, recorrendo a dois sensores de localização que funcionam como um recetor GPS, fornecendo as coordenadas geográficas no dispositivo móvel.

Um sistema de segurança é outra das funcionalidades da aplicação e tem como principal objetivo "garantir o uso de capacete", enquanto o motociclo se encontra em funcionamento, através de sinais sonoros emitidos pelo 'smartphone', caso se verifique, através dos sensores de pressão, que este não está colocado, concluiu.

A Mostra Nacional de Empreendedorismo, que visa promover o empreendedorismo criativo e social, envolve 140 participantes, orientados por mais de 35 professores de cerca de 40 instituições de ensino.

Aos três trabalhos vencedores ao nível do ensino superior serão atribuídos prémios no valor total de três mil e quinhentos euros, enquanto aos quatro primeiros projetos do ensino secundário serão entregues prémios que totalizam dois mil e quinhentos euros.

Evite alimentos com açúcar adicionado
Presente na nossa alimentação diária, o açúcar é um dos maiores vilões do século XXI.

O açúcar é por definição a unidade básica constituinte de todos os hidratos de carbono.

A glicose, frutose e galactose são monossacáridos, isto é, açúcares constituídos por uma unidade apenas. A sacarose (açúcar de mesa), a lactose (açúcar do leite) e a maltose são dissacáridos constituídos por duas unidades de açúcar.

Existem ainda polissacáridos que são constituídos por 10 ou mais monossacáridos e se dividem em dois grupos, de reserva (amido e glicogénio) e estruturais (celulose, pectina e goma guar).

A Organização Mundial de Saúde recomenda que a ingestão de açúcar não ultrapasse os 5% do total de energia ingerida diariamente, o que para um adulto saudável representa cerca de 25 g de açúcar por dia. Tendo em conta que 1 copo (200 ml) de ice tea tem 12 g de açúcar, 1 barra de cereais (25g) tem 16 g de açúcar e 1 iogurte de soja frequentemente tem mais 10 g de açúcar por copo, é fácil perceber que facilmente se excede as recomendações indicadas.

O ideal é optar por alimentos nos quais o açúcar está naturalmente presente, tais como a fruta e os lacticínios magros, evitar ao máximo a adição de açúcar a bebidas ou alimentos e guardar os bolos, biscoitos, sobremesas doces, compotas e marmeladas somente para ocasiões especiais. Mesmo as bolachas e cereais de pequeno-almoço “integrais” ou “diet” podem apresentar elevada quantidade de açúcar adicionado, razão pela qual, devemos estar atentos e proceder a uma análise cuidada do rótulo.

Em suma, o total diário de açúcar ingerido, em açúcar de mesa e produtos açucarados, não deveria ultrapassar as 5 a 6 colheres de chá de açúcar. Para termos uma ideia, apenas uma lata de refrigerante tradicional pode conter até 10 colheres de chá de açúcar!

Segundo o Regulamento (UE) Nº 1169/2011, entende-se por açúcares “todos os monossacáridos e dissacáridos presentes nos géneros alimentícios, excluindo os polióis”. Por isso, nos rótulos dos alimentos podemos encontrar açúcares de diversas formas e com diferentes designações.

Quando encontrar os seguintes nomes, lembre-se que está a consumir açúcares:


Como encontrar açúcar nos rótulos 
 

Quais são, em geral, as principais fontes de açúcar?

Bebidas açucaradas como refrigerantes, sumos e néctares; sobremesas doces; gelados; bolos, biscoitos, bolachas, cereais de pequeno-almoço para crianças; chocolates; rebuçados; caramelos; frutas cristalizadas; chocolate em pó; doces, compotas e marmelada; iogurtes açucarados; bebidas vegetais como bebida de soja e de arroz; mel.

Pergunta comum nas consultas de nutrição… O açúcar alimenta o cancro?

