Câmara Municipal
A Câmara Municipal de Évora anunciou hoje ter ativado o plano de contingência para apoio às 36 pessoas sem-abrigo atualmente...

O Plano de Contingência para Pessoas Sem-Abrigo - Tempo Frio foi ativado pelo respetivo centro de coordenação, dirigido pelo vereador João Rodrigues, divulgou o município, em comunicado enviado à agência Lusa.

Contactado pela Lusa, o vereador João Rodrigues explicou que o plano municipal "é sempre ativado" quando os valores da temperatura mínima estão "entre um e menos um grau há mais de 48 horas".

O autarca indicou que a medida foi adotada na sequência da emissão do aviso amarelo de tempo frio pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e que na terça-feira esteve a ser planeada a intervenção no terreno.

"Já na terça-feira foram para a rua as equipas para prestar apoio às pessoas", que estão identificadas como sem-abrigo, assinalou, referindo que, durante a tarde, numa "primeira visita", foram distribuídos "alguns agasalhos".

À noite, acrescentou, foram também entregues "comida e algumas bebidas quentes".

Segundo o autarca, a par do apoio no terreno, foi disponibilizado o Centro de Alojamento Temporário de Évora para que os sem-abrigo possam passar a noite, tendo já uma pessoa pernoitado no espaço.

No concelho, de acordo João Rodrigues, estão identificados 36 sem-abrigo, dos quais 28 pertencem a famílias nómadas e os outros oito são pessoas que estão na rua e não têm casa.

O número de pessoas identificadas nestas condições baixou para metade em relação às que estavam referenciadas em igual período do ano passado, observou o vereador, porque "algumas já foram alojados".

A Câmara de Évora prevê que o Plano de Contingência para Pessoas Sem Abrigo se mantenha ativo no nível amarelo até domingo, podendo ser antecipado ou prolongado o período de ativação de acordo com as previsões meteorológicas.

Comissão parlamentar
O inspetor-geral do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social garantiu hoje que nunca falou com o ministro...

O inspetor-geral do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social esteve hoje a ser ouvido na comissão parlamentar de Trabalho e Segurança Social, juntamente com a equipa que elaborou o relatório sobre a inspeção à Raríssimas – Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras, na sequência de um requerimento apresentado pelo CDS-PP.

Perante os deputados, e em resposta a “algumas insinuações” do deputado centrista António Carlos Monteiro, Paulo Jorge Carvalho garantiu que nunca falou com o ministro Vieira da Silva sobre o processo relativo à Raríssimas, sublinhando que durante os oito anos em que tem desempenhado estas funções, nunca falou com qualquer ministro sobre qualquer trabalho em curso.

“A Inspeção [geral do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social] é verdadeiramente uma entidade completamente independente e com autonomia técnica na execução dos seus trabalhos”, disse o responsável.

Na sua intervenção inicial, o deputado do CDS-PP demonstrou “perplexidade” face aos resultados do relatório e às conclusões retiradas pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social em relação às mesmas.

António Carlos Monteiro afirmou que houve uma série de denúncias, nomeadamente em relação à Federação de Doenças Raras de Portugal (FEDRA), que não tiveram o devido tratamento e reencaminhamento.

De acordo com o deputado do CDS, as dúvidas que lhe suscita o relatório levam-no a questionar se terá sido feito para “branquear aquilo que são as responsabilidades dos serviços nas suas ineficiências ou se a preocupação foi procurar eximir o senhor ministro da sua responsabilidade enquanto tutela máxima”.

Em resposta, o inspetor-geral defendeu a autonomia do serviço que dirige, garantindo que executa de acordo com os seus princípios regras e metodologias, independentemente do resultado.

“Umas vezes [o resultado é] mais incomodo, outras vezes menos incomodo, umas vezes mais agreste, outras vezes menos agreste”, apontou.

“Os 159 dirigentes e trabalhadores que já foram indiciados, alguns julgados em sede de Tribunal de Contas, outros com pagamentos de coimas, se calhar não partilham da opinião do senhor deputado sobre branqueamentos e outras considerações”, acrescentou.

O dirigente disse ainda que acabou por não ser possível fazer a inspeção à Raríssimas porque dias depois de ter sido iniciada, o caso passou para a alçada da Polícia Judiciária e a Inspeção-geral deixou de poder ter acesso aos documentos que estava a analisar.

Ministério do Ambiente
O estudo sobre as bactérias resistentes a antibióticos na bacia do Ave, detetadas em 2016, deverá estar concluído no verão,...

Segundo a tutela, o estudo das bactérias multirresistentes na bacia do rio Ave teve "início em junho de 2018" e está "sensivelmente a meio da sua execução prática", estimando haver conclusões no verão deste ano, após a discussão e análise dos resultados alcançados.

Tal análise irá acontecer no final da realização das quatro campanhas de monitorização previstas, a última das quais marcada para junho.

Em 2016, a agência Lusa noticiava que tinham sido detetadas no rio Ave quatro estirpes de bactérias resistentes a antibióticos usados em hospitais para tratamento de infeções graves e, na altura, o ministro do Ambiente garantia que estava a acompanhar a situação, para investigar as origens, frisando que não havia motivos para alarmismos.

O cientista Paulo Martins Costa, da Universidade do Porto, um dos membros da investigação científica que detetou as quatro estirpes de bactérias multirresistentes no rio Ave, afirmava na altura que os genes responsáveis pelas resistências das bactérias descobertas no rio Ave eram “idênticos aos identificados em bactérias isoladas em hospitais como, por exemplo, a 'Klebsiella pneumoniae'”.

Questionado pela Lusa, o Ministério do Ambiente explicou, numa nota hoje enviada, que os trabalhos atuais estão a "decorrer bem" e "de acordo com o planeado, sem notícia alarmante a assinalar”.

O estudo da Águas do Norte prevê a caracterização da presença de antibióticos e bactérias resistentes nos afluentes rececionados e efluentes descarregados por Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) inseridas na bacia hidrográfica do Ave e em água superficial nos pontos a montante e jusante dos pontos de descarga das ETAR selecionadas, explicou o ministério.

Questionado sobre se havia alguma conclusão preliminar ao estudo em curso, o ministério considerou ser “prematuro avançar com algum comentário”.

“O estudo encontra-se sensivelmente a meio da sua execução prática”, assumiu a mesma fonte governamental, adiantando que a “discussão e análise dos resultados alcançados acontecerá no final da realização das quatro campanhas de monitorização previstas”, o que deverá acontecer em junho deste ano.

Até ao presente encontram-se concluídas duas das quatro campanhas de amostragem previstas realizar, sendo que a primeira foi realizada em julho de 2018 (verão) e a segunda campanha foi realizada em outubro/novembro 2018 (outono).

As próximas campanhas de amostragem estão previstas para este mês de janeiro e o próximo mês de fevereiro, e ainda na primavera, entre maio e junho.

Estrutura de Missão
O coordenador da Estrutura de Missão para a Sustentabilidade do Programa Orçamental da Saúde, Julian Perelman, considerou hoje...

