Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde do Brasil anunciou na quinta-feira que foram confirmados 10.274 casos de sarampo desde o início de 2018...

Amazonas apresenta 9.778 casos registados e Roraima 355 ocorrências, de acordo com os dados revelados pela pasta da Saúde.

Também os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Bahia, Pernambuco, Pará e Sergipe e Distrito Federal contaram com casos isolados da doença.

Até ao momento morreram já 12 pessoas por sarampo, tendo os óbitos sido confirmados em Roraima, no Amazonas e no Pará.

Se até fevereiro o Brasil ainda registar novos casos do vírus, pode perder o certificado de erradicação da doença dado pela Organização Mundial da Saúde em 2016.

De acordo com o ministério, os casos estão relacionados com a importação do genótipo do vírus, que coincide com o mesmo que circula na Venezuela.

A Organização Mundial da Saúde notificou um aumento do número de casos da doença em todo o mundo. A baixa cobertura vacinal em alguns países, como o Brasil, é um dos motivos apontados para a propagação da doença.

Em 2017, registaram-se em todo o mundo 173.330 casos de Sarampo, contra os 132.328 casos contabilizados em 2016.

O sarampo é uma infeção provocada por um vírus. Trata-se de uma das infeções mais contagiosas e transmite-se de pessoa para pessoa, por via aérea, através de gotículas ou aerossóis de pessoas infetadas.

Por norma é uma doença benigna, mas, nalguns casos, pode levar à morte.

Inspeção da Saúde
A Inspeção-geral das Atividades em Saúde instaurou um inquérito disciplinar ao médico afastado pelo INEM que alegadamente...

A Inspeção-geral das Atividades em Saúde (IGAS) indica que o processo é "de natureza secreta" até à acusação, estando neste momento em instrução.

A IGAS indica também que tomou conta, em março de 2018, do processo de inquérito instaurado pelo hospital Espírito Santo de Évora, a pedido do conselho de administração do hospital.

António Peças, o médico em causa, trabalha no hospital de Évora e fazia serviço para o INEM.

No início da semana, a SIC divulgou uma reportagem que dava conta de que António Peças foi afastado do INEM depois de ter, alegadamente, simulado uma doença para não transportar um doente, enquanto se encontrava numa corrida de touros.

Ontem, o jornal Observador divulga outros dois casos que o INEM terá investigado e em que o médico António Peças terá, alegadamente, mostrado resistência em transportar doentes.

A Ordem dos Médicos está entretanto a analisar uma queixa sobre o médico, na sequência de uma denúncia anónima que já foi feita há quase um ano.

O bastonário Miguel Guimarães indicou que o assunto está nas mãos do conselho disciplinar do Sul da Ordem.

Também ontem, a Procuradoria-geral da República confirmou a existência de um inquérito no Departamento de Investigação e Ação Penal de Évora, que se encontra em investigação e sem arguidos constituídos.

De acordo com o bastonário dos Médicos, a queixa anónima referente a António Peças chegou à Ordem há "algum tempo", tendo o assunto sido remetido para o conselho disciplinar, órgão que pode decidir abrir um processo disciplinar.

O caso em que António Peças terá, alegadamente, simulado uma doença para não acompanhar um doente no helicóptero do INEM remonta a outubro de 2017.

Segundo confirmou uma fonte do INEM, em fevereiro de 2018 foi endereçada uma queixa anónima sobre António Peças à Ordem dos Médicos e à Inspeção-geral das Atividades em Saúde, com conhecimento ao INEM.

Entretanto, o INEM abriu uma investigação interna no final de fevereiro do ano passado e o processo acabou por ser concluído em dezembro, segundo a mesma fonte.

Colégio da Ordem
O INEM tem apenas seis médicos a trabalhar no quadro em todo o país, sendo necessária uma carreira para aliciar mais...

Em declarações, Vítor Almeida escusou comentar o caso do médico afastado do INEM por alegadamente se recusar a helitransportar doentes, optando por sublinhar a elevada qualidade dos profissionais que trabalham para o instituto de emergência médica, sejam médicos ou enfermeiros.

“O colégio é um órgão consultivo. Essa será matéria disciplinar e está em análise nos órgãos próprios e não nos vamos manifestar nem tomar posição”, afirmou o presidente do colégio de Emergência Médica questionado sobre o caso do médico António Peças.

Vítor Almeida sublinha que o INEM tem apenas cinco ou seis médicos no quadro para todo o país, que trabalham nas delegações, exercendo funções de chefia, de liderança ou no centro de orientação de doentes urgentes (CODU).

“Há menos médicos do quadro no INEM do que num centro de saúde do interior de Portugal”, comentou Vítor Almeida à Lusa.

Depois, o INEM tem centenas de outros médicos a trabalhar em regime de prestação de serviço ou nas viaturas médicas de emergência e reanimação (VMER), sendo que neste caso são médicos que pertencem aos hospitais onde a viatura está instalada.

Quanto aos médicos que fazem helicóptero do INEM são sobretudo profissionais que passam recibo verde e que funcionam como qualquer profissional liberal, sendo clínicos que trabalham noutras instituições.

O presidente do colégio de Emergência Médica admite que o INEM tem aberto alguns concursos para recrutar médicos, mas sublinha que os profissionais acabam por não concorrer, porque não há uma carreira específica dentro do INEM, que está há anos a tentar ser negociada pelos sindicatos.

Além disso, a Ordem dos Médicos discute atualmente a criação de uma especialização em medicina de urgência ou emergência, indicando Vítor Almeida que esta é a tendência na Europa e defendendo-a como solução para Portugal.

“Enquanto não houver esta especialização pode ser mais difícil aliciar os profissionais”, considerou.

Mas Vítor Almeida entende que há uma solução transitória na qual o Ministério da Saúde devia apostar.

“O ideal seria os profissionais fazerem turnos definidos no INEM sem perder a sua ligação ao hospital. Faz sentido ter um quadro partilhado, ter uma partilha de recursos humanos entre INEM e hospitais, com o profissional a trabalhar no hospital e no INEM enquanto não há especialidade e carreira”, defende.

Desta forma, cada profissional poderia ter dias definidos em que trabalharia no hospital e outros no INEM, incluindo nos helicópteros, o que ajudaria a garantir equipas fixas.

Quanto ao vínculo que esses médicos teriam, o responsável pela Emergência Médica na Ordem dos Médicos entende que seriam “profissionais do SNS”. Para isso bastaria que o Ministério da Saúde criasse um diploma legal para estabelecer protocolos de colaboração entre as instituições.

