Entre no novo ano com energia
Com o ano a chegar ao fim, começamos a pensar nas resoluções de ano novo, que passam sempre por come

Os cinco alimentos nutritivos para um bom pequeno-almoço:

A aveia, o iogurte, as frutas… são alguns dos alimentos que não podem faltar nas escolhas do pequeno-almoço porque, além de serem ricos em fibra, ácidos gordos essenciais e açúcares completos, são também uma ótima fonte de energia para ajudar a enfrentar o dia-a-dia. A especialista revela quais os 5 alimentos indispensáveis:

Aveia: um cereal rico em açúcares complexos, o que significa que fornece a energia necessária para começar o dia. A aveia aprovisiona também fibra, que ajuda a diminuir o colesterol. Por exemplo, pode adicioná-la ao iogurte, ao leite ou aos batidos de fruta.

Iogurte: rico em probióticos – microrganismos benéficos para a saúde, que ajudam a prevenir algumas doenças e produzem antibióticos naturais que podem combater infeções. Os iogurtes não pasteurizados melhoram a digestão e aumentam as defesas imunitárias do organismo. Ricos em minerais e cálcio, são essenciais no desenvolvimento dos ossos.

Ovos: dão energia e ajudam a manter a concentração. Recomenda-se que os consuma cozidos, escalfados, mas nunca fritos.

Fruta: é uma fonte de energia que é absorvida rapidamente pelo organismo. A banana, por exemplo, é constituída por um elevado teor de potássio, importante para a prática de desporto, uma vez que previne as cãibras musculares e lesões.

Frutos secos: aalimentos que fornecem muita energia, uma vez que contêm ácidos essenciais e fibras. No entanto, o seu consumo deve ser moderado – recomenda-se 6 por dia. Nozes, cajus amêndoas, avelãs ou amendoins, são frutos são algumas das opções que pode incluir no seu menu.

Para manter a energia constante durante o dia, evite passar muitas horas sem comer, é importante fazer muitas refeições, com pouca quantidade de cada vez, assim está a proporcionar ao organismo uma fonte regular de energia.

Complemente o pequeno-almoço com:

  • Chá
  • Duas fatias de pão escuro torrado com azeite, tomate e fiambre
  • Um kiwi
  • Leite com aveia
  • Iogurte
  • Uma banana
  • Seis nozes
Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Número de casos tem vindo a subir
A Organização Mundial de Saúde (OMS) espera que 2019 seja um ano em que políticos de todo o mundo reforcem as verbas dos...

“Nos últimos 15 anos houve um progresso como nunca antes, mas esse progresso parou”, referiu Pedro Alonso, diretor do programa de combate à malária da OMS, em entrevista à Lusa.

As mortes provocadas pela malária em todo o mundo voltaram a diminuir em 2017, para um total estimado de 435 mil vítimas (menos 3,6% que em 2016), mas calcula-se que o número de casos tenha subido de 217 para 219 milhões.

Mais de 90% dos casos e das vítimas mortais estão no continente africano e a maioria são crianças, o mesmo padrão de estudos anuais anteriores.

“Já não estamos a progredir e historicamente sabemos que neste momento há um risco de regredir”, alertou Pedro Alonso.

O apelo do diretor do programa de combate à malária da OMS para que haja reforço de verbas nos orçamentos de Estado é dirigido sobretudo para África.

“Muitos dos grandes contributos na luta contra a malária vieram dos líderes políticos africanos”, mas para que tal se repita, os dirigentes “têm de ter a capacidade de fazer refletir os compromissos políticos no orçamento de Estado nacional”, referiu.

Essa aposta no orçamento interno de cada país existe, “mas talvez seja necessário um novo impulso”.

O mesmo deve acontecer nos países livres de malária - como é o caso dos Estados europeus -, uma vez que a malária “é um dos grandes problemas de saúde global”.

“Sabemos que já houve países que conseguiram livrar-se da malária, mas tiveram reintroduções e, portanto, ninguém está a salvo”, sublinhou à Lusa.

A atual estagnação no combate à doença fragiliza o objetivo de redução da doença em 40% até 2020, notou a OMS.

Além do mais, para lá chegar, os investimentos deviam alcançar, pelo menos, 6,6 mil milhões de dólares anuais - mais do que o dobro da verba disponível hoje, referiu à Lusa Kesete Admasu, diretor executivo da Parceira para Redução da Malária (RBM, sigla inglesa) que junta centenas de organizações a nível mundial.

Aquele responsável disse acreditar que é fácil convencer os líderes políticos a entrar nesta luta, porque “apostar no combate à malária é um investimento inteligente”.

“Por cada dólar investido, o retorno é muito maior” em termos de capacidade de produção de riqueza nos países afetados, referiu.

Por outro lado, também podem ser colhidos dividendos políticos com relativa rapidez.

“Quem quiser ser reeleito, deve fazer um bom controlo da doença” e só deverá precisar “de uma época de transmissão de malária” para que os resultados sejam visíveis.

No fim de contas, “tanto os países endémicos e com os doadores têm de renovar os compromissos”, sintetiza Pedro Alonso, reconhecendo que os doadores não podem apoiar sozinhos, “também precisam de ver que há uma apropriação pelos líderes” dos países afetados, que é refletida “no orçamento nacional”.

Moçambique é o terceiro país do mundo mais afetado com 5% dos casos de malária no mundo e o oitavo onde a doença mais mata (3% do total de vítimas), segundo o relatório anual divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Só a Nigéria (25%) e a República Democrática do Congo (11%) têm mais casos estimados, o que faz de Moçambique o país lusófono mais atingido pela malária - Angola surge em 13.º lugar com 2% do total mundial de casos.

Voltam as negociações
A greve dos enfermeiros em blocos operatórios chega hoje ao fim, uma paralisação que durou mais de um mês, colocou o setor da...

Apelidada de “greve cirúrgica”, foi uma paralisação inédita, não só por ser tão prolongada no tempo, mas também porque um movimento de enfermeiros criou uma recolha de fundos através da Internet para financiar os grevistas.

A greve foi convocada por duas estruturas sindicais, mas depois de o movimento “greve cirúrgica” ter já iniciado a recolha de fundos que conseguiu recolher mais de 360 mil euros.

Iniciada a 22 de novembro, a greve abrangeu cinco centros hospitalares: Centro Hospitalar S. João (Porto), Centro Hospitalar e Universitário do Porto, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Centro Hospitalar Lisboa Norte e Centro Hospitalar de Setúbal.

