Através de colheita de sangue
A partir da próxima semana estará disponível, em Portugal, um novo teste para deteção de célula T, isto é, da chamada imunidade...

As células T são conhecidas por serem importantes na proteção contra muitas infeções virais através de processos conhecidos como imunidade celular. Definir cabalmente o papel das células T no Covid-19 é neste momento, um foco central de investigação. 

No entanto o seu doseamento é já consensualmente aceite como muito relevante na avaliação de presença de imunidade protetora para COVID. É nesse sentido que ter essa possibilidade de avaliar a imunidade celular para SARS-CoV-2, será tão relevante como a avaliação da imunidade humoral ou doseamento de anticorpos.

Parte da população desenvolve a imunidade através da criação de anticorpos IgG. No entanto a imunidade pode também ser identificada ao nível celular mesmo na ausência destes anticorpos.

Este teste permite o doseamento de INF-γ através do método ELISA apoiando o clínico posteriormente no diagnóstico e na tomada de decisão informada em conjunto com a deteção do anticorpo.

O tema da imunidade celular está agora a ser alvo de inúmeros estudos, tendo já milhares de publicações científicas a nível mundial, em face do decaimento da imunidade humoral (doseamento de anticorpos)


Figura 1 - As células T são geradas brevemente após a infeção, vacinação ou após nova exposição ao SARS-COV-2. A resposta das células T é detetável no início da fase aguda da infeção e pode ser estimulada e detetada mesmo quando os anticorpos têm níveis baixos ou indetetáveis.

Para o CEO da Unilabs Portugal, Luís Menezes, “é fundamental que a comunidade médica possua todos os instrumentos de diagnóstico que possamos oferecer para tomar as melhores decisões em cada momento, para cada paciente. Este teste é mais uma arma para ajudarmos a comunidade médica a conhecer melhor a doença, e vamos continuar a tentar trazer testes inovadores para apoiar no combate à Pandemia”.

O Diretor Médico da Unilabs Portugal, António Maia Gonçalves acrescenta que “perceber se a população desenvolve imunidade protetora e duradoura contra a SARS-CoV-2, após infeção ou vacinação, é o grande desafio clínico com que nos deparamos atualmente. Inicialmente foi sobretudo valorizada a presença de anticorpos neutralizantes do vírus. Esses anticorpos diminuem substancialmente ao longo de menos de seis meses, levantando questões sobre quanto tempo a imunidade protetora pode durar após a infeção. Este teste células T permitirá avaliar de forma mais concreta a imunidade de cada individuo, e a par do que ocorre noutros países, perceber a prevalência destas células T na população portuguesa”.

Os testes podem ser realizados em qualquer unidade de colheita Unilabs através da recolha de uma única amostra de sangue, não estando sujeitos a marcação prévia. Os resultados estarão disponíveis entre 24 a 60 horas após a realização do teste.

Impulsionado por novo recuperador de stents ajustáveis
Estima-se que o mercado da trombectomia valha cerca de 265 milhões de dólares em 2020 nos EUA e espera-se que este valor cresça...

O relatório da GlobalData, "Dispositivos neurovasculares de trombectomia (Dispositivos de Neurologia)", revela que este crescimento será impulsionado por um aumento dos procedimentos de trombectomia e pelo dispositivo de recuperação de stent ajustável recentemente aprovado.

A Food and Drug Administration (FDA) aprovou recentemente o TIGERTRIEVER da Rapid Medical, o primeiro recuperador de stent ajustável aprovado nos EUA, na sequência de resultados promissores de um ensaio multicentro. A principal vantagem do TIGERTRIEVER sobre os atuais recuperadores de stents é que o diâmetro do cesto, onde um coágulo é capturado e extraído, pode ser ajustado através de uma lâmina na pega do dispositivo. Isto permite aos médicos um maior controlo sobre o procedimento, aumentando a compatibilidade do paciente e potencialmente reduzindo o risco de fragmentação do coágulo.

Dominic Tong, Analista de Dispositivos Médicos da GlobalData, comenta: "A trombectomia mecânica tornou-se cada vez mais popular nos últimos anos em comparação com a gestão de pacientes com AVC usando gestão médica, uma vez que estudos clínicos iniciais sugerem que pode levar a melhores resultados clínicos. Os recuperadores de stents visam prender um coágulo dentro do cesto, permitindo que os coágulos sejam removidos do vaso sanguíneo, enquanto os cateteres de aspiração dependem da sucção para remover os coágulos.

"Quaisquer inovações que aumentem ainda mais a eficácia e a segurança da trombectomia mecânica são bem-vindas. Com melhorias contínuas, a trombectomia mecânica pode eventualmente ultrapassar a gestão médica como o tratamento preferido para alguns casos.

"Além disso, embora o mercado da trombectomia tenha sido relativamente resiliente através da pandemia Covid-19, ainda sofreu uma quebra nas receitas que se deveu potencialmente ao aumento da carga hospitalar, dificultando a realização de operações dentro de oito horas após o início do sintoma. À medida que as vacinas são lançadas e os hospitais regressam ao negócio como de costume, a Rapid Medical tem a oportunidade de capitalizar o mercado de recuperação e captar mais quota de mercado durante este período de recuperação."

Opinião
Um estudo recente do INE revela-nos que quase, metade da população portuguesa terá mais de 65 anos,

Vemos enraizados os hábitos dos pais levarem as crianças aos dentistas (os primeiros dentes, as cáries na infância…), dos adolescentes corrigirem a dentição com aparelhos ortodônticos e cada vez mais dos jovens e adultos manterem essa vigilância e cuidados, mas constatamos que, a dada altura, as visitas ao dentista começam a espaçar-se.

Tornou-se normal uma pessoa mais velha ter a dentição comprometida, não ter dentes de todo e usar próteses pouco estéticas e pouco funcionais.

Felizmente, isso começa a tornar-se menos normal. Hoje, o paciente de 60 anos é, na sua maioria, um paciente com muita falta de dentes, com dentes arrancados e problemas de maxilar. A sua saúde oral é bastante pobre, com uma elevada prevalência de cáries coronais e radiculares e de patologia periodontal, reabilitação protética inadequada e presença abundante de placa bacteriana, seja nos dentes naturais ou nas próteses.

