Associação Portuguesa da Castanha
O combate à vespa das galhas do castanheiro intensificou-se este ano com a realização, em cerca de 50 municípios, de 301...

A denominada luta biológica está a ser concretizada pela Associação Portuguesa da Castanha – RefCast, com sede em Vila Real, direções regionais de agricultura do Norte, Centro e Madeira e pelos municípios onde estão a ser feitas as largadas.

José Gomes Laranjo, presidente da RefCast e investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), disse que se tem verificado uma dispersão da praga, como era esperado quando foi detetado o primeiro foco de infestação em 2014, e frisou que se está a “acompanhar devidamente a situação”.

O método mais eficaz de combate à vespa é a luta biológica e as primeiras largadas foram feitas há dois anos.

Nesta primavera, segundo José Gomes Laranjo, foram realizadas 301 largadas, em cerca de meia centena de municípios. No ano passado, foram feitas 104 largadas em cerca de 30 concelhos.

A luta biológica consiste na largada dos parasitoides ‘Torymus sinensis’, insetos que se alimentam das larvas que estão nas árvores e são capazes de exterminar a vespa.

Trata-se, segundo o investigador, de um “processo complicado” que leva “quatro a cinco anos a ser evidente”.

No entanto, revelou que os resultados preliminares mostram que o parasita se está a conseguir instalar e a reproduzir, ainda que a percentagem seja muito reduzida.

“Os dados experimentais mostram que, ao final do primeiro ano, há apenas cerca de um por cento de galhas que estão parasitadas, o que diz bem da dificuldade do processo no momento inicial. Mas, depois, ele começa a alargar de uma forma exponencial e, ao fim de quatro a cinco anos, já devemos ter cerca de 70 a 80% das galhas parasitadas”, explicou.

O responsável apontou ainda uma ligação da praga às condições climáticas.

Ou seja, segundo José Gomes Laranjo, nas zonas com climas “mais quentes e húmidos” é onde, de facto, a praga se “está a desenvolver com mais agressividade” e onde há, neste momento, “concelhos mais infestados”.

O responsável exemplificou com as zonas do Minho, do Douro e da Madeira.

“Ela (a vespa) encontra aqui um quadro de desenvolvimento tal que, depois de entrar, rapidamente atinge níveis de ataque brutais”, frisou.

Isto aliado, na sua opinião, às variedades de castanha, pode ajudar a explicar porque é que em Trás-os-Montes, território muito quente e seco, a praga não tem a mesma agressividade.

José Gomes Laranjo afirmou que Portugal está a “atuar com a rapidez possível e que a praga deixa”. O objetivo é impedir que se atinja o “estado calamitoso” verificado em outros países da Europa, como Itália, onde esta praga provocou quebras brutais na produção.

Em 2016, Portugal produziu cerca de 45 mil toneladas de castanha. É uma produção com um peso económico relevante em algumas zonas do país, pelo que se tem verificado uma grande mobilização na luta contra a vespa, por parte de autarquias e produtores.

Foi precisamente para unir esforços no combate à vespa das galhas do castanheiro que foi assinado o protocolo “Biovespa”, que junta a RefCast e 56 municípios.

Procriação medicamente assistida
O Presidente da República promulgou hoje, embora deixando reparos, o diploma do parlamento que regula a conservação e...

Com origem numa proposta do Governo, este diploma que procede à quarta alteração à lei da procriação medicamente assistida (PMA) foi aprovado em votação final global no parlamento no dia 19 de maio, com votos a favor de PS, BE, PCP, PEV, PAN e votos contra de PSD e CDS-PP, e seguiu para promulgação há duas semanas, no dia 27 de junho.

Numa nota divulgada no portal da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa refere que decidiu promulgar o diploma, "considerando embora que a relevância da matéria exigiria maior diligência no contacto previsto" com "os titulares do material biológico" que é exigido para o descongelamento e eliminação de embriões criopreservados em data anterior à entrada em vigor da lei que regula a PMA, de 2006.

O diploma estabelece que esse contacto "é efetuado por carta registada com aviso de receção, remetida para a morada referida pelo casal aquando dos tratamentos", e dá-lhes "um prazo de 30 dias para transmitir a sua decisão", permitindo, "na ausência de resposta", que os embriões sejam "descongelados e eliminados por determinação do diretor do centro de PMA".

"Nas situações em que a carta referida no número anterior seja devolvida, considera-se que o contacto foi estabelecido" e que se pode avançar com a eliminação dos embriões.

Na nota hoje divulgada, Marcelo Rebelo de Sousa manifesta reservas quanto a este ponto, defendendo a "supressão da presunção de contacto", mas considera que "a regulamentação do diploma pode ainda, por exemplo, ir além da mera utilização da morada inicial e prever a aludida afetação dos embriões aos fins de investigação".

Quanto aos "espermatozoides, ovócitos, tecido testicular e tecido ovárico que tenham sido criopreservados em data anterior à entrada em vigor" da lei da PMA, o diploma determina que "podem ser descongelados e eliminados por determinação do diretor do centro de PMA, nas situações em que não tenha existido contacto, nos últimos cinco anos, por parte do titular do material biológico com o centro de PMA".

O destino dos embriões, espermatozoides, ovócitos, tecido testicular e tecido ovárico criopreservados em data anterior à entrada em vigor da lei que regula a PMA consta de uma "norma transitória".

Num outro artigo do diploma hoje promulgado, é regulado o "destino dos espermatozoides, ovócitos, tecido testicular e tecido ovárico" congelados já no quadro da lei da PMA, prevendo-se que fiquem "criopreservados por um prazo máximo de cinco anos" e que depois possam "ser destruídos ou doados para investigação científica se outro destino não lhes for dado".

