Fiscalização
A Unidade de Controlo Costeiro (UCC) da GNR apreendeu 1.190 quilos de pescado e 160 quilos de amêijoa no valor estimado de dez...

Segundo aquela força policial, cerca de 160 quilos de amêijoa não tinham "documentos de registo" e "faltava controlo higiossanitário".

Durante a ação de fiscalização, que decorreu entre quarta-feira e hoje, foi apreendida também cerca de uma tonelada de pescado que envolve sardinha, polvo, pregado e linguado e pescada.

Segundo a GNR, cerca de 650 quilos da pescada não possuíam "a medida mínima legal para venda" e 427 quilos de sardinha foram apreendidos por ter "sido excedido o limite diário de captura por embarcação".

A pescada, após ser submetida ao controlo higiossanitário, foi entregue a instituições de solidariedade.

Foram apreendidos ainda 97 quilos de polvo, 11 de pregado e cinco de linguado, "por desconformidades com os documentos legais de acompanhamento", acrescentou a GNR.

A apreensão foi efetuada através dos destacamentos de controlo costeiro de Figueira da Foz e Matosinhos, no âmbito de ações de fiscalização ao transporte de pescado, moluscos bivalves vivos e de crustáceos.

Dois homens, de 36 e 40 anos, e uma empresa foram também identificados pela GNR.

 

 

Medicamento Autorizado pela EMA
As equipas de rua que lidam com toxicodependentes em Portugal vão ter um 'spray' nasal que serve como antídoto para &...

João Goulão, que falava à Lusa a propósito da divulgação do relatório anual do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, disse que espera ter um programa montado "nos próximos meses".

O medicamento em causa, a naloxona, já foi autorizado pela Agência Europeia do Medicamento e está em licenciamento pelo Infarmed em Portugal.

Esta espécie de antídoto que funciona exclusivamente para os opiáceos só existe por enquanto em forma injetável junto dos profissionais de saúde, mas disponibilizá-lo às equipas de rua poderá "salvar algumas vidas", considerou João Goulão, saudando que este mecanismo passe a estar "no teatro de operações".

Em relação aos destaques do relatório, João Goulão salientou que o aumento de quantidade e pureza da cocaína a circular na Europa torna o seu consumo ainda menos seguro, uma vez que o "aparecimento inopinado" de produto mais puro "provoca acidentes no consumo".

João Goulão assinalou ainda o aumento de produção de drogas no continente europeu, incluindo a canábis, cuja utilização para fins terapêuticos está em discussão em comissão parlamentar.

"É positivo que a discussão separe o uso social do uso terapêutico", destacou.

O Observatório aponta o aumento de produção na América Latina como uma das causas do crescimento do mercado da cocaína na Europa.

No seu relatório anual, apresentado hoje em Bruxelas, a agência europeia aponta a cocaína como "o estimulante ilícito mais consumido na Europa", que 2,3 milhões de pessoas entre os 15 e os 34 anos usaram no último ano.

O Observatório, sediado em Lisboa, assinala que houve pelo quarto ano consecutivo um aumento de mortes por 'overdose', especialmente com opiáceos, que ultrapassaram as 9.000, quase 3.000 só no Reino Unido, enquanto em Portugal houve apenas 26 registadas.

Para travar este número crescente de 'overdoses', nas quais estão envolvidos derivados do fentanilo, o Observatório recomenda que haja mais disseminação de naloxona, bem como de formação para dar resposta a 'overdoses'.

Estudo
Uma equipa de investigadores, incluindo o doutorando português Jorge Valadas, descobriu que as perturbações do sono nos doentes...

O grupo coordenado pelo neurocientista belga Patrik Verstreken, da Universidade de Lovaina e do instituto de biotecnologia VIB, verificou que os doentes de Parkinson com uma forma hereditária da patologia têm acumulação de neuropéptidos nos neurónios que segregam estas pequenas proteínas em condições normais.

A desregulação da atividade destas células cerebrais está associada às perturbações no sono, um dos sintomas não-motores da doença e uma das queixas 'top 5' dos pacientes, disse à Lusa Jorge Valadas, primeiro autor do estudo, sublinhando que 80 por cento dos doentes de Parkinson têm insónias, sono descontínuo durante a noite e sonolência de dia.

No estudo, publicado na revista da especialidade Neuron, os cientistas utilizaram como modelo a mosca-da-fruta com duas mutações genéticas ligadas à doença de Parkinson, por comparação com uma população de mosca-da-fruta saudável.

Os resultados obtidos foram depois validados em neurónios humanos gerados a partir de células estaminais adultas (que se diferenciam em outras células) de doentes de Parkinson com a mesma mutação nos dois genes que está associada à doença e a um dos seus sintomas: a "fragmentação do sono a meio da noite" e a alteração no ritmo circadiano (que regula o estado de vigília e sono).

Na experiência, a equipa de Jorge Valadas constatou que as moscas-da-fruta modificadas geneticamente mexiam-se mais ao longo da noite, ao passo que o grupo de controlo dormia (mantinha-se quieto) durante oito horas.

Ao dissecarem os cérebros das moscas mutantes, os investigadores observaram a acumulação de neuropéptidos nos neurónios que expressam estas proteínas, concluindo que tal se deve à "deficiente produção" das vesículas que transportam os neuropéptidos do sítio onde são produzidos até à sinapse (região de comunicação entre dois neurónios) onde são libertados.

As vesículas (pequenas bolsas das membranas das células cerebrais) são compostas maioritariamente por lípidos (gorduras).

Os cientistas descobriram que um tipo de lípidos - fosfatidilserina - estava em concentrações baixas nas moscas-da-fruta que reproduziam a doença de Parkinson.

Posteriormente, ao darem aos insetos uma dieta alimentar rica em fosfatidilserina, conseguiram ao fim de quatro dias "reverter parcialmente" os sintomas de perda de sono e regularizar os níveis de lípidos.