Ora o processo de envelhecimento do indivíduo é acompanhado por diversas transformações que afetam o sistema mastigatório, as glândulas salivares, as mucosas e os próprios dentes e respetivos tecidos de suporte. A face mais visível é a perda dos dentes naturais, com a consequente diminuição da capacidade mastigatória, mas não é a única tribulação.

A medicamentação, doenças sistémicas como a diabetes e tratamentos oncológicos, nomeadamente a radioterapia à cabeça e pescoço contribuem, por exemplo, para um baixo nível de saliva no idoso, sendo a xerostomia, ou “boca seca”, promotora e potenciadora de cáries, gengivites, risco de candidíase oral e outras sequelas na saúde oral. O tabagismo, o consumo excessivo de café e o stress também geram a hipofunção das glândulas salivares.

Os efeitos colaterais da idade e a falta de cuidados e vigilância fazem desta uma população de risco debilitada na sua saúde oral, mas que começa a estar mais informada e começa a valorizar o investimento na saúde oral.

Revestem-se, pois, de particular importância as reabilitações, que devem ser cuidadosamente planeadas e ter em conta essas alterações próprias da faixa etária e também com o fato dos doentes apresentarem, na maioria dos casos, outras patologias e serem polimedicados.

A técnica com o mínimo de quatro implantes é um procedimento cirúrgico e protético que consiste na reabilitação da maxila e da mandíbula, com prótese fixa, através da colocação de quatro implantes na região anterior dos maxilares, onde a densidade óssea é maior, permitindo a colocação de uma prótese fixa de 12 a 14 dentes, imediatamente, no próprio dia da cirurgia.

Quando se tem todos os dentes em falta ou quando os dentes já não são viáveis, este é o método utilizado para devolver os dentes e consequentemente a harmonia e a juventude ao sorriso do paciente.

Delimitaria os 60 anos como o marco ideal para iniciar os cuidados de saúde oral geriátricos, abrindo assim uma janela de várias décadas de qualidade de vida e saúde.

Quando iniciei a minha prática, as pessoas de 60 anos partiam de uma postura de que “já não valia apena”, agora, os 60, e também os 70, começam a ser encarados pelos pacientes como uma idade cada vez mais pertinente para se cuidar do sorriso e da saúde da boca e dos dentes, valorizando também, com crescente importância, a sua parte estética.

Cabe ao profissional informar e divulgar os modernos tipos de reabilitação disponíveis para esta população, com tratamentos hoje em dia mais acessíveis, menos invasivos, menos demorados e praticamente indolores.

Adaptando a frase célebre de Victor Hugo - “40 anos é velhice para a juventude, e 50 anos é juventude para a velhice” -, diria que os 60 anos podem ser velhice para a juventude, mas são atualmente juventude para os tratamentos de saúde oral.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo do Observatório de Tendências
Neste Dia Mundial da Saúde o Grupo Ageas Portugal revela as conclusões no âmbito da Saúde, do estudo do Observatório de...

De acordo com o estudo, para 26% dos inquiridos cuidar da família é a prioridade principal. A adoção por um estilo de vida saudável é prioridade para 20%, seguindo-se os encontros sociais com a família e os amigos com 19%. Por outro lado, o consumo e o voluntariado, encontram-se com uma prioridade muito baixa, para os portugueses, com cerca de 2% respetivamente.

Relativamente aos receios que possam ter nos próximos meses, 1/3 dos inquiridos admite que os problemas de saúde estão no topo das suas preocupações, sendo os jovens os mais preocupados com a saúde e com mais necessidades de proteção. A redução de rendimentos (21%) e a violência/conflitos sociais (19%) encerram o top 3 dos principais receios.

As necessidades de proteção pessoal e de saúde aumentaram cerca de 45.07%, quase metade dos inquiridos, sendo especialmente notório nas mulheres e nos mais jovens, assim como nas pessoas com níveis de rendimento mais baixos. Este aumento da necessidade é transversal às famílias, independentemente do tamanho do agregado. No entanto, para metade dos portugueses (50,34%) as necessidades de proteção e de saúde não se alteraram.

Que comportamentos alteraram/adotaram os portugueses, desde o confinamento, por iniciativa própria?

A Covid-19 retirou algumas experiências, mas permitiu a adoção de outras e, para alguns, mais benéficas. Cerca de 75% dos inquiridos admitem ter começado a cumprir as regras e recomendações de saúde pública - higiene das mãos, distanciamento social e usar proteção individual- e passaram a fazer menos saídas, compras, viagens, etc. 15% referem não ter alterado nada, continuando a fazer as mesmas coisas. Contudo, cerca de 10% dos portugueses começaram a experimentar novas coisas, por exemplo, ao nível físico começaram a comer mais saudável, aprender a cozinhar, a fazer caminhadas ou a andar de bicicleta; ao nível intelectual, os portugueses passaram a ler mais, a ver mais TV e a ouvir mais música, no entanto, também passaram mais horas no trabalho; e ao nível espiritual, os portugueses passaram a refletir mais, a meditar e a ter mais receio da morte.

Dia Mundial da Saúde
O Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde (CCOMS) para a Prática e Investigação em Enfermagem sediado na Escola...

No âmbito desta campanha, criada pelo movimento internacional Nursing Now, os enfermeiros são convidados a assinar uma carta dirigida aos responsáveis pela Saúde nos respetivos países – no caso de Portugal, à ministra Marta Temido, a quem apresentam os «pedidos mais urgentes para melhoria da saúde através do investimento na Enfermagem».

A campanha mundial Nurses Together apela, também, à presença nas redes sociais, sugerindo que enfermeiros e enfermeiras partilhem fotografias suas nas plataformas onde estiverem presentes, com a carta que enviarem ao governante do país com a tutela da área da Saúde. As fotografias partilhadas deverão ser identificadas com @NursingNow2020 e #NursesTogether.

Numa ação organizada pela ESEnfC, no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Saúde (7 de abril), que será transmitida por streaming, a partir da plataforma Videocast/FCCN, será também publicitada, amanhã (12h00), a campanha mundial Nurses Together.

