R(t) mantém-se
Portugal registou, nas últimas 24 horas, três mortes e 618 novos casos de infeção por Covid-19. O número de doentes internados...

Segundo o boletim divulgado, a região de Lisboa e Vale do Tejo foi aquela onde morreram mais pessoas com Covid-19, duas das três registadas no território continental. A região norte contabiliza mais uma morte desde o último balanço. As restantes regiões do país, incluindo as regiões autónomas da Madeira e Açores, não registaram nenhum óbito.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 618 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 271 novos casos e a região norte 210. Desde ontem foram diagnosticados mais 74 na região Centro, nove no Alentejo e 35 no Algarve. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 11 infeções e nos Açores oito.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 558 doentes internados, menos 26 que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos passaram a ter menos dois doentes internados. Atualmente, estão em UCI 127 pessoas.

O boletim desta quarta-feira mostra ainda que, desde ontem, 707 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 778.210 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 26.664 casos, menos 92 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 53 contactos, estando agora 15.800 pessoas em vigilância.

Plano de Vacinação Covid-19
De acordo com a informação publicada hoje na comunicação social, De acordo com a task-force, a vacinação em massa contra a...

Para além do processo de agendamento por mensagem SMS, chamadas telefónicas e cartas atualmente em uso, “está previsto implementar-se um procedimento de auto agendamento, através de uma plataforma digital, onde as pessoas podem marcar diretamente a sua vacinação”.

Foi divulgado ainda que os 150 Centros de Vacinação Covid-19 (CVC), que se estima que entrem em funcionamento no segundo trimestre do ano, estão a ser projetados para “um mais fácil acesso das pessoas”.

Para alcançar os objetivos do plano de vacinação em massa, a task-force calcular que sejam necessários cerda de 2500 médicos, 400 médicos e 2.300 auxiliares, sendo que a sua distribuição e contratação “está a decorrer, em articulação com o Ministério da Saúde, a task force, as autoridades regionais de saúde e as autarquias”.

O objetivo de vacinar cerca de 100 mil pessoas por dia mantem-se. “Havendo mais vacinas disponíveis, estima-se chegar, no próximo trimestre, a um ritmo de vacinação que poderá vir a atingir, em alturas de pico, as 150 mil inoculações num só dia”, assegura a task-force.

Além das vacinas da Pfizer, da Moderna e da AstraZeneca que já estão a ser administradas, Portugal deve receber na segunda metade de abril as primeiras vacinas da Janssen de um lote de cerca de 1,25 milhões.

 

Sessões de treino online
Após duas edições da iniciativa digital “Mamãs em Forma”, a Mamãs e Bebés regressa, em abril, com novos treinos localizados e...

Para as futuras mamãs, a prática do exercício físico é essencial para uma maior sensação de bem-estar e a promoção de uma melhor postura durante a gravidez. Além desta rotina proporcionar um aumento da confiança das mulheres, também pode facilitar bastante o trabalho de parto e a rápida recuperação no pós-parto. Por isso, esta terceira edição pretende, essencialmente, preparar as futuras mães para o nascimento do bebé através de treinos localizados.  

Assim, nos dias 1, 8, 15, 22 e 29 de abril, a “Mamãs em Forma” vai disponibilizar vários treinos para as futuras mães treinarem exercitarem zonas do corpo, desde pernas, glúteos, bíceps, tríceps, peito, ombros e costas. Os exercícios podem ser feitos em casa e com ou sem equipamento.

As sessões de treino online continuarão a ser conduzidas por João Dias, Personal Trainer certificado e especializado em exercício físico para grávidas e pós-parto, e terminarão com alongamentos para alívio da dor lombar e nervo ciático. A inscrição é feita através deste link.

 

Distinção internacional
A Amgen Biofarmacêutica, Lda alcançou o 7.º lugar na categoria de menos de 100 colaboradores no prestigiado ranking Great Place...

Great Place To Work® é uma referência internacional na consultoria de investigação e gestão de recursos humanos, com o principal objetivo de ajudar as empresas a melhorar os seus locais de trabalho. Uma referência em que a Amgen alcançou a 7.ª posição tendo como base a acessibilidade e capacidade de conversa (94%), a gestão honesta e ética nas suas práticas comerciais (100%), o papel e contribuição para a comunidade (97%), a pertença (94%), a entreajuda (91%) e o sentimento de “família” ou “equipa” (91%).

A biotecnológica tem colaborado para garantir um impacto positivo na sociedade, através da disponibilização de medicamentos e programas inovadores e acessíveis, sendo reconhecida pela sua eficiência operacional e projetos focados no cliente. Este ano, em Portugal, como forma de refletir este empenho para a sociedade, a Amgen fez uma série de donativos a organização sem fins lucrativos e instituições de caridade (doação de cabazes, compra da agenda do IPO, doação de parte dos prémios ou do subsídio de almoço de cada colaborador por decisão voluntária). Para reforçar a consciência ambiental substituiu as garrafas de plástico por vidro, personalizadas para cada colaborador.

Tiago Amieiro, Diretor-Geral da Amgen Portugal, destaca: “Para cumprir a nossa missão de dar resposta a todas as necessidades urgentes e emergentes na área da saúde temos de nos lembrar que a nossa base são as pessoas: todos os nossos colaboradores. É assim, com orgulho, que recebemos este reconhecimento, sendo que o melhor prémio é saber que os nossos colaboradores se sentem felizes e orgulhosos por trabalhar na Amgen, segundo afirmaram 94% dos colaboradores inquiridos, com um índice de confiança de 88%”

De acordo com o inquérito realizado pela Great Place to Work®, um dos aspetos mais apreciados pelos colaboradores da Amgen é a flexibilidade temporal que têm para equilibrar a vida profissional e familiar. No âmbito da sua política de conciliação, a Amgen implementa políticas e programa como, por exemplo, o Programa FlexAbility (para ajustar o local/horário de trabalho), a Iniciativa FOCUS (para reduzir trabalho de valor reduzido e promover foco no trabalho mais importante), o Programa de apoio durante a Pandemia, Escritório em casa, entre outros.

A Diretora de Recursos Humanos da Amgen, Sandra Vicente, sublinha que “a Amgen tem trabalhado incessantemente para garantir que os colaborares consigam conciliar o trabalho e a vida pessoal, e para garantir igualdade em todos os parâmetros organizacionais”. E conclui: “Algo que já era nossa missão, mas em que apostamos ainda mais durante a pandemia, para que os nossos colaboradores se sentissem mais apoiados neste período difícil e conseguissem a agilidade necessária para conciliar a parte profissional com as responsabilidades familiares”.