Fica estabelecido, contudo que, "a pedido dos beneficiários, em situações devidamente justificadas, o diretor do centro de PMA pode assumir a responsabilidade de alargar o prazo de criopreservação de espermatozoides, ovócitos, tecido testicular e tecido ovárico por um novo período de cinco anos, sucessivamente renovável por igual período".

Relativamente ao "destino dos espermatozoides, ovócitos, tecido testicular e tecido ovárico para fins de investigação científica", o decreto ressalva que "só pode verificar-se mediante o consentimento livre, esclarecido, de forma expressa e por escrito, dos beneficiários originários, através de modelos de consentimento informado elaborados pelo Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida, apresentado perante o médico responsável".

Nos casos em que tenha sido consentida a doação, "sem que nos 10 anos subsequentes ao momento da criopreservação os espermatozoides, ovócitos, tecido testicular e tecido ovárico tenham sido utilizados em projeto de investigação", a lei prevê que "podem os mesmos ser descongelados e eliminados, por determinação do diretor do centro de PMA".

Se não for consentida a doação, decorridos os prazos indicados, "podem os espermatozoides, ovócitos, tecido testicular e tecido ovárico ser descongelados e eliminados, por determinação do diretor do centro de PMA".

Centro Hospitalar do Oeste
O Centro Hospitalar do Oeste divulgou hoje o novo serviço Baby Care, que permite aos pais dos bebés internados no serviço de...

Das dez camas e berços existentes no serviço, oito estão atualmente “equipadas com câmeras de vídeo, ligadas a um servidor de IP, que permite aos pais verem em casa, no computador, a incubadora onde se encontra o bebé”, explicou Alcina Sousa, enfermeira chefe da Neonatologia no Hospital das Caldas da Rainha.

O acesso é feito através de uma palavra-passe atribuída pelo hospital a cada incubadora e que “é alterada sempre que a mesma é ocupada por um novo bebé”, acrescentou.

O serviço é disponibilizado gratuitamente aos pais, mantendo-se as câmeras ligadas ao longo de todo o período de internamento dos bebés e sendo a imagem “tapada apenas quando são feitos processos invasivos ou cuja visão possa perturbar os pais”, disse a mesma responsável.

O serviço Baby Care foi instalado pela Fundação PT (Portugal Telecom), no âmbito da “estratégia de responsabilidade social da empresa” que, segundo a presidente, Graça Rebocho, “faculta esta tecnologia a todos os hospitais públicos que o solicitem”.

No caso do Centro Hospitalar do Oeste (CHO) o serviço representou um investimento de oito mil euros e foi o 10.º a ser instalado a nível nacional e o primeiro na zona centro do país.

Desde 2002, ano em que o primeiro Baby Care foi instalado na Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, a Fundação PT já disponibilizou um total de 100 câmeras de vídeo que, de acordo com Graça Rebocho, “serviram cerca de 1.500 famílias”.

O CHO foi criado no dia 1 de outubro de 2012, resultado da fusão hospitalar do antigo Centro Hospitalar do Oeste Norte e do antigo Centro Hospitalar de Torres Vedras e integra os hospitais das Caldas da Rainha, Peniche e Torres Vedras.

Serve uma população de mais de 300 mil habitantes dos concelhos das Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça (freguesias de Alfeizerão, Benedita e São Martinho do Porto) e de Mafra (com exceção das freguesias de Malveira, Milharado, Santo Estevão das Galés e Venda do Pinheiro).

Symbiosis
Um dispositivo portátil capaz de detetar o risco de uma pessoa infetada com tuberculose passar da fase de latência à fase ativa...

De acordo com os responsáveis pelo projeto, designado Symbiosis, a transição do estado de latência da doença para a fase ativa deve-se, sobretudo, a desregulações do sistema imunitário, causadas por outras infeções, como o HIV, por doenças metabólicas, como a diabetes, ou por terapias imunes.

Para combater a patologia, continuaram as investigadoras, são necessárias intervenções personalizadas, que possam enfrentar os vários aspetos da tuberculose.

"O desenvolvimento de testes moleculares que estratifiquem os cerca de dois mil milhões de indivíduos com tuberculose latente, consoante o seu risco de reativação, permite tratar apenas os que apresentam maior perigo", explicaram.

Segundo indicaram, os resultados obtidos durante a investigação apontam para um possível biomarcador (molécula), que distingue dois grupos entre as pessoas com a doença latente, que apresentam diferenças quando expostos à bactéria que leva à ativação da doença.

Na hipótese que estão a desenvolver, os indivíduos latentes que não têm a bactéria não precisarão de ser submetidos à antibioterapia preventiva - uma terapia que, no caso da tuberculose, é aplicada como forma de assegurar que não ocorra uma reativação da doença.

Deste projeto fazem parte as investigadores Lúcia Brandão e Helena Sá, do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde da Universidade do Porto (CINTESIS) e do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), e Margarida Saraiva, do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S), bem como vários clínicos.

O Symbiosis é apoiado pelo RESOLVE, um programa do i3S que auxilia a transferência de conhecimento científico e tecnológico de projetos inovadores, em estágio inicial, com potencial de se traduzir em soluções para o benefício do doente e dos profissionais de saúde.

Colaboração com a ARS-LVT
A Câmara de Cascais vai investir mais de seis milhões de euros na construção de dois novos centros de saúde e na ampliação de...

A decisão, aprovada na segunda-feira em reunião de câmara, surge na sequência de um acordo de colaboração entre a Câmara de Cascais e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT).