“A solução está em cima da mesa. O Governo tem capacidade legal e avançar para a gestão partilhada enquanto não houver especialidade de uma carreira”, indica.

Vítor Almeida reconhece que, nomeadamente nos helicópteros, há médicos a fazerem turnos de 24, 48 ou até 70 horas seguidas, indicando que é uma situação que ocorre com alguma frequência, embora esteja a melhorar nos “últimos tempos”.

“Fazer turnos contínuos é contraproducente e não pode ser método, é errado, quer para o profissional quer para os doentes”, afirma.

No início da semana, a SIC divulgou uma reportagem que dava conta de que o médico António Peças foi afastado do INEM depois de ter, alegadamente, simulado uma doença para não transportar um doente, enquanto se encontrava numa corrida de touros.

António Peças é médico cirurgião do hospital de Évora e faz também trabalho para o INEM.

Ontem, o jornal Observador divulgou outros dois casos que o INEM terá investigado e em que o médico António Peças terá, alegadamente, mostrado resistência em transportar doentes.

A Ordem dos Médicos está entretanto a analisar uma queixa sobre o médico, na sequência de uma denúncia anónima que já foi feita há quase um ano.

O bastonário Miguel Guimarães indicou que o assunto está nas mãos do conselho disciplinar do Sul da Ordem.

Também ontem, a Procuradoria-geral da República confirmou a existência de um inquérito no Departamento de Investigação e Ação Penal de Évora, que se encontra em investigação e sem arguidos constituídos.

De acordo com o bastonário dos Médicos, a queixa anónima referente a António Peças chegou à Ordem há "algum tempo", tendo o assunto sido remetido para o conselho disciplinar, órgão que pode decidir abrir um processo disciplinar.

O caso em que António Peças terá, alegadamente, simulado uma doença para não acompanhar um doente no helicóptero do INEM remonta a outubro de 2017.

Segundo confirmou uma fonte do INEM, em fevereiro de 2018 foi endereçada uma queixa anónima sobre António Peças à Ordem dos Médicos e à Inspeção-geral das Atividades em Saúde, com conhecimento ao INEM.

Entretanto, o INEM abriu uma investigação interna no final de fevereiro do ano passado e o processo acabou por ser concluído em dezembro, segundo a mesma fonte.

Boletim de vigilância
A gripe entrou na semana passada em atividade epidémica em Portugal, segundo o boletim de vigilância semanal divulgado ontem...

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) refere que a taxa de incidência de gripe foi de 80,9 casos por 100 mil habitantes na primeira semana de janeiro, com dois subtipos de vírus em circulação.

O número de consultas por síndrome gripal nos centros de saúde manteve uma tendência crescente na maioria das regiões do país.

Quanto aos casos mais graves, na primeira semana de janeiro foram reportados cinco casos de gripe nas 22 unidades de cuidados intensivos que prestaram informação ao INSA. Quatro dos cinco casos são pessoas com mais de 65 anos e três tinham doença crónica associada.

Só é conhecido o estado vacinal de quatro desses doentes internados, sendo que dois estavam vacinados.

Desde o início da atual época gripal já foram reportados 18 internamentos em cuidados intensivos, sendo em todos eles identificados o vírus influenza do tipo A. Em metade dos casos, o subtipo foi o H1N1.

Na primeira semana do ano, houve pelo menos cinco casos de gripe em crianças com internamento em enfermaria, quatro deles em crianças com menos de três anos e um numa criança com oito anos.

Na primeira semana de janeiro, a mortalidade por todas as causas apresentou valores de acordo com o esperado.

‘Fair4Health- Improving Health Research in EU through FAIR Data’
A Universidade do Porto associou-se a 16 parceiros europeus num projeto em que, através da criação de uma plataforma online,...

Em declarações, Elísio Costa, representante nacional do projeto europeu ‘Fair4Health- Improving Health Research in EU through FAIR Data’, contou que o consórcio surgiu de uma necessidade encontrada pela Comissão Europeia.

"Este projeto vai dar resposta a uma necessidade identificada pela Comissão Europeia que, no fundo, é a reutilização de bases de dados que tenham sido criadas e desenvolvidas no âmbito de projetos que contaram com financiamentos europeus e nacionais", explicou o também diretor do centro Porto4Ageing.

De acordo com Elísio Costa, tendo em conta que não existe "uma política sobre as bases de dados", o objetivo do projeto, que conta com um financiamento de quase três milhões de euros, passa por disponibilizar à comunidade científica e às empresas "informações que os ajudem" quer na investigação quer na compreensão das necessidades, produtos e serviços que a população procura.

Direcionada para a área dos cuidados de saúde e cuidados sociais, esta plataforma online, vai compilar dados de "cerca de 100 milhões de pessoas a nível europeu" e assim "impulsionar a investigação".

"É importante fazer-se investigação com dados reais dos docentes, na medida em que isto faz com que os investigadores rentabilizem o seu trabalho. No fundo, é pensarmos que no futuro podemos fazer investigação a mais baixo custo porque a base de dados vai ser disponibilizada gratuitamente e as pessoas vão deixar de ter o trabalho de fazer a colheita de dados", esclareceu Elísio Costa.

Nos próximos três anos, o consórcio – composto por entidades espanholas, italianas, inglesas, alemãs, suíças, austríacas, holandesas, belgas, sérvias e turcas - propõe-se a "testar a base de dados" através da realização de dois trabalhos distintos.

"O primeiro trabalho assenta nos fatores desencadeadores de algumas patologias e padrões de doenças. O segundo baseia-se na previsão do risco de readmissão hospitalar de doentes crónicos complexos", revelou.

Iniciado em dezembro, os resultados do projeto 'Fair4Health', coordenado pelo Hospital Universitário Virgen del Rocío do Serviço de Saúde da Andaluzia (SAS), em Espanha, vão ser "utilizados na estratégia da Comissão Europeia sobre a gestão de dados gerados por projetos de investigação com financiamento público".

Proteção Civil
A Proteção Civil alertou hoje para os riscos das temperaturas baixas esperadas nas próximas 48 horas, desde a formação de gelo...

Num aviso à população divulgado ao início da tarde, a Autoridade Nacional de Proteção Civil reitera as previsões mais recentes do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que antecipa temperaturas mínimas entre quatro graus negativos e seis graus e máximas que não deverão ir além dos 18 graus em todo o território continental na sexta-feira.

O "desconforto térmico elevado" deverá estender-se até à madrugada de sábado e a Proteção Civil recomenda cuidados especiais com crianças, idosos, doentes crónicos e pessoas sem abrigo.