Nas culturas de células neuronais humanas, a equipa só conseguiu validar a acumulação de neuropéptidos, sem poder confirmar a desregulação no padrão de lípidos (não se sabe, por isso, se a administração de fosfatidilserina, substância que é comercializada como suplemento alimentar, reverte nas pessoas sintomas da doença de Parkinson).

Para Jorge Valadas, os neurónios que expressam neuropéptidos podem ser uma "via alternativa para alvos terapêuticos na doença de Parkinson", até porque, assinalou, os sintomas não-motores da patologia, como as perturbações de sono, "ocorrem dez a 20 anos antes" dos sintomas motores, como tremores e lentidão de movimentos.

Num próximo passo, os investigadores irão testar os resultados em outros "modelos genéticos" da doença, e eventualmente usar ratinhos, antes de avançarem para ensaios clínicos com doentes.

Fusão de ministérios
A extinção das atuais administrações regionais de Saúde e a fusão, num só ministério, da Saúde e dos Assuntos Sociais foram...

José Manuel Boavida, presidente da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), considera que a saúde no século XXI não pode ser vista isoladamente, mas tem de ser encarada “no enquadramento do mundo real” e atendendo às necessidades sociais.

“Há que compreender a ligação intrínseca da saúde às medidas sociais (…). Sou pela fusão do ministério da Saúde com o dos Assuntos Sociais”, afirmou José Boavida, durante a sua intervenção na Convenção Nacional da Saúde, que hoje começou em Lisboa.

O médico vincou que a Escócia iniciou esta experiência de um ministério da Saúde e dos Assuntos Sociais há cerca de dois anos e que isso tem permitido, além de uma grande poupança, um tratamento de maior proximidade.

“Ninguém sai do hospital sem ter o retorno do que lhe vai acontecer na sociedade”, exemplificou.

José Manuel Boavida advoga a necessidade de criar unidades hospitalares de média dimensão, que sejam próximas das comunidades, o que poderia, por exemplo, diminuir o número de reinternamentos.

Para o presidente da APDP é ainda “precisa coragem para acabar com as administrações regionais de Saúde (ARS)”.

Em declarações à Lusa à margem da convenção, o médico considerou que as ARS têm sido um impedimento à autonomia da decisão dos organismos e unidades públicas que estão mais próximas das pessoas.

Defendendo uma proximidade dos serviços à população, Boavida criticou a ausências de representante das autarquias na Convenção Nacional de Saúde, dizendo que não percebe como não foram chamadas a intervir, convite que devia ter sido estendido à Segurança Social.

José Boavida considerou também “absolutamente impensável” que não haja já um médico de família para cada português, entendendo que isto está a base de tudo o resto: “A seguir, tudo desliza para desperdício”.

O presidente da APDP lamentou ainda que o país tenha “portugueses de primeira e portugueses de segunda”, referindo-se à falta de generalização das unidades de saúde familiares (USF) por todo o país.

 

APOGEN
“O uso de medicamentos genéricos e biossimilares no Serviço Nacional de Saúde significa uma poupança potencial de 416 milhões...

Paulo Lilaia afirmou ainda que nos últimos 15 anos, o SNS poupou 4 mil milhões de euros com o uso deste tipo de medicamentos, sendo que deste valor, 3 mil milhões de euros se referem ao período entre 2011 e 2017.

Paulo Lilaia, presidente da APOGEN há dez anos, lembrou que “o uso de medicamentos genéricos e biossomilares permite, para além de uma poupança vital para a sustentabilidade do setor da saúde, o maior acesso de doentes às terapêuticas e a canalização do investimento em medicamentos inovadores que tragam valor terapêutico acrescentado”.

Para comemorar os seus 15 anos de atividade, a associação juntou um painel de convidados – Nicolau Santos, António Vaz Carneiro e António Melo Gouveia – para discutir o presente e o futuro dos medicamentos genéricos e biossimilares, num evento que decorreu no Centro Cultural de Belém.

A Nicolau Santos, Presidente do Conselho de Administração da Agência Lusa, coube fazer um enquadramento do presente e do futuro da economia a nível nacional e internacional, seguindo o painel com a intervenção de António Vaz Carneiro, Diretor do Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência, que se centrou na equivalência entre medicamentos inovadores e biossimilares.

Seguiu-se António Melo Gouveia, Diretor dos Serviços Farmacêuticos do IPO de Lisboa que falou sobre os benefícios económicos e no acesso a medicamentos, do uso de genéricos e biossimilares deixando a mensagem de que “se um grupo relevante de medicamentos não tiver genéricos, torna-se num fator de insustentabilidade”.

O evento foi encerrado por Rosa Matos, Secretária de Estado da Saúde, em representação do Ministro da Saúde, que lembrou que “metade dos medicamentos dispensados já são genéricos” destacando a necessidade de se investir para que a quota de genéricos e biossimilares possa crescer.

Paulo Lilaia recordou ainda que de acordo com a Medicines for Europe – Associação Europeia de Medicamentos Genéricos e Medicamentos Biossimilares – na Europa, os genéricos representam 62% da totalidade dos medicamentos dispensados e proporcionam uma poupança superior a 100 mil milhões de euros, servindo mais de 500 milhões de doentes só na Europa.

 

Impacto ambiental
A taxa dos sacos de plástico leves poderá ser alargada aos mais espessos para incentivar a maior reutilização, uma proposta do...

"O que temos de fazer eventualmente é prosseguir o sucesso dos sacos leves nos sacos de maior gramagem levando a que as pessoas, tendo um custo, os reutilizem mais vezes", referiu Carlos Martins.

A medida para os sacos leves "foi um sucesso, mas do ponto de vista dos plásticos e do ambiente, não podemos dizer que houve um sucesso tão conseguido porque houve uma transferência e as pessoas passaram dos sacos leves para os de maior gramagem", explicou Carlos Martins.

Falando aos jornalistas à margem da conferência "Repensar os plásticos na transição para uma economia circular", que está a decorrer em Lisboa, o governante apontou que, "do ponto de vista psicosocial foi um ganho porque as pessoas habituaram-se a ir às compras levando um saco reutilizável".

