Médicos já recomendam suplemento de vitamina D
O sol não está a ser bem aproveitado, as crianças brincam menos na rua e os estudos revelam falta de vitamina D. A pediatra...

A recomendação é que todos os bebés com duas semanas comecem a tomar vitamina D. "Todos estão recomendados a iniciar, pela segunda semana de vida, uma gota de vitamina D oral durante o primeiro ano e já há recomendações para se estender isto um bocadinho mais", explica à TSF a pediatra Carolina Prelhaz.

E a culpa é da forma como não estamos a aproveitar o sol. "Não saímos de casa. Saímos no verão, mas depois, no resto do ano, ou está muito frio, ou está a chover, e as crianças brincam muito menos na rua, estão muito mais fechadas. Claro que há honrosas exceções, mas, no geral, temos alguma falta de vitamina D. Há estudos sobre isso e cada vez mais se sabe as repercussões que isso terá a nível cardiovascular e da mortalidade."

Sabe-se que a exposição solar é essencial para a produção de vitamina D, uma vitamina lipossolúvel que não existe naturalmente em muitos alimentos, mas que ajuda a tornar os ossos mais fortes, ajuda a controlar e a prevenir a diabetes e a proteger o coração.

Os alimentos com maior teor em vitamina D são os peixes gordos (salmão, atum e cavala, por exemplo) e óleos de peixe. Alguns alimentos fortificados como o leite, bebidas e cremes vegetais, cereais de pequeno-almoço e pão também têm vitamina D, mas a exposição solar é imprescindível para que o processo de síntese desta vitamina ocorra.

Qualidade dos espermatozoides
A diabetes é definida pela Organização Mundial da Saúde como uma doença crónica que surge quando o p

O impacto da diabetes na fertilidade tanto de homens como de mulheres tem vindo a ser constatada com factos como o aumento da proporção de casais inférteis quando a doença está presente em um ou ambos membros do casal, especialmente se não estiver controlada.

O estudo do mecanismo da repercussão desta síndrome metabólica no aparelho reprodutor masculino tem estado na mira dos investigadores.

Estudos recentes demostraram que a diabetes tem um impacto negativo na maturação, desenvolvimento e funcionalidade dos espermatozoides.

Existe um envelhecimento prematuro dos espermatozoides devido à elevada concentração de espécies reativas de oxigénio no aparelho reprodutor dos homens diabéticos, favorecendo um aumento do stress oxidativo no entorno dos espermatozoides. Estas moléculas são comuns no aparelho reprodutor de homens com idade avançada e são suspeitas mediadoras na maioria das complicações da diabetes.

Em homens diabéticos, a capacidade de reparação do material genético pode estar comprometida, existindo maior probabilidade do índice de fragmentação do DNA espermático estar aumentado, mesmo quando os parâmetros de concentração e mobilidade dos espermatozoides estão dentro da normalidade. Estas alterações na estrutura do DNA espermático manifestam-se com a diminuição da capacidade de fecundação do espermatozoide que, caso fecunde, poderá dar lugar a uma falha na implantação ou a um aborto, ou num aumento do risco de alterações genéticas transmitidas à descendência.

Para além da avaliação seminal sob microscópio, outros estudos transmitem maior informação sobre o estado celular, do seu material genético e a capacidade fecundante do espermatozoide, como é o índice de fragmentação do DNA espermático, o estudo do stress oxidativo dos espermatozoides ou o estudo das microdeleções do cromossoma Y.

Outras alterações frequentes são a diminuição da produção da testosterona e, como consequência, a diminuição da qualidade dos espermatozoides, a disfunção eréctil, a diminuição do volume espermático (hipospermia) podendo não haver ejaculação (anejaculação), e a ejaculação retrógrada (o sémen passa para a bexiga no momento da ejaculação).

Perante um problema de fertilidade do casal, é fundamental dar a conhecer a doença e o estado da mesma durante a consulta com o médico especialista. A diabetes deve estar controlada antes de dar início ao tratamento, requer uma atenção particular que nos conduza a um final feliz.

Uma alimentação saudável, exercício físico, evitar o consumo de tabaco e controlar o peso poderão ser chave para evitar a diabetes de tipo 2.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Governo
A Plataforma Transgénicos Fora apelou hoje ao Governo para que proíba a venda de herbicidas à base de glifosato, que apoie os...

O apelo da Plataforma Transgénicos Fora surge na sequência dos resultados de um estudo lançado em 2018 para testar a presença de glifosato em voluntários portugueses.

As análises demonstraram uma exposição recorrente ao herbicida e apontam para uma contaminação generalizada por glifosato em Portugal.

Em comunicado, a Plataforma faz também um apelo ao Governo para que lance um estudo abrangente sobre a exposição dos portugueses ao glifosato e proíba a venda deste herbicida para usos não profissionais.

A Plataforma quer análise obrigatórias para detetar glifosato na água de consumo e o fim do uso de herbicidas sintéticos na limpeza urbana.

Na nota, a entidade pede ainda ao Governo apoio aos agricultores na transição para uma agricultura pós-glifosato nos próximos anos.

A organização sublinha que pela “primeira vez em Portugal foi possível calcular os valores de exposição efetiva ao glifosato (que levam também em consideração o AMPA - substância em que o glifosato se transforma quando começa a degradar-se) e os resultados, quando comparados com outros países europeus, mostram uma diferença preocupante”.

Em declarações, a bióloga da Plataforma Margarida Silva, indicou que em julho de 2018 foram recolhidas amostras de urina a 62 voluntários, 56 adultos e seis crianças, tendo 65% acusado glisofato.

“Em outubro de 2018, a análise foi repetida, tendo participado 44 pessoas. O glifosato foi detetado em 100% das amostras”, referiu.

De acordo com os dados do estudo, enquanto na média de 18 países se verificou que 50% das amostras estavam contaminadas, as duas rondas de testes em Portugal estavam acima desse valor – e em outubro a contaminação foi detetada em 100% das amostras.

A Plataforma já tinha levado a cabo, em 2016, uma outra colheita a 26 pessoas que veio confirmar também a presença da substância em 100% dos casos.

“Em 2016 houve uma amostragem tão aleatória quanto possível: nenhum dos voluntários escolhidos consumia agricultura biológica ou estava ligado a alguma corrente ou preocupação particular com a alimentação”, segundo a Plataforma.

Já em 2018, os participantes inscreveram-se por iniciativa própria e cerca de 80% dos inscritos identificaram-se como consumidores de alimentos biológicos.

“Estes resultados mostram que o problema não está resolvido, que as pessoas estão a ser contaminadas recorrentemente. Estamos expostos todos os dias e a alterar o nosso microbioma intestinal, que as investigações apontam nesse sentido é dos sistemas mais importantes do ponto de vista da perseveração da nossa saúde e equilíbrio metabólico”, disse.

De acordo com Margarida Silva, podem estar aqui muitos dos problemas de saúde dos portugueses.

O glifosato é o herbicida mais usado em Portugal e causa cancro em animais de laboratório, estando classificado pela Organização Mundial de Saúde como carcinogéneo provável para o ser humano.

