Webinar
A MSD Portugal vai realizar, no próximo dia 14 de abril, às 21h00, o Webinar “Juntos pelo HPV – Questões práticas sobre...

O HPV continua a ser o vírus de transmissão sexual mais comum, estando na origem de vários tipos de cancro: é responsável por 5% de todos os cancros a nível mundial e 10% dos cancros que afetam as mulheres. A vacinação constitui uma das principais formas de prevenção, no entanto, persistem questões práticas ligadas à sua recomendação e administração, entre as quais se existem grupos de risco, qual o limite de idade para a recomendação da vacina e o que fazer quando o esquema de vacinação foi interrompido devido à pandemia.

Com o intuito de responder a estas e outras questões e de promover uma estratégia de prevenção cada vez mais eficaz, a MSD Portugal irá dedicar esta sessão ao debate dos seguintes temas: “Recomendações SPG – Consenso Nacional sobre vacinas contra HPV”, “Esquemas de vacinação em atraso – Como proceder?” e “Qual o papel do profissional de saúde na aceitabilidade da vacinação para o HPV?”.

O webinar contará com a participação especial de Daniel Pereira da Silva, Ginecologista no Hospital CUF Coimbra e membro do Instituto Médico de Coimbra, e de Amália Pacheco, Coordenadora da Unidade de Patologia do Trato Genital Inferior, Colposcopia Laser, no Centro Hospitalar Universitário do Algarve. No final, haverá espaço para os participantes colocarem questões práticas ao painel de especialistas. A sessão ficará disponível para assistir em diferido nas 48 horas seguintes ao fim do evento.

Os profissionais de saúde interessados podem garantir a inscrição até 14 de abril através do site profissionaisdesaude.pt

 

Melhores trabalhos desenvolvidos por estudantes universitários na área da saúde
Miguel Guimarães e Ana Paula Martins vão avaliar propostas de soluções de crises em saúde desenvolvidas por estudantes...

Já são conhecidos os nomes que integram o júri do Angelini University Award! 2020/2021, uma iniciativa da Angelini Pharma que distingue os melhores trabalhos desenvolvidos por estudantes universitários na área da saúde, na procura de novas soluções para crises com impacto na sociedade. O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, e a bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, Ana Paula Martins, são dois dos jurados que irão avaliar os projetos a concurso nesta 12ª edição, que tem como tema “Soluções de Crises em Saúde – Identificar, gerir e cuidar”.

Além de Ana Paula Martins e Miguel Guimarães, fazem ainda parte do júri Miguel Xavier, Professor Catedrático de Psiquiatria, Sub-diretor e Presidente do Conselho Científico da Nova Medical School, e Miguel Arriaga, Chefe da Divisão de Literacia em Saúde e Bem Estar, da Direção Geral da Saúde.

“Tendo em conta a atualidade do tema do AUA! deste ano, Soluções de Crises em Saúde, estamos seguros que o contributo destes especialistas acrescentará ainda mais valor a este prémio, bem como aos projetos distinguidos”, refere Conceição Martins HR & Communication Head da Angelini Pharma Portugal.

“Estamos muito satisfeitos e agradecidos por poder contar com figuras tão representativas e com um conhecimento tão profundo do panorama da saúde em Portugal no nosso painel de jurados. A participação de dois bastonários de duas Ordens, e de representantes da Direção Geral da Saúde e da Academia no júri confere a esta iniciativa uma enorme relevância”, sublinha Eduardo Ribeiro, Scientific Relations Manager da Angelini Pharma Portugal.

As inscrições nos AUA decorrem até 12 de abril. Os dois melhores projetos, com aplicabilidade prática na sociedade, receberão um prémio monetário no valor de € 10.000 e € 5.000, respetivamente. Os jurados terão como critérios de avaliação dos trabalhos a inovação, a criatividade, a metodologia utilizada, a pertinência, a viabilidade da sua implementação, assim como a apresentação formal.

Os AUA realizam-se em Portugal há mais de uma década e têm como objetivo premiar o talento nacional ao reconhecer os melhores trabalhos apresentados por jovens a frequentar o ensino superior na área da saúde. Com esta participação, os estudantes têm oportunidade aplicar os conhecimentos académicos na procura de soluções relativas a um tema de relevância empresarial e social.

