Principais conselhos
Com o aumento das temperaturas a Direção Geral da Saúde deixa alguns conselhos para que proteja a sua saúde. Desidratação ou...

De acordo com a DGS, a reação de cada pessoa à temperatura e os seus efeitos na saúde podem ser diferentes. Por isso para proteger a sua saúde é fundamental estar informado e seguir algumas recomendações.

  • Mantenha-se hidratado
  • Mantenha-se protegido do calor
  • Mantenha a casa fresca
  • Mantenha-se atento e proteja-se se tiver algum problema de saúde
  • Mantenha-se em contacto e atento aos outros

Principais cuidados a ter em situações de calor intenso:

Mantenha-se informado relativamente às condições climatéricas para poder adotar os cuidados necessários;

Consulte o sítio http://www.dgs.pt, esteja atento aos meios de comunicação social e caso seja necessário procure o seu médico ou utilize a Saúde 24;

Conheça os sinais/sintomas relativos à desidratação, golpe de calor e outras complicações. Em caso de emergência ligue 112;

Preocupe-se com os outros e peça-lhes que se preocupem consigo.

Tenha especial atenção, entre outros grupos, doentes crónicos, crianças, idosos e pessoas com mobilidade reduzida;

Evite estar em zonas de poluição elevada uma vez que as temperaturas elevadas e a poluição do ar estão, muitas vezes associadas;

Sempre que trabalhar ou tiver alguma atividade no exterior faça-o acompanhado porque em situações de calor extremo poderá ficar confuso ou perder a consciência;

Não deixe animais de estimação no carro “estacionado”, pois eles também podem desenvolver doenças relacionadas com o calor;

Sempre que necessário procure locais climatizados.

Hidratação:

  1. Beba água mesmo quando não tem sede
  2. Se beber sumos opte por sumos de fruta natural sem açúcar
  3. Evite bebidas alcoólicas e bebidas com muito açúcar
  4. Faça refeições frias, leves e coma mais vezes ao dia. Evite refeições, muito quentes e muito condimentadas

Arrefecimento:

Evite que a sua casa aqueça demasiado. Nos horários de maior calor, corra as persianas ou portadas. Ao entardecer, quando a temperatura exterior for mais baixa do que a interior, deixe que o ar circule pela casa;

Evite a utilização do forno ou de outros aparelhos que aqueçam a casa;

Evite a exposição direta ao sol, especialmente entre as 11 e as 17 horas:

Evite atividades físicas no exterior, principalmente nos horários mais quentes;

Em espaços interiores, procure frequentemente locais frescos e arejados;

Evite atividades físicas que exijam muito esforço, principalmente nos horários mais quentes;

Utilize ar condicionado se possível;

No período de maior calor tome um duche de água tépida. Evite, no entanto, mudanças bruscas de temperatura (um duche gelado, imediatamente depois de se ter apanhado muito calor, pode causar hipotermia, principalmente em pessoas idosas ou em crianças);

No exterior, procure locais à sombra e frescos;

Use roupas leves, claras e soltas e não se esqueça do chapéu e dos óculos com proteção contra a radiação UVA e UVB;

Sempre que estiver ao ar livre, use protetor solar com índice de proteção igual ou maior que 30. Renove a sua aplicação de 2 em 2 horas ou de acordo com a indicação da embalagem;

Evite ficar em viaturas expostas ao sol, principalmente nos períodos de maior calor, sobretudo em filas de trânsito e parques de estacionamento. Se o carro não tiver ar condicionado, não feche completamente as janelas. Leve água suficiente para a viagem e, sempre que possível, viaje de noite;

Tentar permanecer duas a três horas por dia num ambiente fresco ou com ar condicionado pode evitar as consequências negativas do calor, particularmente no caso de crianças, pessoas idosas ou pessoas com doenças crónicas. Se não dispõe de ar condicionado, visite centros comerciais, cinemas, museus ou outros locais de ambiente fresco. Evite as mudanças bruscas de temperatura.

 

Segurança Alimentar
O Serviço Veterinário da Polónia determinou a retirada do mercado de 4,3 milhões de ovos contaminados com resíduos de...

"A retirada do mercado (polaco) ocorre devido à presença de resíduos do antibiótico lasalocid a uma taxa que excede o máximo permitido", destacaram as autoridades em comunicado.

O diretor da entidade, Pawel Niemczuk, disse que a substância foi incluída por "engano" na alimentação das galinhas de uma quinta da região de Poznan.

"O alimento para engordar os frangos (que legalmente inclui antibióticos) foi administrado de forma equivocada nas galinhas poedeiras", destacou a agência polaca PAP citada pela France Presse.

Caso holandês

Na terça-feira, as autoridades alemãs retiraram cerca de 73 mil ovos holandeses do mercado após determinar que estavam contaminados com fipronil.

O fipronil é o inseticida que esteve na origem da grande crise de ovos contaminados na União Europeia no ano passado.

 

 

Conferência
Desde que a doença esteja estabilizada, a gravidez é possível e desejável.

O lupus é uma doença autoimune, que atinge oito a dez vezes mais as mulheres (em relação aos homens) em idade fértil. Não existe uma causa conhecida para o aparecimento da doença, exceto aquelas que raramente estão associadas à ingestão de determinados fármacos específicos. Ainda assim, é possível afirmar que existem fatores de ordem genética, hormonal e ambiental que contribuem para o aparecimento da doença, embora também estes sejam ainda uma questão pouco esclarecida. Sendo o lupus mais comum nas mulheres, a Conferência Internacional “Madeira Lupus Clinic” reserva uma preleção sobre a gravidez e o lupus, isto porque, afirma Jorge Martins, Presidente da Conferência, “é preciso acabar com uma série de tabus”.

Para o internista, a questão principal quando uma mulher com lupus quer engravidar é, desde logo, o período de anticonceção. “Uma gravidez no lupus é possível e desejável se for programada. E uma gravidez para ser programada, a pessoa tem de estar protegida, ou seja, tem de saber quais os métodos anticoncecionais que pode e deve usar, para que, depois de estabilizada a doença, então sim, possa engravidar. Caso contrário, numa situação de doença em atividade, poderão ser vários e gravíssimos os problemas para a mãe e para o feto.”

Assim, no momento da conceção, a mulher deve ter a doença estabilizada há seis meses, para garantir uma gravidez mais segura. Contudo, Jorge Martins afirma que “será sempre uma gravidez de risco, mas nestas condições, felizmente, a maioria dos casos são de sucesso e sem complicações para a mãe e sem complicações para o bebé.”

