Dia Mundial Sem Tabaco
O Governo Regional dos Açores vai implementar um programa nas escolas para incentivar os alunos do 4.º ano do ensino básico e...

“Há estudos que indicam que cerca de 33% das crianças estão sujeitas ao fumo dos pais, quer em casa, quer nos carros, e como tal decidimos avançar com este programa, que no fundo passa por uma intervenção junto das crianças do 4.º ano do ensino básico”, disse, hoje, em declarações aos jornalistas, o secretário regional da Saúde, Rui Luís.

O programa 'Domicílios e carros sem fumo' foi anunciado no âmbito das comemorações do Dia Mundial Sem Tabaco, no Centro de Saúde de Angra do Heroísmo, onde decorriam ações de divulgação da consulta de cessação tabágica.

Segundo o governante, a campanha, que arranca no próximo ano letivo, deverá abranger cerca de 2.500 crianças e, em julho, será dada formação a cerca de 140 docentes do ensino básico.

O programa inclui ações de formação junto das crianças e a criação de materiais alusivos ao combate ao tabagismo, como cartazes e dísticos, que os alunos podem colar em casa e nas viaturas, dizendo que é proibido fumar.

“Prevê-se que os alunos assinem um contrato com os pais, em que os pais se comprometam efetivamente a deixar de fumar. E nós vamos acompanhar esse processo ao longo dessa etapa formativa”, adiantou Rui Luís.

De acordo com dados do Inquérito Regional de Saúde, em 2014, cerca de 27,6% dos açorianos entre os 20 e os 74 anos fumava diariamente e 45,6% admitia fumar na presença de outras pessoas, incluindo crianças.

No mesmo inquérito, 20% da população disse que pelo menos um elemento do agregado familiar fumava dentro de casa e 19% disse que pelo um elemento do agregado familiar o fazia dentro do carro.

“O investimento na saúde passa muito pela prevenção e este programa ‘Domicílios e carros sem fumo’ é na prática uma dessas ações de prevenção, porque as crianças que estão sujeitas ao fumo têm uma grande probabilidade de contraírem cancro do pulmão, doenças cardiovasculares e problemas respiratórios”, frisou o secretário regional da Saúde.

Segundo Rui Luís, a adesão às consultas de cessação tabágica tem vindo a aumentar, mas os Açores continuam a apresentar uma taxa de tabagismo superior à média nacional.

“No ano de 2016 já tivemos cerca de 2.000 consultas e a perspetiva é que este ano aumentasse consideravelmente a disponibilidade de consultas”, revelou.

O Dia Mundial Sem Tabaco foi assinalado em todas as ilhas dos Açores com a divulgação de consultas de cessação tabágica nas Unidades de Saúde de Ilha, rastreios de avaliação dos valores de monóxido de carbono e concursos nas escolas.

Doença do Sistema Nervoso Central
Em Portugal existem cerca de 6 mil doentes com Esclerose Múltipla, uma doença inflamatória crónica q
Desenho de cérebro em 3D

O que é a Esclerose Múltipla?

A Esclerose Múltipla (EM) é uma inflamatória crónica que afeta exclusivamente sistema nervoso central (SNC - encéfalo e medula espinhal). As causas da doença são ainda mal conhecidas admitindo-se que esta resulte de uma combinação de fatores genéticos e ambientais (ex. infeções virais, défice de vitamina D, hábitos tabágicos); esta combinação desfavorável leva a uma alteração do sistema imunológico com hiperatividade de algumas células (linfócitos T e B) as quais, em vez de manterem uma ação protetora, começam a atacar o SNC e a provocar o aparecimento de lesões. Estas lesões ocorrem principalmente nas regiões mais ricas em mielina (substância branca que envolve os prolongamentos dos neurónios) causando assim os défices que caracterizam a doença. Por afetar predominantemente a mielina e provocar o aparecimento de lesões cicatriciais (placas), a EM também é conhecida como ‘doença desmielinizante’ ou ‘Esclerose em placas’.

Epidemiologia

A EM afeta predominantemente adultos jovens entre os 20-40 anos (pico de incidência 30 anos) e, como a generalidade das doenças imunológicas, atinge mais as mulheres que os homens (3:1). Em Portugal existem cerca de 6000 doentes, número que traduz uma prevalência média se compararmos com a distribuição da doença pelo Mundo.

Clínica

As manifestações clínicas dependem da localização das lesões e são muito variáveis de doente para doente.

Os sintomas mais habituais são: motores (ex. falta de força, falta de coordenação), sensitivos (ex. perda de sensibilidade, formigueiros), visuais (ex. perda aguda de visão, visão dupla), esfincterianos (ex. incontinência urinária). Outros sintomas igualmente importantes são a fadiga, uma das queixas mais frequentes e incapacitantes, a disfunção cognitiva (ex. défices de memória e de atenção) e as perturbações emocionais (ex. ansiedade e depressão).

Na grande maioria dos doentes a doença evolui por surtos – aparecem sintomas que se instalam de forma aguda ou sub-aguda (em dias ou semanas) e que tendem a regredir completa ou parcialmente.

Com o evoluir da doença há uma tendência para que os surtos se atenuem e a doença se torne lentamente progressiva (formas secundárias progressivas). Numa pequena percentagem de doentes, a doença é progressiva desde o seu início (formas primariamente progressivas).

A acumulação dos défices neurológicos e a incapacidade funcional daí resultante interfere significativamente com a qualidade de vida e, pelas suas complicações, pode determinar uma redução da esperança média de vida.

Diagnóstico

Na ausência de um teste específico que permita identificar a EM, o diagnóstico é estabelecido com base nos aspetos clínicos e no resultado de alguns outros exames complementares, dos quais se destaca a Ressonância magnética.

O diagnóstico exige muitas vezes conhecimento e experiência na doença, pelo que em casos de suspeita de EM, a situação deve ser avaliada por um neurologista com experiência nesta área.

Tratamento

A EM é ainda uma doença incurável. Todavia, nas últimas 2 décadas, registaram-se desenvolvimentos notáveis no tratamento com o aparecimento de múltiplos fármacos capazes de conter o processo inflamatório e assim reduzir o aparecimento de lesões no SNC.

Muitos outros estão atualmente a ser ensaiados e temos a expectativa de que estes fármacos ditos imunomoduladores, mesmo não curando a doença, consigam interferir na sua história natural reduzindo dramaticamente as suas consequências.