O grupo de trabalho criado para analisar a atual situação no consumo de plásticos e apontar alternativas, tanto para redução, como para reutilização e procura de outros materiais, apresentou hoje resultados preliminares, mas vai continuar a sua tarefa.

Ana Cristina Carrola, da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), falando em nome do grupo, relatou o que já foi conseguido, mas realçou que os seus elementos se depararam com falta de dados estatísticos para basear propostas.

"Manter a contribuição dos sacos de plásticos leves já que a medida demonstrou mais-valias no que respeita à alteração de comportamentos no cidadão com impactes ambientais positivos", é uma das medidas a ser ponderada, referiu aquela responsável.

Avançar com "a introdução de uma contribuição para os sacos de plásticos de espessura superior a 50μm [microgramas] no sentido de incentivar a sua reutilização" é uma medida a ser ponderada.

Outra possibilidade referida pelo grupo de trabalho é a aplicação de sistemas de depósito para produtos descartáveis, como garrafas de plástico, mas que também condiciona a uma avaliação de custo-benefício.

Carlos Martins falou de "mecanismos a permitir que uma pessoa deposite numa máquina a embalagem e poder ser premiada por esse gesto através de talões que lhe permitam em alguns estabelecimentos comerciais fazer aquisição de bens iguais ou de outros".

O Governo gostaria de, em 2019 ter já alguns casos de implementação em grandes superfícies de máquinas para receber embalagens, com parceiros na área da distribuição, mas o secretário de Estado recordou que esta alternativa exige investimentos elevados.

Entre as conclusões do grupo de trabalho está ainda a possibilidade de introdução de requisitos ao modelo de responsabilidade alargada do produtor.

Tanto o grupo de trabalho como os governantes insistem na necessidade de realização campanhas de informação e sensibilização dos consumidores já que, como também apontaram outros intervenientes na conferência, o problema dos plásticos abrange toda a cadeia, da produção ao consumo, mas os cidadãos são essenciais neste objetivo de reduzir o uso de plástico e aumentar a sua reutilização e reciclagem.

O secretário de Estado acrescentou que foram conseguidos acordos voluntários com os setores que "têm maior implicação na produção de embalagens de plástico" - as indústrias das águas minerais e dos refrigerantes - para encontrar soluções, fazer experiências piloto que levem a identificar a melhor forma de conseguir recolher 90% das embalagens de bebidas de plástico, em alguns casos com substituição de materiais, em outros com maior reciclabilidade através de ecodesign.

"Em último recurso, depois de acompanhar isto durante dois ou três anos, se os resultados não tiverem alinhados com a meta dos 90% de recolha de garrafas de bebidas de plástico, meta ambiciosa, teremos de eventualmente ponderar a aplicação de taxas em sistema de tara retornável", resumiu Carlos Martins.

Relatório
A cocaína na Europa está a aumentar em quantidade e pureza, revelou esta quinta-feira o Observatório Europeu da Droga e da...

Observatório, sediado em Lisboa, assinala que houve pelo quarto ano consecutivo um aumento de mortes por 'overdose', especialmente com opiáceos, que ultrapassaram as 9.000, quase 3.000 só no Reino Unido, enquanto em Portugal houve apenas 26 registadas.

Para travar este número crescente de 'overdoses', nas quais estão envolvidos derivados do fentanilo, o Observatório recomenda que haja mais disseminação de naloxona, um antídoto, bem como de formação para dar resposta a 'overdoses'.

"A Europa está a sofrer as consequências do aumento da produção de cocaína na América Latina", considera o diretor do observatório, Alexis Goosdeel, que assinala o "aumento significativo" de pessoas que estão a procurar tratamento por causa de problemas com aquela droga.

A droga vendida nas ruas em 2016 estava no "nível mais elevado numa década", registando-se a apreensão de 70,9 toneladas nos países da União Europeia, em 98 mil ações.

Em Portugal, nesse ano, foram apanhadas 1,04 toneladas, em mais de 1100 apreensões.

O Observatório lembra ainda que entre 2015 e 2017 houve um aumento dos resíduos de cocaína encontrados nas águas residuais de 26 de 31 cidades que tinham dados para apresentar.

Em números globais, mais de 92 milhões de adultos já consumiram alguma droga e 1,3 milhões receberam tratamento por isso, indica o Observatório, que conta mais de um milhão de apreensões nos 28 países da União mais Noruega e Turquia.

No que toca à canábis, que continua a ser a droga ilícita mais consumida, o Observatório está preocupado com o possível impacto na distribuição e consumo do aparecimento de um mercado regulamentado em países como os Estados Unidos da América, cujas implicações ainda não são claras.

Um dos desafios de regulamentar o consumo de canábis vem do efeito que possa ter na condução com capacidades diminuídas.

No capítulo das "novas drogas", que escapam aos controlos internacionais pela velocidade com que alteram ingredientes, em 2017 apareceram 71 novas substâncias no radar do Sistema de Alerta Rápido da União Europeia, menos do que em anos como 2015, em que surgiram 98 psicoativos novos, ou 2014, quando apareceram 101.

Ao todo, o Observatório está atento a um catálogo de 670 substâncias, na sua maioria canabinóides sintéticos que são vendidos como "ervas para fumar" e no ano de 2017 houve mais de 32 mil apreensões.

Além de ser destino de tráfico de drogas produzidas em outros continentes, a Europa regista "sinais preocupantes" de que está a aumentar a produção, nomeadamente em laboratórios de MDMA (conhecido como 'ecstasy'), anfetaminas e drogas sintéticas que até estão a ser exportadas para a América, Austrália, Extremo Oriente e Turquia.

A Península Ibérica, que tem sido o principal ponto de entrada de droga na Europa, perde importância para outros locais mais a norte, como indicam dados de 2016, em que se verifica que 43 por cento da cocaína apreendida na Europa entrou por portos belgas.

