Este mês
A Abraço vai lançar este mês uma campanha dirigida às pessoas que vivem com VIH e que se encontram em tratamento para não...

A campanha é lançada para assinalar o 26º aniversário da Abraço e surgiu a partir do movimento i=i (Indetetável é igual a Intransmissível), lançado no início de 2016 para mudar a definição do que significa viver com o VIH.

Trata-se de uma iniciativa de equidade em saúde que “visa acabar com a epidemia de VIH e o estigma associado”, refere a associação em comunicado, adiantando que a campanha é promovida por uma comunidade global de defensores, ativistas, investigadores e mais de 500 parceiros comunitários de 70 países.

O presidente da associação, Gonçalo Lobo, adianta que esta campanha é criada com base em evidências científicas atuais e destina-se a todas as pessoas infetadas e afetadas pelo vírus do VIH e a profissionais de saúde, e tem como principal objetivo a “redução de estigmas como a vergonha, a culpa e o medo, assim como a erradicação do preconceito e da discriminação”.

“Tem vindo a ser provado que todas as pessoas que tomam os antirretrovirais diariamente conforme prescrito, e que conseguem manter uma carga viral indetetável, não têm risco de transmissão sexual do vírus para um parceiro com VIH negativo”, explicou.

Nos próximos três anos
O Governo quer continuar a reduzir a quantidade de açúcar nas bebidas e está a trabalhar para diminuir em vários alimentos...

A garantia, sem dar mais pormenores, é do gabinete do secretário de Estado da Saúde, Fernando Araújo, numa declaração a propósito do recuo da Organização Mundial de Saúde (OMS) no apelo que fizera para os governos aumentarem os impostos sobre as bebidas açucaradas.

Em 2016 a OMS apelou às nações para taxarem as bebidas refrigerantes e energéticas para combater a obesidade e a diabetes, estimando que um aumento de 20% no preço iria conter o consumo. Na passada sexta-feira a organização recuou e disse que cada país tem de tomar a sua própria decisão.

Portugal propôs um imposto sobre os refrigerantes no Orçamento do Estado para 2017, uma medida criticada pela Associação Portuguesa das Bebidas Refrescantes Não Alcoólicas, que a considerou sem objetivos de saúde pública, discriminatória e com impactos económicos negativos no setor.

Segundo o gabinete do secretário de Estado, a tributação de bebidas açucaradas representou em Portugal uma redução de consumo superior a 6.000 toneladas de açúcar, em 2017.

“Tal representa um impacto forte no combate à epidemia de peso excessivo e obesidade, do qual uma em cada três crianças portuguesas sofre, e que nos coloca no ‘top 5’ a nível europeu, bem como na luta contra a diabetes, sendo Portugal o país europeu com maior prevalência” da doença, salienta também o Governo.

É por isso que, garante, a medida “teve um excelente resultado, superior ao expectável”, pelo que o Governo está a trabalhar com a indústria e a distribuição para avaliar o impacto da tributação “e a sua adequação a uma redução sustentada da quantidade de açúcar nas bebidas”.

E está empenhado, diz ainda a secretaria de Estado, numa discussão mais alargada sobre um “conjunto variado de alimentos e um conjunto de objetivos, para a redução do açúcar, sal e gorduras, nos próximos três anos, de forma inovadora, faseada e original na Europa”.

Risco cardiovascular
O tabagismo constitui um dos principais fatores de risco para morte.

É fundamental relembrar e reforçar os efeitos prejudiciais do tabaco, porque os ‘números’ continuam a ser assustadores. Por outro lado, sendo este um fator de risco passível de ser modificável pela alteração do estilo de vida, deve ser incentivado que nunca é tarde demais para deixar de fumar, salientando-se o benefício clínico da cessação tabágica.

Segundo a Organização Mundial de Saúde o tabaco é responsável pela morte de cerca de metade dos fumadores, correspondendo globalmente a mais de sete milhões de óbitos por ano. Este problema atinge ainda maiores proporções, porque mais de 80% dos fumadores residem em países em vias de desenvolvimento, nos quais o crescimento populacional é exponencial.

Os mecanismos que justificam os malefícios do tabaco são diversos. Por exemplo, o tabaco é composto por mais de 4000 substâncias químicas, das quais pelo menos 250 são prejudiciais para a saúde e mais de 50 são comprovadamente cancerígenas.

Entre as diversas complicações clínicas e efeitos prejudiciais do tabaco, destacam-se pela sua gravidade e impacto prognóstico, as neoplasias e as doenças cardiovasculares. No que diz respeito às neoplasias, pode-se afirmar que o tabaco se associa ao desenvolvimento de cancro em praticamente todos os órgãos do organismo, tais como o pulmão, cólon, laringe, esófago, fígado, estômago, pâncreas, rim, bexiga, entre outros. Neste contexto, destaca-se obviamente o cancro do pulmão, causado na grande maioria (>90% dos casos) pelo tabaco. Os fumadores apresentam um risco cerca de 25 vezes superior para o desenvolvimento desta doença. Em termos respiratórios o tabaco também está na base do aparecimento de outras doenças caracterizadas por uma elevada mortalidade e morbilidade, salientando-se a doença pulmonar obstrutiva crónica (bronquite crónica ou enfisema pulmonar).