Para além disso, há muitas opções para minimizar os sintomas, incluindo tratamento farmacológico e fisioterapia. 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Administração Central do Sistema de Saúde
Quase um terço dos médicos recém-formados não conseguiu vaga para a sua especialização, de acordo com o mapa definitivo de...

Segundo a lista divulgada pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) e publicada em Diário da República, na passada sexta-feira, o total de vagas foi de 1.758, das quais 1.252 hospitalares, 462 para medicina geral e familiar e 44 de saúde pública.

Para estas vagas existiam 2.466 jovens médicos, o que representa que 708 vão ficar sem formação específica, ou seja, perto de um terço dos candidatos.

Apesar de este ser o maior número de sempre de vagas propostas de acordo com a capacidade de formação do país, o número de médicos sem vaga para a sua especialização também é o maior de sempre, subindo de 112 em 2015 para mais de 700 em 2017/18.

Para a presidente da Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM), Rita Ramalho, para este cada vez maior número de médicos impedidos de concluir a sua formação as alternativas passam pela emigração, voltar a concorrer no próximo ano ou optar por carreiras menos comuns, como a gestão hospitalar, indústria farmacêutica, ciência e investigação ou jornalismo médico.

“Estamos perante um problema e temos tentado dar alternativas, o que não vemos a tutela fazer”, disse

Rita Ramalho lamenta que um investimento público desta natureza – a formação de um médico custa cerca de 12 mil euros por ano – esteja a ser desperdiçado ou a ser aproveitado por outros países, como a Inglaterra e a Alemanha, que reconhecem a qualidade dos médicos portugueses e procuram-nos cada vez mais.

“É um desperdício de dinheiro público que não está a ter qualquer retorno”, adiantou.

A presidente da ANEM sublinhou ainda que só um planeamento correto assegura a melhor formação dos médicos e, por conseguinte, uma “maior qualidade dos serviços prestados à saúde dos portugueses”.

Estudo
Em Portugal, a despesa anual por doente começa nos 22.700 euros e pode chegar aos 34.400 euros. Valor está abaixo da média...

Para o médico Alan Thompson, investigador do University College London e autor de um estudo sobre a despesa global da esclerose múltipla, os custos com esta doença “não são propriamente inesperados”, mas mostram que há um grande trabalho a fazer. Entre os doentes portugueses, só 43% estão empregados e 72% dizem que sentem que a sua produtividade é afetada, sobretudo pela fadiga – que é uma das principais consequências da doença.

Alan Thompson estará nesta quarta-feira em Lisboa, num simpósio internacional do British Medical Journal, que decorre no Centro Cultural de Belém, para apresentar o seu estudo sobre os custos globais da esclerose múltipla, tanto na Europa como em Portugal. Em entrevista ao jornal Público, o neurologista adiantou que o trabalho contou com um total de 16.808 doentes de 16 países, sendo 535 portugueses.

Os dados nacionais estão em linha com os dos restantes países, explica o investigador, que diz que os doentes portugueses inquiridos tinham uma idade média de 48,5 anos e que 92% estavam ainda abaixo da idade da reforma. Mesmo assim, só 43% estavam empregados. Além da fadiga mencionada por 98% dos inquiridos, 74% das pessoas referiram também as consequências cognitivas desta doença degenerativa como outro problema com influência direta no mundo laboral.

O neurologista do University College London explica que no caso dos doentes portugueses o diagnóstico aconteceu perto dos 36 anos, mas desde os 30 anos que a maior parte dos doentes dizem ter tido sintomas que vieram a culminar nesta doença. Concretamente sobre os problemas de absentismo, o especialista acredita que “pode-se fazer muito trabalho com as pessoas com esclerose múltipla, para que possam manter-se nos seus empregos, mas isso requer aconselhamento especializado e o envolvimento do empregador”. Thompson lembra que, comparativamente com outras doenças crónicas, o carácter “variável e imprevisível” da esclerose múltipla acarreta “desafios particulares”, até por afetar pessoas bastante jovens.

Custos com medicamentos e pensões
Além da caracterização dos doentes e da análise das implicações na esclerose múltipla no trabalho, a equipa de Alan Thompson procurou também encontrar os custos económicos associados a esta patologia. Nos dados globais europeus, a principal fatia do bolo (79%) destina-se aos medicamentos e às pensões por doença e invalidez.

O estudo analisou as despesas para os vários graus de esclerose múltipla e adaptou os valores ao custo de vida de cada país. As formas mais ligeiras de esclerose múltipla representam uma fatura anual média de 22.800 euros por doente, mas o valor chega aos 57.500 euros quando a doença evolui para as manifestações mais graves. Em Portugal o primeiro valor é apenas 100 euros inferior, mas nas formas mais graves há uma diferença significativa, com o valor em Portugal a ficar nos 34.400 euros. A cada surto, estima-se também que o valor gasto seja de perto de 3000 euros.

“Estes custos não são inesperados, mas com uma intervenção mais precoce e mais eficaz poderiam ser reduzidos. Espera-se que, comparando os diferentes modelos, possamos alcançar um sistema melhor em toda a Europa”, defende Alan Thompson, que lembra que o estudo olhou para várias despesas, desde as mais óbvias (como os custos diretos com serviços de saúde e medicamentos), até à participação no mercado do trabalho, despesas diretamente pagas pelos doentes ou com ajuda familiar.

Estudo
Investigadores portugueses descobriram o primeiro caso de um animal vertebrado que nasce só com os genes do pai, tratando-se de...

Os cientistas da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa fizeram testes de paternidade aos peixes e descobriram que existia um macho androgenético, com o mesmo conjunto de genes do seu pai.

Na espécie analisada conheciam-se variações genéticas que significam que existem vários tipos de macho e fémea com distribuições diferentes de cromossomas, escreve o Sapo.

No caso do macho androgenético, O ADN da mãe apenas existiu nas células sexuais produzidas nos seus ovários, uma característica da androgénese que só se conhecia em plantas, insetos e moluscos.

Em animais vertebrados, também peixes, tinha sido conseguido mas com manipulação em laboratório.

Esta forma de reprodução, propõem os investigadores, poderá dar origem a novas formas de reprodução na evolução daquela espécie, segundo Miguel Morgado-Santos, do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais, primeiro autor do estudo publicado na revista Royal Society Open Science.

No Porto
O Hospital de São João, Porto, anunciou hoje um investimento de 4,1 milhões de euros em eficiência energética que permitirá ...