Recomenda que se ventilem as casas em que haja lareiras ou braseiras, que se desliguem os aparelhos de aquecimento durante as horas de sono e, na estrada, a adoção de condução defensiva com atenção a troços com gelo.

Em conjunto com a Direção-Geral da Saúde, recomenda ainda que a população se resguarde da exposição prolongada ao frio e mudanças bruscas de temperatura, que se usem várias camadas de roupa e se prefira sopas e bebidas quentes para aquecer em vez de álcool, "que proporciona uma falsa sensação de calor".

Bastonário
A Ordem dos Médicos está a analisar uma queixa sobre o clínico António Peças, que foi afastado do INEM por alegadamente se ter...

A informação foi confirmada pelo bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, que indicou que o assunto está nas mãos do conselho disciplinar do Sul da Ordem.

Também hoje, a Procuradoria-geral da República confirmou à Lusa a existência de um inquérito no Departamento de Investigação e Ação Penal de Évora, que se encontra em investigação e sem arguidos constituídos.

De acordo com o bastonário dos Médicos, a queixa anónima referente a António Peças chegou à Ordem há "algum tempo", tendo o assunto sido remetido para o conselho disciplinar, órgão que pode decidir abrir um processo disciplinar.

No início da semana, a SIC divulgava uma reportagem que dava conta de que o médico António Peças foi afastado do INEM depois de ter, alegadamente, simulado uma doença para não transportar um doente, enquanto se encontrava numa corrida de touros.

António Peças é médico cirurgião do hospital de Évora e faz também trabalho para o INEM.

Hoje, o jornal Observador divulga outros dois casos que o INEM terá investigado e em que o médico António Peças terá, alegadamente, mostrado resistência em transportar doentes.

O caso em que António Peças terá, alegadamente, simulado uma doença para não acompanhar um doente no helicóptero do INEM remonta a outubro de 2017.

Segundo confirmou uma fonte do INEM, em fevereiro de 2018 foi endereçada uma queixa anónima sobre António Peças à Ordem dos Médicos e à Inspeção-geral das Atividades em Saúde, com conhecimento ao INEM.

Entretanto, o INEM abriu uma investigação interna no final de fevereiro do ano passado e o processo acabou por ser concluído em dezembro, segundo a mesma fonte do INEM.

No Porto
O Hospital de São João alertou a Associação Joãozinho da “obrigação” da devolver o terreno da Ala Pediátrica até março, segundo...

“Nos termos do acordo [assinado em 2015 com a associação para construir a Ala Pediátrica com fundos privados], a associação está obrigada a devolver, no prazo de 90 dias, a pedido do centro hospitalar, a parcela cedida” para as novas instalações de pediatria, diz a administração daquele hospital do Porto, numa carta dirigida na quarta-feira à Joãozinho em que considera “inaceitáveis” e “ilegais” as condições apresentadas pelo seu presidente, Pedro Arroja, para a devolução do terreno.

O pedido “de restituição da parcela” foi feito pelo hospital a 05 de dezembro, cumprindo a “única condição de que dependia a obrigação de restituição da parcela, com 90 dias de antecedência”, pelo que a associação tem cerca de três meses para devolver o terreno, segundo a missiva.

O hospital esclarece que, “em maio de 2017, o protocolo estava em vigor e a sua revogação dependia do consenso das partes” mas, “esgotado o prazo de três anos de vigência, a única condição de que dependia a obrigação de restituição da parcela era a apresentação de um pedido nesse sentido”, o que já foi feito.

“Estando certos de que o único objetivo que prosseguem é o interesse das crianças que vão beneficiar das novas instalações, resta-nos esperar que devolvam a parcela nos termos estipulados no protocolo”, escreve o presidente do Conselho de Administração do hospital, António Oliveira e Silva.

O hospital observa ainda que as condições impostas pela associação para a devolução do terreno são “inaceitáveis porque ilegais”.

O responsável nota ainda que “são hoje inexistentes” os “motivos que justificaram a celebração” do protocolo - “a inexistência de financiamento público para a concretização do projeto”.

O internamento oncológico e geral de pediatria do São João funciona em contentores provisórios desde 2011 e o parlamento aprovou em novembro, por unanimidade, a proposta de alteração do PS ao Orçamento do Estado para 2019, de forma a prever o ajuste direto para a construção da Ala Pediátrica.

Numa carta de 03 de janeiro, a associação diz que “avança com os trabalhos” da Ala Pediátrica “até o centro hospitalar estar em condições de os assumir, momento a partir do qual a obra passará a decorrer sob a titularidade do CHSJ e com financiamento público”.

Pedro Arroja pedia à administração para “fazer prova”, em documento com a chancela do Ministério das Finanças, de que dispõe de cabimento orçamental para a continuação dos trabalhos sem qualquer interrupção.

“Como foi então [em 2017] sustentado num parecer jurídico […] nunca este centro hospitalar poderia assumir a posição contratual da [associação] Joãozinho no contrato […] sem violar de forma grosseira os princípios jurídicos fundamentais que regem a sua atuação, e que têm consagração expressa na Constituição e na lei”, explica o hospital.

Para a administração, sabendo a associação “da impossibilidade de cumprimento daquelas condições, não se compreende a que título as volta a apresentar”.

Para o São João, as pretensões apresentadas por Arroja a 03 de janeiro “são as mesmas” recusadas pela administração em 2017.

“Não se compreende como poderia vossa excelência esperar hoje uma resposta diferente daquela que lhe foi apresentada há quase dois anos”, observa a administração.

A 03 de janeiro, a administração do Hospital de São João indicou que a obra da Ala Pediátrica deve começar no início do segundo semestre, prevendo-se para abril a transferência provisória da pediatria oncológica, instalada em contentores provisórios desde 2011, para o edifício central.

Tire as dúvidas
Conhecidos os benefícios dos ómega 3 é necessário diferenciar suplementos alimentares, indústria ali
Cápsulas de suplementos alimentares

As doenças cardiovasculares continuam a liderar as taxas de morbilidade e mortalidade em Portugal. De entre os principais factores de risco modificáveis estão os hábitos alimentares ricos em gorduras e açúcares, cuja principal consequência é o aumento desmedido e descontrolado dos lípidos. Em consequência verifica-se na população portuguesa uma elevada prevalência na Síndrome Metabólica, uma síndrome que engloba a existência de triglicéridoshipertensão arterialobesidadecolesterol, etc.

As consequências do não controlo destes factores continuam a custar muito caro a todos, quer em custos directos quer indirectos e, por isso, são considerados um grave problema de saúde pública.