Segundo o acordo, a ARSLVT fica obrigada a equipar as unidades de saúde (material médico e mobiliário) e alocar os recursos (pessoal especializado).

Já à Câmara de Cascais caberá a decisão da localização dos terrenos para construção das infraestruturas de saúde, a elaboração ou obtenção de projetos de arquitetura, a construção ou requalificação dos equipamentos de saúde já existentes e do edificado a adaptar às funções de saúde.

Segundo a autarquia, os novos centros de saúde vão localizar-se nas freguesias de Cascais e Carcavelos-Parede.

Em São Domingos de Rana será feita a ampliação do equipamento existente.

O presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, refere que "este processo prova que, quando há boa vontade e iniciativa política, independentemente dos partidos ou das responsabilidades, os diferentes níveis da administração podem resolver os problemas dos cidadãos".

O investimento autárquico deverá rondar os cinco milhões de euros, sem contar com os terrenos para futuras construções, e a contribuição do Estado será de cerca de um milhão de euros.

Segundo Carlos Carreiras, um milhão de euros foi o valor que a câmara pagou para completar a aquisição do antigo edifício do Hospital de Cascais ao Estado.

"O senhor ministro da Saúde deu-nos a garantia de que esta verba será reinvestida no concelho de Cascais, facto que nos deixa profundamente satisfeitos porque são investimentos de que estamos precisados para continuar a ter uma saúde pública universal de qualidade", acrescenta.

O autarca sublinha ainda que tem sido feita uma aposta "muito significativa" na Saúde, passando-se de zero camas de cuidados continuados em 2013 para 400 camas em 2019.

"Passamos também de uma escassez de médicos de família em 2013 para uma situação em que prevemos, em 2019, ter toda a população coberta", conclui.

Sociedade Portuguesa de Transplantação
É uma dádiva de vida. E é para a celebrar que no próximo dia 20 de julho a Sociedade Portuguesa de Transplantação assinala o...

‘Transplantes e Gravidez’ é, de resto, o tema em destaque nas celebrações, cuja cerimónia solene vai decorrer na Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), dia 20 de julho, no Porto, a partir das 11h e vai contar com palestras de especialistas ilustradas pelos testemunhos de doentes e familiares de doentes que, graças ao transplante, puderam realizar o sonho de ter um filho.

“O transplante não tem que ser impedimento para a concretização do sonho de engravidar. Pelo contrário: esta é uma forma de devolver às mulheres que sofrem de insuficiência renal crónica a possibilidade de virem a ser mães”, refere Susana Sampaio, presidente da Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT). “E é para aumentar o conhecimento sobre este tema que este ano lhe decidimos dedicar o Dia do Transplante.”

De acordo com a especialista, “a fertilidade é mais reduzida nas mulheres que sofrem de insuficiência renal crónica - entre 0,3 a 1,5 gravidezes todos os anos, por cada cem mulheres em idade fértil e submetidas a hemodiálise. E ainda que continue a ser inferior ao verificado na população geral (10 gravidezes por cem mulheres/ano), este é um valor que sobe após o transplante (passa para 3,3 por cem mulheres/ano)”.

O aconselhamento por parte de um especialista é essencial durante todo o processo. Até porque a gravidez não deve acontecer logo após o transplante, existindo cuidados que importa não perder de vista, assim como riscos que devem ser monitorizados, havendo também medicamentos contraindicados durante o período de gestação.

O Dia do Transplante serve ainda outro propósito, o de “chamar a atenção da população, sensibilizando para a importância da transplantação”, para que o número de transplantes em Portugal possa continuar a aumentar.

Estudo
Um estudo sobre os efeitos de uma vacina contra a meningite apresentou resultados promissores no tratamento da gonorreia, um...

Segundo a publicação, os indivíduos vacinados contra o meningococo B, a bactéria responsável pela meningite, são menos propensos que os demais à infeção por gonorreia, uma doença que pode ser transmitida através de relações sexuais.

A publicação do trabalho, na revista médica The Lancet, ocorre poucos dias depois da Organização Mundial da Saúde (OMS) advertir que a gonorreia é cada vez mais difícil de tratar devido à crescente resistência aos antibióticos, escreve o Sapo.

O estudo poderá dar "uma nova pista para o desenvolvimento de uma vacina", destaca a revista The Lancet, admitindo que "apesar de mais de um século de investigação" tal objetivo ainda não foi alcançado.

O trabalho analisou os resultados de uma campanha de vacinação contra o meningococo B na Nova Zelândia entre 2004 e 2006, que envolveu mais de um milhão de pacientes. Ao examinar os dados de 14 mil pessoas, os autores do estudo determinaram que a vacinação reduziu em 31% os casos de gonorreia.

Apesar dos sintomas de meningite e gonorreia serem bem diferentes, as bactérias que provocam as doenças têm uma grande semelhança genética. "É a primeira vez que observamos uma proteção contra a gonorreia graças a uma vacina, mas o mecanismo desta resposta imunitária é ignorado no momento", comentou uma das autoras do estudo, a doutora Helen Petousis-Harris, da Universidade de Auckland.

De acordo com a OMS, 78 milhões de pessoas contraem gonorreia todos os anos.

Estudo
Uma equipa de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra e do Instituto de...

O resultado, publicado na Scientific Reports, é inovador porque se foca no sistema nervoso central (SNC) que tem uma capacidade de regeneração inferior à do sistema nervoso periférico, podendo vir a ser aplicado na doença de Parkinson, esclerose lateral amiotrófica ou lesões vertebro-medulares, onde o crescimento do axónio entre neurónios pode ser crucial.