Em declarações à agência Lusa, Lúcia Leite, presidente de um dos sindicatos que convocou a greve, disse que os sindicatos deixaram de contabilizar diariamente as cirurgias que foram sendo adidas, mas que tomam como referência a média diária dos primeiros dias, que foi de 500 operações canceladas ou adiadas.

Multiplicando pelos dias úteis de greve, a paralisação afetou mais de 10 mil operações programadas, incluindo casos de operações a doentes oncológicos.

O adiamento de cirurgias motivou alertas, avisos e manifestações de preocupação entre vários atores da área da saúde.

Os administradores hospitalares denunciaram que haveria doentes em situações críticas com cirurgias adiadas, considerando o panorama “extremamente grave”.

A Ordem dos Médicos também alertou para doentes prioritários que não estariam a ser operados e insistiu que os hospitais deviam divulgar os casos dos doentes com cirurgias adiadas. A Ordem chegou a fazer esta exigência às administrações das unidades de saúde recorrendo à legislação que obriga a facultar dados e documentos administrativos.

Da parte do Governo, a ministra da Saúde considerou desde logo, mesmo antes do início do protesto, que a greve era “extraordinariamente agressiva”, mas foi recusando negociar com os sindicatos que convocaram a paralisação enquanto esta decorria.

Entretanto, para quinta-feira, já sem greve a decorrer, os dois sindicatos têm uma reunião negocial com o Governo, mas há já novas paralisações.

Entre as reivindicações dos enfermeiros estão a criação de uma categoria de especialista na carreira, a antecipação da idade da reforma e melhoria de condições no Serviço Nacional de Saúde.

Petição
A petição que defende a instalação de uma unidade de cuidados continuados no antigo Hospital Psiquiátrico de Lorvão, no...

De acordo com o relatório final da petição, a que a agência Lusa teve acesso, "tendo em conta o número de assinaturas que reúne, a presente petição deverá ser agendada e apreciada em reunião plenária na Assembleia da República".

O documento entregue a 24 de outubro pelo Movimento + Saúde para o Hospital de Lorvão, com 7.187 assinaturas, defende a criação de uma unidade de cuidados continuados e de reabilitação no antigo Hospital Psiquiátrico instalado no Mosteiro do Lorvão, no distrito de Coimbra.

Sugere ainda a sua integração na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI).

No manifesto, os fundadores do movimento cívico argumentam que "é gritante a falta destas estruturas de apoio aos doentes e às famílias".

Por outro lado, sustentam, as instalações do antigo hospital, desativado há seis anos, estão "devolutas e em degradação", e a freguesia de Lorvão "tem a mão-de-obra e o conhecimento adquirido ao longo de mais de meio século na área dos cuidados de saúde".

Segundo os peticionários, o Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC) "não dispõe de espaços suficientes para transferir doentes para serviços de saúde de retaguarda, existindo uma enorme carência de estruturas de apoio aos doentes e às famílias, na área das doenças raras e dos cuidados continuados".

O relatório final da petição, que teve o deputado socialista Pedro Coimbra como relator, conclui pelo seu envio ao presidente da Assembleia da República e publicação, na íntegra, no Diário da Assembleia da República, além de propor o seu agendamento para apreciação em plenário.

Alimentação saudável
“Ano novo, vida nova” - esta é a máxima que nos acompanha no início de cada ano.

Não é novidade nenhuma que alguns alimentos são um perigo para a nossa saúde. Outros devem ser consumidos de forma moderada. De acordo com alguns especialistas há alimentos que devem ser banidos das nossas refeições.

Sal. Hoje em dia, sendo grande parte dos alimentos processados, o sal está presente, de uma forma indireta, nas nossas mesas. Dados recentes mostram que consumimos quase o dobro do valor diário recomendado de sal, sendo por isso desaconselhado o seu uso.

Adoçantes. Embora pareçam saudáveis, os adoçantes devem ser evitados. Alguns estudos revelam que, uma vez que se tratam de substâncias artificiais, estes podem trazer alguns prejuízos para a saúde, como o caso de alergias, enxaquecas, falta de concentração e mudança do paladar.

Açúcar branco. Com elevado índice glicémico, quando ingerido em excesso pode ser responsável pelo excesso de peso e diabetes.

Farinha branca. Pobre em nutrientes, tem alto valor glicémico, tal como o açúcar.

Gorduras saturadas. Os alimentos que têm uma maior relação com as doenças cardiovasculares são os que possuem gorduras saturadas na sua composição. Entre os vilões dos alimentos processados, ricos neste tipo de gorduras, estão as bolachas e os biscoitos recheados. Aconselha-se, deste modo, a que tenha atenção aos alimentos processados e leia sempre os rótulos.

Refrigerantes. Os refrigerantes são um dos maiores inimigos das dietas, fornecendo grandes quantidades de açúcar. Engana-se se pensa que os designados de light ou diet não fazem mal à saúde! Na realidade estes possuem grandes quantidades de conservantes e fosfatos, que ameaçam a saúde óssea e aumentam a ansiedade. Para além disso, graças aos aditivos químicos que fazem parte da sua composição, eles podem ser responsáveis pela retenção de líquidos e pelo aumento do suco gástrico, o que pode dar origem a gastrites, entre outros.

Alimentos light ou diet. Estes alimentos devem ser banido ou consumidos com muita moderação.  Entenda que diet significa que foi retirado algum nutriente – pode ser açúcar, sódio ou outro, e estão, habitualmente, indicados ou direcionados a um público específico, como é o caso dos diabéticos. Light é aquele que tem um valor energético baixo ou que foi reduzido, pelo menos, em 25%. De acordo com alguns especialistas este alimentos não ajudam a emagrecer, como muitos acreditam.

Carne Vermelha. Devemos ter atenção à quantidade que ingerimos. O seu consumo em excesso é responsável pelo aumento do risco de doenças cardiovasculares, hipertensão e cancro. O ideal é consumir entre 100 a 200 gramas por dia. E sempre que possível, substituí-la por carnes brancas.

Carnes processadas. A salsicha, por exemplo composta por corantes e realçadores de sabor deve ser eliminada da sua dieta.

Sumos de pacote. Na realidade estes sumos possuem uma quantidade muito reduzida de fruta, sendo uma mistura de água, açúcar, realçadores de sabor e corantes.

Gelatina. A gelatina é um produto industrializado, artificial e que contém grandes quantidades de corantes e açúcar. E, ao contrário do que muitos pensam, não tem fruta como ingrediente. Nutricionistas aconselham a que faça a sua própria gelatina, usando para o efeito gelatina vegetal – também conhecida por ágar-agar - e a sua fruta preferida. 