Em termos cardiovasculares o tabaco é um fator de risco major para a ocorrência de eventos graves como o acidente vascular cerebral e o enfarte agudo do miocárdio (risco 2-4 vezes superior ao dos não fumadores), as principais causas de morte global na atualidade. Neste âmbito, o tabaco despoleta diversas alterações fisiopatológicas que contribuem para o desenvolvimento de aterosclerose, contribuindo assim para a oclusão arterial progressiva originando angina de peito no caso das artérias coronárias e para a rotura de placas ateroscleróticas não obstrutivas, originando eventos agudos como o enfarte agudo do miocárdio, potencialmente fatal. Por outro lado, o tabagismo associa-se a outros fatores de risco cardiovascular, como a hipertensão arterial, a diabetes e a dislipidemia, que combinados aumentam o risco da ocorrência de complicações graves, incluindo a morte.

O espectro dos malefícios do tabaco não se esgota nestas doenças. Afeta a fertilidade e a função sexual, promove o desenvolvimento de alterações oftalmológicas como cataratas, doenças músculo-esqueléticas e durante a gravidez é responsável por múltiplas complicações. A manutenção do hábito durante a gravidez pode precipitar partos pré-termo e afetar o crescimento fetal e o desenvolvimento de diversas malformações irreversíveis e com implicações para o resto da vida.

Além dos fumadores, não se podem esquecer os efeitos clínicos prejudiciais a que os fumadores passivos estão sujeitos, incluindo o risco acrescido de complicações cardiovasculares.

Apesar de se poder afirmar que ‘quanto mais tabaco pior’, a mensagem principal de aconselhamento não deve ser ‘fume menos’, mas sim, ‘deixe de fumar’. Mesmo os fumadores com pouca intensidade (menos de 5 cigarros por dia) têm maior risco para a ocorrência destes eventos clínicos. Portanto, nunca é tarde para deixar de fumar e a cessação tabágica reduz o risco de complicações como o cancro e as doenças cardiovasculares.

No entanto, este hábito causa dependência, não sendo frequentemente fácil abandoná-lo. A motivação e a consciencialização da necessidade de deixar de fumar são passos iniciais fundamentais, mas o aconselhamento com profissionais de saúde dedicados e especializados em cessação tabágica é crucial.

Além dos efeitos para a saúde, o tabaco também acarreta um elevado impacto socioeconómico, sendo responsável por uma elevada taxa de absentismo laboral e incremento nos gastos com a saúde. Portanto, o tabaco é uma realidade que temos de combater, com implicações para todos nós, sejamos ou não fumadores. De facto, este combate não deve ser focado apenas nos fumadores e no tratamento das suas complicações, devendo ir mais longe, a começar na educação e na implementação de programas preventivos abrangentes que ultrapassem o individual e nos envolvam a todos nós enquanto sociedade.

Deixe de fumar, viva mais e melhor!

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Associação Safe Communities
A Associação Safe Communities Portugal está a desenvolver um cartão de identificação de emergência dirigido a turistas e...

O objetivo passa por fornecer informações adicionais, como a medicação, as alergias e doenças atuais das vítimas, facilitando o tratamento médico de emergência efetuado pelos socorristas, explicou o presidente da associação.

David Thomas, antigo consultor da Interpol e da Agência das Nações Unidas Sobre Drogas e Crime (UNODC), falava à margem das Jornadas de Turismo em Segurança, um evento realizado na passada sexta-feira na Universidade do Algarve, em Faro.

"Em discussões com os técnicos do INEM, concluímos que havia ocasiões em que era difícil estabelecer a condição médica da vítima de um acidente de viação, que pode ser um turista ou até um residente", explicou o presidente da Safe Communities, que vive no Algarve há mais de uma década.

Para o responsável da associação, o atendimento e tratamento "podem demorar mais tempo" porque, por vezes, a informação que as vítimas têm consigo não é suficiente para ajudar os socorristas.

"Este cartão acelerará o processo de comunicação entre as duas partes, tornando-o mais eficiente. Pode ser uma ajuda muito importante para os primeiros técnicos do INEM no local ou até para os agentes policiais", sublinhou.

O cartão de identificação de emergência deverá estar disponível, para ‘download', nos ‘sites' da associação e das forças de segurança, para que os interessados o possam transferir, preencher, plastificar e ter sempre na sua posse.

O projeto, promovido em parceria com INEM, GNR e PSP, "está prestes a ser aprovado" pelas várias instituições, mas David Thomas espera que "possa estar disponível no verão".

A associação está a igualmente a desenvolver, em conjunto com a Autoridade Nacional de Proteção Civil, uma série de novos folhetos informativos, em várias línguas estrangeiras, disponíveis para turistas e residentes.

O objetivo passa por identificar e fornecer conselhos relativamente a crimes emergentes que podem afetar os turistas de férias em Portugal ou criar uma maior sensibilização para questões de segurança pública, como incêndios rurais.

A Safe Communities, considerada esta semana instituição de utilidade pública, arrancou há cinco anos e meio no Algarve e já se alargou a outros pontos do país.

"Fomos bem aceites pelas forças de segurança e pelas instituições relacionadas. Isso fica evidente pelo facto de já termos 11 protocolos de colaboração com várias entidades. Elas reconhecem o nosso valor", assegurou David Thomas, lembrando que o último destes acordos foi assinado este ano com o Ministério da Administração Interna.

Considerando o Algarve "como um dos sítios mais seguros da Europa", David Thomas quer "continuar a trabalhar para o manter assim e, se possível, melhorar", evitando "um eventual relaxamento pelo facto de a taxa de criminalidade ter diminuído 19,3% na região nos últimos cinco anos".

Dados da SPMI
Portugal tem mais de 2.600 internistas inscritos na Ordem dos Médicos, mais de 1.700 dos quais apenas nos hospitais do Serviço...