“Este estudo exploratório é uma forma de pressionar o Governo a tomar medidas para esclarecer o que se passa, saber se há focos específicos de contaminação e por outro lado ir preparando o caminho para o desaparecimento do glifosato. Os nossos agricultores precisam de aprender outras práticas. Não podemos deixar que a nossa agricultura fique atrás de outros países”, concluiu.

‘Brexit’
O presidente da LusoMorango disse que os produtores de pequenos frutos vermelhos estão preocupados com o impacto da saída do...

“Claro que a possibilidade do ‘Brexit’ nos preocupa. A introdução de uma barreira alfandegária […] pode retardar a entrada dos nossos produtos no Reino Unido e, com isso, colocar dificuldades de falta de qualidade”, disse Luís Pinheiro.

No entanto, para o responsável, o principal problema pode ser, a prazo, uma desvalorização do euro face à libra.

Em 2018, a produção da LusoMorango atingiu 10 mil toneladas, sendo 99% para exportação.

Em conjunto, o Reino Unido e a Alemanha absorveram cerca de 70% da produção da organização.

“O que podemos e devemos fazer neste momento é diversificar mercados para minimizar e reduzir riscos. Nós, em conjunto com as autoridades portuguesas e os nossos parceiros de logística e transporte, estamos empenhados e preocupados com a questão política da saída do Reino Unido”, acrescentou.

De acordo com o presidente da LusoMorango, a estratégia dos produtores de pequenos frutos passa ainda por “aumentar significativamente” a sua presença em França e na Alemanha.

“Vemos [a possibilidade de] um reforço nos países nórdicos e, claramente, também olhamos para o Sul, como Espanha, Portugal e também Itália”, indicou.

Em 2018, a LusoMorango atingiu 54,5 milhões de euros de volume de negócios, mais 15,7% do que no ano anterior.

Para 2019, a organização de produtores espera atingir uma faturação na ordem dos 57 milhões de euros.

A LusoMorango foi criada em 2005 por quatro sócios, sendo, atualmente, composta por 42 produtores, distribuídos por regiões como o Alentejo e Algarve.

A organização dedica-se à produção de pequenos frutos, também conhecidos como ‘berrys’, nomeadamente framboesas, amoras, mirtilos e morangos.

A saída do Reino Unido da União Europeia está agendada para março de 2019, três anos após o referendo que teve 52% dos britânicos a votarem a favor do ‘Brexit’.

Portal das Finanças
As pessoas que em 2018 tiveram despesas de saúde ou educação em outros países da União Europeia podem registar as respetivas...

Esta indicação consta de um conjunto de informações relativas à campanha do IRS deste ano – que arranca no dia 01 de abril – e que foi publicada no sábado pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) no Portal das Finanças.

“Caso as despesas de saúde, formação e educação tenham sido realizadas fora do território português e os encargos com imóveis tenham sido realizados noutro Estado membro da União Europeia ou do Espaço Económico Europeu, em que exista intercâmbio de informação em matéria fiscal, pode o sujeito passivo comunicá-las através do Portal das Finanças, inserindo os dados essenciais da fatura ou documento equivalente que as suporte”, precisa o documento da AT.

Este processo de registo (e validação) das faturas tem de ser feito até ao final do dia 25 de fevereiro e deve incluir todos os titulares de despesas de cada agregado familiar, incluindo os dependentes que no ano passado tenham estado a estudar em outro país, por exemplo.

Como as faturas emitidas noutros países podem não ter todos os campos habitualmente exigidos pelo e-fatura, é possível pedir apoio junto dos serviços de Finanças ou dos Espaços Cidadão, sendo necessário estar munido de uma senha de acesso ao Portal das Finanças.

O Governo, através do Orçamento do Estado para 2019, procedeu a vários acertos no IRS, nomeadamente no prazo limite para registar e validar faturas que este ano termina dia 25 de fevereiro – e não no dia 15 deste mês.

A data de entrega da declaração anual também foi alterada, pelo que, este ano, em vez de estar limitada aos meses de abril e maio, vai prolongar-se por junho. No entanto, o prazo termina mesmo em 30 de junho, deixando de deslizar para o dia útil seguinte caso o último dia coincida com um fim de semana ou feriado.

Ao longo daqueles três meses podem ser entregues todas as declarações de IRS independentemente do tipo de rendimentos auferidos, sendo que o reembolso chegará mais cedo para quem também entregar mais cedo.

Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde do Brasil lançou na sexta-feira uma campanha que visa consciencializar, principalmente, jovens do sexo...

Sob o lema 'pare, pense e use preservativo', a campanha é lançada a poucos dias antes do Carnaval, época festiva em que a pasta da Saúde, liderada por Luiz Henrique Mandetta, prevê distribuir 129 milhões de contraceptivos masculinos, sendo que 12 milhões dessas unidades conterão já o novo 'slogan'.

“Os números do vírus HIV no Brasil, que demonstram um aumento entre jovens, são muito importantes para a conscientização do grande desafio que temos na saúde pública, que é uma mudança no comportamento", afirmou o ministro, citado na página da Internet da tutela.

"Precisamos cada vez mais estimular o uso do preservativo, para que o Carnaval seja sempre uma memória feliz. Vamos fazer um Carnaval e um ano inteiro de consciência em relação à responsabilidade sobre o seu corpo e o da pessoa que você ama”, acrescentou.

Dados do Ministério da Saúde revelam que 73% das novas infeções contabilizadas naquele país sul-americano foram registadas entre pessoas do sexo masculino. Do total de novas infeções entre os homens, 75% são na faixa etária de 15 a 39 anos.

Atualmente, vivem no Brasil cerca de 866 mil pessoas infetadas com o vírus HIV.

Portal das Finanças
O prazo para os contribuintes validarem as faturas a que associaram o seu NIF ao longo de 2018 e para aproveitarem os descontos...

Em vez de 15 de fevereiro, os contribuintes passaram a poder validar as faturas que tenham pendentes no Portal das Finanças até ao dia 25 de fevereiro.

A mudança da data foi operacionalizada pelo Orçamento do Estado para 2019 e pode também ser usada para introduzir as faturas que não tenham sido comunicadas por quem as emitiu.

As faturas a que os contribuintes associaram o seu NIF ou o dos seus dependentes são relevantes para que a Autoridade Tributária e Aduaneira possa calcular o montante das deduções que ajudam a reduzir o IRS.

Em causa estão as faturas de despesas gerais familiares, saúde, educação e também as que permitem abater ao IRS parte do IVA suportado em restaurantes, cabeleireiros, oficinas de carros e motas e veterinários e todo o Imposto sobre o Valor Acrescentado dos passes de transportes públicos.

Ainda que quem emite faturas esteja obrigado a comunicá-las ao Portal das Finanças, a experiência mostra que pode haver falhas neste circuito, podendo o contribuinte beneficiário registar por sua iniciativa as que se encontrem em falta.

A data limite para fazer este registo é hoje, e o mesmo se aplica à regularização das faturas que deram entrada no Portal das Finanças mas que se encontram pendentes.

Há vários motivos que levam a que uma fatura fique ‘pendente’ e um dos mais comuns está relacionado com o facto de quem as emite ter vários registo de atividade (CAE), como sucede com a generalidade das grandes superfícies.