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Última promoção foi há mais de 10 anos
A presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Lisboa Central respondeu na passada sexta-feira à ação em...

Em declarações aos jornalistas, à margem de uma reunião na Maternidade Alfredo da Costa, com a líder do CDS-PP, Ana Escoval afirmou que o Centro Hospitalar e Universitário de Lisboa Central vai "cumprir a lei" quanto às reivindicações feitas pelos enfermeiros.

Após a publicação da lei sobre a reposição, o Centro Hospitalar deu "de imediato" orientações para serem feitos os processamentos, recordou.

"Naquilo que era menos claro por parte da legislação ou que levantava algumas dúvidas solicitámos orientações superiores. Logo que as orientações superiores nos sejam dadas faremos aquilo que superiormente nos seja indicado para as atualizações, de acordo com a lei", afirmou.

Para Ana Escoval, o objetivo é "sempre, sempre cumprir a lei" e "sempre promovendo aquilo que seja o melhor possível para os profissionais".

"Porque sabemos que eles têm direito a ser por nós também acarinhados", disse.

Mais de 180 enfermeiros do Centro Hospitalar Lisboa Central avançaram com uma ação conjunta em tribunal para exigir o reposicionamento remuneratório e ver reconhecidos todos os anos de trabalho desde a última progressão na carreira, há dez anos.

Segundo a ação, a que a agência Lusa teve acesso, os enfermeiros do Centro Hospitalar Lisboa Central, que integra hospitais como o São José ou a Maternidade Alfredo da Costa, pretendem “ver reconhecido o direito a que sejam tidos em conta todos os anos de exercício de funções desde a última progressão na carreira” e querem ver terminado o processo de reposicionamento remuneratório.

O réu desta ação é o Centro Hospitalar Lisboa Central.

Grande parte destes enfermeiros do Centro Hospitalar mantem-se até hoje na primeira posição remuneratória da categoria de enfermeiro e, por isso, a receber a mínima remuneração possível.

A última vez que estes profissionais tiveram uma promoção na carreira foi há dez ou mais anos, indica a ação.

Os enfermeiros “consideram estarem criadas condições para verem ser contabilizados todos os anos de exercício de funções para efeitos de reposicionamento remuneratório”.

Na ação entregue no Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa, os enfermeiros recordam que existem “vários hospitais do Serviço Nacional de Saúde” que já terminaram o processo de reposicionamento remuneratório e reconheceram aos profissionais a atribuição de 1,5 pontos por cada ano entre 2011 e 2014.

Carência em várias especialidades
A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) lamentou na passada semana que, no mais recente concurso para...

Em comunicado, a SRCOM "lamenta a irresponsabilidade reiterada do Ministério da Saúde no mais recente concurso para assistente hospitalar, uma vez que não atribuiu qualquer vaga para a Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda nas especialidades de Anestesiologia, Anatomia Patológica, Gastrenterologia, Medicina Interna, Neurologia, Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Patologia Clínica, Pneumologia, Psiquiatria e Radiologia".

A SRCOM adianta que, no mais recente procedimento concursal para médicos recém-especialistas, "das 57 vagas para a região Centro apenas seis são atribuídas à ULS da Guarda: "Cardiologia (uma vaga), Cirurgia Geral (uma), Ginecologia/Obstetrícia (uma), Ortopedia (uma), Pediatria (uma) e Saúde Pública (uma).

"É incompreensível o atual mapa de vagas para o Hospital Sousa Martins, gerido pela ULS da Guarda, pois estamos perante áreas hospitalares já bastante penalizadas nesta região do interior", refere o presidente da SRCOM, Carlos Cortes, citado na nota.

Para o responsável, a região e a unidade de saúde da Guarda "enfrentam dificuldades com especial complexidade, pelo que é urgente autorizar a contratação de médicos para estas áreas carenciadas".

"A grave carência de recursos humanos no Hospital de Sousa Martins (Guarda) pode, a curto prazo, colocar em causa a qualidade dos serviços de saúde prestados, bem como a resposta nalgumas valências fundamentais", alerta Carlos Cortes.

O Ministério da Saúde "está a contribuir para a agonia do Serviço Nacional de Saúde no interior do país e a condicionar a assistência aos utentes", acrescenta.

O presidente da SRCOM refere ainda que, "com as carências na ULS da Guarda, designadamente de recursos humanos e meios financeiros, são necessárias medidas urgentes por parte do Ministério da Saúde para travar o colapso desta unidade".

A terminar o comunicado, o responsável questiona: "Afinal, o que quer a Ministra da Saúde para o Hospital da Guarda? Quer continuar a manter em funcionamento esta indispensável instituição ou contribuir para o seu encerramento?".

Portaria publicada hoje
Os tratamentos termais vão voltar a ser comparticipados pelo Estado no próximo ano, tendo como limite máximo 95 euros por...

“O valor da comparticipação pago pelo Estado ascende a 35% do preço do conjunto de tratamentos, tendo como limite 95 euros por utente”, explica o gabinete de imprensa do Ministério da Saúde (MS), em comunicado enviado para a agência Lusa.

Serão abrangidos por este apoio os tratamentos termais prescritos nos cuidados de saúde primários do Serviço Nacional de Saúde, segundo a portaria conjunta dos ministérios da secretária de Estado da Saúde e secretária de Estado do Turismo.

“As comparticipações abrangem várias doenças, entre as quais artrite reumatoide, rinite, asma, diabetes, anemia ou insuficiência venosa”, indica o MS.

Com esta medida é retomado o financiamento dos tratamentos realizados nas termas, que tinha sido suspenso em 2011.

“O regime de comparticipação, que assume a forma de projeto-piloto, será avaliado ao fim de um ano, de forma a medir, de forma cuidada, os benefícios alcançados por estes tratamentos”, refere ainda a nota do gabinete de imprensa do Ministério da Saúde, acrescentando que “posteriormente será definida a política a seguir em matéria de prescrição e comparticipação nesta área”.

O projeto-piloto concretiza as conclusões dos trabalhos da Comissão Interministerial criada em fevereiro de 2018, estando agendado para o primeiro trimestre de 2020 a apresentação dos resultados deste projeto.

Em novembro, o Jornal de Notícias lembrava que a decisão de retomar as comparticipações foi aprovada pelo governo há cerca de um ano, mas faltava publicar o despacho que colocaria a medida em vigor.

O grupo de trabalho criado para propor o modelo de comparticipação entregou o relatório em junho, mas o despacho que deveria seguir-se nunca chegou a ser publicado levando a Associação das Termas de Portugal (ATP) a ameaçar “tomar outras medidas”, caso a questão não se revolvesse até janeiro de 2019.