Em 2017, saíram dos serviços de Medicina dos hospitais do SNS 188.307 doentes, o que representa mais de 42% dos internamentos médicos (440.188) e 23% de todos os doentes saídos dos hospitais do SNS (802.129).

Estes e outros números foram hoje apresentados na Sessão Solene de Abertura do 24º Congresso Nacional de Medicina Interna, que decorre até ao próximo domingo, 3 de junho, no Centro de Congressos do Algarve, nos Salgados, por Luís Campos, presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), que cessa agora as suas funções depois de dois anos na liderança do destino dos internistas. O especialista tomou a palavra para mostrar, com recurso aos números, porque é que a Medicina Interna é uma “especialidade nuclear para o sistema de saúde” nacional.

“Em 2017 realizamos, só nos hospitais do SNS, cerca de 587 mil consultas (586.781) e fomos responsáveis pelo atendimento da grande maioria das quatro milhões e 600 mil admissões nas urgências gerais dos hospitais do SNS”, referiu. A estes dados, que confirmam o peso e importância do papel dos internistas, juntam-se vários outros números.

“Os serviços de Medicina, nos últimos 10 anos, têm tido uma taxa de ocupação média entre os 102 e os 130%, enquanto a taxa de ocupação média nos hospitais situa-se entre os 80 e os 85%. Os serviços de Medicina Interna foram responsáveis, em 2017, por 85% dos internamentos por pneumonia, 81% dos internamentos por insuficiência cardíaca, 70% dos internamentos por acidente vascular cerebral, 80% dos internamentos por DPOC e 82% dos internamentos por lupus”, apontou Luís Campos, que acredita “que o sistema de saúde e os doentes precisam cada vez mais da Medicina Interna”.

Uma afirmação que justifica socorrendo-se, uma vez mais, de números, que falam bem alto. “A evolução demográfica, particularmente o aumento da esperança de vida, faz com que atualmente tenhamos dois milhões de idosos e que, em 2050, se preveja que tenhamos três milhões e meio. Isto vai fazer aumentar o número de doentes crónicos e particularmente o número de doentes com multimorbilidades.”

O crescimento do conhecimento é, segundo Luís Campos, outro fator que confirma a necessidade dos internistas. “Estima-se que o conhecimento em geral duplique a cada treze meses. Isto origina uma fragmentação das especialidades, uma hiperespecialização, gente que sabe cada vez mais sobre cada vez menos. Isto é inexorável, mas os doentes andam ao contrário e precisam que tomem conta deles de uma forma global.”

Finalmente, Luís Campos chamou a atenção para uma “ameaça à sustentabilidade do sistema induzida pela introdução da inovação, particularmente por medicamentos que são cada vez mais caros. A necessidade de maior racionalidade, de escolhas custo-efectivas e o combate ao desperdício vão ser cada vez mais uma prioridade”.

Porque os internistas em Portugal “mantiveram uma capacidade holística, cada vez mais inestimável, são flexíveis, multipotenciais e eficientes e estão preparados para liderar novas modelos de prestação de cuidados mais adaptados aos doentes”, serão eles os protagonistas preferenciais de uma mudança que urge operar. Uma mudança que, segundo Luís Campos, passa pela “criação de departamentos de medicina geridos por internistas, implementação de unidades diferenciadas, como unidades de AVC, de insuficiência cardíaca, de cuidados intermédios, de geriatria, de doenças autoimunes e outras; de modelos de cogestão dos doentes cirúrgicos, de alternativas aos internamentos, como a hospitalização domiciliária, unidades de diagnóstico rápido e uma melhor utilização dos hospitais de dia”.

Passa por “programas de integração entre os diferentes níveis de cuidados, que garantam a continuidade de cuidados e retirem os doentes crónicos das urgências” e passa ainda por “novos modelos de resposta aos doentes agudos e pela implementação dos cuidados paliativos”.

Os números apresentados são da Administração Central do Sistema de Saúde, tendo sido trabalhados pela Sociedade Portuguesa de Medicina Interna.

Apelo surgiu em 2016
A Organização Mundial de Saúde recuou hoje no apelo que fez há dois anos para aumentar globalmente os impostos sobre bebidas...

Em 2016, a OMS apelou às nações para taxarem as bebidas como refrigerantes e energéticas para combater a obesidade e a diabetes, estimando que um aumento de 20% no preço iria conter o consumo.

Hoje, os peritos da organização afirmaram que havia "visões em conflito que não conseguiram ser resolvidas" em relação à imposição de impostos e afirmam que cada país tem de tomar a sua própria decisão.

Jack Winkler, um especialista em nutrição da Universidade Metropolitana de Londres, no Reino Unido, considerou que em plena epidemia de obesidade, o recuo da OMS é "particularmente absurdo".

A copresidente da comissão independente que fez o estudo, Sania Nishtar, afirmou que a maior parte dos 26 membros apoiava o imposto sobre o açúcar, mas um membro defendeu que a mensagem devia ser suavizada.

A objeção era que se fizesse "uma recomendação forte", porque o membro da comissão, que não foi identificado, considera que não há dados suficientes para suportar tal recomendação.

Nishtar afirmou desconhecer a influência do ‘lobby’ dos refrigerantes sobre os comissários, apesar de a indústria se ter manifestado contra o imposto, que considera discriminatório e ineficaz por si só no combate à obesidade.

Assim, a OMS passou a dizer que "quando a relação com o setor privado não contribuir para atingir os objetivos de saúde pública, os governos devem usar os seus poderes legislativos e de regulação para proteger as populações", lê-se no relatório.