Em paralelo estão também abertas as inscrições para a 4.ª edição do Prémio Jornalismo, que visa distinguir um trabalho publicado ou emitido por um meio de comunicação social em Portugal, entre 1 de janeiro e 30 de setembro de 2021, relacionadas com o mote desta edição dos AUA!

Investigação
De acordo com uma investigação britânica, as pessoas diagnosticadas com Covid-19 há mais de seis meses eram estão mais...

Os cientistas do Reino Unido analisaram os registos médicos eletrónicos de mais de meio milhão de pacientes nos EUA e as suas hipóteses de desenvolver uma das 14 condições psicológicas ou neurológicas comuns, incluindo: hemorragia cerebral, AVC, Parkinson, Síndrome de Guillain-Barré, demência, psicose, distúrbios de humor e perturbações de ansiedade

Os distúrbios de ansiedade e humor foram o diagnóstico mais comum entre aqueles com Covid.

Um terço dos doentes obeservados desenvolveram-se ou tiveram uma recaída de uma condição psicológica ou neurológico. No entanto, a investigação conseguiu demonstrar que aqueles que são internados apresentam um risco ainda maior.

Para os investigadores, isto pode ficar a dever-se ao impacto do stresse ou ao impacto direto do vírus no cérebro.

Causa e efeito

O estudo foi observacional, por isso os investigadores não puderam dizer se a Covid tinha causado algum dos diagnósticos.

No entanto, ao comparar um grupo de pessoas que tinha tido Covid-19 com dois grupos – um com gripe e um com outras infeções respiratórias - os investigadores da Universidade de Oxford concluíram que Covid estava associada a mais doenças cerebrais subsequentes do que outras doenças respiratórias.

Os participantes foram acompanhados pela idade, sexo, etnia e condições de saúde, para torná-los o mais comparáveis possível.

Os doentes tinham 16% mais probabilidade de desenvolver uma desordem psicológica ou neurológica depois da Covid do que depois de outras infeções respiratórias, e 44% mais probabilidades do que as pessoas que se recuperam da gripe.

Além disso, quanto mais grave fosse a infeção provocada pelo novo coronavírus, mais provável seria receber um diagnóstico subsequente de saúde mental ou desordem cerebral.

Os transtornos de humor, ansiedade ou distúrbios psicóticos afetaram 24% de todos os pacientes, mas este aumentou para 25% nos internados, 28% em pessoas que estavam nos cuidados intensivos e 36% em pessoas que experimentaram delírio enquanto estavam doentes.

Os acidentes vasculares cerebrais afetaram 2% de todos os pacientes Covid, subindo para 7% dos internados na UCI e 9% dos que tinham delírio.

E a demência foi diagnosticada em 0,7% de todos os pacientes ovid, mas 5% dos que experimentaram o delírio como sintoma.

Sara Imarisio, chefe de pesquisa da Alzheimer's Research UK, afirmou: "Estudos anteriores salientaram que as pessoas com demência estão em maior risco de desenvolver ovid-19 grave. Este novo estudo investiga se esta relação também pode manter-se na outra direção.”

Segundo o professor de neurologia Masud Husain, da Universidade de Oxford, há evidências de que o vírus entra no cérebro e causa danos diretos

Pode ter outros efeitos indiretos, por exemplo, afetando a coagulação sanguínea que pode levar a derrames. E a inflamação geral que acontece no corpo à medida que responde à infeção pode afetar o cérebro.

A propósito do Dia Mundial da Saúde a 7 de abril
Nenhum de nós, tinha alguma vez sentido na pele os efeitos devastadores de uma pandemia.

A saúde é um bem precioso, reconhecido por qualquer um. Sem ela, ficamos frágeis e, num ápice, deixamos de dar valor às coisas materiais, fazemos promessas mentais de bom comportamento, e ajoelhamos perante quem nos possa ajudar a sair daquele aperto. No auge da pandemia, havia milhares de doentes infetados nos Hospitais, outros em casa a rezarem para não piorarem, e muitos milhões, ainda saudáveis, com o pânico de poderem sucumbir no dia seguinte. Na primeira vaga, o País ficou petrificado e incrédulo. Quase todos tememos pela nossa saúde, talvez irremediavelmente perdida, se já tínhamos alguma doença prévia, ou sujeitos á roleta russa do destino que a covid nos trouxesse.