“O problema das injeções financeiras é que estão associadas a risco moral”, afirmou Julian Perelman, numa audição na comissão parlamentar da Saúde, requerida pelo PSD para "obter esclarecimentos sobre o desenvolvimento desta entidade e as medidas entretanto propostas com vista ao favorecimento do equilíbrio e da sustentabilidade do SNS";

Julian Perelman explicou que “o problema é que quem tem mais dívida, recebe mais dinheiro: Se eu tenho um hospital que está altamente endividado eu sei que vou receber mais dinheiro e no fundo não vale a pena estar a controlar a dívida porque se tenho pouca dívida vou receber menos dinheiro”.

“No fundo é um prémio à má gestão, um prémio ao endividamento”, disse o coordenador da estrutura criada em março do ano passado pelo Governo com o objetivo de apresentar propostas que contribuam para a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde e acompanhar o desempenho financeiro das entidades do SNS e do Ministério da Saúde.

Por essa razão, adiantou, “os hospitais têm todo o interesse em não pagar antecipadamente, utilizando o dinheiro para outra coisa, para investimentos, recursos humanos, porque mais tarde ou mais cedo o Ministério das Finanças vai acabar por pagar” a dívida.

Segundo o coordenador da estrutura, as injeções financeiras têm sido “muito pouco efetivas”, com um impacto de muito pouco prazo.

“Diminui a dívida, mas um mês depois volta a aparecer porque, no fundo, os hospitais não têm grande incentivo para controlar essa dívida”, além de que, quando um hospital recebe uma injeção de capital “é a porta aberta para assumir outros compromissos”.

Para ultrapassar esta situação, a Estrutura de Missão faz uma primeira recomendação “muito simples”, que as injeções sejam feitas de forma mais discreta, mais faseada, e sobretudo que não tenham apenas como critério o nível de despesa.

“Nós não podemos estar a dar mais a quem se endivida mais”, disse o responsável, defendendo que essas injeções não sejam feitas apenas em função da dívida, mas assentes em critérios de eficiência e da dimensão da atividade.

Julian Perelman adiantou que, para “diminuir a dimensão do problema”, está em concretização o projeto de autonomia e financiamento dos hospitais para 2019.

“A ideia deste projeto é que tem de haver um reforço orçamental para os hospitais para aproximar os orçamentos às suas necessidades”, mas, defendeu, “é preciso haver uma segurança clara de que o dinheiro vai ser bem alocado” e há garantias de um certo nível de eficiência.

Para isso, os hospitais foram divididos em três grupos: o grupo dos muito eficientes, dos medianamente eficientes e dos de eficiência mais baixa.

O coordenador da estrutura adiantou que houve um reforço global de 580 milhões das transferências para os hospitais, mas defendeu que tem de haver “um controlo apertado” da gestão dos hospitais para prevenir situações de risco que possam aparecer.

“Há uma decisão de haver um reforço dos hospitais, mas tem que haver um compromisso claro, com uma avaliação de desempenho em termos de qualidade, mas também dos conselhos de administração e dos indicadores económico-financeiros”, defendeu.

Segundo uma auditoria do Tribunal de Contas, divulgada na terça-feira, a dívida do Serviço Nacional de Saúde a fornecedores e credores totalizou 2,9 mil milhões de euros em 2017, o que representa um agravamento de 51,6% face a 2014.

Parlamento
Várias associações de doentes e ativistas antitabaco criticaram hoje a realização de um debate na Assembleia da República...

Numa carta aberta dirigida ao primeiro-ministro e ao presidente do parlamento, argumentam que a organização do debate tem como "intenção clara promover e legitimar os novos produtos de tabaco, nomeadamente aquele conhecido em Portugal como tabaco aquecido".

Pedem-lhes que garanta um parlamento sem "influência do lóbi do tabaco e seus aliados" nas suas tomadas de decisão.

"Os órgãos do Estado não devem estar envolvidos em iniciativas que envolvam a indústria do tabaco, sobretudo quando aquelas iniciativas visam promover ou legitimar os seus produtos", invoca a plataforma, que cita uma disposição da Organização Mundial de Saúde, numa convenção para o controlo do tabaco.

Nessa convenção, estabelece-se “o fundamental e irreconciliável conflito entre os interesses da indústria do tabaco e a política de saúde pública”.

Na notícia sobre o debate, que decorreu esta manhã, o Expresso diz que o objetivo é, decorrido um ano sobre a nova lei do tabaco, "discutir o impacto das alterações na população portuguesa" e temas como "o tabaco aquecido, as leis mais restritas de consumo e os efeitos na saúde pública".

Os convidados incluem as deputadas Maria Antónia Almeida Santos, do PS, Teresa Caeiro, do CDS-PP, o subdiretor do organismo português para as dependências, Manuel Cardoso, e o canadiano David Sweanor, académico que defende publicamente as chamadas alternativas ao tabaco, como os cigarros eletrónicos, a vapor ou tabaco aquecido como forma de redução de riscos.

Para os signatários da carta, usar produtos como o tabaco aquecido "como ferramentas de redução de danos está longe de ser comprovada e fornecer uma mais-valia para a estratégia de controlo do tabagismo".

Além da associação de doentes respiratórios crónicos Respira, assinam a carta a associação de sobreviventes, familiares e amigos AVC, a Confederação Portuguesa de Prevenção do Tabagismo e organizações não governamentais pelo controlo do tabagismo.

 

Biénio de 2019-2020
Fernando Falcão Reis, professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e diretor do Serviço de...

Para além de Fernando Falcão Reis, na condição de presidente, a direção é composta, na comissão central por Rufino Martins Silva, Nuno Miguel Patrício Campos, Sandra Maria Soares Barrão Pinto, Maria Angelina Costa Meireles Silva e João Paulo Castro e Sousa (consultar lista completa em anexo).

O novo presidente é doutorado em medicina, com agregação em oftalmologia, pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Ao longo da sua atividade tem desempenhado vários cargos, para além dos atuais em cima enumerados, realçando-se os de consultor de oftalmologia da carreira médica hospitalar, regente da disciplina de oftalmologia do mestrado integrado de medicina e diretor do Serviço de Oftalmologia da Faculdade de Medicina do Porto.

Segundo Fernando Falcão Reis, “os objetivos a curto prazo da nova direção passam por manter a SPO a funcionar com o mesmo dinamismo e eficiência que caraterizaram a atuação da direção anterior, liderada por Manuel Monteiro Grillo, mas tudo isto com uma equipa nova, e por consequência, com novas ideias.”

“Neste momento já estamos a organizar as próximas reuniões científicas promovidas pela SPO. Podemos já anunciar a reunião do Grupo Português de Glaucoma que vai ter lugar em Braga, nos próximos dias 15 e 16 de março. A longo prazo, a direção tem vários objetivos, entre eles a atualização dos estatutos da sociedade que datam de 1939, objetivo que  assume primordial importância,” acrescenta o novo presidente da SPO.   