Entre os dias 21 e 23 de junho, o Lupus vai estar em debate na ilha da Madeira, numa conferência internacional destinada não só a profissionais de saúde, mas também aos doentes. Para Jorge Martins o envolvimento dos doentes é fundamental, pois acredita que “quanto melhor informado o doente está, melhor tratado ele será, ou seja, quanto mais o doente souber da sua doença e daquilo que nós (médicos) estamos a tentar fazer para que ele melhore, melhor tratado ele ficará”. O internista destaca assim um dos principais pontos deste evento, sublinhando que “é este envolvimento entre nós (médicos) e o doente que queremos criar, sendo esta a primeira parte do programa do Madeira Lupus Clinic”.

A conferência contará com oradores internacionais, entre os quais, Yehuda Shoenfeld, que regressa ao nosso país para falar sobre Lupus Eritematoso Sistémico no último dia do evento. O programa conta ainda com um curso para jovens médicos de todas as especialidades sobre os sinais e sintomas de alerta que um médico deverá ter em conta para referenciar um doente com uma possível doença autoimune.

Adesão ao tratamento
No próximo dia 30 de Junho realiza-se, na Faculdade Fernando Pessoa no Porto, a Reunião sobre Adesão ao Tratamento, organizada...

Manuel Carvalho Rodrigues, presidente da SPH, refere que “é fundamental sensibilizar todos os doentes que apresentem factores de risco cardiovascular para a importância de cumprirem os tratamentos prescritos. A necessidade de adesão ao tratamento é dirigida sobretudo para quem tem necessidade de tratar simultaneamente vários factores de risco.”

O “Estado Actual em Portugal” é o nome da sessão que será apresentada pelo Professor Luís Martins, Director do Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga EPE e Director da Faculdade das Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa. Segundo o Professor Luís Martins “em Portugal, apesar de quase 75% dos doentes estarem medicados, ainda só se atingiu 42% do controlo da hipertensão, facto que se deve sobretudo ao não cumprimento rigoroso da medicação.”

De seguida, a Sessão I irá abordar os temas “O que é e como se Avalia” e “Desafios Terapêuticos e Resultados”, apresentados pelo Professor Csaba Farsang da Hungria e pelo Professor Michel Burnier da Suíça, respectivamente.

A Sessão II conta com a participação de experts nacionais. Dr. Jorge Félix apresenta o tema “Que Custos e que Benefícios”, enquanto que a Dra. Eugénia Raimundo irá falar sobre “Que Lugar para o Estímulo Motivacional”.

“A Visão do Doente” e “Visão e Estratégias Políticas” são assuntos que serão debatidos na Sessão III.

O presidente da Sociedade Internacional de Hipertensão, Professor Neil Poulter do Reino Unido, estará também entre os vários especialistas desta reunião e irá apresentar a conferência “Qual o Estado da Arte no Mundo”.

O evento termina com a apresentação das conclusões dos vários peritos que vão ditar quais as novas orientações para aumentar a adesão ao tratamento para a hipertensão. A apresentação “O que se pode dizer em 90 segundos” vai contar com a participação dos experts Dr. Manuel de Carvalho Rodrigues, Professor Luís Martins, Professor Csaba Farsang, Professor Michel Burnier, Dr. Jorge Félix e Professor Neil Poulter.

 

Estudo
A folha do morangueiro silvestre tem “elevado potencial para combater infeções” provocadas por uma bactéria associada a...

“O extrato de folhas de morangueiro silvestre (Fragaria vesca), em especial uma fração purificada rica em elagitanina, apresenta elevado potencial para combater infeções provocadas por Helicobacter pylori (H. pylori), uma bactéria que está associada a múltiplas patologias gástricas e alguns tipos de cancro do estômago”, afirma, numa nota enviada hoje à agência Lusa, a Universidade de Coimbra (UC), baseada nos resultados preliminares de um estudo desenvolvido na instituição.

A investigação está a ser feita por uma equipa de especialistas das faculdades de Farmácia (FFUC) e de Medicina (FMUC) da Universidade de Coimbra.

Tendo como objetivo avaliar a atividade da bactéria anti-H. pylori de diversos extratos de plantas, a investigação evidenciou igualmente que “o extrato da agrimónia (Agrimonia eupatoria L.), uma planta da família das Rosaceae, é também um bom candidato para a terapêutica desta bactéria que se aloja no estômago do ser humano, afetando cerca de 50% da população mundial”.

Em Portugal, aquela taxa sobe para 84% da população, refere a UC.

Embora muitos dos indivíduos não cheguem a desenvolver doenças associadas ao Helicobacter pylori, quando tal acontece os tratamentos disponíveis atualmente são muito agressivos, “exigem a toma de três antibióticos em simultâneo, associados a um protetor gástrico (inibidor da bomba de protões), durante duas semanas”, sublinha, citada pela UC, Maria Manuel Donato, investigadora da FMUC e coordenadora da investigação.

Trata-se de “uma terapêutica muito agressiva, com diversos efeitos secundários, o que leva a que facilmente as pessoas abandonem o tratamento antes do seu fim, com tudo o que isso implica, nomeadamente no aumento da resistência a antibióticos”, acrescenta a coordenadora do estudo, que já foi publicada no Journal of Functional Foods.

É importante, por isso, acentua a investigadora, “investigar o efeito antibacteriano de extratos de plantas como alternativas terapêuticas e/ou complementares do tratamento”.


Maria Manuel Donato é a coordenadora desta investigação 

Os resultados obtidos neste estudo, “apesar de preliminares, abrem caminhos para o desenvolvimento de novos fármacos”, sustenta Maria Manuel Donato, indicando que “os extratos de Agrimonia eupatoria L. e de Fragaria vesca mostraram efeito anti-H. pylori, independente da virulência e da resistência aos antibióticos apresentada por esta bactéria, com o extrato das folhas de morango a ser o mais ativo e a respetiva fração enriquecida em elagitanina a mais eficaz contra a bactéria”.

Nas experiências realizadas em linhas celulares gástricas – em denominados isolados clínicos de Helicobacter pylori – com diferentes perfis de resistência aos antibióticos e de virulência, a equipa de especialistas conseguiu “determinar a concentração adequada de cada extrato para inibir a bactéria”, adianta a UC.

