Termas Centro
A coordenadora do projeto Termas do Centro, Guida Mendes, reconheceu hoje que as gerações jovens desconhecem os benefícios dos...

"Existe um desconhecimento em relação ao que são realmente as nossas termas. Quem tem 35 ou 40 anos não tem a mesma perspetiva que tinham os nossos avós, que conheciam bem as termas e os seus benefícios, faltando divulgação junto do público em geral e dos médicos", sustentou.

Em declarações, a responsável pelo Provere Termas Centro, que integra 22 estâncias termais da região Centro, evidenciou que o fim das comparticipações também prejudicou a afluência a este tipo de tratamento, embora não seja a causa principal, que atribui ao desconhecimento da população em relação aos seus benefícios.

Atualmente, as estâncias termais da região Centro registaram "um ligeiro crescimento em 2016 face a 2015, sendo que a parte que está em maior crescimento é a parte de bem-estar e não de termalismo clássico".

"Com este Provere, que vai até final de 2018, temos delineadas ações para o público em geral e outras direcionadas para os operadores e para os médicos. A água termal é um dos produtos endógenos de grande valor e a promoção tem de existir cada vez mais, de forma que, para além de toda a beleza da região Centro, o turismo passe por ter-se uma experiência termal", referiu.

De sexta-feira a domingo, terá lugar o congresso internacional "Termalismo e o desenvolvimento regional", o primeiro promovido pelo Provere Termas Centro, que contará com intervenientes nacionais, espanhóis e franceses.

"Penso que estarão presentes entre 80 a 100 pessoas neste congresso internacional, que tem por objetivo criar um espaço de debate e análise sobre o papel que o termalismo tem no desenvolvimento das regiões em que se encontra, sendo para isso apresentados exemplos de boas práticas, públicas e privadas, nacionais e internacionais", apontou.

De acordo com Guida Mendes, os diferentes painéis irão permitir a discussão de três grandes vetores: a saúde, os recursos hidrominerais e o turismo em Portugal, agregando-os.

O evento terá lugar nas Termas da Felgueira e no auditório do Edifício Multiusos de Nelas, estando a sessão de abertura agendada para as 18:00 de sexta-feira.

Nesta ocasião, estará presente o presidente da Câmara de Nelas, Borges da Silva; a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR-C), Ana Abrunhosa; o presidente do Turismo do Centro, Pedro Machado; a presidente da Associação das Termas de Portugal, Teresa Vieira; e o presidente do Conselho de Administração Patris Investimentos SA, Gonçalo Pereira Coutinho.

Bastonária
A bastonária da Ordem dos Nutricionistas manifestou hoje reservas em relação à aplicação da obrigatoriedade de opção...

“Reconheço os benefícios da medida, mas não posso esconder uma nota de preocupação em relação à forma como a medida vai ser aplicada”, disse Alexandra Bento.

As cantinas e refeitórios públicos estão a partir de quinta-feira obrigados a oferecer todos os dias pelo menos uma opção de comida vegetariana nas suas ementas.

Segundo o Diário da República de 17 de abril, esta regra aplica-se às cantinas e refeitórios dos órgãos de soberania e dos serviços e organismos da Administração Pública, em especial aos que se encontrem instalados em unidades integradas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), lares e centros de dia, escolas de ensino básico e secundário, estabelecimentos de ensino superior, prisões e centros educativos e serviço sociais.

A lei refere que “as ementas vegetarianas são programadas sob a orientação de técnicos habilitados e têm em conta a composição da refeição, garantindo a sua diversidade e a disponibilização de nutrientes que proporcionem uma alimentação saudável”.

“Os únicos técnicos responsáveis e com capacidade de garantir o equilíbrio nutricional são os nutricionistas, mas isso não ficou expresso na lei, apesar de termos chamado a atenção para este facto quando fomos ouvidos na Assembleia da República aquando da preparação da legislação”, disse.

Para Alexandra Bento, “obter uma opção vegetariana equilibrada não é fácil”.

A nutricionista adiantou mesmo que “uma dieta vegetariana sem equilíbrio nutricional é tão perigosa como outra qualquer dieta desequilibrada”.

A Ordem dos Nutricionistas tem, inclusive, elaborado cartas a alertar para estes riscos e enviado as mesmas para algumas instituições que vão ser abrangidas pela medida.

O Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) elaborou um conjunto de orientações técnicas para a produção e implementação de refeições vegetarianas, nomeadamente um manual com linhas orientadoras para a adoção de um padrão alimentar vegetariano, tendo por base o melhor conhecimento científico disponível e utilizando produtos vegetais de origem nacional, sazonais e enquadrados na tradição culinária portuguesa.

Foi igualmente elaborado, e está disponível no ‘site’ da Direção-Geral da Saúde (DGS), um manual para quem trabalha no setor da educação escolar e à população em geral, além de receitas vegetarianas que podem ser consultadas no blogue do PNPAS.

A bastonária considera esta iniciativa positiva e classifica-a de “instrumentos importantes”, mas acha que não é com a produção destes documentos que se garante a responsabilização de quem não assegura o equilíbrio nutricional de uma dieta vegetariana.

Para o diretor do PNPAS, Pedro Graça, esta iniciativa é uma ajuda na implementação da medida.

Em declarações, Pedro Graça explicou que a aplicação da lei poderá ocorrer de várias formas, uma vez que nem todos os hospitais, por exemplo, têm cozinha própria e nem todos têm empresas que fornecem os serviços.

Em relação às cantinas escolares, o responsável recordou que existe um grupo de trabalho na alçada do Ministério da Educação encarregue pela sua aplicação.

Ministério da Educação
Os alunos que pretendam refeições vegetarianas devem informar a escola no início do ano letivo, disse fonte do Ministério da...

De acordo com a mesma fonte, o procedimento contratual de prestação de serviço com as empresas que fornecem os refeitórios escolares, para o próximo ano letivo, já incluirá a disponibilização de refeições vegetarianas a quem as solicitar no início do ano.

“Teremos de aguardar o arranque do ano letivo para perceber a procura que estas refeições terão entre os alunos”, acrescentou a fonte.

A medida tornou-se obrigatória por iniciativa do partido PAN (Pessoas – Animais - Natureza) e abrange todas as cantinas públicas e refeitórios do Estado.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou em março o diploma do parlamento que obriga à existência de uma opção vegetariana nestes locais.

Para o presidente da Associação Nacional dos Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, trata-se de uma boa medida: “Tudo o que é saudável, a escola deve apoiar”.