Luís Martins, investigador do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) e primeiro autor do artigo científico publicado, explica que “a investigação partiu dos problemas de eficácia do transplante das células estaminais mesenquimais no tratamento de doenças do SNC, tendo recorrido às várias moléculas libertadas (secretoma) por células estaminais do cordão umbilical humano para compreender o seu papel no crescimento dos axónios. O estudo de neurónios do SNC de rato estimulados com o secretoma apresentaram um aumento do crescimento dos seus axónios comparativamente maior que os neurónios que não receberam qualquer estimulação”.

O trabalho descobriu que uma das moléculas cruciais do secretoma para o aumento dos axónios se chama “Fator neurotrófico derivado do cérebro”. Os investigadores removeram esta molécula do secretoma aplicado nos neurónios e verificaram que o crescimento dos axónios se apresentava reduzido na sua ausência, o que significa que a sua presença contribui para este crescimento.

Ramiro de Almeida, coordenador do estudo e investigador do CNC, sublinha que “o secretoma poderá ser uma alternativa ao transplante, uma vez que, contendo as moléculas responsáveis pela regeneração mediada pelas células estaminais, pode ser aplicado sem a necessidade da presença destas. A abordagem proposta é mais fácil, acarreta menos riscos e num futuro próximo poderá permitir um controlo da composição do secretoma a aplicar ao doente consoante as suas necessidades personalizadas”.

A experiência foi realizada em câmaras microfluídicas, constituídas por uma placa à base de silicone com dois compartimentos unidos por túneis longos e estreitos, onde foram colocados os neurónios, tendo sido observado o seu crescimento quando atravessaram os túneis e atingiram o compartimento oposto, como se fossem as raízes de uma planta.

A investigação foi financiada através da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), do COMPETE- Programa Operacional Fatores de Competitividade, QREN e da União Europeia (FEDER- Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional).

Oscilações de peso entre as causas
As indesejáveis estrias aparecem após a gravidez ou imediatamente a seguir a uma significativa perda
Mulher a mostrar estrias na cintura

As estrias caracterizam-se por uma lesão irreversível da pele. “São quase como cicatrizes que se vão tornando mais complexas e resistentes aos tratamentos à medida que o tempo passa”, começa por referir Ana Silva Guerra, especialista em cirurgia plástica reconstrutiva e estética.  

As estrias podem surgir em ambos os sexos, em qualquer idade e em qualquer zona do corpo e ser altamente comprometedoras, sobretudo, se forem bastante extensas e disseminadas.

Elas podem surgir no contexto de determinadas patologias (como doenças hormonais), após certos medicamentos (“corticoesteroides são os mais frequentes”), ou nas situações em que a pele é obrigada a um grande «esforço» de dilatação, tal como acontece durante a gravidez, ou em consequência de oscilações de peso.

De acordo com a especialista, o tratamento das estrias é bastante complexo. “Nas estrias avermelhadas recentes consegue-se obter boas melhorias mas quanto mais tempo passa, mais “definitiva” se torna a cicatriz (uma estria é, no fundo, uma cicatriz da derme e epiderme) e portanto a sua correção é impossivel”, refere.

A escolha dos tratamentos para tratar as estrias são, por isso, adaptados a cada caso tendo em vista os melhores resultados possíveis. Entre os mais frequentes estão:

Peeling

De acordo com a especialista, o peeling  “vai provocar uma reação inflamatória e cicatricial que permite renoava de forma mais ou menos profunda uma ou mais camadas de pele” Este processo conduzirá à produção de mais colagénio ao estimular a atividade dos fibroblastos, contribuindo, acima de tudo, para reafirmar a área tratada, diminuindo o espaço entre os limites das estrias.

São necessários vários tratamentos, com intervalos mínimos de três semanas, uma vez que “os resultados são cumulativos”. 

Laser

O laser é um tratamento não invasivo que atua quer na fase “jovem” das estrias – enquanto estão avermelhadas – tendo como alvo um pigmento do sangue, quer na fase “madura” estimulando a produção de colagénio e elastina.

Com este tratamento é possível melhorar dignificativamente a aparênciadas estrias, no entanto, fique a saber que “as estrias avermelhadas são as que melhor respondem ao tratamento”. 

Fatores de crescimento plasmático

As plaquetas são um importante reservatório de fatores de crescimento do corpo e interferem em inúmeros processos, tais como a coagulação, a resposta imune ou a cicatrização.

Dentro dos grânulos das plaquetas podem-se encontrar diferentes fatores de crescimento.

“Atualmente, é possível obter concentrações significativas desses fatores sob a forma de uma solução que pode ser usada em diferentes contextos clínicos. O «PRP», ou platelet rich plasma, é um concentrado plaquetário autologo (isto é, do próprio) num pequeno volume de plasma. A eficácia clínica deste preparado depende essencialmente do número de plaquetas e da concentração dos seus fatores de crescimento”, explica a especialista.

Estas pequenas moléculas atuam em diferentes processos na regeneração dos tecidos podendo ter diferentes “aplicações”. São utilizadas, nomeadamente, no tratamento de feridas crónicas.

“Pelo seu potencial reparador e regenerador são uma «arma» terapêutica eficaz no processo de envelhecimento”, afima Ana Silva Guerra.

Microdermoabrasão

De acordo com a especialista, a microdermoabrasão trata-se de um tratamento de superfície, não invasivo “que submete a pele a uma pressão negativa através de um sistema de microagulhas ou microcristais, que causam esfoliação”. Este impacto mecânico “obriga” a pele a regenerar, promovendo a renovação celular e estimulando a atividade fibroblástica e a produção de colagénio.