Jack Winkler indicou que no caso do Reino Unido, a aplicação do imposto levou os fabricantes a mudar os seus produtos e tornou mais barata a opção por produtos mais saudáveis.

"Quando a OMS não adota uma solução prática que também faz poupança, é particularmente absurdo", afirmou.

O professor de saúde pública europeia Martin McKee, da faculdade de higiene e medicina tropical de Londres, afirmou que a falta de consenso na comissão da OMS é "difícil de compreender", assinalando que se trata do primeiro relatório da comissão, que ainda pode mudar de ideias.

Em outubro de 2016, a OMS tinha declarado que um aumento do preço das bebidas açucaradas ajudaria a reduzir o sofrimento e salvar vidas, com números de obesidade que atingia 500 milhões de pessoas em 2014.

A tributação dos refrigerantes e das bebidas açucaradas começou, em Portugal, no início deste ano, depois de ter sido aprovada na lei do Orçamento de Estado, estimando o Estado arrecadar 80 milhões de euros este ano.

Nos Estados Unidos, a recomendação foi disputada pela indústria alimentar, que conseguiu travar impostos municipais sobre estes produtos em Nova Iorque, mas adotada em cidades como Filadélfia e Berkeley.

A organização internacional dos fabricantes de bebidas manifestou-se em 2016 contra o que considerou uma discriminação de certas bebidas apresentada como solução para um problema "real e complexo", a obesidade.

Bastonária
Os hospitais têm, a partir de hoje, uma ferramenta desenvolvida pela Ordem dos Nutricionistas que permite avaliar o estado...

“Os estudos que existem em relação ao risco nutricional das crianças internadas nos hospitais portugueses dizem que mais de metade das crianças e adolescentes em internamento hospitalar estarão em risco nutricional e, neste sentido, é preciso que haja uma ferramenta adequada para fazer a deteção deste risco e precocemente intervirmos”, explicou a bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento.

Destas crianças que estão em risco, “uma parte substancial poderá estar desnutrida”, advertiu Alexandra Bento.

Para avaliar o estado nutricional das crianças quando são internadas, a Ordem dos Nutricionistas lançou hoje, Dia Mundial da Criança, a “Norma de Orientação Profissional para Identificação do Risco Nutricional em Idade Pediátrica” e apela aos profissionais de saúde que utilizem a ferramenta ‘STRONGkids’.

Esta ferramenta permite avaliar “a presença de patologias, observa sintomas indicativos de mau estado nutricional, testa a diminuição da ingestão alimentar, bem como a perda de peso e, mediante os resultados, adapta a intervenção a seguir”, explicou Alexandra Bento.

“Se a desnutrição for precocemente identificada fazemos uma intervenção nutricional atempada e adequada e vamos reduzir complicações, vamos reduzir tempo de internamento, vamos reduzir custos para todo o sistema de saúde”, salientou.

Nesse sentido, “é importantíssimo que esse rastreio ao estado nutricional das crianças que são internadas seja feito com as ferramentas adequadas”, defendeu a bastonária, adiantando que, na norma, está “devidamente explicitado” o que deve ser feito quando “uma criança é internada num hospital do país”, sublinhou.

O que se pretende é que a questão nutricional das crianças seja acautelada desde a entrada da criança no estabelecimento hospitalar, frisou Alexandra Bento.

 

 

Estudo
Investigadores da Universidade Queen Mary, de Londres, desenvolveram uma forma de criar materiais mineralizados, que podem...

Num estudo hoje divulgado na revista Nature Communications, os responsáveis pela investigação explicam que no futuro se podem criar materiais com uma precisão notável que se vão parecer e comportar com o esmalte dentário e que podem prevenir e tratar cáries ou sensibilidade dentária.

No estudo lembra-se que o esmalte dos dentes é o tecido mais duro do corpo humano, que permite que os dentes funcionem grande parte da vida e muitas vezes em condições extremas (alimentos duros ou ácidos ou temperaturas extremas), um desempenho que resulta de uma estrutura (o esmalte) altamente organizada.

Ao contrário de outros tecidos do corpo, o esmalte não se regenera e uma vez que se perde pode levar a dores e mesmo colocar os dentes em causa, problemas que afetam metade da população mundial.

Sherif Elsharkawy, primeiro autor do estudo, considerou que se abrem agora oportunidades para tratar e regenerar tecidos dentários.

O mecanismo que foi desenvolvido baseia-se num material específico de proteína que é capaz de desencadear e conduzir o crescimento de nanocristais de apatite, um mineral do grupo dos fosfatos que pode ser produzido por sistemas biológicos e que está presente nos ossos ou no esmalte dentário.

E abre a possibilidade de criar materiais com propriedades que imitam diferentes tecidos duros, além do esmalte ou dos ossos, permitindo uma variedade de aplicações na medicina regenerativa.

 

 

Hoje assinala-se o Dia Mundial da Criança
Os pés das crianças podem ser facilmente afetados devido à utilização de calçado mal ajustado, ao ma

Perante este cenário, é muito importante ter nos primeiros três anos de vida de uma criança uma preocupação especial no que respeita aos seus pés, visto que é neste período de tempo que são estabelecidas as suas formas básicas.

Até aos oito meses, os pequenos pés têm características muito sensíveis: são muito macios, flexíveis e constituídos por uma cartilagem muito maleável, o que faz com que tenham uma grande mobilidade e flexibilidade, porém qualquer pressão anormal pode causar deformidades.

De facto, as alterações nos pés podem ser herdadas, mas também é possível assistirmos a casos em que estas surgem devido à posição em que a criança dorme. Por outro lado, estas alterações podem surgir no início da gestação como resultado da posição fetal em que se encontram as suas pernas.