Acredita, porém, que a procura deve ser “muito residual”, pelo menos no início, uma vez que não é comum haver pedidos para alimentação vegetariana nas escolas.

“No agrupamento que dirijo [Vila Nova de Gaia], com mais de 2.000 alunos, nunca tive nenhum pedido”, afirmou.

As escolas, especialmente as que servem refeições confecionadas no local, estão neste momento a preparar-se para servir os alunos que escolherem esta opção.

“Estou a dar formação à minha cozinheira, temos seis meses para nos adaptar”, referiu, acrescentando que, nos casos em que as refeições são concessionadas a empresas, a opção vegetariana tem de constar nos cadernos de encargos.

Na base deste diploma estiveram iniciativas legislativas do PAN, do Bloco de Esquerda e do Partido Ecologista "Os Verdes".

Segundo o deputado do PAN, André Silva, muitas crianças e jovens eram discriminados nas escolas pelos colegas por comerem comida diferente que levavam de casa.

O projeto de lei a defender a inclusão de um menu vegetariano nas cantinas e refeitórios das escolas, universidades, prisões e hospitais públicos foi apresentado há um ano pelo PAN, tendo sido seguido por propostas do Bloco de Esquerda (BE) e do Partido Ecologista os Verdes (PEV).

O diploma foi publicado em Diário da República em abril para entrar em vigor em junho.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Todo o território de Portugal continental, a Região Autónoma da Madeira e as ilhas Terceira e Faial, nos Açores, estão hoje com...

Para as regiões com risco 'Muito Elevado', o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) recomenda o uso de óculos de sol com filtro ultravioleta (UV), chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('Moderado'), 6 a 7 ('Elevado'), 8 a 10 ('Muito Elevado') e superior a 11 ('Extremo').

O IPMA prevê para hoje uma pequena subida das temperaturas (máxima e mínima), céu pouco nublado ou limpo, apresentando-se geralmente muito nublado no litoral entre cabo Raso e o rio Douro até meio da manhã e para o final do dia.

Durante a tarde, aumento temporário de nebulosidade no interior, com possibilidade de ocorrência de aguaceiros fracos e dispersos. O vento vai soprar moderado (20 a 30 km/h), em especial durante a tarde e no litoral oeste, sendo por vezes forte (até 40 km/h) e com rajadas até 55 km/h a sul do cabo Carvoeiro.

A cidade mais quente vai ser Évora, com 33º, seguida de Beja (32º) Castelo Branco (31º) e Santarém (30º).

Abaixo dos 30º ficarão Faro e Portalegre (29º), Braga e Vila Real (28º), Bragança (27º), Lisboa e Coimbra (26º) e a cidade do Porto (23º).

Na Madeira o céu vai estar muito nublado e a temperatura máxima prevista para o Funchal é de 24º e para os Açores estão previstos períodos de chuva em todas as ilhas, pontualmente fortes nas Flores e no Corvo, e os termómetros não devem ultrapassar os 21º (Ponta Delgada).

Dia Mundial Sem Tabaco
Proibir fumar nicotina em todos os locais fechados, multar o “prevaricador” que fume em sítios proibidos, aumentar ...

Em entrevista, no âmbito do Dia Mundial Sem Tabaco, que é hoje celebrado, o presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão (FPP), José Alves, destacou quatro políticas “fundamentais” antitabágicas, começando por enumerar a proibição de fumar nicotina, seja tabaco aquecido, seja tabaco normal, seja nicotina eletrónica, em todos os lugares fechados.

Penalizar o “prevaricador” que fume em locais proibidos é a segunda medida que o presidente da FPP destaca.

“Nunca ninguém apanhou multas por estar a fumar em sítios proibidos”, defende aquele responsável, referindo: “quando na autoestrada vamos a 160 quilómetros por hora apanhamos uma multa”.

Outra medida “urgente” é, para o responsável, aumentar de forma exponencial o preço do tabaco.

“Atualmente, um maço de tabaco custa cinco euros (…), há dez anos, na Irlanda, um maço de tabaco, com 20 cigarros, custava 20 euros”, alerta José Alves, sublinhando que o valor dos maços de tabaco tem de aumentar.

O quarto ponto fundamental para combater o vício do tabaco é, para o presidente da FPP, o Estado comparticipar as drogas para a desabituação tabágica quando “clinicamente se justifique”.

“Clinicamente”, porque, explicou o clínico, há fumadores que decidem deixar de fumar num dia, “compram a droga comparticipada pelo Estado e param de a tomar” nos dias seguintes, lamentou, declarando que o Estado não deve ser penalizado por “tíbias tentativas de deixar de fumar”.

Reverter os proveitos dos impostos para realizar campanhas antitabágicas ou proibir fumar os ocupantes de todos os veículos motorizados são outras das medidas defendidas pela FPP.

Em Portugal, e no mundo ocidental, as principais causas de morte são o acidente vascular cerebral, doenças cardiovasculares, cancro e doença pulmonar obstrutiva crónica. “Todas elas ligadas com o tabaco”, enumerou o especialista e presidente da FPP desde agosto passado.

O hábito de fumar mata em Portugal 12 mil pessoas por ano, ou seja 32 mortes por dia.

No mundo mata sete milhões de pessoas, indicam dados da Organização Mundial da Saúde, conhecidos na véspera do Dia Mundial Sem Tabaco -, no qual é avaliado o impacto do tabaco na saúde e na economia, mas também, e pela primeira vez, no ambiente.

Organização Mundial de Saúde
Quase 20 mil pessoas vão morrer hoje devido ao consumo de tabaco, segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde, que quer...

Quando se assinala o Dia Mundial sem Tabaco (todos os anos a 31 de maio, desde 1987), os mais recentes números da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que os cigarros matam mais de sete milhões de pessoas por ano, 583 mil por mês, 19.200 por dia.

Segundo o relatório da OMS, os números de mortes devido ao tabaco aumentaram em três milhões desde o início do século, quando os cigarros matavam anualmente quatro milhões de pessoas.

Só na Europa o tabaco é responsável pela morte de 1,2 milhões de pessoas em cada ano.

Na sua página na internet a Sociedade Portuguesa de Cardiologia salienta ainda que os fumadores têm em média menos dez anos de vida do que os não fumadores, e que o tabaco é responsável por 25% a 30% da totalidade de cancros, por 80% das doenças pulmonares crónicas obstrutivas e por 90% dos cancros do pulmão.