“A sua intervenção nas estrias resulta desse estímulo reafirmante e regenerador, melhorando a aparência das estrias. Os resultados são cumulativos e requerem tratamentos seriados com intervalos de três semanas”, explica a especialista.

“Através da combinação das várias técnicas é possível obter melhorias em casos selecionados”, acrescenta Ana Silva Guerra reforçando que até à data, não existe nenhum tratamento que elimine definitivamente as estrias.

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Numa nota publicada no ‘site’, a Autoridade Nacional do Medicamento recorda que, apesar de não identificado em Portugal registos deste fabricante, uma vez que há livre circulação de produtos estes podem ser adquiridos noutros países.

“A existência destes produtos em Portugal deve ser reportada à Direção de Produtos de Saúde do Infarmed”, acrescenta a autoridade do medicamento.

“Retrato de Portugal 2017”
Três por cento das crianças com idade para frequentar o primeiro ciclo não estavam matriculadas neste nível de ensino em 2014 e...

Os dados do “Retrato de Portugal 2017” revelam que a taxa real de escolarização foi de 100% entre 1981 e 2013, tendo caído para os 97,9% em 2014 e para 97% em 2015. Em 1961, era de 80,4 por cento.

Esta taxa reflete a percentagem de alunos matriculados no ensino pré-escolar, básico ou secundário, em idade normal de frequência desse ciclo, face à população dos mesmos níveis etários.

Segundo os dados, a taxa real de escolarização era de 89% no segundo ciclo, em 2015 (7,5% em 1961 e 67,5% em 1988), e de 87% no terceiro ciclo (6,1% em 1961 e 44,7% em 1988).

Os dados apontam ainda que, em 2016, 8% da população não sabiam ler nem escrever e 18% tinham o ensino superior.

Nesse ano, a taxa de abandono escolar precoce dos jovens dos 18 aos 24 anos situou-se nos 14%, um número muito distante dos 50% registados em 1992 e dos 40% em 2004, segundo a publicação divulgada no Dia Mundial da População.

A diretora da Pordata, Maria João Valente Rosa, adiantou à agência Lusa que a Educação é um dos 15 temas refletidos no “Retrato de Portugal” que demonstram mudanças na sociedade.

“A sociedade portuguesa está em mudança, nalguns casos mesmo muito acelerada, e por isso mesmo precisamos de nos preparar para essas mudanças de maneira a poder retirar delas o melhor proveito”, disse a demógrafa.

Nessas mudanças descritas na publicação “existem várias tendências que nos obrigam a parar e a refletir sobre o presente, o futuro e a trajetória que fizemos até à atualidade”, adiantou, apontando como exemplo “o número de contribuintes por pensão, que é cada vez menor”.

Há outros dados que “podem suscitar interessem, mesmo numa ótima de políticas públicas, com a ainda muito baixa escolaridade dos empregadores em Portugal ou o aumento recente dos trabalhadores por conta de outrem a receberem o salário mínimo”.

Também há “evoluções muito significativas, como a diminuição dos níveis da mortalidade infantil ou o aumento da esperança de vida”, apontou.

“Hoje as crianças nascem com muito mais segurança do que nasciam no passado”, com 99% a nascerem em estabelecimentos de saúde, o que não acontecia em 1960 (18%)”, referiu.

A demógrafa realçou igualmente “o aumento da escolaridade, em especial das mulheres, que foi extremamente significativo”, mas ressalvou que ainda há “um grande caminho a percorrer” quando comparado com outros países da União Europeia.

Os dados demonstram também, “apesar de muitos tentarem insinuar o contrário, que estudar compensa”, disse, exemplificando que, a partir de 2009, as taxas de desemprego mais baixas correspondem a quem tem um nível de escolaridade superior.

O livro mostra ainda que “Portugal se converteu claramente ao mundo digital” e que os portugueses estão “mais preocupados com o ambiente”, pelo modo como lidam como os resíduos.

Maria João Rosa destacou a importância do Dia Mundial da População, uma iniciativa das Nações Unidas que se celebra desde 1987, para “pensar, discutir ou abrir caminhos sobre aquilo que somos, aquilo que fomos e para onde estamos a caminhar”.

“A população não é um dado imutável no tempo, vai-se alterando, e por isso é tão importante conhecer essas dinâmicas da população para nos compreendermos melhor enquanto país”, rematou.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Oito distritos de Portugal continental vão estar na quarta e na quinta-feira sob ‘aviso amarelo’ devido à previsão de tempo...

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), os distritos de Bragança, Vila Real, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Évora e Beja vão estar entre as 10:00 de quarta-feira e as 18:00 de quinta-feira sob ‘aviso amarelo’ devido à persistência de valores elevados da temperatura máxima.

O ‘aviso amarelo’ é emitido sempre que há uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

O IPMA prevê para hoje no continente céu geralmente limpo, vento fraco a moderado predominando de noroeste, soprando moderado no litoral oeste, em especial durante a tarde, e nas terras altas.

A previsão aponta também para neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais da região Centro, pequena subida da temperatura mínima no interior das regiões Norte e Centro e subida da máxima na região Sul e no interior Norte e Centro.

Para quarta-feira, o IPMA prevê no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade no litoral das regiões Norte e Centro até meio da manhã, vento em geral fraco do quadrante norte, soprando moderado no litoral oeste, em especial durante a tarde, e nas terras altas, neblina ou nevoeiro matinal no litoral das regiões Norte e Centro e subida de temperatura, em especial da máxima.