Sempre que o e-fatura recebe uma fatura de uma entidade com vários CAE, fica a aguardar que o beneficiário indique a tipologia de despesa a que se refere.

As faturas são o elemento que é tido em conta pela AT para o cálculo das várias deduções à coleta que estão em vigor. Na educação, por exemplo, a dedução por agregado familiar está balizada em 800 euros, concorrendo para este valor 30% de todas as despesas relacionadas com educação e formação, desde que isentas de IVA ou sujeitas à taxa reduzida.

Na saúde, são tidos em conta 15% de todos os gastos até ao limite de mil euros. Dito de outra forma, por casa 100 euros de despesa em consultas, farmácias ou exames médicos, por exemplo, o contribuinte abate 15 euros ao IRS que tem a pagar.

Já as despesas gerais familiares têm um teto máximo por contribuinte de 250 euros (500 euros por casal) contribuindo para este valor 35% dos gastos que não cabem nas restantes deduções à coleta.

Quem em 2018 obteve rendimentos de trabalho independente (recibos verdes) e está enquadrado no regime simplificado tem também até ao final do dia de hoje para indicar no e-fatura se as despesas que foram comunicadas ao Portal das Finanças são pessoais, profissionais ou mistas.

Distinção
Um estudo sobre bioimpressão em três dimensões da pele e outro sobre terapias para diabetes tipo 2 foram distinguidos com o...

De acordo com informação divulgada hoje pelo Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S), no Porto, a edição de 2018 do Prémio Pulido Valente Ciência, dedicada à engenharia biomédica, distinguiu o estudo do seu investigador Rúben Pereira e a investigadora Joana Sacramento, do CEDOC - Centro de Estudos de Doenças Crónicas, em Lisboa.

O estudo desenvolvido desde 2016 pelo investigador Rúben Pereira e denominado "A single-component hydrogel bioink for bioprinting of bioengineered 3D constructs for dermal tissue engineering", permitiu, através da impressão em três dimensões (3D) de um material designado 'pectina' (polímetro natural) com as células da derme (camada mais espessa da pele) provar que o tecido reproduzido 'in vitro' é similar ao tecido da derme.

A tecnologia utilizada nesta investigação pode vir a ser integrada em sistemas de imagem médica e permitir o desenvolvimento de modelos substitutos de pele, adaptados a cada paciente mediante as suas lesões.

Já o trabalho desenvolvido pela investigadora Joana Sacramento, denominado "Bioelectronic modulation of carotid sinus nerve activity in the rat: a potencial therapeutic approach for type 2 diabetes" e publicado na revista Diabectologia, avaliou a capacidade de uma nova aplicação bioelétrica - modulação corrente alternada em quilo-hertz (KHFAC) - suprimir os sinais neurais dentro do nervo sinusal carotídeo (CNS) em ratos com diabetes tipo 2.

Esta investigação permitiu à investigadora concluir que a modelação da aplicação bioelétrica no nervo sinusal carotídea melhora o controlo metabólico dos animais. Os resultados obtidos neste estudo podem levar a uma nova modalidade terapêutica no tratamento de doenças metabólicas em humanos.

O Prémio Pulido Valente Ciência, no valor de dez mil euros, distingue o melhor artigo publicado por investigadores com menos de 35 anos a trabalhar num laboratório português na área das Ciências Biomédicas.

A entrega do Prémio Pulido Valente Ciência 2018 vai decorrer no dia 07 de março, no Palácio das Laranjeiras, em Lisboa.

Atinge cerca de 380 mil portugueses mas a maioria desconhece os seus sintomas. A nova campanha da Sociedade Portuguesa de...

A Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) iniciou mais uma viagem no caminho da literacia em saúde e por um país com uma população mais informada sobre o flagelo da insuficiência cardíaca (IC). 

"Sinais do coração. Não deixe a viagem acabar cedo demais" é a assinatura da campanha que arrancou pela mão da SPC e que foi marcada pela colocação de um coração gigante na Alameda D. Afonso Henriques, em Lisboa, que representa não só todos os portugueses que sofrem de IC, mas também a vontade da SPC em contribuir para que o flagelo desta doença diminua.

Tendo em consideração a enorme população afetada - é a primeira causa de internamento em pessoas com mais de 65 anos - e a carga que tem nos hospitais, era expectável que houvesse mais conhecimento do lado da população sobre esta doença, mas não é o caso. Assim, a campanha pretende aumentar o reconhecimento da população para os sintomas desta síndrome e alertar para a necessidade de procurar o médico face à presença dos mesmos. Até porque os sinais não são muito típicos, nem muito sensíveis e, em determinados segmentos da população, nomeadamente pessoas mais idosas, essas queixas acabam por ser atribuídas a outro do tipo de situações clínicas. 

Nesta campanha usa-se a alegoria de uma viagem para explicar que o motor do nosso carro - o nosso coração -, às vezes dá sinais antes de avariar. "Portanto, pretendemos explicar que há sinais antes da viagem acabar. Por exemplo, sensação de cansaço desproporcionada ao realizar esforços, desmaios inexplicados, palpitações, falta de ar noturna, necessidade de dormir com almofadas porque não se consegue dormir completamente deitado, inchaço das pernas não explicado por outras razões, são tudo sintomas que podem estar relacionados com insuficiência cardíaca e que devem levar as pessoas ao médico para uma avaliação clínica cuidada".

Importa referir que os médicos de Medicina Geral e Familiar se encontram perfeitamente posicionados e habilitados para fazer o diagnóstico desta patologia, tenho por base um algoritmo da Sociedade Europeia de Cardiologia. Essencialmente, de acordo com alguns dados clínicos do doente, como a sua história, com a medicação que toma e com o que se encontra no exame físico, é possível estabelecer uma probabilidade pré-teste de síndrome de IC. Neste cenário, existem várias ferramentas de diagnóstico que podem ser utilizadas, entre as quais se destaca o ecocardiograma, o exame mais importante para este diagnóstico.

Sendo a IC uma patologia que se caracteriza pela diminuição da capacidade de fazer esforços e de praticar exercício físico, na presença de elevada probabilidade pré-teste de IC, quando o ecocardiograma é equívoco ou negativo, pode fazer sentido a realização de uma prova de esforço para documentar, de forma objetiva, se o doente tem uma limitação da sua capacidade funcional. A verdade é que, por vezes, o ecocardiograma parece dentro dos parâmetros normais e só na prova de esforço, perante a incapacidade do doente em realizá-la, é que se deteta um sinal de alerta que justifique a referenciação para uma consulta de Cardiologia ou Medicina Interna. Neste caso, os testes de capacidade funcional também têm a sua relevância.

Nas palavras do Presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, João Morais, a IC "deverá ser entendida como uma prioridade porque é uma doença com uma mortalidade elevada e com um número de internamentos muito superior aos do enfarte do miocárdio." Assim, "considerámos que, se aceitássemos e nos propuséssemos a este desafio, poderíamos estar a contribuir para uma significativa redução da mortalidade por doenças do aparelho circulatório.”  Na prática, “o objetivo é que os decisores e a tutela coloquem, definitivamente, esta doença na lista de prioridades e que o Plano Nacional de Saúde possa incorporá-la como um capítulo próprio, que os hospitais e a estrutura do Serviço Nacional de Saúde se organize para receber estes doentes e tratá-los convenientemente e que o público passe a partilhar esta informação com quem o rodeia, porque só é possível ter saúde de qualidade, com o envolvimento de todos os elementos que compõem este processo”.