No relatório anual destaca-se ainda a atenção que tem que ser dada às prisões como "locais críticos" para acompanhar consumidores de drogas de alto risco, encaminhando-os para tratamento e fornecendo terapias de substituição enquanto estão presos, rastreando ainda as doenças infecciosas associadas ao consumo de opiáceos injetáveis.

Dados do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência
A canábis continua a ser a droga ilícita mais consumida na União Europeia, revela o relatório anual do Observatório Europeu da...

De acordo com a agência europeia, 24  milhões de pessoas entre os 15 e os 64 anos residentes na Europa consumiram canábis no último ano.

O documento diz ainda que, pelo quarto ano consecutivo, houve um aumento de mortes por overdose, principalmente com opiáceos. Das 9000 registadas, quase 3000 ocorreram no Reino Unido - em Portugal foram registadas apenas 26.

O relatório explica também que, em 2016, foram apreendidas 70,9 toneladas de droga vendida nas ruas dos países da União Europeia. Em Portugal, foi registado um total de 10,4 toneladas apreendidas.

A cocaína também é um problema que tem preocupado as autoridades – só no ano passado, 3,5 milhões de pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos consumiram esta droga. "A Europa está a sofrer as consequências do aumento da produção de cocaína na América Latina", explica o diretor do observatório, Alexis Goosdeel, citado pela agência Lusa.

O Observatório revela ainda que mais de 92 milhões de adultos a residir na Europa já consumiram alguma droga e 1,3 milhões receberam tratamento por isso.

 

Governo quer reduzir impacto da poluição de compostos sintéticos
A cada segundo que passa, fabricam-se em média 9,5 quilos de resinas sintéticas moldáveis no mundo. Em Portugal, o Governo...

O Governo português apresenta esta quinta-feira de manhã um pacote de inaciativas, fruto das conclusões de um grupo de trabalho sobre plásticos, para combater o desperdício de compostos sintéticos (plástico) no meio ambiente, em Portugal, sendo uma das medidas incentivar os portugueses a trocar plástico por vales de compras em supermercados, noticia o “Diário de Notícias”.

A cada segundo que passa, fabricam-se em média 9,5 quilos de resinas sintéticas moldáveis no mundo, um poluente que está a gerar cada vez mais preocupação a nível mundial. Em Portugal, o Governo apresenta hoje na Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) medidas para reduzir o impacto do plástico, contidas num relatório da Agência Portuguesa do Ambiente.

“Até 2021, Portugal vai ter um sistema de incentivos para quem reciclar estes materiais. Uma das medidas é a intalação de unidades de recolha em pontos de grande venda de plásticos, como os supermercados.”, conta Carlos Martins, secretário de Estado do Ambiente, ao DN.

“O peso que o consumidor entregar será depois convertido em senhas de compras nesses mesmos estabelecimentos”, explica.

 

Futuros médicos terão formação em ventilação não invasiva e tele-saúde
A Universidade da Beira Interior (UBI) e a Linde Saúde acabam de assinar um protocolo de colaboração, que visa a união de...

A UBI, instituição de ensino superior português situada na Covilhã, e a Linde Saúde, empresa líder de mercado mundial nos cuidados de saúde ao domicílio, que disponibiliza serviços e cuidados clínicos com objetivo de melhorar os resultados terapêuticos nos doentes e para profissionais de saúde durante os cuidados de saúde no domicílio e à distância, através da tele-saúde, unem-se agora numa parceria para promover a formação, a investigação e a aposta em soluções digitais inovadoras.

Entre outros, esta parceria pretende contribuir para a formação em ventilação não invasiva e em tele-saúde, para a realização de estudos e projetos de investigação, bem como de seminários, conferências, colóquios e cursos. Desta parceria resultará ainda a publicação da 2ª edição do livro E-Saúde.

António Fidalgo, Reitor da UBI, explica que esta instituição “tem como missão promover a qualificação de alto nível, a produção, transmissão, crítica e difusão de saber, cultura, ciência e tecnologia, através do estudo, da docência e da investigação. É precisamente neste âmbito que surge esta parceria, para que a nossa oferta formativa e científica seja cada vez mais diversificada e atual.”

Já Maria João Vitorino, Homecare Business Manager da Linde Saúde, refere que a empresa “tem vindo a apostar na tele-saúde, como ferramenta para melhor acompanhar os doentes crónicos, quer respiratórios, quer cardíacos, de forma a dar resposta à crescente prevalência das doenças crónicas, associada a uma maior longevidade das pessoas. Esta parceria com a UBI faz todo o sentido pois sabemos que estamos a contribuir para capacitar os profissionais de saúde em tecnologias inovadoras e desta forma acompanhar a rápida evolução recente nesta área”.

 

Estudo
Apenas uma noite num quarto com alguma luz é o suficiente para provocar um aumento na resistência à insulina, revela...

A exposição à luz durante a noite tem impacto na resistência à insulina, concluiu um estudo norte-americano, que adianta que uma noite chega para se notar esse efeito.

"A exposição à luz durante o sono noturno já tinha mostrado ser prejudicial ao sono, mas estes dados indicam que pode também ter potencial para influenciar o metabolismo", explica a investigadora Ivy Cheung Mason, da Northwestern University.

A resistência à insulina, associada à diabetes, é a perda de capacidade das células de responder a esta hormona produzida no pâncreas e que transporta a glicose para dentro das células.

Estudos anteriores já tinham permitido concluir que a exposição à luz durante a noite suprime a produção da melatonina, a hormona do sono, que tem um papel importante na manutenção dos níveis de açúcar no sangue. A melatonina é produzida no cérebro em resposta à escuridão e regula os ciclos de sono-vigília.

"Estes resultados são importantes dado o uso cada vez mais generalizado de luz artificial, sobretudo à noite", acrescenta Mason, sublinhando que serão necessárias novas investigações para determinar o efeito a longo prazo da exposição à luz durante o período noturno em pessoas com risco de diabetes tipo 2".