Nos últimos anos houve um aumento de clientes nas Termas de Portugal, sobretudo entre crianças e jovens: No ano passado, as termas receberam 123 mil pessoas, mais 0,3% do que em 2016, revelou o secretário-geral da Associação das Termas de Portugal, João Pinto Barbosa, em declarações recentes à agência Lusa.

João Pinto Barbosa explicou que não existem indicadores de taxas de ocupação, mas o número total de tratamentos terapêuticos em 2017 rondou os 1.300.000 nos 41 estabelecimentos termais que estão em funcionamento no país (no continente), além das Termas de Ferraria, nos Açores.

No total, nas termas da Associação das Termas de Portugal (ATP) realizaram-se cerca de 420 mil dias de tratamentos e 90 mil dias de práticas de bem-estar termal.

Dos tratamentos, as patologias mais tratadas foram as relacionadas com as doenças reumáticas e músculo-esqueléticas (50%), seguidas das patologias das vias respiratórias, com 30% da procura.

João Pinto Barbosa sublinhou ainda que cresceu o número de crianças e jovens que procuraram nos tratamentos termais a solução terapêutica para diversos tipos de alergias respiratórias, nomeadamente rinite, sinusite e asma, entre outras.

No ano passado, a associação registou uma faturação de 13 milhões de euros em consultas, tratamentos termais e práticas de bem-estar, segundo o responsável.

As termas empregam cerca de duas mil pessoas, estimando o secretário-geral da ATP que o emprego indireto e induzido seja bastante superior.

Associação Portuguesa de Hospitalização Privada
A Associação Portuguesa de Hospitalização Privada disse hoje que alguns prestadores admitem deixar de ter convenção com a ADSE,...

O presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP), Óscar Gaspar, afirmou que na assembleia-geral extraordinária realizada na quinta-feira os associados consideraram uma “afronta” os 38 milhões de euros exigidos pela ADSE a hospitais e clínicas privados por aquilo que esta considera excessos de faturação em 2015 e 2016.

O responsável pela associação que representa o setor acrescentou mesmo que alguns hospitais privados estão dispostos a avançar para a anulação das convenções com a ADSE (subsistema de saúde da função pública), caso não haja um entendimento.

“Admito que haja associados que entendem que conseguem conviver com esta regra, mas o que nos foi dito é que a generalidade dos associados não consegue conviver e a decisão radical seria deixar de ter o regime convencionado”, explicou.

Para já, tentarão a via do diálogo e já hoje enviaram cartas ao Governo e pedir reuniões: "Seguiram cartas para o Sr. secretário de Estado Adjunto da Saúde e para o Sr. secretário de Estado do Orçamento, que são as tutelas diretas da ADSE, no sentido de explicitar as duas questões. Entendemos que deve haver a anulação da regra na tabela da ADSE e a anulação imediata dos processos de regularização”.

O diferendo entre os hospitais privados e a ADSE prende-se com o processo das chamadas regularizações de 2015 e 2016, em que a ADSE pede que hospitais e clínicas privados lhe devolvam 38 milhões de euros referentes a excessos de faturação efetuados entre 2015 e 2016.

Em causa está a regra pela qual a ADSE compara os preços praticados pelos diferentes prestadores, sobretudo relativos a medicamentos, dispositivos médicos e cirurgias, e pede devolução de dinheiro quando considera que existem desvios significativos.

Já a APHP contesta o modo de contabilizar as regularizações e mesmo a própria regra, considerando que põe em causa a previsibilidade do negócio e alega com um parecer do constitucionalista Vital Moreira.

Em 2018 a ADSE estima uma despesa total de 562 milhões de euros.

A APHP tem 60 associados e na reunião magna desta quinta-feira participaram cerca de 80%, indicou o presidente.

Ministério da Saúde
Trinta novas unidades de saúde familiar abriram este ano em Portugal, mas há ainda pelo menos meio milhão de portugueses sem...

Em comunicado, o Ministério dá conta da abertura hoje de duas novas unidades de saúde familiar (USF), uma em Paranhos e outra em Vendas Novas, que completam as 30 novas unidades que o Governo tinha estabelecido abrir este ano.

Nas contas do Ministério da Saúde, atualmente 94% dos portugueses têm médico de família atribuído, o que representa quase 9,5 milhões de cidadãos com médico.

Segundo o coordenador nacional para a reforma dos cuidados de saúde primários, Henrique Botelho, há já três regiões no país que estão acima dos 94% de população coberta por médico de família, no Alentejo, no Centro e no Norte, sendo que esta última região atinge os 99% de cobertura.

Em declarações à agência Lusa, Henrique Botelho explica que a zona de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser “o principal problema”, tendo a cobertura mais reduzida.

Henrique Botelho indica que o número de portugueses sem médico de família está acima dos 500 mil, mas considera que os dados de 2018 ainda não podem ser totalmente fechados.

O responsável lembra que está a decorrer o concurso de colocação de médicos da segunda fase do ano, sendo que a colocação efetiva de novos médicos de medicina geral e familiar só acontece nos primeiros dias de janeiro.

As duas novas USF hoje abertas, a unidade Lindo Vale, em Paranhos (Porto), e a de Vendas Novas, no Alentejo, abrangem potencialmente mais de 17 mil utentes.

Além destas novas unidades, o Ministério da Saúde afirma no comunicado que 20 USF já criadas transitaram do modelo A para o modelo B, que é um modelo mais exigente, com maior autonomia e com mais incentivos financeiros.

Henrique Botelho assume que a passagem de 20 USF a modelo B é um valor que está “aquém das expectativas e aquém do necessário”.

“O modelo de organização em USF manifesta-se na sua máxima expressão através da USF modelo B”, afirma à Lusa o responsável, que coordenou um que conclui que Estado pouparia mais de 100 milhões de euros num ano se os cuidados de saúde primários se organizassem por inteiro em USF de modelo B.

De acordo com esse estudo, divulgado no início deste ano, os centros de saúde tradicionais têm “um custo por inscrito e um custo por utilizador significativamente superior ao das USF modelo B”. Nas USF modelo B o custo anual por utente inscrito é de 257 euros, enquanto nas UCSP é de 289 euros. Essa diferença torna-se ainda mais significativa quando são analisados os custos por utilizador, com um acréscimo de 80 euros anuais por utilizador nos CS em relação ao modelo das USF B.