Este trabalho científico surgiu na sequência de um estudo epidemiológico sobre Helicobacter pylori na região Centro, realizado pelo grupo ao qual pertence Maria Manuel Donato, em colaboração com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

Os extratos foram fornecidos pela docente e investigadora Teresa Batista, do Laboratório de Farmacognosia da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra.

 

Ataques súbitos e incapacitantes
Palpitações, suores, dificuldade em respirar são alguns dos principais sintomas associados à Perturb

A Perturbação de Pânico é o problema mais comum em doentes que procuram ajuda médica devido a problemas de Saúde Mental. A Perturbação de Pânico caracteriza-se por ataques de pânico (períodos de desconforto ou medo intensos) associados a sintomas físicos como:

  • desconforto ou dor no peito;
  • palpitações;
  • suores;
  • dificuldade em respirar;
  • sensação de tontura ou vertigem;
  • formigueiros no corpo.

Estes ataques normalmente ocorrem inesperadamente, ao contrário do que acontece nas fobias que são provocadas pela exposição a estímulos específicos. A Perturbação de Pânico pode comprometer seriamente a qualidade de vida, pois os doentes tornam-se progressivamente mais incapacitados pelos próprios ataques, pelo medo da sua ocorrência e pelo desenvolvimento secundário de comportamentos de evitamento. A maior parte dos doentes desenvolve agorafobia (medo persistente e irracional a um objecto, actividade ou situação específica) que resulta num desejo obrigatório em evitar o estímulo. Nos casos graves os doentes podem ficar confinados a sua casa.

Perturbação de Pânico

Os ataques de pânico tomam a forma de períodos súbitos de ansiedade intensa e activação autonómica. A maior parte ocorre espontaneamente mas os ataques podem também ser provocados por emoções fortes, excitação ou exercício físico. A ansiedade é acompanhada por uma sensação de catastrófe iminente ou por um pressentimento de que um acontecimento terrível está prestes a acontecer. O doente teme perder o controlo, ter um problema grave de saúde ou enlouquecer. Na maior parte dos doentes, entre os ataques existe alguma ansiedade generalizada.  A situação desenvolve-se mais frequentemente entre os 18 e os 25 anos, e é cerca de duas a três vezes mais comum nas mulheres do que nos homens.

A prevalência desta doença durante a vida é de 3,5%.

A Perturbação de Pânico é habitualmente uma situação crónica com evolução flutuante, embora alguns doentes apresentem remissões ou exacerbações. A relação entre o stress e os acontecimentos de vida e a gravidade e a evolução da Perturbação de Pânico é altamente individualizada. Nalguns casos, a frequência dos ataques de pânico e a gravidade da agorafobia estão diretamente relacionados com o stress de vida. Na maior parte dos casos, contudo, parece não existir associação entre a gravidade da doença e os acontecimentos de vida desencadeantes de stress. A Depressão e o Abuso de Álcool são complicações comuns da Perturbação de Pânico, afetando cerca de 50% e 20% dos doentes, respetivamente. A depressão desenvolve-se em alguma altura da vida de muitos doentes com Perturbação de Pânico; contudo a gravidade é imprevisível e pode variar de ligeira a grave.

Várias doenças cardiovasculares, endócrinas, neurológicas e psiquiátricas associam-se a situações semelhantes a ataques de pânico e torna-se necessários excluí-las para fazer um correcto diagnóstico de Perturbação de Pânico.

O tratamento da Perturbação de Pânico consiste numa abordagem farmacológica e psicológica integrada.

A farmacoterapia deve ser considerada em todas as situações, excepto nas mais ligeiras. O objectivo é controlar os sintomas. A recaída é comum após a interrupção do tratamento.

O tratamento farmacológico é realizado com antidepressivos e utilização pontual de ansiolíticos.

A terapia comportamental pode ser útil em doentes com Perturbação de Pânico embora desempenhe um papel menor do que nos doentes com fobias. A terapia cognitiva pode ser útil em doentes com Perturbação de Pânico sem Agorafobia. Nesta abordagem os doentes devem avaliar e re-interpretar as sensações que desencadeiam os ataques de ansiedade. Devem também refletir sobre a origem de tais sintomas e o papel do medo na sua manutenção.

Bibliografia:
Ansiedade, Pânico e Fobias
Fast Facts
Malcolm H Lader
Thomas W UhdeHealth
Press Oxford

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Investigadores do Porto estão a desenvolver um projeto para identificar a forma como as expressões faciais são entendidas pelo...

“Durante muito tempo, a área das expressões faciais foi pensada à luz das seis emoções básicas (…), sendo estas a tristeza, a alegria, o medo, a zanga (raiva), o nojo e a surpresa”, disse à Lusa o investigador Fernando Ferreira-Santos, do Laboratório de Neuropsicofisiologia da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP).

Segundo o investigador, com o evoluir das neurociências, no final do século XX, os especialistas começaram a procurar a base destas emoções no cérebro, descobrindo cada vez mais evidências que questionavam a teoria das emoções básicas.

Através deste projeto, a equipa pretende analisar a perceção das emoções faciais, sem pressupor que elas obedecem à lógica das seis categorias fundamentais, utilizando outras abordagens, como a teoria da ativação, na qual as expressões faciais podem despontar estímulos com maior ou menor intensidade.

Para obtenção dos dados, está a analisar a resposta cerebral de cerca de 100 jovens, entre os quatro e os 15 anos, mostrando-lhes imagens com diferentes categorias emocionais e diferentes níveis de ativação e medindo a sua atividade cerebral, através de um eletroencefalograma.

O intuito do estudo atual é perceber como é que a resposta cerebral dos jovens a diferentes faces emocionais muda com “a experiência social, na qual os humanos têm que interagir entre si e descodificar, durante todo o período de vida, como os outros se estão a sentir, até à idade adulta, em que o cérebro deteta a intensidade das emoções em décimas de segundo”.

“As emoções são pensadas da seguinte forma: uma face alegre é alegria, uma face triste é tristeza”, no entanto, estudos anteriores desenvolvidos pela equipa mostram que existe “uma grande variação dentro das categorias, sendo um sorriso muito diferente da gargalhada, com níveis de ativação muito diferentes”, exemplificou.

Com os resultados definitivos, os responsáveis pelo projeto esperam perceber melhor como as emoções são processadas, bem como criar instrumentos de avaliação psicológica que possam auxiliar no diagnóstico de perturbações que afetam a perceção emocional e o comportamento, como as do espectro do autismo.