E conclui: “A SPO é uma sociedade madura, com crédito científico firmado, aceite e respeitada nos organismos internacionais. Tem sido governada por comissões de colegas de grande prestígio entre  os pares e, ao longo das últimas décadas, é de inteira justiça considerar que foi bem governada. Pretendemos continuar a procurar ser agentes catalisadores das mudanças que os sócios sentem ser necessárias, principalmente dar resposta aos anseios dos mais novos e às preocupações dos mais velhos, de forma a defender e a valorizar a SPO e a profissão.”

Infarmed alerta
A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) alertou hoje que o produto Japan Tengsu é um "medicamento ilegal" por...

“O produto Japan Tengsu, comprimido” é “um medicamento ilegal, por não dispor de autorização de introdução no mercado em Portugal e conter substâncias ativas que apenas podem ser utilizadas em medicamentos”, afirma o Infarmed num comunicado publicado no seu ‘site’.

Segundo a autoridade do medicamento, este produto foi detetado na alfândega, no âmbito do protocolo de colaboração entre o Infarmed e a Autoridade Tributária e Aduaneira, destinado ao combate à falsificação de medicamentos.

“O produto tem, provavelmente, origem em vendas através da Internet, não tendo sido detetado no circuito legal de venda de medicamentos (por exemplo, farmácias)”, sublinha no comunicado.

Depois de ter analisado o produto laboratorialmente, o Infarmed verificou que este produto contém a substância ativa sildenafil, que se destina à melhoria do desempenho sexual.

“Atendendo a que não está garantida a qualidade, segurança e eficácia deste produto, a sua utilização é proibida em Portugal”, sublinha.

O Infarmed avisa as entidades que dispõem deste produto de que não o podem vender, dispensar ou administrar, devendo comunicar de imediato com a autoridade do medicamente.

Também os utentes que disponham deste produto não o devem utilizar, devendo entregar as embalagens em causa na farmácia para posterior destruição, através da Valormed.

Ministério Público
A Ordem dos Médicos apresentou uma participação ao Ministério Público contra as clínicas Ozonecare por suspeita de crimes de...

A queixa da Ordem dos Médicos (OM) surge na sequência de uma reportagem transmitida pela SIC, na segunda-feira, sobre as clínicas Ozonecare, onde se fazem tratamentos com ozono, em que, alegadamente, o enfermeiro proprietário dá aos utentes receitas onde prescreve atos diferentes daqueles que ele próprio faz.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a OM afirma que os factos que envolvem as clínicas merecem a sua “condenação e intervenção”, uma vez que representam “situações que podem colocar em risco a saúde pública e lesar a saúde dos doentes que acorrem” aos seus serviços.

“Tendo em consideração que as situações relatadas podem consubstanciar crimes de burla, falsificação de documentos e usurpação de funções, a Ordem dos Médicos apresentou participações junto das entidades competentes, solicitando abertura de procedimento criminal ao Departamento de Investigação e Ação Penal de Oeiras, e a intervenção da Entidade Reguladora da Saúde e da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde”, adianta o comunicado.

À Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, a OM manifestou, ainda, “total disponibilidade para acompanhar e colaborar em eventual ação inspetiva e auditoria”.

A Ordem dos Médicos solicitou ainda a intervenção da Ordem dos Enfermeiros e do Conselho Disciplinar Regional do Sul da Ordem dos Médicos

As seis clínicas Ozonecare pertencem a Paulo Rocha, enfermeiro com carteira profissional, mas que, segundo os utentes ouvidos pela SIC, se faz passar por médico, apresentando várias justificações para entregar prescrições médicas passadas em nome de outros médicos.

Nas clínicas, localizadas em Miraflores, Almada, Coimbra, Porto, Leiria e Funchal, Leiria, são feitos tratamentos com ozono para várias patologias, desde cancro, varizes, até demências, como o Alzheimer.

Os utentes ouvidos pela SIC dizem que os tratamentos prescritos eram diferentes dos realizados e que foram comparticipados.

Segundo a reportagem, as receitas prescritas aos utentes têm as vinhetas de dois médicos e têm servido para que alguns subsistemas de saúde, nomeadamente a ADSE, e algumas seguradoras, subsidiem tratamentos que não fazem parte das listas oficiais de comparticipação.

Adianta ainda que o subsistema de saúde dos funcionários públicos ADSE tem neste momento cerca de 1.000 pedidos de comparticipação suspensos por suspeita de burla.

A SIC teve acesso a uma carta enviada pela ASDE à Ordem do Médicos em que pergunta quem pode receitar e realizar as técnicas prescritas pelas clínicas.

Em declarações à SIC, o proprietário das clínicas refutou as acusações e garantiu que as consultas são sempre feitas por dois médicos.

“Nós temos um modelo em que rodamos pelas seis clínicas e isto é feito rigorosamente de acordo com a patologia que o paciente tem”, disse Paulo Rocha.

Questionado sobre o facto de se apresentar como médico, Paulo Rocha disse ter um mestrado de Medicina Integrada e que está a fazer ozonoterapia “há bastante tempo”.

Opinião
Damos as boas vindas a 2019 e, como habitualmente, enumeramos as resoluções de Ano Novo, que são sem

Os malefícios do tabaco para a saúde são amplamente conhecidos, e estima-se que em 2016 tenha sido responsável, em Portugal, por 46,4% das mortes por DPOC, 19,5% das mortes por cancro, 12% das mortes por infeção respiratória inferior, com um total de 11.800 mortes devido a doenças relacionadas com o tabaco. 

Quanto mais cedo se parar de fumar, maiores serão os benefícios da cessação. Parar de fumar antes da meia-idade oferece os maiores benefícios, mas vale a pena parar de fumar em qualquer idade.

Apesar disso e dos esforços na prevenção e controlo postos em prática desde a década de 80 do século passado, o tabagismo continua a ser, em Portugal e no mundo, um dos mais importantes fatores evitáveis de doenças crónicas, perda de qualidade de vida e mortalidade prematura. Infelizmente com muitos novos fumadores todos os anos nas escolas.

Segundo estudos recentes, cerca de 80% dos fumadores expressa o desejo de parar de fumar. No entanto, apenas 35% tenta deixar de fumar, sendo menos de 5% os que têm êxito sem ajuda.

Querer deixar de fumar e decidir fazê-lo são os passos mais importantes, mas passar à prática exige esforço e autodisciplina.  Existem hoje consultas especializadas no apoio à cessação tabágica tanto nos hospitais como nos centros de saúde, disponíveis por marcação direta, e fármacos aprovados com eficácia comprovada quando bem utilizados num fumador verdadeiramente motivado para a cessação.

O mais difícil é mesmo querer, e aí são fundamentais as razões pessoais, bem trabalhadas, como alicerces na prevenção de recaídas, seja para dar o exemplo aos filhos ou netos, por melhor saúde, por razões económicas, por medo de dor e sofrimento ou mesmo morte por doenças relacionadas com o tabagismo, ou por outras razões.