Em comunicado, o HSJ sublinha que no final do processo haverá “uma poupança de 300 mil euros/ano, o equivalente ao consumo atual da Consulta Externa, que, assim, ficará autossuficiente em termos de consumo de energia”.

Para concretizar os melhoramentos, o hospital receberá uma comparticipação de 3,8 milhões de euros através do programa de auxílio do Estado POSEUR (Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos), cujo contrato foi assinado no passado dia 25 de maio.

As obras relacionadas com a eficiência energética envolvem três edifícios externos ao corpo principal do hospital: o Centro de Ambulatório, (que inclui a Consulta Externa), o Hospital de Dia e o edifício dos serviços de apoio, e têm início ainda este ano, prevendo-se a sua conclusão para o final de 2018.

Serão instalados 2.832 painéis fotovoltaicos nas coberturas de todos os edifícios, totalizando uma área de 5.411 metros quadrados.

Além da introdução dos painéis fotovoltaicos, “será melhorada a climatização de todo o Centro de Ambulatório, também com métodos energeticamente eficientes, pois esta climatização será obtida a partir das redes de transporte de água quente e água fria, permitindo eliminar os atuais aparelhos de ar condicionado”, refere o hospital.

“Com a nova climatização serão significativamente melhoradas as condições de conforto para doentes e profissionais que utilizam as salas de consulta, de tratamentos, de exames e as salas de espera na Consulta Externa”, afirma.

Acrescenta que também os envidraçados atuais serão substituídos por vidros duplos mais eficientes, que permitem a redução das perdas de calor nas alturas mais frias do ano e ganhos de isolamento nos períodos mais quentes. Todo o sistema de iluminação existente será substituído por iluminação do tipo LED, com maior eficiência e menor consumo energético.

Investigadora
A investigadora e líder do projeto "IoGeneration" que há um ano revelou que um terço das crianças portuguesas...

“Um ano depois de o alerta ter sido dado, pouco ou nada se avançou em termos de políticas de saúde”, afirmou a investigadora do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (Cintesis).

Desenvolvido entre o final de 2015 e abril de 2016, o projeto "IoGeneration" permitiu analisar mais de 2.000 crianças portuguesas, de 83 escolas do Norte de Portugal. Os resultados preliminares revelaram-se tão preocupantes que a equipa de investigação deu o alerta logo em março de 2016.

“Ficámos alarmados após analisarmos os dados preliminares, que já indicavam que mais de um terço das crianças teria níveis deficientes de iodo. Sabendo que a falta deste nutriente pode comprometer o coeficiente de inteligência (QI) em 15 pontos, sentimos a obrigação de alertar os decisores políticos e a sociedade o quanto antes”, explicou Conceição Calhau, que atualmente é também professora da Nova Medical School, em Lisboa.

Os resultados finais, publicados agora na revista científica internacional “Nutrients”, atestam que a equipa de investigação liderada pela especialista em Nutrição, do Cintesis, não se precipitou quando decidiu dar o alerta.

“Os dados finais mostram que 29% dos rapazes e 34% das raparigas entre os 6 e os 12 anos sofrem de carência de iodo”, sustentou Conceição Calhau.

Quando compararam as crianças por faixa etária, os investigadores concluíram que os mais pequenos (com 5 ou 6 anos) estão mais protegidos, sendo que “apenas 20% apresentava níveis baixos de iodo. Mas entre as crianças mais velhas (entre os 11 e os 12 anos), 39% têm os níveis de iodo comprometidos”.

Os pais das crianças avaliadas pela equipa de investigação foram também envolvidos no estudo, sendo que 68% confessou não saber o que era o sal iodado. Além disso, as 83 escolas que integraram o estudo não estavam a usar sal iodado, apesar da indicação, publicada em 2013, da Direção-Geral de Educação nesse sentido.

O iodo pode ser obtido através de alimentos de origem marinha, mas também está presente nos ovos, fígado e leite. Neste trabalho, ficou provado que as crianças que bebem dois ou mais copos de leite por dia se encontram mais protegidas contra o défice de iodo, por comparação às que consomem apenas um copo ou nenhum.

Ou seja, “existem outras formas de assegurar um aporte saudável de iodo, através da alimentação, mas em termos de saúde pública, a medida mais eficiente seria legislar no sentido de universalizar a iodização do sal”, sublinhou a investigadora.

Foi aliás neste sentido que deliberou um conjunto de representantes de entidades como a Direção-Geral da Saúde e da Educação, da Ordem dos Nutricionistas, do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica e até de representantes do setor da restauração e da indústria, reunidos por iniciativa dos investigadores do Cintesis, já a 30 de março de 2016.

Na declaração de consenso que daí resultou e que foi apresentada pela equipa de investigação em dezembro do ano passado durante uma audição com a Comissão Parlamentar para a Saúde, pode ler-se que “é consensual a necessidade de implementação da utilização universal e obrigatória, através de legislação apropriada, de sal iodado em Portugal, devidamente compatibilizada com as medidas e recomendações de redução do consumo de sal”.

A necessidade diária de iodo situa-se entre as 90 a 150 microgramas, em função da idade da criança. Este micronutriente serve para manter em equilíbrio os processos metabólicos do crescimento e desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso, desde a 15.ª semana de gestação do bebé.

Termas Centro
A coordenadora do projeto Termas do Centro, Guida Mendes, reconheceu hoje que as gerações jovens desconhecem os benefícios dos...

"Existe um desconhecimento em relação ao que são realmente as nossas termas. Quem tem 35 ou 40 anos não tem a mesma perspetiva que tinham os nossos avós, que conheciam bem as termas e os seus benefícios, faltando divulgação junto do público em geral e dos médicos", sustentou.

Em declarações, a responsável pelo Provere Termas Centro, que integra 22 estâncias termais da região Centro, evidenciou que o fim das comparticipações também prejudicou a afluência a este tipo de tratamento, embora não seja a causa principal, que atribui ao desconhecimento da população em relação aos seus benefícios.

Atualmente, as estâncias termais da região Centro registaram "um ligeiro crescimento em 2016 face a 2015, sendo que a parte que está em maior crescimento é a parte de bem-estar e não de termalismo clássico".

"Com este Provere, que vai até final de 2018, temos delineadas ações para o público em geral e outras direcionadas para os operadores e para os médicos. A água termal é um dos produtos endógenos de grande valor e a promoção tem de existir cada vez mais, de forma que, para além de toda a beleza da região Centro, o turismo passe por ter-se uma experiência termal", referiu.