Todas células, cancerígenas ou não, utilizam a glicose como fonte de energia, ou seja, todas são “alimentadas” por este açúcar.

Muitos doentes oncológicos evitam os hidratos de carbono, ou tentam mesmo eliminá-los da alimentação, pois acreditam que o açúcar pode promover o crescimento das células cancerígenas. Contudo, quando se pretende a manutenção de um adequado estado nutricional e quando se está perante os efeitos secundários do cancro e dos tratamentos, esta atitude pode tornar-se perigosa.

A explicação para esta crença baseia-se, em geral, no seguinte:

Alguns tipos de células cancerígenas apresentam uma grande quantidade de recetores para a insulina, sendo mais sensíveis que as restantes células que as células saudáveis à capacidade da hormona promover o seu crescimento. A relação é, assim, indireta e complexa, quando se fala do crescimento de um tumor já existente, o qual pode ser estimulado não pelo açúcar em si mas através da relação entre o tumor, os níveis elevados de insulina e de fatores de crescimento do tumor.

O que está em causa é uma dieta excessiva, rica em açúcares, o que não se relaciona apenas com o cancro mas também com tantas outras doenças crónicas.

Ainda um dado adicional… eliminação dos hidratos de carbono da alimentação é causadora de stress, o que contribui para a ativação de mecanismos que aumentam a produção hormonal e que podem elevar os níveis de açúcar no sangue e prejudicar a função imunitária.

Assim, uma alimentação saudável e a prática de atividade física regular são pontos fundamentais na prevenção do cancro mas também para o prognóstico e qualidade de vida dos doentes oncológicos.

Em suma…

Os hidratos de carbono são imprescindíveis para satisfazer as necessidades energéticas diárias do organismo. No entanto, nem todos têm uma ação benéfica pelo que se deve optar por opções mais saudáveis.

Dentro dos hidratos de carbono simples (de absorção rápida), podemos encontrar os alimentos refinados, nomeadamente o açúcar, bolos, refrigerantes, que nos fornecem as chamadas “calorias vazias”, por apresentarem um menor teor em vitaminas, minerais e fibras.

Nos hidratos de carbono complexos (de absorção lenta) podemos encontrar os cereais integrais, a batata, arroz, massa e as leguminosas secas – feijão, grão, lentilhas – que apresentam um maior teor de vitaminas, minerais e fibra.

Uma forma de percebermos o teor de hidratos de carbono dos alimentos é através do seu rótulo. Recomendam-se alimentos sólidos com menos de 5g/100g de açúcares e bebidas com menos 2,5g/100g. Outra forma de análise é, ao total de gramas de hidratos de carbono devemos subtrair o total de gramas de fibra. Os alimentos que apresentam uma diferença menor serão os mais indicados.


Sara Torcato Parreira
Enfermeira Especialista/Co-coordenadora do Conselho Técnico-Cientifico do Projeto Nutrição Oncológica, da aTTitude, IPSS


Ana Rita Lopes
Nutricionista/Co-coordenadora do Conselho Técnico-Científico do Projeto Nutrição Oncológica, da aTTitude, IPSS

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo europeu conclui
Apesar de ser um grave problema nos idosos, Portugal não tem qualquer política para lidar com a polimedicação (polifarmácia,...

Desenvolvido, ao longo dos últimos dois anos, por uma equipa multidisciplinar de 10 instituições da Alemanha, Espanha, Grécia, Itália, Polónia, Portugal, Reino Unido e Suécia, o SIMPATHY (Stimulating Innovation Management of Polypharmacy and Adherence in The Elderly) foi coordenado pelo Governo da Escócia e obteve um financiamento de um milhão de euros da União Europeia (UE) através do 3º Programa Europeu de Saúde.

O estudo, que contou ainda com a colaboração da Universidade de Lisboa (UL), teve como objetivo estudar o impacto da polimedicação e da adesão à terapêutica na saúde da população mais idosa.