Já na idade pré-escolar e escolar é essencial realizar-se um diagnóstico e um tratamento adequado ao crescimento e maturação física da criança, prevenindo desta forma a evolução de problemas estruturais e biomecânicos, assim como possíveis sequelas na idade adulta.

Para além dos fatores já mencionados, a utilização de calçado inadequado é inquestionavelmente um problema que tende a dar origem a consequências significativas para a saúde da criança, que vão desde as reações cutâneas até as alterações estruturais, comprometendo a forma e a funcionalidade do pé.

A examinação precoce efetuada por um Podologista é uma medida preventiva que não deve ser ignorada. A juntar a esta, existem algumas medidas que podem ser tomadas para evitar ou minimizar os problemas com os pés dos bebés, em particular, tais como:

  1. Ter as mãos limpas quando for cortar as unhas dos pés;
  2. Utilizar um corta-unhas reto, de maneira a não cortar as extremidades dos cantos das unhas;
  3. Segurar o pé com firmeza e manter a calma;
  4. Não obrigar a criança a andar se ela não estiver realmente preparada;
  5. Se no terceiro ano a criança ainda reclamar de dores e mal-estar, deverá procurar um Podologista;
  6. Não tirar as peles das extremidades dos dedos, pois pode trazer complicações e dores.

Dr. Francisco Freitas - Podologista

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Reação
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou hoje estar a acompanhar “a evolução da questão” em torno da obra da...

Sem querer pronunciar-se “em concreto sobre a execução do projeto, também em concreto”, Marcelo Rebelo de Sousa disse apenas que acompanha “naturalmente com interesse aquilo que se passa” e que espera “que tenha um bom epílogo”.

Na quarta-feira, o ministro da Saúde afirmou que a decisão política de avançar com as obras da ala pediátrica do Hospital de São João “está tomada”, mas lembrou que “o dinheiro público é demasiado importante para ser gerido de forma intempestiva”.

Adalberto Campos Fernandes reagia às declarações do presidente do conselho de administração daquela unidade hospitalar, António Oliveira e Silva, que afirmou no mesmo dia no parlamento que as verbas para a construção da nova ala pediátrica ainda não foram desbloqueadas.

“O dinheiro público é demasiado importante para ser gerido de uma forma intempestiva e, naturalmente, quando se decide um investimento de 20, 24 ou 22 milhões de euros estas decisões têm de ser suportadas em avaliação efetiva dos projetos, das propostas e dos investimentos que estão envolvidos”, afirmou Adalberto Campos Fernandes à agência Lusa, à margem do relançamento da biografia do cardiologista Fernando de Pádua, em Lisboa.

O ministro da Saúde disse que o presidente do Conselho de Administração do hospital de São João “sabe” que está a ser feito “todo um trabalho técnico” que é necessário para “complementar a decisão política”.

“A decisão política está tomada. Foi tomada pelo primeiro-ministro, por mim, pelo ministro das Finanças e, naturalmente, há aspetos de natureza de avaliação de investimento e da definição das características do investimento que têm de ser acauteladas. Está a ser feita e o senhor presidente [do Conselho de Administração do hospital de São João] sabe disso”, disse.

 

 

Cobertura total
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, alertou hoje para necessidade de se assegurar respostas na área da saúde...

“Há várias respostas muito boas, com profissionais ótimos, o problema é a cobertura total, a capacidade de resposta. [A saúde mental] é um problema que tem galopado em todas as sociedades”, afirmou Marcelo de Sousa aos jornalistas, no âmbito de uma visita que realizou esta manhã ao Centro Hospitalar Conde Ferreira, no Porto.

Segundo o chefe de Estado, a saúde mental é “uma questão que bate à porta de tantas famílias”, sendo que “algumas não assumem de frente e outras assumem, mas com falta de meios”, sendo um problema “em que se arrancou tarde na sociedade portuguesa para uma resposta global”.

Marcelo Rebelo de Sousa quis hoje conhecer “e agradecer” o trabalho que é desenvolvido naquela unidade hospitalar, tutelada pela Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP), destacando as “muitas valências” que ali existem.

O Presidente destacou a “maior horta social biológica” - comunitária e terapêutica - “na Europa” que ali existe, bem como “a relação entre crianças e animais como forma terapêutica”, que é desenvolvida pelo Pony Club do Porto, uma instituição particular de solidariedade social que funciona desde março num espaço contíguo à horta.

“Isto é muito bom, quer dizer que estamos na ponta daquilo que se faz um pouco por todo o mundo e por toda a Europa”, salientou.

O Presidente da República referiu que a SCMP tem “grande mérito” neste trabalho, “por estar atenta a problemas sociais, que são problemas cada vez mais pesados nas sociedades contemporâneas”.

“E agradecer, porque merece ser agradecido. Dir-se-á que é o dever das instituições, sim, é o dever, mas o que é facto é que há quem faça melhor e quem faça um bocadinho menos bem, e aqui faz-se os possíveis para que seja o melhor”, concluiu.

Nesta visita, Marcelo esteve no viveiro, local onde pessoas com necessidade de cuidados de saúde do foro mental aprendem a plantar, colher e tratar da terra.

O chefe de Estado ajudou Julinha a plantar sementes de melancia, acabou por fazer uma massagem lombar a um outro utente que se queixou de dores das costas e ouviu o Rui a explicar que, após a plantar atingir determinado tamanho no viveiro tem de ser colocada na terra.

Também ouve troca de palavras sobre futebol com o Presidente, mas Marcelo explicou ao utente que não é portista, nem benfiquista nem sportinguista, mas por Portugal, apesar de antes de assumir este cargo tinha “outro clube”.

