Serviço Regional de Saúde
Os Açores vão contar em 2019 com mais de duas centenas de médicos internos, somando os 80 que agora iniciam a sua formação aos...

Dos 80 internos que iniciam agora a sua formação nas unidades de saúde dos Açores, 46 estão em formação geral (antigo ano comum) e 34 em formação específica (especialidades médicas), segundo uma nota de imprensa do Governo dos Açores.

No Hospital de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, foram colocados 33 médicos em formação geral e 15 em formação específica, enquanto no Hospital de Santo Espírito, na ilha Terceira, 11 jovens médicos iniciam a formação geral e 14 a formação específica.

No caso do Hospital da Horta, na ilha do Faial, vão ser recebidos seis médicos, dos quais dois em formação geral e quatro em formação específica.

Na formação específica estão 13 internos em Medicina Geral e Familiar e um em Saúde Pública.

Segundo a mesma nota, dos internos em Medicina Geral e Familiar, seis são recebidos pela Unidade de Saúde de Ilha de São Miguel, três pela Unidade de Saúde de Ilha da Terceira, três pela Unidade de Saúde de Ilha do Faial e um pela Unidade de Saúde de Ilha do Pico.

Para o secretário regional da Saúde, os Açores, em geral, e o Serviço Regional de Saúde, em particular, “dispõem de desafios e de oportunidades características da insularidade que permitirão, além das competências profissionais, o desenvolvimento de competências pessoais distintas de qualquer outro local a nível nacional”.

Numa carta enviada aos médicos internos, Rui Luís manifestou a confiança de que os Açores “sejam mais do que um local de formação temporária, consistindo num local ideal para viver e trabalhar com qualidade”.

O governante adiantou que estes profissionais poderão contar com o empenho do Serviço Regional de Saúde para que isso aconteça.

Internato Médico
O Centro Hospitalar de Setúbal informou que recebeu 68 novos médicos internos ainda em período de formação - 50 de Formação...

Além dos 50 clínicos de Formação Geral, o Centro Hospitalar de Setúbal vai acolher médicos de formação específica em Cardiologia (um), Cirurgia (dois), Infecciologia (um), Gastroenterologia (um), Ginecologia (um), Medicina Interna (três), Nefrologia (um), Oncologia (um), Ortopedia (um), Patologia Clínica (um), Pediatria (dois), Pneumologia (um) e Psiquiatria (dois).

Em nota de imprensa, a diretora do Internato Médico do Centro Hospitalar de Setúbal, Susana Neves Marques, refere que "o Centro Hospitalar de Setúbal desde sempre apostou na formação médica, na pré-formação de alunos de medicina em várias valências e na formação pós-graduada na fase generalista do internato e na formação específica das várias especialidades".

A entrada de 68 novos médicos, todos ainda em formação, ocorre precisamente numa altura em que os serviços de urgência dos hospitais de Almada, do Barreiro e também do Centro Hospitalar de Setúbal se deparam com algumas dificuldades face a um aumento da procura provocado pelo tempo frio dos últimos dias.

Perito aconselha
O pneumologista Filipe Froes aconselha que se equacione que a vacina da gripe passe a ser gratuita a partir dos 60 anos e que...

Com base na informação dos sistemas de vigilância gripais a nível internacional e da época gripal no hemisfério sul, o especialista traçou um panorama genérico do que se pode esperar na atual época gripal.

Na Europa, a gripe encontra-se neste momento com tendência crescente e há em circulação vários tipos e estirpes de vírus, embora o H1N1 seja o predominante.

“Isto significa que vamos ter carga de doença em todos os grupos etários, mas a maior taxa de ataque será nas pessoas nascidas depois de 1957, porque antes de 57 as pessoas lidaram mais com o H1N1 e têm mais imunidade e maiores defesas”, afirma o perito.

Filipe Froes lembra que em Portugal são sobretudo vacinadas as pessoas mais idosas, a partir dos 65 anos, e que “no grupo etário que previsivelmente terá maior taxa de ataque pode haver menor cobertura vacinal”.

Aliás, o médico recomenda a vacina a quem ainda não se vacinou, caso encontre a vacina disponível no mercado.

A vacina da gripe é gratuita no SNS e dispensa receita para pessoas a partir dos 65 anos, sendo fortemente recomendada entre os 60 e os 64 anos, grupo etário para o qual não é gratuita.

A Direção-Geral da Saúde iniciou, esta época, a vacinação da gripe mais tarde, em 15 de outubro, para garantir maior cobertura durante o período da epidemia, o que Filipe Froes considera “perfeitamente adequado e justificado” com o que a realidade está a demonstrar.

Sobre os grupos que devem ser vacinados, o pneumologista e intensivista entende ainda que as autoridades terão de equacionar “recomendar a vacinação em todas as crianças, independentemente de terem ou não uma patologia associada”.

Há dados noutros países, como em Inglaterra, que demonstram que a vacinação de crianças esteve associada à diminuição da carga da doença nos avós, com consequente redução e consultas médicas e até de consumo de antibióticos.

Nos Estados Unidos, por exemplo, na atual época gripal já morreram pelo menos 11 crianças devido à gripe, sustenta o especialista.

DGS
A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, admitiu na sexta-feira que a gripe possa entrar em período epidémico dentro de uma...

A questão da gripe foi, na sexta-feira, objeto de uma reunião na Direção-Geral da Saúde (DGS), mas segundo a responsável tratou-se de uma reunião de rotina, para avaliar a situação e os indicadores em relação ao frio e aos vírus da gripe que circulam.

“Em relação à gripe a atividade está a ser particularmente tardia”, disse Graça Freitas, à margem da cerimónia de posse dos órgãos sociais da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública.