O movimento Nursing Now foi lançado, em 2018, pelo Conselho Internacional de Enfermeiros e pela Organização Mundial da Saúde, tendo como missão melhorar a saúde a nível global e elevar o estatuto da Enfermagem em todo o mundo.

Kate Middleton, duquesa de Cambridge, a atriz Emilia Clarke e a princesa Muna da Jordânia foram algumas figuras ilustres que, então, apadrinharam a iniciativa Nursing Now. Em 2021, o Dia Mundial da Saúde é subordinado ao tema “Construir um mundo mais equitativo e saudável para todos”.

 

 

 

 

“A vitória contra a doença renal começa na prevenção”
A Associação Nacional de Centros de Diálise (ANADIAL) vai realizar várias sessões de esclarecimento sobre a doença renal...

As sessões de esclarecimento estão adaptadas para os alunos que se encontrem no ensino básico e secundário, e vão ser realizadas em formato online para as escolas de Alcobaça, Espinho, Figueira da Foz, Mafra, Pedrógão Grande, Ponte Guimarães, Torres Vedras, Valadares e Viseu.

“Esperamos que esta iniciativa online possa contribuir de forma positiva para o programa de educação em saúde das várias escolas, bem como prevenir e reduzir a incidência da doença renal crónica. Desta forma, iremos continuar a promover diversas ações de consciencialização, ministradas por médicos e enfermeiros, em escolas básicas e secundárias de norte a sul do país, proporcionando aos alunos a oportunidade de aprender a cuidar da saúde dos seus rins”, explica Jaime Tavares, presidente da ANADIAL.

A campanha “A vitória contra a doença renal começa na prevenção” conta com o apoio da Associação de Doentes Renais de Portugal, da Associação Portuguesa de Enfermeiros de Diálise e Transplantação, da Associação Portuguesa de Insuficientes Renais, da Sociedade Portuguesa de Nefrologia e da Sociedade Portuguesa de Transplantação.

A doença renal crónica caracteriza-se pela deterioração lenta e irreversível da função dos rins. Como consequência da perda desta função, existe retenção no sangue de substâncias que normalmente seriam excretadas pelo rim, resultando na acumulação de produtos metabólicos tóxicos no sangue (azotemia ou uremia). Os doentes com diabetes, hipertensão arterial, obesidade e historial familiar de doença renal podem estar em risco de desenvolver esta doença.

 

E alertam para as desigualdades sociais
A Ordem dos Nutricionistas alerta o Governo para a desigualdade no acesso aos cuidados de saúde, apelando para se garanta...

“É fundamental que os nossos decisores políticos tenham consciência que a situação pandémica que vivemos veio adensar as desigualdades sociais e aumentar a insegurança alimentar, pelo que os cuidados de nutrição devem ser assegurados para todos, de modo justo e igualitário. Algo que só se consegue com nutricionistas em locais mais próximos dos cidadãos”, afirma Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas.

Apesar do retrato nacional de doenças crónicas ser preocupante, o acesso aos cuidados de nutrição não é assegurado a todos os portugueses e, nos centros de saúde, faltam cerca de 800 nutricionistas, pelo que para a Ordem é urgente que exista uma estratégia interministerial que passe pela integração destes profissionais em locais próximos da população, seja nos centros de saúde, nas instituições do setor social e solidário, nas autarquias ou nas escolas. 

Para a Ordem dos Nutricionistas há uma clara necessidade de criação de políticas que, além de promoverem escolhas alimentares saudáveis, se foquem em particular nas populações mais vulneráveis, em maior risco de desigualdades, quer no acesso a alimentos, quer no acesso a cuidados de saúde no geral e em particular aos de nutrição. 

No nosso país, quanto mais baixa é a posição social, pior é o consumo alimentar, nomeadamente no que diz respeito ao acesso a alimentos saudáveis, o que pode condicionar o surgimento e agravamento de situações de insegurança alimentar, bem como ter efeitos nocivos na saúde de todos, dos mais jovens aos mais idosos.  

Alexandra Bento salienta que “em Portugal sabemos que os maus hábitos alimentares estão nos lugares cimeiros no que respeita à perda de anos de vida saudável. É preciso agir depressa e bem”. 

A Ordem dos Nutricionistas estima, ainda, que o perfil de doenças crónicas, como a diabetes, as doenças do aparelho circulatório ou a obesidade, poderá ter sido agravado por mais um confinamento social e recorda que a maior parte destas doenças estão diretamente relacionadas com os maus hábitos alimentares.

Estudo
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, o uso de desinfetantes é desnecessário na maioria...

Há muito que o CDC deixou claro que o risco de infeção contacto com superfícies contaminadas é altamente improvável, no entanto, só agora foram atualizadas as diretrizes.  “Devido aos vários fatores que afetam a eficiência da transmissão ambiental, o risco relativo de transmissão do SARS-CoV-2 é considerado baixo quando comparado ao contato direto, transmissão por gotículas ou transmissão aérea”, apontam na análise.

Deste modo, o CDC enfatiza que utilização de máscaras ou higienização das mãos são uma boa estratégia contra o possível contágio de superfícies e recomenda apenas o uso de desinfetantes especiais, além do sabonete normal, “nas situações em que houve suspeita ou confirmação de caso de Covid-19 em ambientes fechados nas últimas 24 horas”.

 

No âmbito do Dia Mundial da Saúde
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) lança, amanhã à tarde, o livro “Educação e trabalho interprofissional em...

A monografia será apresentada pela Presidente da ESEnfC, Aida Cruz Mendes, numa sessão por streaming, a partir da plataforma Videocast/FCCN (com início às 11h40), quando se assinalam os 140 anos da Escola ao serviço da saúde e do bem-estar das populações e durante o Dia Mundial da Saúde que a instituição de ensino superior também comemora amanhã.