De sexta-feira a domingo, terá lugar o congresso internacional "Termalismo e o desenvolvimento regional", o primeiro promovido pelo Provere Termas Centro, que contará com intervenientes nacionais, espanhóis e franceses.

"Penso que estarão presentes entre 80 a 100 pessoas neste congresso internacional, que tem por objetivo criar um espaço de debate e análise sobre o papel que o termalismo tem no desenvolvimento das regiões em que se encontra, sendo para isso apresentados exemplos de boas práticas, públicas e privadas, nacionais e internacionais", apontou.

De acordo com Guida Mendes, os diferentes painéis irão permitir a discussão de três grandes vetores: a saúde, os recursos hidrominerais e o turismo em Portugal, agregando-os.

O evento terá lugar nas Termas da Felgueira e no auditório do Edifício Multiusos de Nelas, estando a sessão de abertura agendada para as 18:00 de sexta-feira.

Nesta ocasião, estará presente o presidente da Câmara de Nelas, Borges da Silva; a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR-C), Ana Abrunhosa; o presidente do Turismo do Centro, Pedro Machado; a presidente da Associação das Termas de Portugal, Teresa Vieira; e o presidente do Conselho de Administração Patris Investimentos SA, Gonçalo Pereira Coutinho.

Bastonária
A bastonária da Ordem dos Nutricionistas manifestou hoje reservas em relação à aplicação da obrigatoriedade de opção...

“Reconheço os benefícios da medida, mas não posso esconder uma nota de preocupação em relação à forma como a medida vai ser aplicada”, disse Alexandra Bento.

As cantinas e refeitórios públicos estão a partir de quinta-feira obrigados a oferecer todos os dias pelo menos uma opção de comida vegetariana nas suas ementas.

Segundo o Diário da República de 17 de abril, esta regra aplica-se às cantinas e refeitórios dos órgãos de soberania e dos serviços e organismos da Administração Pública, em especial aos que se encontrem instalados em unidades integradas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), lares e centros de dia, escolas de ensino básico e secundário, estabelecimentos de ensino superior, prisões e centros educativos e serviço sociais.

A lei refere que “as ementas vegetarianas são programadas sob a orientação de técnicos habilitados e têm em conta a composição da refeição, garantindo a sua diversidade e a disponibilização de nutrientes que proporcionem uma alimentação saudável”.

“Os únicos técnicos responsáveis e com capacidade de garantir o equilíbrio nutricional são os nutricionistas, mas isso não ficou expresso na lei, apesar de termos chamado a atenção para este facto quando fomos ouvidos na Assembleia da República aquando da preparação da legislação”, disse.

Para Alexandra Bento, “obter uma opção vegetariana equilibrada não é fácil”.

A nutricionista adiantou mesmo que “uma dieta vegetariana sem equilíbrio nutricional é tão perigosa como outra qualquer dieta desequilibrada”.

A Ordem dos Nutricionistas tem, inclusive, elaborado cartas a alertar para estes riscos e enviado as mesmas para algumas instituições que vão ser abrangidas pela medida.

O Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) elaborou um conjunto de orientações técnicas para a produção e implementação de refeições vegetarianas, nomeadamente um manual com linhas orientadoras para a adoção de um padrão alimentar vegetariano, tendo por base o melhor conhecimento científico disponível e utilizando produtos vegetais de origem nacional, sazonais e enquadrados na tradição culinária portuguesa.

Foi igualmente elaborado, e está disponível no ‘site’ da Direção-Geral da Saúde (DGS), um manual para quem trabalha no setor da educação escolar e à população em geral, além de receitas vegetarianas que podem ser consultadas no blogue do PNPAS.

A bastonária considera esta iniciativa positiva e classifica-a de “instrumentos importantes”, mas acha que não é com a produção destes documentos que se garante a responsabilização de quem não assegura o equilíbrio nutricional de uma dieta vegetariana.

Para o diretor do PNPAS, Pedro Graça, esta iniciativa é uma ajuda na implementação da medida.

Em declarações, Pedro Graça explicou que a aplicação da lei poderá ocorrer de várias formas, uma vez que nem todos os hospitais, por exemplo, têm cozinha própria e nem todos têm empresas que fornecem os serviços.

Em relação às cantinas escolares, o responsável recordou que existe um grupo de trabalho na alçada do Ministério da Educação encarregue pela sua aplicação.

Ministério da Educação
Os alunos que pretendam refeições vegetarianas devem informar a escola no início do ano letivo, disse fonte do Ministério da...

De acordo com a mesma fonte, o procedimento contratual de prestação de serviço com as empresas que fornecem os refeitórios escolares, para o próximo ano letivo, já incluirá a disponibilização de refeições vegetarianas a quem as solicitar no início do ano.

“Teremos de aguardar o arranque do ano letivo para perceber a procura que estas refeições terão entre os alunos”, acrescentou a fonte.

A medida tornou-se obrigatória por iniciativa do partido PAN (Pessoas – Animais - Natureza) e abrange todas as cantinas públicas e refeitórios do Estado.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou em março o diploma do parlamento que obriga à existência de uma opção vegetariana nestes locais.

Para o presidente da Associação Nacional dos Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, trata-se de uma boa medida: “Tudo o que é saudável, a escola deve apoiar”.

Acredita, porém, que a procura deve ser “muito residual”, pelo menos no início, uma vez que não é comum haver pedidos para alimentação vegetariana nas escolas.

“No agrupamento que dirijo [Vila Nova de Gaia], com mais de 2.000 alunos, nunca tive nenhum pedido”, afirmou.

As escolas, especialmente as que servem refeições confecionadas no local, estão neste momento a preparar-se para servir os alunos que escolherem esta opção.

“Estou a dar formação à minha cozinheira, temos seis meses para nos adaptar”, referiu, acrescentando que, nos casos em que as refeições são concessionadas a empresas, a opção vegetariana tem de constar nos cadernos de encargos.

Na base deste diploma estiveram iniciativas legislativas do PAN, do Bloco de Esquerda e do Partido Ecologista "Os Verdes".

Segundo o deputado do PAN, André Silva, muitas crianças e jovens eram discriminados nas escolas pelos colegas por comerem comida diferente que levavam de casa.

O projeto de lei a defender a inclusão de um menu vegetariano nas cantinas e refeitórios das escolas, universidades, prisões e hospitais públicos foi apresentado há um ano pelo PAN, tendo sido seguido por propostas do Bloco de Esquerda (BE) e do Partido Ecologista os Verdes (PEV).