Quanto às temperaturas previstas para hoje, em Lisboa vão oscilar entre 16 e 27 graus, no Porto entre 14 e 23, entre Vila Real entre 13 e 29, em Viseu entre 12 e 28, em Bragança entre 14 e 31, na Guarda entre 14 e 28, em Coimbra entre 13 e 27, em Castelo Branco entre 17 e 35, em Santarém entre 15 e 31, em Portalegre entre 14 e 36, em Beja entre 13 e 35 e em Faro entre 19 e 32.

Estudo
O consumo de café pode contribuir para mais longevidade, ajudando a evitar doenças cardíacas, renais, respiratórias, cancros,...

A investigação, que é divulgada hoje na publicação especializada Annals of Internal Medicine, baseou-se num estudo feito nos Estados Unidos entre diversas etnias pela Universidade do Hawaii e a Escola de Medicina Keck, da Califórnia

"Não podemos dizer que beber café prolonga a vida mas vemos uma associação", afirmou Veronica Setiawan, professora de medicina preventiva e principal autora do estudo, em que se regista que quem bebe uma chávena de café por dia tinha menos 12% de probabilidade de morrer do que quem não bebe.

Para quem bebe duas ou três chávenas, o risco de morte reduz-se em 18%, não se verificando variação entre quem bebe café descafeinado.

"O café contém muitos anti-oxidantes e compostos que desempenham um papel importante na prevenção do cancro", apontou a investigadora, salientando que os resultados não permitem concluir que o café é uma espécie de elixir, mas que "faz parte de uma dieta e estilo de vida saudáveis".

A Organização Mundial de Saúde (OMS) já tinha reconhecido no ano passado, depois de 25 anos a associar o café ao cancro da bexiga, que a bebida reduz o risco de cancro hepático e uterino.

"Há pessoas que receiam que beber café possa ser mau porque aumenta o risco de doenças cardíacas, atrofia o crescimento ou leva ao aparecimento de úlceras ou azia, mas a investigação mostrou que de um modo geral, não faz mal à saúde", declarou.

Contudo, há uma contraindicação clara no consumo de café muito quente, que a OMS alerta que pode causar cancro no esófago.

As pessoas que participaram no estudo responderam a questões sobre estilo de vida, hábitos alimentares, historial clínico e hábitos de consumo de café, dados que foram sendo atualizados durante cinco anos.

Dos participantes, 16% não bebe café, 31% bebe uma chávena por dia, 25% bebe duas a três e sete por cento declarou beber quatro ou mais chávenas diariamente. Os 21% restantes indicaram consumos sem padrão.

A tendência verificou-se entre afro-americanos, americanos de origem japonesa, de origem sul e centro-americana e brancos, o que leva os cientistas a considerar que se estende a outros grupos étnicos.

"Este estudo é o maior deste género que já foi feito e inclui minorias com estilos de vida muito diferentes", afirmou Setiawan.

Até final do ano
A região Norte tem atualmente 2.504 camas na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, mas até ao final do ano prevê...

“Até ao final do ano prevê-se, nesta região de saúde, um acréscimo de cerca de 280 camas nas suas mais diversas tipologias, estando para breve a assinatura de acordos para novas unidades de Saúde Mental”, avançou, em comunicado.

Em 2016, o Norte tinha 2.489 camas, passando em 2017 para 2.504, sendo 157 delas em Convalescença, 737 em Média Duração e Reabilitação, 1.534 em Longa Duração e Manutenção, 26 em Cuidados Paliativos, 10 em Ambulatório Pediátrico, 10 em Cuidados Integrados Pediátricos e 30 em Saúde Mental, referiu.

Para além destes lugares de internamento, a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte) disponibiliza ainda 1.644 lugares de resposta domiciliária, através de Equipas de Cuidados Continuados Integrados, distribuídos pelos diferentes Agrupamentos de Centros de Saúde da Região Norte, sustentou.

“No que concerne aos concelhos da Póvoa de Varzim e Vila do Conde [distrito do Porto] podemos assegurar que a taxa de cobertura supera os 100%. Mesmo assim, até final deste verão, será assinado um novo protocolo o qual vai permitir um aumento de número de camas”, lê-se na nota.

Em Moçambique
Dentistas portugueses e um especialista holandês iniciaram ontem uma missão de duas semanas em Moçambique para divulgar uma...

A ação está a cargo da associação Health4Moz, em parceria com a Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (FMDUP).

Os tratamentos são feitos "utilizando menos instrumentos e material", sem anestesia e sem que a intervenção "seja feita no consultório de um dentista", anunciam em comunicado.

Um grupo de médicos portugueses e um especialista holandês (Jo E. Frenchen, responsável pelo desenvolvimento da técnica) vão transmitir as práticas a alunos finalistas de medicina dentária e médicos dentistas nas cidades da Beira e Nampula.

Prevê-se ainda a aplicação do tratamento a cerca de 500 crianças em idade escolar, observadas no âmbito do projeto "Mozambique: more than a smile" e a todos os que dele necessitem.

O projeto de saúde oral da Health4Moz contou com uma missão em 2014 e o projeto recebeu depois uma bolsa anual da Federação Internacional de Medicina Dentária (FDI), bem como o apoio do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua.

Centro Hospitalar Lisboa Norte
O Centro Hospitalar Lisboa Norte indicou que muitas das recomendações apontadas no relatório do Tribunal de Contas “já foram...

Num esclarecimento sobre a auditoria financeira realizada pelo Tribunal de Contas (TdC) ao exercício financeiro de 2014, o Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) aponta como recomendações concretizadas ou em fase de concretização “a reorganização do Hospital Pulido Valente e o ajustamento entre a oferta e a procura”.