Apesar do aumento do custo com os recursos humanos, esta análise mostra que haveria uma “redução significativa dos custos globais”, gerando uma poupança de 103.611.995 euros em 2015. O acréscimo de custos com recursos humanos seria na ordem dos 38 milhões de euros, mas depois haveria poupanças na despesa de medicamentos faturado por utilizador (menos 64 milhões), na despesa com meios complementares de diagnósticos (menos 15 milhões), no custo das urgências (menos 37 milhões) e nos custos com internamentos evitáveis (menos 26 milhões).

Criadas em 2005, as USF foram fundadas como uma forma alternativa ao habitual centro de saúde, prestando também cuidados primários de saúde, mas com autonomia de funcionamento e sujeitas a regras de financiamento próprias, baseados também em incentivos financeiros a profissionais e à própria organização.

O modelo B de USF é uma forma mais evoluída de organização e está definido como aquele em que equipas com maior amadurecimento organizacional e maiores exigências de contratualização garantem maior disponibilidade para atingir níveis avançados de acesso para os utentes, elevado desempenho clínico e eficiência económica.

Autarca
Uma empresa de capitais canadianos e israelitas prevê investir 16 milhões de euros em Campo Maior, no Alto Alentejo, numa...

“O projeto nasceu há nove meses e a empresa fez testes agrícolas nos terrenos e foram superados", disse Ricardo Pinheiro, indicando que "já foram realizadas várias reuniões com o Governo e que se aguarda o licenciamento" da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed).

Segundo o autarca, o projeto da empresa Sababa Portugal vai arrancar numa área de quatro hectares e prevê, nos próximos cinco anos, um investimento de 16 milhões de euros, devendo criar, numa primeira fase, 50 postos de trabalho.

Ricardo Pinheiro adiantou que o projeto será depois completado com a instalação de um centro de extração de óleo de canábis naquela vila do distrito de Portalegre, não estando ainda definido o montante que deverá implicar.

“Estamos a falar de uma transformação agroindustrial, embora o fabrico do medicamento possa não ficar em Campo Maior”, frisou.

Ricardo Pinheiro sublinhou que a empresa tem desenvolvido uma “intensa investigação”, ao longo dos últimos anos, e que conta com uma “grande experiência” no estudo e aplicação de canábis medicinal.

Com o avanço deste projeto em terras alentejanas, autarca considerou que o solo da região poderá ser no futuro “rentabilizado de uma forma totalmente diferente” do habitual, tornando-se numa "janela de oportunidade".

A utilização de medicamentos, preparações e substâncias à base de canábis foi aprovada pelo parlamento em 15 de junho, na sequência da apresentação de projetos de lei do Bloco de Esquerda e do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN).

A lei foi depois promulgada pelo Presidente da República em 10 de julho.

O quadro legal para utilização de canábis na preparação de medicamentos foi aprovado no dia 13 deste mês em Conselho de Ministros.

O documento explica que a regulamentação teve por base os programas já existentes em países como Dinamarca, Holanda e Itália.

De acordo com o comunicado do Conselho de Ministros, o Governo aprovou um decreto-lei que “estabelece o quadro legal para a utilização de medicamentos, preparações e substâncias à base da planta da canábis para fins medicinais, nomeadamente a sua prescrição e a sua dispensa em farmácia”.

A regulamentação, acrescenta, foi baseada numa “análise pormenorizada dos Programas de Canábis Medicinal já existentes em outros Estados-membros da União Europeia, nomeadamente na Dinamarca, Holanda e Itália, bem como a avaliação da sua exequibilidade na realidade nacional”.

Mude a sua rotina
Qualquer momento é bom para alterar, repensar e melhorar o nosso estilo de vida, de forma a procurar

Depois dos excessos da quadra festiva, surge a necessidade de voltar a encontrar, ou descobrir, uma rotina mais saudável e equilibrada. É neste momento que se torna essencial pensar em adotar um estilo de vida mais saudável, em vez de procurar uma solução aparentemente rápida e milagrosa para perder os kilos aumentados depois das festas.

Estabeleça objetivos exequíveis, realistas e equilibrados
Não se proponha a alcançar os objetivos de outras pessoas. Trace os seus objetivos e adapte as suas metas às suas necessidades, à sua realidade, aos seus horários e ao seu ritmo. Foque-se no “como” e nas mudanças graduais que deverá adotar de forma a alcançar as suas metas.

Defina metas a curto, médio e longo prazo
Pequenas vitórias ajudam a manter a motivação mais elevada. Além disso, os hábitos não se mudam de um dia para o outro, a mudança deve ser gradual e consistente.

Procure diariamente fazer algo de bom por si, para a sua saúde física e mental
Lembre-se que a verdadeira razão desta mudança não deve ser um simples número na balança, mas sim a sensação de bem-estar e de estar a nutrir o corpo e a mente. Beba mais água, coma sopa de legumes, coma 3 peças de fruta por dia, coma mais peixe do que carne, faça exercício regularmente, relaxe, conviva à volta da mesa, partilhe receitas saudáveis.

Recupere o padrão alimentar da dieta mediterrânica
A Dieta Mediterrânica é caracterizada pela abundancia de alimentos de origem vegetal, como os cereais integrais (pão, massa, arroz), hortaliças, legumes, fruta fresca e frutos secos.  Os hortícolas e as frutas devem ser da época e de produção local.
O azeite é a principal fonte de gordura.
O pescado, aves, lacticínios e ovos devem ser consumidos com moderação

Crie condições que facilitem o seu dia-a-dia
Planifique as refeições para a semana e no supermercado siga uma lista de compras saudáveis

Reduza o consumo de açúcar adicionado, gordura saturada e trans e sal
Guarde os doces e sobrmesas para dias de festa. Substitua o açúcar por fruta da época, tâmaras, coco ralado, canela ou baunilha. Troque os sumos artificiais por sumos de fruta natural espremidos no momento, por infusões e chás caseiros, ou águas aromatizadas com limão, laranja, frutos vermelhos, hortelã ou canela. Faça da água a sua bebida de eleição. Reduza o consumo de alimentos ricos em gordura saturada e trans e reduza a gordura adicionada para temperar e cozinhar. Dê preferencia às gorduras de origem vegetal, nomeadamente ao azeite. Troque o sal por ervas aromáticas, especiarias, alho e cebola. Prefira alimentos frescos e pouco processados.

O nosso paladar tem a capacidade de se habituar a novos sabores e a diferentes intensidades, se a redução do consumo de açúcar e de sal for gradual, nem vai notar, e quando der por si vai se aperceber que alguns alimentos estão demasiadamente doces ou salgados.

Um corpo, um peso e uma mente saudável são consequência de um estilo de vida saudável.