O prémio atribuído na área de “Responsabilidade Social Organizacional e Sustentabilidade” reforça, mais uma vez, o empenho da Amgen na defesa de cuidados da sociedade e do ambiente para garantir uma operação sustentável. Um parâmetro alinhado com a missão da biotecnológica que procura contribuir para a melhoria na qualidade de vida de todos os doentes, com destaque para os diversos projetos de assinatura da Amgen Foundation como o Amgen Scholars, Amgen Biotech Experience e Amgen Teach.

Excesso de peso e obesidade
Falar de “Gorduras” é falar de um tema que atormenta milhões de pessoas em todo o Mundo, de todas as

A gordura apresenta-se em diversas formas, localizações, quantidade e em qualquer idade. A gordura pode estar generalizada ou localizada. Pode haver excesso peso e obesidade, ou pessoas com peso normal ou abaixo do normal, mas que se sentem mal e desconfortáveis com a localização de certas gorduras.

A sua causa tem sempre um componente genético importante. Conhecemos pessoas que comem pouco e engordam e outras que se fartam de comer e não engordam. Mas não se iludam, não há gordura sem comida. Quer dizer que por muito que nos queiramos convencer ou que nos queiram convencer não se engorda, muito ou pouco, sem comer, com a contribuição dos fatores que já mencionámos. São causas para a gordura incómoda, em maior ou menor quantidade, a alimentação, a falta de exercício físico, o sedentarismo e algumas doenças e a principal - genética. Não podemos interferir diretamente na genética por enquanto, para alterar ou evitar o seu aparecimento e desenvolvimento. Mas podemos fazer a prevenção e educação do resto, e isso começa na barriga da Mãe.

Mas, depois da “desgraça” instalada o que é que podemos fazer?

Deve combater-se de início e o mais cedo possível, com exercício físico e cuidados com a alimentação. Depois de instaladas estas “gorduras” têm que ser combatidas pelos seus “inimigos”. Há os “inimigos” verdadeiros e os falsos.

Existe uma quantidade enorme de soluções que são apresentadas e publicitadas como cremes e comprimidos milagrosos, dietas mirabolantes, tratamentos com máquinas, nomes de marcas com soluções para perder peso e gordura. Alguns até com testemunhas que comprovam a sua eficácia. É verdade? NÃO. Voltamos ao mesmo. Não há peso a mais nem gordura a mais sem se comer. Todos esses tratamentos, medicamentos, etc., são acompanhados de mudanças de hábitos alimentares, dietas rigorosas e exercício físico. Se fizerem isto tudo sem esses tratamentos o resultado é o mesmo. Não há comprovação científica dos resultados de nenhum destes tratamentos e dietas. Muitos se não todos, são feitos por profissionais que não são Médicos e nada têm a ver com a saúde. Alguns são vendidos por puros “vendedores” que não sabem nada do assunto. E a verdade? Se falarmos com estas pessoas passado um tempo, meses ou anos, ouvimos sempre o mesmo: Estou na mesma ou pior.

Os verdadeiros “inimigos”, mais eficazes e comprovados são Médicos ou de orientação Médica sempre complementados por profissionais nas áreas do exercício físico e nutrição. Deve ir a uma consulta, feita por um Médico Especialista, não por um curioso, para avaliar que gordura está a mais e onde é que ela está.

Se a gordura em excesso está localizada por todo o lado, mas com predomínio dentro da cavidade abdominal (aquelas barrigas duras, grandes que parece que está grávido/a, tipo “pipa”) tanto no homem como na mulher, com maior frequência para o homem nesta localização, o tratamento será médico e não cirúrgico, numa primeira fase. A introdução do Balão Gástrico, por um período de 6 meses pode ser um caminho.

As cirurgias, ou são cirurgias chamadas bariátricas, que se realizam a nível do estômago para reduzir o seu tamanho e a sua capacidade de receber maior quantidade de alimentos. Casos em que a “barriga” está grande e descaída com excesso de pele, estrias ou cicatrizes, a melhor solução será a abdominoplastia.

Se se trata de uma situação em que há gordura em várias partes - abdómen, ancas, coxas, costas, braços, joelhos, pernas – a solução passa por retirar gordura dessas zonas com técnicas de lipoaspiração, em uma ou várias sessões. A técnica por mim preferida e recomendada é a Lipoescultura Infrasónica Nutacional®, realizada sem internamento, com anestesia local e sedação. Estas técnicas cirúrgicas, minimamente invasivas, são mais concretas e objetivas e o que é retirado (gordura, pele), não volta mais.

Há tratamentos médicos ou de orientação médica, sem cirurgia, com base em Ultrassons de uso médico, radiofrequência e outras fontes. Apesar de eficazes, continuam a ter resultados subjetivos, variáveis de pessoa para pessoa, e não definitivos. De qualquer modo, só podem ser feitos por médicos ou sob orientação médica.

É importante que saiba, que mesmo sendo as técnicas médico-cirúrgicas de lipoaspiração, lipoescultura ou outras, para retirar gorduras de forma efetiva e objetiva, as mais eficazes e com resultados duradouros, são métodos com uma resposta, recuperação muito variável de pessoa para pessoa, de técnica para técnica e de quem executa, com mais ou menos experiência e perícia técnica. Quer isto dizer que estas técnicas, como são “fechadas”, minimamente invasivas, têm uma abordagem sem visualização direta. A evolução pós-operatória e o resultado definitivo dependem de vários fatores, mas vale sempre a pena porque na maioria dos casos é muito bom e duradouro. Fatores como a técnica usada, o executante, a quantidade de gordura tirada, as áreas e a quantidade de áreas tratadas, o tipo de pele e o tipo de gordura, os cuidados e o acompanhamento pós-operatórios, a manutenção e continuidade do resultado com o que cada pessoa vai conseguir fazer, muitas vezes mudando estilos e hábitos de vida e alimentares. Mas compensa. Ao longo destes anos e de milhares de casos feitos pude observar pessoas que deixaram de ser obesas, pessoas que alteraram a sua vida por completo com melhoria da autoestima, mais segurança, mais confiança, mais saúde, desde jovens a pessoas mais maduras, tanto mulheres como homens.

Pode, com estes conhecimentos e procurando informação prévia, honesta e correta, em consciência, decidir o que deve fazer, procurando, ouvir a opinião de especialistas e locais experientes, devidamente credenciados e certificados para o efeito.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Vaginoplastia
Os procedimentos de rejuvenescimento vaginal têm crescido, estimando-se que o mercado global atinja os 11,8 mil milhões de...