A diretora-geral explicou que nesta altura, em Portugal e na Europa, circulam vírus com “baixa intensidade” e que não se entrou ainda no período epidémico, o que deve acontecer dentro de “poucos dias” ou “uma semana”.

Graça Freitas disse que o plano de inverno está ativado, há uma planificação e há informação e monitorização da procura dos cuidados de saúde e “neste momento está tudo dentro da normalidade”.

A responsável alertou para a necessidade de as pessoas se protegerem do frio, salientou que este é o “período do ano de maior atividade para desenvolver fatores de risco”, pelo frio, pela gripe e por outros vírus, e aconselhou a população a não procurar as urgências dos hospitais como primeira opção.

“O grande conselho que damos é que não vão diretamente à urgência. A primeira porta de entrada no sistema de saúde, nesta altura, é o SNS24, através do número 808242424”, salientou Graça Freitas, lembrando que nessa linha há enfermeiros treinados para fazer a triagem e que as pessoas podem ser tratadas em casa ou nos Centros de Saúde.

Graça Freitas aconselhou também as pessoas a não tomarem antibióticos por iniciativa própria, porque não são eficientes em doenças que são virais, a protegerem-se do frio e a hidratarem-se.

Questionada, a diretora-geral disse que a DGS está a equacionar no futuro poder alargar a vacina da gripe a pessoas a partir dos 60 anos, mas salientou que o fornecimento de vacinas da gripe é complicado e também de uma “logística complexa”.

Os centros de saúde da região de Lisboa e Vale do Tejo começaram, desde sexta-feira, a ativar os seus planos de contingência devido ao frio, reforçando equipas e alargando os horários.

Especialista
O pneumologista e intensivista Filipe Froes considera que o inverno e a gripe funcionam como “o teste anual do algodão” ao...

“Quando chega o inverno e a altura da gripe, temos o teste anual do algodão ao SNS. E quando um SNS, que já em circunstâncias normais está no limite e sem reserva, se confronta com aumento do trabalho resultante do frio e do aumento da atividade dos vírus respiratórios, quem está no limite entra em falência e não tem qualquer capacidade de se adaptar”, disse o especialista.

Anualmente, quando as temperaturas começam a baixar e quando a circulação de vírus respiratórios se intensifica, as urgências hospitalares, sobretudo, sentem um aumento de afluxo de doentes e este ano há já relatos de sobrelotação nalguns hospitais.

Para Filipe Froes, o SNS já não tem sequer capacidade de aumentar a oferta “para um ligeiro aumento da procura”, recordando que a época gripal ainda está no início e que a gripe ainda nem entrou na fase epidémica.

“O que há é um agravamento do desequilíbrio em que já vivemos. Já vivemos numa situação no limite, que é disfarçada pela dedicação e espírito de missão dos profissionais, que vão tentando compensar as falências do sistema”, afirma o pneumologista.

Filipe Froes entende que o “teste do algodão” do inverno e da gripe tem permitido tirar, sobretudo, duas conclusões: “Uma é a da que a resposta do SNS à gripe diz mais do SNS do que diz da gripe. A outra é a falência de respostas imediatistas e da ‘numerização’ na saúde”.

Para o especialista, o SNS precisa de uma “planificação alargada, a médio e longo prazo”, investindo na qualidade, na disponibilidade dos recursos e na proximidade, rejeitando deste modo respostas apenas circunstanciais.

Filipe Froes lembra que os médicos de família têm listas de utentes com 1.900 pessoas, o que faz com que tenham pouca disponibilidade de tempo para ver os doentes.

“Estamos a destruir a relação essencial na medicina, que é a relação médico/doente. Um médico com 1.900 doentes vê hoje um doente e só volta a vê-lo dali a mais de dez meses. Quando o doente agudiza de uma situação crónica, o médico não tem tempo de o ver, porque as consultas estão cheias”, descreve o perito.

O pneumologista e intensivista, que trabalha há décadas exclusivamente no SNS, alerta ainda que foram encerradas camas de agudos no SNS nos últimos anos que acabam sistematicamente por ser necessárias nestas alturas mais críticas do inverno e da gripe.

Estudo
Sete em cada dez pessoas com sintomas de gripe participantes num estudo disseram não ter recorrido a nenhum serviço de saúde,...

O estudo preliminar realizado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) visou “caracterizar o comportamento de procura de cuidados de saúde numa amostra da população portuguesa face a sintomatologia de gripe” com base na informação recolhida pelo sistema de vigilância participativa Gripenet, nas épocas de gripe de 2011/2012 a 2016/2017.

Nas seis épocas de gripe estudadas foram identificados na base de registos de Gripenet, 4.196 casos de sintomatologia gripal, com idade entre um e 86 anos, dos quais 39,8% eram do sexo masculino, refere o estudo publicado no ‘site’ do INSA.

Os resultados do estudo revelam que a maioria da população não recorre a nenhum serviço de saúde quando tem sintomas de gripe.

Sobre os serviços de saúde mais utilizados numa situação de sintomatologia da gripe, 11,4% apontaram os cuidados de saúde primários.

A ida à urgência hospitalar foi referida em 6,2% das notificações, mas variou ao longo das épocas, sendo mais elevado na época 2012/2013, em que existiu cocirculação de vírus do tipo A(H1) e B (linhagem Yamagata).

O recurso ao serviço SNS 24 foi referido por 3,7% dos casos notificados, um resultado que os autores do trabalho consideram surpreendente, “na medida em que seria expectável que quem participa num sistema de vigilância participativa ‘online’ pudesse ter uma utilização mais frequente de uma ferramenta de aconselhamento e encaminhamento à distância”.

Nas seis épocas em análise não se verificaram diferenças estatisticamente significativas no recurso às consultas de medicina geral e familiar estável.