Segundo Pedro Marques da Silva, internista do Hospital de Santa Marta, em Lisboa, “nestes indivíduos é necessária uma abordagem multidisciplinar incluindo medidas não farmacológicas, como seja o exercício físico, hábitos alimentares saudáveis, controlo do peso e do perímetro abdominal, mas também medicamentos se necessário, pois estes doentes têm um elevado risco cardiovascular”.

São várias as “receitas” indicadas e/ou aconselhadas para a prevenção das doenças cardiovasculares. Os ácidos gordos ómega 3 são, conforme indica a medicina baseada na evidência, uma excelente opção. No entanto, na opinião de Pedro Marques da Silva, “ouve-se actualmente falar muito dos ácidos gordos ómega 3 em diferentes mas também errados conceitos. Nessa medida, especialistas alertam para a importância de fazer a destrinça entre suplementos nutricionais e medicamentos e as funções de cada um.

Medicamentos vs suplementos

Os ácidos gordos ómega 3 são um tipo de gordura sem a qual o nosso organismo não funciona adequadamente. Por essa razão, este ácido gordo é chamado de “essencial” e deve ser incluído na dieta alimentar, através de alimentos ricos nesta substância, como medida preventiva. Contudo, “existem no mercado os chamados suplementos com ómega 3, que se apresentam com doses e concentrações inferiores, interferem com factores individuais, como a capacidade de absorção, a interacção com outros medicamentos, o tipo de alimentação, etc., no entanto, os seus benefícios não estão comprovados”, explica Pedro Marques da Silva, sublinhando que são substâncias diferentes.

Também a indústria alimentar promove os benefícios de determinados alimentos ricos em ómega 3, que para os especialistas servem apenas como suplemento dietético. A indústria alimentar tem, segundo o especialista, que continuar a responder de forma positiva a estas questões novas de modelação dos nossos alimentos. “É falta de senso, por exemplo, haver batatas fritas ricas em ómega 3, quando falamos de um alimento rico em gordura e com elevado teor calórico”.

Para Pedro Marques da Silva é importante que “a população tenha presente que o impacto desses alimentos funcionais, nomeadamente os enriquecidos em ómega 3, é diminuto. Não têm qualquer interesse como intervenção farmacológica, porque para esse efeito apenas os medicamentos têm propriedades para intervir”.

Assim, torna-se imperativo diferenciar aquilo que são suplementos alimentares, sem qualquer função terapêutica, os alimentos ricos em ómega 3, onde não se incluem os promovidos pela indústria alimentar e o ómega 3 medicamento, administrado por profissionais de saúde e vendido sob receita médica.

Os especialistas alertam que quando se divulga as vantagens de determinados produtos, como manteigas ou iogurtes, por serem ricos em ómega 3, estamos no mundo da fantasia. Ou seja, não há estudos que demonstrem ou evidenciem esses benefícios. Para já é puro marketing. Ao contrário, um estudo publicado no Journal of the American College of Nutrition concluiu que a dose cardioprotectora de ácidos gordos omega-3 recomendada pela American Heart Association (AHA) - 1000mg diários de ácidos gordos omega-3 DHA (ácido docosahexanóico) e EPA (ácido eicosapentaenóico) - pode diminuir os valores de triglicéridos mas são também, anti-agregantes plaquetários (evitam a aterosclerose), são anti-arrítmicos (principal causa dos enfartes do miocárdio), são anti-trombóticos e anti-inflamatórios.

“Os resultados do mesmo estudo evidenciam que a administração deste medicamento é capaz de modificar a placa aterosclerótica, a base das principais causas de mortalidade em Portugal”, refere o especialista, acrescentando, que consegue baixar os triglicéridos e subir os níveis do chamado bom colesterol e reduzir a tensão arterial. Pode, ainda, funcionar como factor de prevenção primária, ou seja, evitar que surjam alterações metabólicas. 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Agência Europeia do Medicamento
Ao contrário do que se pensava, o ómega 3 não é eficaz a prevenir problemas cardíacos. Comissão Europeia vai ordenar aos...

Os medicamentos à base de ómega 3 não são eficazes na prevenção de problemas cardíacos em pacientes que tiveram um ataque cardíaco, conclui o Comité de Medicamentos para Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia do Medicamento (EMA, em inglês), após uma revisão de dados acumulados ao longo dos últimos anos.

Segundo o jornal espanhol El País, o parecer do CHMP será agora enviado à Comissão Europeia, que deverá emitir uma decisão final legalmente vinculativa para ser aplicada em todos os estados-membros da União Europeia (UE).

De acordo com a informação divulgada pela EMA, escreve o Diário de Notícias, os medicamentos com ácidos gordos ómega 3 - que são naturalmente encontrados em peixes como o salmão - foram aprovados em vários países da UE, a partir de 2000, para utilização em pacientes que tinham sofrido um ataque cardíaco, em combinação com outros medicamentos.

Quando foram autorizados, os dados disponíveis mostravam que podiam ter alguns benefícios na redução de problemas graves de coração e vasos sanguíneos, embora esses benefícios fossem considerados modestos. Desde então, os dados que surgiram não confirmaram esses mesmos efeitos.

A revisão teve início em marco, a pedido da agência de medicamentos sueca. Não existem quaisquer preocupações do ponto de vista da segurança destes medicamentos, mas o CHMP concluí que o equilíbrio entre os benefícios e os riscos destes medicamentos para prevenir a ocorrência de problemas cardíacos é agora negativo.

No comunicado, a EMA diz que, caso esteja a usar este tipo de medicamentos para reduzir o risco de eventos cardíacos, deve aconselhar-se com o seu médico sobre a melhor alternativa.

Embora não sejam recomendados para este fim, os ácidos gordos ómega 3 continuam a ser aconselhados para reduzir certos tipos de gordura no sangue, como os triglicerídeos.

Esta não é a primeira vez que surgem estudos a questionar os efeitos do ómega 3 para prevenção de problemas cardíacos. Uma investigação levada a cabo pela Cochrane, uma organização internacional sem fins lucrativos, concluiu, após uma revisão sistémica, que os suplementos de ómega 3 não nos protegem de um ataque cardíaco nem de um acidente vascular cerebral (AVC).

 

Especialista esclarece
Amamentar após realizar uma mamoplastia de aumento ou redução, ou praticar exercício físico após col

É uma das cirurgias mais procuradas pelas mulheres portuguesas. A mamoplastia (de aumento ou redução) é uma cirurgia plástica que permite à mulher encontrar a forma ideal da sua mama. Se está a pensar em mudar o seu corpo saiba algumas das respostas que a poderão elucidar antes de optar por esta cirurgia.