Por exemplo, a suposição de que os procedimentos são realizados principalmente para melhorar o prazer sexual decorre da realização de procedimentos de rejuvenescimento vaginal não invasivos ou cirúrgicos. Músculos vaginais mais apertados podem normalmente resultar de tratamentos não cirúrgicos de laser e radiofrequência, visando estimular a produção de colágeno e melhorar a elasticidade vaginal.

No entanto, de acordo com Goda Astrauskaite, cirurgiã da Nordesthetics Clinic, uma das principais clínicas de turismo médico da Europa, em muitos casos as mulheres abandonaram todos os aspetos estéticos e buscam aperto vaginal cirúrgico para aliviar as condições naturais e médicas.

"As mulheres geralmente optam pelo procedimento cirúrgico após o parto quando percebem a frouxidão vaginal", afirma a especialista. "Outra causa comum é o processo de envelhecimento, especialmente para mulheres pós-menopausa, quando o aperto vaginal não é o que costumava ser devido a causas naturais. É claro que as duas razões podem ser desencadeadas por outras condições subjacentes, como incontinência urinária, disfunção sexual, desconforto vaginal pós-menopausa ou distúrbios do pavimento pélvico. Embora os resultados pós-operatórios indiquem uma melhor função sexual, entre outros desfechos favoráveis estão a continência urinária e o conforto geral."

Outro mito em torno do rejuvenescimento vaginal é a relativa facilidade da cirurgia, no entanto o especialista revela que “mesmo que o rejuvenescimento vaginal soe mais como um tratamento de SPA, a cirurgia na verdade não é”.

"Por mais agradável que seja, esteticamente, o resultado final, as mulheres preparadas para se submeter ao procedimento devem ter em consideração que é, no entanto, uma cirurgia invasiva. Os procedimentos médicos carregam alguns riscos, embora baixos, e isso é especialmente relevante no contexto da Covid-19. As mulheres também devem esperar estágios pós-operatórios de cura — dor, prurido, cicatrizes — o que pode atrasar os resultados desejados até certo ponto", afirma Goda Astrauskaite.

Além da vaginoplastia e da labiaplastia, a Clínica Nordestésica também outras cirurgias íntimas para mulheres, visando melhorar a saúde íntima. De acordo com a cirurgiã plástica, cerca de 20 mulheres de países estrangeiros, com idades entre 30 e 45 anos, selecionam cirurgias íntimas na Clínica todos os meses, com até 4 de 5 optando por combinar os procedimentos com outras cirurgias plásticas.

Uma vez que os procedimentos íntimos são realizados apenas quando os profissionais médicos os consideram necessários e seguros para a saúde dos pacientes, cerca de 15% são rejeitados após a realização de exames e consultas.

Apneia do sono continua subdiagnosticada
Um estudo sobre o impacto da apneia do sono nos relógios biológicos do nosso organismo, publicado na revista científica...

Conduzido por uma equipa do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC), o estudo pretendeu perceber em que medida a apneia do sono, também denominada Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS), pode «promover disrupções no funcionamento dos relógios biológicos, que por sua vez poderão estar na base das diferentes comorbilidades associadas à patologia, incluindo doenças cardiovasculares ou metabólicas (como diabetes ou obesidade), ou contribuir para o seu agravamento», explica Ana Rita Álvaro, investigadora principal do projeto.

Os relógios biológicos, presentes em todas as células do nosso organismo, «são cruciais para a nossa saúde e bem-estar. Atuam como relógios internos, organizando todos os nossos processos biológicos ao longo do dia, de acordo com sinais do ambiente interno (alimentação, atividade física) e externo (luz, temperatura, níveis de oxigénio)», fundamenta a investigadora do CNC.

Para avaliar o impacto da SAOS e do seu tratamento, normalmente efetuado com uma máscara que emite uma pressão positiva continuada (CPAP, na sigla inglesa) durante o sono, nas características dos relógios biológicos, a equipa recrutou 34 doentes com apneia do sono seguidos pela equipa do Centro de Medicina do Sono do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), antes e após tratamento com CPAP durante 4 meses e 2 anos. Participaram também indivíduos saudáveis, para efeitos de controlo.

Através de amostras de sangue dos voluntários (doentes nas diferentes fases do estudo e indivíduos saudáveis), recolhidas em quatro momentos distintos ao longo do dia, avaliaram-se «as características dos relógios biológicos em células presentes no sangue, nomeadamente expressão de genes, e níveis de hormonas envolvidas na regulação dos relógios biológicos», indica Ana Rita Álvaro.

Os resultados mostram que a apneia do sono «promove alterações nas características dos relógios biológicos e que o tratamento a longo prazo (2 anos) mostra ser mais efetivo no combate ao efeito da SAOS nos relógios biológicos, levando a um restabelecimento de algumas das suas características», nota Ana Rita Álvaro.

A avaliação laboratorial foi complementada com análises computacionais, incluindo métodos bioinformáticos e de machine learning, desenvolvidas pelo grupo de investigação liderado por Angela Relógio, investigadora principal do Centro Molecular de Investigação do Cancro e do Instituto de Biologia Teórica, Faculdade de Medicina de Berlim Charité, e diretora do Instituto de Medicina de Sistemas e Bioinformática da Faculdade de Medicina de Hamburgo (MSH).

Este estudo reforça o alerta para «a importância do tratamento da apneia do sono e evidencia ainda a necessidade de novas estratégias que melhorem e antecipem o diagnóstico da SAOS e também o seu tratamento. Nesse sentido, este estudo mostra que a análise dos relógios biológicos pode ter uma aplicação promissora no diagnóstico e monitorização da resposta ao tratamento desta patologia, e certamente de outras doenças», refere Cláudia Cavadas, coautora do estudo e coordenadora do grupo de investigação no CNC.

A investigação foi cofinanciada pelo Fundo Europeu para o Desenvolvimento Regional (FEDER), através do Programa Operacional para a Competitividade e Internacionalização - COMPETE 2020, e pela Fundação para a Ciências e a Tecnologia (FCT). Contou ainda com o apoio da instituição alemã Einstein Foundation através da escola graduada Berlin School of Integrative Oncology (BSIO), do Ministério Alemão do Ensino e Investigação (BMBF), e da Fundação Dr. Rolf M. Schwiete Stiftung.