Pense globalmente, no dia alimentar, num estilo de vida ativo e na pratica regular de exercício físico, no descanso e sono adequado e no convívio.

Coma melhor, não conte calorias!

Saiba mais em: https://amesacomcatarinaoliveira.wordpress.com/

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Austrália
Ao longo de 60 anos, James Harrison fez doações de sangue na Austrália quase todas as semanas. Com isto, já ajudou 2,4 milhões...

James Harrison possui um tipo de sangue raro, que produz um anticorpo capaz de prevenir a doença de Rhesus. Esta trata-se de uma patologia que pode causar a morte do bebé durante a gravidez ou após o parto, devido a anticorpos presentes no sangue da mulher que destroem as células de sangue do seu bebé.

Conhecido pela alcunha “Homem do Braço de Ouro”, Harrison doou sangue durante 60 anos, praticamente todas as semanas. Durante esse tempo, escreve o Observador, foram cerca de 2,4 milhões de bebés a quem salvou a vida. Agora, aos 81 anos, acaba de ultrapassar a data limite para doar sangue, tendo sido obrigado a “reformar-se” das doações.

Aos 14 anos, Harrison foi submetido a uma cirurgia, na qual foram feitas transfusões de sangue essenciais à sua sobrevivência. Terão sido estas trocas que deram origem ao anticorpo “salva-vidas” de Harrison. E porque as transfusões lhe salvaram a vida, Harrison quis fazer o mesmo. A partir do momento em que o seu tipo de sangue “mágico” foi descoberto, cientistas australianos passaram a fabricar uma vacina administrada em grávidas ou em recém-nascidos como forma de prevenção da doença de Rhesus.

Cada bolsa de sangue é preciosa, mas o sangue de James é particularmente extraordinário. O seu sangue é usado sob a forma de uma medicação salva-vidas, dada às mães cujo sangue põe em risco os seus fetos. E mais de 17% das mulheres na Austrália estão em risco, por isso James já ajudou a salvar muitas vidas”, disse Jemma Falkenmire, da Cruz Vermelha Australiana, à CNN.

Jemma Falkenmire acrescentou que a Austrália foi um dos primeiros países a descobrir um dador de sangue com este anticorpo, facto que considera revolucionário. Agora, Harrison é visto como um herói nacional, tendo já recebido inúmeros prémios pela sua generosidade, incluindo a Medalha da Ordem da Austrália — uma das mais prestigiadas honras do país. Confessa que este seja talvez o seu único talento e apela a que outros com este tipo raro de sangue se cheguem à frente e o façam com a mesma boa vontade que ele fez.

Espanha
Pais de jovem de 23 anos queriam que a Justiça obrigasse a equipa médica a injetar no filho vitamina C e três preparados...

Uma família espanhola foi proibida por um tribunal de Madrid de usar uma terapia de homeopatia no filho de 23 anos que está em coma induzido desde quarta-feira, depois de uma paragem cardíaca durante uma operação a uma apendicite num hospital da capital de Espanha. Além de acusarem de negligência a anestesista, escreve o Diário de Notícias, os pais do jovem queriam que a Justiça obrigasse a equipa médica a injetar no seu filho vitamina C e três preparados homeopáticos, mas a responsável pelo Juízo de Instrução nº 35 de Madrid decidiu em sentido contrário.

Segundo a magistrada María del Sagrario Herrero, encarregue de julgar o caso, o tratamento pedido pela família do jovem Francisco José C. R "tem um caráter paliativo que de forma alguma poderá melhorar a situação do paciente ou reverterá o coma em que se encontra". A decisão da juíza, a que o El País teve acesso, foi tomada depois de ouvidos os médicos do hospital da Fundação Jiménez Díaz, onde Francisco José foi operado, e o especialista forense do tribunal. Os pais do jovem ainda estão a ponderar recorrer da sentença mas, ainda segundo o El País, já decidiram que querem transferir o filho para um hospital da sua cidade natal, Albacete.

No pedido que apresentou ao tribunal, o pai de Francisco José acusa a anestesista de negligência "ao não colocar corretamente o tubo de respiração no filho" durante uma cirurgia a uma apendicite. O jovem sofreu um edema pulmonar quando o tubo foi retirado e esteve em paragem respiratória durante 15 minutos, ao fim dos quais foi reanimado pela equipa médica e voltou aos cuidados intensivos. Mas depois de exames posteriores, que não registaram reações a estímulos, o jovem foi colocado em coma induzido. Segundo o seu pai, "os médicos disseram que nada podiam fazer pela sua vida e deram-lhe poucas horas de vida". O que levou a família a avançar com o pedido para que fosse administrada uma terapia homeopática "que já teve grandes resultados em França".

Uma terapia à base de aplicação intravenosa de vitamina C e de compostos com Centrum (um suplemento vitamínico), Apis Homaccord (também acessível em Portugal e usado "em edemas, eczema pustuloso, irritabilidade cerebral") e Lymphomyosot (segundo sites de homeopatia, "utilizado em linfatismo - tendência de hipertrofia dos órgãos linfáticos, tendência à formação de edemas e predisposição ao aparecimento de doenças infecciosas").

Mas se a juíza dá razão aos médicos, que se recusaram a avançar com este pedido da família, deixa a porta entreaberta a um possível processo por negligência, se a família considerar que houve "procedimentos imprudentes durante a operação realizada à apendicite".

Instituto de Administração da Saúde
O Instituto de Administração da Saúde confirmou ontem que há três casos de sarampo na Madeira, admitindo que se trata de um surto.

"Foram confirmados laboratorialmente três casos de sarampo na Região Autónoma da Madeira com ligação epidemiológica entre si, confirmando-se a existência de um surto", refere o Instituto de Administração da Saúde (IASAÚDE) em comunicado.

Segundo este organismo, tratam-se de três adultos, dois do sexo feminino e um do sexo masculino, que apresentaram uma evolução benigna da doença e que tiveram alta hospitalar.

"Num dos casos confirmados está em investigação a ligação epidemiológica com os surtos em curso na região de Lisboa e Vale do Tejo", adianta o organismo, salientando que "a Autoridade Regional de Saúde está a investigar e a acompanhar a situação de acordo com o previsto no Programa Nacional da Eliminação do Sarampo".

Censos de Anestesiologia de 2017
Mais de 500 anestesistas estão em falta nos hospitais públicos em Portugal, segundo o último Censos de Anestesiologia,...

A falta de anestesistas nas escalas do dia 24 e 25 de dezembro levou a que a Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, apenas recebesse nesses dias as urgências, passando as restantes utentes para outros hospitais.