De acordo com o investigador, esses resultados podem também ser aplicados ao nível da tecnologia, nas áreas das ciências dos computadores, da inteligência artificial e da robótica.

Embora alguns dispositivos consigam já identificar pessoas e as suas emoções a partir da face, se se perceber melhor como os sistemas afetivos naturais funcionam, poderão ser criados “algoritmos mais inteligentes, capazes de lidar com estes estímulos mais ambíguos”, acrescentou.

Fernando Ferreira-Santos salientou, contudo, que as pessoas usam as expressões tanto de forma automática como intencional, “algo que os engenheiros dos sistemas dos computadores deverão ter em atenção”.

No âmbito deste projeto, o grupo pretende ainda aperfeiçoar as imagens utilizadas em estudos deste género, criando novos estímulos, onde estejam representados “todos os estados emocionais que existem”.

Este projeto, que teve início em 2015 e é financiado pela Fundação Bial, conta com a colaboração do Instituto Universitário da Maia (ISMAI) e da University College London, finalizando em outubro deste ano.

Novos especialistas
A Ordem dos Médicos enviou este ano pelo menos duas cartas ao Centro Hospitalar Lisboa Norte a avisar que estava em causa a sua...

A administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) manifestou-se, nos últimos dias, surpreendida com a não atribuição de vagas para formar médicos em 2019 em três especialidades, nomeadamente pneumologia, cujo serviço recebe hoje uma nova visita do colégio de especialidade da Ordem.

Apesar da surpresa manifestada pelo CHLN, o bastonário dos Médicos escreveu este ano pelo menos duas cartas à diretora clínica do centro hospitalar - que integra o Santa Maria e o Pulido Valente -, avisando que a situação dos internos de pneumologia a realizar urgências sem a presença de especialistas poderia "colocar seriamente em causa a idoneidade e capacidade para formar novos especialistas".

Estas cartas surgiram no seguimento de um primeiro relatório do colégio de pneumologia da Ordem, elaborado em fevereiro do ano passado, na sequência de uma visita ao CHLN.

No relatório, a que a Lusa teve acesso, conclui-se que os internos deveriam ver-lhes retiradas as horas que realizavam na urgência central, uma vez que estavam a ultrapassar as horas de urgência que os médicos em formação devem cumprir (limite de 12 horas semanais e sob orientação de especialistas).

Quase nove meses depois deste relatório, os internos de pneumologia do CHLN escreveram ao bastonário dos Médicos a dar conta de vários problemas, sublinhando que sentiam que a sua formação estava a ser "fortemente prejudicada".

Em janeiro deste ano, o bastonário escreveu à diretora clínica do CHLN a indicar ter tido conhecimento de que equipas de urgência de pneumologia se encontravam "a ser asseguradas apenas por médicos internos, sem a presença de qualquer médico especialista".

"Esta situação, completamente inaceitável e que se arrasta há já alguns meses, é manifestamente ilegal e eticamente condenável", refere a carta, a que a Lusa teve acesso.

Cerca de três meses depois, o bastonário enviou uma nova carta a indicar que "continuam a não ser cumpridas as regras relativas ao trabalho dos médicos internos de pneumologia".

A situação, referiu, "coloca seriamente em causa a idoneidade e a capacidade para formar novos especialistas". O bastonário avisava já que, a manter-se, a situação obrigaria a Ordem a "suspender de imediato a formação" no serviço de pneumologia.

Depois desta carta, um grupo de médicos especialistas e com funções de chefia daquele serviço escreveu à Ordem a alertar para a escassez de recursos humanos e para a falta de condições técnicas no Pulido Valente, situações que poderiam ter repercussões na idoneidade formativa do serviço e "significativas implicações na qualidade assistencial".

No mesmo documento, o grupo de médicos responsabilizava a direção clínica e o conselho de administração do CHLN pela situação do Departamento do Tórax do centro hospitalar (onde está integrada a pneumologia).

No final da semana passada, o CHLN pediu informação urgente ao Ministério da Saúde sobre a não atribuição de vagas para formar internos nas especialidades de pneumologia, otorrino e imunoalergologia, manifestando a sua surpresa e aludindo à "excelência dos serviços".

Numa carta enviada à Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), a administração do CHLN manifestou a sua surpresa por não terem sido atribuídas vagas para formar médicos em três especialidades e solicitou "informação urgente" sobre as razões e pressupostos que o determinaram.

"Em momento algum a ACSS nos contactou em relação a eventuais dúvidas sobre a capacidade formativa do CHLN […], ademais em especialidades em que temos tradição de bem formar especialistas para o sistema nacional de saúde", referiu a administração do Centro Hospitalar na carta, a que a agência Lusa teve acesso.

O documento foi dado a conhecer igualmente aos gabinetes do ministro e do secretário de Estado da Saúde.

Ordem dos Médicos
O Bastonário da Ordem dos Médicos afirmou que o país precisa de ter unidades pediátricas para queimados nas regiões Centro e...

"Sobre a questão da unidade de cuidados pediátricos [para queimados], evidentemente que nós precisamos de ter uma no Centro, que penso que já estará praticamente a funcionar ou quase, nos Hospitais da Universidade de Coimbra, e é preciso existir uma unidade pediátrica no Norte do país", afirmou José Miguel Guimarães.

Este responsável, que falava à margem do XI Congresso nacional de Queimados, que decorreu em Pedrógão Pequeno, Sertã, explicou que na sequência de toda a tragédia do incêndio do verão passado em Pedrógão Grande, passou-se a dar mais importância aos queimados.

"Não há dúvida que isso é uma peça essencial e é um défice grande, entre outros que temos como, por exemplo, ao nível do socorro da emergência medica e que temos que começar a tomar as rédeas como disse o Presidente da República para mudarmos a forma como nós, sociedade civil, intervimos no bem comum e não estarmos só dependentes das ações das instituições que nos representam como o Governo. Este e um aspeto fundamental", frisou.

José Miguel Guimarães considerou ainda essencial que, de uma vez por todas, os queimados, sobretudo os médios e grandes, sejam considerados como pessoas com doença crónica.

"Não são doenças que acabam na altura que a pessoa tem uma alta hospitalar. São pessoas [queimados médios e grandes] que vão ter problemas para o resto da vida. O apoio que temos que dar a este tipo de doentes tem que ser o apoio que é dado a outros doentes crónicos como os diabéticos e por aí adiante", sustentou.