Não me surpreende que as palmas de agradecimento aos profissionais de saúde se tenham calado, muito antes da acalmia dos números da pandemia. Aliás, nalguns casos, assistiu-se a um crescente sentimento de revolta, contra os especialistas que recomendavam alguma contensão na velocidade do desconfinamento, enquanto o SNS não retomasse a sua capacidade de tratar os doentes covid e os não covid. Embora triste, pelo contraste tão evidente de atitudes, é compreensível o silêncio das varandas. A manutenção dos gestos de gratidão, durante um grande período de tempo, acaba por cansar. Ainda mais, quando os problemas económicos se vêm juntar, e são postas em causa necessidades básicas, há muito consideradas resolvidas!  Mas, o reconhecimento e o respeito pelo trabalho abnegado dos profissionais de saúde deveria manter-se.

O respeito que temos por alguém, por um princípio ou por uma Instituição, é um sentimento nobre, civilizado e democrático! Nestes tempos conturbados, espero que tenhamos aprendido a ter respeito pela nossa saúde. Nunca foi tão evidente, que a defesa da nossa saúde individual, contribui para a saúde coletiva. Procurar não ficar doente, numa altura em que os Hospitais estão em colapso, é inteligente para o próprio, e a melhor forma de respeitar os outros, em que também se incluem os médicos e os enfermeiros e a restante equipa de saúde.

No dia 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, lembremos a importância de preservarmos a nossa saúde, respeitando-nos a nós próprios e aos outros, fazendo disso uma norma de vida!

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Uma equipa de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) está a desenvolver um estudo que...

Os tumores da hipófise, também chamados adenomas hipofisários, porque na sua maioria são benignos, afetam 15% da população e são dos tumores primários cerebrais mais frequentes.

O estudo, realizado em colaboração com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP) e Oxford Centre for Diabetes, Endocrinology and Metabolism (OCDEM), do Reino Unido, centra-se nos pequenos adenomas hipofisários denominados corticotrofos.

«Estes tumores, apesar de, na larga maioria dos casos, serem benignos, associam-se a elevada morbilidade e, se não forem tratados apropriadamente, apresentam mortalidade acrescida», explica Luís Cardoso, investigador principal do estudo designado “Molecular Characterisation of Corticotroph Adenomas in a Portuguese Cohort”.

Atualmente, além da cirurgia, não existem terapêuticas com eficácia curativa. Assim, esclarece o investigador da FMUC, «é fundamental estudar os mecanismos moleculares subjacentes à origem e desenvolvimento desta doença, que permitam, por um lado, identificar fatores prognósticos, que otimizem as terapêuticas existentes e, por outro lado, permitam identificar novas alternativas terapêuticas. Para tal, iremos estudar o perfil mutacional (por exemplo, genes USP8, USP48) de uma coorte portuguesa de adenomas corticotrofos, os fatores moleculares que permitam individualizar a abordagem ao doente, bem como o efeito da modulação epigenética em linhas celulares destes tumores».

Ao estudar a patogénese dos adenomas corticotrofos e suas implicações clínicas e terapêuticas, a equipa pretende essencialmente contribuir para «melhorar o conhecimento global da sua patogénese, nomeadamente o papel das mutações recorrentes no gene USP8 e da modulação epigenética, bem como identificar fatores que permitam prever o comportamento biológico do tumor e de resposta terapêutica», afirma Luís Cardoso, acentuando que a informação obtida no âmbito da investigação poderá permitir «melhorar a abordagem clínica dos doentes com adenomas corticotrofos. Além disso, a informação molecular poderá ter utilidade no prognóstico, terapêutica e seguimento».

Este estudo foi recentemente distinguido com uma bolsa da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo e HRA Pharma Iberia, no valor de 10 mil euros.

 

Estudo
O Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ) está a colaborar num projeto de investigação que pretende desvendar a...

Neste projeto, intitulado M2Child, estão envolvidos investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (I3S). Segundo Micaela Guardiano, médica do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), esta iniciativa “pretende contribuir para esclarecer o envolvimento do microbioma intestinal na PHDA"

Para tal, os investigadores vão explorar a associação entre esta perturbação e a desregulação intestinal, que pode ser influenciada por diferentes fatores, nomeadamente pela alimentação, infeções prévias e fatores hereditários.