A equipa, constituída por cerca de meia centena de especialistas e investigadores, efetuou o levantamento do “estado de arte” do problema e realizou vários estudos de caso nos países parceiros do projeto, concluindo que, no caso de Portugal, “não há qualquer política para lidar com este problema que já assume dimensões preocupantes e que se irá agravar nos próximos anos, considerando que, em 2060, Portugal será o país da União Europeia com o maior decréscimo de natalidade e maior aumento no número de idosos com doenças crónicas”, alerta João Malva, coordenador da equipa portuguesa.

Com “esta tensão demográfica”, salienta o especialista da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (UC), “é urgente encontrar soluções. Caso contrário, o impacto na sociedade e no Sistema Nacional de Saúde será crítico. Não podemos esquecer que as patologias crónicas associadas ao envelhecimento são múltiplas, potenciando a polifarmácia e aumentando o risco para os idosos. Além disso, acarretam elevados custos económicos e sofrimento às famílias”.

O investigador nota que “cerca de 40% das pessoas que toma 5 ou mais medicamentos, não o faz de forma apropriada, e cerca de 50 % das hospitalizações que acontecem devido a medicação excessiva seriam evitáveis se existisse um plano de revisão da polifarmácia”.

Questionado sobre a existência de boas práticas no espaço europeu em relação a esta matéria, João Malva afirma que o “Reino Unido, em especial a Escócia e Irlanda do Norte, e a Suécia” são exemplos a seguir.

Deste estudo resultou, também, um Manual de Diagnóstico da Situação de Polimedicação no Idoso na Europa, onde são indicadas seis grandes recomendações para implementação de Programas de Revisão da Polifarmácia em todos os Estados-Membros da UE, entre as quais, o uso de abordagens multidisciplinares nos Sistemas Nacionais de Saúde, encarando o problema de forma holística; a promoção de uma cultura que valorize a segurança e a qualidade na prescrição de medicamentos; e a recolha de dados nacionais que auxiliem a tomada de decisão política.

O Manual, dirigido aos profissionais de saúde, especialmente médicos, enfermeiros e farmacêuticos, e aos decisores políticos, tem o editorial assinado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), reconhecendo a importância deste trabalho, e está disponível gratuitamente na Página Web do projeto: SIMPATHY.

Estudo
Os portugueses perdem em média 1,4 dias de trabalho num ano devido a dores corporais, o que tem um custo estimado para a...

Dos 15 países europeus analisados no estudo promovido por uma multinacional farmacêutica, Portugal surge como o quarto país com maior prevalência semanal de dores no corpo (61% das pessoas).

Em relação às dores de cabeça, Portugal surge alinhado com a tendência global, com menor prevalência semanal destas dores (16% de casos).

O estudo, que em Portugal avaliou 500 pessoas, indica que as mulheres têm mais tendência para sofrer regularmente de dores corporais do que os homens.

Apesar das elevadas taxas de dor entre os portugueses, Portugal apresenta uma das mais reduzidas proporções de atestados médicos devido à dor.

Os portugueses relacionam diretamente as suas dores com o trabalho e um em cada 10 trabalhadores diz que a dor prejudica o seu progresso na carreira, ao afetar o seu desempenho e produtividade.

Além do impacto económico da dor, há ainda o impacto emocional ou psicológico, com sete em cada 10 pessoas a afirmarem que a sua qualidade de vida diminui quando sentem dores.

Para se tratarem, os portugueses recorrem sobretudo a medicamentos prescritos pelo médico nas dores corporais, mas quando se trata de dor de cabeça mais de metade recorre a medicamentos não sujeitos a receita médica.

O estudo, que é hoje apresentado, mostra ainda nas pessoas com mais de 55 anos afetadas por dores corporais, uma em cada quatro ignora a dor e espera que passe.

A análise foi feita entre setembro e novembro de 2016 em 32 países, contemplando mais de 19 mil entrevistados.