Contudo, verificou-se uma utilização mais frequente de urgências/serviços hospitalares em 2012/2013(9,4% comparativamente às restantes épocas (4,7% em 2013/2014 a 6,3% em 2016/2017).

A utilização do serviço SNS 24 variou significativamente entre 1,4% em 2013/2014 e 4,6% 2015/2016, refere o estudo do Departamento de Epidemiologia do INSA.

O Instituto Ricardo Jorge refere que, “tendo em conta as recomendações, poderá ser importante aumentar a literacia da população para melhor gerir episódios de gripe, incentivando a utilização de serviços como SNS 24, reduzindo, assim, a procura dos cuidados de saúde presenciais”.

“Esta informação é importante para o planeamento de serviços de saúde durante a epidemia de gripe, pois permite um dimensionamento da capacidade de resposta adequado ao volume da procura, determinado em monitorização permanente e tempo útil”, sublinha.

Anualmente, estima-se que o vírus influenza seja responsável por três milhões a cinco milhões de casos de doença grave e por 250 mil a 500 mil mortes em todo o mundo.

Atualmente, o Gripenet é o único sistema de monitorização de base populacional e não dependente da procura de cuidados existente em Portugal para a vigilância da gripe.

Este sistema de vigilância participativa, em que qualquer cidadão residente em Portugal pode voluntariamente participar, conta com mais de 2.000 participantes ativos que respondem a questionários ‘online’ entre novembro e maio, permitindo a monitorização da epidemia sazonal.

Secretário regional da Saúde
O secretário regional da Saúde da Madeira, Pedro Ramos, afirmou hoje que os três casos registados de sarampo na região...

A operação na região obrigou "à monitorização e acompanhamento de quase 700 pessoas", afirmou Pedro Ramos.

O governante falava numa iniciativa sobre sarampo para explicar aos representantes de todas as unidades de saúde, profissionais de saúde, comunicação social e comunidade em geral o que foi feito para travar a doença.

"A razão desta conferência foi para explicar a estratégia do Instituto de Administração da Saúde (IASAUDE) e de todas as entidades que direta ou indiretamente, envolvendo o sistema público e privado, tiveram que estar reunidas, articuladas, para dar uma resposta que configurasse uma maior proteção perante esta situação que era invulgar", afirmou.

Segundo dados da Direção-Geral da Saúde (DGS) hoje divulgados, 37 casos de sarampo foram confirmados desde o dia 08 de novembro no território nacional, dos quais sete são crianças.

Segundo a DGS, configura-se assim a existência de três surtos distintos: Cascais, com 24 casos confirmados com origem num caso importado da Ucrânia, em Oeiras, com cinco casos confirmados com origem num caso importado da República Checa, e Madeira com três casos confirmados.

Segundo o governante, estes três casos mais recentes foram "todos provenientes" de fora da região.

Questionado sobre qual a percentagem de profissionais de saúde vacinados contra o sarampo, o governante respondeu que de acordo com os dados que tem, "são 70%", ressalvando que quanto aos restantes, estes podem ter já tido a doença antes do aparecimento do Plano Nacional de Vacinação.

A taxa de vacinação do sarampo na Madeira atinge os 98% da população.

Administração Regional de Saúde
Os centros de saúde da região de Lisboa e Vale do Tejo vão começar, a partir de hoje, a ativar os seus planos de contingência...

A recomendação foi feita hoje pelo presidente da Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo, Luís Pisco, que se comprometeu ainda a divulgar nos próximos dias os horários e disponibilidades alargadas dos centros de saúde, mesmo ao fim de semana, numa altura em que as urgências hospitalares começam a sentir maior pressão e afluência.

Luís Pisco explicou que o pedido de ativação dos planos de contingência dos centros de saúde implica que haja um reforço de equipas dos profissionais de saúde e um alargamento dos horários normais das unidades.

O presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo lembra que o tempo frio começou após o fim de ano, considerando que esta é a altura correta para ativar os planos de contingência.

Luís Pisco apela ainda aos utentes que se dirijam aos centros de saúde sempre que possível e em casos em que não há verdadeiramente uma situação urgente, evitando assim deslocações desnecessárias às urgências hospitalares.

Na quarta e quinta-feira, pelo menos as urgências dos hospitais de Almada, Setúbal e Barreiro estiveram sobrelotadas e com elevada afluência.

Segundo o boletim do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge sobre a gripe, na última semana do ano passado, a gripe apresentava tendência crescente, mas eram ainda poucos os casos reportados em unidades de cuidados intensivos.

Autoridades sanitárias
Um caso suspeito do vírus mortal ébola foi identificado por um hospital sueco, alertaram hoje as autoridades sanitárias,...

Os resultados do teste realizado no paciente apenas serão conhecidos ao longo do dia de hoje, mas as autoridades sanitárias da região de Uppsala, a norte de Estocolmo, suspeitam de um caso de ébola.

Em comunicado, as autoridades dizem que, para já, a eventualidade de se tratar do vírus é apenas uma hipótese, estando o diagnóstico ainda em aberto.

O paciente, que não é identificado, terá viajado há três semanas para o Burundi, contudo, segundo a agência noticiosa sueca TT, não terá estado em nenhuma região afetada pelo ébola.

O hospital onde o paciente foi pela primeira vez tratado, em Enkiping, já foi encerrado e os funcionários que tiveram contacto com ele estão a ser vigiados.

O paciente foi entretanto transferido para uma clínica na cidade de Uppsala.

"O paciente chegou na manhã de hoje e supostamente estava a vomitar sangue, o que pode ser um sintoma de infeção pelo ébola", disse Mikael Kohler, porta-voz da clínica, ao jornal local Upsala Nya Tidning.