De acordo com nota do Centro Hospitalar, “o recrutamento decorrerá nas consultas de Pediatria do CHUSJ e dos Cuidados de Saúde Primários, mas também estará aberto à comunidade”. As crianças selecionadas para o estudo vão ser submetidas a uma avaliação neuropsicológica, nutricional e clínica.

 

Através de colheita de sangue
A partir da próxima semana estará disponível, em Portugal, um novo teste para deteção de célula T, isto é, da chamada imunidade...

As células T são conhecidas por serem importantes na proteção contra muitas infeções virais através de processos conhecidos como imunidade celular. Definir cabalmente o papel das células T no Covid-19 é neste momento, um foco central de investigação. 

No entanto o seu doseamento é já consensualmente aceite como muito relevante na avaliação de presença de imunidade protetora para COVID. É nesse sentido que ter essa possibilidade de avaliar a imunidade celular para SARS-CoV-2, será tão relevante como a avaliação da imunidade humoral ou doseamento de anticorpos.

Parte da população desenvolve a imunidade através da criação de anticorpos IgG. No entanto a imunidade pode também ser identificada ao nível celular mesmo na ausência destes anticorpos.

Este teste permite o doseamento de INF-γ através do método ELISA apoiando o clínico posteriormente no diagnóstico e na tomada de decisão informada em conjunto com a deteção do anticorpo.

O tema da imunidade celular está agora a ser alvo de inúmeros estudos, tendo já milhares de publicações científicas a nível mundial, em face do decaimento da imunidade humoral (doseamento de anticorpos)


Figura 1 - As células T são geradas brevemente após a infeção, vacinação ou após nova exposição ao SARS-COV-2. A resposta das células T é detetável no início da fase aguda da infeção e pode ser estimulada e detetada mesmo quando os anticorpos têm níveis baixos ou indetetáveis.

Para o CEO da Unilabs Portugal, Luís Menezes, “é fundamental que a comunidade médica possua todos os instrumentos de diagnóstico que possamos oferecer para tomar as melhores decisões em cada momento, para cada paciente. Este teste é mais uma arma para ajudarmos a comunidade médica a conhecer melhor a doença, e vamos continuar a tentar trazer testes inovadores para apoiar no combate à Pandemia”.

O Diretor Médico da Unilabs Portugal, António Maia Gonçalves acrescenta que “perceber se a população desenvolve imunidade protetora e duradoura contra a SARS-CoV-2, após infeção ou vacinação, é o grande desafio clínico com que nos deparamos atualmente. Inicialmente foi sobretudo valorizada a presença de anticorpos neutralizantes do vírus. Esses anticorpos diminuem substancialmente ao longo de menos de seis meses, levantando questões sobre quanto tempo a imunidade protetora pode durar após a infeção. Este teste células T permitirá avaliar de forma mais concreta a imunidade de cada individuo, e a par do que ocorre noutros países, perceber a prevalência destas células T na população portuguesa”.

Os testes podem ser realizados em qualquer unidade de colheita Unilabs através da recolha de uma única amostra de sangue, não estando sujeitos a marcação prévia. Os resultados estarão disponíveis entre 24 a 60 horas após a realização do teste.

Impulsionado por novo recuperador de stents ajustáveis
Estima-se que o mercado da trombectomia valha cerca de 265 milhões de dólares em 2020 nos EUA e espera-se que este valor cresça...

O relatório da GlobalData, "Dispositivos neurovasculares de trombectomia (Dispositivos de Neurologia)", revela que este crescimento será impulsionado por um aumento dos procedimentos de trombectomia e pelo dispositivo de recuperação de stent ajustável recentemente aprovado.

A Food and Drug Administration (FDA) aprovou recentemente o TIGERTRIEVER da Rapid Medical, o primeiro recuperador de stent ajustável aprovado nos EUA, na sequência de resultados promissores de um ensaio multicentro. A principal vantagem do TIGERTRIEVER sobre os atuais recuperadores de stents é que o diâmetro do cesto, onde um coágulo é capturado e extraído, pode ser ajustado através de uma lâmina na pega do dispositivo. Isto permite aos médicos um maior controlo sobre o procedimento, aumentando a compatibilidade do paciente e potencialmente reduzindo o risco de fragmentação do coágulo.