“Relativamente a este ponto, a afirmação de que há um desequilíbrio entre estrutura de custos e cuidados de saúde realizados, é uma realidade já ultrapassada, na medida em que o CHLN recuperou e ultrapassou o número de doentes que tinha perdido aquando da abertura do HBA” (Hospital Beatriz Ângelo), adianta a nota.

O CHLN sublinha também que “hoje os indicadores revelam uma realidade diferente”, estando “a crescer progressivamente”, entre outros, as urgências, consultas externas e internamento.

O esclarecimento do Centro Hospitalar Lisboa Norte surge após o TdC ter detetado algumas irregularidades no exercício de 2014, como resultado líquido pior que o registado, contas inscritas inapropriadamente, dívidas para pagar e por cobrar.

O relatório revela que as “demonstrações financeiras do centro hospitalar estão afetadas por distorções materialmente relevantes”, tendo o TdC emitido “um juízo desfavorável sobre as contas” do CHLN.

O centro hospitalar esclarece igualmente que “boa parte das recomendações apontam para a alteração da comparticipação dos acionistas - Ministério da Saúde e Ministério das Finanças – o que tem sido reiteradamente solicitado pelo CHLN”.

Na nota, o centro hospitalar recorda que, quando o conselho de administração tomou posse em 2013, o prejuízo era de 11 milhões por mês em 2013, situação que foi “gradualmente invertida”, sublinhando que as sucessivas auditorias externas às contas anuais do CHLN solicitadas pelo Ministério da Saúde referem que as demonstrações financeiras “apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspetos materialmente relevantes, a posição financeira do CHLN”, facto que tranquilizou o órgão máximo de gestão.

“Igualmente o Fiscal Único e a ACSS – Administração Central dos Sistemas de Saúde - chamam atenção para o facto de que as demonstrações financeiras do CHLN obedeceram a indicações da tutela e a procedimentos considerados normais no sector público da saúde”, avança, garantindo que “o processo de reequilíbrio financeiro do CHLN nunca comprometeu o financiamento dos cuidados de saúde realizados pela instituição”.

O CHLN destaca declarações do presidente do conselho de administração, que “sempre referiu que a missão constitucional e pública do maior Centro Hospitalar do país nunca estaria em causa por razões económico-financeiras”.

“Assim, o CHLN tratou, trata e continuará a tratar todos os doentes da sua responsabilidade direta – entre seis a sete mil por dia - bem como doentes vindos de todo o país e dos PALOP’S – Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa - independentemente de serem financiados ou não pelo Estado”, refere ainda.

Europacolon Portugal
O presidente da Europacolon Portugal - Apoio ao Doente com Cancro Digestivo defendeu o rastreio ao cólon e reto a nível...

Vítor Neves argumenta, em comunicado divulgado pela organização, que o apresentado pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) a quatro centros de saúde em Setúbal como sendo um projeto-piloto, é algo que devia estar em curso desde abril de 2016 aquando da publicação do despacho n.º 4771-A/2016".

"Mais de um ano depois da publicação do despacho, continuamos sem rastreio de base populacional. Esta ação da ARSLVT é apenas um cumprimento parcial e atrasado do despacho", denunciou Vítor Neves, frisando que "os rastreios de base populacional têm de ser feitos de forma sistemática e nacional pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) com convocatórias semanais dos Centros de Saúde, a todos os cidadãos dentro da área de risco".

Para o presidente da Europacolon "repetir procedimentos como o projeto-piloto anunciado a 16 de dezembro, na ARS Norte, a 3.000 utentes e que passados sete meses ninguém conhece o seu resultado, faz recear que atitudes como a agora enunciada só sirvam para adiar uma decisão de fundo, que poria cobro a um problema de saúde pública nacional responsável por mais de 3.900 mortes por ano no país".

Lembrando a recomendação de que "o rastreio ao cancro do cólon e do reto deve ser feito por todas as pessoas sem esta patologia, com idades entre os 50 e os 74 anos, de dois em dois anos", sustentou que os de "base populacional, por pesquisa de sangue oculto, têm de ser feitos de forma anual, tal como recomendam as boas práticas internacionais e nacionais".

A Europacolon Portugal, criada em 2006, no Porto, é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) que faz parte da organização Pan-Europeia Europacolon exercendo a sua ação no combate ao cancro colo-rectal que é a terceira causa de morte por cancro em todo o mundo, com cerca de 1,4 milhões de novos casos.

Segundo aquela IPSS, em Portugal, surgem anualmente cerca de 8.000 novos casos e morrem mais de 3.000 pessoas com a doença.

Universidade de Aveiro
Um radar que permite medir a respiração à distância está a ser desenvolvido por uma equipa de investigadores da Universidade de...

"O equipamento está em fase de protótipo, mas já temos alguns resultados encorajadores. Já conseguimos medir em algumas situações o ritmo respiratório", disse José Vieira, engenheiro eletrotécnico.

O Bio-Radar resulta de uma colaboração entre o Instituto de Engenharia Electrónica e Telemática de Aveiro (IEETA) e o Instituto de Telecomunicações de Aveiro, duas das unidades de investigação da Universidade de Aveiro (UA).

O objetivo é usar um sistema radar para monitorizar à distância de um a dois metros os sinais biométricos de um paciente.

"Inicialmente, será só para medir o ritmo respiratório, mas estamos a trabalhar para que, dentro em breve, também possamos medir o ritmo cardíaco, que é um pouco mais complexo", disse José Vieira.

O trabalho desenvolvido pelos investigadores Daniel Malafaia, José Vieira, Ana Tomé, Pedro Pinho e pela aluna de mestrado Carolina Gouveia, funciona através do envio de uma onda rádio que é refletida pelo tórax do paciente. Este eco recebido pelo radar permite monitorizar os sinais vitais.

