Estudo
Uma equipa do Imperial College London descobriu que o número de pessoas com teste positivo para anticorpos caiu 26% entre junho...

Mais de 350 mil pessoas, no Reino Unido, realizaram um teste de anticorpos como parte do estudo REACT-2.

Na primeira rodada de testes, no final de junho e início de julho, cerca de 60 em 1.000 pessoas tinham anticorpos detetáveis. Mas no último conjunto de testes, em setembro, apenas 44 em 1.000 pessoas deram positivo.

Isso sugere que o número de pessoas com anticorpos diminuiu em mais de um quarto entre o verão e o outono.

"A imunidade está a diminuir rapidamente. Em apenas três meses após nossa primeira fase de testes e já se nota um declínio de 26% nos anticorpos", disse a professora Helen Ward, uma das pesquisadoras.

A queda foi maior naqueles com mais de 65 anos, em comparação com grupos de idade mais jovens, e naqueles sem sintomas em comparação com aqueles com Covid-19 totalmente desenvolvido.

O número de profissionais de saúde com anticorpos permaneceu relativamente alto, o que pode dever à exposição regular ao vírus.

O que esta queda significa exatamente para a imunidade ainda é incerto. Existem outras partes do sistema imunológico, como as células T, que também podem desempenhar um papel, matando diretamente as células hospedeiras infetadas e chamando outras células imunológicas para ajudar.

No entanto, os pesquisadores alertam que os anticorpos tendem a ser altamente preditivos de quem está protegido.

A professora Wendy Barclay disse: "Podemos ver os anticorpos e podemos vê-los diminuir e sabemos que os anticorpos por si próprios são bastante protetores. No balanço das evidências, eu diria que pareceria que a imunidade diminui na mesma taxa que os anticorpos diminuem, e que isso é uma indicação de imunidade em declínio."

Existem quatro outros coronavírus humanos, que detetamos várias vezes em nossas vidas. Eles causam sintomas de constipação comum e podemos ser reinfectados a cada seis a 12 meses.

Muitas pessoas têm infeções por coronavírus leves ou assintomáticas.

 

“Quando eu for grande”
A iniciativa que junta a Associação Abraço e as Associações dos Serviços de Pediatria Hospital da Ilha Terceira (Amigos da...

Com o objetivo de realçar as profissões idealizadas e desejadas pelos pequenos artistas que dão origem à ilustração da agenda, o destaque da capa vai para os profissionais de saúde, numa homenagem pelo trabalho desenvolvido no combate à pandemia do COVID-19.

Com as verbas angariadas pela venda das agendas deste ano, as associações aderentes pretendem adquirir equipamento de proteção individual, adaptar os espaços de refeições dos profissionais de saúde nos Hospitais, em função das novas normas de distanciamento e adquirir equipamento médico e de hotelaria, como berços, cadeirões, cadeiras e mobiliário diverso.

Com o custo unitário de cinco euros, as agendas estão disponíveis nos centros de rastreio da Associação Abraço e também online, através do site https://loja.abraco.pt.

 

 

Estudo
De acordo com um estudo, os portugueses demonstram um nível de otimismo moderado (com uma média de 6.11 em 10) face ao momento...

Ainda assim, este nível de otimismo fica aquém da média dos países da América do Sul (6,43) ou da Europa do Norte (6,78). 52% dos inquiridos portugueses respondem também que estão algo adaptados contra os 42% que referem estar desconfortáveis (17%) ou com muitas dúvidas (25%). A preocupação com a proteção na área da saúde (74%), a procura por uma alimentação mais saudável e pelo consumo de produtos locais (73%) e o apoio da tecnologia (73%) são as principais transformações positivas que os inquiridos esperam ver evoluir no futuro.

Estas são algumas das conclusões do Observatório de Tendências, um survey desenvolvido pelo Grupo Ageas Portugal e a Eurogroup Consulting Portugal, que tem como propósito identificar as tendências emergentes do contexto de pandemia da COVID-19, com ênfase nas transformações positivas que podem ocorrer na sociedade. Tendo como ponto de partida a resposta à pergunta “Como é que a crise sanitária e económica que enfrentamos influenciará o consumo, hábitos de vida e de trabalho de cada um de nós?”, o Observatório auscultou as mudanças nos valores, comportamentos e consciência social e ambiental da sociedade e em cada indivíduo nas dimensões Cidadão, Colaborador, Consumidor.

Com base nas respostas nestas três dimensões, e após uma análise transversal e cruzada das mesmas, o Observatório lança oito grandes tendências que sobressaem deste estudo: o desejo de Sonhar (por novas utopias,  despertar de aspirações), os Receios revelados pelo caminho para as transformações positivas, nem sempre evidente para todos, o enfase na Saúde e Bem-Estar (com Cuidar mais e viver melhor), a necessidade acrescida de Proteção, uma Solidariedade reflexo de forte aspiração, o aparecimento do novo conceito de Homification (a minha casa como o centro do mundo), um Consumidor/Cidadão Mais Consciente, e o Trabalho assente numa e-transformação duradoura.

O que sentiram os portugueses durante confinamento?

Ao longo do período de confinamento, os inquiridos revelam ter sentido falta de encontros com a família e amigos (26%), de viagens (15%) e atividades culturais (13%).  Em linha com estas faltas sentidas, encontram-se as prioridades do momento. Cuidar da família é o fator mais importante para 26% dos inquiridos, assim como a melhoria dos hábitos e estilos de vida e os encontros sociais, com 20% e 19% respetivamente. 

Ainda dentro das prioridades, mas por parte do Governo, 50% dos inquiridos abordam a saúde em primeiro lugar, seguida pela Equidade Social e Justiça (24%), crescimento (21%) e, por fim, o Ambiente (4%).

No entanto, e apesar do Ambiente estar em terceiro lugar como prioridade do Governo, a maior parte das alterações estruturais admitidas pelos inquiridos durante o confinamento (cerca de 50%) diz respeito à reciclagem, reutilização e redução do consumo e do uso de plástico, mostrando uma preocupação maior com a sustentabilidade. Paralelamente, se algumas novas atividades foram estabelecidas, algumas foram adiadas ou aceleradas.  A compra de carro foi a decisão mais frequentemente adiada, tal como como a compra de casa. A necessidade de mudar de local ou alterar habitação (10%) foi alvo de algumas acelerações, só destronada pela formação, que foi, por si só, objeto de decisões. 15% aproveita para acelerar projeto de formação e 18% preferiu ou teve de adiar.