O Bastonário da Ordem dos Médicos sublinhou que a ideia de um estatuto diferente para o queimado e a ideia de instituir o Dia Nacional do Queimado.

"São duas ideias fortes que nos obrigam, por um lado, a não esquecer este tipo de situações, a continuar a lutar por termos uma melhoria constante na nossa intervenção. Este marco é importante para o futuro. Que todos os anos se repita, que seja em Pedrógão Grande ou noutro sítio qualquer, mas que seja no interior, o sítio onde as desigualdades sociais se fazem sentir mais", concluiu.

 

 

 

 

 

Estudo
Um grupo de investigação do Porto está a criar novas terapias para o tratamento da doença de Alzheimer, através do estudo de...

"A doença de Alzheimer resulta da degradação progressiva de um fragmento proteico - peptídeo abeta -, presente no organismo dos indivíduos, que os doentes com Alzheimer têm em concentrações demasiado elevadas, acumulando-se no cérebro", disse à Lusa Isabel Cardoso, do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S), entidade responsável pelo estudo.

Neste projeto, a equipa do i3S está a estudar a proteína Transtirretina (TTR), presente no sangue, no cérebro e na medula espinal, que tem uma ação protetora na doença de Alzheimer.

Segundo a investigadora, esta proteína consegue capturar os fragmentos proteicos típicos na doença de Alzheimer e transportá-los até ao fígado, onde estes são degradados e eliminados, evitando assim que se acumulem no cérebro.

No entanto, o que se verifica é que, "em determinadas situações, a estabilidade da TTR está diminuída, ficando a função de limpeza dos fragmentos proteicos comprometida".

De acordo com Isabel Cardoso, os investigadores perceberam que existem formas de recuperar a estabilidade da proteína, com recurso a "pequenos compostos químicos que a ela se ligam" - anti-inflamatórios não esteroides -, recuperando, assim, a sua ‘performance'.

Para a obtenção destes resultados, a equipa analisou a capacidade de memória e de aprendizagem de ratos transgénicos, através da criação de dois grupos: um com animais com características típicas do Alzheimer, não tratados, e outro com portadores da doença, aos quais foi administrado um composto químico.

Os animais foram colocados numa piscina, onde, durante alguns dias, a água era transparente e conseguia-se ver uma plataforma que fora aí instalada, de forma a memorizarem onde a mesma se encontrava.

"Numa fase seguinte a água foi tornada turva", impedindo os animais de verem a plataforma, de forma a verificar o tempo que estes demoravam a encontrar a plataforma.

Os animais não tratados "nadavam na piscina e tinham dificuldade em lembrar-se onde estava a plataforma, andando às voltas imenso tempo, sem a conseguirem encontrar", referiu.

Já no caso dos animais tratados com o composto químico, colocados na mesma situação, conseguiram encontrar a plataforma.

De acordo com a investigadora, testes bioquímicos ao cérebro mostraram que, no caso dos ratos tratados, o peptídeo abeta estava diminuído comparativamente ao grupo não tratado, comprovando assim o efeito do composto químico.

Apesar destes avanços, Isabel Cardoso considera que é preciso ainda muita investigação para identificar quais dos compostos químicos estudados conseguem estabilizar a TTR e, em simultâneo, aumentar a sua interação com o péptido abeta.

A doença de Alzheimer é uma patologia progressiva e irreversível, que atinge o cérebro e caracteriza-se pela perda de memória e das capacidades de pensamento, afetando, atualmente, cerca de 47 milhões de pessoas.

Isabel Cardoso salientou que o maior fator de risco para o desenvolvimento da doença é a idade e, dado o aumento da esperança média de vida, o número de casos tem vindo a aumentar, constituindo um problema grave, que afeta os pacientes e as suas famílias.

A equipa recebeu recentemente um apoio de 37,5 mil euros, da Fundação Millennium bcp, que lhe permitirá, nos próximos 24 meses, aprofundar o seu trabalho.

Medo e depressão
Cerca de 8% dos alunos entre os 06 e os 18 anos da região afetada pelo grande incêndio de Pedrógão Grande apresentam sintomas...

Das 252 crianças com sintomas de perturbação psicológica na sequência do grande incêndio de junho de 2017, 139 apresentam sinais de stress pós-traumático, o que representa cerca de 8% do universo global das crianças entrevistadas, revela o rastreio realizado no âmbito do "Pinhal do Futuro".

O projeto é desenvolvido pela EPIS - Associação Empresários Pela Inclusão Social, em parceria com o Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC) da Universidade de Coimbra.

Nas crianças que apresentam sintomas de perturbação psicológica, registam-se também 51 alunos com sintomas de perturbação de adaptação, 57 com ansiedade de separação (dificuldade em ir à escola ou em dormir sozinho) e cinco com processos de luto complicado.

Segundo a docente da Universidade de Coimbra Cristina Canavarro, que coordena o projeto no terreno e que falou hoje durante a apresentação dos dados, em Castanheira de Pera (distrito de Leiria), "esta classificação é feita tendo em conta o diagnóstico principal”, pelo que não significa que não haja um aluno que tenha, ao mesmo tempo, mais do que um dos sintomas.

As perturbações nos jovens da região incluem sintomas como medo, evitamento de estímulos que recordem o acontecimento, dificuldade em regular emoções, problemas de sono, depressão, pânico ou disrupção comportamental, entre outros.

Segundo os dados preliminares do estudo, além das 252 crianças com sintomas de perturbação psicológica e que necessitam de acompanhamento, foram identificados 192 crianças ou jovens com outros sintomas, mas com menor intensidade, nomeadamente a quebra de rendimento escolar, hiperatividade ou sintomas regressivos.

Nas entrevistas para o estudo, do 1.º ao 2.º ciclo as crianças eram acompanhadas pelos pais, sendo a amostra, de momento, de 1.758 alunos.

A amostra conta com alunos dos concelhos da Sertã, Castanheira de Pera, Góis, Pedrógão Grande, Pampilhosa da Serra e Figueiró dos Vinhos.

Desde abril, estão a ser realizadas entrevistas clínicas estruturadas junto dos 252 alunos que necessitam de acompanhamento, sendo criados planos de intervenção clínica para cada uma das crianças ou jovens.

Cristina Canavarro realçou que os dados eram expectáveis, estando ligeiramente abaixo dos resultados obtidos noutros países afetados por grandes incêndios, como os Estados Unidos da América ou a Austrália.