É também no Centro Hospitalar Conde Ferreira que existe um espaço destinado a dar respostas aos sem abrigo, que Marcelo Rebelo de Sousa quer ver integrados até “2023/2024”.

Na noite de quinta-feira, depois de jantar com sem-abrigo na Associação dos Albergues Noturnos do Porto, o Presidente assegurou que assegurou que a integração destas pessoas até 2023/2024 é “uma meta para cumprir” e identificou a saúde como a área em que é preciso “ir mais longe do que se tem ido”.

 

Cuidados de Saúde
Uma equipa de cirurgiões do Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA) inicia na terça-feira consultas de cirurgia geral na sede do...

Em comunicado enviado à agência Lusa, a ARS Norte acrescenta que para além dos cirurgiões, as equipas contarão com o "apoio de outros técnicos", para "proceder à recolha de sangue e de outros produtos biológicos sempre que se justifique".

As equipas estarão na sede do ACES, em Santo Tirso, distrito do Porto, "uma manhã por semana", precisa o comunicado.

O serviço de apoio que aquela entidade quer fazer chegar, também, num "futuro próximo, ao ACES de Famalicão", foi pensado "tendo presente as características económicas da população e/ou as suas vulnerabilidades".

Desta forma, a ARS Norte pretende "rentabilizar recursos, encurtar tempos de espera, minimizar despesas, evitando deslocações por vezes mais penosas e levando os cuidados especializados junto daqueles que dos mesmos mais necessitam, no âmbito do projeto SNS + Proximidade".

"Aproximar os cuidados de saúde do cidadão, articulando valências hospitalares com a medicina geral e familiar, implementar, nos centros de saúde, a saúde oral, a consulta de nutrição e psicologia clínica, dotar toda a população que assim o deseje da sua Equipa de Saúde Familiar", integra os objetivos definidos pelo Ministério da Saúde, como "forma de defender e alargar o plano de ação do Serviço Nacional de Saúde", conclui o comunicado.

 

 

Barómetro da Saúde Oral
“Ter dentes saudáveis em idade infantil é fundamental para uma alimentação correta, aprendizagem fluída da fala e para o...

Dados apresentados pelo Barómetro da Saúde Oral, da Ordem dos Médicos Dentistas (2017), demonstraram que, em Portugal, 60,6% das crianças menores de seis anos nunca tinha efetuado uma consulta com um médico dentista. No entanto, segundo João Braga, médico Dentista e membro da BQDC: “A primeira visita ao médico dentista deve acontecer logo que nasça o primeiro dente decíduo (de leite), que normalmente ocorre entre os seis e doze meses de idade, de forma a estabelecer um programa preventivo de saúde oral e a intercetar hábitos que possam ser prejudiciais. Pode assim dizer-se que a consulta no médico dentista não é menos importante que a consulta no pediatra. Apesar do pediatra ou médico de família fazerem uma avaliação do estado de saúde oral, esta é sempre superficial, principalmente pela limitação de meios técnicos (instrumentos, iluminação, entre outros).

João Braga acrescenta ainda um conselho a todos os pais: “Mesmo antes da primeira consulta da criança no médico dentista cabe aos pais efetuar uma higienização adequada da boca do bebé, devendo, a grávida, questionar o seu médico dentista sobre os cuidados a ter relativamente à higiene oral do seu filho. Estes pequenos gestos, que parecem insignificantes, têm realmente impacto no crescimento oral da criança e naquilo que será a sua saúde oral em idade adulta. É preciso aconselhar os pais das crianças em relação ao flúor, às técnicas de higiene oral, à prevenção de cáries, ao controlo dos açúcares na alimentação e ao uso da chupeta. Tudo isto influencia a saúde oral e tem de ser visto e avaliado cuidadosamente, caso a caso.”

 

Cientistas californianos
Os seres humanos têm genes dedicados ao tamanho do cérebro, descobriu uma equipa de cientistas da Califórnia, que afirma num...

Nos seres humanos modernos, esses genes são afetados em desordens genéticas associadas a problemas neurológicos, lê-se no estudo científico publicado no boletim Cell.

"Esta é uma família de genes que existe há centenas de milhões de anos na história da evolução e sabe-se que têm papéis importantes no desenvolvimento dos embriões. Descobrir que os humanos possuem um novo membro dessa família que tem a ver com o crescimento do cérebro é muito emocionante", afirmou o principal autor do estudo, David Haussler, professor de engenharia biomolecular e diretor do Instituto de Genómica da Universidade da Califórnia Santa Cruz.

Os novos genes descobertos são conhecidos como genes Notch e foram descobertos pela primeira vez em moscas da fruta.

"Uma das características que distingue os humanos é o cérebro maior e desenvolvimento tardio do cérebro e agora estamos a ver mecanismos moleculares que suportam esta tendência evolucionária numa fase inicial do desenvolvimento cerebral", afirmou Sofie Salama, investigadora da mesma instituição.

Assinalou que estes genes são apenas um de muitos fatores que contribuem para o desenvolvimento do córtex dos seres humanos e que o facto de estarem associados a problemas de desenvolvimento os torna especialmente interessantes.

 

Biópsia Líquida
Chamam-lhe o "Santo Graal" da investigação sobre as doenças oncológicas e percebe-se porquê: trata-se de um teste ao...

A biópsia líquida deteta minúsculas frações de ADN libertadas pelas células cancerígenas para a corrente sanguínea, tornando-se assim eficaz a detetar a doença muito antes dos primeiros sintomas. O teste vai ser apresentado no maior encontro de oncologistas do mundo, que decorre este fim-de-semana em Chigaco, EUA.