O diploma foi publicado em Diário da República em abril para entrar em vigor em junho.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Todo o território de Portugal continental, a Região Autónoma da Madeira e as ilhas Terceira e Faial, nos Açores, estão hoje com...

Para as regiões com risco 'Muito Elevado', o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) recomenda o uso de óculos de sol com filtro ultravioleta (UV), chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('Moderado'), 6 a 7 ('Elevado'), 8 a 10 ('Muito Elevado') e superior a 11 ('Extremo').

O IPMA prevê para hoje uma pequena subida das temperaturas (máxima e mínima), céu pouco nublado ou limpo, apresentando-se geralmente muito nublado no litoral entre cabo Raso e o rio Douro até meio da manhã e para o final do dia.

Durante a tarde, aumento temporário de nebulosidade no interior, com possibilidade de ocorrência de aguaceiros fracos e dispersos. O vento vai soprar moderado (20 a 30 km/h), em especial durante a tarde e no litoral oeste, sendo por vezes forte (até 40 km/h) e com rajadas até 55 km/h a sul do cabo Carvoeiro.

A cidade mais quente vai ser Évora, com 33º, seguida de Beja (32º) Castelo Branco (31º) e Santarém (30º).

Abaixo dos 30º ficarão Faro e Portalegre (29º), Braga e Vila Real (28º), Bragança (27º), Lisboa e Coimbra (26º) e a cidade do Porto (23º).

Na Madeira o céu vai estar muito nublado e a temperatura máxima prevista para o Funchal é de 24º e para os Açores estão previstos períodos de chuva em todas as ilhas, pontualmente fortes nas Flores e no Corvo, e os termómetros não devem ultrapassar os 21º (Ponta Delgada).

Dia Mundial Sem Tabaco
Proibir fumar nicotina em todos os locais fechados, multar o “prevaricador” que fume em sítios proibidos, aumentar ...

Em entrevista, no âmbito do Dia Mundial Sem Tabaco, que é hoje celebrado, o presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão (FPP), José Alves, destacou quatro políticas “fundamentais” antitabágicas, começando por enumerar a proibição de fumar nicotina, seja tabaco aquecido, seja tabaco normal, seja nicotina eletrónica, em todos os lugares fechados.

Penalizar o “prevaricador” que fume em locais proibidos é a segunda medida que o presidente da FPP destaca.

“Nunca ninguém apanhou multas por estar a fumar em sítios proibidos”, defende aquele responsável, referindo: “quando na autoestrada vamos a 160 quilómetros por hora apanhamos uma multa”.

Outra medida “urgente” é, para o responsável, aumentar de forma exponencial o preço do tabaco.

“Atualmente, um maço de tabaco custa cinco euros (…), há dez anos, na Irlanda, um maço de tabaco, com 20 cigarros, custava 20 euros”, alerta José Alves, sublinhando que o valor dos maços de tabaco tem de aumentar.

O quarto ponto fundamental para combater o vício do tabaco é, para o presidente da FPP, o Estado comparticipar as drogas para a desabituação tabágica quando “clinicamente se justifique”.

“Clinicamente”, porque, explicou o clínico, há fumadores que decidem deixar de fumar num dia, “compram a droga comparticipada pelo Estado e param de a tomar” nos dias seguintes, lamentou, declarando que o Estado não deve ser penalizado por “tíbias tentativas de deixar de fumar”.

Reverter os proveitos dos impostos para realizar campanhas antitabágicas ou proibir fumar os ocupantes de todos os veículos motorizados são outras das medidas defendidas pela FPP.

Em Portugal, e no mundo ocidental, as principais causas de morte são o acidente vascular cerebral, doenças cardiovasculares, cancro e doença pulmonar obstrutiva crónica. “Todas elas ligadas com o tabaco”, enumerou o especialista e presidente da FPP desde agosto passado.

O hábito de fumar mata em Portugal 12 mil pessoas por ano, ou seja 32 mortes por dia.

No mundo mata sete milhões de pessoas, indicam dados da Organização Mundial da Saúde, conhecidos na véspera do Dia Mundial Sem Tabaco -, no qual é avaliado o impacto do tabaco na saúde e na economia, mas também, e pela primeira vez, no ambiente.

Organização Mundial de Saúde
Quase 20 mil pessoas vão morrer hoje devido ao consumo de tabaco, segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde, que quer...

Quando se assinala o Dia Mundial sem Tabaco (todos os anos a 31 de maio, desde 1987), os mais recentes números da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que os cigarros matam mais de sete milhões de pessoas por ano, 583 mil por mês, 19.200 por dia.

Segundo o relatório da OMS, os números de mortes devido ao tabaco aumentaram em três milhões desde o início do século, quando os cigarros matavam anualmente quatro milhões de pessoas.

Só na Europa o tabaco é responsável pela morte de 1,2 milhões de pessoas em cada ano.

Na sua página na internet a Sociedade Portuguesa de Cardiologia salienta ainda que os fumadores têm em média menos dez anos de vida do que os não fumadores, e que o tabaco é responsável por 25% a 30% da totalidade de cancros, por 80% das doenças pulmonares crónicas obstrutivas e por 90% dos cancros do pulmão.

O dia de hoje tem como objetivo sensibilizar e alertar a população para os malefícios do tabaco e para a necessidade de proteger os que não fumam.

Recentemente o Governo apresentou à Assembleia da República uma proposta de lei de alteração da lei do tabaco, que basicamente equipara novos produtos de tabaco (cigarros eletrónicos ou tabaco aquecido) ao tabaco tradicional, para efeitos de restrições de locais de uso por exemplo, e proíbe o consumo junto de locais como escolas ou hospitais, ainda que ao ar livre.

Nas votações indiciárias, em sede de Comissão Parlamentar, os deputados votaram contra a proibição de fumar junto de escolas ou hospitais, mas aceitam equiparar os novos produtos de tabaco ao tradicional.

A questão tem sido polémica, nomeadamente por causa do tabaco aquecido, que as organizações ligadas à saúde criticam, porque, dizem, não está provado que é menos prejudicial. A Tabaqueira, subsidiária da multinacional Philip Morris, no entanto apresenta o produto como sendo 90 a 95 menos prejudicial do que o tradicional tabaco e garante que estudos científicos lhes dão razão.