«Se duvidas houvesse, o ano transato, com a eclosão e desenvolvimento de uma grande crise pandémica, demonstrou à saciedade o quanto o trabalho na área da saúde necessita de um trabalho colaborativo entre todos os trabalhadores da saúde e de como a resiliência de um serviço nacional de saúde depende dos seus recursos humanos. Esta resiliência dependente de recursos humanos não diz respeito só ao número absoluto de efetivos – cuja escassez a crise veio a realçar –, mas também se refere à sua diversidade e articulação», escreve a professora Aida Cruz Mendes, na nota de abertura da publicação, dada à estampa também no Ano Internacional dos Profissionais de Saúde e Cuidadores.

Do dia comemorativo de amanhã farão, ainda, parte, uma breve alocução da diretora do Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde sediado na ESEnfC, Ananda Fernandes – “Dia Mundial da Saúde 2021 - Para um mundo mais equitativo e saudável” (11h50) –, e uma nota (às 12h00) sobre a adesão à campanha mundial #NursesTogether, apresentada pelo membro da equipa local Nursing Now, Verónica Coutinho, também docente da ESEnfC.

As comemorações do Dia Mundial da Saúde na ESEnfC serão transmitidas pela plataforma Videocast/FCCN: https://videocast.fccn.pt/live/idpesenfc_esenfc/comemoracao_mundial_saude.

 

Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos
Filipe Granjo Paias renova a presidência da Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos (APORMED) para o biénio...

Reforçar o acesso integral à saúde, contribuindo para a eficiência do sector e do Sistema Nacional de Saúde, em ampla sinergia com todos os stakeholders serão algumas das prioridades da Direção, destacadas imediatamente após a eleição dos novos Órgãos Sociais da APORMED.

“A Direção tem diversas linhas estratégicas definidas para assegurar os valores que nos são basilares. Pretendemos garantir uma estabilidade diretiva, um reforço da presença e imagem da APORMED no ecossistema em que atuamos, bem como promover um amplo acesso às tecnologias de saúde. Estamos empenhados em nos posicionar como uma das vozes do setor dos dispositivos médicos e em desenvolver os novos grupos de trabalho”, afirmou Filipe Granjo Paias, presidente da APORMED, durante a Assembleia Geral.

No discurso referiu ainda alguns desafios, também partilhados por todo o setor dos dispositivos médicos, relativamente à implementação do novo Regulamento Europeu do Dispositivo Médico, à faturação eletrónica e ao plano de vacinação.

Revelou ainda expetativas quanto à Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, ao aumento da robustez e notoriedade da APORMED no setor, através de novos Associados, assim como com a retoma do país num cenário de pós-pandemia.

“O diálogo e a colaboração com os demais parceiros é a resposta para encontrarmos soluções eficientes e que criem valor para o setor, nomeadamente nesta fase atípica em que todos os esforços são fundamentais. A Direção da APORMED pretende continuar a posicionar-se como um parceiro relevante para o Ministério da Saúde e os diversos órgãos tutelados por este Ministério, bem como outras entidades governamentais, de forma a desenvolver as melhores respostas para a sociedade”, afirmou Filipe Granjo Paias, presidente da APORMED.

E acrescenta “A Direção da APORMED pretende continuar a trabalhar no sentido de atenuar as dificuldades que os sistemas de saúde, em geral, enfrentam atualmente, especialmente numa fase que tanto tem exigido às estruturas de saúde. É importante focarmo-nos na retoma do país e trabalharmos para relançar o setor da saúde, sendo este uma pedra basilar de crescimento e não de custo”.

Além da Baxter, a nova Direção da APORMED passa a ser representada também pelas empresas Medtronic, Medicinália Cormédica, Alcon, Johnson & Johnson, Pulmocor e B.Braun.  A Mesa da Assembleia Geral é agora composta pela Abbott Medical, JMV e Laboratórios Inibsa. O Conselho Fiscal integra a Fresenius Medical Care, a Boston Scientific e a Overpharma.

Vacina da AstraZeneca e eventos tromboembólicos
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) vai formular uma recomendação esta semana sobre o uso da vacina AstraZeneca após...

O órgão com sede em Amsterdão afirmou até agora que a vacina é eficaz e segura, embora não tenha descartado riscos isolados. Holanda e a Alemanha suspenderam a sua administração a menores de 60 anos até que o resultado das deliberações seja conhecido.

Os países da UE aguardam os resultados da reunião do Comité de Avaliação do Risco de Farmacovigilância (PROC), que deverá apresentar uma “recomendação atualizada” após análise dos raros episódios de trombose que lhe foram encaminhados pelas autoridades de saúde nacionais. 

Na última reunião, realizada na última quarta-feira, o órgão comunitário continuou a defender que os benefícios da vacina superam os "possíveis riscos". E, embora tenha concluído que o uso da formulação do grupo anglo-sueco não está associado a um aumento geral do risco de coagulação do sangue, admitiu, no entanto, que os casos já registados exigiam "investigação adicional".

Hoje, pela primeira vez, um alto funcionário da EMA estabeleceu a ligação entre a vacina e os coágulos que foram relatados. Antes da reunião do comité de especialistas desta semana, o chefe de estratégias de vacinas, Marco Cavaleri, afirmou a título pessoal em entrevista ao jornal italiano Il Messagero que “é claro que há uma ligação com a vacina, que causa essa reação”. Acrescentando, no entanto, que a agência ainda não conseguiu encontrar uma explicação. “Em resumo, nas próximas horas vamos dizer que existe uma ligação, mas ainda não entendemos por que isso acontece”, resumiu. Uma porta-voz da agência aprontou-se a afirmar que "a EMA ainda não chegou a uma conclusão e a revisão está em andamento".  

Os resultados desta análise serão apresentados antes do final da semana.

 

 

Relatório DGS
No âmbito do Dia Mundial da Atividade Física, a Direção Geral da Saúde revela que mais de metade da população nunca praticou...

Dados do Inquérito Nacional de Saúde (INS), recolhidos em 2019 (10), revelam que 65% da população portuguesa com 15 anos de idade ou mais indica nunca praticar qualquer tipo de exercício físico (atividades desportivas ou de lazer), sendo que apenas 9% o reporta fazer em, pelo menos, 5 dias por semana. A proporção de pessoas que refere nunca pratica exercício físico aumenta com o aumento da idade, chegando a ser superior a 70% a partir da idade da reforma, e, para o mesmo intervalo de idades, a ausência de prática é sempre superior nas mulheres.