"A rápida movimentação, quer dos serviços públicos, quer dos municípios ou instituições que alocaram profissionais no terreno, contribuiu para fazer descer alguns destes valores", realçou a coordenadora do projeto.

O incêndio que deflagrou há um ano em Pedrógão Grande (distrito de Leiria), em 17 de junho, e alastrou a concelhos vizinhos provocou 66 mortos e cerca de 250 feridos.

As chamas, extintas uma semana depois, destruíram meio milhar de casas, 261 das quais habitações permanentes, e 50 empresas.

Em outubro, os incêndios rurais que atingiram a região Centro fizeram 50 mortes, a que se somam outras cinco registadas noutros fogos, elevando para 121 o número total de mortos em 2017.

Associação Amigos dos Queimados
O presidente da Associação Amigos dos Queimados (AAQ) afirmou que em Portugal não há nenhuma unidade pediátrica de queimados, O...

"Em termos de adultos as nossas unidades [queimados] responderam razoavelmente bem. Agora, em termos de crianças é uma pecha terrível, não termos uma unidade pediátrica em Portugal", afirmou o presidente da AAQ, Celso Cruzeiro.

Este responsável, que falava à margem do XI Congresso Nacional de Queimados, que decorreu em Pedrógão Pequeno, Sertã, explicou que a ausência de uma unidade pediátrica de queimados é uma luta da AAQ que já tem "barbas".

"Está sempre a ser prometida. Fecharam a unidade infantil da Estefânia em 2005 porque iriam fazer uma nova. Nem temos a velha, nem temos a nova. E as nossas crianças são tratadas em condições que não são as ideais. Aí sim, penso que é uma pecha que realmente é muito penalizante", sustentou.

Já sobre os incêndios de 17 de junho de 2017, em Pedrógão Grande, disse que a tragédia pode ser uma lição, sendo que nunca houve uma intervenção a nível nacional como a do verão passado, quer através das instituições de saúde, governamentais ou de apoio psicológico e de apoio às casas que arderam.

"Isto realmente é um exemplo brutal da mobilização de recursos. O que se pretende é que isto não seja uma ilha, não é. E que Pedrógão se estenda a todo o país e a todos os incêndios, este tipo de apoio" frisou.

Defendeu ainda que se pode fazer muito em termos de prevenção e em termos de mobilização de populações, da limpeza das matas e, fundamentalmente, apoiar o meio rural.

"O que pretendemos aqui é que Pedrógão (…) perdure e que sirva de lição para nós nos prepararmos para prevenir. O fundamental é prevenir, mas também para apoiar os que ficam e os que se queimaram, porque os que morreram, infelizmente, já não se pode fazer nada por eles", disse.

Celso Cruzeiro sublinhou que não há nenhum país no mundo que esteja preparado para uma catástrofe porque, para isso, tinham de ter recursos quase infindáveis.

"A resposta vai ser sempre condicionada pela dimensão da catástrofe. Agora em termos de adultos, as nossas unidades [de queimados] responderam razoavelmente bem", concluiu.

 

 

 

RNCCI
A Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) e os centros distritais da Segurança Social desta região renovaram 38...

A ARSC e os centros distritais da Segurança Social de Aveiro, de Castelo Branco, de Coimbra, da Guarda, de Leiria e de Viseu “procederam à renovação de 38 acordos com santas casas da Misericórdia, IPSS [instituições particulares de solidariedade social] e hospitais no âmbito da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), indica aquele organismo do Ministério da Saúde, numa nota enviada à agência Lusa.

As renovações, que dizem respeito ao triénio 2018/2020, “contemplam unidades de cuidados continuados integrados de longa e média duração e convalescença, que já se encontram em funcionamento” naqueles seis distritos, acrescenta a ARSC.

A RNCCI tem, na região Centro, uma capacidade de oferta de 2.329 camas, acrescenta a Administração Regional de Saúde, adiantando que a renovação destes acordos “permite o funcionamento de 818 camas já existentes”, por um período de mais três anos (até 2020), salienta a ARSC.

Projeto conjunto dos ministérios da Saúde e do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, “a RNCCI é formada por um conjunto de instituições, públicas e privadas, que prestam cuidados continuados de saúde e apoio social”, refere a ARSC na mesma nota.

Os cuidados continuados integrados “promovem a continuidade de cuidados de forma integrada a pessoas em situação de dependência e com perda de autonomia, estando centrados na recuperação global da pessoa, promovendo a sua autonomia e melhorando a sua funcionalidade, no âmbito da situação de dependência em que se encontra”.

 

 

 

 

Tecnologia
Investigadores criaram na Arábia Saudita uma 'pele' eletrónica a partir de hidrogel, que estica sem limites e é...

O novo material, que é um condutor elétrico, foi concebido por uma equipa da Universidade de Ciência e Tecnologia Rei Abdullah, na Arábia Saudita, e resulta da mistura de um hidrogel (que contém água) com um composto de carboneto de metal conhecido como 'MXene'.

Materiais inteligentes flexíveis e com a mesma sensibilidade da pele humana podem ter muitas aplicações, como a de adesivos biodegradáveis para sarar feridas ou de dispositivos robóticos sensíveis ao toque.

Segundo a universidade saudita, o novo material revela-se promissor para a biomedicina, por exemplo para tapar feridas na pele ao mesmo tempo que liberta substâncias com efeitos curativos ou para tratar lesões internas em órgãos.

O material pode ser crucial, sustenta a equipa de investigadores, em aplicações que detetam alterações na pele e as convertem em sinais eletrónicos.

Um fino pedaço do hidrogel colocado na testa de uma pessoa pode distinguir diferentes expressões faciais, como um sorriso ou um franzir de testa, permitindo que doentes com paralisia possam controlar equipamentos eletrónicos e comunicar, defendem.

Quando aplicado na garganta, o material poderá converter a fala em sinais eletrónicos, possibilitando que pessoas com dificuldades em falar possam ser ouvidas com clareza.

Além de extensível, podendo regressar rapidamente à sua forma original, o material adere a muitas superfícies, incluindo a pele. Quando cortado em pedaços, pode ser facilmente reposto no seu tamanho inicial.

 

 

O responsável pela Delegação Regional do Norte do Instituto de Emergência Médica (INEM) do Norte, Ricardo Duarte, foi demitido...

Em resposta escrita à pergunta se Ricardo Duarte tinha sido afastado do cargo, o INEM confirmou que "o Conselho Diretivo tomou a decisão de demitir o Responsável pela Delegação Regional do Norte do INEM".