O dia de hoje tem como objetivo sensibilizar e alertar a população para os malefícios do tabaco e para a necessidade de proteger os que não fumam.

Recentemente o Governo apresentou à Assembleia da República uma proposta de lei de alteração da lei do tabaco, que basicamente equipara novos produtos de tabaco (cigarros eletrónicos ou tabaco aquecido) ao tabaco tradicional, para efeitos de restrições de locais de uso por exemplo, e proíbe o consumo junto de locais como escolas ou hospitais, ainda que ao ar livre.

Nas votações indiciárias, em sede de Comissão Parlamentar, os deputados votaram contra a proibição de fumar junto de escolas ou hospitais, mas aceitam equiparar os novos produtos de tabaco ao tradicional.

A questão tem sido polémica, nomeadamente por causa do tabaco aquecido, que as organizações ligadas à saúde criticam, porque, dizem, não está provado que é menos prejudicial. A Tabaqueira, subsidiária da multinacional Philip Morris, no entanto apresenta o produto como sendo 90 a 95 menos prejudicial do que o tradicional tabaco e garante que estudos científicos lhes dão razão.

Na semana passada a FDA (órgão de controle da alimentação e medicamentos dos Estados Unidos) publicou um sumário executivo sobre o novo produto da multinacional do tabaco e vai analisar, num processo que pode demorar até um ano, o pedido de classificação do sistema de tabaco aquecido como produto de tabaco de risco modificado. A empresa afirmou-se muito satisfeita.

Atualmente, o tabaco é a principal causa evitável de doenças não transmissíveis e mata metade dos fumadores, segundo a OMS.

Profissionais e doentes em tratamento
Um surto de sarna no serviço de ortopedia A do hospital de Viseu obrigou 15 profissionais e cerca de 20 doentes a fazerem...

“Temos um surto de sarna que se manifestou no serviço de ortopedia A do hospital, que tem também camas adstritas à Medicina Física e de Reabilitação, onde esteve internado um doente a quem, no dia 19 de maio, foi feito o diagnóstico de sarna”, explicou.

Segundo Cílio Correia, “nessa altura, oito enfermeiros e sete assistentes operacionais fizeram o tratamento e ausentaram-se” e “tentou-se fazer o tratamento dos doentes que tiveram uma ligação direta ao doente infetado, só que, entretanto, surgiram outros com sintomatologia”.

A notícia do surto foi avançada pelo semanário Jornal do Centro, que na sua edição ‘on line’ titula “Sarna provoca isolamento de 40 pessoas no Hospital de Viseu”.

Cílio Correia referiu que como surgiram novos casos suspeitos, “alargou-se o contexto e interveio a comissão de controle de infeção”, tendo sido decidido não haver novas admissões no serviço de ortopedia A e Medicina Física e de Reabilitação.

Neste serviço existem 26 camas, estando quatro delas adstritas à Medicina Física e de Reabilitação.

“Os doentes destas enfermarias fazem o tratamento profilático que está recomendado, que é o benzoato de benzilo, e não se deslocam do serviço para tratamentos ou outros procedimentos que possam ser adiados até ao términos do tratamento profilático, que são três dias mais um (três dias de aplicação do líquido mais um de profilaxia)”, explicou.

Também “os profissionais sintomáticos e os assintomáticos com exposição estão a fazer tratamento com o benzoato de benzilo”, sendo que aqueles que tiveram sintomas “não devem trabalhar até 24 horas depois do tratamento”, ou seja, estarão ausentes do serviço quatro dias, acrescentou.

O médico explicou que a sarna se transmite “com relativa facilidade, fundamentalmente por contacto direto”, sendo que “o risco de contágio aumenta e está relacionado com o número de ácaros que existem na pessoa infetada”.

Segundo Cílio Correia, o número de pessoas a necessitar de tratamento pode aumentar, “porque às vezes as manifestações não são imediatas”.

“Por isso é que estamos a fazer o tratamento profilático a todos os que tiveram contacto direto”, frisou.

O presidente do Centro Hospitalar Tondela Viseu acrescentou que na próxima semana, será feito um ponto de situação e “a comissão de controle de infeção dirá o que fazer a seguir”.

“Depois do tratamento profilático, se não surgirem novos casos, damos isto por encerrado e a enfermaria só abrirá depois de higienizada e desinfetada”, afirmou.

Associação
A Associação Nacional de Unidades de Saúde Familiar queixou-se de falhas em plataformas informáticas que, alega, impedem...

Em comunicado, a associação critica "a enorme lentidão" no acesso à aplicação Vacinas, inserida na Plataforma de Dados de Saúde, e que, ao contrário do que era suposto, "milhares de profissionais" dos centros de saúde continuam sem acesso "ao histórico de vacinação dos utentes, outrora já informatizado".

Segundo a mesma nota, a Plataforma de Dados de Saúde "tem bloqueios constantes, não permitindo registar" a vacina no dia em que foi administrada ao utente, "o que aumenta o risco de falha".

A Associação Nacional de Unidades de Saúde Familiar (USF-AN) exige que "seja feita a migração" de "todos os dados das vacinas já informatizados" dos utentes para a nova aplicação e que, até lá, seja suspenso o seu uso.

Cooprofar
A Cooperativa dos Proprietários de Farmácia - Cooprofar anunciou o lançamento de uma campanha que visa sensibilizar a população...

"Uns quilos a mais são uns anos a menos" é o lema da campanha e a frase que se lê em centenas de milhares de folhetos que, conforme indicou fonte da Cooprofar, serão distribuídos por 1.200 farmácias localizadas de norte a sul do país.

O objetivo da campanha, que também tem como ‘slogan’ "A saúde começa aqui", é informar os utentes das farmácias dos problemas associados à obesidade, indicando alguns hábitos diários que potenciem a aposta na prevenção e demonstrando a importância de se adaptar o tratamento ao contexto de cada pessoa.

Além dos folhetos informativos, serão distribuídos blocos de registo de peso para monitorização e controlo do peso e uma régua para cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) e do Índice de Superfície Corporal (ISC).

A Cooprofar pretende também promover o papel que pode ter a farmácia, aconselhando as pessoas a recorrer ao seu farmacêutico para saber que tipos de suplementos e medicamentos existem para tratar a obesidade e qual se poderá adaptar melhor à situação de cada utente.

Em comunicado, a Cooperativa dos Proprietários de Farmácia, que tem sede em Gondomar, distrito do Porto, recorda, a propósito, que a Organização Mundial da Saúde classifica a obesidade como uma epidemia que mata atualmente cerca de 2.8 milhões de pessoas, sendo causa de muitas complicações de saúde.