A colocação de próteses mamárias causa cancro da mama?

Este é um mito há muito afastado por inúmeros estudos científicos que comprovam inequivocamente que a colocação de próteses mamárias não aumenta o risco de cancro da mama. É um procedimento altamente seguro e é recomendável que seja realizado por um cirurgião devidamente certificado pela Ordem dos Médicos.

Depois de realizar uma mamoplastia de aumento ou redução posso realizar mamografias?

Não há qualquer interferência das próteses de silicone com a realização da mamografia, nem da sua apreciação por um radiologista. Não existe, portanto, maior dificuldade em avaliar eventuais lesões da mama.

Só se deve realizar esta cirurgia após ter filhos?

O timing para a colocação das próteses mamárias não está ligado diretamente com uma gravidez. Pode realizar a cirurgia antes da primeira gravidez ou entre gravidezes.  Contudo, se estiver a pensar ter um filho brevemente, deverá programar a cirurgia posteriormente à gravidez. A razão é simples, todas as mulheres sabem que após a gravidez e aleitamento materno a mama sofre alterações, pode aumentar, cair um pouco e até diminuir o seu tamanho. Neste caso, ao colocar as próteses mamárias após a gravidez poderá corrigir estas alterações normais da mama.

É possível amamentar com próteses mamárias?

Não há qualquer impedimento para amamentar após a realização de uma mamoplastia de aumento. Não há alteração da qualidade do leite, nem passa qualquer substância prejudicial para o bebé. A grande maioria das mulheres tem filhos após a cirurgia e amamenta sem problemas.

Não posso fazer exercício físico durante 3 a 6 meses.

Após a cirurgia deve haver um período de repouso de 4 semanas, altura em que se pode iniciar exercício físico ligeiro, como por exemplo, jogging. Seis semanas após a cirurgia pode regressar à atividade física sem quaisquer restrições. Esta situação é recomendável quer seja para mamoplastia de aumento ou mamoplastia de redução.

Vou perder a sensibilidade do mamilo?

A cirurgia de mamoplastia de aumento e redução habitualmente não interfere com a sensibilidade do mamilo, e mesmo que transitoriamente haja alguma alteração pontual, a paciente recupera a sensibilidade total ao fim de 6 meses. Excepcionalmente poderão subsistir alterações da sensibilidade do mamilo, mas os casos são raros e requerem sempre um acompanhamento por parte do médico.

Uma mamoplastia de redução só é realizada por questões estéticas.

Errado. É importante perceber que para além de alterações estéticas associadas a uma mamoplastia de redução, existem também questões de melhoria da saúde de uma paciente. Uma paciente submetida a uma mamoplastia de redução terá obrigatoriamente uma melhoria da sua postura. Esta cirurgia permite uma poupança no esforço e desgaste da coluna cervical e lombar. 

As pessoas vão perceber que fiz uma mamoplastia, pois o resultado é artificial.

Esta afirmação está errada. O objectivo desta cirurgia é precisamente aumentar ou diminuir o volume da mama, melhorar a sua forma e manter um aspeto e dinâmicas naturais. Seja em que situação for, na praia, numa festa ou no seu local de trabalho, sentir-se-á confortável e confiante com o resultado da cirurgia. Se a cirurgia for planeada adequadamente e o volume da prótese mamária adaptada à estrutura física da mulher, obterá um resultado mais natural, mas ao mesmo tempo com uma melhoria estética enorme. No caso da mamoplastia de redução a situação da redução do volume da mama permite à mulher melhorar a sua autoestima. Atualmente existem já técnicas de simulação 3D que permitem observar resultados com 90% de aproximação ao resultado final de uma cirurgia.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Infarmed alerta
A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) alertou para a existência de mais dois produtos para emagrecimento e outro de...

Segundo uma nota do Infarmed, os três produtos, que foram agora detetados na Alfândega, contêm substâncias que só podem ser usadas em medicamentos e a sua utilização é proibida em Portugal.

Na nota disponível hoje na página da Internet da Autoridade do Medicamento, o Infarmed alerta para a ilegalidade do produto “Stiff Days”, em cápsulas, que contém substâncias destinadas ao tratamento da disfunção erétil.

“Após análise no laboratório do Infarmed, verificou-se que este produto contém a substância ativa sildenafil, que se destina à melhoria do desempenho sexual”, refere o Infarmed.

A Autoridade do Medicamento salienta que não está garantida a qualidade, segurança e eficácia do produto, por isso, a sua utilização é proibida em Portugal.

O “UP Life”, em cápsulas, foi outro dos produtos detetado na Alfândega, tendo-se verificado após análise que contém as substâncias ativas hidroclorotiazida (com efeitos diuréticos) e sibutramina (substância destinada ao emagrecimento e que foi retirada do mercado europeu, por constituir um risco para a saúde.

O Infarmed detetou também o produto "Moder Diet", em cápsulas, com substâncias ativas hidroclorotiazida, a qual tem efeitos diuréticos, e sibutramina, destinada ao emagrecimento e que foi retirada do mercado europeu, por constituir um risco para a saúde.

Por isso, o Infarmed alerta as entidades que dispõem destes produtos para que não os podem “vender, dispensar ou administrar” e que devem comunicar de imediato com a autoridade do medicamento.

“Os utentes que disponham destes produtos não os devem utilizar, devendo entregar as embalagens em causa na farmácia para posterior destruição, através da Valormed”, adianta o Infarmed.

O produto tem, provavelmente, origem em vendas através da Internet, não tendo sido, segundo o Infarmed, detetado no circuito legal de venda de medicamentos (por exemplo, farmácias).

Na semana passada, o Infarmed já tinha alertado para a deteção na Alfândega dos produtos ‘PowerFite’ e ‘Diet Slim’, dois “medicamentos ilegais” por não terem autorização de introdução no mercado em Portugal e conterem substâncias ativas que apenas podem ser utilizadas em fármacos.

Estes produtos, em cápsulas, contêm substâncias destinadas ao tratamento da hipertensão, obesidade e ansiedade.

Dias depois, o Infarmed alertou para a ilegalidade dos produtos “Redux -Redutor de Medidas” e “Composto Natural Dieta” com substâncias destinadas ao tratamento da hipertensão, obesidade, ansiedade e obstipação.

Na quarta-feira, o Infarmed alertou que o produto Japan Tengsu é um "medicamento ilegal" por conter substâncias destinadas ao tratamento da disfunção erétil que apenas podem ser utilizadas em fármacos.