Já dentro da dimensão do colaborador, os resultados mostram uma apreciação relativamente boa do teletrabalho (2,90 em 4), especialmente por parte dos mais jovens, apreciação que vai reduzindo claramente com o aumento da idade.

Questionados sobre o comportamento coletivo durante este período, 2/3 dos inquiridos considera que o tempo de confinamento gerou um movimento positivo de responsabilidade e de ajuda mútua.

Já referente ao período pós confinamento, 32% dos inquiridos admitem que a saúde passou a estar no topo das suas preocupações para os próximos meses, a par da redução de rendimentos (21%) e o risco de violência/conflitos sociais (19%). A incerteza laboral (12%) e a educação das crianças (10%) encontram-se logo a seguir. Neste contexto, apenas 4% dos inquiridos referem não ter qualquer receio.

Em resumo, e apesar de ser um momento de muitas dúvidas, no qual as pessoas se encontram num estado de adaptação ainda parcial, o momento de crise pandémica que estamos a atravessar desperta uma série de aspirações para transformações positivas, que tocam dois níveis.

O primeiro, da camada mais profunda dos indivíduos, nomeadamente os seus valores, as suas prioridades e necessidades. Por um lado, o foco na família, agora combinado com uma forte aspiração à solidariedade, à aspiração para saúde e bem-estar, para uma alimentação saudável e aquisição de produtos locais. Por outro lado, existe alguma fragilidade, denotada pela necessidade acrescida de proteção e previdência e poupança.

O segundo da camada dos comportamentos sociais, essencialmente, a casa como centro das nossas vidas, o consumo mais racional e mais consciente, a relação com o ambiente e uma prática mais sistemática de gestos para a sustentabilidade e a transformação duradoura do trabalho, apoiada na tecnologia e no desenvolvimento de competências.

Boletim Epidemiológico
Nas últimas 24 horas foram registados mais 3.299 novos casos de infeção por Covid-19, de acordo com o último boletim...

Com mais 28 mortes a assinalar desde ontem, Portugal já registou, desde o início da pandemia, 2.371 óbitos associados à Covid-19. Quanto ao número de doentes, já foram registados 124.432 casos de infeção.

Segundo a última atualização da pandemia, recuperaram da infeção 2.388 pessoas. Ao todo há 72.344 casos de recuperação assinalados em território nacional. 

O documento da DGS dá conta ainda que mais de metade dos novos casos (63%) foram detetados na região Norte de Portugal.

Por outro lado, o relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 1.042 óbitos (+12 do que ontem), seguida de Lisboa e Vale do Tejo (947 +7), Centro (300 +4) e Alentejo (42 +5). Pelo menos 25 (=) mortes foram registadas no Algarve. Há 15 (=) mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há registo de óbitos associados à doença.

Em todo o território nacional, há 1.747 doentes internados, mais 75 que ontem, e 253 em unidades de cuidados intensivos, mais 13 do que na segunda-feira.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 49.717 casos ativos da infeção em Portugal - mais 883 que ontem - e 60.063 pessoas em vigilância pelas autoridades - mais 432.

 

Promoção de saúde e qualidade de vida
Em vigor desde julho, o Programa Bairros Saudáveis visa apoiar intervenções locais de promoção da saúde e da qualidade de vida...

A abertura do concurso para apresentação de projetos estava dependente da autorização da despesa, e avança agora com a Resolução do Conselho de Ministros n.º 90/2020, hoje publicada em Diário da República, determinando que os encargos orçamentais do Programa Bairros Saudáveis, até ao valor de 10 milhões de euros, não podem exceder 1,5 milhões de euros este ano e 8,5 milhões de euros em 2021.

O diploma estabelece ainda que o montante fixado em cada ano económico pode ser acrescido do saldo apurado no ano que lhe antecede, referindo que os encargos orçamentais deste programa são satisfeitos por verbas do orçamento da Secretaria-Geral do Ministério da Saúde.

Na sequência da autorização da despesa, a Coordenadora do Programa Bairros Saudáveis anunciou a data de abertura do concurso para apresentação de projetos, que vai abrir na quinta-feira e decorrer até 26 de novembro, explicando que as candidaturas são todas online, através do preenchimento de um formulário acessível no site do Programa.

Apreciações de candidaturas até 28 de dezembro

Dirigido ao território continental português, o Programa Bairros Saudáveis dispõe de cinco equipas regionais – Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve -, que estão a trabalhar na identificação dos territórios vulneráveis, inclusive através de sessões de esclarecimento aos cidadãos, transmitidas online no Facebook do Programa, para explicar como se faz um projeto e como se preenche o formulário de candidatura.

“Temos continuado a fazer sessões em todo o país, algumas até por iniciativas locais, temos conhecimento que há muitas entidades a preparar candidaturas”, declarou Helena Roseta.

No processo de consulta pública do programa, foram identificados “mais de 820 territórios em todo país», que por serem vulneráveis podem ser «potencialmente elegíveis” para apoio de projetos, revelou a coordenadora, prevendo uma “avalanche” de candidaturas.

Em vigor desde julho, o Programa Bairros Saudáveis visa apoiar intervenções locais de promoção da saúde e da qualidade de vida das comunidades territoriais, no território continental português, a executar até ao final de 2021, através de projetos apresentados por “associações, coletividades, organizações não-governamentais, movimentos cívicos e organizações de moradores”.

Desenvolvidos nos eixos da saúde, social, económico, ambiental ou urbanístico, os projetos a candidatar podem ser pequenas intervenções (até 5.000 euros), serviços à comunidade (até 25.000) ou projetos integrados (até 50.000 euros), em que são todos avaliados e pontuados por um júri independente.