De acordo com o Censos de Anestesiologia de 2017, faltavam 541 médicos anestesiologistas nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O mesmo estudo, divulgado na Acta Médica Portuguesa, veio mostrar que, até 2017, cerca de um terço dos anestesistas formados nos últimos anos optou por não trabalhar no SNS.

Em três anos formaram-se 145 especialistas em anestesiologia e 99 é que terão ingressado nos quadros médicos dos hospitais do SNS, o que representa 68%.

Segundo o Censos, que analisou a realidade em 86 hospitais, há cerca de 1.280 anestesistas a trabalhar no SNS, o que dá um rácio de 12,4 profissionais por 100 mil habitantes. Em 2014, o rácio era ainda menor, de 12,0.

Há ainda 262 anestesistas a trabalhar apenas em unidades privadas de saúde, fazendo com que o rácio passe a ser de 15,1 por 100 mil habitantes.

A Federação Mundial de Sociedades de Anestesiologia recomenda que o rácio seja de 17,9 anestesistas por 100 mil habitantes.

Apesar de um crescimento de 2% no número de anestesistas nas unidades públicas, as necessidades dos hospitais têm sido ainda mais crescentes. Foram identificadas mais de 615 mil intervenções cirúrgicas com necessidade de um anestesista, o que representa um acréscimo de 3,4% em relação a 2013.

Apesar de ter havido um ligeiro aumento no rácio dos anestesistas de 2014 para 2017, a região de Lisboa e Vale do Tejo e a do Algarve registaram um decréscimo.

Maternidade Alfredo da Costa
O Ministério da Saúde reafirma que houve uma proposta para colocar um anestesista na Maternidade Alfredo da Costa por 500 euros...

Em comunicado hoje divulgado, o Ministério diz que a Maternidade Alfredo da Costa (MAC), em Lisboa, tentou contratar externamente um anestesista junto de empresas prestadoras de serviços para garantir a escala nos dias 24 e 25 de dezembro.

A Alfredo da Costa esteve dias 24 e 25 de dezembro apenas a receber os casos urgentes, sendo os restantes reencaminhados para outros hospitais.

Num comentário a esta situação, na segunda-feira, a ministra da Saúde, Marta Temido, tinha aludido a uma proposta de prestação de serviços por 500 euros por hora.

Hoje, o Ministério da Saúde reafirma que uma das respostas recebidas das empresas à proposta de contratação externa “referia que os vários especialistas contactados não estavam disponíveis para trabalhar pelos valores propostos e incluía ainda a disponibilidade de um anestesista mediante o pagamento de 500 euros por hora”.

Esta contratação não se concretizou, mas o comunicado do Ministério da Saúde não adianta mais nada sobre o assunto.

Na nota, o Ministério reafirma que “existiu uma proposta” de 500 euros por hora “por parte dos prestadores de serviço”.

Num comunicado hoje divulgado, a Ordem dos Médicos veio exigir a apresentação dos documentos ou contratos onde conste “claramente o referido valor”.

“Tais propostas de contratação por 500 euros à hora não existem – a Ordem exige um desmentido tão público quanto o foram estas falsas notícias e reserva-se no direito de recorrer aos tribunais dado o caráter ofensivo e indigno para os médicos como resultado das declarações proferidas”, refere a nota.

Segundo a Ordem, o Centro Hospitalar Lisboa Central, a que pertence a Alfredo da Costa, terá aberto um concurso para contratação de prestadores de serviços, por um valor de 39 euros à hora, que é aliás o que está tabelado por lei.

eSG3ID
Na senda da constante atualização e modernização dos serviços, o Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira iniciou a...

Este projeto consiste na implementação de 3 soluções tecnológicas que interoperam entre si, designadamente um sistema de Comunicação e Arquivo de Imagens Médicas (PACS), um sistema de Radiologia Digital de Aquisição Direta e um sistema de Rede sem Fios com localização em tempo real. Estas soluções serão integradas com a Plataforma de Dados da Saúde (PDS) e irão permitir melhorar a segurança ao nível do armazenamento, uma maior rapidez e facilidade de acesso ao arquivo de imagens médicas (exames) por parte dos profissionais de saúde, diminuir os tempos de resposta nos cuidados a prestar e melhorar a qualidade do diagnóstico, submetendo os utentes a menores índices de radiação. Por último, mas de grande relevância, este projeto permitirá a criação de um observatório de imagem médica que alavanque a prática clínica, a investigação e o ensino médico.

Tratamento Periodontal: sabe o que é?
Também conhecida por piorreia, a Periodontite é um problema bastante comum entre os portugueses, sen

De acordo com a Organização Mundial de Saúde quatro em cada cinco pessoas sofre de periodontite. Em Portugal é a patologia oral mais prevalente. Neste sentido em que consiste esta doença e quais os principais sintomas associados?

Periodontite, popularmente conhecida como piorreia, é uma doença gengival infeciosa e bacteriana adquirida por pacientes mais suscetíveis à acumulação de placa bacteriana, película de bactérias que se forma ao redor do dente, e que facilita o desenvolvimento do tártaro.

Fumar, apresentar uma baixa imunidade e hábitos alimentares pouco saudáveis são fatores que contribuem significativamente para este processo.

Os primeiros sintomas da doença estão relacionados com a irritabilidade dos tecidos gengivais, acompanhados de sangramento ao passar a fita dentária ou uma escovagem mais severa. Por exemplo, presença de aftas, gosto amargo na boca, gengiva vermelha ou com sangramento, pus e mobilidade dentária.

Quais as faixas etárias mais atingidas?

Estudos revelam que na faixa etária entre os 12 e os 44 anos, quando examinados, e utilizando índice de placa, profundidade de bolsa, índice de inserção periodontal e sangramento, a faixa etária dos 12-19 anos é a mais propícia a desenvolver gengivite e após os 25 anos a perda óssea associada é mais significativa, causando maiores problemas. 

Uma vez que a doença gengival não costuma provocar dor ou desconforto, a que sinais devemos estar atentos?

Devemos estar atentos à presença de irritabilidade dos tecidos gengivais, acompanhada de sangramento e/ou mobilidade.

O que provoca a periodontite? E qual o papel da história familiar no desenvolvimento da doença? Em última análise, apesar dos hábitos de higiene serem seguidos escrupulosamente, há risco de desenvolver a patologia?

É claro que o fator genético, assim como o histórico familiar, é um alerta vermelho e um risco para o desenvolvimento da doença, assim como os maus hábitos de higiene e alimentares. Mas, se estiver sob orientação médica e fizer uma correta higienização, evita a progressão da doença travando o risco de perder os dentes.