Aqui ficam alguns conselhos para quem quer deixar de fumar: 

  • Faça uma lista dos seus motivos para a cessação;
  • Consulte o seu médico, e em conjunto, decida uma data para deixar de fumar;
  • Informe família, amigos e local de trabalho que vai deixar de fumar a partir dessa data;
  • Deite fora todos os objetos que associe ao hábito de fumar e nas semanas anteriores ao dia escolhido prepare-se para a mudança;
  • Aprenda a lidar e a controlar-se quando achar que precisa de fumar;
  • Faça mais exercício físico e tenha uma alimentação saudável;
  • Reduza o café e bebidas alcoólicas;
  • Evite situações de tentação óbvia;
  • Guarde diariamente, num local visível, o dinheiro que teria gasto em tabaco.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Médicos e enfermeiros
A ideia deste trabalho era descobrir quanto ganham os médicos e enfermeiros no privado e comparar com o público. Para concluir...

Depois de o país ter passado o Natal a seguir a novela da falta de anestesistas na Maternidade Alfredo da Costa e descobrir que o público só pode pagar até 39 euros/hora a um anestesista, faria sentido perceber quanto pagam os privados e aferir a diferença. Mas a tarefa surge muito mais complicada do que deveria ser, escreve o Diário de Notícias.

"Não se sabe nada sobre valores pagos a médicos no público, quanto mais no privado. Aliás, nem quantas pessoas trabalham no público se sabe." Henrique de Barros, investigador e professor catedrático de epidemiologia na Universidade do Porto, designado no mês passado pela ministra da Saúde para presidente do Conselho Nacional de Saúde, solta uma gargalhada. "No último relatório feito, da primavera de 2018, assume-se isso: que não se sabe. Está lá escrito."

De facto, este relatório do Observatório Português dos Sistemas de Saúde, que tem, entre outras, a assinatura da atual ministra da Saúde, diz isso, preto no branco. E se as estatísticas no site da Ordem dos Médicos contabilizam 52 652 médicos em 2017, 715 dos quais "no estrangeiro" ou "em morada desconhecida", e as estimativas em geral estabelecem que cerca de metade dos clínicos trabalham para ou no privado, quantos exatamente trabalham para o público é mesmo um mistério.

Até porque, como sublinha o especialista em Economia da Saúde Pedro Pita Barros, da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, não se sabe como classificar os trabalhadores das parcerias público privadas, ou seja, dos hospitais concessionados da rede pública. "Estão incluídos no SNS? É que as contas nacionais da saúde individualizam esses hospitais como privados, mas alguns deles já existiam no SNS e portanto terão lá médicos, enfermeiros, etc., que são funcionários públicos. Mas aparentemente não estão contabilizados como trabalhadores do SNS. É muito confuso."

Direito humano ou bem de consumo?
Quanto aos salários no público, igual. "Nunca conseguimos perceber bem isso. Porque as remunerações deles têm muitas vezes várias componentes - suplementos de noite, etc. Mesmo nos centros de saúde é muito difícil perceber. Acresce a existência de contratos individuais de trabalho, o que à partida significa que pode haver grandes diferenças de salário. E os que trabalham nas PPP mantêm o vínculo ao setor público mas podem ser remunerados como privados enquanto lá estão."

Se assim é no público, no privado, onde, como frisa Henrique de Barros, há "segredo comercial", então, só quem administra - e "as Finanças", lembra o investigador - saberá. Como comenta Pita Barros, "o privado é um buraco negro".

Igualmente especialista em Economia da Saúde na Universidade do Minho, Luís Sá certifica que num relatório de 2017 se refere que os cerca de 50% de médicos que trabalham no privado são remunerados no sistema fee for service, ou seja, por procedimento. Um regime de pagamento com riscos: "Incentiva a sobreprovisão de serviços." Mas, lembra, é um sistema de pagamento que por vezes é também utilizado no público, "quando se quer limpar as listas de espera".

Henrique de Barros torce o nariz: "Esse sistema de pagamento, que é o utilizado nos EUA, implica um gasto brutal para produtividade sem praticamente melhoria na saúde da população." Faz uma pausa. "A mim o que me impressiona na medicina privada é a transformação do direito humano num bem de consumo."

Seja como for, sublinha Pita Barros, se o setor privado paga às estrelas médicas mais do que o setor público, não é claro que pague mais a médicos em início de carreira. "O que pode levar os médicos mais jovens a optar pelo privado é sentir que aí são mais bem tratados. Eu achava o contrário, mas parece que no privado os tratam melhor apesar de terem mais pressão para os resultados. Por exemplo, dizem que numa PPP conseguiam falar com a administração se quisessem e num hospital grande do SNS nem sabiam com quem poderiam falar."

"O público está de novo competitivo"
As entrevistas feitas pelo Diário de Notícias a médicos que funcionam nos hospitais privados permitem concluir que a esmagadora maioria recebe como empresa, sem direito a descontos de segurança social pelo empregador, férias ou subsídios - e no sistema fee for service, ou seja, à peça, por procedimento. Sendo que o valor do procedimento pode depender da natureza do cliente: se é da ADSE, se tem seguro ou se paga em cash, porque uma consulta ou um tratamento ou exame em cada uma dessas modalidades pode ter preços muito diferentes.

Pelo que, mesmo se alguns dos entrevistados revelam quanto recebem, é bastante difícil ter ideia dos valores líquidos. Acresce que, se há contratos individuais de trabalho para médicos no privado, funcionam também segundo uma lógica de contabilização dos procedimentos, ou seja, de "vendas".

Veja-se o caso de Manuela (que prefere, como todos os entrevistados, não ser identificada, nem à unidade de saúde privada onde trabalha), anestesista, 38 anos: "Propuseram-me um valor de 80 mil euros por ano, o que corresponde a cerca de sete mil euros por mês. Mas com a obrigação de atingir esse valor, em procedimentos, ao fim de um ano. Se não o atingisse, seria motivo para rescisão de contrato."

Um tipo de contrato, prossegue, que lhes "veda a possibilidade de podermos negociar o valor dos honorários com as entidades pagadoras ou cobrar diretamente aos pacientes. Essa negociação é apenas realizada entre a administração do hospital e essas entidades, sem ouvir os profissionais, como esteve/está a suceder com a ADSE presentemente. Além de que tal coloca o médico na absoluta dependência dos superiores hierárquicos, porque são eles que distribuem o trabalho e podem atribuir os procedimentos mais bem pagos a um certo profissional, fazendo que outro, por mais que trabalhe, não perfaça a quantia necessária ao fim do ano."

Assim, Manuela preferiu constituir uma empresa e receber por procedimento. Está há quatro anos a trabalhar assim, a fazer "uma média de seis mil brutos por mês". Se é muito mais do que ganharia no público? "Saí em 2013-2014, depois de começarem os grandes cortes nos salários, foi até um estímulo para mudar. Tinha acumulado público e privado durante um longo período, e fui percebendo que a remuneração e a recompensa pelo esforço era melhor no privado. Até porque as condições no hospital da zona de Lisboa onde estava se foram degradando muito. Mas hoje a diferença de valores começa a ser muito mais pequena, e é preciso fazer muito bem as contas porque no privado recebemos menos três salários (mês de férias e os dois subsídios) e os seguros estão a forçar uma baixa dos preços." Suspira. "O público começa a ser de novo competitivo. O que falta é serem menos burocráticos. Como no privado o objetivo é o lucro, agilizam-se os procedimentos. Onde temos de intervir no sistema público é nisso, permitir aos profissionais que se sintam realizados, não necessariamente pagar melhor."