Estima-se que, em todo o mundo, existam cerca de 26 milhões de pessoas a sofrer desta doença, o que representa 1% a 2% da população global. No entanto, apesar de já ser elevado, este número tem franca tendência para aumentar nos próximos anos e espera-se mesmo que suba cerca de 25% até 2030. Este panorama é bastante preocupante, uma vez que esta síndrome condiciona em muitos aspetos a qualidade de vida dos doentes e respetivos cuidadores e apresenta uma taxa de mortalidade elevada. Aliás, a taxa de mortalidade é superior à de alguns tipos de cancro como leucemia, cancro da mama, próstata e cólon. Além disso, a IC representa, atualmente, a principal causa de internamento hospitalar de pessoas com mais de 65 anos de idade, pelo que tem um impacto significativo no orçamento total da saúde.  

No nosso país os números são igualmente preocupantes: calcula-se que cerca de 380 mil pessoas sofram desta síndrome e que, com o envelhecimento populacional a que temos vindo a assistir, este número aumente cada vez mais. Assim, é expectável que, no futuro, 1 em 5 pessoas venha a desenvolver esta doença em algum momento da vida. Importa salientar que a IC é muito debilitante, não só do ponto de vista físico, mas também emocional, o que leva frequentemente a estados depressivos e a outras patologias do foro psicológico, afetando doentes e cuidadores.

De acordo com o estudo The current and future burden of heart failure in Portugal, realizado por um grupo de investigadores nacionais, espera-se que a mortalidade por IC sofra um incremento de 73% nos próximos 20 anos (com 8.112 mortes por IC em 2036) e que os anos de vida perdidos aumentem em 47,3% (atingindo 16.788 em 2036). Por outro lado, os anos perdidos devido a incapacidade deverão subir 5,2% (atingindo 10.271 em 2036).

Estes resultados fazem prever que o impacto da IC deverá aumentar em 28% entre 2014 e 2036, altura em que os anos de vida perdidos representarão 62%, em comparação com 54% em 2014. Este estudo vem assim confirmar que a IC é um problema emergente e crescente de saúde, evidenciando a necessidade de definir esta patologia como uma prioridade para o sistema de saúde. Em Portugal, o Ministério da Saúde reconheceu esse impacto atual e futuro e decidiu, recentemente, criar um grupo de trabalho dedicado a implementar uma gestão integrada da doença no país.

Sociedade Portuguesa De Dermatologia e Venereologia alerta para generalização do método
Recentemente foi feito estudo que revelou que 90% dos doentes que tiveram uma consulta de teledermatologia teriam preferido uma...

Apenas quando a previsão de tempo de espera ultrapassa seis meses, acima dos 120 dias de tempo máximo de resposta garantido, se verifica uma inversão na preferência pela resposta rápida por teledermatologia, cerca de um terço dos doentes preferiam aguardar até 2 anos.

Recentemente o ministério da saúde aprovou legislação que aponta para metas de 80% na realização de primeiras consultas de dermatologia por telemedicina, o que é manifestamente prejudicial para os portugueses, que vêm cada vez mais dificultada a consulta presencial com um dermatologista. 

A referenciação de doente com imagens - telerastreio - serve para encaminhar mais rapidamente e adequadamente os doentes graves para cuidados presenciais de saúde e acrescenta valor no percurso do doente. Mas não se pode confundir este aperfeiçoamento de método de referenciação com a generalização e banalização de teleconsultas que apenas poderão ser realizadas numa minoria de casos simples e tipificados.

A Sociedade Portuguesa De Dermatologia e Venereologia, consciente dos seus deveres e responsabilidades, assiste com preocupação a estes desenvolvimentos que, se não forem devidamente adequados e perspetivados, podem representar um retrocesso na prestação dos cuidados médicos dermatovenereologicos à população portuguesa. 

 

Aprovado por 22 deputados
O parlamento aprovou hoje, na generalidade, o projeto de lei de um grupo de cidadãos sobre a manutenção e abertura de farmácias...

Na prática, este diploma foi aprovado por apenas 22 dos 203 deputados presentes, pelo que foi a abstenção de PS, PSD, CDS-PP, PCP e PEV que viabilizou esta iniciativa dos cidadãos.

Na hora da votação, o PS dividiu-se, com 18 deputados a votarem a favor, juntando-se ao deputado único do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), André Silva, e a Paulo Trigo Pereira, deputado não inscrito, e a duas deputadas do PSD,Sandra Pereira e Regina Bastos.

Entre os deputados socialistas que votaram a favor estão, entre outros, Maria Antónia Almeida Santos, porta-voz do PS, Miranda Calha, Marcos Perestrelo, José Magalhães, Helena Roseta, Manuel Caldeira Cabral e Wanda Guimarães.

Apenas a bancada do BE votou contra.

Os dois projetos do PAN e BE sobre a mesma matéria, debatidos, por "arrastamento" na sessão de hoje, foram rejeitados pelo PS, PSD e CDS.

A Iniciativa Legislativa dos Cidadãos pedia a restauração do regime instaurado em 2009 que permitia a existência de farmácias comunitária nos hospitais públicos para permitir que a farmácia do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, continue a funcionar,

Na abertura do debate, André Silva, explicou que a iniciativa do PAN para repristinar o regime de 2009 teve em conta “o interesse público assente nas necessidades prementes dos doentes, conjugado com a inobservância de impactos negativos advindos da existência de farmácias em meio hospitalar”.

Moisés Ferreira, do BE, disse não concordar com este regime. “Não concordámos em 2009, quando o Governo socialista o estabeleceu, não concordamos agora, principalmente depois de já ter sido posto em prática”.

“O Serviço Nacional de Saúde é um espaço público, não deve ser visto como um espaço de instalação de vários espaços privados”, defendeu o deputado do BE, que apresentou um projeto de lei que defende a dispensa de medicamentos ao público pelas farmácias hospitalares do Serviço Nacional de Saúde.

A deputada do PSD Ana Oliveira lembrou, por seu turno, as “centenas de farmácias” que estão em “situação de pré-falência”, a questão dos medicamentos que não estão disponíveis porque as farmácias não podem assegurar reservas muito diversificadas.

“O PSD, como partido responsável, entende que não deve acrescentar problemas aos problemas, pelo contrário deve contribuir para a procura de soluções enquadradas, sustentáveis e que sirvam os verdadeiros interesses de todos os portugueses”, defendeu Ana Oliveira.

O PS, pela voz de Luís Graça, disse não estar disponível para “repristinar a lei de 2009, para não repetir uma experiência que não resultou”.

“Temos hoje uma rede de farmácias comunitárias de grande proximidade, uma malha próxima das pessoas, não necessitamos de voltar atrás, mas ouvimos os argumentos de Loures, percebemos o problema que estes cidadãos colocaram à Assembleia da República”, afirmou Luís Graça.