O leste da República Democrática do Congo enfrenta atualmente um surto de ébola que já provocou, desde 01 de agosto, 370 mortos.

Todos os principais surtos deste vírus ocorreram em África, embora alguns casos isolados tenham sido relatados fora do continente.

O vírus ébola é transmitido através do contacto com os fluidos corporais dos infetados.

DGS
Trinta e sete casos de sarampo foram confirmados desde o dia 08 de novembro, dos quais sete são crianças, na região de Lisboa e...

Dos casos confirmados até às 16:00 de quinta-feira pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), 32 são adultos e sete são crianças.

Adicionalmente, foram notificados outros 46 casos cujo resultado foi negativo, adianta a Direção-Geral da Saúde (DGS) num comunicado divulgado na sua página da Internet.

Os casos confirmados configuram a existência de três surtos distintos: Cascais, com 24 casos confirmados, com origem num caso importado da Ucrânia, em Oeiras, com cinco casos confirmados, com origem num caso importado da República Checa, e na Madeira, com três casos confirmados.

“Neste período foram ainda confirmados cinco casos isolados, sem ligação epidemiológica conhecida aos referidos surtos e que estão a ser investigados”, refere a DGS.

A Direção-Geral da Saúde lembra que o vírus do sarampo é transmitido por contacto direto com as gotículas infecciosas ou por propagação no ar quando a pessoa infetada tosse ou espirra, sendo os doentes considerados contagiosos desde quatro dias antes até quatro dias depois do aparecimento da erupção cutânea.

Os sintomas de sarampo aparecem geralmente entre 10 a 12 dias depois da pessoa ser infetada e começam habitualmente com febre, erupção cutânea (progride da cabeça para o tronco e para as extremidades inferiores), tosse, conjuntivite e corrimento nasal.

A Direção-Geral da Saúde e a rede de Autoridades de Saúde, em colaboração com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge e com os profissionais de saúde, estão a acompanhar a evolução da situação de acordo com o previsto no Programa Nacional da Eliminação do Sarampo, adianta o comunicado.

A Direção-Geral da Saúde tem disponível a linha SNS 24 (808 24 24 24) para esclarecer dúvidas, recomendando a vacinação contra uma das doenças infecciosas mais contagiosas.

Segundo um relatório da Organização Mundial de Saúde divulgado no final de novembro, os casos de sarampo reportados em todo o mundo aumentaram em 2017, provocando 110 mil mortes, uma vez que vários países registaram surtos graves e prolongados da doença.

Investigadores
Investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro anunciaram que estão a desenvolver um projeto que usa robôs para...

“Neste projeto o que nós estamos a estudar é a forma como as pessoas idosas podem interagir com sistemas robóticos”, afirmou Vítor Filipe, professor da Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real.

De acordo com o investigador, escreve o Sapo, numa das vertentes do projeto foi desenvolvido “um sistema robótico que dá apoio na toma de medicação”.

“Este sistema tem, na sua base de dados, a indicação da hora a que os idosos devem tomar a medicação e qual o medicamento. Através do seu sistema de locomoção, o robô desloca-se e recolhe o medicamento devido e procura a pessoa indicada, isto considerando que na habitação podem estar mais do que uma pessoa”, explicou.

Este trabalho deu origem a uma dissertação de mestrado em engenharia informática apresentada pelo estudante Leonel Agostinho Costa Crisóstomo, sob a orientação do professor Vítor Filipe. Neste estudo foram explorados os “algoritmos de visão por computador”.

“Um dos sensores mais importantes no robô é precisamente as suas câmaras para ele conseguir entender o meio envolvente. Neste trabalho foram desenvolvidos algoritmos para reconhecimento de objetos, ou seja, das embalagens dos medicamentos, e também do reconhecimento do idoso através da análise facial”, sustentou o investigador.

O robô “Nao” utilizado nos testes faz a identificação facial dos idosos e o reconhecimento dos medicamentos através de algoritmos de visão por computador que processam as imagens adquiridas pela câmara do mesmo robô.

Para demonstração do conceito foi feito um teste num cenário simples que recria o ambiente de uma habitação com idosos que são assistidos pelo robô na toma de medicamentos.

Vítor Filipe adiantou que, no âmbito deste projeto, a UTAD está também a instalar “robôs de telepresença” em dois lares da cidade de Vila Real, que “têm a particularidade de facilitar a comunicação entre os familiares e os idosos que se encontram na instituição”.

“O robô possui uma câmara e os familiares do idoso têm uma aplicação, através da qual conseguem deslocar o robô remotamente até à pessoa com quem pretendem falar”, frisou.

O robô estabelece uma ligação vídeo entre os intervenientes.

Esta vertente do projeto está a ser desenvolvida num ambiente real e a informação recolhida será usada para perceber qual a aceitação destas novas tecnologias por parte dos idosos e dos familiares.

A investigação da UTAD tem em atenção uma realidade que cada vez mais preocupa as sociedades modernas, onde as projeções indicam que, no ano de 2060, existirão três idosos para apenas um jovem, numa esperança média de vida de 81 anos.

Neste quadro, reconhecem os investigadores, o crescimento exponencial da população idosa e diminuição de população jovem ativa nos países desenvolvidos está a conduzir à falta de mão-de-obra especializada para prestar os cuidados necessários aos idosos.

“No futuro, estes sistemas podem dar algum suporte às populações idosas”, salientou Vítor Filipe.

Este trabalho está a ser desenvolvido por uma equipa que junta investigadores da Escola de Ciências e Tecnologia e da Escola Superior de Saúde da UTAD.

Estudo
O Fórum Económico Mundial, também conhecido como Fórum de Davos, afirmou na quinta-feira que deixar de comer carne poderia...