Na semana passada a FDA (órgão de controle da alimentação e medicamentos dos Estados Unidos) publicou um sumário executivo sobre o novo produto da multinacional do tabaco e vai analisar, num processo que pode demorar até um ano, o pedido de classificação do sistema de tabaco aquecido como produto de tabaco de risco modificado. A empresa afirmou-se muito satisfeita.

Atualmente, o tabaco é a principal causa evitável de doenças não transmissíveis e mata metade dos fumadores, segundo a OMS.

Profissionais e doentes em tratamento
Um surto de sarna no serviço de ortopedia A do hospital de Viseu obrigou 15 profissionais e cerca de 20 doentes a fazerem...

“Temos um surto de sarna que se manifestou no serviço de ortopedia A do hospital, que tem também camas adstritas à Medicina Física e de Reabilitação, onde esteve internado um doente a quem, no dia 19 de maio, foi feito o diagnóstico de sarna”, explicou.

Segundo Cílio Correia, “nessa altura, oito enfermeiros e sete assistentes operacionais fizeram o tratamento e ausentaram-se” e “tentou-se fazer o tratamento dos doentes que tiveram uma ligação direta ao doente infetado, só que, entretanto, surgiram outros com sintomatologia”.

A notícia do surto foi avançada pelo semanário Jornal do Centro, que na sua edição ‘on line’ titula “Sarna provoca isolamento de 40 pessoas no Hospital de Viseu”.

Cílio Correia referiu que como surgiram novos casos suspeitos, “alargou-se o contexto e interveio a comissão de controle de infeção”, tendo sido decidido não haver novas admissões no serviço de ortopedia A e Medicina Física e de Reabilitação.

Neste serviço existem 26 camas, estando quatro delas adstritas à Medicina Física e de Reabilitação.

“Os doentes destas enfermarias fazem o tratamento profilático que está recomendado, que é o benzoato de benzilo, e não se deslocam do serviço para tratamentos ou outros procedimentos que possam ser adiados até ao términos do tratamento profilático, que são três dias mais um (três dias de aplicação do líquido mais um de profilaxia)”, explicou.

Também “os profissionais sintomáticos e os assintomáticos com exposição estão a fazer tratamento com o benzoato de benzilo”, sendo que aqueles que tiveram sintomas “não devem trabalhar até 24 horas depois do tratamento”, ou seja, estarão ausentes do serviço quatro dias, acrescentou.

O médico explicou que a sarna se transmite “com relativa facilidade, fundamentalmente por contacto direto”, sendo que “o risco de contágio aumenta e está relacionado com o número de ácaros que existem na pessoa infetada”.

Segundo Cílio Correia, o número de pessoas a necessitar de tratamento pode aumentar, “porque às vezes as manifestações não são imediatas”.

“Por isso é que estamos a fazer o tratamento profilático a todos os que tiveram contacto direto”, frisou.

O presidente do Centro Hospitalar Tondela Viseu acrescentou que na próxima semana, será feito um ponto de situação e “a comissão de controle de infeção dirá o que fazer a seguir”.

“Depois do tratamento profilático, se não surgirem novos casos, damos isto por encerrado e a enfermaria só abrirá depois de higienizada e desinfetada”, afirmou.

Associação
A Associação Nacional de Unidades de Saúde Familiar queixou-se de falhas em plataformas informáticas que, alega, impedem...

Em comunicado, a associação critica "a enorme lentidão" no acesso à aplicação Vacinas, inserida na Plataforma de Dados de Saúde, e que, ao contrário do que era suposto, "milhares de profissionais" dos centros de saúde continuam sem acesso "ao histórico de vacinação dos utentes, outrora já informatizado".

Segundo a mesma nota, a Plataforma de Dados de Saúde "tem bloqueios constantes, não permitindo registar" a vacina no dia em que foi administrada ao utente, "o que aumenta o risco de falha".

A Associação Nacional de Unidades de Saúde Familiar (USF-AN) exige que "seja feita a migração" de "todos os dados das vacinas já informatizados" dos utentes para a nova aplicação e que, até lá, seja suspenso o seu uso.

Cooprofar
A Cooperativa dos Proprietários de Farmácia - Cooprofar anunciou o lançamento de uma campanha que visa sensibilizar a população...

"Uns quilos a mais são uns anos a menos" é o lema da campanha e a frase que se lê em centenas de milhares de folhetos que, conforme indicou fonte da Cooprofar, serão distribuídos por 1.200 farmácias localizadas de norte a sul do país.

O objetivo da campanha, que também tem como ‘slogan’ "A saúde começa aqui", é informar os utentes das farmácias dos problemas associados à obesidade, indicando alguns hábitos diários que potenciem a aposta na prevenção e demonstrando a importância de se adaptar o tratamento ao contexto de cada pessoa.

Além dos folhetos informativos, serão distribuídos blocos de registo de peso para monitorização e controlo do peso e uma régua para cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) e do Índice de Superfície Corporal (ISC).

A Cooprofar pretende também promover o papel que pode ter a farmácia, aconselhando as pessoas a recorrer ao seu farmacêutico para saber que tipos de suplementos e medicamentos existem para tratar a obesidade e qual se poderá adaptar melhor à situação de cada utente.

Em comunicado, a Cooperativa dos Proprietários de Farmácia, que tem sede em Gondomar, distrito do Porto, recorda, a propósito, que a Organização Mundial da Saúde classifica a obesidade como uma epidemia que mata atualmente cerca de 2.8 milhões de pessoas, sendo causa de muitas complicações de saúde.

"A obesidade contribui para uma menor expectativa de vida, mobilidade limitada, problemas nas articulações, ataques cardíacos, baixa auto estima, problemas respiratórios, hipertensão arterial, diabetes, depressão e colesterol alto", refere a nota da Cooprofar que recorda que a farmácia é muitas das vezes o primeiro contacto das pessoas na cadeia de assistência quotidiana em saúde.

Boa notícia: deixar de fumar é muito mais fácil com tratamento especializado
Todos os anos comemoramos o Dia Mundial Sem Tabaco para lembrar que nunca é tarde para deixar de fum

A Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral gostaria de o convidar a deixar de fumar, alertando para a importância do tabaco como fator de risco para o acidente vascular cerebral (AVC), mesmo fumando poucos cigarros, sobretudo se for mulher e tomar a pílula anticoncecional, ou tiver outros fatores de risco para doença vascular como hipertensão ou diabetes. Fumar duplica o risco de ter um AVC em relação aos não fumadores, mas quanto mais uma pessoa fuma, maior o risco; por exemplo fumadores de cerca de 20 cigarros por dia têm 6 vezes mais probabilidade de ter um AVC. Boa notícia é que o risco de AVC diminui rapidamente e significativamente ao longo de 3 anos após a cessação do consumo tabágico, igualando o risco dos não fumadores após 5 anos.