Além de Ana Rita Álvaro, Angela Relógio e Cláudia Cavadas, participaram no estudo Laetitia Gaspar, Bárbara Santos, Catarina Carvalhas-Almeida, Joaquim Moita, Mafalda Ferreira, Janina Hesse e Müge Yalçin.

O artigo científico publicado no âmbito do estudo, com o título “Long-term Continuous Positive Airway Pressure Treatment Ameliorates Biological Clock Disruptions in Obstructive Sleep Apnea”, está disponível: aqui.

 

Sessão online
A academia Mamãs sem Dúvidas realiza no próximo dia 3 de abril a 5.ª edição do evento 100% online “Especial Grávida”, uma...

O próximo evento “Especial Grávida”, que terá início às 10h do próximo sábado, terá como principais temas: “Como aliviar os desconfortos na gravidez?”, com a participação da Enfermeira Carla Duarte, especialista em Saúde Materna e Obstetrícia, do Centro Pronto a Nascer, que vai partilhar dicas e sugestões úteis para as gestantes. 

“Células Estaminais: Para que servem? Vale mesmo a pena guardar?”, em que Patrícia Morais, formadora do laboratório português de criopreservação BebéVida, apresentará as potencialidades terapêuticas das células do sangue do cordão umbilical do bebé. 

“Saúde Íntima: como escolher os produtos mais adequados?”, com o contributo de Maria Vieira Dias, formadora da Intimina, que explicará às futuras mamãs quais as soluções disponíveis e mais apropriadas. 

“O Sono da Grávida e do Bebé”, tema que encerra o evento e que será apresentado por Ana Maria Pereira, terapeuta do sono. 

Ao participarem, as futuras mães ficam habilitadas a receber um cabaz de produtos para a mamã e para o bebé, no valor de 350 €, que inclui: uma rotina de Laselle composta por três pesos para exercitar o pavimento pélvico da Intimina; um acessório de limpeza íntima da Intimina; uma bomba tira leite elétrica Nuvita; um voucher de desconto no valor de 60 € na loja BonaBebe (na compra de um ovinho BeSafe IZI GO MODULAR X1 i-Size); uma mala de maternidade ABCDerma com três produtos Bioderma; um tapete de atividades Tiny Love; uma Pegada Baby Art; e ainda um peluche Doodoo Babiage. 

A participação no evento é totalmente gratuita, mas requer inscrição aqui. Esta iniciativa, promovida pela Mamãs sem Dúvidas, pretende continuar a dar suporte a atuais e futuros pais em questões relacionadas com a gestação e primeira infância do bebé, ainda que seja à distância mediante formato digital, durante o período de desconfinamento gradual.   

Criar tecnologia para ‘o bem’
Iniciativa da OutSystems ‘Build for the Future Hackathon’ desafiou a comunidade de developers e ecossistema de parceiros para...

Quinze equipas de developers de empresas como a Deloitte, Noesis, entre outras, juntaram-se para a criação de um software que possa fazer a diferença nas organizações sem fins lucrativos Zer0hunger, Strength United e o Nelson Mandela University Centre for Community Technologies.

O júri, composto por representantes da AWS, Intellyx e outros, selecionou as equipas vencedoras, onde se destaca a equipa portuguesa Everis Social Reload, que criou uma aplicação intuitiva e visualmente apelativa com componentes de gamificação para o Centre for Community Technologies, que atua na sensibilização para o cancro na África do Sul.

Sabendo que a população de regiões rurais tende a ignorar as informações existentes e a concentrar-se nos medos comuns, a equipa Portuguesa Everis Social Reload desenvolveu uma aplicação que ajuda a esclarecer e informar sobre o cancro, promovendo a consciencialização para esta doença e incentivando a adoção de comportamentos preventivos e diagnóstico precoce. Para garantir que a app também alcança comunidades rurais que não têm o mesmo acesso à Internet, e dada a diversidade de idiomas do país, a equipa incluiu recursos offline e opções em vários idiomas. A aplicação inclui componentes animados que exemplificam como os utilizadores podem examinar os seus corpos e procurar sintomas tangíveis.

A equipa PhoenixDX Champions, da Austrália, propôs uma solução para a associação Zer0hunger, que necessitava de encontrar uma forma eficiente de entregar comida a quem mais necessita na Malásia. A solução desenvolvida visou a criação de uma app que conectasse pessoas que pretendiam ajudar quem precisasse de ajuda de uma forma muito direta e fácil. Intitulada de ‘Digital Samaritan’ a solução permitirá que a Zer0hunger dimensione o seu apoio sem aumentar os custos, levantando doações, apoiando mais pessoas necessitadas, otimizando a logística inerente ao processo de entrega de alimentos e diminuindo o tempo necessário para chegar às pessoas que solicitam ajuda.

O ‘Digital Samaritan’ irá funcionar nas versões desktop e mobile, com suporte multilíngue e integração com o login do Facebook. A integração com mapas irá mostrar os locais onde há pessoas necessitadas e acionar os parceiros mais próximos que podem entregar alimentos. A equipa americana Drakkar PayItBack criou uma solução para ajudar a Strength United no apoio a vítimas de abuso infantil, violência doméstica e abuso sexual. A app criada pode ser utilizada por diversos tipos de utilizadores: as vítimas podem pedir ajuda, mas também outras pessoas podem indicar pessoas que necessitam de ajuda. A app também pode ser usada por voluntários que pretendam apoiar a Strength United e os sobreviventes, além de uma gestão simples de inscrições e triagem de candidatos. Os utilizadores podem utilizar um recurso de chat e entrar em contacto direto com a linha telefónica de apoio da Strength United, além do ‘botão de pânico’ que podem usar caso seja necessário. Esta solução destaca-se por ter sido cuidadosamente pensada de forma a oferecer recursos de apoio sem ser intrusiva.

“É certo que a tecnologia está na vanguarda do progresso humano." afirma Gonçalo Gaiolas, VP of Product da OutSystems. “Este hackathon mostra como uma pequena comunidade de developers pode criar a diferença, e como uma plataforma pode dar a cada organização o poder de inovar através do software.”, adiciona ainda.

Novos dados
Investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore nos EUA, acabam de publicar na revista JAMA...

Reforçando os dados dos estudos mais recentes, os autores descrevem uma coorte multicêntrica, retrospetiva (de 4 de março a 29 de agosto de 2020) de doentes hospitalizados com COVID-19 elegíveis e tratados com remdesivir, com ou sem dexametasona. 