Ministério Público
O Ministério Público abriu um inquérito para investigar o enfermeiro proprietário das clínicas Ozonecare devido a suspeitas de...

O inquérito foi aberto na sequência de uma denuncia, encontrando-se "em investigação e não tem arguidos constituídos", afirma a Procuradoria-Geral da República (PGR).

A investigação está a ser dirigida pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), com a coadjuvação da Polícia Judiciária.

A estação de televisão SIC divulgou na segunda-feira uma reportagem sobre as clínicas Ozonecare, onde se fazem tratamentos com ozono, em que, alegadamente, o enfermeiro proprietário dá aos utentes receitas em que prescreve atos diferentes daqueles que realiza.

As seis clínicas Ozonecare pertencem a Paulo Rocha, enfermeiro com carteira profissional, mas que, segundo os utentes ouvidos pela SIC, se faz passar por médico, apresentando várias justificações para entregar prescrições médicas passadas em nome de outros médicos.

Em declarações ontem, a bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, disse que a Ordem já tinha aberto um inquérito interno ao enfermeiro Paulo Rocha antes de a reportagem ter sido transmitida.

"Já tínhamos recebido uma denúncia relativamente ao enfermeiro" e aberto "um inquérito interno do ponto de vista dos nossos regulamentos", afirmou a bastonária, explicando que "a denúncia tem a ver com o enfermeiro em questão" e não "com eventuais crimes de fraude ou de falsificação", porque isso já não compete às ordens profissionais, mas sim ao Ministério Público e à Polícia Judiciária.

Ana Rita Cavaco disse que na denúncia vinha a indicação de que o seu autor já se teria queixado ao Ministério Público.

Segundo a reportagem, as receitas prescritas aos utentes têm as vinhetas de dois médicos e têm servido para que alguns subsistemas de saúde, nomeadamente a ADSE, e algumas seguradoras, subsidiem tratamentos que não fazem parte das listas oficiais de comparticipação.

Em declarações à SIC, o proprietário das clínicas refutou as acusações e garantiu que as consultas são sempre feitas por dois médicos.

"Nós temos um modelo em que rodamos pelas seis clínicas e isto é feito rigorosamente de acordo com a patologia que o paciente tem", disse Paulo Rocha.

A Ordem dos Médicos disse ontem ter apresentado uma participação ao Ministério Público contra as clínicas Ozonecare por suspeita de crimes de burla, falsificação e usurpação de funções e pediu a intervenção da Entidade Reguladora da Saúde e da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde".

Em comunicado, a OM afirmou que os factos que envolvem as clínicas merecem a sua "condenação e intervenção", uma vez que representam "situações que podem colocar em risco a saúde pública e lesar a saúde dos doentes que acorrem" aos seus serviços.

Ministério da Saúde
O Conselho de Administração do Hospital de S. João, no Porto, pediu a renúncia de funções, confirmou ontem o Ministério da Saúde.

“O Ministério da Saúde teve conhecimento do pedido de renúncia do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário de São João, na sequência do término do mandato a 31 de dezembro. É um mecanismo que está previsto na Lei”, disse o Ministério em comunicado.

No documento, o Ministério diz que tem dialogado com o Conselho de Administração no âmbito da resolução do processo da ala de pediátrica, “reconhecendo o empenho do presidente em criar condições para a transferência dos doentes pediátricos para as instalações do hospital”.

A renúncia foi também confirmada pelo próprio Conselho de Administração do Centro Hospitalar de São João, que num comunicado refere que a decisão pretendeu “facilitar a sua substituição da forma mais rápida possível”.

“Foram estes os únicos fundamentos que estiveram na base do pedido de renúncia”, refere o comunicado do Conselho de Administração do hospital, que assumiu funções em 2016 liderado por António Oliveira e Silva.

O Hospital São João tem sido notícia nos últimos meses devido às obras de construção da ala pediátrica, a funcionar há cerca de dez anos em contentores.

Esta situação levou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a passar o dia de Natal com as crianças internadas naquela unidade de saúde. No mesmo dia, a ministra da Saúde, Marta Temido, disse que as obras da nova ala pediátrica deveriam arrancar este ano e ficarem concluídas em 24 meses.

No passado dia 03 o hospital indicou que a obra da ala pediátrica era para começar no início do segundo semestre, prevendo-se para abril a transferência provisória da pediatria oncológica, atualmente em contentores, para o edifício central.

Há dez anos que o Hospital de São João tem um projeto para construir uma ala pediátrica, mas desde então o serviço tem sido prestado em contentores.

O parlamento aprovou a 27 de novembro, por unanimidade, a proposta de alteração do PS ao Orçamento do Estado para 2019, de forma a prever o ajuste direto para a construção da ala pediátrica.

Autoridades de saúde
As autoridades de saúde da Madeira reforçaram ontem o Plano de Contingência para o Inverno, face ao aumento das infeções...

"A partir de amanhã [quinta-feira] temos uma consulta aberta das 14:00 às 20:00, que vai funcionar de segunda a sexta-feira, com uma equipa constituída por um médico, um enfermeiro e um assistente técnico, vocacionada sobretudo para os utentes que não possam ser atendidos pelo seu médico de família", indicou Ana Santos, diretora dos centros de saúde de Santo António e Nazaré.

A responsável salientou, em conferência de imprensa, que não existem no Funchal serviços públicos de urgência médica além do hospital central, pelo que as autoridades decidiram criar um serviço excecional nestas duas unidades, localizadas em áreas de grande densidade populacional.

Fora do Funchal, os utentes devem continuar a recorrer aos centros de saúde que dispõem de serviço de urgência.

O Plano de Contingência para o Inverno entrou em vigor em outubro de 2018 e prolonga-se até março de 2019, sendo que as autoridades decidiram agora reforçá-lo devido às baixas temperaturas que estão a afetar o arquipélago, com aumento das infeções respiratórias e consequente congestionamento dos serviços de urgência no hospital central.

No entanto, não foi até ao momento registado qualquer internamento por diagnóstico de gripe nas unidades públicas de saúde da região autónoma.

Ministra da Saúde
A ministra da Saúde defendeu ontem que o serviço SNS 24 é a "melhor alternativa" ao recurso imediato às urgências...

Marta Temido falava aos jornalistas, em Lisboa, depois de ter visitado o Centro de Contacto do Serviço Nacional de Saúde (SNS 24).