E quanto ao risco de doença vascular associado ao uso das novas formas de produtos inalados contendo nicotina, como o cigarro eletrónico, ou os novos produtos de tabaco aquecido sem combustão?

Embora ainda não seja conhecido o risco a médio e a longo prazo, sabe-se que a nicotina inalada causa doença cardíaca e vascular. Acresce que diversos estudos de experimentação animal mostram consistentemente um potencial para causar danos ao sistema vascular. Ou seja, alertam para o risco de poderem causar doença cardíaca e AVC.

A maioria dos fumadores gostaria de deixar de fumar e já tentou várias vezes sem ter conseguido, sentindo-se, por isso, inseguros e pouco confiantes.

Deixar de fumar pode parecer muito difícil, mas é possível! Milhões de fumadores já o conseguiram e podem testemunhar. Por outro lado, o tratamento é eficaz e torna o processo muito mais fácil e tranquilo.

Alguns fumadores conseguem-no fazer sozinhos, mas a maioria vai precisar de ajuda de um médico e/ou psicólogo. Deixar de fumar é um processo de aprendizagem que envolve determinação, disponibilidade para seguir um programa de ajuda que tem etapas e estratégias próprias, e cujo objetivo é manter a abstinência ao longo do tempo.

E como se deixa de fumar?

Fumar não é um hábito nem um estilo de vida, mas uma dependência. O tratamento da dependência do tabaco é uma combinação de aconselhamento comportamental e medicação específica para substituir a nicotina, que é a substância primária que causa dependência, e assim aliviar o desconforto físico e sobretudo emocional e psicológico da cessação do consumo.

Quando o fumador cessa de fumar, a falta de nicotina pode provocar ansiedade, irritabilidade, dificuldade de concentração, insónia, agitação, aumento do apetite, desejo incontrolável de fumar, ou mesmo desconforto físico e psicológico.

Estes sintomas fazem parte da síndrome de privação nicotínica, que pode ser tratada substituindo a nicotina, na forma oral (pastilhas para chupar ou gomas de mascar) e/ou transdérmica (adesivos colocados na pele, acima da linha da anca), ao longo dos primeiros três meses da cessação tabágica. Durante este período, os ex-fumadores habituam-se e aprendem a viver como não fumadores. Existem também medicamentos orais não nicotínicos que atuam no cérebro, nos mesmos circuitos neuronais da nicotina (vias da dependência física e psicológica). Estes medicamentos são seguros e eficazes: diminuem o prazer de fumar, controlam o desejo de fumar, e tratam a síndrome de privação nicotínica.

O aconselhamento envolve o ensino de hábitos e estilos de vida saudável; aconselhamento prático para deixar de fumar; conselho médico para a cessação com foco nos benefícios para a saúde em geral e personalizado no fumador, tendo em conta a sua idade, género, condição de saúde, e comportamento e história tabágica; e em alguns casos apoio psicológico.

Diversos estudos mostram que o aconselhamento especializado para deixar de fumar aumenta a eficácia da medicação.

Se já tentou deixar de fumar e não conseguiu, não desista, peça ajuda! A maioria dos ex-fumadores teve que tentar várias vezes, até conseguir!

Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje. Ligue para a Linha Saúde 24 - 808 24 24 24 e receba aconselhamento e orientação para agendar uma consulta grátis no Serviço Nacional de Saúde, com possibilidade de comparticipação da medicação.

Nunca é tarde para deixar de fumar, vale sempre a pena e há sempre benefícios, quer na saúde, quer económicos - veja o que pode ganhar! Se já está doente, deixar de fumar é o tratamento mais importante da sua doença. Só assim conseguirá viver melhor e minimizar o sofrimento. É muito importante saber que quem sofreu um AVC tem um risco muito elevado de ter um novo AVC se continuar a fumar.

Dicas para deixar de fumar: https://www.sns.gov.pt/sns-saude-mais/deixar-de-fumar/

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Instituto de Medicina Molecular de Lisboa
Uma vacina contra a malária desenvolvida por cientistas portugueses vai ser testada em humanos num ensaio clínico que começa...

A vacina, criada por uma equipa do Instituto de Medicina Molecular de Lisboa, incorpora o parasita que causa a malária em roedores e que é 'mascarado' com o parasita que infeta as pessoas, para que o sistema imunitário humano possa reconhecê-lo e combatê-lo numa fase em que os sintomas da doença não se manifestam.

A malária é uma doença transmitida pela picada da fêmea do mosquito "Anopheles" infetada pelo parasita do género "Plasmodium".

Um dos parasitas da malária mais agressivos e que causam a infeção nos humanos é o "Plasmodium falciparum". Em alguns roedores, a infeção é provocada pelo "Plasmodium berghei", que é inofensivo para as pessoas.

O que a equipa de Miguel Prudêncio fez foi usar o parasita da malária que infeta roedores e modificá-lo geneticamente para expressar uma proteína do parasita que contagia os humanos.

"A expetativa é que o sistema imunitário reconheça o parasita", disse Miguel Prudêncio.

O cientista esclareceu que os parasitas espoletam a resposta do sistema imunitário quando ainda estão no fígado. A doença só surge quando os parasitas saem do fígado e entram na corrente sanguínea.

O ensaio clínico vai envolver 30 voluntários saudáveis - adultos entre os 18 e os 35 anos. Numa primeira fase, serão avaliados efeitos adversos que a vacina possa gerar, enquanto numa segunda fase será analisada a eficácia da vacina, comparando o aparecimento da infeção em voluntários vacinados e não vacinados.

Os resultados do teste clínico são esperados para 2018.

Em estudos anteriores com animais, o grupo de Miguel Prudêncio verificou que coelhos imunizados contra a malária com esta vacina desenvolveram no sangue anticorpos capazes de reconhecer "muito eficazmente" o parasita "Plasmodium falciparum", que infeta os humanos.

Os cientistas observaram que esses anticorpos conseguiram travar quase na totalidade a infeção pelo mesmo parasita em ratinhos mutantes, cujo fígado tinha células de fígado humano, ou seja, suscetíveis de serem infetadas pelo "Plasmodium falciparum".