Um estudo realizado para o Fórum de Davos pela Oxford Martin School, um departamento da célebre universidade britânica de Oxford, demonstra que 2,4% das mortes provocadas pela alimentação em todo o mundo poderiam ser evitadas caso houvesse uma redução no consumo de carne, sobretudo de origem bovina.

Nos países ricos, escreve o Sapo, nos quais o consumo de carne bovina é mais elevado, a percentagem de vidas que se salvaria seria de 5%, destacou o Fórum Económico Mundial (WEF, na sigla em inglês), que reúne anualmente em janeiro as elites económicas e políticas mundiais na luxuosa estação de esqui de Davos, no leste da Suíça.

10 mil milhões em 2050
Segundo o estudo, a procura por carne continuará a aumentar nas próximas décadas, já que a população mundial pode chegar a 10 mil milhões de pessoas antes de 2050.

"Tornar-se-á impossível satisfazer essa procura", alerta o diretor-executivo do WEF, Dominic Waughray, em comunicado.

O estudo também alerta para o impacto do consumo de carne no meio-ambiente.

Apenas a produção de carne bovina representou, em 2010, 25% das emissões de CO2 relacionadas com a alimentação.

Obstrução das artérias
A aterosclerose é uma doença crónica-degenerativa que leva à obstrução das artérias (vasos que levam
Artéria obstruída a ilustrar a aterosclerose

A aterosclerose pode causar danos a órgãos importantes ou até mesmo levar à morte. Tem início nos primeiros anos de vida, mas a sua manifestação clínica ocorre, geralmente, no adulto.

Causas da aterosclerose

A aterosclerose é causada pela acumulação de lípidos (gorduras) nas artérias, que podem ser fabricados pelo próprio organismo ou adquiridos através dos alimentos.

As artérias afectadas pela aterosclerose perdem elasticidade e, à medida que essas placas de gordura crescem, as artérias ficam mais estreitas.

Eventualmente essas placas podem romper, havendo o contacto das substâncias do interior da placa com o sangue, o que produz a imediata coagulação do sangue e, como consequência, a obstrução total e súbita do vaso, o que leva ao enfarte do miocárdio.

Sintomas da aterosclerose

Geralmente, a aterosclerose não produz qualquer tipo de sintoma até que um estreitamento acentuado ou obstrução de uma ou mais artérias ocorra. À medida que as placas de gordura estreitam a artéria, o órgão afectado pode deixar de receber sangue suficiente para oxigenar os seus tecidos.

O sintoma depende do órgão afectado pela obstrução da artéria. Assim, se as artérias acometidas são as que levam sangue para o cérebro, a pessoa poderá sofrer um acidente vascular cerebral, se são as que levam sangue para as pernas, ela sentirá dor ao caminhar, podendo chegar até à gangrena. No caso de obstrução nas artérias coronárias (vasos que levam sangue ao coração), o sintoma será dor no peito, o que caracteriza a "angina" ou o "enfarte" do coração.

Esses sintomas desenvolvem-se gradualmente, à medida que a artéria é obstruída.

Factores de risco da aterosclerose

São vários os factores de risco que, de acordo com dados estatísticos, tendem a favorecer o desenvolvimento das placas de gordura:

Idade

Na maioria dos casos, as placas já estão bem constituídas e podem provocar repercussões nas pessoas com mais de 50 anos de idade.

Sexo

A aterosclerose é três vezes mais frequente nos homens do que nas mulheres.

Predisposição genética

A incidência de aterosclerose é muito mais elevada em algumas famílias do que na população em geral.

Tabagismo

O fumo do tabaco contém várias substâncias, como a nicotina e o monóxido de carbono, que têm um efeito nocivo sobre a parede arterial. O risco de aterosclerose é directamente proporcional à quantidade de cigarros fumados por dia.

Hipertensão arterial

A aterosclerose é duas vezes mais frequente nas pessoas hipertensas do que na população em geral, devido ao facto de o sangue formar turbulências que provocam lesões microscópicas na parede arterial, ao circular com mais força do que o normal.

Hipercolesterolemia

O aumento dos níveis de colesterol no sangue favorece a sua deposição, na túnica íntima das artérias, favorecendo o desenvolvimento de placas de gordura.

Diabetes

Nas pessoas diabéticas, que não cumpram o tratamento adequado, o risco de sofrer de aterosclerose é dez vezes superior ao do resto da população.

Obesidade, sedentarismo e stress

Estes três factores favorecem o desenvolvimento de aterosclerose, sobretudo quando se apresentam em conjunto, o que é frequente.

Utilização de contraceptivos orais

O consumo prolongado de pílulas contraceptivas que contêm estrogénios, uma hormona feminina, favorece o depósito de gorduras na túnica íntima das artérias.

Tratamento da aterosclerose

A aterosclerose não tem um tratamento curativo, porque as placas gordura depois de formadas já não podem ser dissolvidas. Assim sendo, o mais importante é a sua prevenção, a qual consiste em controlar ou eliminar os factores de risco. Em alguns casos, é possível utilizar, com o objectivo de limitar as suas repercussões, vários tipos de medicamentos (exemplo disso são os vasodilatadores), que ocasionalmente e em casos concretos permitem manter o lúmen arterial patente. Uma outra alternativa é a realização de determinadas intervenções cirúrgicas com vista a reparar as artérias lesionadas e a restabelecer o normal fluxo sanguíneo. Por exemplo, às vezes, é possível proceder à reparação de um sector da parede arterial que apresenta grandes placas de gordura através da introdução de um cateter na artéria afectada e da utilização de vários tipos de técnicas: pode-se remover directamente uma placa de gordura do interior da artéria, ou mediante a "compressão" da placa de gordura contra a parede arterial através de um balão que se insufla a partir do exterior, após ser colocado no ponto preciso (angioplastia por balão). Pode-se colocar uma prótese metálica no interior da artéria obstruída, impedindo a sua reobstrução. Existe ainda a possibilidade de fazer uma ponte ou bypass entre um ponto anterior e outro posterior ao vaso obstruído, utilizando para tal um segmento de um vaso do próprio paciente. Este tipo de actuação reserva-se, naturalmente, para os casos de maior risco.

