Cardiologistas de intervenção elaboram consenso sobre dispositivos de assistência ventricular
“Este artigo de revisão tem como objetivo descrever os principais fatores que definem procedimentos não emergentes de alto risco e fazer um resumo dos dispositivos percutâneos de assistência ventricular esquerda, disponíveis para suporte mecânico temporário do ventrículo esquerdo, justificando o seu uso neste subgrupo de doentes”, afirma João Brum Silveira, presidente da APIC e um dos autores da investigação.
Com base nos resultados deste documento, João Brum Silveira salienta que o “uso específico destes dispositivos deve ser avaliado, por uma equipa multidisciplinar, de acordo com as características individuais de cada doente e as condições clínicas, uma vez que a sua eficácia e segurança têm variado consoante os casos relatados nos diferentes estudos”.
A intervenção coronária percutânea tem vindo a estabelecer-se como a única opção de revascularização num número crescente de doentes com doença coronária complexa, com risco cirúrgico elevado, não sendo por isso candidatos a cirurgia de revascularização do miocárdio.
Durante a última década, o pLVAD substituiu, cada vez mais, o balão intra-aórtico durante os procedimentos não emergentes de alto risco, evitando situações de colapso circulatório e de eventos adversos em procedimentos de duração prolongada e/ou complicados.
Neste documento são abordadas as indicações de utilização de pLVAD, a seleção dos doentes e dadas sugestões em relação ao uso destes dispositivos, durante os procedimentos não emergentes de alto risco, com base na experiência de três grupos de trabalho. A comissão de redação foi constituída por cardiologistas de intervenção dos três países envolvidos no consenso.
O documento de consenso está disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0167527319306424