O deputado disse ainda que o PS está disponível para desenvolver “uma iniciativa que, respeitando o equilíbrio da rede de farmácias comunitárias, cumpra o essencial” pedido pelos 33.600 cidadãos de Loures e resolva o problema, não tratando “o justo por injusto”.

Também o CDS-PP manifestou disponibilidade para encontrar uma “solução bem equilibrada”.

“Será justo encerrar uma farmácia que se revelou um serviço à comunidade, um exemplo de boa gestão, e que não seguiu o exemplo das outras seis farmácias que tiveram um negócio ruinoso para o Estado”, questionou a deputada Isabel Galriça Neto.

Para a deputada centrista, o que faz sentido é que “se harmonize um conjunto de fatores sem prejudicar um grupo tão alargado de cidadãos e que haja a oportunidade de em sede de especialidade esta questão ser devidamente ponderada com uma solução que não prejudique os utentes, o Estado e que possa ser ética e legalmente correta e bem balizada”.

A posição do PCP vai no mesmo sentido: “estaremos disponíveis para intervir na especialidade para, de forma excecional, acautelar o nosso princípio geral e salvaguardar a situação que subsiste e acautelar os postos de trabalho existentes, ficando claro que rejeitamos quaisquer perspetivas de abrir caminho para a abertura de novas farmácias privadas em hospitais públicos”, disse a deputada Carla Cruz.

Relatório
Portugal registou em 2017 um total de 110.187 mortes, menos 0,7% do que no ano anterior, segundo dados do Instituto Nacional de...

As doenças do aparelho circulatório foram responsáveis por 32.366 mortes (menos 1,3% do que em 2016) e representaram 29,4% da mortalidade verificada no ano em apreço.

“Nas mortes por doenças relativas ao aparelho circulatório destacaram-se as doenças cerebrovasculares, também designadas por acidentes vasculares cerebrais (AVC), com 11.270 mortes no país, e as relacionadas com a doença isquémica do coração, com 7.314 mortes, em 2017”, lê-se no documento produzido pelo INE.

De acordo com o instituto, o número de anos potenciais de vida perdidos devido às doenças do aparelho circulatório foi de 49.864, mais 4,1% do que em 2016.

“A relação de masculinidade em 2017 foi 82,2 óbitos masculinos por cada 100 femininos, superior à do ano anterior (81,5)”, de acordo com o INE.

As idades médias atingidas foram 83,7 anos para as mulheres e 78 para os homens, idênticas às de 2016.

A segunda causa básica de morte foram os tumores malignos, com 27.503 óbitos em 2017, mais 0,5% face a 2016. Representaram um quarto da mortalidade.

“Em média, os tumores malignos atingiram fatalmente as mulheres ligeiramente mais cedo em 2017 (73,9 anos) do que em 2016 (74,2 anos), enquanto a idade média do óbito se manteve em 72,4 anos no caso dos homens”, refere o INE.

O número de anos potenciais de vida perdidos devido a estes tumores foi de 114.654, mais 3,2% do que em 2016.

Neste parâmetro, destacaram-se os tumores relacionados com a traqueia, brônquios e pulmão, com 4.240 óbitos, cólon, reto e ânus (3.852 óbitos) e estômago (2.311 óbitos).

As doenças do aparelho respiratório estão também entre as principais causas de morte 12.819 óbitos), mas com um resultado inferior ao de 2016 em 4,9% (13.474 óbitos).

No total de óbitos registados no país, 109.758 corresponderam a população residente em território nacional e 429 a residentes no estrangeiro

Morreram mais homens (55.398) do que mulheres (54.789).

Descoberta pode ter um grande potencial na medicina personalizada
O Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra integra um projeto internacional que conseguiu...

O projeto de investigação conjunta do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC), com institutos dos EUA (Escola de Medicina Icahn no Monte Sinai), da Suécia (Centro Wallenberg de Medicina Molecular) e da Rússia (Instituto de Ciência e Tecnologia Skolkovo) foi publicado recentemente na revista Cell Reports.

"A descoberta poderá ter um grande potencial na medicina personalizada (com produtos adaptados para o organismo de cada ser humano) para tratamento de doenças como a leucemia", garante o CNC-UC.

No artigo publicado na Cell Reports é demonstrada a reprogramação direta de células humanas da pele em células estaminais hematopoiéticas.

"Estas células estaminais são as principais precursoras dos componentes do sistema sanguíneo, formando-se num processo designado de hemogénese. Este processo foi alcançado em laboratório com a utilização de três proteínas (GATA2, FOS e GFI1B)", explica o Centro, em comunicado.

Filipe Pereira, investigador do CNC-UC e coordenador do projeto, refere que "o estudo é o primeiro a demonstrar a reprogramação direta em células hematopoiéticas humanas", que poderá ser um primeiro passo no caminho de conseguir gerar células estaminais sanguíneas perfeitamente funcionais no laboratório.

"No futuro, estas células reprogramadas poderão ser transplantadas em doentes com doenças no sangue", explica Filipe Pereira, adiantando que "é extremamente interessante que apenas três proteínas consigam causar uma mudança tão drástica e que sejam conservadas evolutivamente entre ratinhos e humanos".

Segundo o Centro, o estudo demonstrou que a GATA2 lidera esta combinação de três proteínas, uma vez que recruta as restantes duas para ativar o processo de hemogénese e "desligar" o programa normal das células da pele.

Estes mecanismos foram testados em ratinhos. E, após um período de três meses, comprovou-se que as células convertidas contribuem para a formação de novo sangue humano nestas cobaias.

"Após o transplante das células hematopoiéticas estaminais em ratinhos ter sido bem-sucedido, o próximo passo será aumentar a eficiência e a qualidade das células enxertadas para que contribuam para a formação de sangue durante maiores períodos de tempo", acrescenta o coordenador do estudo.

Os investigadores pretendem "tornar este processo uma realidade na medicina personalizada, em doenças do sangue como a leucemia".

Além de Filipe Pereira, o artigo "Cooperative Transcription Factor Induction Mediates Hemogenic Reprogramming" conta igualmente com Andreia Gomes (CNC-UC) como autora principal. O estudo foi financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (Portugal), pela Fundação Knut e Alice Wallenberg (Suécia), e pelo Instituto Nacional de Saúde (EUA).

E vão poder "competir"
Pela oitava edição consecutiva realiza-se, em Coimbra, de 21 a 24 de fevereiro, o Congresso Médico-Científico “In4Med”,...

“Esta edição representa uma grande transformação para o In4Med, que se realizará pela primeira vez no Convento São Francisco, permitindo assim a participação de mais de 500 estudantes nacionais e internacionais” explica Sofia Reimão, estudante do 4º ano do Mestrado Integrado de Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, e Coordenadora Geral deste projeto. “Este congresso tem como principal objetivo dar a oportunidade a estudantes de Medicina e de outras áreas Médico-Científicas de conhecer e contactar com áreas e temas menos abordados ao longo do percurso académico, apresentando-se como um complemento à educação médica e outras áreas científicas.”