"Têm a ideia de que somos mercenários"
António, ortopedista, 40 anos, corrobora. "Neste momento a hora efetivamente trabalhada no público estará já a ser mais bem paga que no privado. Porque no público há mais espaços mortos. Por exemplo aqui [no hospital privado] muitas vezes não almoço. No público isso não existe. O que posso certificar é que no público trabalhava muito menos do que trabalho agora, em que tenho doentes de 15 em 15 minutos quer queira quer não. Nunca saio antes das 10 ou 11 da noite e trabalho muito frequentemente 14, 16 horas por dia." E essa sobrecarga não leva a que os pacientes seja mais "despachados"? "As pessoas têm a ideia de que somos mercenários, mas não é nada assim. Acredite que as pessoas são mais bem tratadas no privado do que no público. Primeiro porque um profissional bem remunerado é mais eficiente, e depois porque no hospital público os doentes estão 10 horas à espera e ainda agradecem ao médico. Num hospital privado se esperam uma hora passam-se."

Decidiu ir para o privado, conta, quando acabara de se especializar. "Foi uma decisão difícil, porque se fica sem a dinâmica hospitalar do público, que é mais "de serviço", e porque as grandes cirurgias, mais difíceis, os politraumatizados, vão todos para o público."

Mas, explica, na altura pagava-se muito pior a um recém-especialista no público do que agora, e o corte no valor das horas extra, para cerca de 50% menos do que se recebia antes, fez descer muito a remuneração. "Foi em 2010, houve muita gente que estava em exclusividade que teve de largar a exclusividade. Comecei a receber propostas, numa altura em que estava a fazer urgências num hospital público e saía de lá rouco e doente. Ganhava 1300 brutos de base - mais as horas extra do banco."

Por outro lado, havia as condições objetivas de trabalho: "Todas as condições técnicas - desde luvas, ligaduras, gesso, secretárias, tudo isso é de qualidade inferior, e é quando há. As condições do público são piores em geral. Há dias em que não há luvas, não há compressas, não há auxiliar. Em vez de estarmos concentrados no doente estamos a chamá-lo e não há ninguém para o ir buscar porque não pode andar, não há cadeiras de rodas, temos de ir à procura dele..."

"No privado cada um trabalha para si"
Ainda assim, o coração balança. "Tenho imensas saudades de trabalhar no público, imensas saudades da minha equipa. O hospital privado não funciona como um hospital, como um serviço - cada um está a trabalhar para si. No público há um sentido de partilha maior. Gostaria de trabalhar novamente no público no futuro. Se pagarem melhor, até chegarem ao que recebo neste momento - ainda falta um bocado - vejo-me perfeitamente a acabar a carreira no público, até porque o privado é desgastante, é um ritmo avassalador. Vai muito para além do que é razoável, é demasiado."

Os sentimentos - e juízos - contraditórios de António, que tão depressa diz que se ganha melhor no público como no privado, que os pacientes são mais bem atendidos no privado ou que é "avassalador", ainda não podem ser acompanhados por Maria, de 43 anos, que pede para não ser identificada a especialidade.

Acabou de chegar ao privado a tempo inteiro depois de largar o hospital público onde esteve nos últimos 16 anos. "Já trabalhava em part-time no privado, antes. O que me fez sair foi falta de objetivos, motivação, liderança. Problemas graves, como o sistema informático obsoleto, a incapacidade de recursos humanos de resolução dos problemas informáticos, ausência de gabinetes de consulta, ausência de modernização de aparelhos."

É, assevera, "uma coisa transversal a vários hospitais públicos. Há um encolher financeiro nos últimos cinco anos e ainda não melhorou. A palavra que mais ouvimos, seja nas reuniões clínicas seja no contacto com assistentes sociais, com enfermagem, é: "É um problema." As coisas não andam, vive-se num marasmo diário e a principal vítima é o doente. Porque tratar pessoas é caro, sabe?"

Em debate no Parlamento
Parlamento faz esta quarta-feira um balanço sobre a nova lei do tabaco, que entrou em vigor há um ano.

Um ano depois da entrada em vigor da nova lei do tabaco , ainda não se conhecem os resultados das restrições introduzidas.

Continuam a existir cerca de dois milhões de fumadores em Portugal, lembra a vice-presidente da Comissão de Saúde, Maria Antónia Almeida Santos, em declarações à TSF.

A deputada socialista participou na elaboração da nova lei do tabaco e defende que "a prioridade de qualquer política de saúde pública deve ser a cessão tabágica".

No início de 2018, aos locais onde não é permitido fumar juntaram-se parques infantis, infantários, creches e outros estabelecimentos de assistência infantil, lares de infância e juventude, centros de ocupação de tempos livres, colónias e campos de férias ou outros locais destinados a menores de 18 anos.

A nova legislação passou também a equiparar os cigarros eletrónicos e de tabaco aquecido aos cigarros tradicionais, pelo que o seu uso passou a ser proibido em espaços públicos fechados.

Maria Antónia Almeida Santos participa esta quarta-feira num debate no Parlamento a propósito da nova lei do tabaco, também com participação da Diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, e do subdiretor-geral do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências, Manuel Cardoso.

Nos EUA
A polícia norte-americana apresentou um mandado de busca na terça-feira para obter ADN de todos os funcionários do sexo...

A instituição, Hacienda HealthCare, saudou a recolha de amostras de ADN junto dos seus funcionários, em comunicado: "Continuaremos a cooperar com a Polícia de Phoenix e com todas as outras agências de investigação para descobrir os factos nesta situação profundamente perturbadora, mas sem precedentes".

O site de notícias local Azfamily.com informou pela primeira vez que a mulher, que estava em estado vegetativo há 14 anos, em resultado de um afogamento, deu à luz um bebé a 29 de dezembro.

As autoridades de San Carlos Apache anunciaram na noite de terça-feira (madrugada de hoje em Lisboa) que a mulher de 29 anos era membro da tribo, cuja reserva fica no sudeste do Arizona, a cerca de 215 quilómetros a leste de Phoenix.

"Em nome da tribo, estou profundamente chocado e horrorizado com a forma como foi tratado um dos nossos membros", disse o presidente tribal Terry Rambler.

"Quando você tem um ente querido a receber cuidados paliativos, quando eles são mais vulneráveis e dependentes de outros, você confia nos seus cuidadores. Infelizmente, um dos seus cuidadores não era confiável e aproveitou-se dela. A minha esperança é que a justiça seja feita", acrescentou.

O chefe de polícia de San Carlos Apache, Alejandro Benally, disse que a polícia de Phoenix "fará tudo o que puder para encontrar o agressor".

Um porta-voz da Hacienda HealthCare adiantou que os investigadores apresentaram um mandado de busca na terça-feira para obter amostras de ADN de todos os funcionários do sexo masculino.

Em comunicado, um membro do conselho de administração, Gary Orman, disse que a instituição "não aceitará nada menos que uma responsabilização total desta situação absolutamente horripilante".