Dominic Tong, Analista de Dispositivos Médicos da GlobalData, comenta: "A trombectomia mecânica tornou-se cada vez mais popular nos últimos anos em comparação com a gestão de pacientes com AVC usando gestão médica, uma vez que estudos clínicos iniciais sugerem que pode levar a melhores resultados clínicos. Os recuperadores de stents visam prender um coágulo dentro do cesto, permitindo que os coágulos sejam removidos do vaso sanguíneo, enquanto os cateteres de aspiração dependem da sucção para remover os coágulos.

"Quaisquer inovações que aumentem ainda mais a eficácia e a segurança da trombectomia mecânica são bem-vindas. Com melhorias contínuas, a trombectomia mecânica pode eventualmente ultrapassar a gestão médica como o tratamento preferido para alguns casos.

"Além disso, embora o mercado da trombectomia tenha sido relativamente resiliente através da pandemia Covid-19, ainda sofreu uma quebra nas receitas que se deveu potencialmente ao aumento da carga hospitalar, dificultando a realização de operações dentro de oito horas após o início do sintoma. À medida que as vacinas são lançadas e os hospitais regressam ao negócio como de costume, a Rapid Medical tem a oportunidade de capitalizar o mercado de recuperação e captar mais quota de mercado durante este período de recuperação."

Opinião
Um estudo recente do INE revela-nos que quase, metade da população portuguesa terá mais de 65 anos,

Vemos enraizados os hábitos dos pais levarem as crianças aos dentistas (os primeiros dentes, as cáries na infância…), dos adolescentes corrigirem a dentição com aparelhos ortodônticos e cada vez mais dos jovens e adultos manterem essa vigilância e cuidados, mas constatamos que, a dada altura, as visitas ao dentista começam a espaçar-se.

Tornou-se normal uma pessoa mais velha ter a dentição comprometida, não ter dentes de todo e usar próteses pouco estéticas e pouco funcionais.

Felizmente, isso começa a tornar-se menos normal. Hoje, o paciente de 60 anos é, na sua maioria, um paciente com muita falta de dentes, com dentes arrancados e problemas de maxilar. A sua saúde oral é bastante pobre, com uma elevada prevalência de cáries coronais e radiculares e de patologia periodontal, reabilitação protética inadequada e presença abundante de placa bacteriana, seja nos dentes naturais ou nas próteses.

Ora o processo de envelhecimento do indivíduo é acompanhado por diversas transformações que afetam o sistema mastigatório, as glândulas salivares, as mucosas e os próprios dentes e respetivos tecidos de suporte. A face mais visível é a perda dos dentes naturais, com a consequente diminuição da capacidade mastigatória, mas não é a única tribulação.

A medicamentação, doenças sistémicas como a diabetes e tratamentos oncológicos, nomeadamente a radioterapia à cabeça e pescoço contribuem, por exemplo, para um baixo nível de saliva no idoso, sendo a xerostomia, ou “boca seca”, promotora e potenciadora de cáries, gengivites, risco de candidíase oral e outras sequelas na saúde oral. O tabagismo, o consumo excessivo de café e o stress também geram a hipofunção das glândulas salivares.

Os efeitos colaterais da idade e a falta de cuidados e vigilância fazem desta uma população de risco debilitada na sua saúde oral, mas que começa a estar mais informada e começa a valorizar o investimento na saúde oral.

Revestem-se, pois, de particular importância as reabilitações, que devem ser cuidadosamente planeadas e ter em conta essas alterações próprias da faixa etária e também com o fato dos doentes apresentarem, na maioria dos casos, outras patologias e serem polimedicados.

A técnica com o mínimo de quatro implantes é um procedimento cirúrgico e protético que consiste na reabilitação da maxila e da mandíbula, com prótese fixa, através da colocação de quatro implantes na região anterior dos maxilares, onde a densidade óssea é maior, permitindo a colocação de uma prótese fixa de 12 a 14 dentes, imediatamente, no próprio dia da cirurgia.

Quando se tem todos os dentes em falta ou quando os dentes já não são viáveis, este é o método utilizado para devolver os dentes e consequentemente a harmonia e a juventude ao sorriso do paciente.