Para tal a equipa analisou os registos de 2.483 doentes com Covid-19 tratados no sistema Johns Hopkins. Destes, 342 foram tratados com remdesivir e 184 foram tratados com remdesivir em associação com corticoterapia.

Esta avaliação permitiu concluir que o Remdesivir encurtou significativamente o tempo para a melhoria clínica, sobretudo nos doentes com manifestação moderada de doença. A redução no tempo para a melhoria clínica com remdesivir manteve-se após exclusão dos doentes tratados com remdesivir em associação com dexametasona da análise, sugerindo que este benefício se atribuirá essencialmente a remdesivir.

“A utilização de remdesivir foi associada a uma melhoria clínica mais rápida numa coorte de doentes predominantemente não causasianos", refere Brian Garibaldi da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins. Garibaldi fez parte da equipa de médicos que em 2020 tratou o Presidente Trump com COVID-19.

De acordo com o especialista, “o estudo incluiu uma percentagem muito mais elevada de doentes de grupos minoritários subrepresentados nos os ensaios clínicos anteriores de remdesivir. Aproximadamente 80% dos doentes da nossa coorte eram indivíduos não causasianos. Nos ensaios clínicos, este grupo de doentes corresponde a 30 a 47% da população recrutada”.

E acrescenta: “uma vez que os grupos representaram uma sobrecarga desproporcionada durante a pandemia da Covid-19, mas não estão amplamente representados em ensaios clínicos, os nossos resultados fornecem provas evidência importantes de que a utilização de remdesivir está associada a uma diminuição do tempo para a melhoria clínica nestas populações", conclui.

Aprovado em outubro, o remdesivir, foi o primeiro medicamento a obter a aprovação total da US Food and Drug Administration para uso no tratamento do Covid-19.  O remdesivir foi o primeiro medicamento a obter a aprovação da FDA (US Food and Drug Administration) para o tratamento da COVID-19 em outubro de 2020.

 

Dirigida à população em geral
A Pulmonale - Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão, com o apoio da Pfizer, promove, no próximo dia 15 de...

O cancro do pulmão continua a ser a principal causa de morte por cancro a nível Mundial. Em Portugal, constitui a quarta neoplasia mais incidente e a principal causa de morte por cancro, com cerca de 5000 mortes anuais. O objetivo do rastreio de cancro do pulmão é a identificação precoce da doença, em indivíduos assintomáticos, aumentando assim a possibilidade de tratamento curativo

“O cancro do pulmão é o cancro com maior incidência a nível mundial (com mais de 2 milhões de novos casos por ano) e o quarto mais prevalente no nosso país.

O diagnóstico tardio da doença condiciona uma barreira importante na melhoria da sobrevivência destes doentes. Em Portugal não existe um programa de rastreio do cancro do pulmão implementado de forma sistemática, como ocorre já em alguns países Europeus. Alguns ensaios clínicos demonstraram benefício na utilização da tomografia torácica de baixa dose para rastreio de cancro do pulmão em populações de indivíduos com risco elevado, com impacto na redução na mortalidade. Esta evidência tem trazido para debate público o tema do rastreio do cancro do pulmão, com um grande investimento nas políticas de saúde internacionais.

Este webinar pretende esclarecer o racional para o rastreio do cancro do pulmão, salientando os principais benefícios e obstáculos da sua aplicação na população portuguesa. Pretende também dar a conhecer e explicar a investigação subsequente à identificação de uma lesão pulmonar suspeita num exame de rastreio, num indivíduo saudável, ajudando a melhor compreender a jornada de diagnóstico e estadiamento do cancro do pulmão”, explica Isabel Magalhães, Presidente da Direção da Pulmonale.

A Sessão Online “Rastreio do cancro do pulmão”, decorre no dia 15 de abril, a partir das 21h00, com transmissão exclusiva no Facebook e Youtube da Pulmonale, e conta com a participação de Venceslau Hespanhol, diretor do Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar Universitário de São João e de Fernando Guedes, pneumologista e coordenador da unidade de broncologia do Centro Hospitalar Universitário do Porto. A jornalista Cláudia Pinto, assume a moderação da sessão.

“O impacto do rastreio no sucesso terapêutico do cancro do pulmão” é o tema central desta sessão.

Durante a sessão online a assistência será convidada a partilhar dúvidas e pontos de vista com os oradores.

Opinião
Um estudo realizado em nove unidades de AVC do país, com o objetivo de avaliar os cuidados prestados

Desde janeiro de 2020 que o número de casos de infeção por SARS-CoV-2 tem vindo a aumentar, assim como a mortalidade associada a esta doença.

Em Portugal o primeiro caso foi diagnosticado a 02 de março de 2020 e desde essa data, tudo mudou.  A obrigatoriedade de utilização de máscara, o teletrabalho, as condicionantes impostas pelos sucessivos estados de emergência, a limitação de contacto físico com pais e avós, a angústia de contágio, a revolta de alguns pela restrição da liberdade individual, todas estas novas realidades às quais nos estamos a adaptar. Sendo o regresso à “normalidade” ainda uma miragem.

A pandemia colocou ainda uma enorme pressão sobre os serviços de saúde, com natural implicação nos cuidados de saúde prestados quer aos doentes COVID-19, quer aos doentes não COVID-19, condicionando ainda o comportamento dos mesmos perante a doença.

Em novembro foi apresentado, no congresso do NEDVC, um estudo realizado em 9 unidades de AVC do país, com o objetivo de avaliar os cuidados prestados aos doentes internados por AVC durante o período de vigência do primeiro estado de emergência, em comparação com o período homólogo de 2019. Este estudo revelou que nestas unidades, no total, foram internados menos 15% de doentes e que o prognóstico funcional dos doentes internados foi pior comparativamente ao ano anterior. Também o número de doentes que realizou tratamento de fase aguda (trombólise e/ou trombectomia) foi cerca de 18% inferior em relação ao ano transato.  Eventualmente, o receio de contágio influenciou o acesso aos cuidados de saúde. Os doentes com sintomas minor ou transitórios acabaram por não recorrer aos cuidados de saúde e os que mantinham sintomas recorreram mais tardiamente o que condicionou a não realização de terapêutica de fase aguda e o pior prognóstico.