"Faremos tudo ao nosso alcance para garantir a segurança de cada um dos nossos pacientes e dos nossos funcionários", afirmou Orman.

O diretor executivo da Hacienda, Bill Timmons, pediu a demissão na segunda-feira.

O gabinete do governador do estado do Arizona, Doug Ducey, classificou o caso como "profundamente perturbador".

Administração Regional de Saúde
Os centros de saúde de Lisboa e Vale do Tejo vão ter horários alargados durante a semana e fim de semana face à "maior...

Em comunicado, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) adiantou que vão estar em "horário alargado durante a semana" 29 centros de saúde, "ao sábado 45 e ao domingo 34, tendo em conta a esperada afluência neste período de inverno".

A ARSLVT "reforça que aos primeiros sintomas de gripe, como tosse, dores de cabeça, febre, mal-estar e dores musculares, deverá contactar o Centro de Contacto do Serviço Nacional de Saúde (SNS24), através do número 808 24 24 24".

Com o reforço dos horários, a ARSLVT "dá assim continuidade ao compromisso de melhorar a resposta assistencial aos seus 3,6 milhões de utentes", referindo que "a missão da instituição passa por garantir, à população da região de Lisboa e Vale do Tejo, o acesso à prestação de cuidados de saúde de qualidade, adequando os recursos disponíveis às necessidades em saúde".

EUA
As autoridades de Nova Iorque anunciaram na terça-feira um plano para garantir a assistência médica universal dos seus cidadãos...

"A assistência médica é um direito, não um privilégio reservado àqueles que podem pagar", assegurou o autarca de Nova Iorque, Bill de Blasio, citado num comunicado da câmara.

O plano, cujo custo está estimado em 100 milhões de dólares anuais (cerca de 87 milhões de euros à taxa de câmbio atual), irá permitir que 600.000 nova-iorquinos que não estão cobertos por qualquer seguro, incluindo os indocumentados, "tenham acesso direto à rede de saúde e hospitais de Nova Iorque, a médicos, farmácias, saúde mental e serviços relativos a dependências de substâncias, através de um novo programa denominado NY Care".

No entanto, estes serviços não serão totalmente gratuitos, uma vez que os beneficiários terão de pagar de acordo com uma escala de preços "acessíveis", segundo as autoridades locais.

O lançamento do programa irá começar este verão e será implementado gradualmente, iniciando no bairro do Bronx. Calcula-se que em 2021 o plano de saúde abarque toda a cidade, onde vivem 8,5 milhões de pessoas.

Na cerimónia de apresentação, Bill de Blasio, do Partido Democrata, aproveitou para criticar o Governo federal do Presidente republicano, Donald Trump.

"Enquanto o Governo federal trabalha para eliminar o atendimento médico de milhões de norte-americanos, a cidade de Nova Iorque está a liderar o caminho para garantir que todos os nova-iorquinos tenham acesso ao atendimento integral e de qualidade independentemente do seu estado migratório ou a sua capacidade de pagar", afirmou.

O anúncio do autarca de Nova Iorque segue-se a um semelhante realizado na segunda-feira pelo governador da Califórnia, Gavin Newsom, que divulgou um plano de saúde de baixo preço.

Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central
O diretor clínico do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central defendeu ontem que a divulgação pública do manifesto de...

Em reação sobre a divulgação do manifesto assinado por todos os diretores clínicos e responsáveis de especialidade do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central -que engloba os hospitais de São José, Curry Cabral, Dona Estefânia, Santa Marta, Santo António dos Capuchos e a Maternidade Dr. Alfredo da Costa – o diretor clínico do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC), Luís Nunes, declarou que foi “com surpresa” que tomou conhecimento da divulgação pública de um documento interno, aprovado em reunião da Comissão Médica.

“Desconheço se é o documento aprovado nesta reunião ou uma versão diferente, o que não é irrelevante. Em qualquer circunstância, enquanto diretor clínico, considero que a divulgação pública deste documento interno da Direção Clínica nos termos em que foi feita é completamente inadequada e ilegítima e não serve os interesses do CHULC. Será a última vez que enquanto diretor clínico me pronunciarei sobre este assunto”, afirmou Luís Nunes.

O diretor clínico do CHULC disse também que lembrou no início da reunião da Comissão Médica que este é “um órgão técnico que reúne institucionalmente” e que os assuntos tratados e documentos aprovados deviam ser-lhe remetidos “para os encaminhar para as instâncias adequadas”.

No documento, a que a agência Lusa teve acesso, os signatários afirmam que têm alertado ao longo destes últimos anos, através de cartas e ofícios dirigidos às estruturas hierárquicas, para os constrangimentos vários que impedem a realização da sua principal função: “Assistência de qualidade aos doentes” que os procuram.

“A ausência sistemática de respostas cabais aos nossos pedidos faz-nos sentir ser chegado o momento de trazer à consideração superior e ao conhecimento público” a situação de “elevada degradação das condições de trabalho” no CHULC.

Além da deterioração das condições de trabalho, “com riscos para quem mais interessa, os doentes, esta situação comprometerá no curto prazo a capacidade assistencial, levando ao encerramento de serviços, a começar pelos das diversas urgências que o centro hospitalar disponibiliza, por falta de condições mínimas, ou ausência mesmo de quaisquer condições de elementar segurança para o seu normal funcionamento”, alertam os responsáveis.

Segundo os diretores clínicos, a degradação das condições de trabalho tem vindo a instaurar-se ao longo dos últimos anos, assumindo diversos matizes, tais como a progressiva perda de autonomia na gestão, a incapacidade de influenciar o desenvolvimento tecnológico dos serviços ou, mais recentemente, a capacidade de reter talentos profissionais emergentes.

“Este facto afeta o presente, e compromete gravemente o futuro”, alertam no manifesto.

Os signatários acrescentam que esta degradação “envolve a dotação de pessoal médico, de pessoal técnico e de enfermagem, a disponibilidade de material de consumo, a introdução de equipamento especializado, o investimento na inovação, e a mera logística para o normal exercício profissional”.

“O trabalho diário passou a gestão permanente de crises”, afirmam, considerando “estar agora seriamente comprometida a sua dupla capacidade de prestação assistencial e de treino médico”.

A Rádio Renascença avança que os signatários vão enviar o manifesto ao Presidente da República e ao Governo e que estes dão um mês para que a situação mude ou reservam-se o direito de avançarem para outras medidas que não especificaram.

Serviço Nacional de Saúde
O Centro Hospitalar do Baixo Vouga anunciou ontem o reforço das equipas de enfermagens e assistentes operacionais a colocar nos...

A informação surge após o Ministério da Saúde ter anunciado no passado sábado a contratação de 450 enfermeiros e 400 assistentes operacionais para os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Numa nota, o Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV) refere que, no âmbito da autorização de contratações anunciada pelo Ministério da Saúde, “já começou a chamar os profissionais das Listas de Reserva de Recrutamento de Enfermagem e Assistentes Operacionais”.

“Estas contratações são por tempo indeterminado, o que, na prática, resulta no reforço do quadro de profissionais do CHBV”, adianta a mesma nota.