Prevenção da aterosclerose

A aterosclerose é uma das principais causas de muitas das doenças mais graves e potencialmente perigosas dos países industrializados, o que justifica a importância da sua prevenção. Para além disso, muitas das recomendações consideradas fundamentais para se levar uma vida saudável estão destinadas a prevenir esta doença.

É possível eliminar todos os factores de risco, à excepção da idade, do sexo e da predisposição genética. Em seguida, são enumeradas as principais medidas preventivas contra a aterosclerose:

  • Deixar de fumar. As pessoas que não fumam têm um risco muito menor de sofrer as consequências da aterosclerose do que as fumadoras. As estatísticas demonstram, igualmente, que após deixarem de fumar, o referido risco vai diminuindo progressivamente ao longo dos anos até praticamente igualar-se ao dos não fumadores.
  • Controlo da hipertensão arterial, da diabetes e das dislipidemias. Caso estes factores de risco não sejam controlados, contribuem bastante para o desenvolvimento das placas de gordura. De qualquer forma, os seus efeitos nocivos sobre a parede arterial podem ser totalmente, ou quase na sua totalidade, eliminados através do tratamento médico adequado, facto comprovado estatisticamente.
  • Dieta alimentar. Para prevenir a aterosclerose e as suas complicações, recomenda-se a realização de uma dieta, de modo a manter o peso adequado, especialmente em caso de obesidade e para controlar os níveis de colesterol e de outros lípidos no sangue. Para concretizar este objectivo, é importante aumentar o consumo de cereais, frutas, verduras e peixe e reduzir a ingestão de alimentos ricos em gorduras de origem animal (excepto o peixe): queijos gordos, gema de ovo, manteiga, carnes, vísceras e mariscos. Normalmente considera-se que o consumo de colesterol deve ser inferior a 300 mg por dia.
  • Realizar exercício físico. A regular e moderada prática de exercício físico é muito benéfica, tendo em conta que, para além de melhorar o rendimento do aparelho cardiovascular, tem efeitos positivos sobre o metabolismo das gorduras e contribui para a prevenção da aterosclerose.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Associação Bisturi Humanitário
Um grupo de funcionários do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV), em Aveiro, vai partir em fevereiro para a República da...

A missão, que se integra num projeto da associação Bisturi Humanitário, foi um dos assuntos discutidos numa reunião que decorreu hoje no CHBV entre o Conselho de Administração daquela unidade e o ministro da Função Pública da República da Guiné-Bissau, Fernando Gomes, que está de visita a Portugal.

Em comunicado, o CHBV refere que a missão, que previsivelmente irá decorrer de 22 de fevereiro a 09 de março, visa prestar cuidados cirúrgicos e colaborar na formação de médicos e enfermeiros no Hospital Simão Mendes, em Bissau.

A equipa de voluntários do CHBV é constituída por médicos cirurgiões, ortopedistas, anestesiologistas e enfermeiros.

Durante duas semanas, de acordo com a mesma nota, os responsáveis pelo projeto estimam realizar cerca de 200 cirurgias e dez ações de formação, contando com o apoio do CHBV, de empresas da área da saúde e do Governo da República da Guiné-Bissau.

A associação Bisturi Humanitário, criada pelos colaboradores do CHBV, tem como objetivo levar ajuda humanitária e assistência médica, particularmente cuidados cirúrgicos, a quem mais necessita.

No caso particular da missão na República da Guiné-Bissau, a Associação Bisturi Humanitário uniu-se à Fundação José Manuel In Uba (médico guineense que trabalha no CHBV).

 

Longos períodos de espera
O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa confirmou verificar-se uma "grande aglomeração" na urgência do hospital de...

"Confirmamos que a situação na urgência teve um afluxo inusitado na quarta-feira, depois do fim de semana e do feriado, tendo havido uma grande aglomeração de utentes", pode ler-se numa posição escrita enviada à Lusa.

Durante o dia de ontem, a Lusa registou relatos de bombeiros que transportaram doentes para a urgência de Penafiel (Hospital Padre Américo), dando conta da "situação caótica" do serviço, "com cerca de 30 doentes a aguardar internamento" e longos períodos de espera para o atendimento.

Confrontado o CHTS com a situação descrita pelos bombeiros, foi referido pela administração que "estão a ser tomadas as medidas possíveis que minimizem estes efeitos, esperando-se regularização nos próximos dias com a normalização da afluência para os patamares habituais".

O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa é constituído pelos hospitais de Penafiel e Amarante e serve uma área onde vivem cerca de 520 mil habitantes.

 

Falta de recursos humanos
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) criticou o Hospital de Évora por ter gasto 1,7 milhões de euros na contratação...

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM), em comunicado, revelou que, no ano passado, o Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) “gastou 1.701.241,14 euros em contratação externa de serviços médicos”.

“Um dos contratos, celebrado com uma empresa de prestação de serviços, apresenta um valor superior a meio milhão de euros”, pode ler-se no comunicado do mesmo sindicato, divulgado na quarta-feira.

Contactado pela Lusa, o HESE, em esclarecimento enviado hoje ao final da tarde, disse que, à semelhança de outros hospitais do interior do país, também esta unidade se confronta com “a difícil captação de recursos humanos na área clínica”, o que “constitui um forte constrangimento”.

