Couro de origem vegetal vence concurso de ideias de negócio na região Centro

Reunido na Faculdade de Engenharia da Universidade da Beira Interior, na Covilhã, o júri decidiu atribuir o primeiro prémio ao “Eucalygrape Leather”, apresentado por alunos do Agrupamento de Escolas de Alcanena, em representação da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Médio Tejo.
“O projeto visa a produção de um couro antialergénico”, a partir de bagaço de uva e extratos de eucalipto, “de modo a reduzir a utilização de químicos nocivos à saúde humana”, segundo uma descrição divulgada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), que promove o concurso pelo quinto ano consecutivo.
O “Eucalygrape Leather” é definido como “um produto totalmente inovador, economicamente viável e ambientalmente sustentável”.
O segundo lugar foi atribuído ao Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro, pela CIM da Região de Aveiro, que concorreu com o projeto “EasyPark”, que tem como objetivo “reduzir a desigualdade social, sendo uma iniciativa inovadora que irá melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência física e aumentar a sua independência”.
O plano dos autores destina-se a “instalar em cada local de estacionamento prioritário um pilarete, ativado automaticamente por um sistema de reconhecimento de matrículas, para impedir que as pessoas estacionem ilegalmente”.
O dispositivo manterá os lugares de estacionamento prioritários “livres para aqueles que realmente precisam e ensinará pessoas fisicamente saudáveis a fazer a coisa moralmente acertada”, de acordo com a CCDRC, a que preside Ana Abrunhosa.
O terceiro prémio foi concedido a alunos da Escola Profissional de Leiria, da CIM da Região de Leiria, que conceberam uma “Morcela de arroz vegetariana”.
“Muitos dos pratos regionais portugueses envolvem enchidos, produtos que não se inscrevem dentro do que é considerado uma alimentação saudável”, afirmam.
Sendo um produto típico da zona de Leiria, a morcela de arroz “é muito apreciada, embora seja confecionada a partir de alguns produtos que podem prejudicar a saúde”, referem os proponentes.
O grupo desenvolveu “um projeto de fabrico de uma morcela de arroz mais saudável e que abarque um maior número de consumidores, pois poderá ser consumida também por vegetarianos e por pessoas com restrições alimentares”, de acordo com a nota da CCDRC.
A secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Maria Fernanda Rollo, presidiu à cerimónia de entrega dos prémios.