Assim, apesar de ser importante cumprir as determinações da DGS e respeitar as regras de confinamento, é igualmente premente alertar a população para a necessidade de ativar o 112 sempre que for identificado um dos sinais de alerta de AVC: a face descaída, dando uma sensação de assimetria do rosto; a diminuição da força num braço ou numa perna, ou em ambos, que pode ser acompanhada por uma sensação de desequilíbrio; a dificuldade na fala, fala arrastada, dificuldade em ter qualquer tipo de discurso ou existência de discurso pouco compreensível e sem sentido. Estes sinais e sintomas são conhecidos como os “3 F’s”. São também sinais de alerta uma forte dor de cabeça ou a falta súbita de visão, diminuição abrupta de visão num ou em ambos os olhos (podendo ser definidos como os “5 F’s”), assim como a dificuldade em coordenar movimentos. A ativação do 112 permite que os doentes sejam corretamente orientados, de modo que possa ser realizado o tratamento de fase aguda adequado, sendo que a rapidez de atuação é fundamental para que se possa evitar sequelas.

É importante referir que, além do possível envolvimento pulmonar, cardíaco e do risco aumentado de eventos trombóticos, o SARS-CoV-2 pode também atingir o cérebro. Os sintomas mais frequentemente descritos são a cefaleia (dor de cabeça), anosmia (perda de olfato) e ageusia (perda de sabor), os dois últimos com registo, em alguns registos europeus, de uma prevalência de 88%. No entanto, estão também descritas outras manifestações neurológicas, que incluem a doença vascular cerebral, as infeções do sistema nervoso central, as crises epiléticas e as manifestações neuromusculares. Em relação ao risco de AVC nos doentes infetados está descrito que cerca de 1,5% dos doentes com COVID -19, em especial os com infeções mais graves, têm AVC.  O AVC, nestes doentes com COVID-19, tende a ser mais grave o que leva a uma maior mortalidade. Os doentes com AVC e COVID-19 em comparação com os doentes com AVC sem COVID-19 são mais jovens, sendo a causa do AVC na maioria das vezes associada a fenómenos trombóticos.

Por tudo isto é fundamental manter as medidas e seguir as orientações das entidades de saúde, prevenindo a COVID-19 e suas potenciais consequências. É possível tal estratégia e o regresso paulatino à normalidade que todos desejamos.

Luísa Fonseca
Coordenadora da Unidade de AVC Centro Hospitalar e Universitário de S. João
Coordenadora do Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cerebral da SPMI
Assistente Convidada da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Conselhos práticos para atividades diárias
No contexto da pandemia de Covid-19, o teletrabalho e o ensino à distância exigem que as pessoas passem muitas horas sentadas a...

No âmbito do Dia Mundial da Atividade Física, que se assinala no próximo dia 6 de abril, a Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) pretende consciencializar os portugueses para a importância de se manter uma postura correta nas atividades diárias em casa ou no trabalho, principalmente neste período de confinamento.

“As posturas incorretas nas atividades diárias são responsáveis por múltiplos episódios de dor e por vários desequilíbrios no sistema músculo-esquelético. Para o bem-estar da nossa saúde a prática regular de atividade física e as questões posturais devem ser tidas em conta, assim como a manutenção de um peso saudável, no combate ao sedentarismo”, afirma Ana Pedro, Presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED).

A postura é a composição das posições de todas as articulações do corpo humano em qualquer momento. Os vícios relacionados com a postura podem ser responsáveis por diferentes patologias, ao gerar desconforto e, em muitos casos, problemas e condições de saúde que se podem agravar.

Deste modo, a APED deixa alguns conselhos práticos para evitar problemas futuros relacionados com a postura incorreta.

"A trabalhar, manter a coluna alinhada e encostada às costas da cadeira, com os pés pousados no chão, os joelhos fletidos num angulo de 90° e a cabeça virada para a frente, alinhada com o tronco;

Para evitar estar na mesma posição durante muito tempo, procure fazer intervalos curtos e aproveite para fazer alguns alongamentos musculares;

Praticar exercício físico moderado regularmente, especialmente depois de muitas horas sentado;

Fazer exercício físico com orientação técnica adequada, no sentido de evitar compensações posturais que acarretem depois dor ou lesão músculo-esquelética;

Ao levantar e transportar cargas ou pesos, colocar-se com os pés separados ao nível dos ombros e o mais próximo possível da carga, fletir os joelhos e manter o peso equilibrado nos dois lados do corpo para evitar fletir ou dobrar as costas para a frente;

Se tiver possibilidade de caminhar, faça-o para aliar a sua saúde física à mental. Bastam 30 a 40 minutos de caminhada diária para manter a condição física e equilibrar a saúde, evitando o sedentarismo e a doença crónica". 

Balanço
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) encaminhou, através da Via Verde do AVC, 4.939 doentes com suspeita de AVC, em...

De acordo com o INEM, o distrito do Porto continua a ser aquele que regista um maior número de casos, com 1.102 doentes encaminhados através da Via Verde do AVC. Seguem-se os distritos de Lisboa e Braga, com 990 e 406 casos, respetivamente.

“Os números referentes a 2020 indicam que o Hospital de Braga foi o que mais casos suspeitos de AVC recebeu através da Via Verde do AVC, com 380 registos. Seguem-se o Centro Hospitalar Lisboa Norte – Hospital de Santa Maria, em Lisboa, e o Centro Hospitalar e Universitário São João, no Porto, com 335 e 330 casos, respetivamente”, esclarece o INEM na nota publicada no seu site.

Já este ano, foram encaminhados 1.450 casos de AVC, entre o dia 1 de janeiro e 29 de março. “Uma média de 16 casos diários”, diz o INEM.

O AVC é um défice neurológico súbito, motivado por isquemia (deficiência de irrigação sanguínea) ou hemorragia no cérebro e continua a ser uma das principais causas de morte em Portugal, sendo também a principal causa de morbilidade e de potenciais anos de vida perdidos no conjunto das doenças cardiovasculares. “As primeiras horas após o início dos sintomas de AVC são essenciais para o socorro da vítima, pois é esta a janela temporal que garante a eficácia dos principais tratamentos. Por esse motivo, a colaboração com os profissionais do Centro de Orientação de Doentes urgentes (CODU) do INEM é fundamental para uma correta triagem e encaminhamento de todas as situações suspeitas de AVC”, sublinha.  

No âmbito do Dia Nacional do Doente com AVC, o INEM aconselha: “para prevenir um AVC, deve-se adotar hábitos de vida saudáveis, evitar o tabaco e a vida sedentária e ter especial atenção a doenças como a hipertensão, diabetes ou arritmias cardíacas”.

Webinars
No âmbito da Quinzena do AVC, uma iniciativa com vista à sensibilização para o Acidente Vascular Cerebral (AVC), a Sociedade...