Os investigadores analisaram 20 adultos saudáveis entre os 18 e os 40 anos. Alguns dos participantes dormiram num quarto absolutamente escuro durante duas noites consecutivas, enquanto os outros passaram uma noite nesse quarto escuro e outro com uma luz ténue. Todos dormiram oito horas por noite. Durante esse período, os investigadores avaliaram os seus movimentos oculares, atividade muscular e ritmo cardíaco. Quando acordavam, eram medidos os seus níveis de açúcar no sangue.

 

Antigo Ministro da Saúde
O antigo ministro da Saúde Paulo Macedo estimou hoje que o financiamento da saúde dependerá, no futuro, dos resultados...

“Quando falamos em pactos para a saúde, vale a pena dizer o que a saúde consegue dar à sociedade. E a sociedade estará certamente apta a dar mais recursos”, afirmou o ex-ministro e atual presidente da Caixa Geral de Depósitos, no arranque da Convenção Nacional da Saúde, que hoje começou em Lisboa.

Para Paulo Macedo, o debate em torno da saúde não deve centrar-se apenas nos meios humanos e técnicos necessários, mas sobretudo nos resultados.

“Se os ‘outcoms’ forem melhor explicitados à sociedade, a sociedade estará mais disponível para afetar recursos”, disse.

Macedo considera que uma sociedade “não deve ser avaliada apenas pelo PIB”, avisando, contudo, que sem crescimento económico torna-se difícil afetar mais recursos à saúde.

Importará avaliar uma sociedade pelo seu rendimento inclusivo, sendo que este é obtido através do crescimento do PIB somado com o aumento da esperança de vida com qualidade, especificou.

O antigo ministro saudou o “olhar para o futuro” promovido pela Convenção Nacional da Saúde, que pretende delinear uma agenda para o setor para a próxima década, bem como ajudar a criar um pacto nacional para a saúde.

“Estamos ávidos de ter orientações claras e consensos para o futuro”, considerou Paulo Macedo, lembrando que há consensos quanto aos cenários da prestação de saúde nas próximas décadas.

Em Portugal, haverá “menos portugueses para tratar, mas não necessariamente menos população (devido aos fluxos migratórios)”, haverá uma população mais envelhecida e com mais necessidade de cuidados, pessoas mais exigentes e a quem também será exigida maior responsabilidade individual sobre a sua saúde.

“E teremos um financiamento obtido muito por resultados”, estimou, recordando um documento da Organização Mundial da Saúde sobre os recursos a afetar ao setor e sobre a forma como justificar perante a sociedade os recursos necessários.

Cerca de 90 instituições da saúde participam numa Convenção Nacional que hoje começa em Lisboa, para defender mais financiamento e ajudar a criar um pacto para o setor.

A convenção foi criada com o objetivo de ser “o maior debate nacional de sempre sobre o presente e o futuro da saúde em Portugal” e o presidente da comissão organizadora, Eurico Castro Alves, acredita que há condições para se estabelecer um “pacto nacional para a saúde”, como tem sido advogado pelo Presidente da República.

Eurico Castro Alves reconhece que há, no setor, “interesses muitas vezes conflituantes”, mas julga que é possível “pôr de lado as diferenças e olhar para o que pode servir de base a um compromisso futuro”.

Pata D’Açúcar pretende alargar apoio a maior número de diabéticos
Criada há cerca de dois anos, a Pata D’Açúcar tem como missão recuperar animais de abrigo, treinando

O método não é novo. Desde 1999 que há diabéticos a usar cães treinados para prevenir crises de hipoglicemia, no entanto, em Portugal a Pata D’Açúcar foi pioneira numa atividade que pode e pretende ajudar a salvar muitas vidas. “A ideia da criação da Associação inicia-se num desafio lançado por uma pessoa com diabetes tipo1 a um treinador profissional de cães”, começa por recordar Nuno Benedito, presidente da associação.

“Após o desafio lançado, foi criada uma equipa multidisciplinar composta por biólogos e endocrinologistas que ajudaram na criação dos primeiros protocolos de treino que foram implementados no primeiro cão e que pertencia à pessoa com diabetes que me lançou o desafio”, acrescenta.

Os animais são sempre recolhidos de abrigos e «recuperados» com vista ao desenvolvimento desta atividade. Por isso, devem obedecer a determinados critérios. “São selecionados mediante a realização de testes específicos de apetência. E, posteriormente são submetidos a rigorosos exames médico-veterinários”. Depois de verificados todos os critérios necessários, estes animais entram num plano sanitário a cargo do departamento veterinário da Associação, que decide quando podem iniciar os protocolos de treino.

“Os cães devem possuir determinadas características. Embora existam raças tipificadas com maiores níveis de apetência para o efeito devido às suas capacidades olfativas, optamos por não especificar qualquer raça em concreto”, revela Nuno Benedito adiando que, deste modo, contribuem com duas linhas de apoio social. “Por um lado ajudamos pessoas com diabetes tipo1, por outro lado resgatamos dois animais por ano de abrigos e mostramos à sociedade que também eles têm capacidades que podem ser potenciadas e ser bastante úteis”, contribuindo assim para a diminuição do abandono animal em Portugal.

Os protocolos de treino aplicados pela Pata D’Açúcar estão tipificados para um ano, no entanto, ao fim de seis meses já é possível observar alguns resultados.

“O treino destes animais consiste no desenvolvimento das suas capacidades olfativas direcionadas para a percepção de terminados níveis de glicose”, começa por explicar o presidente da Pata D´Açúcar. Depois disso, os cães são treinados a sinalizar qualquer alteração.

Para ter acesso a um “cão-médico”, como são carinhosamente apelidados, o doente tem de se candidatar à sua atribuição e obedecer a dois critérios: ser portador de diabetes tipo1 e ser associado da Pata D’Açúcar. “Estando reunidas estas duas condições, a Associação, em data própria, difunde as candidaturas que após serem devidamente preenchidas e remetidas passam pelo escrutínio de uma comissão de seleção de onde dão apuradas quatro candidaturas (duas efetivas + duas reservas) ”, revela Nuno Benedito. Uma comissão de ética atestará depois a imparcialidade desta seleção, bem como o cumprimento integral dos critérios.