Os resultados obtidos permitiram aos investigadores partirem para os testes clínicos.

"Para se ter a noção do grau de proteção, a vacina tem de ser testada em humanos", assinalou Miguel Prudêncio, quando questionado sobre a sua eficácia em pessoas.

O ensaio clínico, que tem um custo aproximado de 1,3 milhões de euros, será realizado por investigadores do Instituto de Medicina Molecular, em colaboração com o Centro Médico da Universidade de Radbound, na Holanda, e com a PATH Malaria Vaccine Iniciative, entidade que coordena mundialmente o desenvolvimento de vacinas contra a malária.

Apesar dos avanços na luta contra a malária, da pulverização e do uso de redes mosquiteiras, quase 430.000 pessoas morreram de malária em 2015, especialmente em África, segundo a Organização Mundial de Saúde.

Paradigmas do gestor-farmacêutico
Desenhar a Farmácia do Futuro é um movimento colaborativo que requer reconhecer o talento e convocar

A Rede Claro e o HealthPorto, como parte integrante de um novo canal Grupos de Farmácia, centram a sua estratégia de sucesso no cumprimento das necessidades das Farmácias, proporcionando uma maior proximidade diária aos seus Utentes.

Neste sentido, desenvolvem a sua atividade funcionando como Pharmacy Developers, desafiando continuamente as Farmácias a adotarem novos procedimentos e novas abordagens no seu relacionamento com os diferentes stakeholders, com o objetivo único e comum da criação de valor para o utente.

Desde a crise financeira de 2008 que as Farmácias passam por um desequílibro económico-financeiro que as deixou "descapitalizadas", sendo necessário desenvolver o seu negócio através de estratégias que tenham como ponto central o utente.

As alterações ao seu funcionamento e regime jurídico, a entrada de novos concorrentes no mercado e a crise económica vivida nos últimos anos resultaram numa fragilização do setor, obrigando à procura de novas soluções que permitam inverter a situação.

Historicamente, no setor da Saúde, as Farmácias constituem-se como fortes motores da inovação e desenvolvimento, sendo que sempre encaram a mudança como o caminho para o sucesso.

Na tentativa de identificar as oportunidades para uma Farmácia do futuro mais forte, estes dois grupos estão a desenvolver projetos que trilhem esse caminho e que, ao mesmo tempo, permitam às farmácias enfrentar os desafios que o setor enfrenta no presente.

Motivados pela vontade de “ouvir as Farmácias”, por forma a melhor adequar a sua oferta de produtos e serviços, a Rede Claro e o HealthPorto convidaram a MighT - Talent Strategists para desenhar uma estratégia que permitisse colocar os Farmacêuticos na linha da frente na procura de soluções para os desafios que o setor enfrenta.

Desenhar a Farmácia do Futuro é um movimento colaborativo que requer reconhecer o talento e convocar o trabalho de todas as pessoas das Farmácias, independentemente da sua função ou posição hierárquica.

A visão de ambos os grupos entende que as pessoas que estão no terreno, todos os dias, reúnem dois critérios importantes para o desenvolvimento de uma estratégia de futuro:

são quem tem contato mais próximo com os clientes e, por isso, mais conhecimento tácito;

ao estarem mais focadas no cliente e menos focadas nas “regras do negócio”, têm a capacidade de pensar o “impensável”, desafiando os próprios paradigmas do setor.

Das Farmácias esperam trabalho de equipa, compromisso e melhoria contínua; da equipa de gestão, uma vontade absoluta e inequívoca na conquista da excelência. Consideram que fazem parte de uma única equipa com as Farmácias, pelo que ninguém deve perder a consciência do todo e do papel de cada um. Daí advém a sua força reconhecida por todos os players do mercado.

Não obstante estes novos paradigmas do gestor-farmacêutico, da medição de KPIs ou da procura incessante pela rentabilidade, a Rede Claro e o HealthPorto serão sempre um quartel-general para a defesa do prestígio do Farmacêutico e da sua relevância no sistema de saúde português. Este valioso legado vai estar sempre presente no nosso espirito e servirá de bússola na difícil travessia que juntos estamos a realizar.

Não podemos esquecer que o futuro começa já hoje - “olhar o presente e pensar o futuro”.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Em Lisboa
A Stroke Alliance for Europe, de que é membro a Portugal AVC (PT.AVC – União de Sobreviventes, Familiares e Amigos), lançou em...

Perante dezenas de membros do Parlamento Europeu, Jon Barrick, presidente da Stroke Alliance for Europe (SAFE), e Valeria Caso, presidente da European Stroke Organisation (ESO), apresentaram em conjunto os dados principais de uma investigação realizada pelo King's College em 35 países europeus.

Apesar de as taxas de mortalidade do AVC terem vindo a diminuir ao longo dos últimos 20 anos, o Acidente Vascular Cerebral é uma catástrofe humanitária que está a acontecer, porque há mais pessoas que sobrevivem ao AVC com incapacidades! O peso global do AVC poderá aumentar ainda mais nos próximos 20 anos, devido ao envelhecimento da população. É urgente encontrar melhores formas de combater o AVC, e dar melhor qualidade de vida aos sobreviventes do AVC e aos seus familiares - referiu Barrick.

As projeções do relatório sobre o Peso do AVC indicam que, entre 2015 e 2035, haverá um aumento generalizado superior a 30% do número total de casos, em Portugal e na União Europeia, se não aumentarmos significativamente as medidas preventivas e de tratamento do AVC.

A SAFE, a Portugal AVC e a Sociedade Portuguesa do AVC, acreditam que a melhor forma de combater o AVC é que todos os estados-membros da UE tenham uma estratégia comum contra o AVC, ativamente apoiada e patrocinada pelos governos, que cubra toda a cadeia de procedimentos, desde a sensibilização, prevenção, diagnóstico, tratamento, prestação de cuidados de reabilitação da fase aguda à crónica, reavaliação por especialistas, aos cuidados e apoio a longo prazo, integração social e profissional, participação na vida da comunidade e cuidados durante toda a vida, de forma a melhorar a qualidade de vida dos sobreviventes e dos seus cuidadores.

A criação dessas estratégias deve contar com a participação de representantes do vasto conjunto de profissionais que apoiam pessoas com AVC, das pessoas que tiveram um AVC, dos cuidadores e familiares, e das associações.

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