Novo balanço
O número de casos confirmados este ano de sarampo em Portugal subiu para 31, num total de 158 notificações, divulgou a Direção...

De acordo com a última atualização de dados disponível na página da internet da Direção-Geral da Saúde (DGS), mais de metade dos casos (61%) ocorreram em pessoas não vacinadas, 42% em profissionais de saúde e quase metade (45%) dos casos confirmados precisaram de internamento.

O boletim epidemiológico da DGS indica ainda que a região de Lisboa e Vale do Tejo é aquela que apresenta mais casos confirmados (22), 12 dos quais em pessoas não vacinadas, e um óbito.

Oito dos 22 casos confirmados na Região de Lisboa e Vale do Tejo precisaram de internamento, mas todos os doentes já tiveram alta.

Na região do Algarve, a DGS registou sete casos confirmados de sarampo, cinco dos quais em não vacinados. Quatro dos casos ocorreram em crianças com idade inferior a um ano e todas as cinco pessoas que precisaram de internamento já tiveram alta.

A DGS registou ainda um caso (importado) na região Norte, de uma criança na faixa etária 1-4 anos que não estava vacinada, precisou de ser internada, mas já teve alta hospitalar.

Na região do Alentejo foi igualmente registado um caso (importado), uma criança do grupo etário 5-9 anos que não estava vacinada.

No passado mês de abril, depois da morte de uma jovem de 17 anos com sarampo, o Governo emitiu um despacho a obrigar as escolas a comunicarem aos delegados de saúde os casos de alunos que não tivessem as vacinas em dia, de acordo com o Programa Nacional de Vacinação (PNV).

O objetivo de as escolas transmitirem esta informação aos delegados de saúde é, segundo o despacho, “promover o aconselhamento e esclarecimento adequados”, bem como sensibilizar as famílias para os benefícios da vacinação.

Já na semana passada, numa entrevista ao jornal Público, o ministro da Saúde admitiu a hipótese de os pais terem de assinar durante as matrículas escolares um documento que funcionará como uma responsabilização moral para quem opta por não vacinar os filhos.

O ministro Adalberto Campos Fernandes garantiu no início deste mês não haver razões para “medidas de natureza restritiva ou punitiva” quanto à vacinação de crianças, defendendo antes “diálogo com os cidadãos”.

As vacinas do PNV, que são gratuitas, não são obrigatórias, mas geralmente as escolas, públicas e privadas, pedem o boletim vacinal dos alunos no ato da matrícula ou da inscrição.

A vacinação é o meio de prevenção mais eficaz contra o sarampo, uma doença altamente contagiosa e que, ainda que geralmente tenha evolução benigna, pode gerar complicações graves e até levar à morte.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Portugal continental e os arquipélagos da Madeira e Açores apresentam hoje risco ‘muito elevado’ e ‘elevado’ de exposição à...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), as regiões de Beja, Viana do Castelo, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Penhas Douradas, Leiria, Lisboa, Portalegre, Santarém, Setúbal, Sines, Vila Real, Viseu, Aveiro, Porto, Funchal e Porto Santo (Madeira) e Ponta Delgada (ilha de São Miguel, nos Açores), Angra do Heroísmo (Terceira) e Horta (ilha do Faial) estão hoje em risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação ultravioleta (UV).

A exceção vai para Ponta Delgada (ilha de São Miguel) e Santa Cruz das Flores (ilha das Flores) com ‘risco elevado’.

Para as regiões com risco 'muito elevado' e 'elevado', o Instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

O IPMA prevê para hoje nas regiões norte e centro do continente céu geralmente muito nublado, tornando-se gradualmente pouco nublado ou limpo a partir do final da manhã, e períodos de chuva fraca ou chuvisco até ao meio da manhã, em especial no litoral.