Quais as principais complicações da patologia? É possível travar o avanço da doença ou até mesmo reverter a condição?

A principal complicação da patologia dá-se a partir do momento em que a doença periodontal passa de uma gengivite (inflamação da gengiva) para uma periodontite (inflamação do periodonto – fibras que sustentam o dente). Mas quando identificado a tempo, por um profissional de saúde, através de raio-X e sonda exploratória para avaliar o grau de avanço, poder-se-á travar e até mesmo reverter o quadro.

No entanto, reverter os danos pode ser uma tarefa muito difícil e nem todos os casos têm sucesso. Isso depende da gravidade do caso. Mas para o conseguir são necessárias técnicas específicas tais como o enxerto ósseo, PRF (fibrina rica em plaquetas) e até mesmo enxerto gengival. O que não dispensa consultas e controlo periódico. Por isso, a prevenção será sempre o melhor caminho.

No que diz respeito ao tratamento, em que consiste a terapia Periodontal e para que casos está aconselhado o tratamento cirúrgico?

Quando falamos de tratamento e identificamos o problema, iniciamos o uso de medicação após a verificação da anamnese e todo o historial do paciente. No caso de pacientes com problemas cardíacos, os cuidados devem ser redobrados, evitando que durante o tratamento a bactéria entre em contacto com a corrente sanguínea e se possa instalar na válvula cardíaca, causado a endocardite bacteriana.

O tratamento consiste na raspagem da placa bacteriana, tártaro ou qualquer outro fator irritante dos tecidos das gengivas e alisamento ao redor da coroa do dente, a nível gengival, para que as fibras possa estar protegidas e livres de infeção, mantendo as gengivas saudáveis.

Nos casos mais avançados, em que a doença periodontal saiu do nível gengival e caminhou para o nível subgengival, atingindo as fibras do periodonto, somente será possível remover o tártaro fazendo um acesso cirúrgico, que consiste em abrir a gengiva e fazer a raspagem a nível radicular.

Quando chegam a este nível, algumas fibras já foram perdidas, juntamente com o osso adjacente, deixando a raiz exposta o que poderá trazer sensibilidade e até mobilidade.

Em matéria de prevenção, quais os cuidados a ter?

Nada melhor que a prevenção, fator principal, para não desenvolver ou para reverter o problema.

Primeiro passo, devemos consultar o médico dentista regularmente, evitar maus hábitos de higiene e alimentares. Ter disciplina fazendo uma correta higienização, tendo em mãos a escova correta para cada caso. Sendo que deve evitar uma escova dura que poderá, por excesso de força, traumatizar a gengiva levando a uma retração gengival.

Preferir sempre uma escova macia ou elétrica, para quem não tem habilidade nem paciência para fazer uma correta higienização.

E, um aliado muito importante é o uso da fita dentária. A fita dentária também deverá ser usada de forma correta, passando sempre uma parte limpa do fio em cada espaço dentário. Caso use o mesmo pedaço de fio em todos os dentes, corre o risco de, além de não limpar corretamente, contaminar outros dentes por usar um pedaço já sujo.

Evite também o uso de dentífricos muito abrasivos, com promessas de clarear os dentes. Isso poderá desgastar o esmalte do dente. Em alternativa, procure usar um gel dentário por ser menos abrasivo.

Sabendo que ainda existe algum desconhecimento relativamente ao tema, quais as ideias essenciais que devemos reter? Que mitos estão associados a esta matéria?

Embora não exista uma confirmação oficial, a saliva parece ser a responsável pela transmissão da doença, que poderá ser revertida com uma boa higienização. Por isso, para mantermos uma gengiva saudável e livre de doença periodontal devemos apostar na prevenção, prevenção e prevenção!

Alguns mitos associados à doença:

Pastilha elástica sem açúcar auxilia contra a cárie?

Mito. A pastilha elástica sem açúcar não provoca cárie, além de aumentar o fluxo salivar. Mas não ajuda a prevenir a cárie. A prevenção faz-se pelo uso de escova e fita dentária.

Higienização eficiente é feita com grandes quantidades de dentífrico?

Mito. Devemos usar pouca quantidade e colocar no meio das cerdas para não ser facilmente engolido

Higienização noturna é a mais importante?

Verdade. O fluxo salivar que ajuda a limpar os dentes é menor à noite, pelo que o seu efeito protetor desaparece. Portanto, é muito importante lavar bem os dentes antes de dormir.

Uma boa escovagem deve ser demorada?

Verdade. Devemos fazer uma escovagem demorada, passando por todos os grupos de dentes e, em média, lavar os dentes três vezes por dia após o indispensável uso da fita dentária.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Abdel Fattah al-Sisi
O Presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, negou ter gozado com o seu próprio povo, na sequência de uma vaga de críticas nas...

"Como posso eu envergonhar a minha própria família? Os egípcios são a minha família. Como posso eu vê-los (a engordar) e ficar calado?", questionou ontem Al-Sisi em declarações transmitidas pela televisão.

O Egito tem uma das maiores taxas de obesidade do mundo e no dia 15 de dezembro o Presidente abordou a questão numa declaração na televisão, alertando: "O que se passa com estas pessoas? Porque não se cuidam?"

Estas declarações suscitaram uma onda de críticas nas redes sociais, com os utilizadores a considerarem tratar-se de uma atitude de escárnio e desdém por parte do chefe de Estado.

Ontem, o Presidente respondeu às críticas, explicando que se fala da obesidade "é porque se trata de um fenómeno, ou seja, de um número importante" de pessoas que sofrem de excesso de peso.

Al-Sisi, que se exibe regularmente a fazer exercício físico e a andar de bicicleta, disse querer fazer esforços junto dos mais novos para sensibilizá-los para uma alimentação mais saudável.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o Egito tem uma das mais elevadas taxas do mundo de excesso de peso, problema que afeta 63,5% da população.

O fenómeno atinge todas as camadas da população, mas as famílias desfavorecidas são as mais afetadas.

Num país em pleno marasmo económico e submetido a medidas de austeridade há dois anos, os egípcios sofrem de uma redução do seu poder de compra, que segundo eles lhes limita o acesso a uma alimentação variada e de qualidade.

Al-Sisi tem protagonizado nos últimos anos uma repressão generalizada no Egito, com detenções e condenações à morte de opositores e críticos.

O Egito ocupa o 161ª lugar (em 180 países) na classificação 2017 dos Repórteres sem fronteiras (RSF) sobre liberdade de imprensa. Pelo menos 29 jornalistas estão presos e 500 ‘sites’ da internet foram bloqueados em menos de um ano.

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