Para o SIM, “o valor gasto” pelo HESE “permitiria contratar 35 médicos especialistas das várias especialidades, integrados na carreira médica”.

“O Governo, os conselhos de administração e os responsáveis da ARS [Administração Regional de Saúde] continuam a gastar quantias exorbitantes para a contratação de empresas de prestadores de serviços na tentativa de colmatarem as falhas por eles criadas e de enganarem a população”, criticou o sindicato.

Lamentando “a desorganização e o desmantelamento progressivo” do Serviço Nacional de Saúde (SNS), o SIM exigiu “a melhoria das condições de trabalho, incluindo remuneratórias, dos médicos do quadro do SNS para que a população do Alentejo possa ter cuidados de saúde de qualidade”.

No esclarecimento enviado à Lusa, o Hospital do Espírito Santo realçou que, “apesar dos esforços realizados, quer pelo conselho de administração no sentido de contratar médicos, quer pela tutela com a criação de incentivos para a captação e fixação de médicos, as vagas preenchidas nos recentes concursos foram manifestamente insuficientes”.

Além disso, segundo o hospital, não foi “possível” contratar, nem fixar “os médicos especialistas para preenchimento do quadro clínico do HESE”.

Com o preenchimento de vagas a concurso em 2018 a ficar “muito aquém do expectável e do necessário”, o HESE justificou não ter “outro recurso senão recorrer à prestação de serviços médicos” nas “especialidade com maior carência, em particular o primeiro atendimento de Urgências, Medicina Interna, Anestesiologia, Oncologia, Obstetrícia e Ortopedia, competindo com outros hospitais, sendo que as preferências dos clínicos recaem sobre os hospitais do litoral”.

O hospital referiu ainda que se mantém “fortemente empenhado em resolver” a “situação de enorme carência de recursos humanos, em geral, e de médicos, em particular”, manifestando a sua “total disponibilidade para contratar todos os médicos interessados em integrar” a equipa de Évora.

“Contamos com os contributos de todos para resolver esta questão, nomeadamente do Sindicato Independente dos Médicos”, acrescentou.

ARSN explica protocolos
A Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN) explicou que os protocolos para o tratamento de HIV e esclerose múltipla no...

“Os protocolos não foram renovados em 2016 por se concluir que as prestações de cuidados de saúde a doentes com VIH/Sida ou com esclerose múltipla já se encontram incluídas no perfil assistencial do Hospital de Braga, nos termos do respetivo contrato de gestão”, refere a ARSN.

Em nota enviada à Lusa, a ARSN acrescenta que aquele contrato prevê os “mecanismos adequados" para a remuneração daqueles cuidados.

Sublinha que não pode ser previsto adicionalmente “financiamento autónomo para a realização de prestações que, nos termos do contrato, são já remuneradas pela produção e respetivos preços, que incluem também os encargos com a dispensa de medicamentos”.

No caso do tratamento de doentes com hepatite B no Hospital de Braga, a ARSN diz que o financiamento “foi descontinuado” pelo Ministério da Saúde a partir de 2018, pelas mesmas razões.

Hoje, o grupo José de Mello Saúde (JMS), que gere o Hospital de Braga ao abrigo de uma parceria público-privada (PPP), considerou “insustentável” continuar a assumir integralmente os custos do tratamento no Hospital de Braga de doentes com HIV, esclerose múltipla e hepatite C, num montante anual de cerca de 10 milhões de euros.

Em comunicado enviado à Lusa, a JMS queixou-se que o corte de financiamento ocorreu “ao contrário do que acontece nos restantes hospitais do Serviço Nacional de Saúde”.

A reposição do financiamento estatal para aqueles tratamentos foi uma das principais condições impostas pelo grupo JMS para aceitar o prolongamento da PPP, cujo contrato de gestão termina a 31 de agosto.

A JMS sublinha que o valor gasto naqueles tratamentos poderia chegar aos 50 milhões de euros até ao final do prolongamento do contrato de gestão da PPP, “o que seria insustentável para a parceria”.

Para a ARSN, as exigências de reposição do financiamento ao tratamento do HIV, esclerose múltipla e hepatite C “não são compatíveis com o teor do atual contrato de gestão, dado o seu financiamento estar integrado nos pagamentos estabelecidos para as diferentes linhas de produção definidas no referido contrato”.

Acrescenta que, assim, fica afastada a hipótese de celebração da referida renovação e que o processo de reversão para a esfera pública da gestão do Hospital de Braga se tornou “inevitável”.

“Assim, enquanto continua em desenvolvimento a preparação do caderno de encargos para o lançamento do procedimento concursal para constituição de uma nova PPP, a ARSN e a tutela trabalharão com a equipa gestora do Hospital de Braga na preparação conjunta do processo de reversão, de modo a que, em 31 de agosto de 2019, as questões relacionadas com a transição fiquem concluídas”, remata o comunicado da ARSN.

A questão do financiamento do tratamento daquelas três doenças vai ser dirimida em sede de tribunal arbitral.

Combater o frio
No Inverno, com as temperaturas mais baixas, procuramos algum conforto numa sopa ou numa bebida quen

Desde sempre, nos habituámos a consumir alimentos quentes, no Inverno, por acharmos que assim conseguimos manter-nos mais quentes.

No entanto, a ciência prova que nem sempre é assim. Por isso, elaboramos uma pequena lista com alguns alimentos que o podem ajudar a manter-se quente, durante esta época.

1. Café. Não é novidade nenhuma que o café ajuda a aquecer, não é verdade? Mas desengane-se se pensa que é a temperatura quente desta bebida que o vai ajudar a sentir calor. Na realidade, são as grandes quantidades de cafeína presentes no café que vão estimular o metabolismo, ajudando o organismo a queimar “combustível”, e dar-lhe a sensação de calor.