A previsão aponta ainda para vento fraco a moderado de oeste, rodando para noroeste a partir da manhã, e tornando-se moderado a forte no litoral a partir da tarde e pequena subida de temperatura, em especial da mínima.

No sul prevê-se céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade até meio da manhã, vento fraco a moderado de noroeste, rodando para sudoeste durante a tarde na costa sul do Algarve, e soprando moderado a forte no litoral oeste durante a tarde, por vezes com rajadas até 60 quilómetros por hora e pequena subida da temperatura mínima.

Para a Madeira prevê-se céu geralmente muito nublado, diminuindo temporariamente de nebulosidade durante a tarde, possibilidade de ocorrência de aguaceiros fracos nas vertentes norte durante a manhã e vento moderado de nordeste, soprando forte nas terras altas, em especial até ao fim da manhã, e no extremo leste da ilha.

Nos Açores prevê-se períodos de céu muito nublado, tornando-se encoberto, neblinas, períodos de chuva para o fim do dia e vento fraco a bonançoso.

Em Lisboa as temperaturas vão variar entre 16 e 25 graus celsius, no Porto entre 13 e 21, em Vila Real entre 13 e 25, em Viseu entre 12 e 24, em Bragança entre 12 e 25, na Guarda entre 11 e 22, em Coimbra entre 13 e 24, em Castelo Branco entre 13 e 28, em Santarém entre 14 e 27, em Portalegre entre 12 e 27, em Évora entre 14 e 29, em Beja entre 14 e 30 e em Faro entre 16 e 29.

Agora deve-lhe a vida
José Carlos Luz é o primeiro português com um dispositivo conhecido por “coração artificial”, que inicialmente recusou, mas ao...

Três meses após ser notícia por se tornar no primeiro português a receber um dispositivo de assistência circulatória interno, conhecido por “coração artificial”, José Carlos Luz contou que inicialmente recusou a proposta da equipa médica, por recear a intervenção e porque não existia outro em Portugal.

A doença que o acompanha há 30 anos chama-se cardiomiopatia dilatada, à qual mais tarde se juntou uma diabetes e uma insuficiência renal, um quadro clínico que o obrigou a “internamentos sucessivos” e que o impossibilitava de receber um transplante.

“O meu coração estava muito debilitado e tinha pouco tempo de vida”, disse.

A proposta de receber um “coração artificial” chegou pelo cirurgião cardiotorácico José Fragata, do Hospital de Santa Marta (Centro Hospitalar de Lisboa Central).

“Como tenho 65 anos, em princípio hesitei. Tive aquele receio, agradeci na mesma, mas a resposta foi um não”.

Passado uns dias, uma crise muito grande causou-lhe falta de ar e José Carlos Luz perdeu a mobilidade. Decidiu, com a mulher, aceitar a proposta de José Fragata.

Da operação nada se lembra, recordando apenas as dificuldades dos primeiros tempos pós-operatório, cuja adaptação custou “um bocado”.

“Consegui estabilizar a diabetes e a função renal. Foi mais demorado, porque eu tinha vários problemas, mas agora já consegui assinalar que foi bom para mim, uma vez que estou a sentir grandes melhoras. Já ando e não me canso”, contou.

Sobre o aparelho – uma bomba muito diferenciada, que funciona por levitação magnética, aspira o sangue da ponta esquerda do coração e injeta na aorta – José Carlos Luz reconheceu que no início faz confusão a ligação às baterias e os alarmes.

Isto porque o dispositivo ligado por uma 'drive line' que sai pela parede abdominal do doente liga-se a um conjunto de baterias durante o dia. À noite, a ligação faz-se a um carregador que está ligado à eletricidade e garante o seu funcionamento.

“Causa-nos um bocadinho de pânico aparente, mas depois adaptamo-nos facilmente”, declarou.

Para tal também contribuiu a mulher e a família que receberam “uma formação”, seja de como fazer o penso, como a tratar com a parte da tecnologia e do equipamento.