Terminado o processo, os tutores frequentam um plano de formação onde aprendem a lidar e a interpretar os sinais do animal, “bem como a fazer a necessária manutenção”.

A grande particularidade deste projeto é a cedência dos animais, por tempo indefinido permitindo que os tutores fiquem com o cão, que tem como principal objetivo a salvaguardar o seu bem-estar. “A razão pela qual se procede desta forma, é para garantir que o bem-estar dos animais é sempre assegurado e também para que, em caso de impossibilidade dos tutores manterem os animais, estes não representem uma sobrecarga”, justifica. A verdade é que quando algum destes princípios é posto em causa, o animal regressa à Associação que “em caso de necessidade, os requalifica e cede a outra pessoa com diabetes tipo1”.

A cedência dos animais do projeto é gratuita, sendo todas as despesas inerentes suportadas pelos parceiros da Associação até à data de cedência de tutela. “Após a cedência de tutela, os tutores apenas têm como custos a alimentação, os cuidados veterinários e o seguro de responsabilidade civil e de saúde dos animais”, acrescenta o treinador, sendo que a Pata D’Açúcar disponibiliza protocolos com diversas entidades onde os tutores podem recorrer para obter preços mais vantajosos.

Atualmente, o projeto apoia nove pessoas com diabetes em sete agregados familiares e espera-se que possa chegar a mais pessoas contribuindo, não só para o aumento da qualidade de vida dos doentes que assiste, como para o resgate e requalificação do maior número possível de animais.

Em paralelo, esta Associação leva a cabo ações de sensibilização e desmistificação sobre a temática da diabetes e do conceito de “Medical Dogs”. E desenvolve ainda, em parceria com uma investigadora portuguesa, um projeto de investigação que atesta as bases científicas da sua atividade. “O nosso projeto de investigação assenta em dois objetivos: em primeiro lugar pretendemos aferir com precisão a diferença temporal que vai da marcação do cão até à detecção feita pelos dispositivos electrónicos atualmente disponíveis para as pessoas com diabetes. Em segundo lugar, pretendemos dar o nosso contributo ao mundo científico na tentativa de descoberta da substância exata que os cães sinalizam”, revela explicando que para tal analisam e relacionam as substâncias emanadas pelas secreções corporais humanas e as alterações orgânicas dos animais.

A técnica de ter um cão-assistente para ajudar a prevenir as crises de hipoglicemia tem vindo a ser amplamente estudada pela ciência. Até agora, os estudos são ainda poucos mas os resultados são bastante promissores.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Associação Portuguesa de Fisioterapeutas
Mais de 22.000 pessoas assinaram uma petição, que vai ser entregue na sexta-feira na Assembleia da República, a reivindicar a...

A petição vai ser entregue às 12:00 por um grupo de fisioterapeutas, responsável pela recolha das assinaturas, que conta com o apoio das Associação Portuguesa de Fisioterapeutas (APFISIO) e a sua Comissão Pró-Ordem dos Fisioterapeutas.

“Os milhares de assinaturas que vamos entregar aos deputados, mais do que a aspiração de uma classe a que a sua profissão seja regulada, representam a vontade dos portugueses de que aos fisioterapeutas devem ser dadas condições para prestarem cuidados de qualidade e em segurança”, afirma o presidente da APFISIO, Emanuel Vital, num comunicado hoje divulgado,

Para Emanuel Vital, “é imprescindível uma Ordem dos Fisioterapeutas para garantir que, quando uma pessoa entra numa unidade ou serviço de Fisioterapia, receba efetivamente cuidados de fisioterapia, e que estes sejam prestados por fisioterapeutas”.

A “principal mensagem” dirigida aos deputados é que “a falta de regulação da profissão tem consequências negativas, não só para o fisioterapeuta, mas principalmente para o cidadão que dele precisa”.

“A ausência de orientações técnicas e de boas práticas com efeito normativo para a profissão, algo que só uma Ordem profissional pode fazer, deixa os fisioterapeutas desprotegidos em muitos contextos de trabalho”, tendo como consequência “limitações que, muitas vezes, os fisioterapeutas têm para gerir o tempo das intervenções que realizam”, sublinha Emanuel Vital.

Para a presidente da Comissão Pró-Ordem dos Fisioterapeutas, Isabel de Souza Guerra, a futura ordem irá trazer benefícios para a qualidade dos cuidados de fisioterapia, sendo a sua “principal prioridade” defender a saúde dos portugueses.

“Não é concebível nos dias de hoje haver equipas de saúde sem fisioterapeutas, sobretudo quando se trata de condições crónicas de saúde que terão tendência a aumentar devido ao envelhecimento da população”, defende.

João Valeriano, que faz parte do grupo que promoveu a recolha de assinaturas, explica, por seu turno, que a Ordem “não é contra ninguém, nem pretende entrar nos terrenos de outros”, apenas tem de cumprir os seus fins de “garantir e fiscalizar o acesso qualificado à profissão e autorregulá-la”.

Portugal tem mais de 11 mil fisioterapeutas, 1.350 dos quais estão no Serviço Nacional de Saúde, representando a terceira profissão de saúde no país, a seguir aos enfermeiros e aos médicos, refere a associação.

Além das 22 mil assinaturas, os fisioterapeutas irão entregar aos deputados diversa documentação, incluindo “A Fisioterapia no contexto do Sistema Nacional de Saúde”.

A criação da Ordem dos Fisioterapeutas foi aprovada na generalidade no Parlamento em 20 outubro de 2017, aguardando agora a aprovação na especialidade na Comissão Parlamentar do Trabalho. Na consulta pública chegaram aos deputados quase 300 pareceres nacionais e internacionais, 92% dos quais a pronunciarem-se a favor da criação da Ordem, segundo a associação.