Assente no lema “Defy the Norm, Dare to Transform”, a VIII edição do In4Med traz novidades: para além de uma nova localização, apresenta, pela primeira vez, um Debate, subordinado ao tema do impacto da evolução tecnológica na Medicina, e moderado pelo jornalista e pivô da SIC Bento Rodrigues.

O congresso conta com diversos painéis onde irão tomar parte oradores de renome internacional, como: Dr. Youri Yordanov, médico especialista em Emergência Médica e responsável pelo Serviço de Urgências na noite dos atentados terroristas em Paris em novembro de 2015, Dr. Paulo Beckert, Coordenador Clínico da Unidade de Saúde e Performance da Federação Portuguesa de Futebol, e Dr. Aleksander Wasniowski, médico e cocriador do programa das missões análogas a Marte e à Lua, que decorrem na Estação de Investigação LUNARES na Polónia, onde conduziu a primeira missão análoga a incluir um astronauta com deficiências. Esta edição será ainda marcada pela contribuição dos prémios Nobel Ada E. Yonath, e Leland Hartwell, vencedores do prémio Nobel da Química, em 2009 e do Nobel de Fisiologia ou Medicina em 2001, respetivamente.

Adicionalmente, os estudantes poderão participar em várias competições, entre as quais “Scrub Up – National University Championship of Medical Simulation”, uma competição nacional a nível universitário de simulação médica única. Desta resulta a apuração da equipa que representará Portugal a nível Europeu na competição de simulação médica da SESAM Annual Meeting, como ocorreu no ano transato, em que a equipa Algarvia representou Portugal em Bilbao, sagrando-se como vencedora Europeia.

O “Post N’ Speak – Poster and Oral Competition” é outra das competições existentes e que, promovendo a investigação científica a nível estudantil, galardoará os alunos com o melhor poster em três áreas distintas com um prémio monetário. O Júri que escolherá os vencedores terá como presidente a Professora Doutora Isabel Marques Carreira, Presidente Eleita da Sociedade Portuguesa de Genética Humana.

Para além dos 56 workshops práticos à disposição dos participantes, está também associada ao In4Med a atividade “Ready. Set. Go!”, um conjunto de pré-cursos com grande aplicabilidade prática, representando uma oportunidade extracurricular para que os estudantes possam desenvolver a suas capacidades para além da teoria e com recurso à simulação, não sendo a sua frequência veiculada à participação da totalidade do congresso.

Consultas de especialidade
As listas de espera em várias especialidades médicas foram reduzidas no litoral alentejano, nos últimos três anos, graças à...

Em alguns casos, como a especialidade de otorrinolaringologia, "em apenas três anos, deixou de existir lista de espera para consultas, foi reaberto o bloco operatório” no Hospital do Litoral Alentejano (HLA) e “todos os doentes propostos foram operados”, disse hoje à agência Lusa o presidente do conselho de administração do CHULN, Carlos Martins.

“A política de afiliações, que inclui acordos de colaboração, permite dar uma resposta de proximidade, evitar as deslocações dos utentes e dar rentabilidade ao investimento público nas unidades periféricas”, sublinhou o responsável, destacando “o sucesso” deste "programa inovador”.

A colaboração entre a Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA) e o CHULN começou em junho de 2015, altura em que foi celebrada uma parceria, na área de imuno-hemoterapia, para fazer face “à escassez de recursos humanos” na unidade de saúde, que abrange os concelhos de Sines, Santiago do Cacém, Grândola, Odemira e Alcácer do Sal.

“Demos uma excelente cobertura nesta área, sobretudo nas consultas aos dadores de sangue, consultas externas e hospital de dia, reforçando o serviço de imuno-hemoterapia da ULSLA com os nossos profissionais”, acrescentou Carlos Martins.

Entre as parcerias estabelecidas estão também as especialidades de pneumologia, otorrinolaringologia, patologia clínica, anatomia patológica, em 2016, e a reumatologia (2017), após acordo de colaboração com o Hospital de Santa Maria, integrado no CHULN, que permite a realização de consultas mensais na ULSLA.

“Não existiam consultas de reumatologia do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em todo o Alentejo e, por isso, decidimos avançar com o protocolo de afiliação que garante a presença de dois médicos especialistas na região do litoral alentejano”, onde existem mais de 100 mil utentes, acentuou Carlos Martins.

Uma vez por mês, a equipa de reumatologia, constituída por um médico especialista e um interno, “observa e executa técnicas de diagnóstico e terapêutica” a uma média de 20 doentes por dia que são referenciados pelos centros de saúde da região.

“Os doentes, a grande maioria mulheres e idosos, são referenciados pelos centros de saúde e, desde que iniciámos estas consultas, conseguimos reduzir o tempo para marcação prioritária, que agora é inferior a 50 dias”, explicou à Lusa o médico e especialista em reumatologia do CHULN Luís Gaião.

Segundo o mesmo clínico, que lidera a única unidade de reumatologia do SNS em todo o Alentejo, a experiência “tem sido gratificante” e “enriquecedora”, tendo em conta algumas das características da região, como as distâncias e a “deficiente rede de transportes”.

“Os doentes têm de se deslocar de manhã e depois das consultas só têm transporte ao fim do dia, porque nesta faixa do Alentejo os problemas são as distâncias e a deficiente rede de transportes em que muitas vezes os horários nem são compatíveis”, realçou.

Para aliciar médicos para as regiões periféricas, o especialista defendeu “protocolos de colaboração” que “fixem médicos nestas unidades”, mesmo “antes de iniciarem os internatos de especialidade”.

Desde setembro do ano passado, a equipa de reumatologia já registou cerca de 350 consultas e, destas, “apenas 15 doentes tiveram de ir para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, tendo os restantes tido resposta de proximidade”, exemplificou o presidente do CHULN.

Perante “o sucesso” deste "programa inovador”, Carlos Martins admitiu a possibilidade de “fixar um médico” nos quadros da ULSLA, em Santiago do Cacém, no distrito de Setúbal, até ao final deste ano, reforçando as respostas de proximidade.

“Esperamos ainda este ano poder fixar um médico, no âmbito deste programa, nos quadros da ULSLA para dar apoio diário e fazer o ‘interface’ com a nossa equipa, incluir novas áreas e reforçar a resposta de proximidade em Santiago do Cacém e até de outras zonas do Alentejo”, disse.

Criada em 2012, a ULSLA integra, além do HLA, em Santiago do Cacém, e da Unidade de Saúde Pública do Alentejo Litoral, o Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Litoral, com cinco unidades nos concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém, Sines e Odemira e respetivas extensões, dando resposta a uma população de cerca de 100 mil habitantes.

Estudo
As concentrações de resíduos farmacêuticos nas fontes de água doce aumentaram em todo o mundo nos últimos 20 anos,...

Especialistas em ambiente da universidade holandesa de Radboud dizem que os níveis do antibiótico ciprofloxacina na água chegaram a um ponto em que podem causar efeitos negativos na ecologia.

O estudo, hoje divulgado na revista científica “Environmental Research Letters”, é o primeiro que examina os efeitos de dois medicamentos, um antibiótico e um antiepilético, em fontes globais de água doce.