Justificando as vantagens do SNS 24, que funciona 24 horas por dia, a ministra apontou "o conforto" de uma chamada a partir de casa, "a rapidez" no atendimento - "em média as chamadas são atendidas em 20 segundos" - e "a segurança" - o "atendimento é feito por enfermeiros e o encaminhamento dos doentes é feito de acordo com algoritmos de decisão" e verificado com "uma chamada de controlo passado algum tempo".

Apesar de reconhecer que "não há sistemas isentos de falhas", a ministra quis transmitir uma mensagem de tranquilidade, afirmando que o SNS 24 é um serviço "em que as pessoas podem confiar".

Marta Temido apelou para o uso da linha telefónica em caso de suspeita de doença, considerando-a como a "melhor alternativa" às urgências, até para "evitar contágios".

"As pessoas devem sempre ligar para a linha em caso de gripe ou outra sintomatologia", frisou, lembrando os casos não urgentes que chegam às urgências, provocando "filas de espera nos hospitais".

A titular da pasta da Saúde acrescentou que, em média, apenas 20% das chamadas diárias de utentes com sintomas de gripe necessitaram de ser encaminhadas para as urgências hospitalares.

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, que acompanhou a visita, crê que o pico da gripe não terá sido ainda atingido, remetendo "informação mais fiável" para os dados que são atualizados semanalmente, às quintas-feiras, pelo Instituto Nacional Dr. Ricardo Jorge no boletim da gripe.

O plano de contingência sazonal que foi ativado nos centros de saúde de Lisboa e Vale do Tejo - que implica o alargamento do horário de funcionamento e o reforço de equipas - será estendido a centros de saúde de outras regiões caso os médicos responsáveis entendam que se justifique, adiantou Marta Temido.

A ministra reconheceu que, apesar do aumento de 30% do número de utilizadores da linha telefónica do Serviço Nacional de Saúde em 2018, comparativamente a 2017, é preciso continuar a reforçar o apelo à sua utilização.

Bastonária
A Ordem dos Enfermeiros já tinha aberto um inquérito interno ao enfermeiro proprietário das clínicas Ozonecare antes da...

“Já tínhamos recebido uma denúncia relativamente ao enfermeiro” e aberto “um inquérito interno do ponto de vista dos nossos regulamentos”, afirmou a bastonária da Ordem dos Enfermeiros (OF), Ana Rita Cavaco.

A bastonária adiantou que a denúncia recebida na Ordem dos Enfermeiros “tem a ver com o enfermeiro em questão” e não “com eventuais crimes de fraude ou de falsificação”, porque isso já não compete às ordens profissionais, mas sis ao Ministério Público e à Polícia Judiciária.

Ana Rita Cavaco contou que na denuncia vinha a indicação que a pessoa já se teria queixado ao Ministério Público, presumindo que este já esteja a investigar a situação.

A SIC divulgou na segunda-feira uma reportagem sobre as clínicas Ozonecare, onde se fazem tratamentos com ozono, em que, alegadamente, o enfermeiro proprietário dá aos utentes receitas onde prescreve atos diferentes daqueles que ele próprio faz.

As seis clínicas Ozonecare pertencem a Paulo Rocha, enfermeiro com carteira profissional, mas que, segundo os utentes ouvidos pela SIC, se faz passar por médico, apresentando várias justificações para entregar prescrições médicas passadas em nome de outros médicos.

Nas clínicas, localizadas em Miraflores, Almada, Coimbra, Porto, Leiria e Funchal, Leiria, são feitos tratamentos com ozono para várias patologias, desde cancro, varizes, até demências, como o Alzheimer.

Segundo a reportagem, as receitas prescritas aos utentes têm as vinhetas de dois médicos e têm servido para que alguns subsistemas de saúde, nomeadamente a ADSE, e algumas seguradoras, subsidiem tratamentos que não fazem parte das listas oficiais de comparticipação.

Em declarações à SIC, o proprietário das clínicas refutou as acusações e garantiu que as consultas são sempre feitas por dois médicos.

“Nós temos um modelo em que rodamos pelas seis clínicas e isto é feito rigorosamente de acordo com a patologia que o paciente tem”, disse Paulo Rocha.

Questionado sobre o facto de se apresentar como médico, Paulo Rocha disse ter um mestrado de Medicina Integrada e que está a fazer ozonoterapia “há bastante tempo”.

A Ordem dos Médicos disse hoje ter apresentado uma participação ao Ministério Público contra as clínicas Ozonecare por suspeita de crimes de burla, falsificação e usurpação de funções e pediu a intervenção da Entidade Reguladora da Saúde e da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde”.

Em comunicado, a OM afirma que os factos que envolvem as clínicas merecem a sua “condenação e intervenção”, uma vez que representam “situações que podem colocar em risco a saúde pública e lesar a saúde dos doentes que acorrem” aos seus serviços.

Comissão parlamentar da Saúde
O coordenador da Estrutura de Missão para a Sustentabilidade do Programa Orçamental da Saúde, Julian Perelman, defendeu hoje a...

“Há hospitais que estão em situação muito complicada” e que necessitam “não apenas de ser incentivados ou penalizados, [mas] precisam de um acompanhamento”, disse Julian Perelman na comissão parlamentar da Saúde, onde foi ouvido hoje a pedido do PSD sobre as medidas propostas com vista ao favorecimento do equilíbrio e da sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Segundo o coordenador, a “ideia é criar o mais rapidamente possível uma comissão de acompanhamento e de avaliação, não só para avaliar o desempenho, mas para poder acompanhar o hospital”.

O objetivo é “ir ao terreno, saber que medidas estão a ser implementadas para melhorar a situação, poder fazer recomendações e acompanhar a implementação dessas recomendações”, explicou

Na audição, Julian Perelman falou sobre o problema de endividamento, considerando que “é um travão à autonomia dos hospitais, que não podem assumir compromissos sem terem fundos disponíveis”.

“Como estão endividados não assumem compromissos, não podem abrir concursos, e isso leva a assumir a despesa por formas menos idóneas e menos eficientes”, disse o coordenador da estrutura criada em março pelo Governo com o objetivo de apresentar propostas que contribuam para a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde e acompanhar o desempenho financeiro das entidades do SNS e do Ministério da Saúde.

Julian Perelman afirmou que os recursos humanos, os medicamentos e os dispositivos médicos têm sido, ao longo dos anos, as “duas fontes principais” do aumento da despesa, e considerou que assumir essa despesa através de endividamento é problemática.

“Do ponto de vista de gestão, endividar-se não é um problema, pode ser uma estratégia, o problema é quando esse endividamento fica demasiado alto e, sobretudo, quando os tempos de pagamento passam a ultrapassar todos os prazos”, disse.