Comemorado anualmente a 31 de março, o objetivo do Dia Nacional do Doente com AVC passa por sensibilizar a população para a realidade da doença em Portugal e promover a melhoria das práticas profissionais de saúde prestadas aos doentes com AVC.

Neste sentido, a SPAVC organiza um conjunto de webinars que fazem parte do programa de atividades da Quinzena do AVC, que começou a 24 de março e vai estender-se até 7 de abril, Dia Mundial da Saúde.

Antecedendo o Dia Nacional do Doente com AVC, o primeiro webinar, organizado pela SPAVC, em conjunto com a Boehringer Ingelheim, será dedicado ao tema “O AVC na Pandemia: O que ficou por fazer?” e terá lugar no dia 30 de março, pelas 21h00. Esta sessão exclusiva para profissionais de saúde será moderada pela jornalista Patrícia Matos e contará com as palestras de Ana Paiva Nunes e Pedro Fonte, respetivamente, especialistas de Medicina Interna e de Medicina Geral e Familiar. As inscrições são gratuitas e terão de ser feitas através do seguinte link: https://forms.gle/5Nqvp4G4zpT8ZGsi9.

Por sua vez, o webinar “Reabilitação do AVC, desde o internamento até ao domicílio” é uma ação conjunta da SPAVC e do CONSANAS Hospital da Prelada, que decorrerá no dia 31 de março, Dia Nacional do Doente com AVC, pelas 18h00. Coordenada por Jorge Laíns e Renato Nunes, a sessão de acesso livre terá a duração de uma hora, durante a qual serão apresentados conceitos gerais sobre o tema e abordados tópicos como a fase aguda, a orientação do doente, a fase subaguda/programas de internamento, e a fase crónica/integração/comunidade.

No dia seguinte ao término da Quinzena do AVC, a 8 de abril, vai decorrer o webinar “O papel ativo do Enfermeiro para além das portas da U-AVC”. Esta é uma sessão organizada conjuntamente pela SPAVC e pela iniciativa Angels, em colaboração com a Portugal Angels Nurse Task Force, e tem início marcado para as 18h00.

Para saber mais sobre estas atividades que a SPAVC está a preparar, aceda a https://spavc.livewebinar.pt.

Sendo esta uma efeméride de relevância para a agenda da Medicina Nacional, a SPAVC convidou um dos seus membros, Liliana Pereira, neurologista do Hospital Garcia de Orta, para ser embaixadora do Dia Nacional do Doente com AVC.

A especialista acrescenta que “nos canais de redes sociais iremos desenvolver uma campanha multimédia dirigida à população, com explicações simples, mas de extrema importância, no que toca à prevenção, sinais de alerta e atitudes a tomar em caso de AVC”, em colaboração com a Boehringer Ingelheim.

“A SPAVC apoia ainda outras iniciativas paralelas a decorrer durante esta quinzena, que temos vindo a divulgar via email e redes sociais”, refere Liliana Pereira.

A Embaixadora da SPAVC para este dia salienta também a inauguração da Unidade de AVC do Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, enquanto “motivo para celebrarmos”, dado constituir “um reforço dos cuidados de saúde organizados dedicados a esta patologia”.

“Não perca a oportunidade de fazer parte das várias iniciativas organizadas no âmbito da Quinzena do AVC”, apela a médica, enquanto repto para toda a população. “Siga-nos no Facebook, Instagram, LinkedIn e Twitter, pesquisando Sociedade Portuguesa do AVC. Esperamos por si. Juntos, venceremos o AVC”.

Comunicado
A garantia é da Direção Geral da Saúde: as pessoas que já tiveram Covid-19 e recuperaram da doença também vão ser alvo de...

Em comunicado, a DGS reitera que este tema está em constante monitorização. “Em Portugal, as pessoas que recuperaram da infeção por SARS-CoV-2 vão ser vacinadas. Não se trata de não vacinar os recuperados. No entanto, neste momento, encontramo-nos num cenário em que o número de vacinas ainda é limitado. Por isso, num contexto de escassez, devem ser priorizadas as pessoas com maior risco de contrair a infeção por SARS-CoV-2 e que não tenham ainda tido a possibilidade de desenvolver resposta imunológica”.

 

Vários estados suspendem vacinação
De acordo com o Instituto Paul Ehrlich (IPE), já foram relatados 31 casos raros de formação de coágulos sanguíneos no cérebro...

O Instituto Paul Ehrlich (IPE) fez saber esta terça-feira que do total de 31 casos, em 19 foi observada uma deficiência de plaquetas no sangue ou trombocitopenia.  

Em nove casos, os afetados morreram. Com exceção de dois casos, todos os relatórios diziam respeito a mulheres com idades entre 20 e 63 anos. Os dois homens tinham 36 e 57 anos.

Vários estados suspendem vacinação

Berlim, Brandemburgo, e a cidade de Munique, na Baviera, já anunciaram que vão suspender a vacinação de menores de 60 anos com a vacina da AstraZeneca. Os responsáveis ​​por estes territórios garantiram que não vão usar mais vacinas desta empresa ao saber que no país já ocorreram 31 casos de trombose

O ministro da Saúde, Dilek Kalayci, explicou nesta terça-feira que "como medida de precaução" e seguindo os novos dados sobre efeitos colaterais, a cidade de Berlim vai cancelar as consultas nos centros de vacinação enquanto se aguarda uma reunião com o governo federal e especialistas do Instituto Paul Ehrlich.  

Durante esta manhã, o centro hospitalar Charité em Berlim também já tinha anunciado que irá interromper a vacinação de sua equipa feminina com menos de 55 anos com esta vacina. Embora, o hospital já tenha vacinado dois terços dos seus profissionais de saúde, a maioria com a vacina da Astrazena, e não exista registo de complicações, os responsáveis ​​preferem "tomar medidas de precaução" até que os dados sejam avaliados.

 

O coordenador do projeto é o professor Joaquim Murta
Um projeto “Value-Based Health Care – Catarata” (VBHCAT), coordenado pelo Health Cluster Portugal e desenvolvido por...

Esta distinção, exclusiva para as iniciativas mais avançadas, que se destacam pelo seu impacto e pioneirismo, reconhece pela primeira vez um centro (hub) português. E pode inspirar mudanças significativas nos procedimentos, eficiência e financiamento dos atos médicos, bem como na qualidade de vida dos pacientes. O Fórum Económico Mundial considerou o projeto VBHCAT de tal maneira inovador e distintivo que o quer ver replicado noutros países.