O CHBV esclarece ainda que os novos enfermeiros e assistentes operacionais estão a ser integrados nos diferentes serviços, sendo que, acontecendo esta contratação numa época de elevada atividade gripal, a Urgência será um dos serviços reforçados.

No passado mês de dezembro, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) alertou para a falta de enfermeiros no CHBV, adiantando que a situação poderia agravar-se com a cessação de vários contratos a termo incerto.

“Apesar da carência de horas de cuidados de enfermagem existentes no CHBV, os enfermeiros que se encontram a exercer funções em regime de contrato a termo incerto estão a ser notificados no sentido de cessarem as suas funções”, referiu na altura o SEP.

Como exemplo, o sindicato disse que apesar do volume de horas prestadas além das 35 horas semanais, “do exagerado número de horas acumuladas em débito aos enfermeiros e das folgas e feriados por gozar”, a administração estava a preparar-se para “reduzir ainda mais a equipa, através de despedimento de uma enfermeira” na Urgência do Hospital de Aveiro.

O SEP considerou "totalmente intolerável" este “despedimento" e outros que, pela mesma razão, venham a ocorrer no CHBV, adiantando que esta situação “colocará ainda mais em causa a qualidade, segurança e tempo útil dos cuidados de enfermagem prestados aos utentes, degradando, ainda mais, o acesso destes a cuidados de saúde”.

Estudo
Os valores mais elevados de risco de incidência de cancro colorretal tendem a localizar-se no litoral Norte e Centro e os da...

O estudo “Padrões geográficos da incidência e mortalidade por cancro colorretal nos concelhos de Portugal Continental em 2007-2011” foi realizado no âmbito do doutoramento de Rita Roquette, especialista em sistemas de informação geográfica do Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional Dr. Ricardo Jorge (INSA).

A investigação, que será apresentada hoje no Seminário Ricardo Jorge: Cancro do cólon em Portugal, em Lisboa, teve como objetivo “descrever e comparar os padrões geográficos da distribuição da incidência (utilizando dados fornecidos pelos Registos Oncológicos Regionais) e da mortalidade (utilizando dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística) por cancro colorretal em Portugal continental (2007 e 2011)”, afirmou Rita Roquette, em declarações por escrito à agência Lusa.

A investigação concluiu que “a distribuição geográfica tanto da incidência como da mortalidade por cancro colorretal é heterogénea nos concelhos de Portugal continental no período de análise. Essa heterogeneidade é maior na incidência do que na mortalidade”, disse a investigadora.

Rita Roquette adiantou que “os valores mais elevados de risco de incidência de cancro colorretal tendem a localizar-se no litoral Norte e Centro. Em relação à mortalidade, os valores mais elevados observam-se em LVT [Lisboa e Vale do Tejo] e Alentejo”.

Foi identificado no estudo, “para o sexo masculino, um maior risco simultâneo de incidência e de mortalidade elevadas por cancro colorretal em alguns dos concelhos na Região de Leiria, o que não se verificou para as mulheres nesta região, nem noutras regiões do Continente”.

Questionada sobre a explicação para esta situação, a investigadora disse que pode haver “diversas explicações”, provavelmente relacionadas com fatores de risco para o desenvolvimento deste tipo de cancro, com o estadio do cancro à data do seu diagnóstico, eventual subnotificação de novos casos, ou eventuais diferenças na codificação das causas de morte entre os concelhos.

“No entanto, a análise destes fatores não fez parte dos objetivos do estudo, pelo que não é possível fornecer uma hipótese de explicação mais concreta”, ressalvou.

O estudo recomenda que futuramente sejam realizadas mais investigações para pesquisar possíveis fatores de risco que possam explicar os padrões geográficos agora identificados.

Indica também que a realização de mais análises dos padrões geográficos do cancro colorretal, nomeadamente noutros períodos de tempo, podem ajudar a compreender as causas deste tipo de cancro e, assim, contribuir para a prevenção do seu aparecimento.

“A medida mais eficaz identificada na literatura internacional para prevenir o cancro colorretal é a adoção de comportamentos saudáveis, tais como fazer uma alimentação saudável, não fumar, e realizar rastreios ao cancro colorretal”, salientou Rita Roquette.

Com base nos resultados do estudo, foi desenvolvido um artigo que se encontra em fase de revisão para publicação.

Segundo os dados mais recentes sobre a incidência de cancro divulgados pela Agência Internacional de Investigação do Cancro (IARC), o cancro do cólon passou a ser, em 2018, a primeira causa de novos casos de cancro em Portugal.

No seminário será também apresentado um livro sobre subtipos moleculares de cancro do cólon e possíveis abordagens terapêuticas, coordenado por Peter Jordan, investigador do Departamento de Genética Humana.

11 de fevereiro - Dia Mundial do Doente
O papa Francisco pediu hoje às instituições católicas de saúde que não coloquem os interesses económicos à frente do cuidado...

"As instituições de saúde católicas não devem cair na armadilha de colocar os interesses comerciais em primeiro lugar, mas sim proteger os cuidados da pessoa", disse o papa, na mensagem publicada hoje.

Francisco também pediu às instituições católicas para abraçar "a dimensão da gratuidade" por entender ser "a lógica do evangelho que qualifica seu trabalho, nos países mais avançados e nos mais pobres".

Na sua mensagem, o pontífice argentino disse que o cuidado dos doentes "exige profissionalismo e simpatia, expressões de gratidão, imediata e simples como o toque, através do qual se faz a outra pessoa sentir-se amado".

A este respeito, recordou "com alegria e admiração a figura da Madre Teresa de Calcutá, um modelo de caridade que tornou visível o amor de Deus pelos pobres e os doentes."

"A Madre Teresa ajudou-nos a compreender que o único critério de ação deve ser o amor gratuito, independentemente da língua, cultura, etnia ou religião", disse.

O exemplo de Madre Teresa de Calcutá, acrescentou, "continua a guiar-nos para abrir horizontes de alegria e de esperança para a humanidade na necessidade de compreensão e ternura, especialmente com aqueles que sofrem".

O papa fez ainda um agradecimento aos voluntários, considerando-os “muito importantes no setor de saúde e do serviço social” e manifestou-se contra "as conquistas da medicina e da biotecnologia, que podem levar o homem a ceder à tentação de manipulação da árvore da vida".

Estudo
Uma equipa de investigadores irlandeses desenvolveu um novo tratamento para aquela que é considerada uma das principais causas...

O tratamento aplicado por inalação promete reduzir a bactéria que causa a tuberculose nos pulmões ao mesmo tempo que ajuda o sistema imunitário do doente a combater a doença.

De acordo com os investigadores do Royal College of Surgeons in Ireland (RCSI), a única vacina disponível para a tuberculose, desenvolvida em 1921, não dá a garantia de ser capaz de prevenir a forma mais comum da doença e não é adequada a todos os grupos de doentes.

“A vacina funciona melhor contra formas específicas de tuberculose e é, normalmente, indicada para crianças em risco”, referem.