 

Prevenir o pé diabético
A Diabetes consiste em alterações da quantidade de açúcar no sangue, sendo que é diagnosticada em ma

Segundo a Federação Internacional da Diabetes (International Diabetes Federation), até 2019 cerca de 463 milhões de adultos viviam com a diabetes, sendo que mais de 1,1 milhão de crianças e adolescentes viviam com a diabetes tipo 1.

É importante consciencializar a população para o diagnóstico prévio e que tenham em atenção as principais causas deste problema. Estas estão, por vezes, na má circulação sanguínea, no tempo demasiado longo em camas hospitalares e, principalmente, nas alterações da ramificação nervosa. É frequente que as pessoas com pé diabético sintam a pele a secar, o surgimento de feridas, queimaduras e bolhas que podem dar origem a infeções.

No sentido de evitar e prevenir este flagelo é essencial que as pessoas sejam acompanhadas por uma equipa multidisciplinar e especializada, que se complementa com os vários setores da área da saúde; tenham um estilo de vida saudável, apostando numa boa alimentação; uma higiene cuidada dos pés; pratiquem atividade física de forma regular e adotem posições favoráveis à estimulação da circulação sanguínea. Por outro lado, devem evitar fumar e estar em posições como pernas cruzadas.

Também a escolha de um calçado adequado e adaptado às necessidades de indivíduos com pé diabético é extremamente importante. Estes devem optar por um calçado confortável no seu todo, que se ajuste corretamente ao pé, de modo a não ser muito largo ou apertado. Não obstante, não é recomendável a utilização de sapatos com costuras no seu interior, bem como de meias apertadas.

A Federação Internacional da Diabetes estima que em todo o mundo existam 463 milhões de pessoas com diabetes, número que pode atingir os 700 milhões em 2045 (International Diabetes Federation [IDF], 2019).

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
FEPODABES apela à doação
Com a retoma das cirurgias e da atividade hospitalar, o consumo de sangue tem vindo a aumentar e as reservas nacionais têm já...

“As reservas nacionais estão já a ressentir-se com o regresso da atividade hospitalar. Apelamos mais uma vez à dádiva por parte de pessoas saudáveis, principalmente os dadores ativos entre os 24 e os 45 anos. Apesar dos esforços realizados entre julho e agosto, há já falta de dois tipos de sangue: O+ e A+. Esta falta recorrente justifica-se com o facto de a maioria dos portugueses serem dos grupos sanguíneos A e O”, alerta Alberto Mota, presidente da FEPODABES.

Para realizar o processo, que consiste na colheita de cerca de 450mL de sangue e não demora mais de 30 minutos, o dador só precisa de ter pelo menos 18 anos, 50kg e ser saudável. Antes da dádiva, a FEPODABES recomenda que se deve tomar o pequeno-almoço, caso o processo seja realizado de manhã, ou esperar três horas se for após o almoço. O dador deve ainda hidratar-se com líquidos como a água ou o chá no dia anterior e no próprio dia e grandes períodos de exposição solar devem ser evitados.  Já depois do procedimento, o dador deve continuar a hidratar-se e deve evitar grandes períodos de exposição solar e exercício físico.

“A pandemia não deve ser motivo de medo. Estamos preparados para receber todos os que nos queiram ajudar, adotando todos os cuidados necessários”, refere ainda o presidente da FEPODABES.

No início deste mês, a FEPODABES lançou um vídeo de sensibilização dedicado aos mais jovens, sob o mote “Vamos Ser Heróis! Dê Sangue”. O objetivo passa por diminuir a média de idades dos dadores, relembrando que todos podemos ajudar, e incentivar os jovens adultos a fazê-lo enquanto motivam também os outros, através da divulgação do seu contributo nas redes sociais, com a hashtag #VamosSerHeróis.

 

Tratamento eficaz e personalizado
Especialistas como Rubén de Toro, oncologista do Hospital de Jerez de la Frontera, utilizam esse tipo de solução para obter...

Estas 'ferramentas' são cada vez mais utilizadas na prática clínica de rotina, melhorando as perspetivas de alguns dos 6 mil novos casos de cancro da mama que anualmente surgem em Portugal, além de agilizarem o trabalho dos especialistas em saúde, que graças ao estudo genético dos tumores têm mais informações sobre a origem de cada cancro e podem decidir com mais rapidez e precisão qual tratamento terá mais sucesso em cada caso.

“Com a realização de testes genéticos ao tumor, após a intervenção no cancro da mama, já conseguimos selecionar melhor aquelas doentes que necessitarão de tratamento complementar com quimioterapia, salvando aquelas com baixo risco de recidiva da doença de um tratamento cuja toxidade é bem conhecida ”, afirma Rubén de Toro, oncologista especializado em cancro da mama e tumores de pele dos hospitais Jerez de la Frontera e HLA Puerta del Sur, na mesma cidade de Cádiz.

Uma das empresas líderes na realização de análises genómicas é a OncoDNA, especializada em medicina de precisão para o tratamento e diagnóstico do cancro. Com sede na Bélgica e delegações em Espanha, Portugal e América Latina, a OncoDNA atua neste campo desde 2012 e participa de diversas iniciativas internacionais de pesquisa, também relacionadas ao cancro da mama.

Genes em destaque

Considerando uma série de estudos, apresentados em dois dos mais importantes congressos internacionais de oncologia, ESMO e ASCO, são numerosos os casos de cancro da mama que apresentam forte relação com mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, que fazem parte do sistema de deteção e reparação de danos ao ADN.

“Atualmente, existem medicamentos para as pessoas que sofrem da doença devido a uma 'falha' genética e hereditária nos genes como o BRCA. Esses tratamentos já estão disponíveis e são utilizados com excelentes resultados nos nossos hospitais. Mas, infelizmente, não são úteis em todos os casos e noutros controlam a doença por muito tempo, mas não a fazem desaparecer”, afirma de Toro. A realização de um perfil genético pode ser muito útil para detetar e diferenciar a origem do cancro de um doente, monitorizar a sua enfermidade e encontrar o tratamento mais adequado em todos os momentos.