A principal característica deste tipo de equipamento é o de assegurar uma avaliação não invasiva, que permite uma medição de longa duração, sem afetar o conforto do paciente.

José Vieira destaca que o Bio-Radar pode ser uma mais-valia em ambiente hospitalar, nomeadamente numa unidade de queimados, porque "permite fazer a monitorização em tempo real sem colocar qualquer equipamento em contacto direto com o paciente".

Os investigadores admitem outras utilizações para o equipamento como o uso dentro de carros "para medir o nível de stress ou descontração de um condutor ou até detetar se o mesmo está perto de adormecer ao volante".

Juntamente com o NeuroLab da UA, os investigadores estão a avaliar também a possibilidade de o sistema ser utilizado para análise psicofisiológica e de avaliação da credibilidade de depoimentos.

Lisboa, Porto ou Barcelona
Portugal e Espanha defenderam em Madrid que a Agência Europeia de Medicamentos, com sede em Londres, deve ser transferida para...

“Esperamos que no final [do processo decisório] possamos dizer que a Agência Europeia de Medicamentos está situada na Península Ibérica”, disse o ministro da Saúde de Portugal, Adalberto Campos Fernandes, numa conferência de imprensa com a sua congénere espanhola.

Dolors Montserrat Montserrat também assegurou que “o melhor sítio” para a agência estar localizada é a Península Ibérica e que Portugal e Espanha “vão-se apoiar sempre”.

Os dois responsáveis governativos querem que “a grelha de critérios” para tomar a decisão final em outubro e novembro próximo seja “objetiva e técnica” e que a decisão da União Europeia não tome em consideração “critérios políticos”.

Adalberto Campos Fernandes confirmou que a escolha entre Lisboa ou Porto como localização portuguesa candidata a sede da Agência Europeia de Medicamentos será tomada no Conselho de Ministros de quinta-feira, 13 de julho.

“Estão a ser terminados os processos internos das duas cidades e quinta-feira, ao princípio da tarde, será comunicada a decisão de Portugal em termos da candidatura nacional”, disse o ministro português.

O presidente da Câmara do Porto disse que respeitará a decisão governamental sobre a candidatura à Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla inglesa), alertando sobre o "ruído de fundo" que poderá prejudicar as ambições portuguesas neste processo.

"Devemos respeitar a decisão do Governo, seja ela qual for, porque qualquer ruído de fundo fragiliza a candidatura portuguesa e isso é que é grave", considerou o autarca do Porto para quem "há muita gente que anda para aí a falar, a fazer comentários quase a clamar vitória para aqui e para ali".

Portugal vai apresentar uma candidatura para receber a sede da EMA, que deixará Londres com a saída do Reino Unido da União Europeia.

Inicialmente, Lisboa era a única candidata nacional, mas o Governo reabriu o processo de forma a integrar também o Porto.

Praticamente todos os Estados-membros da União Europeia já apresentaram ou vão apresentar uma candidatura a sede da EMA.

Lisboa já é sede de duas agências europeias, a da Segurança Marítima e o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência.

Governo Regional
O secretário da Saúde da Madeira disse que o programa de saúde oral implementado no arquipélago, que “foi copiado a nível...

Pedro Ramos falava no centro de saúde de Machico, na zona leste da Madeira, na cerimónia que assinalou o início das consultas de medicina dentária, no âmbito do alargamento do programa “Madeira a sorrir”, integrado no projeto de descentralização de saúde oral existente na Região.

“Esta é uma das iniciativas concretizadas: o alargamento do programa de saúde oral na Região Autónoma da Madeira, que tem vários anos de existência, que é diferente e por ser diferente foi copiado ao nível do Serviço Nacional de Saúde”, disse o governante madeirense.

O responsável do executivo insular apontou que este programa “tem tido bons resultados na Madeira” e "excedeu as expectativas para o qual foi criado”.

Segundo Pedro Ramos, estava previsto para abranger 100 escolas da Madeira e cerca de 6.000 alunos, mas “desde outubro do ano passado” foram observadas e monitorizadas 7.000 crianças que frequentam centena e meia de estabelecimentos de ensino público e privado na Região.

O programa é desenvolvido no centro de saúde do Bom Jesus (Funchal), na ilha do Porto Santo e no Porto Moniz (norte da Madeira).

“A descentralização do programa de saúde oral para Machico vai permitir que uma série de consultas que eram feitas no centro de saúde do Bom Jesus (a principal unidade do género no centro do Funchal), passem para Machico e, posteriormente, para Câmara de Lobos (concelho vizinho a oeste o Funchal), o que permite serem observadas cerca de 7.000 crianças nos respetivos concelhos”, acrescentou.

Pedro Ramos referiu que no centro de saúde de Machico vão passar a ser observadas aproximadamente 3.000 crianças, estando prevista numa nova fase do alargamento do programa ‘Madeira a sorrir’ ser abrangido o concelho de São Vicente (norte da ilha).

“Isso permite gerir melhor os recursos humanos que temos”, sublinhou.

O secretário também argumentou que “algumas das coisas que são necessárias resolver [na área da Saúde da Madeira] são questões organizacionais, que não implicam mais despesa, mas implica mais impacto na população e mais resultado no que diz respeito à promoção e prevenção da doença”, vincando que é a este nível que o governo insular está a apostar.

“Porque a área hospitalar estamos a tentar controlar. Está bem desenvolvida, diferenciada e é extremamente onerosa”, vincou Pedro Ramos, concluindo que este continuará a ser o cenário se “a montante não houver um investimento real e concreto na promoção da saúde e prevenção da doença”.

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