O coordenador do projeto é o professor Joaquim Murta, diretor do Centro de Responsabilidade Integrado de Oftalmologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e especialista da UOC – Unidade de Oftalmologia de Coimbra.

Intervenções médicas mais eficientes e de qualidade

O projeto, já implementado em duas áreas de Oftalmologia, tem como finalidade aumentar a eficiência das intervenções médicas, reduzindo o seu custo, eliminando despesas supérfluas e, ao mesmo tempo, aumentando a qualidade dos tratamentos para os doentes, integrando-os na avaliação dos resultados.

Na prática, o projeto VBHCAT altera profundamente os atuais modelos de financiamento da saúde. Assim, em vez da quantidade dos atos médicos praticados, o foco do financiamento incide nos bons resultados. Ou seja, é a qualidade do serviço, atestada pelas técnicas e materiais usados e pela melhoria geral do doente, que ajuda a estabelecer o financiamento. São as melhores práticas e os melhores resultados a serem privilegiados pelo financiamento, e não apenas o número de intervenções.

O objetivo é que tenha impactos significativos no doente, conferindo-lhe mais informação e dando-lhe a oportunidade de fazer escolhas mais informadas em relação aos seus cuidados de saúde, com o objetivo final de melhorar o mais possível de uma patologia.

“O futuro exige uma mudança de estratégia e atitude, a bem dos doentes. O que este projeto demonstra é que um modelo orientado para os resultados melhora a qualidade da saúde dos cidadãos e assegura a eficiência, com um menor investimento”, sublinha o professor Joaquim Murta.

“Os sistemas de saúde devem colocar o doente no foco principal de decisão, situação que ainda não acontece. Não é habitual perguntar-se ao doente como se sente, se está melhor ou pior… Este projeto abre um caminho pioneiro para implementar uma medicina baseada no valor para o doente, em vez de uma medicina baseada em volume. O reconhecimento do Fórum Económico Mundial reforça a relevância deste trabalho para a mudança de paradigma”, acrescenta.

O projeto VBHCAT teve a sua origem em duas áreas da Oftalmologia, tendo sido analisados os resultados na cirurgia da catarata de mais de 11 mil pacientes em 12 hospitais nacionais públicos e privados e no tratamento de degenerescência macular da idade. A UOC - Unidade de Oftalmologia de Coimbra foi uma das unidades envolvidas nos estudos, assim como os Centros Hospitalares da Universidade de Coimbra, de S. João, do Porto e de Lisboa Norte, o Hospital de Braga, o Instituto Gama Pinto e cinco unidades CUF, além das empresas Novartis, Alcon, Bayer, Edol, Thea e a startup Promptly.

Situação Epidemiológica
Portugal registou, nas últimas 24 horas, duas mortes e 388 novos casos de infeção por Covid-19. O número de doentes internados...

Segundo o boletim divulgado, a região de Lisboa e Vale do Tejo foi a única região do país a registar duas mortes, desde o último balanço.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 388 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 140 novos casos e a região norte 147. Desde ontem foram diagnosticados mais 46 na região Centro, três no Alentejo e quatro no Algarve. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 37 infeções e nos Açores 11.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 584 doentes internados, menos 39 que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos passaram a ter menos sete doentes internados. Atualmente, estão em UCI 129 pessoas.

O boletim desta terça-feira mostra ainda que, desde ontem, 1.654 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 777.503 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 26.756 casos, menos 1.268 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 228 contactos, estando agora 15.853 pessoas em vigilância.

Impacto da pandemia
No âmbito do Dia Nacional do Doente com AVC, que se assinala no dia 31 de março, a Portugal AVC – União de Sobreviventes,...

Um inquérito realizado entre 4 e 17 de março, e ao qual responderam 823 sobreviventes de AVC, centrado no período que vai do último outono/inverno até ao presente, revela que apenas um terço teve consultas médicas previstas para o seguimento após o AVC de forma habitual, 29% apenas teve acesso a teleconsulta, e 38% dos casos não teve acesso a nenhuma das formas alternativas, tendo as suas consultas canceladas ou a aguardar marcação. Esta situação de falta de acompanhamento das pessoas que sofreram um AVC assume particular gravidade, já que essas consultas podem ser fundamentais para prevenir novos episódios, evitar outras complicações de saúde e enquadrar os cuidados de reabilitação adequados.

Também a destacar é o facto de que apenas um quarto dos sobreviventes a realizar tratamentos de reabilitação os retomaram de forma idêntica à pré-pandemia, sendo que 55% das pessoas não conseguiu ainda retomar a reabilitação, e 19% fez menos tratamentos do que o planeado.  Este dado é particularmente gravoso, dada a grande importância que os cuidados de reabilitação têm nesta patologia. Uma parte muito significativa (41%) dos inquiridos que deles beneficiam ou beneficiavam, refere ter agora maiores dificuldades na movimentação e/ou comunicação do que antes deste período.

“A reabilitação de um sobrevivente de AVC está dependente de dois pontos essenciais: os cuidados de fase aguda hospitalares e os cuidados de acompanhamento e de reabilitação. Estes foram significativamente afetados durante a pandemia, o que é deveras preocupante”, explica António Conceição, presidente da associação.

“A falta continuada de uma estratégia que permita uma reabilitação eficaz, coordenada e multidisciplinar, vem tendo consequências desastrosas na saúde e na funcionalidade dos sobreviventes de AVC, amputando a sua probabilidade de uma recuperação funcional, levando à diminuição da integração sociofamiliar e profissional, com custos incalculáveis para o bem-estar físico e mental de todos os envolvidos, e mesmo financeiro, inclusive do próprio Estado”, acrescenta, advertindo os responsáveis, a quem foi já dado conhecimento dos resultados detalhados do inquérito agora realizado.

A Portugal AVC chama também a atenção para a importância da Via Verde, quando ocorre o AVC. “É essencial que se mantenha plenamente funcionante, pelo seu enorme impacto na redução da incapacidade e da mortalidade. E que a população saiba que, mesmo no período de exceção que vivemos, deve de imediato ligar para o 112, quando acontece”, diz ainda o presidente da associação.

O Acidente Vascular Cerebral, com cerca de 25 mil episódios de internamento por ano, é a maior causa de incapacidade no nosso país, atingindo todas as idades e géneros. Entre as múltiplas sequelas possíveis estão as físicas e motoras (mais visíveis), mas também as consequências na capacidade de comunicação, no campo cognitivo, psicológico, de visão, entre outros.

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