"A decisão foi motivada por perda de confiança” e tem efeitos a partir do dia de hoje.

 

Alerta
A região da Guarda apresenta hoje risco extremo de exposição à radiação ultravioleta (UV) e o resto do país está com níveis...

A Guarda está hoje em risco extremo de exposição à radiação UV, segundo o IPMA, que recomenda que se evite o mais possível a exposição ao sol.

As restantes regiões do continente e os arquipélagos dos Açores e Madeira apresentam hoje níveis muito elevados de exposição à radiação UV, com exceção da ilha do Porto Santo, que está em risco moderado.

Para as regiões com risco muito elevado e elevado, o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o risco de exposição à radiação UV é baixo, 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo).

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade na região Sul a partir da tarde.

Está também previsto vento fraco a moderado do quadrante leste, tornando-se do quadrante oeste na região Sul a partir da tarde, e sendo moderado de noroeste na faixa costeira a norte do Cabo Raso durante a tarde.

Nas terras altas, o vento soprará fraco a moderado do quadrante leste, sendo moderado a forte até ao final da manhã e a partir do final da tarde.

A previsão aponta ainda para pequena subida da temperatura mínima e subida da máxima no litoral oeste.

As temperaturas mínimas vão variar entre os 15 (em Bragança) e os 24 (em Portalegre) e as máximas entre os 29 graus (Viana do Castelo, Porto e Braga) e os 40 (em Santarém).

Na Madeira prevê-se céu geralmente muito nublado, com abertas nas vertentes sul, vento moderado a forte de nordeste, soprando forte, com rajadas até 65 quilómetros por hora, nas terras altas e no extremo leste da ilha até final da manhã.

Está também prevista uma pequena subida da temperatura máxima nas terras altas.

No Funchal as temperaturas vão oscilar entre 19 e 24 graus Celsius.

O IPMA prevê para os Açores períodos de céu muito nublado com boas abertas e vento fraco a bonançoso.

Em Santa Cruz das Flores as temperaturas vão variar entre 21 e 26 graus, na Horta entre 21 e 25, em Angra do Heroísmo entre 20 e 24 e em Ponta Delgada entre 19 e 25.

 

Estudo
Estudo do Instituto Marquès, em Barcelona, revelou o género musical preferido dos bebés quando ainda estão na barriga da mãe.

De certeza que já teve curiosidade em saber quais as músicas que os bebés mais gostam quando ainda estão na barriga da mãe. Agora, graças a um grupo de investigadores do Instituto Marquès em Barcelona, já pode ter resposta!

O grupo, que levou a cabo a investigação, utilizou um grupo de 300 bebés entre os 18 e as 38 semanas de gestação, avaliando assim com que músicas ficavam mais felizes. O estudo, dado a conhecer pelo jornal The Telegraph, teve na sua base a análise dos movimentos da boca e da língua das crianças, uma vez que, segundo os investigadores, são movimentos raros durante essa altura da gravidez e indicam sinais de estimulação.

“A música é uma forma de comunicação ancestral entre os humanos, a comunicação através de sons, gestos e danças, ultrapassa a língua falada”, afirmou a diretora do Intituto Marquès, Marisa López- Teijón.

Num total de 15 músicas e entre o rock, música clássica, tradicional e pop, descobriu-se que os bebés preferiram a música clássica ao pop e vibraram muito mais com Beethoven do que com Shakira ou Adele.

A música de Shakira para o Mundial de África de Sul, ‘Waka Waka’ e a ‘Too Much Heaven’ da banda Bee Gees marcaram o menor valor na escala de apreciação dos bebés, mas mais surpreendente foi a sua reação positiva à música ‘Bohemian Rhapsody’ e à ‘YMCA’ dos Village People.

Assim, segundo o estudo, o nível de reação à música clássica liderou com 84% e seguiram-se os 79% da música tradicional. Em último lugar ficou a música pop rock com 59%.

Para comprovar as declarações de Marisa López- Teijón, também sons de vozes humanas e o próprio Mickey Mouse foi tocado para as crianças. Apesar de reagirem mais ao som do boneco animado do que às vozes humanas, ficou comprovado que os bebés preferem a música.

 

 

Prescrição médica
A Assembleia da República aprovou hoje a utilização de canábis para fins medicinais, na votação final global de um texto da...

O documento, que reforça o papel do Infarmed e introduz a possibilidade de o Laboratório Militar contribuir para a produção das substâncias em causa, já sem as propostas iniciais de BE e PAN de legalização do auto cultivo da planta, teve votos favoráveis de PSD, PS, BE, PCP, PEV, PAN e a abstenção do CDS-PP.

O texto estipula que deve ser um médico a prescrever este tipo de medicamentos ou preparações à base da planta da canábis, em que são consideradas substâncias que vão desde os óleos até à flor desidratada, mas só se outras terapêuticas convencionais tiverem efeitos adversos ou indesejados.

O deputado bloquista Moisés Ferreira congratulou-se porque "valeu a pena" a discussão da questão no parlamento e com o facto de a aprovação do diploma ir beneficiar, "com uma terapêutica eficaz para muitas doenças, finalmente acessível em farmácia para muitos doentes".

"O processo de especialidade e as audições que fizemos deram razão ao BE, tanto que partidos que diziam que não era preciso lei nenhuma, como o PCP, agora acabaram por aprovar também este projeto de lei", declarou o parlamentar do BE, esclarecendo que o partido não vai insistir, para já, na questão do auto cultivo.

"O PAN está feliz com a aprovação da lei, principalmente com o debate plural e democrática, que, infelizmente não conseguiu dar corpo a tudo quanto queríamos, mas já é um passo em frente porque há o reconhecimento de que a canábis tem benefícios para a saúde das pessoas", disse a dirigente do PAN Cristina Rodrigues, insistindo que se deve regulamentar o auto cultivo e criticando a obrigação de esgotar todas as possibilidades antes de um médico receitar canábis.

O PCP sublinhou ter conseguido, em iniciativas de alteração em sede de especialidade, ressalvar questões de segurança, nomeadamente a obrigação de participação da autoridade do medicamento (Infarmed) e do Laboratório Militar.

"A regulamentação do uso terapêutico de canábis não pode, em quaisquer circunstâncias, ser utilizada para legitimar ou favorecer o seu uso recreativo ou negligenciar o estudo dos efeitos do consumo na saúde dos cidadãos ou diminuir o investimento público na prevenção ou recursos públicos na área da toxicodependência", afirmou a comunista Carla Cruz.