Um exemplo da utilidade prática deste tipo de solução encontra-se no projeto de investigação pan-europeu AURORA. Uma pesquisa em desenvolvimento que se dedica ao estudo do cancro da mama metastático, analisando a genética dos tumores das participantes. O objetivo é gerar resultados sólidos que iluminem a biologia e a evolução dessa patologia, principal causa de morte por cancro em mulheres em todo o mundo.

Com mais de 1.000 doentes envolvidos e especialistas de 11 países, é uma iniciativa do Breast International Group (BIG), que escolheu a OncoDNA para ser o laboratório central e realizar análises de perfil molecular tanto em amostras de tumor primário e sólido como em metastático, bem como em amostras de soro e plasma.

A participação da biotecnologia no projeto AURORA está intimamente relacionada com a experiência que a empresa tem com doentes com cancro da mama em colaboração com vários hospitais. “Há anos que realizamos análises genómicas de amostras de tecido (biópsia sólida) e de sangue (biópsia líquida) para oferecer mais informações ao oncologista sobre um tumor e facilitar a tomada de decisão sobre qual tratamento será mais eficaz no seu doente, e sempre procurando democratizar a medicina de precisão”, afirma Adriana Terrádez, diretora da OncoDNA para Espanha, Portugal e América Latina.

 

Combate à pandemia
A lei que impõe a utilização de máscara em espaços públicos foi hoje publicada em Diário da República, entrando em vigor amanhã.

A publicação da lei surge depois de ontem o Presidente da República ter promulgado o decreto da Assembleia da República que determina o uso obrigatório de máscara na rua, por um período de 70 dias, sempre que não seja possível cumprir o distanciamento físico recomendado.

“É obrigatório o uso de máscara por pessoas com idade a partir dos 10 anos para o acesso, circulação ou permanência nos espaços e vias públicas sempre que o distanciamento físico recomendado pelas autoridades de saúde se mostre impraticável”, lê-se no diploma.

O incumprimento desta obrigação – da qual estão dispensadas “pessoas que integrem o mesmo agregado, quando não se encontrem na proximidade de terceiros”, ou que apresentem declaração médica para o efeito – constitui contraordenação sancionada com coima de 100 a 500 euros.

Quanto às exceções, o diploma hoje publicado estabelece que a obrigatoriedade de uso de máscara é dispensada “mediante a apresentação de atestado médico de incapacidade multiusos ou de declaração médica, no caso de se tratar de pessoas com deficiência cognitiva, do desenvolvimento e perturbações psíquicas”, ou “de declaração médica que ateste que a condição clínica da pessoa não se coaduna com o uso de máscaras”.

Segundo o diploma, esta obrigatoriedade também não se aplica “em relação a pessoas que integrem o mesmo agregado familiar, quando não se encontrem na proximidade de terceiros” nem “quando o uso de máscara seja incompatível com a natureza das atividades que as pessoas se encontrem a realizar”.

 

XXII Congresso da Associação Portuguesa de Nutrição Entérica e Parentérica
Integrado no XXII Congresso da Associação Portuguesa de Nutrição Entérica e Parentérica (APNEP), decorre, nos próximos dias 31...

Dividido em dois módulos, o curso tem como objetivo proporcionar formação específica na área da Calorimetria Indireta (CI), enfatizando a importância da medição metabólica dinâmica e individualizada para uma decisão de prescrição de Nutrição mais precisa e eficaz, e promover a reflexão e discussão sobre os desafios futuros da Nutrição Parentérica no doente crítico.

A formação permitirá a partilha de boas práticas e experiência com o equipamento de CI, abordando o seu benefício e vantagens e ainda discutir maneiras de implementação da CI numa Unidade de Cuidados Intensivos.

Inscrições através do link: https://apnep.rxf.vsmeeting.pt (solução otimizada para Google Chrome e Firefox).

Projeto da Ordem dos Médicos
A Ordem dos Médicos e a Astellas lançam hoje o projeto “Primeira Linha”, um livro que reúne 150 testemunhos de profissionais de...

Tratam-se de narrações na primeira pessoa sobre a forma como têm sido vividos estes meses de pandemia da Covid-19 e o respetivo confinamento, partilhando com todo os portugueses as histórias reais de quem continua a arriscar diariamente a vida pelo combate a um vírus ainda sem cura. O lançamento oficial do livro será feito em formato webinar na sede oficial da Ordem dos Médicos e pode ser acompanhado aqui.

Neste evento vão estar presentes Miguel Guimarães, Bastonário da Ordem dos Médicos, autor do prefácio do livro, Filipe Novais, Diretor-geral da Astellas Portugal e autor da conclusão e algumas das personalidades que participam neste livro, como Ana Paula Martins – Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos e Filipe Ribeiro – Diretor Médico da Astellas Portugal, que partilharão a sua experiência sobre os principais desafios que a Covid-19 os fez enfrentar.

Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos, defende que “este livro reúne 150 testemunhos de profissionais extraordinários que estiveram na “primeira linha” quando ainda ninguém sabia o que esperar desta pandemia. Agora, passados 7 meses desde que a doença chegou a Portugal, esta homenagem torna-se ainda mais justa, pois a luta contra a Covid-19 e pela manutenção da qualidade do SNS continua e continuará durante os próximos meses. É por isso com grande satisfação que a Ordem dos Médicos se junta à Astellas Portugal nesta iniciativa”.

“Este livro é uma das formas que encontrámos para deixar o nosso profundo agradecimento aos profissionais de saúde com quem trabalhamos diariamente e que têm demonstrado uma resiliência extraordinária”, afirma Filipe Novais – Diretor-geral da Astellas Portugal.

O bastonário da Ordem dos Médicos, reforça ainda que “São esperados tempos de inúmeros desafios para o SNS e não só. Com a pandemia a não dar tréguas e a exigir cada vez mais de todos os profissionais de saúde, hoje estou aqui em nome de todos eles com o intuito de lhes transmitir uma mensagem de esperança e de profundo agradecimento. Não poderíamos estar mais orgulhosos com o trabalho que tem sido feito e com o reconhecimento de todos os portugueses.”

 

Estudo
A exposição a longo prazo à poluição atmosférica pode aumentar o risco de morte por Covid-19 no mundo, conclui um estudo...