No estudo, liderado pelo Instituto Taussig da Clínica de Cleveland, Ohio, esta análise mostrou-se capaz de detetar traços genéticos de vários tipos de cancro, incluindo o da mama, do pâncreas e do ovário.

Os investigadores acreditam que a descoberta pode modificar drastricamente a luta contra o doença.

"Este é, potencialmente, o 'Santo Graal' da investigação do cancro, encontrar cancros que são atualmente difíceis de curar no seu início, quando são mais fáceis de tratar", congratula-se Eric Klein, o investigador que liderou o estudo. "Esperamos que este teste salve muitas vidas."

A investigação analisou os casos de mais de 1600 pessoas, das quais 749 não estavam doentes na altura do estudo e 878 que tinham acabado de ser diagnosticadas.

Foi nos cancros do pâncreas, do ovário, do fígado e da vesícula que o teste se revelou mais eficaz, encontrando os sinais precoces da doença em, pelo menos, quatro em cada cinco doentes. A taxa de correção no caso dos linfomas e mielomas foi ligeiramente inferior, na casa dos 77% e 73% respetivamente. No caso do cancro do intestino, a análise permitiu diagnosticar precocemente dois em cada três pacientes. No cancro do pulmão a taxa de deteção foi de 59%, e nos da cabeça e pescoço de 56 por cento.

 

Dia Mundial do Leite
Cada vez mais o leite é excluído da alimentação, contudo iogurtes hiperproteicos e a proteína do sor

O leite é um alimento com um excelente valor nutricional:

Fonte de proteínas de alto valor biológico, ou seja, contém todos os aminoácidos essenciais (aqueles que o organismo não consegue sintetizar).

Rico em cálcio, um mineral essencial para a formação e integridade dos ossos. O cálcio proveniente do leite, quando comparado com outros alimentos naturais (ou seja, não enriquecidos industrialmente), é muito bem absorvido pelo organismo – a vitamina D e a lactose promovem a absorção deste mineral. Existem outros alimentos com cálcio, como os produtos hortícolas, que também têm boas quantidades de cálcio, mas com uma menor biodisponibilidade, isto é, capacidade de absorção pelo nosso organismo.

Fonte de fósforo, vitaminas do complexo B (B1, B2 e B12), vitamina A e vitamina D.

A lactose é o açúcar do leite e precisa da presença da lactase, enzima intestinal, para se dividir em moléculas mais simples: galactose e glicose. Com o avançar da idade, alguns indivíduos deixam de produzir lactase, o que torna mais complicada a digestão do leite. Sintomas como indisposição, distensão abdominal, flatulência ou diarreia são comuns em indivíduos intolerantes à lactose. 

Para indivíduos com intolerância à lactose, o leite sem lactose é um bom substituto, porque não difere na restante composição nutricional. As bebidas de soja são equivalentes ao leite em termos de proteína e cálcio, quando enriquecidas. No entanto, as restantes bebidas vegetais (aveia, arroz, amêndoa, entre outras) não são de todo equivalentes: têm um menor teor proteico e um baixo aporte de gordura, mas apresentam um valor energético superior ao do leite. Isto acontece porque grande parte da energia é fornecida sob a forma de açúcar adicionado.

Estudos recentes relacionam a ingestão de leite com certas patologias.

Obesidade: De acordo com Food & Nutrition Research 2016, não há associação entre a ingestão de leite por crianças e a adiposidade (quantidade de massa gorda corporal). Nos adolescentes, a sua ingestão tem um efeito protetor. Nos adultos que realizem dietas hipocalóricas durante curtos períodos de tempo, ajuda na perda ponderal, reduzindo a massa gorda e preservando a massa magra. Este efeito parece estar associado a uma maior sensação de saciedade. Em dietas prolongadas ou sem restrição calórica não foi observado o mesmo efeito benéfico.

Doenças cardiovasculares: Não foi encontrada associação entre as doenças cardiovasculares, doença coronária ou AVC. Contudo, um consumo de lacticínios com baixo teor de gordura pode estar associado a um menor risco de hipertensão arterial e AVC.

Osteoporose: Nas crianças, um baixo consumo de leite pode aumentar o risco de osteoporose em idade adulta e idosa. Os lacticínios parecem estar associados à saúde óssea nas crianças e nos adolescentes, mas pouca evidência nos adultos.

Cancro: A ingestão de leite tem uma provável proteção contra o cancro colo-retal, gástrico, da bexiga e da mama. Quanto ao cancro do pâncreas, do ovário ou do pulmão parece não existir associação. O único cancro que parece ter um aumento de risco, referente ao consumo de elevadas quantidades de leite gordo, é o cancro da próstata. Contudo, a ingestão de leite parece ter um efeito protetor contra o cancro colo-retal, que ultrapassa este potencial aumento de risco.

Em suma, é importante ter em consideração que os lacticínios têm uma panóplia de nutrientes, que são difíceis de obter em quantidades suficientes numa dieta, que os exclua na totalidade. Os benefícios do consumo de lacticínios parecem ser maiores que os prejuízos associados à sua restrição, devendo ser alimentos consumidos diariamente, de forma equilibrada, numa dieta saudável. Atualmente, as recomendações da Nova Roda dos Alimentos Portuguesa referem 2 a 3 porções diárias. De acordo com a Pirâmide Alimentar da Dieta Mediterrânica, isto é, padrão alimentar considerado o mais saudável e mais sustentável no mundo, recomenda o consumo de lacticínios duas vezes por dia.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Despenalização da eutanásia e suicídio medicamente assistido
APCP apela à participação dos decisores políticos e clínicos na implementação do Plano Estratégico para o Desenvolvimento dos...