                

 

 

Dados ACSS
Mais de um em cada 10 utentes procuram ter consultas de especialidade num hospital fora da sua área de residência, sendo as...

Dois anos depois de ter passado a ser permitido aos utentes escolher uma unidade hospitalar fora da sua residência, a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) regista perto de 373 mil pessoas pedidos para fora da rede de referenciação.

Segundo dados avançados à agência Lusa pela ACSS, entre 01 de junho de 2016 e 20 de maio de 2018, houve 372.606 utentes que optaram por uma consulta de especialidade noutro hospital, o que corresponde a 11% do total de pedidos de consultas provenientes dos cuidados de saúde primários.

O número aumentou em relação aos últimos valores apresentados, em outubro passado, quando estavam contabilizados cerca de 250 mil utentes com consultas fora dos seus hospitais de referência.

Os hospitais mais procurados pelos utentes, foram o Centro Hospitalar de Lisboa Norte, Centro Hospitalar Lisboa Central, Centro Hospitalar São João e Centro Hospitalar do Porto.

Os dados indicam também que as consultas de especialidade de oftalmologia, ortopedia, dermatologia, otorrinolaringologia e cirurgia geral são as que representam o maior número de pedidos para fora da rede de referenciação.

Questionada pela Lusa sobre se a livre escolha tem causado constrangimentos nalguns hospitais, a Administração Central do Sistema de Saúde adianta que “os hospitais públicos têm vindo a aumentar o seu desempenho assistencial, em resposta ao crescimento da procura que se tem registado no SNS”.

“Esta é uma realidade transversal a todo o país, que assume especial relevo nos grandes hospitais de Lisboa e Porto, que são os mais procurados, mas que também são aqueles que têm uma maior flexibilidade para ajustar a sua resposta a essa procura por parte dos cidadãos”, salienta.

A ACSS explica que “o aumento do número de recursos humanos nos hospitais do SNS e a utilização dos vários instrumentos de gestão que estão disponíveis contribuem para essa maior flexibilidade, permitindo aos hospitais ajustar a sua capacidade de resposta, com destaque para os pagamentos adicionais aos profissionais que façam atividade adicional dentro do SNS, para a criação dos centros de responsabilidade integrados, para as transferências de consultas entre os hospitais” e “para os modelos inovadores de organização e de prestação de cuidados que estão associados à TeleSaúde e às respostas na comunidade”.

A Administração Central do Sistema de Saúde realizou em março um inquérito telefónico de satisfação aos utentes que tiveram consulta nos cuidados de saúde primários com pedido de referenciação para primeira consulta de especialidade hospitalar.

De uma amostra de 1.918 utentes inquiridos, 80,2% considera “Muito importante” (44,9%) ou “Importante” (35,3%) usufruir da possibilidade de escolher um hospital para a realização e consulta hospitalar.

Entre os motivos apresentados que levaram o utente a escolher o hospital, salientam-se a proximidade da habitação ou de familiares (28,4%) e a recomendação do médico de família (25,3%).

A ACSS afirma que “é importante que todos os cidadãos saibam que podem escolher o hospital do SNS onde pretendem ser tratados”.

“O princípio do livre acesso e circulação permite aos cidadãos acederem a qualquer hospital do SNS para a realização de consultas programadas, sem barreiras geográficas ou restrições administrativas. É a consagração de um direito de escolha que os cidadãos tinham e que finalmente foi levado à prática em Portugal”, sublinha.

 

“Deep in Merkel Cell Carcinoma”
A presidente do Intergrupo Português de Melanoma disse hoje à Lusa que “pela primeira vez” existe um tratamento aprovado para o...

Segundo Maria José Passos, o novo tratamento para esta patologia “extremamente agressiva” permite obter “respostas rápidas e de longa duração, com impacto significativo na sobrevivência dos doentes”.

“Trata-se de um tratamento inovador de imunoterapia, que representa mais do que uma esperança, já há ensaios positivos com aumentos de sobrevivência”, afirmou.

Em declarações à Lusa, Maria José Passos sublinhou que o novo tratamento “transforma uma doença agressiva numa doença crónica, é uma nova arma terapêutica para os doentes com esta patologia que estava órfã de terapêuticas, não tinha agentes eficazes”.

A presidente do IPM falava à Lusa a propósito da reunião “Deep in Merkel Cell Carcinoma”, que se realiza no sábado, entre as 09:00 e as 13:00, no Porto, para debater as novidades que existem no tratamento desta patologia.

Este ano, a abordagem a esta temática inicia-se com o seu diagnóstico, passando para a cirurgia e tratamento da doença, com a inclusão de três casos clínicos abertos a painel de discussão, referiu a responsável.

Maria José Passos explicou que o carcinoma de células de Merkel (CCM), frequentemente mal diagnosticado, ocorre na camada superior da pele, perto das terminações nervosas que detetam o toque, e pode ser identificado por um inchaço rosa, vermelho ou roxo na pele.

“Este é um tipo de cancro de tratamento difícil”, frisou, referindo que, “no geral, 5% a 12% dos pacientes são afetados com CCM metastático, ou seja, o cancro espalha-se a partir do lugar onde se iniciou”.

E, acrescentou, “apenas 30% a 64% dos doentes com o CCM, de qualquer estágio, sobrevivem além de cinco anos, e a taxa de sobrevivência dos doentes com CCM metastático é menor que 20%”.

Os principais grupos de risco são pessoas com tipo de pele claro, com idades superiores a 50 anos do sexo masculino; indivíduos que sofrem uma exposição solar natural em horários desadequados; forte exposição à luz solar artificial, como em camas de bronzeamento artificial ou terapia com psoraleno e ultravioleta A (PUVA) para psoríase; ter um sistema imunológico enfraquecido pela doença, como a leucemia linfocítica crónica ou a infeção pelo HIV; consumir drogas que tornem o sistema imunológico menos ativo, como após um transplante de órgão e ter um historial de cancro.

O Intergrupo Português de Melanoma (IPM) é uma sociedade médica, sem fins lucrativos, constituída por profissionais de diferentes especialidades, interessados no estudo, diagnóstico e tratamento do melanoma. É o primeiro grupo nacional multidisciplinar dedicado ao melanoma e foi criado em dezembro de 2012.

Páginas