Segundo as estimativas do professor Jos Lelievel, do Instituto Max Planck de Química em Mainz, Alemanha, que participou neste estudo, a poluição, que já é responsável por um elevado número de mortes prematuras, pode influenciar a mortalidade pelo novo coronavírus, aumentando o risco em 19% na Europa, 17% na América do Norte e 27% no leste da Ásia.

De acordo com esta investigação,  estima-se que exposição à poluição atmosférica a longo prazo contribua para 12% das mortes por Covid-19 no Brasil, 29% na República Checa, 27% na China, 26% na Alemanha, 22% na Suíça, 21% na Bélgica, 19% na Holanda, 18% na França, 15% na Itália, 14% no Reino Unido, 11% em Portugal, 9% na Espanha, 6% em Israel, 3% na Austrália e 1% na Nova Zelândia.

Para chegar a estes dados, os investigadores avaliaram os dados epidemiológicos anteriores dos Estados Unidos e da China sobre a poluição do ar e a Covid-19, bem como sobre a SARS de 2003, doença semelhante ao novo coronavírus.

Para os cálculos, foram combinados dados de satélite da exposição a partículas finas contaminantes (PM2.5) e dados de redes de vigilância e contaminação do solo. Apesar de não se estabelecer uma relação direta de causa e efeito entre esta contaminação e a mortalidade pelo novo coronavírus, Thomas Munzel, um dos responsáveis pelo estudo, explica que as partículas contaminantes parecem aumentar a atividade do receptor ACE-2, localizado na superfície das células e envolvido na forma como o novo coronavírus infeta os pacientes.

"A poluição do ar causa danos aos pulmões e aumenta a atividade do ACE-2, o que leva a uma absorção maior do vírus", esclarece.

De acordo com os autores deste estudo, “a transição para uma economia verde, com fontes de energia limpas e renováveis, favorecerá tanto o meio ambiente quanto a saúde pública em nível local, melhorando a qualidade do ar, e em nível mundial, limitando as mudanças climáticas".

No entanto, embora seja “extremamente provável” a existência de um vínculo entre poluição do ar e a mortalidade por Covid-19, Anna Hansell, professora de epidemiologia ambiental na Universidade de Leicester, considera "prematuro tentar quantificá-lo com precisão. Há muitos outros bons motivos para agir agora visando a reduzir a poluição do ar, que a OMS já associa a 7 milhões de mortes por ano em todo o mundo".

 

Relatório
Segundo o Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC), os países têm de começar a preparar-se para uma campanha de “vacinação...

“É preciso preparar e treinar recursos humanos dedicados a uma campanha de vacinação em massa”, indica o ECDC, citado pela Executive Digest, num relatório feito com o propósito de ajudar os países a planearem o processo de administração de uma vacina que se espera que chegue dentro de pouco tempo.

Para além profissionais de saúde, o ECDC revela que é necessária ainda logística, comunicação e gestão para que a campanha de vacinação funcione bem.

Apesar de ainda não ter sido aprovada nenhuma vacina na Europa contra a covid-19, o Centor Europeus de Controlo de Doenças, afirma que quando esse momento chegar deve haver uma “monitorização ativa e passiva de eventos adversos após a imunização”, “dados robustos e oportunos de cobertura de vacinação” e “monitorização da aceitabilidade da vacina e pesquisa comportamental.

Uma vez que as doses, inicialmente disponibilizadas, não vão abranger toda a população, o ECDC sublinha ainda a importância de garantir um “acesso ético e equitativo à vacinação”. Deve, por isso, ser distribuída a alguns grupos, como pessoas dos grupos de risco, trabalhadores de setores essenciais e grupos mais vulneráveis, tendo em conta a idade e as doenças pré-existentes.

 

Norma DGS
A Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, anunciou esta segunda-feira que a Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou uma Norma com...

Desta forma, explicou, “todos os intervenientes no processo – que são muitos e complexos – têm tempo de se ajustar às mudanças”. 

Em declarações aos jornalistas na conferência de imprensa de atualização dos dados da pandemia da COVID-19, Graça Freitas esclareceu que a utilização de testes rápidos de antigénio vai permitir “reduzir e controlar ainda mais a transmissão da doença e prevenir e mitigar o impacto da doença no sistema de saúde, nos seus serviços e nas populações mais vulneráveis”. 

Segundo a Diretora Geral da Saúde, os testes rápidos devem ser usados em pessoas sintomáticas nos primeiros cinco dias de sintomas e em pessoas sem sintomas, mas em situações concretas como surtos. “Podem ainda usar-se estes testes numa terceira situação, que é o rastreio periódico de profissionais de saúde em contexto de maior risco de exposição”, acrescentou. 

A especialista em saúde pública esclareceu, no entanto, que “um teste rápido de antigénio negativo numa pessoa com forte suspeição clínica de COVID-19 não dispensa a realização de teste molecular para confirmação”. 

Sobre a decisão da utilização destes testes, Graça Freitas explicou que atualmente existem indicações internacionais que mostram “que é seguro utilizar testes rápidos de antigénio, sobretudo nos casos positivos” para sintomatologia e nos primeiros cinco dias de sintomas. 

 

 

Infeções virais
Estima-se que uma em cada oito pessoas infetadas pelo VIH, em Portugal, tem mais de 50 anos.

A síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA), causada pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH), é caracterizada por imunossupressão profunda que leva a infeções oportunistas, neoplasias secundárias e manifestações neurológicas. A transmissão ocorre em condições que facilitam a penetração de sangue ou líquidos corporais contendo o vírus ou células infetadas pelo mesmo no organismo. As três principais vias de contaminação são contato sexual, inoculação sanguínea e passagem de vírus de mães infetadas para seus recém-nascidos. Desde 1983, o VIH já infetou mais de 33 mil pessoas em Portugal.

A descoberta desta pandemia remonta ao início da década de 1980 e causou grande impacto social, por ser construída como uma doença contraída “somente” por homossexuais ou toxicodependentes, causando preconceitos e isolamento estigmatizante. No entanto, as diversas modificações no seu perfil ao longo dos tempos, nomeadamente os fenômenos de heterossexualização, feminização e de juventudilização vieram contradizer esta limitada ideia.