O doente só mais tarde soube do alarido que esta intervenção pioneira em Portugal causou. Mas já o tinha previsto, pois sabia que ia ser “o primeiro”.

E hoje tem consciência de que esta intervenção é também uma esperança para os outros: “Uma pessoa, no estado em que eu estava era muito difícil, com falta de ar, em momentos de crise, sem forças para por os braços no ar para agarrar o chuveiro na altura do banho”.

“Felizmente agora já tomo banho sozinho, quase normal”, disse, lembrando que o “coração artificial” devolveu-lhe os movimentos, estabilizou a insuficiência renal, pois estava a um passo de ter de fazer hemodiálise, o que já não é necessário, além de controlar a diabetes.

Agora, “é tempo da reabilitação, com vários exercícios como tapete, alongamento, andar de bicicleta. Custa-me um bocadinho, por causa da idade, mas tenho de fazer, para o meu bem”.

José Carlos Luz juntou-se às 1.200 pessoas que em todo o mundo receberam um coração artificial desta geração e que chegam a viver 11 a 12 anos.

Cada dispositivo custou 100 mil euros, sendo obrigatória a aquisição de dois, num total de 200 mil euros. A este valor acrescem os 7.000 euros que, por norma, custam a produção por doente nesta unidade de saúde.

ARS Norte
A Administração Regional de Saúde do Norte anunciou um investimento de 1,2 milhões de euros no concelho de Braga, sendo metade...

Em comunicado, a Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN) refere que a construção, de raiz, daquela unidade de saúde arrancará ainda este ano e que as obras ficarão concluídas até final de 2018.

Por outro lado, o Centro de Respostas Integradas (CRI) de Braga vai ser instalado em casa própria, num investimento de 260 mil euros.

Atualmente, o CRI encontra-se instalado num espaço arrendado que, segundo a ARSN, é exíguo, está degradado e afigura-se desadequado ao fim a que se destina.

Por ano, a ARSN tem pago uma renda de 15 mil euros.

A empreitada para a construção da nova casa do CRI já foi a concurso público e a empresa adjudicatária terá 120 dias para dar os trabalhos por concluídos.

A ARSN vai ainda investir 180 mil euros na requalificação e adaptação da Unidade de Saúde de Ruães, com conclusão prevista até final deste ano.

Em novembro, a Unidade de Saúde de Tadim apresentar-se-á também de cara lavada, fruto de obras de requalificação e adaptação, orçadas em 150 mil euros.

“Estes investimentos surgem numa fase em que, finalmente, toda a população do concelho de Braga já pode contar com a sua Equipa de Saúde Familiar, ou seja, todos os utentes têm médico de família, não havendo população a descoberto no âmbito da Medicina Geral e Familiar”, sublinha o comunicado.

EUA
A Casa Branca espera que o Congresso dos Estados Unidos aprove este verão a reforma do sistema de saúde, impulsionada pelo...

Em conferência de imprensa, na segunda-feira, o diretor de Assuntos Legislativos da Casa Branca, Marc Short, reconheceu que custa aos republicanos dar prioridade às duas reformas em causa devido à abertura das investigações relacionadas com a Rússia.

“Não há dúvida que manter os congressistas concentrados nas investigações afeta a nossa agenda legislativa”, afirmou.

Não obstante, Marc Short afirmou que a Casa Branca espera que o Senado dê ‘luz verde’ à reforma do sistema de saúde antes da paragem de agosto.

A reforma, aprovada pela Câmara dos Representantes, no início de maio, após várias semanas de negociação na bancada republicana e duas tentativas falhadas, visa revogar e substituir a emblemática lei do anterior Presidente norte-americano, Barack Obama.

A Casa Branca também tem nos seus planos apresentar a reforma fiscal ao Congresso depois de 04 de setembro, Dia do Trabalhador nos Estados Unidos (“Labor Day”), segundo o mesmo responsável.

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