 

Campanha pretende diminuir insucesso escolar
A Unidade Psiquiátrica Privada de Coimbra (UPPC) lança hoje a campanha “Supera a Fobia Social”, uma iniciativa que pretende...

“Mais do que consciencializar, esta campanha tem como objetivo diminuir o insucesso escolar que pode eventualmente ser causado por esta doença, a qual se carateriza pela manifestação de episódios de ansiedade recorrentes em contextos como apresentações e exames orais, ou na realização de trabalhos de grupo”, explica Joaquim Cerejeira, Diretor Clínico da UPPC.

É por isso importante, acrescenta o psiquiatra, “que haja um diagnóstico atempado, de forma a evitar que esta doença condicione a autonomia e qualidade de vida do estudante, ao afetar a sua capacidade agir, de falar, ou de pensar”.

A Fobia Social consiste no medo intenso da interação social, que se traduz em elevados níveis de ansiedade sempre que o indivíduo se encontra num ambiente em que tem de se relacionar com outrem, seja individualmente ou em grupo. Entre os sintomas mais frequentes estão o medo persistente (de ser julgado/a, das atenções, etc.), a necessidade irracional de fuga, o isolamento, a baixa-autoestima, e a preocupação constante. Para além destes, alguns sintomas físicos também podem surgir, tais como o rosto corado, tremores nas mãos, transpiração, tensão muscular, falta de ar, urgência urinária ou úlcera nervosa.

Após o diagnóstico, o indivíduo é submetido a um tratamento que envolve uma abordagem cognitivo-comportamental, que cruza um trabalho de psicólogos e psiquiatras. Em casos menos graves, o acompanhamento psicológico pode ser suficiente para ajudar a lidar com o problema e a gerir a ansiedade. Já nos restantes casos, a farmacologia torna-se uma opção a considerar.

 

Desenvolvimento
Portugal aderiu à EATRIS, uma rede europeia de investigação clínica que reúne 12 países e mais de 80 infraestruturas, anunciou...

A presidente da Autoridade do Medicamento (Infarmed), Maria do Céu Machado, integra o órgão de governação da estrutura, em representação do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

De acordo com a mesma fonte, os centros especializados, hospitais e centros académicos clínicos portugueses vão poder candidatar-se a integrar projetos de investigação conjuntos, que terão reflexos positivos na sua capacitação, “integração das melhores práticas” e promoção junto dos pares.

Espera-se também um melhor acesso a fundos internacionais de investigação e desenvolvimento, nomeadamente provenientes de programas europeus e da indústria.

A criação de emprego qualificado e a melhoria no acesso dos cidadãos a “terapias inovadoras”, pela atração de ensaios clínicos para Portugal, são outros impactos positivos enumerados pelo Infarmed.

Em comunicado, o Infarmed afirma ainda que a representação de Portugal poderá ser reforçada com a Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica (AICIB), cujos estatutos estão a ser ultimados.

 

 

Dados Associação Zero
Portugal tem 44 zonas balneares sem qualquer poluição na água, e os concelhos de Torres Vedras, com sete praias, e o de...

"É um número significativo, representa cerca de 7% do total das 608 zonas balneares em funcionamento este ano", disse hoje à agência Lusa o presidente da Associação Sistema Terrestre Sustentável, Zero, Francisco Ferreira.

Em comparação com 2017, este ano há mais 11 zonas balneares classificadas pela associação como 'zero poluição'.

Com base em dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a Zero identificou as praias que, nas três últimas épocas balneares, tiveram sempre classificação 'excelente' e, nas análises à água, não apresentaram contaminação pelos dois parâmetros microbiológicos previstos na legislação para controlo (escherichia coli e enterococos intestinais).

"Os concelhos com maior número de praias com zero poluição são Torres Vedras, com sete, Grândola, com quatro, Aljezur e Tavira com três cada um", avançou Francisco Ferreira.

Em Torres Vedras são praias 'zero poluição' as Amanhã, Centro, Física, Mirante e Pisão, em Santa Cruz, a que se junta Navio e Santa Helena.

No concelho de Grândola, não registaram poluentes as zonas balneares de Aberta Nova, Atlântica, Carvalhal e Melides. Em Aljezur são indicadas as praias de Amado, Monte Clérigo e Vale dos Homens, e em Tavira Cabanas-Mar, ilha de Tavira-Mar e Terra Estreita.

Do total das 44 zonas balneares sem poluição, apenas duas são interiores. As outras são costeiras ou de transição.

"Enquanto que de 2016 para 2017 tivemos uma redução do número de ‘praias zero’, este ano o número de zonas balneares classificadas como 'zero poluição' aumentou, o que nos deixa particularmente satisfeitos", salientou o presidente da associação de defesa do ambiente.

Para o ambientalista, o aumento em 33% do número de praias sem poluição na comparação com o ano passado "é promissor".

O presidente da Zero referiu ainda que, "nas praias interiores é mais difícil conseguir este tipo de registo e há que destacar quer a praia de Santa Luzia, na Albufeira de Santa Luzia em Pampilhosa da Serra, quer Montes na Albufeira de Castelo do Bode, em Tomar".

Com a época balnear a começar em vários locais ao longo da costa portuguesa, a associação de defesa do ambiente aconselha a que só sejam frequentadas praias classificadas como zonas balneares, onde há vigilância e onde se conhece a qualidade da água.

Alerta ainda que não devem ser deixados resíduos na praia, sendo encaminhados para a recolha seletiva, e devem ser preservados a paisagem e os ecossistemas envolventes das zonas balneares.

 

 

Futuro da Saúde em Portugal
Cerca de 90 instituições da saúde participam numa Convenção Nacional que hoje começa em Lisboa, para defender mais...

A convenção foi criada com o objetivo de ser “o maior debate nacional de sempre sobre o presente e o futuro da saúde em Portugal” e o presidente da comissão organizadora, Eurico Castro Alves, acredita que há condições para se estabelecer um “pacto nacional para a saúde”, como tem sido advogado pelo Presidente da República.