Estas características mostram que não existem indivíduos particularmente vulneráveis ao vírus HIV, já que todas as fases do ciclo de vida estão expostas à contaminação, sendo que atualmente em todo o mundo, Portugal incluído, o progressivo aumento do número de casos de SIDA na população idosa tem números muito preocupantes.

O envelhecimento é definido como um processo de progressivas modificações biológicas, psicológicas e sociais ao longo da vida do ser humano e, segundo a Organização Mundial de Saúde, é considerado idoso o indivíduo com idade maior ou igual a 60 anos para os países em desenvolvimento e 65 anos para os desenvolvidos.

Vários estudos registam que o número de casos de contaminação em indivíduos com mais de 50 anos está a crescer percentualmente (nos EUA, a proporção passou de 20% para 25% entre 2003 e 2006; no Brasil duplicou na última década, passando de 3,6% para 7,1% e na Europa rondava os 8% em 2005), sendo que em Portugal representam atualmente 5% do total de casos registados desta IST.

Recentemente, um estudo dos Hospitais da Universidade de Coimbra revelava que uma em cada oito pessoas infetadas pelo VIH em Portugal tem mais de 50 anos, uma percentagem que tende a aumentar tendo o género feminino uma maior frequência e prevalência na comparação com o masculino.

A doença neste grupo específico está diretamente associada ao envelhecimento da população mundial, à melhoria do acesso e dos cuidados de saúde com o consequente aumento da sobrevida das pessoas, mas é principalmente com o surgimento de uma maior abertura para a vivência da sexualidade, que tem tornado os idosos mais vulneráveis às infeções sexualmente transmissíveis.

No entanto e apesar das mudanças sexuais em curso, a sexualidade continua a estar longe de ser vista como saudável e natural em idosos. O preconceito (“…a SIDA só acontece aos mais novos!”…), a falta de informação (…"Eu até estou na menopausa, isso [o preservativo] não é para mim, é para os jovens"…) continuam a reforçar a ideia da velhice assexuada que conjuntamente com as relações sexuais desprotegidas (…"agora já não engravido, não preciso do preservativo"…), assim como o acesso facilitado a fármacos para distúrbios eréteis são os fatores que tem prolongado a atividade sexual na terceira idade, aumentando concomitantemente a vulnerabilidade do idoso para as ISTs, entre elas o HIV/SIDA.

No aspeto social, o idoso convive com o estigma associado ao ter uma doença como a SIDA e neste sentido tem medo que os familiares e a comunidade saibam desta questão, escondendo a maior parte das vezes a mesma, sendo que as questões relacionadas com a qualidade de vida e a diminuição dos recursos financeiros, também o obrigam a muitas vezes não procurarem ajuda especializada.

Atualmente, a medicina está francamente melhor do ponto vista terapêutico, no que concerne ao combate ao HIV, permitindo uma sobrevivência dos doentes que era impensável há uns anos, no entanto a sobrevida de pacientes com SIDA é inversamente proporcional à idade, sendo que o diagnóstico mais tardio é um dos fatores envolvidos, assim como as normais alterações fisiológicas, próprias desta faixa etária associadas a doenças crónicas (doença cardiovascular, doença pulmonar e diabetes mellitus…).

Isto ocorre porque certos sintomas da infeção, tais como cansaço, perda de peso e distúrbios na memória, não são específicos deste problema, podendo acontecer em outras doenças que são comuns nestas idades. Na maioria dos casos, a doença é descoberta quando o utente é internado para tratar alguma infeção oportunista ainda não diagnosticada ou em exames pré-operatórios.

Está provado que algumas das manifestações da SIDA nesta faixa etária, passam por demências de inicio precoce, complicações neurológicas e o aparecimento de neoplasias associadas (sarcoma de Kaposi e linfomas não-Hodgkin) o que torna um desafio o controle efetivo desta problemática na idade geriátrica, recomendando mesmo alguns autores que estes utentes sejam acompanhados de modo diferenciado.

Outra razão, não menos importante, passa precisamente pelo preconceito dos técnicos de saúde que continuam a considerar que na velhice a possibilidade de infeção por HIV é de risco mínimo, levando os profissionais a não solicitarem o teste especifico nos exames de rotina, quando pelo contrário, a ameaça é mais real e diretiva, nomeadamente nas mulheres, depois da menopausa com o aumento potencial da perda de lubrificação e em consequência com um maior espessamento das paredes vaginais, poderá mais facilmente favorecer o aparecimento de pequenas ulceras ou feridas na mucosa que abrem o caminho para a penetração do referido vírus.

Neste sentido, e se tivermos em linha de conta que as politicas de prevenção da SIDA na população geriátrica e quase inexistente no nosso país, ao contrário de outros (como o Brasil e os EUA), numa sociedade que cada vez dá mais valor á cultura do corpo, da jovialidade e do envelhecimento ativo, teremos sempre por optar por campanhas de larga escala, alertando para a vulnerabilidade destes menos jovens para com as IST´s, enfocando os aspetos socioculturais (como o uso de preservativo, relações unidirecionais e monogamia) de forma a reduzir os riscos exponenciais existentes.

Campanhas de informação, de sensibilização quer á população, quer aos próprios técnicos de saúde, que visem a promoção e proteção da saúde, prevenção de complicações, o bem-estar, a reabilitação funcional e a manutenção de uma vida sexualmente ativa, protegida e livre de perigos, sendo que especificamente no caso da relação entre o HIV e a população idosa, esta estratégia teria um papel fundamental, não apenas na divulgação de métodos de prevenção à doença, mas também no próprio diagnóstico precoce do vírus.