2. Gengibre. O gengibre ajuda o sangue a fluir, contribuindo para o aquecimento das extremidades e mantendo longe os calafrios.

Experimente adicionar gengibre nos seus pratos preferidos ou na sopa. No entanto, poderá maximizar os seus benefícios se comer a raiz crua. Outros vegetais de raiz, como a cenoura ou a beterraba, produzem efeitos semelhantes.

3. Pimenta Caiena. Embora qualquer pimenta o possa ajudar a aquecer, aumentado a sua temperatura corporal, esta variedade vai fazê-lo sentir este efeito durante mais tempo, graças à capsaicina – um químico com grande potencial termogénico – presente na sua composição. Jalapenos e habaneros são outras opções.

4. Amendoins. Os amendoins são ricos em vitamina B3 que facilita o fluxo sanguíneo e acelera o metabolismo. Ricos em gorduras saudáveis e proteínas, os amendoins são uma escolha inteligente em qualquer época do ano. Mas, com temperaturas mais baixas, são uma excelente opção para combater o frio.

5. Arroz integral. O arroz integral é um hidrato de carbono complexo que o organismo vai digerindo lentamente, produzindo mais energia e consequentemente aumentando a temperatura corporal.

6. Óleo de coco. Muito semelhante ao amendoim, o óleo de coco é rico em gorduras saudáveis que se transformam em “combustível” para que o nosso metabolismo produza energia.

7. Água gelada. Pode parecer uma contradição, uma vez que fomos levados a crer que as bebidas quentes é que são boas para nos aquecer, no entanto, a verdade é que a temperatura corporal basal aumentará para neutralizar os efeitos do líquido frio. 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ferramentas informáticas
Investigadores portugueses participam em dois projetos de ciência de dados e inteligência artificial que visam melhorar a...

Os projetos, a desenvolver até 2021, são financiados em cerca de 300 mil euros, cada um, por fundos públicos no âmbito do concurso lançado em 2018 pela Fundação para a Ciência e Tecnologia para investigação científica e desenvolvimento tecnológico em ciência dos dados e inteligência artificial na administração pública.

Um dos projetos, o "Data2Help", pretende "utilizar algoritmos" de ciência dos dados para "melhorar a prestação" do serviço do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), disse o coordenador da equipa científica, Vasco Manquinho, professor do Departamento de Engenharia Informática do Instituto Superior Técnico (IST).

Com base na análise do histórico de dados das emergências médicas e em modelos preditivos, a equipa propõe-se construir um protótipo de uma ferramenta informática que permita ao INEM prever picos de emergência médica (num determinado período e local) e reorganizar os seus meios para responder "melhor e mais rápido a esses picos", adiantou o docente.

Vasco Manquinho deu como exemplo de uma das aplicações do projeto a distribuição do número de ambulâncias de acordo com as emergências médicas que possam ocorrer num determinado período ou local.

Para a análise e o tratamento dos dados serão tidas em conta variáveis que influenciam o número de situações de emergência médica, como as epidemias, a população e as condições meteorológicas.

Além do IST, participam neste projeto o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Investigação e Desenvolvimento (INESC-ID) e o INEM.

Um outro projeto, o "iLU", no qual está também envolvido o INESC-ID, visa melhorar a mobilidade em Lisboa a partir da análise de dados da circulação automóvel e de transportes públicos.

A ideia é "descobrir padrões de circulação na cidade, antecipar problemas e fazer recomendações", sintetizou o coordenador do projeto, Rui Henriques, investigador no INESC-ID.

As recomendações serão dirigidas à Câmara de Lisboa para que possa melhorar a "gestão e a operacionalização" da mobilidade de pessoas e viaturas na cidade, mas também aos cidadãos que vivem, trabalham e visitam a capital através de uma aplicação de telemóvel a ser criada.

Segundo Rui Henriques, não só a autarquia poderá melhorar o planeamento da circulação na cidade em caso de obras, acidentes ou grandes eventos, por exemplo, mas também as pessoas, ao acederem a esta aplicação, poderão escolher a alternativa mais acertada para se deslocarem na cidade.

No "iLU", que poderá ser adaptado a outras cidades, participam, além do INESC-ID, o Laboratório Nacional de Engenharia Civil e a Câmara de Lisboa.

Diretor-Geral
O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, mostrou-se preocupado com a insegurança e...

Segundo o médico etíope, o conflito no leste do país, onde atuam centenas de grupos armados, dificulta o programa de vacinação e os cuidados prestados aos afetados pelo vírus, que já matou mais de 360 pessoas desde agosto de 2018.

“Preocupa-me o impacto que estas altercações recentes podem ter no momento presente, que é crítico”, referiu Tedros Adhanom Ghebreyesus, em comunicado, acrescentado que o surto ocorre “num contexto mais difícil do que se possa imaginar”.

O líder da OMS visitou, entre 31 de dezembro e 02 de janeiro, as cidades de Beni, Butembo e Komanda, localizadas nas províncias do Kivu Norte e Ituri, afetadas tanto pelo Ébola como pela atividade dos grupos armados.

Tedros Adhanom Ghebreyesus referiu que vários centros de saúde de resposta ao Ébola foram vandalizados em Beni, o que prejudicou o programa de vacinação e o acompanhamento médico.

A Organização Mundial de Saúde contabilizou 608 casos de Ebola em Kivu Norte e Ituri, com 368 mortos, e está a tentar conter a propagação do vírus com a vacinação de mais de 54 mil pessoas em áreas em risco de infeção.

O vírus Ébola é transmitido através de contacto direto com o sangue e fluidos corporais contaminados, causa febre hemorrágica e pode atingir uma taxa de mortalidade de 90 por cento, se não for tratado atempadamente.

 

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