No âmbito da votação para a despenalização da eutanásia e suicídio medicamente assistido, que decorreu no dia 29 de maio, a Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP) congratula os deputados de todas as bancadas parlamentares, pelo seu envolvimento no debate, procurando esclarecer os concidadãos sobre as questões relativas ao fim de vida.

“A maioria dos deputados da Assembleia da República exerceram o seu voto no sentido de rejeitar as quatro propostas de lei, o que nos deixou bastante satisfeitos e a APCP felicita particularmente a Exma. Sra. Dra. Isabel Galriça Neto, anterior presidente da nossa instituição”, sublinha Duarte Soares, presidente da APCP.

A APCP renova o seu empenho na promoção de iniciativas que promovam o desenvolvimento dos cuidados paliativos em Portugal e, neste sentido, encontra-se a encetar novos contactos com todas as bancadas parlamentares de forma a encorajar os decisores políticos a participar ativamente na execução dos planos e recomendações nacionais e internacionais vigentes.

A APCP renova também o apoio público à Comissão Nacional de Cuidados Paliativos, colaborando no sentido de sensibilizar os decisores clínicos para a urgência em prosseguir a implementação do Plano Estratégico para o Desenvolvimento dos Cuidados Paliativos, biénio 2017-2018. Segundo a Associação, será necessário para esta implementação o empenho de todos: decisores políticos, decisores clínicos, investigadores, prestadores, utilizadores e famílias.

“Para que a APCP possa continuar a defender a posição dos profissionais de cuidados paliativos no país, assim como dos futuros utilizadores e respetivas famílias, apelamos ao envolvimento ativo por parte de todos os profissionais de cuidados paliativo. Apenas com o contributo de todos em conjunto, mas de cada um em particular, tornaremos esta Associação mais forte”, conclui Duarte Soares.

 

 

No Dia Mundial da Criança
A Ordem dos Nutricionistas alerta para que mais de metade das crianças e adolescentes em internamento hospitalar poderão estar...

Neste contexto, a Ordem dos Nutricionistas publica uma Norma de Orientação Profissional (NOP) para Identificação do Risco Nutricional em Idade Pediátrica.
 
A Ordem dos Nutricionistas defende que para a identificação do risco nutricional se utilize a ferramenta STRONGkids, que avalia a presença de patologias; observa sintomas indicativos de mau estado nutricional; testa a diminuição da ingestão alimentar, bem como a perda de peso; e, mediante os resultados, adapta a intervenção a seguir.
 
“Se a desnutrição for precocemente diagnosticada, e fizermos uma intervenção nutricional atempada, vamos reduzir complicações, tempos de internamento e custos”, salienta Alexandra Bento, Bastonária da Ordem dos Nutricionistas.
 
Para Alexandra Bento, a prevalência do risco nutricional em crianças internadas em Portugal é “alarmante” e relembra que, o número de nutricionistas nos cuidados hospitalares é “claramente insuficiente” para as necessidades do país.
 

Congresso AGEIN2018
O presidente da Associação Nacional de Gerontologia Social pediu uma reunião ao Governo para apresentar um “plano para...

Em nota de imprensa, Ricardo Pocinho explicou ter solicitado esta reunião à secretária de Estado da Cidadania e da Igualdade, Rosa Monteiro, aquando do congresso AGEING2018 - Congresso Internacional sobre o Envelhecimento, que esta 4ª feira terminou em Coimbra e que reuniu 600 pessoas.

Ricardo Pocinho abordou também a questão demográfica portuguesa e dos desafios para o envelhecimento.

“Somos um país de velhos. Não podem encerrar as licenciaturas em Gerontologia, o país precisa de técnicos capacitados para lidar com estes novos velhos, mais dependentes e com maior declínio”, disse.

O responsável apelou ainda para a necessidade de revisão de condições salariais: “Se nada for feito, a rutura é certa. Há mais pessoas a necessitarem de cuidados e de forma diferenciada, em Portugal, e apesar de termos uma taxa de desemprego elevada, há regiões do país onde não se consegue uma única pessoa que queira desempenhar esta nobre missão de cuidar dos outros”.

 

Regiões mais afetadas
As regiões de Castelo Branco, Lisboa, Setúbal, Évora e Portimão vão ter ao longo dos próximos sete dias níveis de pólenes muito...

Segundo a SPAIC, a partir de hoje e até dia 07 de junho vão predominar, entre outras, concentrações elevadas de pólen provenientes das oliveira, sobreiros e carvalhos e das ervas gramíneas, parietária e tanchagem nas regiões da Beira Interior (Castelo Branco), Lisboa e Setúbal, Alentejo (Évora) e Portimão (Algarve).

Em Vila Real (região de Trás-os-Montes e Alto Douro), no Porto (Entre Douro e Minho) e Coimbra (Beira Litoral) vão ter níveis de pólenes moderados com predomínio, entre outras, das árvores carvalhos e oliveira e das ervas gramíneas, parietária e tanchagem.

A SPAIC indica também que no Funchal (região autónoma da Madeira), os pólenes encontram-se em níveis baixos, com destaque para os pólenes das árvores pinheiro e das ervas gramíneas e parietária.

Em Ponta Delgada (região autónoma dos Açores), os pólenes encontram-se em níveis baixos, com predomínio dos pólenes das árvores pinheiro, palmeira e bétula e das ervas gramíneas e parietária.

 

 

 

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