Bibliografia
• Coordenação Nacional de DST e AIDS - Secretaria de Políticas de Saúde - Ministério da Saúde. HUhttp://www.aids.gov.brUH.
• Barreira M. A Imunodeficiência causada pelo HIV, avanços do tratamento e prevalência do vírus entre idosos foram tema da primeira plenária realizada na IAS 2007. Agência de Notícias da Aids 2005. Disponível em: http://www.agenciaaids.com.br/noticiasresultado. asp?Codigo=7989.
• Chiao EY, Ries KM, Sande MA. AIDS in the elderly. Clin lnfect Dis 1999; 28: 740-5.
• Abe E. Incidência de Aids dobra entre os maiores de 50 anos. Disponível em: http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,Mul87491MUL874919-5598,00-incidenc....
• Wachtel TJ, Stein MD, Rabin DL - HIV infection in older people. In: GaIlo JJ et ai (eds) - Reichel’s.
• Saber viver . Aumenta o numero de casos de idosos com HIV/AIDS. Disponível em: http://www.saberviver.org.br/index.php?g_edicao=comportamento_43.
• Saldanha AAW, Araújo FL. A Aids na terceira dade na perspectiva dos Idosos, Cuidadores e profissionais de saúde. In: Congresso Virtual: anais do 7. Congresso Virtual HIV/AIDES; 2006. Disponível em URL:http://www.aidscongress.net/article.php?id_comunicacao=294.
• Saldanha AAW, Araújo LF. Viver com AIDS na Terceira Idade. In: Congresso Virtual. Anais do7. Congresso Virtual HIV/AIDES 2006 . Disponível em: http://www.aidscongress.net/article.php?id_comunicacao=296.
• Zildene S, Leite JL. Aids e envelhecimento. Reflexões sobre a infecção pelo HIV em indivíduos acima de 60 anos 2008. Disponível em: http://www.saude.rio.rj.gov.br/media/AIDSENVELHECIMENTO.doc.
• Zornita M. Os novos idosos com AIDS: sexualidade e desigualdade à luz da bioética.Rio de Janeiro. Dissertação [Mestrado em saúde pública] —Fundação Oswaldo Cruz;2008.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Aumento de casos
Segundo as projeções do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) a partir de 04 de novembro, estima-se que o...

Este aumento é justificado pelo crescimento do número de novos casos registado nas últimas semanas, que incidiu particularmente sobre as pessoas com idades entre os 20 e os 39 anos e com mais de 85 anos.

Sobre a capacidade de resposta, a governante detalhou o número de ventiladores disponíveis no SNS: 1.889 em outubro, mais 747 do que no início da pandemia em Portugal, elevando-se o programa centralizado de equipamento em UCI a 60 milhões de euros.

Já a capacidade em termos de recursos humanos totaliza 140.882 profissionais, mais 5.459 do que em setembro de 2019 e que traduz um crescimento de 15.425 profissionais entre 2015 e 2019.

Portugal é já o 10º país entre a União Europeia no que se refere ao número de testes por habitante, com a capacidade laboratorial instalada, uma rede de 111 laboratórios, a permitir um total de 3,2 milhões de testes acumulados.

De salientar ainda, a resposta que tem sido dada pelo Centro de Contacto SNS 24, que já atendeu um total de 2.415.865 de chamadas de utentes. A Linha de Aconselhamento Psicológica, lançada a 1 de abril, atendeu já 45.641 chamadas, e a Linha de Atendimento para Surdos um total de 468 chamadas atendidas.

Nesta conferência, Marta Temido adiantou, ainda, que doentes não-covid-19 que vejam consultas, exames ou cirurgias no Serviço Nacional de Saúde (SNS) serem desmarcados face ao agravamento da pandemia vão ser encaminhados para os setores privado e social.

A governante sublinhou que a recuperação da atividade assistencial a doentes com outras patologias tinha “apenas um diferencial de 600.000 consultas entre urgentes e não urgentes em cuidados de saúde primários até setembro face ao período homólogo, num volume de 31 milhões”, mas reconheceu que o aumento exponencial de casos pode voltar a condicionar a resposta do SNS.

 

Nova norma publicada
A taxa de testes de diagnóstico à covid-19 com resultado positivo é de 9,8%, avançou hoje, em conferência de imprensa temática...

Graça Freitas adiantou ainda que utilização de testes rápidos vai permitir dois objetivos essenciais: “reduzir e controlar ainda mais a transmissão da doença e prevenir e mitigar o impacto da doença no sistema de saúde, nos seus serviços e nas populações mais vulneráveis”.

A Diretora-Geral da Saúde esclareceu que estes testes devem ser utilizados em três contextos: em pessoas sintomáticas, nos primeiros cinco dias de sintomas; em pessoas sem sintomas mas em situações concretas, nomeadamente em situação de surto em que a rapidez é muito importante, e em situações de rastreio periódico de profissionais de saúde em contexto de maior risco de exposição. “Uma pessoa com um teste rápido de antigénio negativo, numa pessoa com forte suspeita clínica de Covid-19, não dispensa a realização de um teste molecular (PCR) para a confirmação”, sublinhou.

A norma com a nova Estratégia Nacional de Testes para SARS-CoV-2, que entra em vigor às 00:00 do dia 9 de novembro, foi hoje publicada pela DGS. 

Estes testes são o resultado da evolução do conhecimento e seguem as atuais recomendações das organizações de saúde internacionais e é sustentada “na melhor evidência científica disponível”, observou.

Para Graça Freitas, “a vantagem destes testes são a sua rapidez. Oferecem a quem está no terreno, aos médicos e profissionais de saúde, resultados mais precocemente que permitem implementar mais rápidas medidas de saúde pública”.

 

 

Sugere estudo
Um investigador da Universidade de Harvard somou o número de anos que os americanos que morreram de COVID-19 teriam vivido se...

Stephen Elledge, autor principal do estudo, somou o número de anos que os americanos que morreram de COVID-19 teriam vivido se atingissem sua expectativa de vida média, para chegar a estes dados. As suas descobertas mostram que, desde o início de 2020, a crise já custou 2,5 milhões de anos potenciais de vida perdidos. Isso inclui todos, desde idosos que tinham outros 20 ou 30 anos de vida até adultos de meia-idade que nunca chegaram à velhice. 

Na manhã de quinta-feira, mais de 222.000 americanos morreram de COVID-19, assim como 1,1 milhão de pessoas em todo o mundo. Isso significa que os Estados Unidos têm 20% das mortes no mundo, apesar de ter apenas 4% da população mundial. 