De entre quem refere praticar exercício físico em, pelo menos, 1 dia por semana (33%), a duração reportada de prática é inferior a 2 horas numa semana habitual em 34% dos inquiridos, contudo, 20% refere que essa prática é de 5 horas ou mais por semana (Gráfico 2). Quando analisamos homens e mulheres em separado, relativamente ao tempo semanal despendido na prática de exercício físico, as maiores diferenças observam-se nas categorias de “2 a menos de 3 horas por semana” (volume reportado por 23% das mulheres inquiridas vs. 15,9% dos homens) e de “5 horas ou mais” (volume reportado por 24,6% dos homens inquiridos vs. 15,4% das mulheres), parecendo haver uma tendência em ambos os sexos para a prática de volumes semanais inferiores com o aumento da idade.

Em relação ao comportamento sedentário diário, 63% dos inquiridos reportou passar menos de 6 horas sentado num dia normal (47% reportou passar menos de 4 horas na posição de sentado) e apenas 25% reportou que essa duração era de 8 horas ou superior.

No que respeita às deslocações a pé efetuadas durante uma semana habitual (com duração mínima de 10 minutos), 33% dos inquiridos no INS 2019 referiu fazê-lo todos os dias da semana (incluindo fim-de-semana) e 31% referiu nunca o fazer revelando uma prevalência considerável nas duas categorias mais extremas: se, por um lado, um terço da população tem hábitos de mobilidade ativa ou suave diários, através do andar a pé, por outro lado, quase um terço nunca o faz. Para 55% dos inquiridos, a duração dessas deslocações foi inferior a meia hora por dia, sendo que 26% dos inquiridos referiu deslocar-se a pé entre 30 a 59 minutos por dia.

A prevalência de portugueses com 15 anos ou mais que nunca se deslocam a pé é preocupante, tendo em conta a elevada prevalência concomitante de níveis insuficientes exercício físico planeado ou estruturado. No entanto, de acordo com a DGS, em 2017, estes valores não eram muito diferentes: 29% dos portugueses inquiridos no Eurobarómetro haviam reportado nunca se deslocar a pé e, de entre quem o fazia, a maioria (55%) indicou fazê-lo 30 minutos ou menos por dia.

Já em relação às deslocações de bicicleta como forma de transporte, apenas 2% referiu fazê-lo cinco ou mais dias por semana e 92% dos inquiridos no INS 2019 referiu nunca o fazer e. Dos que indicaram fazê-lo, pelo menos, 1 vez por semana, 43% reportou fazê-lo durante menos de 30 minutos por dia e 28% entre 30 a 59 minutos diários.

De acordo com o documento, a pandemia de Covid-19 veio colocar “desafios ímpares” a vários níveis, nomeadamente no contexto dos determinantes de saúde, mas lembra que, apesar das limitações de circulação e recolhimento obrigatório adotadas, “Portugal definiu a prática de atividade física como uma das exceções às medidas de confinamento, reconhecendo a sua importância para a saúde física e mental neste contexto”.

 

Situação Epidemiológica
Portugal registou, nas últimas 24 horas, duas mortes e 874 novos casos de infeção por Covid-19. Nos cuidados intensivos está...

Segundo o boletim divulgado, foram registadas mais duas mortes na região de Lisboa e Vale do Tejo, associadas ao novo coronavírus, desde o último balanço. As restantes regiões do país, incluindo as regiões autónomas da Madeira e Açores, não registaram nenhum óbito.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 874 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 317 novos casos e a região norte 273. Desde ontem foram diagnosticados mais 140 na região Centro, 57 no Alentejo e 18 no Algarve. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 32 infeções e nos Açores 37.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 504 doentes internados, menos 32 que ontem. No entanto, as unidades de cuidados intensivos passaram a ter mais um doente internado. Atualmente, estão em UCI 113 pessoas.

O boletim desta terça-feira mostra ainda que, desde ontem, 894 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 781.537 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 25.944 casos, menos 22 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 1.086 contactos, estando agora 14.842 pessoas em vigilância.

Nanotecnologia
O investimento global em saúde prevê-se que atinja os 10 biliões de dólares até 2022, numa trajetória ascendente nos próximos...

De acordo com um comunicado da World Nano Foundation, “o spin-off desta investigação está também a criar oportunidades para democratizar e descentralizar os cuidados de saúde através de diagnósticos de deteção precoce e terapias de intervenção precoce, e medicina de precisão, tudo pronto para transformar a saúde global e a longevidade humana”.

O recente lançamento de um sub-fundo, criado pelo Fundo de Inovação vetorial (VIF), sediado no Luxemburgo, no valor de 300 milhões de dólares centrado nesta "nova era" da healthtech, e na preparação para o próximo desafio global dos cuidados de saúde, vem mostrar para onde será canalizado o investimento no futuro.

Segundo a Scottish Health Innovations, a aceleração do investimento fez avançar o sector da saúde 10 anos em apenas seis meses, através de novas tecnologias e digitalização baseadas em dados, enquanto as vacinas se desenvolveram a uma velocidade sem precedentes - a investigação e lançamento das vacinas Pfizer e AstraZeneca COVID-19 foram as mais rápidas da história.

“Os testes também melhoraram; os testes de fluxo lateral (LFTs) do maior fabricante do mundo, a Innova Medical, são agora 99,9% precisos, demorando apenas 30 minutos a mostrar resultados e ajudam a identificar novas variantes e a isolar os portadores assintomáticos”, justifica a World Nano Foundation quanto à utilização de nanotecnologia de ponta no combate à pandemia.

No entanto, admite que é fazer muito mais para evitar a repetição da devastação provocada pela Covid-19 e que se traduz, até à data, em 2,74 milhões de mortes; 5,6 biliões de dólares perdidos no PIB global, fora outros problemas de ordem social. Neste último ano os problemas de saúde mental, desemprego e pobreza subiram, enquanto muitas pessoas com doenças em risco de vida não foram diagnosticadas.