"A obesidade contribui para uma menor expectativa de vida, mobilidade limitada, problemas nas articulações, ataques cardíacos, baixa auto estima, problemas respiratórios, hipertensão arterial, diabetes, depressão e colesterol alto", refere a nota da Cooprofar que recorda que a farmácia é muitas das vezes o primeiro contacto das pessoas na cadeia de assistência quotidiana em saúde.

Boa notícia: deixar de fumar é muito mais fácil com tratamento especializado
Todos os anos comemoramos o Dia Mundial Sem Tabaco para lembrar que nunca é tarde para deixar de fum

A Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral gostaria de o convidar a deixar de fumar, alertando para a importância do tabaco como fator de risco para o acidente vascular cerebral (AVC), mesmo fumando poucos cigarros, sobretudo se for mulher e tomar a pílula anticoncecional, ou tiver outros fatores de risco para doença vascular como hipertensão ou diabetes. Fumar duplica o risco de ter um AVC em relação aos não fumadores, mas quanto mais uma pessoa fuma, maior o risco; por exemplo fumadores de cerca de 20 cigarros por dia têm 6 vezes mais probabilidade de ter um AVC. Boa notícia é que o risco de AVC diminui rapidamente e significativamente ao longo de 3 anos após a cessação do consumo tabágico, igualando o risco dos não fumadores após 5 anos.

E quanto ao risco de doença vascular associado ao uso das novas formas de produtos inalados contendo nicotina, como o cigarro eletrónico, ou os novos produtos de tabaco aquecido sem combustão?

Embora ainda não seja conhecido o risco a médio e a longo prazo, sabe-se que a nicotina inalada causa doença cardíaca e vascular. Acresce que diversos estudos de experimentação animal mostram consistentemente um potencial para causar danos ao sistema vascular. Ou seja, alertam para o risco de poderem causar doença cardíaca e AVC.

A maioria dos fumadores gostaria de deixar de fumar e já tentou várias vezes sem ter conseguido, sentindo-se, por isso, inseguros e pouco confiantes.

Deixar de fumar pode parecer muito difícil, mas é possível! Milhões de fumadores já o conseguiram e podem testemunhar. Por outro lado, o tratamento é eficaz e torna o processo muito mais fácil e tranquilo.

Alguns fumadores conseguem-no fazer sozinhos, mas a maioria vai precisar de ajuda de um médico e/ou psicólogo. Deixar de fumar é um processo de aprendizagem que envolve determinação, disponibilidade para seguir um programa de ajuda que tem etapas e estratégias próprias, e cujo objetivo é manter a abstinência ao longo do tempo.

E como se deixa de fumar?

Fumar não é um hábito nem um estilo de vida, mas uma dependência. O tratamento da dependência do tabaco é uma combinação de aconselhamento comportamental e medicação específica para substituir a nicotina, que é a substância primária que causa dependência, e assim aliviar o desconforto físico e sobretudo emocional e psicológico da cessação do consumo.

Quando o fumador cessa de fumar, a falta de nicotina pode provocar ansiedade, irritabilidade, dificuldade de concentração, insónia, agitação, aumento do apetite, desejo incontrolável de fumar, ou mesmo desconforto físico e psicológico.

Estes sintomas fazem parte da síndrome de privação nicotínica, que pode ser tratada substituindo a nicotina, na forma oral (pastilhas para chupar ou gomas de mascar) e/ou transdérmica (adesivos colocados na pele, acima da linha da anca), ao longo dos primeiros três meses da cessação tabágica. Durante este período, os ex-fumadores habituam-se e aprendem a viver como não fumadores. Existem também medicamentos orais não nicotínicos que atuam no cérebro, nos mesmos circuitos neuronais da nicotina (vias da dependência física e psicológica). Estes medicamentos são seguros e eficazes: diminuem o prazer de fumar, controlam o desejo de fumar, e tratam a síndrome de privação nicotínica.

O aconselhamento envolve o ensino de hábitos e estilos de vida saudável; aconselhamento prático para deixar de fumar; conselho médico para a cessação com foco nos benefícios para a saúde em geral e personalizado no fumador, tendo em conta a sua idade, género, condição de saúde, e comportamento e história tabágica; e em alguns casos apoio psicológico.

Diversos estudos mostram que o aconselhamento especializado para deixar de fumar aumenta a eficácia da medicação.

Se já tentou deixar de fumar e não conseguiu, não desista, peça ajuda! A maioria dos ex-fumadores teve que tentar várias vezes, até conseguir!

Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje. Ligue para a Linha Saúde 24 - 808 24 24 24 e receba aconselhamento e orientação para agendar uma consulta grátis no Serviço Nacional de Saúde, com possibilidade de comparticipação da medicação.

Nunca é tarde para deixar de fumar, vale sempre a pena e há sempre benefícios, quer na saúde, quer económicos - veja o que pode ganhar! Se já está doente, deixar de fumar é o tratamento mais importante da sua doença. Só assim conseguirá viver melhor e minimizar o sofrimento. É muito importante saber que quem sofreu um AVC tem um risco muito elevado de ter um novo AVC se continuar a fumar.

Dicas para deixar de fumar: https://www.sns.gov.pt/sns-saude-mais/deixar-de-fumar/

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Instituto de Medicina Molecular de Lisboa
Uma vacina contra a malária desenvolvida por cientistas portugueses vai ser testada em humanos num ensaio clínico que começa...

A vacina, criada por uma equipa do Instituto de Medicina Molecular de Lisboa, incorpora o parasita que causa a malária em roedores e que é 'mascarado' com o parasita que infeta as pessoas, para que o sistema imunitário humano possa reconhecê-lo e combatê-lo numa fase em que os sintomas da doença não se manifestam.

A malária é uma doença transmitida pela picada da fêmea do mosquito "Anopheles" infetada pelo parasita do género "Plasmodium".

Um dos parasitas da malária mais agressivos e que causam a infeção nos humanos é o "Plasmodium falciparum". Em alguns roedores, a infeção é provocada pelo "Plasmodium berghei", que é inofensivo para as pessoas.

O que a equipa de Miguel Prudêncio fez foi usar o parasita da malária que infeta roedores e modificá-lo geneticamente para expressar uma proteína do parasita que contagia os humanos.

"A expetativa é que o sistema imunitário reconheça o parasita", disse Miguel Prudêncio.