A tuberculose é uma das principais causas de morte no mundo. Os dados da Organização Mundial de saúde (OMS) mostram que 10 milhões de pessoas foram atingidas pela doença, originado cerca de 1,6 milhões de mortes em 2017.

A organização revela ainda que cerca de 558 mil novos casos se mostraram resistentes ao antibiótico de primeira linha. E destes, 82% foram apresentaram resistência a múltiplos antibióticos.

Financiada pelo Health Research Board (HBH) e pelo Royal City of Dublin Hospital Trust, os resultados desta investigação foram publicados no European Journal of Pharmaceutics & Biopharmaceutics.

O trabalho, liderado por Gemma O’Connor e Sally-Ann Cryan do Royal College of Surgeons in Ireland, foi realizado em colaboração com equipas de pesquisa do St James Hospital, Trinity College Dublin e o Imperial College London.

A tuberculose multirresistente é vista como uma ameaça à segurança da saúde pública. A transmissão da tuberculose ocorre de pessoa para a pessoa pelas vias respiratórias. Quando uma pessoa com tuberculose ativa espirra ou tosse, ela espalha as bactérias da tuberculose nas gotículas de ar. Essas gotículas contaminadas ao serem inaladas podem infetar a outra pessoa.

Esta pesquisa faz uso de um derivado da vitamina A – atRA - que em estudos anteriores mostrou ser eficaz no tratamento da doença.

"Muitos casos de tuberculose estão a tornar-se resistentes aos antibióticos existentes. Este novo tratamento pode ser utilizado juntamente com antibióticos para tratar a tuberculose resistente e também, eventualmente, para ajudar a reduzir a taxa de resistência resultante de tratamentos com antibióticos convencionais," afirma Sally-Ann Cryan.

Aplicado por inalação o atRA demonstrou ser eficaz no combate à bactéria em vários testes clínicos.

 

5 vezes mais frequente no sexo masculino
Trata-se de uma doença genética rara, herdada por via materna, e que se caracteriza por uma diminuiç

O que é a Neuropatia Hereditária de Leber e quantas pessoas sofrem da doença no nosso país?

A neuropatia óptica hereditária de Leber (Leber Hereditary Optic neuropathy, LHON) é uma doença mitocondrial, hereditária, altamente incapacitante uma vez que provoca, na maioria dos casos, uma perda permanente da visão, em indivíduos jovens adultos previamente saudáveis.

A LHON é a doença mitocondrial mais comum, cuja prevalência é cerca de 1.3 a 1.5 por 100 000 habitantes. Em Portugal, embora não existam estudos epidemiológicos, a estimativa de doentes afetados varia entre 130 e 150, com base nos estudos europeus.

Tratando-se de uma doença indolor e cujos sintomas podem surgir de forma abrupta, como podemos promover o seu diagnóstico precoce? A que sinais devemos estar atentos?

O diagnóstico de LHON não é fácil e requer um elevado nível de suspeição clínica, uma vez que se trata duma doença rara. A divulgação da doença, especificamente das suas manifestações clínicas, pode contribuir para o seu diagnóstico precoce. O quadro clínico típico de LHON caracteriza-se por uma discromatópsia (incapacidade para percepcionar as cores) associada a uma perda súbita, grave e indolor da visão num jovem-adulto (18-35 anos) do sexo masculino. Estas manifestações podem ocorrer simultaneamente nos dois olhos, ou sequencialmente (mais comum) – primeiro afeta um olho e 2-4 meses depois surge no segundo olho.

Quais os grupos de risco?

A doença é cerca de 5 vezes mais frequente no sexo masculino e a idade de aparecimento mais comum situa-se entre os 18 e os 35 anos. No entanto, a LHON pode afetar mulheres e surgir em qualquer faixa etária. A LHON é uma doença com hereditariedade materna, pelo que se existir história familiar de LHON, a probabilidade de se ter a doença é maior.

Apesar de ser uma doença hereditária, que outros fatores podem potenciar o seu desenvolvimento?

As características individuais da LHON são afetadas pela mutação genética específica, existindo mutações mais patogénicas do que outras, mas também por fatores anatómicos, ambientais e hormonais, bem como pelos hábitos tabágicos, alcoólicos e medicamentosos.

Como é feito o diagnóstico da Doença de LHON?

O diagnóstico de LHON é fundamentalmente clínico, podendo ser confirmado geneticamente. Existem três mutações primárias da doença e múltiplas mutações secundárias associadas à doença. Quando se faz um estudo genético mitocondrial pesquisando as três mutações principais e esse estudo é negativo tal não significa que não estejamos perante a doença, mas sim perante uma mutação secundária ou até uma nova mutação, pelo que é necessário fazer a sequenciação de todo o DNA mitocondrial e relacionar os achados com a clínica.

A partir de que idade se pode desenvolver a patologia e qual o seu prognóstico?

Como já foi referido, o início da doença é mais frequente entre os 18 e os 35 anos mas pode surgir em qualquer idade, estando descrita desde os 2 aos 87 anos. O prognóstico visual da LHON é reservado, sendo que apenas uma minoria dos doentes apresenta uma recuperação espontânea 6 a 12 meses após o início da doença. Na maioria dos casos (97%) a doença progride para uma perda acentuada e bilateral da visão central, estabilizando ao final de um ano numa acuidade visual geralmente inferior a 1/10. Ou seja, a maioria dos doentes fica legalmente cego, necessitando da ajuda de terceiros no seu dia-a-dia, com um impacto negativo enorme na sua qualidade de vida e da sua família.

Que outras patologias podem estar associadas a esta doença?

A LHON resulta de uma alteração do metabolismo mitocondrial e embora as mitocôndrias estejam presentes em todas as células do nosso organismo, a doença geralmente só apresenta manifestações oftalmológicas, pese embora alterações cardíacas e neurológicas possam também estar associadas à doença.

Não existindo cura para a doença de LHON, em que consiste o seu tratamento? Quais os tratamentos disponíveis?

A LHON não tem cura, mas existe, desde junho de 2015 um fármaco, a idebenona, aprovado pela Agência Europeia do Medicamento para o seu tratamento.

A idebenona é um análogo sintético da coenzima Q10 e as suas propriedades antioxidantes protegem as mitocôndrias. Os doentes com LHON têm indicação para iniciar o tratamento com idebenona em altas doses (900mg/dia) o mais precocemente possível para reduzir a perda visual ou até, eventualmente, recuperar alguma visão. Existem também múltiplos estudos de terapia genética a decorrer sobre esta matéria.

Em matéria de prevenção, que medidas podem ou devem ser tomadas?

Todos os doentes com LHON e portadores de mutações de LHON devem ser aconselhados a fazer evicção tabágica e alcoólica, bem como lhes deve ser cedida uma lista de fármacos potencialmente perigosos, que poderão despoletar o início da doença. Os portadores assintomáticos devem ser informados sobre as manifestações clínicas da doença, para procurarem ajuda precoce caso seja necessário.

A sociedade civil deve também estar informada sobre a doença e as suas repercussões funcionais, de forma a podermos garantir uma melhor integração social dos doentes e das suas famílias.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

Páginas