Stephen Elledge, professor do departamento de genética da Harvard Medical School, diz que muitos não acreditam que a doença seja fatal devido ao fato de que 80% dos americanos que morreram têm mais de 65 anos.  “Infelizmente, existem níveis significativos de mal-entendido sobre a gravidade da doença e sua letalidade”, escreveu ele.

"Como o COVID-19 impacta desproporcionalmente as populações idosas, a falsa impressão de que o impacto dessas mortes na sociedade é mínimo pode ser transmitida por alguns porque os idosos estão mais próximos de uma morte natural", revela citado pelo Daily Mail. 

Para o estudo, publicado no site pré-impresso medRxiv.org, Elledge obteve dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) sobre mortes por faixa etária de COVID-19 até 3 de outubro.

Os dados foram depois cruzados com tabelas sobre expectativa de vida normal nos Estados Unidos em todas as faixas etárias.

Por exemplo, a média de anos restantes de vida para mulheres entre 45 e 54 anos foi calculada em 37,80 a 29,68 anos adicionais, com uma média de 33,704 anos.

No total, das cerca de 194.000 mortes que Elledge contou na época de seu estudo, mais de 2,5 milhões de anos de vida potencial foram perdidos.

O número médio de anos potenciais de vida perdidos por pessoa foi de 13,25 anos, com os homens perdendo 13,93 anos de vida por morte e as mulheres 12,45 anos de vida.  

Apenas um quinto das pessoas que morreram com o vírus nos Estados Unidos têm menos de 65 anos, mas representam quase 1,2 milhão de anos potenciais de vida perdidos.

Os homens perderam mais anos potenciais de vida humana, cerca de 1,4 milhão, do que as mulheres, cerca de 1,1 milhão.

Elledge disse que sua análise não foi capaz de ajustar o número de anos de vida perdidos devido a condições subjacentes como obesidade e diabetes ou disparidades entre raças, mas ele espera fazer isso em pesquisas futuras.

“Este é um custo espantoso e surpreendente, dado o aparente equívoco público de que COVID-19 é uma doença que afeta desproporcionalmente os idosos e é de alguma forma menos preocupante para o resto da sociedade”, escreveu ele.

"Uma proporção significativa de mortes devido ao COVID-19 ocorre em indivíduos na faixa dos 40, 50 e 60 anos que tinham dezenas de anos de vida esperada pela frente", referiu. 

Esta não é a única análise que mostrou a magnitude da pandemia além das infeções e mortes. Na semana passada, um relatório do CDC descobriu que a pandemia de coronavírus levou a um salto de mais de 25 por cento no excesso de mortes entre os americanos entre os 25 e os 44 anos - mais do que outros grupos de idade.

Dados oficiais
Segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), Portugal contabiliza hoje mais 27 mortos relacionados com a...

Desde o início da pandemia, Portugal já contabilizou 121.133 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus e 2.343 óbitos, avança fonte oficial.

Dos 27 óbitos registados, 13 ocorreram em Lisboa e Vale do Tejo, oito na região Norte, cinco no Centro e um no Alentejo.

De acordo com os dados divulgados hoje, as autoridades de saúde têm sob vigilância 59.631 pessoas, mais 882 do que no domingo.

Quanto ao número de casos ativos, o boletim epidemiológico dá conta de 48.834 casos de infeção, mais 1.341 do que no dia de ontem.

Nas últimas 24 horas foram ainda dados como recuperados 1.079, totalizando 69.956 desde o início da pandemia.

 

Opinião
Num ano que nos coloca tantos desafios, como o ano de 2020, é necessário mantermo-nos atentos e não

Durante a fase inicial da pandemia, apesar de na maioria dos hospitais o circuito dos doentes da VVAVC não ter sofrido grandes alterações, mantendo-se assim ativo e em pleno funcionamento o tratamento de fase aguda. Verificou-se, no entanto, diminuição acentuada do número de doentes com AVC que recorreram ao hospital, o que levou a um decréscimo do número de doentes tratados quer com fibrinólise, quer com trombectomia mecânica. Não há explicação para esta diminuição do número de casos, o que é preocupante. Sabemos que a COVID-19 aumenta o risco de eventos trombóticos, o que deveria levar a um aumento do número de AVC. No entanto, num inquérito realizado a 32 hospitais portugueses, cerca de metade teve diminuição do número de doentes internados por AVC em cerca de 25-50%. Será que alguns doentes com sintomas menores, por receio de serem contaminados, não recorreram aos cuidados de saúde, ou porque os doentes estando em casa com menos stress e melhor adesão a terapêutica tiveram menos eventos?

Se é verdade que, neste momento, deve ser reforçada junto da população a importância do confinamento, é igualmente premente lembrar que o 112 deve ser ativado sempre que for identificado um dos sinais de alerta de AVC (face descaída, perda de força no braço/perna ou alteração da fala), de modo a permitir que os doentes sejam orientados para a unidade hospitalar que permite realizar o tratamento de fase aguda adequado, pois a rapidez de atuação é fundamental para que se possa evitar sequelas.

Além da procura de cuidados de saúde em casos de sinais e sintomas de alerta, deve ser reforçada a indicação, aos doentes, para manter a terapêutica habitual para controlo de fatores de risco vascular (anti-hipertensores, estatinas, antiagregantes plaquetários, anticoagulantes e terapêutica para diabetes). Não existe, atualmente, qualquer indicação para suspender nenhuma das terapêuticas previamente prescritas.

É também essencial garantir o acesso à reabilitação. No início da pandemia a reabilitação a estes doentes foi suspensa na sua quase totalidade. Segundo um inquérito divulgado pela Portugal AVC, 91% dos doentes com indicação para cuidados de reabilitação, entre 20 e 27 de abril, afirmaram ter sido obrigados a interromper os tratamentos ou não ter tido possibilidade de os iniciar. Houve doentes com enorme potencial de recuperação que infelizmente não tiveram acesso a esses cuidados.

Temos de garantir a assistência na sua plenitude a doentes com e sem COVID-19. É assim fundamental permitir que os serviços tenham capacidade para tratar os doentes infetados com SARS-CoV2 e os não infetados. Para que isso aconteça tem de haver um adequado investimento, quer em recursos humanos quer em meios materiais, para evitar o colapso do SNS perante este enorme desafio.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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