O cientista esclareceu que os parasitas espoletam a resposta do sistema imunitário quando ainda estão no fígado. A doença só surge quando os parasitas saem do fígado e entram na corrente sanguínea.

O ensaio clínico vai envolver 30 voluntários saudáveis - adultos entre os 18 e os 35 anos. Numa primeira fase, serão avaliados efeitos adversos que a vacina possa gerar, enquanto numa segunda fase será analisada a eficácia da vacina, comparando o aparecimento da infeção em voluntários vacinados e não vacinados.

Os resultados do teste clínico são esperados para 2018.

Em estudos anteriores com animais, o grupo de Miguel Prudêncio verificou que coelhos imunizados contra a malária com esta vacina desenvolveram no sangue anticorpos capazes de reconhecer "muito eficazmente" o parasita "Plasmodium falciparum", que infeta os humanos.

Os cientistas observaram que esses anticorpos conseguiram travar quase na totalidade a infeção pelo mesmo parasita em ratinhos mutantes, cujo fígado tinha células de fígado humano, ou seja, suscetíveis de serem infetadas pelo "Plasmodium falciparum".

Os resultados obtidos permitiram aos investigadores partirem para os testes clínicos.

"Para se ter a noção do grau de proteção, a vacina tem de ser testada em humanos", assinalou Miguel Prudêncio, quando questionado sobre a sua eficácia em pessoas.

O ensaio clínico, que tem um custo aproximado de 1,3 milhões de euros, será realizado por investigadores do Instituto de Medicina Molecular, em colaboração com o Centro Médico da Universidade de Radbound, na Holanda, e com a PATH Malaria Vaccine Iniciative, entidade que coordena mundialmente o desenvolvimento de vacinas contra a malária.

Apesar dos avanços na luta contra a malária, da pulverização e do uso de redes mosquiteiras, quase 430.000 pessoas morreram de malária em 2015, especialmente em África, segundo a Organização Mundial de Saúde.

Paradigmas do gestor-farmacêutico
Desenhar a Farmácia do Futuro é um movimento colaborativo que requer reconhecer o talento e convocar

A Rede Claro e o HealthPorto, como parte integrante de um novo canal Grupos de Farmácia, centram a sua estratégia de sucesso no cumprimento das necessidades das Farmácias, proporcionando uma maior proximidade diária aos seus Utentes.

Neste sentido, desenvolvem a sua atividade funcionando como Pharmacy Developers, desafiando continuamente as Farmácias a adotarem novos procedimentos e novas abordagens no seu relacionamento com os diferentes stakeholders, com o objetivo único e comum da criação de valor para o utente.

Desde a crise financeira de 2008 que as Farmácias passam por um desequílibro económico-financeiro que as deixou "descapitalizadas", sendo necessário desenvolver o seu negócio através de estratégias que tenham como ponto central o utente.

As alterações ao seu funcionamento e regime jurídico, a entrada de novos concorrentes no mercado e a crise económica vivida nos últimos anos resultaram numa fragilização do setor, obrigando à procura de novas soluções que permitam inverter a situação.

Historicamente, no setor da Saúde, as Farmácias constituem-se como fortes motores da inovação e desenvolvimento, sendo que sempre encaram a mudança como o caminho para o sucesso.

Na tentativa de identificar as oportunidades para uma Farmácia do futuro mais forte, estes dois grupos estão a desenvolver projetos que trilhem esse caminho e que, ao mesmo tempo, permitam às farmácias enfrentar os desafios que o setor enfrenta no presente.

Motivados pela vontade de “ouvir as Farmácias”, por forma a melhor adequar a sua oferta de produtos e serviços, a Rede Claro e o HealthPorto convidaram a MighT - Talent Strategists para desenhar uma estratégia que permitisse colocar os Farmacêuticos na linha da frente na procura de soluções para os desafios que o setor enfrenta.

Desenhar a Farmácia do Futuro é um movimento colaborativo que requer reconhecer o talento e convocar o trabalho de todas as pessoas das Farmácias, independentemente da sua função ou posição hierárquica.

A visão de ambos os grupos entende que as pessoas que estão no terreno, todos os dias, reúnem dois critérios importantes para o desenvolvimento de uma estratégia de futuro:

são quem tem contato mais próximo com os clientes e, por isso, mais conhecimento tácito;

ao estarem mais focadas no cliente e menos focadas nas “regras do negócio”, têm a capacidade de pensar o “impensável”, desafiando os próprios paradigmas do setor.

Das Farmácias esperam trabalho de equipa, compromisso e melhoria contínua; da equipa de gestão, uma vontade absoluta e inequívoca na conquista da excelência. Consideram que fazem parte de uma única equipa com as Farmácias, pelo que ninguém deve perder a consciência do todo e do papel de cada um. Daí advém a sua força reconhecida por todos os players do mercado.

Não obstante estes novos paradigmas do gestor-farmacêutico, da medição de KPIs ou da procura incessante pela rentabilidade, a Rede Claro e o HealthPorto serão sempre um quartel-general para a defesa do prestígio do Farmacêutico e da sua relevância no sistema de saúde português. Este valioso legado vai estar sempre presente no nosso espirito e servirá de bússola na difícil travessia que juntos estamos a realizar.

Não podemos esquecer que o futuro começa já hoje - “olhar o presente e pensar o futuro”.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Em Lisboa
A Stroke Alliance for Europe, de que é membro a Portugal AVC (PT.AVC – União de Sobreviventes, Familiares e Amigos), lançou em...

Perante dezenas de membros do Parlamento Europeu, Jon Barrick, presidente da Stroke Alliance for Europe (SAFE), e Valeria Caso, presidente da European Stroke Organisation (ESO), apresentaram em conjunto os dados principais de uma investigação realizada pelo King's College em 35 países europeus.

Apesar de as taxas de mortalidade do AVC terem vindo a diminuir ao longo dos últimos 20 anos, o Acidente Vascular Cerebral é uma catástrofe humanitária que está a acontecer, porque há mais pessoas que sobrevivem ao AVC com incapacidades! O peso global do AVC poderá aumentar ainda mais nos próximos 20 anos, devido ao envelhecimento da população. É urgente encontrar melhores formas de combater o AVC, e dar melhor qualidade de vida aos sobreviventes do AVC e aos seus familiares - referiu Barrick.

As projeções do relatório sobre o Peso do AVC indicam que, entre 2015 e 2035, haverá um aumento generalizado superior a 30% do número total de casos, em Portugal e na União Europeia, se não aumentarmos significativamente as medidas preventivas e de tratamento do AVC.