No seu entender, “o problema não é a dívida, o problema são as dívidas vencidas há mais de 90 dias” e as faturas que não são pagas a tempo.

“A dívida cria problemas de eficiência grave”, porque leva “a uma situação de negociação, onde o Estado é muito fraco face às empresas farmacêuticas e empresas de dispositivos médicos”, sendo-lhe muito difícil pedir diminuições de preços.

E este endividamento é “um sinal de preocupação” da capacidade de gestão do orçamento do Serviço Nacional de Saúde que é dado às instituições internacionais, vincou.

Durante a audição, o deputado social-democrata Ricardo Batista Leite observou que houve um aumento de 60% na dívida vencida entre dezembro de 2015 e novembro de 2018 e que, desde que foi construída a estrutura de missão, em março, esse aumento foi de 14%.

Para Julian Perelman, a dívida reflete também o esforço que tem sido feito em termos do Estado para assumir despesas do SNS.

“O problema é que não será a melhor forma de assumir a despesa”, disse, defendendo que “o ideal era tentar o mais possível, em vez de pagar essa despesa de forma atrasada, por causa da acumulação da dívida, poder fazer-se isso antecipadamente”, contemplado no orçamento inicial dos hospitais qual vai ser a despesa.

Administração Regional de Saúde
As unidades de saúde do Algarve estão preparadas para o pico da gripe mas para já não há reforço nos serviços devido à baixa...

"A situação é calma, estável e a afluência é inferior, em termos de número de casos de gripe, à do ano passado", referiu Paulo Morgado, dando o exemplo da passada segunda-feira, dia em que apenas surgiram 20 casos de gripe nos 16 centros de saúde da região algarvia.

No Algarve, o pico da gripe costuma surgir mais tarde do que em outras regiões devido às condições climatéricas mais favoráveis, explicou, estimando que a afluência possa subir "nos próximos dias" e que o pico da gripe na região ocorra "na terceira ou quarta semana" de janeiro.

Segundo aquele responsável, apesar de ainda não ter sido ativado qualquer plano de contingência, todas as unidades de saúde da região, quer os centros de saúde, quer as urgências hospitalares, estão preparadas para responder a um eventual aumento da afluência de utentes aos seus serviços.

A afluência de utentes às unidades de cuidados de saúde primários e hospitalares da região está a ser monitorizada diariamente, de modo a que, em caso de necessidade, haja um reforço imediato de equipas ou sejam alargados os horários de atendimento, frisou.

Estas medidas serão ativadas quando se justificar, garantiu Paulo Morgado, precisando que, no caso das urgências hospitalares, serão criados circuitos especiais para o acesso e tratamento de doentes e abertas camas adicionais, em função da afluência.

O presidente da Administração Regional de Saúde do Algarve (ARS/Algarve) apelou ainda às pessoas com suspeitas de gripe para contactarem primeiro o centro de contacto SNS24 (808 24 24 24), que os encaminhará para o serviço de saúde mais adequado.

"Os utentes que ligarem e forem encaminhados não pagam taxas moderadoras, o que é uma vantagem, além do facto de serem atendidas de forma prioritária", sublinhou.

A monitorização da afluência de utentes aos serviços foi intensificada a partir do início desta semana no âmbito do Plano de Contingência Saúde Sazonal.

O controlo é feito pela ARS/Algarve, em articulação com o Departamento de Saúde Pública e Planeamento, os três Agrupamentos de Centros de Saúde (Barlavento, Central e Sotavento) e o Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA).

Veterinários municipais alertam
A Associação Nacional de Médicos Veterinários dos Municípios alertou hoje para a existência de “listas de espera” nos canis...

“O canil intermunicipal com o que o meu concelho funciona, o canil intermunicipal do Alto Minho, tem neste momento uma lista de espera, de cães, de 63 animais. Estão à espera 63 animais para ser recolhidos. Desses, alguns estão na rua, outros estão a ser acolhidos por pessoas que os abrigaram e estão à espera que haja uma vaga no canil”, afirmou Ricardo Lobo, membro da direção da Associação Nacional de Médicos Veterinários dos Municípios (ANVETEM).

Para o responsável, este já é “um número considerável”, uma vez que os animais que estão na rua se podem “juntar a outros e formar matilhas”.

“Numa certa fase estes cães estão inofensivos e mais ou menos circunscritos, depois com a distribuição de alimentos começam a formar ninhadas, e as ninhadas a formar matilhas, e depois começa a haver ataques a pessoas e a animais e isto são sinais de coisas que vão acontecer”, afirmou.

Ricardo Lobo disse ainda, que “a maior parte dos centros de recolha” estão a recolher apenas os animais que são “mesmo urgentes”, que representam perigo para as pessoas ou estão doentes.

“Os cães que são agressivos, que estão na rua e representam um perigo, tudo o resto vão dizendo [os Centros de Recolha Oficiais (CRO)] às pessoas para aguentarem os animais no sítio em que estão algum tempo, que logo que houver um espaço se arranja um sítio para eles ficarem”, afirmou.

O veterinário acrescentou, ainda, que a maioria dos CRO que seguem, por opção, uma política de abate há mais de um ano, regista já listas de espera superiores a uma centena de cães.

“Vamos deixando aquele cão que até estava na rua e nunca fez mal a ninguém, mas, entretanto, mordeu uma criança, como aconteceu recentemente em Amarante. É o que vamos ter. Para já ainda passou pouco tempo, mas os efeitos vamos tê-los”, alertou o responsável.

O “abate de animais em centros de recolha oficial de animais por motivos de sobrepopulação, de sobrelotação, de incapacidade económica ou outra que impeça a normal detenção pelo seu detentor” foi proibido a partir de 23 de setembro de 2018.

De acordo com a lei, os animais acolhidos pelos Centros de Recolha Oficial que não sejam reclamados pelos seus donos no prazo de 15 dias, a contar da data da sua recolha, são “considerados abandonados e são obrigatoriamente esterilizados e encaminhados para adoção”.

A Região Autónoma da Madeira deixou de abater animais nos canis municipais em 2016, depois de aprovar a proibição do abate de animais de companhia e errantes e definiu um programa de esterilização, em sessão plenária no parlamento insular em 04 de fevereiro de 2016, que entrou em vigor 30 dias depois.

Já os municípios da Região Autónoma dos Açores têm até 2022 para se prepararem para o fim do abate de animais nos canis municipais, apesar de haver já alguns municípios a tentar antecipar o fim do abate.

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