Rik Oldenkamp, principal autor do artigo publicado sobre o estudo, diz que é preciso mais dados e acrescenta que “obter uma imagem precisa dos riscos ambientais” derivados dos dois medicamentos depende da disponibilidade de dados e que essa disponibilidade “é limitada”.

Os investigadores usaram um modelo baseado num outro já existente e que permite prever a situação por regiões do mundo. E concluíram que os riscos ambientais eram 10 a 20 vezes maiores em 2015 em comparação com 1995.

O aumento do uso do antibiótico ciprofloxacina foi considerado como tendo um impacto significativo a nível mundial. “As concentrações deste antibiótico podem ser prejudiciais para as bactérias na água, bactérias que desempenham um papel importante em vários ciclos de nutrientes”, disse Oldenkamp, alertando que os antibióticos também podem ter um efeito negativo na eficácia das bactérias usadas no tratamento de águas residuais.

A questão da resistência aos antibióticos faz parte da agenda da Organização Mundial de Saúde (OMS) e é vista normalmente como um problema para a saúde, porque as bactérias resistentes podem disseminar-se dentro dos hospitais e através da pecuária, afirmou o responsável, acrescentando que, no entanto, há pouca consciência sobre os efeitos dos antibióticos no meio ambiente.

“O nosso modelo prevê um risco ambiental relativamente elevado para ecorregiões densamente povoadas e áreas mais secas, como o Médio Oriente, ainda que estas sejam precisamente as áreas onde há poucos dados sobre o uso farmacêutico e concentrações em águas de superfície”, disse OldenKamp.

 

Estudo
Uma proteína encontrada em dentes de lula pode ser uma alternativa ao plástico no fabrico de tecidos com aplicação em setores...

“As proteínas de lula podem ser usadas para produzir uma nova geração de materiais para uma série de campos, incluindo energia, biomedicina, segurança e e defesa”, afirmou o investigador Melik Derimel, da universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos.

Este material, um biopolímero encontrado nos dentículos que rodeiam o interior das ventosas dos tentáculos de algumas espécies de lula, “tem propriedades físicas únicas que não se encontram em polímeros sintéticos como o plástico”, referiu.

Elasticidade, flexibilidade e força são propriedades dos materiais fabricados a partir de dentículos de lula, escreve o Sapo, que são também bons condutores térmicos e elétricos graças às várias combinações moleculares que podem adotar.

Os autores do estudo olham para as aplicações do material no setor têxtil, onde pode servir para revestimentos anti-abrasivos que evitam o desgaste das fibras nas máquinas de lavar.

O material pode também ser combinado com outros compostos e outro tipo de tecnologia para fabricar tecidos capazes de afastar poluentes ou medir indicadores de saúde.

Para fabricar o novo material em escala industrial não é preciso caçar lulas em massa, uma vez que a proteína pode ser produzida com bactérias geneticamente modificadas num processo de fermentação com água, açúcar e oxigénio.

OMS
A Organização Mundial de Saúde (OMS) deu “luz verde” à experimentação de uma vacina contra o vírus Ébola em mulheres grávidas...

“O Grupo Estratégico e de Consulta da OMS [Sage na sigla em inglês] aprova o uso da vacina rVSV-Zebov-GP com consentimento informado e conforme o padrão de qualidade ética e científica”, anunciou a organização.

A medida tomada na reunião dos especialistas “reverte uma decisão anterior que impedia que mulheres grávidas recebessem a vacina” “por não haver evidências suficientes sobre sua segurança”, explica ainda o comunicado da OMS, publicado no portal da agência.

A experimentação da vacina irá também abranger crianças com menos de um ano de idade, devido “ao surto em curso e ao risco enfrentado pela população”, acrescentou a OMS.

O Sage considera ainda que “deve ser considerada a possibilidade de avaliar uma ou mais” de três outras vacinas contra o ébola em áreas próximas e “esses ensaios podem incluir mulheres grávidas e que amamentam”.

Os especialistas anunciaram que têm avaliado os dados sobre o uso da vacina nessas populações e “fornecerão uma atualização assim que for possível”.

A campanha de imunização “deve ser limitada às áreas afetadas pelo surto e continuamente avaliada com base em informação sobre segurança e eficácia da vacina nesta população-alvo”, declara a nota.

Os especialistas aconselham também que seja feita uma “avaliação cuidadosa para que dados de segurança sirvam para oferecer dados sobre recomendações de vacinas para futuros surtos”, anunciou a OMS.

De acordo com o relatório de segunda-feira passada, o número de casos de contaminação, em todo o país, fixou-se em 840, dos quais 775 estão confirmados laboratorialmente e 65 são dados como prováveis. Além disso, desde 01 de agosto de 2018, data em que foi declarada a epidemia, já morreram 537 em consequência do Ébola.

Desde o início da epidemia, que afeta igualmente a província de Ituri, a norte de Kivu Norte, as organizações de assistência médica recuperaram já um total de 294 pessoas que tinham sido infetadas com o Ébola.

O Ministério da Saúde da República Democrática do Congo (RDCongo) salientou estar agora um dos focos da epidemia em Butembo, a sul de Beni, na mesma província de Kivu Norte.

A atual epidemia de Ébola é já a maior da história do país em número de mortos e contágios.

A RDCongo foi atingida nove vezes pelo Ébola, depois da primeira aparição do vírus naquele país africano, em 1976.

Em 1995, o Ébola provocou a morte a 250 pessoas na cidade de Kikwit, na província de Kwilu, no sudoeste da RDCongo.

Solução ecológica
O primeiro aparelho auditivo do mundo que não recorre a pilhas ou a baterias tradicionais chega a Portugal no verão. O Widex...

“Com a tecnologia Energy Cell elimina-se a necessidade de trocar de pilhas ou de ter que esperar várias horas de carregamento até poder voltar a utilizar os aparelhos auditivos. E isto sem comprometer a performance do equipamento, mantendo o som de qualidade superior, e com a grande vantagem de ser uma solução mais ecológica”, explica Rui Nunes, Diretor Geral da Widex Portugal.

E acrescenta: “Este é um passo muito importante para a Widex no que diz respeito à política ambiental da empresa. Atualmente, a Widex já utiliza 95 por cento de energia eólica na produção dos seus aparelhos auditivos. Este facto fez com que a Widex tenha sido a primeira empresa do mundo a obter a certificação WindMade (rótulo global de consumo que identifica empresas que utilizam energia eólica)”.

O Widex Evoke com tecnologia Energy Cell, patenteada pela Widex, já arrecadou dois importantes prémios mundiais na área da inovação tecnológica: Best of Innovation Awards 2019 da CES (Consumer Technology Association); e “Best of the Best” da prestigiada Red Dot, em 2018, tendo sido exibido no Museu Red Dot em Singapura.

 

Hipercolesterolemia continua subdiagnosticada em Portugal
Considerado o vilão no que diz respeito ao risco cardiovascular, o colesterol é, quando se mantém de
Mãos seguram coração

Considerado o vilão no que diz respeito ao risco cardiovascular, qual a importância (função) do colesterol no organismo e em que condições é considerado um fator de risco?