Eurico Castro Alves reconhece que há, no setor, “interesses muitas vezes conflituantes”, mas julga que é possível “pôr de lado as diferenças e olhar para o que pode servir de base a um compromisso futuro”.

“Temos um Serviço Nacional de Saúde (SNS) que todos valorizamos e que queremos estimar”, exemplificou.

A questão do financiamento do setor deve estar no centro do debate de ideias na Convenção Nacional da Saúde, reconhece o responsável, que entende que é incontornável discutir a necessidade de orçamentos plurianuais, uma ideia que já foi defendida pelas várias ordens profissionais.

Também o mentor da ideia da convenção, o bastonário da Ordem dos Médicos, admite que um maior financiamento para o setor é um “objetivo de base que tem de ser concretizável”.

“Julgo que toda a gente no país já percebeu que é preciso mais dinheiro para a saúde. Vamos ser todos objetivos. Se toda a gente já percebeu que é preciso mais dinheiro para a saúde, então esse objetivo tem de ser concretizável”, afirmou Miguel Guimarães.

O representante dos médicos frisa que a questão do investimento e do financiamento do Serviço Nacional de Saúde é central em toda a discussão, considerando que todos os intervenientes na Convenção partilham a ideia de que o SNS é fundamental para os portugueses e para o país.

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) veio já criticar a constituição desta Convenção, para a qual não foram convidadas organizações sindicais.

A iniciativa é promovida pelas Ordens Profissionais e por um “Conselho Superior” constituído por cerca de setenta instituições oriundas dos mais diversos setores: empresarial, público, social, ordens e associações profissionais.

A FNAM vê com séria preocupação a realização desta convenção, para a qual não foram convidadas organizações sindicais, além de no programa do encontro, que decorre até sexta-feira, estarem “ausentes do debate” as questões dos cuidados de saúde primários, da saúde pública e dos cuidados continuados.

“Para além desta grave e inexplicada ‘amputação”’, a FNAM vê ainda com grande preocupação que, não se tendo ainda dado início aos trabalhos, seja já anunciado no final do programa a “apresentação da Agenda da Saúde para a Década’, sessão em que pontifica o Presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada. Ora, como todos sabemos e é público, o Dr. Óscar Gaspar vem defendendo em diversos artigos de opinião a substituição do atual modelo da Serviço Nacional de Saúde por algo a que designa por Sistema Nacional de Saúde”, refere a FNAM em comunicado.

 

Ordem dos Médicos
O Centro Hospitalar Lisboa Norte perdeu a capacidade formativa em pneumologia para 2019, segundo o mapa de vagas de acesso à...

Segundo o bastonário Miguel Guimarães, o serviço de pneumologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), que integra o Pulido Valente e o Santa Maria, está a ser avaliado, na sequência de denúncias relativas a situações irregulares, como o caso de internos que estariam a fazer urgência sozinhos, sem tutela de um especialista.

Esta situação, que está a ser avaliada pela Ordem, levou a que não fossem abertas vagas para pneumologia no CHLN, confirmou à Lusa Miguel Guimarães.

Segundo o mapa de capacidades formativas publicado na quarta-feira, o CHLN deixou de ter vagas também em imunoalergologia e em otorrinolaringologia. No caso da otorrino, já tinha sido tornado público que este Centro Hospitalar não iria formar internos em 2019, também na sequência de um processo em curso na Ordem dos Médicos.

O pneumologista Filipe Froes lembra que o CHLN era a “maior escola de pneumologia de Portugal”, sendo responsável pela formação da maioria dos pneumologistas do sul do país.

“É um dos dias mais tristes da minha carreira e um dia de uma enorme vergonha”, afirmou à Lusa o pneumologista do hospital Pulido Valente.

Filipe Froes recordou que a pneumologia do CHLN formou diversos profissionais que permitiram abrir muitos outros serviços no país, como no IPO de Lisboa, no hospital de Faro ou em Setúbal.

O especialista lembrou igualmente que o hospital Pulido Valente esteve largos anos no primeiro lugar dos ‘rankings’ nacionais relativos a doenças respiratórias

O bastonário da Ordem dos Médicos frisou que o mapa de capacidade formativa foi avaliado “de forma rigorosa” e que há uma “clara fundamentação” nos casos em que não são atribuídas vagas.

“A capacidade formativa depende da capacidade do serviço. A preocupação da Ordem é garantir que a formação dos especialistas é feita com qualidade. Temos uma elevada qualidade na formação e esse é o nosso principal objetivo”, disse.

Pelo segundo ano seguido, cerca de 700 médicos deverão ficar sem vaga para fazer a sua especialidade, já que o mapa das capacidades formativas tem 1.665 vagas para 2.365 candidatos.

 

Formação especializada
Um total de 1.665 vagas, para 2.365 médicos candidatos, foram abertas este ano para o concurso do internato médico o que,...

Em comunicado, a ANEM critica o facto de o número de vagas ser “bastante inferior ao número de médicos candidatos” o que significa que “o número de médicos que ficarão sem acesso a especialidade será sempre muito superior” ao de 2017.

“A ANEM lamenta que se continue a promover em Portugal a formação de médicos indiferenciados e consequentemente o comprometimento da capacidade de proteção dos doentes e a degradação da qualidade e sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde”, lê-se na nota.

Segundo a ANEM, é necessário planeamento e investimento e não continuar a formar médicos acima da capacidade de integração.

“Um médico sem especialidade é um médico que não completou a sua formação clínica. É um médico que viu as suas legítimas expectativas defraudadas por um sistema que, ao não mudar estas políticas, está a servir mal os doentes”, segundo Edgar Simões, presidente da ANEM.

A associação lembra que já entregou ao Governo uma proposta para resolução do desfasamento, que passa pela redução do 'numerus clausus' de forma gradual, destacando que há excesso de alunos nas faculdades e falta de vagas para formação especializada.

 

 

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