“E o mundo ainda não está preparado para outra pandemia. A Covid-19 foi transmitida a partir de animais, e os cientistas sabem agora que dois novos vírus 'zoonóticos' o têm feito todos os anos durante o século passado. No entanto, a Royal Society of Chemistry afirma que apenas 10 dos 220 vírus conhecidos por infetar humanos têm medicamentos antivirais disponíveis para os combater”, refere em comunicado.

Contra essas probabilidades, o presidente executivo da Scottish Health Innovations, Graham Watson, diz que a inovação em cuidados de saúde, o desenvolvimento rápido e a adoção precoce devem tornar-se rotineiros naquilo a que chama um "ecossistema de investimento ideal".

A revista médica The Lancet, que relatou que uma avaliação pré-covid expôs a necessidade de uma produção e distribuição médica mais rápidas durante uma possível pandemia, e comentou: "Um verdadeiro ecossistema de I&D de ponta a ponta deve entregar os produtos necessários às pessoas o mais rapidamente possível, e à escala de uma forma globalmente justa e equitativa."

Alterações do seu dia-a-dia em tempos de pandemia
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define atividade física como sendo qualquer movimento corporal

A OMS recomenda para crianças e adolescentes cerca de 60 minutos de atividade física moderada a intensa por dia e para os adultos (maiores de 18) cerca de 150 a 300 minutos de atividade de intensidade moderada a vigorosa por semana. Pessoas com mais de 65 anos deverão fazer atividades que foquem na coordenação e equilíbrio bem como no fortalecimento muscular. Para que a atividade física seja eficaz deverá ter de duração mínima 10 minutos.

A atividade física moderada e intensa pode beneficiar muito a saúde nomeadamente:

  • no aparelho cardiovascular – reduzindo o risco de hipertensão e doença coronária;
  • na melhoria da saúde óssea – aumentando a flexibilidade e o aporte de nutrientes aos ossos, o risco de quedas e fraturas;
  • na manutenção do peso e diminuição da gordura corporal - diminuindo o risco de diabetes e outras doenças metabólicas;
  • na melhoria da saúde mental – viver a vida mais alegre e ajudando a dormir melhor.

A situação de pandemia em que vivemos leva, para a maioria de nós, a uma diminuição da atividade física e à quase eliminação do exercício físico. Deixamos de andar a pé, trabalhamos em casa sentados muitas horas seguidas, ao computador ou ao telefone, e estamos praticamente inativos.

Neste contexto, a Homeopatia pode ser um aliado eficaz e ajudar na sintomatologia existente nomeadamente nas dores musculares de tensão, no alívio das cãibras e na rigidez articular. Dos inúmeros medicamentos homeopáticos que podem ser eficazes e seguros destacam-se:

  • Arnica montana - para o alívio das dores e fadiga muscular bem como para traumatismos por excesso de utilização muscular;
  • Cuprum metallicum – para o tratamento de cãibras musculares;
  • Gelsemium sempervirens – dores nos ombros e pescoço, dores de cabeça de tensão;
  • Rhus toxicodendron - para dificuldade de iniciar o movimento após longos períodos de inatividade, lesões dos ligamentos e dores nas articulações;
  • Ruta graveolens, usado em casos de torcicolo ou dificuldade de movimentar o pescoço, entorses e tendinites.

Também a nível mental a Homeopatia ajuda a controlar o stress e a ansiedade, a fadiga mental e a fraca qualidade do sono. Os seguintes medicamentos homeopáticos podem ser um aliado importante para vivermos a nossa vida de um modo mais leve e feliz:

  • Argentum nitricum – ansiedade, impulsividade, dificuldade em organizar o raciocínio;
  • Coffea cruda – agitação diurna e insónia por excesso de pensamentos ao deitar;
  • Ignatia amara – tristeza sem razão aparente, vontade chorar;
  • Nux vomica – irritabilidade diurna e despertar a meio da noite com muita dificuldade em voltar a adormecer.

Independentemente do que decidir fazer e enquanto permanecer em teletrabalho, não se esqueça de fazer uma pausa de 10 minutos para alongar braços, coluna e pernas para 50 minutos de trabalho sedentário.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estimativas da OMS
Os casos globais da Covid-19 ultrapassaram a barreira de 130 milhões esta segunda-feira, sendo que só nos últimos sete dias...

A estes números juntam-se 2,84 milhões mortes, 71 mil das quais ocorreram na semana passada.

Segundo a agência Efe, esta é uma tendência está a deixar preocupadas as autoridades de saúde, uma vez que se tema que os números venham a aumentar a um maior ritmo nos próximos dias, visto que muitas pessoas viajaram para se reunirem com as famílias durante as férias da páscoa.  

O aumento dos casos é, para já, mais evidente em regiões como Ásia e Oriente Médio. Na Europa e América, os números são um pouco mais estáveis.

 

Webinar destinado a profissionais de saúde
Contribuir para aumentar e atualizar o conhecimento dos profissionais de saúde é o objetivo da Sanofi que, no próximo dia 12 de...

Ao longo desta formação, destinada a profissionais de saúde, vão ser debatidos alguns pontos da doença, entre os quais a abordagem e o diagnóstico atual da EoE, o atual padrão de cuidados na Esofagite Eosinofílica, o seu impacto e progressão da doença.

Este evento junta um painel de especialistas internacionais, que conta com a participação de Arjan J. Bredenoord, especialista em Gastroenterologia (Asmertedão); Jonathan Spergel, especialista em asma, dermatite atópica e alergias (Filadélfia) e Evan S. Dellon, Diretor do Centro de Doenças Esofáficas da Universidade Da Carolina do Norte nos EUA.