A SAFE, a Portugal AVC e a Sociedade Portuguesa do AVC, acreditam que a melhor forma de combater o AVC é que todos os estados-membros da UE tenham uma estratégia comum contra o AVC, ativamente apoiada e patrocinada pelos governos, que cubra toda a cadeia de procedimentos, desde a sensibilização, prevenção, diagnóstico, tratamento, prestação de cuidados de reabilitação da fase aguda à crónica, reavaliação por especialistas, aos cuidados e apoio a longo prazo, integração social e profissional, participação na vida da comunidade e cuidados durante toda a vida, de forma a melhorar a qualidade de vida dos sobreviventes e dos seus cuidadores.

A criação dessas estratégias deve contar com a participação de representantes do vasto conjunto de profissionais que apoiam pessoas com AVC, das pessoas que tiveram um AVC, dos cuidadores e familiares, e das associações.

Administração Regional de Saúde do Algarve
A Administração Regional de Saúde do Algarve vai estender a partir de hoje a realização de exames de espirometria, para detetar...

Este exame ao pulmão, conhecido como Prova de Função Pulmonar e que mede o débito de ar através de um aparelho, está disponível nos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) Central, em Faro, Barlavento, em Portimão e Lagos, e Sotavento, em Tavira e Vila Real de Santo António.

Em comunicado, a Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve adiantou que desde que foi lançado o projeto-piloto para diagnóstico precoce e prevenção da Doença Pulmonares Obstrutivas Crónicas (DPOC) no Algarve, em dezembro de 2016, já foram realizados 962 exames, cuja realização foi hoje alargada a mais três concelhos.

O exame de espirometria é indolor e não invasivo, sendo utilizado em casos em que é necessário verificar se o utente sofre de Doenças Respiratórias com obstrução dos brônquios, refere a ARS.

Até abril deste ano, no ACES Central já tinham sido realizados 594 exames de espirometrias e no do Sotavento 205. No início de 2017, o projeto foi alargado ao ACES Barlavento, onde foram realizados 163 exames.

Para implementar este projeto, ao abrigo de um despacho que determina que todos os ACES deverão até final de 2017 ter Consultas de Cessação Tabágica e Acesso a Espirometria e a Tratamentos de Reabilitação Respiratória, a ARS/Algarve tem vindo a realizar ações de formação de espirometria destinadas aos médicos dos três ACES da Região.

Desta forma, passou a disponibilizar uma "nova oferta de exames nos Cuidados de Saúde Primários e uma ferramenta essencial para os profissionais de saúde na sua avaliação clínica", lê-se no comunicado.

Atualmente, existem dez equipas de saúde que realizam consultas de apoio intensivo na cessação tabágica que abrangem toda a região do Algarve, uma equipa em Olhão e duas equipas na unidade de Faro do Centro Hospitalar do Algarve.

Os utentes atendidos nas consultas de apoio intensivo na cessação tabágica são abrangidos pela dispensa de pagamento de taxas moderadoras, tal como os utentes a quem são realizadas espirometrias.

Parte da medicação de apoio na cessação tabágica beneficia já de comparticipação, competindo ao utente adquiri-la nas farmácias, conclui a ARS.

Perito da OMS
Um dos peritos internacionais que, a pedido do governo, está a avaliar as políticas de saúde, defendeu hoje a “requalificação...

Segundo Hans Kluge, especialista em saúde pública e representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) neste grupo de peritos, Portugal tem dado importantes passos neste sentido, mas deve ainda “direcionar para o apoio domiciliário” muitos dos serviços que são prestados em ambiente hospitalar.

Hans Kluge falava durante uma conferência de imprensa em que, acompanhado por um representante do Observatório Europeu dos Sistemas e Políticas de Saúde e Constantino Sakellarides, especialista em saúde pública e consultor do ministro da Saúde, foi assinalado o fim de seis meses de avaliação que resultará agora num relatório com sugestões.

Estas sugestões serão entregues ao ministro da Saúde, a quem caberá decidir as medidas a aplicar.

Segundo Hans Kluge, “muitos doentes, nomeadamente crónicos, não precisam de ser curados, mas antes de terem qualidade de vida”, referiu.

A este propósito, sublinhou o elevado número de doentes crónicos em Portugal, com patologias de elevado peso, como a diabetes, o problema da obesidade infantil e do tabaco.

Sobre o envelhecimento da população, disse que este é um fenómeno europeu, embora em Portugal sobressaia, pela negativa, o facto de serem menos os anos com qualidade de vida após os 65 anos.

Ainda sem revelar quais as recomendações que seguem no relatório final, este especialista defendeu um maior envolvimento das autarquias para atacar algumas das questões mais urgentes e que, na sua opinião, não poderão ser resolvidas apenas pelo Ministério da Saúde.

“A obesidade infantil, o álcool, a diabetes, o tabaco, cada vez mais consumido por mulheres jovens, são desafios que precisam de respostas e estas não estão apenas no Ministério da Saúde”, disse.

Josep Figueras, do Observatório Europeu dos Sistemas e Políticas de Saúde, sublinhou os passos desenvolvidos por Portugal na área dos cuidados de saúde primários e defendeu a criação de “uma nova estrutura” nesta área que responda mais prontamente onde as atuais revelam dificuldade: doença aguda doenças crónicas.

Para este especialista, o sucesso das medidas não passa apenas por mais recursos, até porque existem áreas em que estes poderão ser poupados, como no consumo excessivo de antibióticos, com o consequente impacto nas infeções hospitalares.

“Mais dinheiro é sempre bom, mas há áreas onde podemos ir buscar esses recursos”, disse.

O relatório final desta avaliação deverá estar disponível no primeiro semestre de 2019. Antes disso, o ministro da Saúde deverá decidir sobre as respetivas recomendações.

No final da conferência de imprensa, o ministro Adalberto Campos Fernandes sublinhou que esta avaliação representa “um exercício de política humilde”.

O ministro manifestou interesse em demonstrar mais eficiência no setor, a qual não passa por demoras médias impróprias, consumo excessivo de antibióticos e elevada prevalência de infeções hospitalares.

Inquérito revelou
O primeiro Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico, hoje apresentado no Porto, revelou uma elevada prevalência de algumas...

O estudo, relativo a 2015, constatou também que 67,6% da população tinha excesso de peso ou obesidade e 52,3% tinha alteração dos lípidos do sangue (colesterol alto), valor que aumentava para 63,3% ao incluir nesta estimativa a população que referiu tomar medicamentos para controlar esta condição.

O Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF) é um estudo epidemiológico observacional, transversal de base populacional, programado e realizado para ser representativo ao nível regional e nacional, com o objetivo e contribuir para melhorar a saúde pública e reduzir as desigualdades em saúde.

O inquérito surgiu na sequência da participação de Portugal, através do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA, IP), em projetos de investigação e ações conjuntas com outros países Europeus, financiados pela União Europeia.

A população alvo consistiu nos indivíduos entre os 25 e os 74 anos de idade, residentes em Portugal continental ou regiões autónomas há mais de 12 meses

O trabalho de campo decorreu entre fevereiro e dezembro de 2015 em 49 locais de observação (PSU) e foi realizado por equipas constituídas por um total de 117 profissionais.

Ao todo foram selecionados aleatoriamente para o INSEF 12.289 indivíduos, tendo-se obtido no final uma amostra com 4.911 participantes (2,265 homens e 2.646 mulheres), para os quais os procedimentos do INSEF (exame físico, colheita de sangue e entrevista) foram concretizados na íntegra.

A informação obtida pelo primeiro INSEF é representativa da população portuguesa a nível nacional e de cada uma das suas sete regiões, tendo sido utilizados os métodos preconizados pelo European Health Examination Survey (EHES).

As diferenças observadas nas estimativas populacionais de vários dos indicadores justificam, segundo os responsáveis pelo inquérito, a atenção das intervenções de saúde quer sobre algumas áreas do estado de saúde que afetam um elevado número de portugueses: 52,3% no caso de colesterol total superior a 190 mg/dl, 38% no caso da hipertensão arterial ou 28,7% no caso da obesidade, quer noutras, como a diabetes ‘mellitus’, cuja estimativa é de 9,8%.

Entre os determinantes são realçadas as elevadas frequências de sedentarismo nos tempos livres (44,8%), o consumo arriscado de bebidas alcoólicas, reportado por 33,8% da população masculina, ou a exposição ambiental ao fumo do tabaco que afetava 12,8% da população.

Na área preventiva, de acordo com o INSEF, a elevada proporção da população feminina entre os 50 e os 69 anos que reportou ter realizado mamografia nos dois anos anteriores ao inquérito (94,8%), em particular quando referia ter médico de família atribuído, constitui um indicador positivo, pese embora a menor frequência na população desempregada (89,3%).

Já a consulta de saúde oral no ano anterior foi reportada por um pouco mais de metade da população (51,3%), verificando-se valores mais baixos entre os 65 e 74 anos (43,8%).

De igual forma, a pesquisa de sangue oculto nas fezes nos dois anos anteriores à entrevista (45,7%) e a não realização deste exame na vida (44,2%) revelaram valores muito baixos a nível nacional, conclui o inquérito.

Embora a obesidade fosse mais elevada entre as mulheres (32,1% ‘versus’ 24,9%), o excesso de peso e a obesidade abdominal eram mais prevalentes entre os homens.

A prevalência destas doenças aumentava com a idade verificando-se os valores mais elevados entre os 65 e os 74 anos (71,3% no caso da hipertensão; 41,3% no caso da obesidade; 88,1% no caso da obesidade abdominal; 23,8% no caso da diabetes).

Na comparação entre as sete regiões nacionais, após remover o efeito do sexo e da idade, as prevalências padronizadas apresentavam valores mais elevados de hipertensão arterial e obesidade na região Norte, obesidade abdominal na região Centro, diabetes na Região Autónoma dos Açores, e alteração do perfil dos lípidos do sangue na região Centro.

Os primeiros resultados do INSEF foram apresentados numa conferência realizada no auditório do Museu Soares dos Reis, no Porto.

Relatório
O consumo de tabaco mata mais de sete milhões de pessoas por ano, alertou hoje a Organização Mundial da Saúde, apelando para a...

Os números foram publicados num relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) - na véspera do Dia Mundial Sem Tabaco -, no qual é avaliado o impacto do tabaco na saúde e na economia, mas também, e pela primeira vez, no ambiente.

“O tabaco é uma ameaça para todos”, afirmou a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, em comunicado, sublinhando que representa “um agravamento da pobreza”, além de “levar as famílias a fazerem más escolhas alimentares e de poluir o ar”.

Todos os anos, mais de sete milhões de pessoas morrem devido ao tabagismo, um valor muito superior aos quatro milhões de mortes que eram contabilizados no início do século XXI, de acordo com números da OMS.

Atualmente, o tabaco é a principal causa evitável de doenças não transmissíveis e mata metade dos fumadores.

O tabagismo afeta sobretudo as pessoas mais pobres e constitui uma causa importante de disparidades em matéria de saúde entre ricos e pobres, de acordo com a OMS, que indica que mais de 80% das mortes se irão registar em países com baixos ou médios rendimentos até 2030.

O tabagismo representa também um fardo económico para o planeta: a cada ano, os custos para particulares e para governos ultrapassa os 1.250 mil milhões de euros em despesas com saúde e perda de produtividade, o que representa 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.

"Se forem tomadas medidas drásticas para controlar o tabagismo, os governos podem salvaguardar o futuro dos seus países, proteger os consumidores e não consumidores contra estes produtos mortais, gerando receitas para financiar a saúde e outros serviços sociais e preservar o ambiente da devastação causada pelo tabaco", considerou a diretora-geral da OMS.

De acordo com o relatório da organização, o tabaco também prejudica o ambiente, já que os resíduos que deixa são o tipo de resíduos mais espalhado no mundo e "contêm mais de 7.000 produtos químicos tóxicos que envenenam o ambiente, incluindo agentes cancerígenos".

No total, cerca de dois terços dos 15 mil milhões de cigarros vendidos a cada dia são deitados fora em zonas onde danificam o ambiente.

A cultura do tabaco também é parcialmente responsável pela desflorestação, acrescenta aquela organização, referindo que cada 300 cigarros consumidos significam uma árvore perdida.

Para a OMS, o tabaco poderá causar, durante o século XXI, mil milhões de mortes no mundo.

Para superar este flagelo, a agência especializada das Nações Unidas pede "medidas fortes", como a proibição do marketing e da publicidade a cigarros e a proibição de fumar em lugares públicos fechados e locais de trabalho, além de um aumento dos impostos e dos preços de produtos de tabaco.