O colesterol é uma molécula orgânica produzida pelo nosso organismo, que se encontra em circulação no sangue e na constituição da membrana das nossas células. É essencial à vida, em quantidade adequada. Além do produzido pelo nosso corpo, também adquirimos colesterol através da alimentação. É assim fácil de compreender que os níveis de colesterol dependem não só de fatores ambientais mas também genéticos. Níveis elevados de colesterol aceleram o processo de aterosclerose que conduz à doença cardiovascular.

Que tipos de colesterol existem? Qual a diferença entre HDL e LDL?

Por se tratar de um lípido, o colesterol circula no sangue associado a proteínas, constituindo partículas de diferentes dimensões e densidades, designadas lipoproteínas. Estas incluem as quilomicra, VLDL, IDL, LDL e HDL – cada classe com o seu papel no metabolismo do colesterol. O C-HDL é habitualmente considerado “bom colesterol” e o C-LDL, “mau colesterol”. Esta reputação advém do seu papel no transporte do colesterol – enquanto o C-HDL transporta o colesterol para o fígado para ser metabolizado, o C-LDL fá-lo para a periferia, sendo estas partículas que contribuem para a deposição nas placas de ateroma.

Neste sentido, qual a importância de conhecermos o nosso perfil lipídico? E que perfil é este?

Quando se fala de perfil lipídico, fala-se do doseamento das partículas que circulam no sangue que contêm gorduras. Através de análises sanguíneas, podemos obter os níveis de colesterol total, C-HDL, C-LDL e triglicéridos, além do doseamento de outras moléculas que permitem auxiliar na avaliação de risco cardiovascular, sobretudo no âmbito de consultas especializadas. O conhecimento do nosso perfil lipídico permite alertar para a necessidade de intensificar as medidas não farmacológicas assim como a instituição de terapêutica de acordo com o seu risco cardiovascular.

De um modo geral quais os valores de colesterol recomendados? E que fatores afetam ou podem afetar os níveis de colesterol?

Em geral, advoga-se que os níveis de colesterol total sejam inferiores a 190 mg/dL e de triglicéridos, de 150 mg/dL. No entanto, o significado dos níveis de colesterol é muito variável em função do indivíduo a que se referem. A idade, as doenças concomitantes, e a própria causa dos elevados níveis de colesterol conjugam-se para avaliar o risco cardiovascular do indivíduo. Quanto mais elevado, mais exigentes são os alvos a atingir.

Quais as principais complicações do “colesterol alto”? Que eventos cardiovasculares lhe estão associados?

É habitual a associação do colesterol com consequências negativas a nível da saúde, na sequência de um processo designado aterosclerose. Com o passar do tempo, factores como o tabagismo, pressão arterial alta, diabetes mellitus e excesso de colesterol aceleram a degradação do sistema circulatório. As paredes das artérias são lesadas, com formação de placas de ateroma com colesterol na sua constituição, que dificultam a passagem do sangue e a sua chegada aos órgãos. À medida que a obstrução se torna mais significativa, a insuficiência na irrigação dos tecidos manifesta-se: a nível cardíaco, angina e enfarte do miocárdio; a demência e acidente vascular cerebral (AVC) quando o sistema nervoso é afectado; a doença arterial periférica, com dor muscular, sobretudo nos gémeos, quando a pessoa caminha realizando esforço incompatível com a irrigação sanguínea dos músculos.

Que outros (maus) hábitos contribuem para aumentar o risco cardiovascular?

Embora a dislipidemia sejam um pesado fator de risco cardiovascular, comportamentos como o tabagismo, o sedentarismo, a tolerância ao excesso de peso e a prática de uma dieta hipercalórica com predomínio de gorduras e hidratos de carbono, sobretudo açúcares simples, contribuem para o aumento do risco cardiovascular.

Depois de identificado, como se trata o colesterol elevado? Quais os medicamentos disponíveis?

Pelo seu perfil de eficácia e segurança, sem dúvida que as estatinas são primeira opção para o tratamento da dislipidémia. As estatinas intervêm no processo de síntese de colesterol no fígado, reduzindo os seus níveis. Apesar dos efeitos adversos hepáticos e musculares serem mencionados com frequência, na realidade restringem-se a menos de 1% dos doentes medicados, sem gravidade na maioria dos casos. Estão disponíveis diversas estatinas, de várias intensidades e em várias dosagens, que se podem adequar a cada situação. A ezetimiba é um inibidor da absorção do colesterol a nível intestinal que pode ser utilizada isoladamente ou em associação às estatinas; não sendo tão potentes como algumas delas, é ainda assim um contributo importante para o controlo do colesterol. Os suplementos de ómega 3 e nutracêuticos são medidas adicionais possíveis, acabando na maioria das vezes por constituir alternativas reservadas a casos de intolerância comprovada às estatinas, dado que são pouco eficazes. Outras terapêuticas farmacológicas habitualmente não são utilizadas em função do perfil de efeitos adversos.

Em matéria de prevenção, que cuidados devemos ter para manter os níveis de colesterol dentro dos parâmetros considerados adequados?

Em primeiro lugar, os hábitos alimentares devem ser escrutinados e aperfeiçoados. O verdadeiro desafio é fazer perdurar estes hábitos no tempo. Devem ser evitados os excessos calóricos, o sal, os açúcares simples e as gorduras saturadas. Deve privilegiar-se a ingestão de vegetais, frutas, grãos integrais, legumes, fontes saudáveis de proteínas (lacticínios com baixo teor de gordura, aves sem pele, peixe e mariscos e frutos secos), com a utilização de azeite ou de óleos vegetais não tropicais e com limitação das gorduras saturadas trans, dos doces, das bebidas açucaradas e, de uma forma geral, das carnes vermelhas.

Além da alimentação, também uma vida ativa é essencial para evitar o excesso de peso e obesidade. Se não for adepto de alguma modalidade desportiva, deve pelo menos realizar uma caminhada rápida, sem interrupções, durante 30 minutos na maior parte dos dias da semana.

Em relação às bebidas alcoólicas, estas devem ser consumidas com moderação (2 bebidas por dia para os homens e 1 para as mulheres); o tabaco deve ser completamente abolido dos nossos hábitos.

Estas recomendações são válidas para todas as idades, estando sujeitas ao contexto de cada indivíduo, nomeadamente no que diz respeito aos antecedentes de doença de cada um. São princípios que devem ser incutidos em idade jovem.

Por forma a alertar para o impacto do colesterol na saúde em geral, que recomendações gostaria de fazer?

A elevação do colesterol é apenas uma das vertentes negativas do estilo de vida da população ocidental, cuja maior causa de mortalidade é a doença cardiovascular. A reversão destes comportamentos nocivos contribui não só para o controlo deste factor de risco mas também do risco de progressão para diabetes e hipertensão arterial.

Que conselhos deixa a quem já se encontra “em risco”?

A consciencialização da presença dos fatores de risco cardiovasculares é o primeiro passo para melhorar gradualmente o seu estilo de vida. Consulte o seu médico, transmita-lhe os seus receios e dificuldades em tornar os seus hábitos mais saudáveis. O acompanhamento médico regular e o cumprimento da terapêutica prescrita é essencial. A perspectiva de uma vida longa e com qualidade deve ser a nossa motivação diária para melhorar.

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