A participação é gratuita, mas necessita de inscrição: https://cutt.ly/kx0kme2

 

Opinião
Nesta época de restrições relacionadas com a pandemia, em que é comum ficar sentado grande parte do

O exercício físico está associado a menor risco de doença das coronárias, acidente vascular cerebral, diabetes tipo 2, obesidade, acumulação de gordura abdominal, osteoporose e alguns cancros (mama e cólon, por exemplo), para além de melhorar o sistema imunológico e o bem-estar psicológico. Tem vindo a ser demonstrado que o exercício protege o cérebro de decadência cognitiva que acompanha o envelhecimento, melhora a memória, a agilidade do pensamento e mesmo a criatividade. Investigações recentes mostraram que permanecer muito tempo sentado, seja em casa, no carro ou no trabalho aumenta o risco de doença cardíaca e de morte se não houver actividade física compensatória. Um estudo mostrou que intercalar 30 minutos de actividade física ligeira com o permanecer sentado diminuía o risco de morte em 17% e se o exercício fosse de intensidade moderada a vigorosa a redução da mortalidade chegava aos 35%. Num trabalho australiano as pessoas que andavam a pé com frequência e de forma rápida tinham uma maior probabilidade de viver mais 15 anos do que aqueles que não apresentavam qualquer actividade física.

A actividade física regular ajuda a controlar o peso, baixa a pressão arterial em doentes com hipertensão arterial e melhora os níveis de colesterol e triglicerídeos. As pessoas com diabetes que fazem exercício controlam melhor a sua doença e reduzem o risco das suas complicações, e sabe-se que os indivíduos em elevado risco de desenvolver diabetes por uma história familiar pesada de diabetes conseguem diminuir esse risco em 60% através do exercício físico.

Nos doentes que tiveram um enfarte do miocárdio a terapêutica de reabilitação com actividade física diminuiu a mortalidade total em 27% e a mortalidade cardiovascular em 31%. Mais de catorze ensaios clínicos mostraram benefícios da actividade física estruturada em doentes com insuficiência cardíaca, uma das formas mais avançadas de doença do coração. Mesmo em doentes velhos hospitalizados as intervenções multidisciplinares que incluíram actividade física mostraram efeitos benéficos, apresentando menos tempo de internamento e diminuindo os custos.

Uma meta-análise que avaliou 305 ensaios clínicos envolvendo mais de 340.000 participantes mostrou que o exercício físico estruturado era tão eficaz como os

medicamentos na diminuição da mortalidade por doença das coronárias e era superior aos fármacos na prevenção da morte por acidente vascular cerebral. É claro que esta análise estatística não implica que os doentes suspendam as suas medicações e a substituam pelo exercício físico. Sabe-se que o uso de estatinas (medicamentos para reduzir o colesterol) e uma boa aptidão física estavam associados de forma independente a menor mortalidade nos indivíduos em risco.

As recomendações, independentemente do género masculino ou feminino, indicam que bastam 30 minutos por dia em cinco dias da semana de actividade física moderada (150 minutos por semana). Esta actividade física moderada corresponde por exemplo a marcha em passo apressado, andar de bicicleta, nadar, dançar e mesmo cortar a relva. Num estudo, as mulheres que que andavam pelo menos uma hora por semana diminuíam o seu risco cardiovascular para metade quando comparadas com aquelas com nenhuma actividade.

As crianças entre os três e os cinco anos devem estar fisicamente activas pelo menos três horas por dia. As crianças entre os 6 e os 17 anos necessitam pelo menos de uma hora de exercício físico diário. Um estudo de 2006 que envolveu Portugal e que incluiu crianças de 9 a quinze anos apontou que provavelmente seria necessário mais do que uma hora por dia de actividade física, de forma a manter os factores de risco cardiovascular baixos nas crianças e isto era verdadeiro tanto para as crianças obesas como para as magras, o que indicia que devemos focar-nos não só no peso das crianças mas também na sua aptidão física.

Uma análise observacional recente mostrou que os indivíduos que iniciam a actividade física na meia-idade, mesmo que não tenham praticado qualquer exercício durante anos, podem rapidamente ganhar os benefícios da actividade física na esperança de vida. Esse relatório evidenciou que as pessoas que deixaram de ter actividade física por uma década ou duas, mas que a reiniciaram nos seus quarenta ou cinquenta anos, com exercício de algumas horas por semana estavam igualmente protegidos de morrer prematuramente que aqueles que sempre praticaram exercício. Dito de outra forma, nunca é tarde para retomar a actividade física. Alguns estudos mostraram que os programas de exercício físico são benéficos mesmo nos mais velhos (com mais de 75 anos).

Para concluir, está provado que os indivíduos com actividade física óptima consomem menos dinheiro em cuidados de saúde do que aqueles com níveis baixos de actividade e isto é verdade para aqueles com ou sem doença cardiovascular estabelecida. Sendo assim, em termos de saúde pública a promoção de actividade física regular é a melhor opção em termos de custo-benefício, um verdadeiro “best-buy”

*este artigo não foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico, por opção do autor

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Candidaturas termina a 16 de abril
Nomes como Elvira Fortunato, Miguel Guimarães, Nadim Habib, Ana Paula Martins, Pedro Rebelo de Sousa, entre muitos outros,...

As candidaturas da competição BI Award for Innovation in Healthcare (www.biaward.pt), uma iniciativa da Boehringer Ingelheim Portugal, com o apoio institucional da Ordem dos Médicos, terminam no dia 16 de abril, e já é conhecido o júri e o painel de mentores que vão ajudar os projetos a ganhar vida.

O projeto vai contar com a orientação e avaliação de profissionais com muita experiência, reconhecimento e idoneidade nas áreas da saúde, ciência e tecnologia, como Miguel Guimarães, Bastonário da Ordem dos Médicos, Ana Paula Martins, Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, Alexandre Lourenço, presidente da direção da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares e Carlos Robalo Cordeiro, diretor do serviço de pneumologia do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra e diretor da Faculdade de Medicina de Coimbra. Uma lista que integra ainda nomes como a Maria do Céu Machado, presidente do Conselho de Disciplina da FMUL e ex-presidente do Infarmed, Maria de Belém Roseira, advogada, jurista e ex-ministra da saúde, Elsa Frazão Mateus, presidente da EUPATI (European Patients’ Academy on Therapeutic Innovation) e Pedro Pita Barros, professor of Health Economics na Nova SBE. Júlio Machado, psiquiatra e sexólogo, David Marçal, professor na Universidade Nova de Lisboa, Pedro Rebelo de Sousa, Managing Partner e fundador da SRS Advogados juntam-se também a este painel de luxo.