1 de junho - Dia Mundial da Criança
É já no próximo dia 1 de junho, Dia Mundial da Criança, que se celebra o Dia do Nariz Vermelho. E, este ano, o primeiro...

Os alunos mais novos da EB1/JI Engenheiro Ressano Garcia, em Lisboa, vão dar as boas-vindas ao ministro da Educação, logo a partir das 9h15 do dia 1 de junho. Tiago Brandão Rodrigues será recebido pelas crianças e pelos Doutores Palhaços no pátio daquele estabelecimento de ensino com duas músicas: uma canção da Operação Nariz Vermelho (ONV) e o Hino da Alegria.

Mas a festa não se fica por aqui. No refeitório serão projetados os vídeos que resultaram de um convite lançado pela Direção Geral de Educação, que se associou a esta iniciativa, às escolas do 1º ciclo do Ensino Básico, a quem foi pedida uma “Mensagem de Alegria”. E já com a presença do primeiro-ministro, e juntamente com os alunos do 3º e 4º anos, a biblioteca da escola vai ser palco de um momento de leitura do livro A Matilde está Careca, da ONV, com o carimbo do Plano Nacional de Leitura. A visita termina com uma mensagem de António Costa que ainda convidará todos a realizarem Um Minuto de Alegria, com a promessa de animação, palhaçadas e muitos narizes vermelhos.

Recorde-se que o Dia do Nariz Vermelho é uma iniciativa de sensibilização junto da população para a importância da solidariedade social e que assume várias formas de angariação de fundos. Todos estes revertem a favor da ONV, para que possa dar continuidade à missão de levar alegria às crianças hospitalizadas. Para além das atividades realizadas nas escolas, também a população em geral pode contribuir, adquirindo qualquer um dos produtos solidários através da loja online (em www.narizvermelho.pt), um apoio fundamental para ajudar os Doutores Palhaços a receitar alegria.

Estudo
Um nova versão mais potente de um antibiótico com 60 anos criada por cientistas nos Estados Unidos poderá resolver o problema...

A equipa do Scripps Research Institute, na Califórnia, aperfeiçoou a vancomicina, um antibiótico já de si extremamente forte contra infeções, a que só agora as bactérias começaram a criar resistência.

O antibiótico impede as bactérias de formarem paredes celulares, um efeito que as bactérias tiveram muita dificuldade em ultrapassar, cuja eficácia os cientistas conseguiram agora multiplicar por mil.

Assim, é necessária uma quantidade muito mais pequena do antibiótico, afirmam os investigadores, que querem agora acelerar o processo de modificação da vancomicina.

Perito diz
A negação das alterações climáticas é uma desonestidade, mesmo que sejam líderes mundiais a fazê-lo, afirma o perito Rajendra...

“Eu gostava de perceber quem é que tem interesses escondidos em dizer que as alterações climáticas não são reais. Se dissermos que são os cientistas que as inventaram, estamos a insultar alguns dos melhores cérebros. Serão eles desonestos? Estão a tentar aproveitar-se para seu próprio ganho?”, questionou.

Em entrevista, escreve o Sapo, o ex-presidente do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (PIAC) das Nações Unidas afirmou que “é muito desonesto dizer que as alterações climáticas são um embuste”.

No organismo que liderou até 2015, há “milhares de cientistas que não recebem um cêntimo, mas que sentem a responsabilidade de dar o seu conhecimento à sociedade”.

Do lado do negacionismo, no qual se conta o atual Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “age-se por pressão de lóbis que não querem que se faça nada”, afirmou Rajendra Pachauri.

Apesar disso, o laureado com o prémio Nobel da Paz atribuído ao PIAC, acredita que vale a pena continuar a trabalhar para mudar mentalidades e encorajar vidas com menos consumo de energia, com energias renováveis, desde já.

O facto de haver quem afirme que há conspirações a arquitetar a tese do aquecimento global “não é surpresa”, afirma, salientando que há “interesses muito fortes e poderosos” para evitar qualquer mudança, o que para os ativistas do clima significa “trabalhar muito mais”.

“Temos bolsas de resistência, mas penso que a maioria das pessoas percebe que as mudanças climáticas são reais. E vêem-nas à sua volta, não conseguem fechar os olhos à realidade. Os impactos estão a piorar muito e as pessoas vão sofrer em consequência disso”, declarou. Quem está preocupado com o futuro do planeta e da civilização “tem que começar a agir, e sem demora”, defendeu.

Quanto aos milhões que votaram em Trump, “ainda não receberam a mensagem”, considerou. Se já tivessem consciência do que está em jogo, “Trump não tinha sido eleito. Temos que admitir que algumas pessoas têm uma mentalidade fechada. É uma pena que as sociedades humanas às vezes não tomem decisões racionais”, afirmou.

Os seres humanos “viciam-se numa determinada maneira de viver e não querem mudá-la”, apontou, o que para Rajendra Pachauri constitui “uma das falhas da natureza humana, uma certa inércia”. “Se temos um carro potente, gostamos de o guiar e cabe lá a família inteira mais o cão, pensamos: ‘por que é que tenho que desistir disto?’, embora seja uma das razões pelas quais temos alterações climáticas”, ilustrou.

Mas Rajendra Pachauri contesta que tenha que se abdicar de conforto em troca do futuro: “Se reduzirmos os gases que provocam o aquecimento global, também estamos a limpar os ambientes locais, o que traz muito mais conforto”. “Vejam-se as pessoas que passam o dia a tossir nas ruas de Pequim, Nova Deli ou da Cidade do México, onde há níveis elevados de poluição do ar. Para mim, isso não é uma existência confortável, mas sim muito perigosa”.

Os benefícios de inverter o aquecimento global, contrapõe, são tão grandes, com melhor ambiente, menos desperdício, mais produtividade agrícola, que aí é que está um elevado nível de conforto. Quanto a Portugal, afirmou que “é uma sociedade responsável, que sempre teve uma visão global” e disse esperar que “perceba que os problemas do mundo também são seus”.

Com centenas de quilómetros de costa suscetível à subida do nível dos oceanos, Portugal “vai crescer como um exemplo para o resto do mundo, combatendo as alterações climáticas sem deixar de ter as coisas boas da vida”. Essas coisas boas, a começar pelo clima ameno e as praias pelas quais Portugal é conhecido mundialmente, estarão irremediavelmente perdidas para as gerações futuras se não se agir. “Penso que nos próximos três a cinco anos vamos assistir a um grande movimento global para inverter o caminho”, previu, apontando os jovens como figuras de proa desse movimento.

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