Com um formato inovador de trabalho colaborativo (Hackathon), a competição, que decorrerá entre 21 a 23 de maio, vai juntar as equipas candidatas, compostas por três a seis elementos, a um grupo de mentores especializados, que as vão orientar na melhor forma de transformar as suas ideias em projetos reais.

Elvira Fortunato, cientista, investigadora e professora catedrática portuguesa, que aos muitos feitos juntou recentemente a conquista do Prémio Pessoa 2020, é uma das mentoras, a quem se junta, neste desafio, Pedro Janela, CEO, fundador e co-proprietário da holding WYgroup, focada em produtos e marketing digital ou Armando Vieira, doutorado em Física Teórica, atualmente Head of Data Science na Hazy e investigador na área de Inteligência Artificial e redes neurais artificiais.

Deste grupo faz ainda parte António Câmara, pioneiro na investigação de simulação, sistemas de informação geográfica, realidade virtual e aumentada e professor catedrático na Universidade Nova de Lisboa, Paulo Carinha, assessor para a área do medicamento do Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário de São João.

Ainda como mentora o projeto conta com Filipa Castanheira e Nadim Habib, ambos professores na Nova SBE, assim como com Bruno Magalhães, administrador hospitalar no Centro Integrado de Cirurgia de Ambulatório, da Lista de Inscritos para Cirurgia, do Departamento de Cirurgia e Blocos Operatórios. António Lobo Ferreira, professor auxiliar da FMUNP, também aceitou este projeto de mentoria. Rubina Correia, membro do Conselho Nacional da Ordem dos Médicos, Diana Abegão Pinto, assessora jurídica, foram desafiadas a participar neste desafio, ao qual também responderam positivamente.

A avaliação e classificação dos projetos e ideias inovadores na área da saúde, assim como da escolha dos vencedores, caberá ao júri, que irá eleger as três equipas vencedoras do BI Award for Innovation in Healthcare conhecidas no evento final, a decorrer a 28 de maio. Num total de 47.500€ destinados a premiar as ideias mais criativas e inovadoras a implementar no Sistema Nacional de Saúde, 25.000,00€ será para a equipa que ficará em primeiro lugar, 15.000,00€, para a equipa que ocupará o segundo lugar e 7.500,00€, para o terceiro lugar.

O BI Award for Innovation in Healthcare pretende distinguir projetos inovadores que possam ser integrados em contextos reais de saúde em Portugal. Este prémio inovador é, acima de tudo, para os doentes, uma vez que o grande objetivo é contribuir para a melhoria da qualidade do sistema de saúde português.

Eventos tromboembólicos após vacinação
Marco Cavaleri, chefe da estratégia de vacinas da Agência Europeia de Medicamentos, citado pela AFP, apontou que “é claro que...

Segundo o jornal El Mundo, o Comité de Avaliação de Risco de Farmacovigilância (PRAC), responsável por monitorizar e avaliar a segurança dos medicamentos para uso humano autorizados pela EMA, tem várias reuniões agendadas ao longo desta semana, pelo que se espera que hajam mais novidades, em breve, sobre estes casos.

Embora não esteja confirmada a associação entre o desenvolvimento de coágulos sanguíneos e a toma da vacina da AstraZenaca, após a última reunião, realizada na passada quarta-feira, o PRAC não descartou a relação causa-efeito, embora não tenham sido encontradas evidências claras desta ligação, pelo que a EMA continuou a considerar que os benefícios desta vacina contra a Covid-19 continuam a superar qualquer risco devido a efeitos colaterais.

No entanto, países como a Alemanha e a Holanda decidiram, por precaução, suspender a vacinação com AstraZeneca a menores de 60 anos de idade, enquanto se aguarda por uma conclusão definitiva.  "A questão crucial é saber se estes acontecimentos têm origem pós-vacinação ou pré-vacinação ... Devemos errar do lado da cautela. É prudente apertar o botão de pausa como precaução", disse o ministro da Saúde holandês, Hugo de Jonge. "Não pode haver dúvida sobre a segurança" das vacinas, observou.

Esta decisão veio após a deteção de cinco casos de mulheres entre 25 e 65 anos que desenvolveram trombose em combinação com um número reduzido de plaquetas, uma das quais veio a falecer após desenvolver uma extensa embolia pulmonar. O caso aconteceu dez dias após a vacinação com AstraZeneca.

A Alemanha também decidiu na última terça-feira suspender generalizadamente a administração da vacina anglo-sueca aos menores de 60 anos por recomendação da Comissão Permanente de Vacinação e com base em cerca de trinta casos de trombose detetados em pessoas desse grupo - principalmente mulheres – e que fez nove mortes.

Além da investigação no PRAC, a EMA convocou no dia 29 de março uma reunião de especialistas externos independentes de diversas especialidades médicas, incluindo hematologistas, neurologistas e epidemiologistas, que discutiram aspetos específicos dos casos detetados, com o objetivo de identificar fatores de risco e dados adicionais para caracterizar os eventos tromboembólicos observados e definir um risco potencial, se os houver.

Muito embora, esta revisão, que também fará parte do relatório final do PRAC, também não conseguiu identificar um fator de risco específico, como idade, sexo ou um histórico médico anterior de distúrbios de coagulação do sangue que poderiam servir para explicar estes casos raros de tromboembolismo pós-vacinação, mas por acreditar que poderia haver risco, optou-se por continuar a análise.

"Os indivíduos vacinados devem estar cientes da possibilidade remota desses tipos muito raros de coágulos sanguíneos. Se eles apresentarem sintomas que sugiram problemas de coagulação, conforme descrito nas informações do produto, devem procurar atendimento médico imediato e informar os profissionais de saúde sobre sua vacinação recente", sublinhou a EMA.

A agência continua a analisar todos os casos suspeitos de coágulos sanguíneos que foram notificados pelas autoridades nacionais em cada país europeu nas últimas semanas.

Ainda não se sabe quando a EMA irá comunicar as suas conclusões, no entanto, espera-se que estas sejam transmitidas nos próximos dias.

 

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