Delimitaria os 60 anos como o marco ideal para iniciar os cuidados de saúde oral geriátricos, abrindo assim uma janela de várias décadas de qualidade de vida e saúde.

Quando iniciei a minha prática, as pessoas de 60 anos partiam de uma postura de que “já não valia apena”, agora, os 60, e também os 70, começam a ser encarados pelos pacientes como uma idade cada vez mais pertinente para se cuidar do sorriso e da saúde da boca e dos dentes, valorizando também, com crescente importância, a sua parte estética.

Cabe ao profissional informar e divulgar os modernos tipos de reabilitação disponíveis para esta população, com tratamentos hoje em dia mais acessíveis, menos invasivos, menos demorados e praticamente indolores.

Adaptando a frase célebre de Victor Hugo - “40 anos é velhice para a juventude, e 50 anos é juventude para a velhice” -, diria que os 60 anos podem ser velhice para a juventude, mas são atualmente juventude para os tratamentos de saúde oral.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo do Observatório de Tendências
Neste Dia Mundial da Saúde o Grupo Ageas Portugal revela as conclusões no âmbito da Saúde, do estudo do Observatório de...

De acordo com o estudo, para 26% dos inquiridos cuidar da família é a prioridade principal. A adoção por um estilo de vida saudável é prioridade para 20%, seguindo-se os encontros sociais com a família e os amigos com 19%. Por outro lado, o consumo e o voluntariado, encontram-se com uma prioridade muito baixa, para os portugueses, com cerca de 2% respetivamente.

Relativamente aos receios que possam ter nos próximos meses, 1/3 dos inquiridos admite que os problemas de saúde estão no topo das suas preocupações, sendo os jovens os mais preocupados com a saúde e com mais necessidades de proteção. A redução de rendimentos (21%) e a violência/conflitos sociais (19%) encerram o top 3 dos principais receios.

As necessidades de proteção pessoal e de saúde aumentaram cerca de 45.07%, quase metade dos inquiridos, sendo especialmente notório nas mulheres e nos mais jovens, assim como nas pessoas com níveis de rendimento mais baixos. Este aumento da necessidade é transversal às famílias, independentemente do tamanho do agregado. No entanto, para metade dos portugueses (50,34%) as necessidades de proteção e de saúde não se alteraram.

Que comportamentos alteraram/adotaram os portugueses, desde o confinamento, por iniciativa própria?

A Covid-19 retirou algumas experiências, mas permitiu a adoção de outras e, para alguns, mais benéficas. Cerca de 75% dos inquiridos admitem ter começado a cumprir as regras e recomendações de saúde pública - higiene das mãos, distanciamento social e usar proteção individual- e passaram a fazer menos saídas, compras, viagens, etc. 15% referem não ter alterado nada, continuando a fazer as mesmas coisas. Contudo, cerca de 10% dos portugueses começaram a experimentar novas coisas, por exemplo, ao nível físico começaram a comer mais saudável, aprender a cozinhar, a fazer caminhadas ou a andar de bicicleta; ao nível intelectual, os portugueses passaram a ler mais, a ver mais TV e a ouvir mais música, no entanto, também passaram mais horas no trabalho; e ao nível espiritual, os portugueses passaram a refletir mais, a meditar e a ter mais receio da morte.

Dia Mundial da Saúde
O Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde (CCOMS) para a Prática e Investigação em Enfermagem sediado na Escola...

No âmbito desta campanha, criada pelo movimento internacional Nursing Now, os enfermeiros são convidados a assinar uma carta dirigida aos responsáveis pela Saúde nos respetivos países – no caso de Portugal, à ministra Marta Temido, a quem apresentam os «pedidos mais urgentes para melhoria da saúde através do investimento na Enfermagem».

A campanha mundial Nurses Together apela, também, à presença nas redes sociais, sugerindo que enfermeiros e enfermeiras partilhem fotografias suas nas plataformas onde estiverem presentes, com a carta que enviarem ao governante do país com a tutela da área da Saúde. As fotografias partilhadas deverão ser identificadas com @NursingNow2020 e #NursesTogether.

Numa ação organizada pela ESEnfC, no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Saúde (7 de abril), que será transmitida por streaming, a partir da plataforma Videocast/FCCN, será também publicitada, amanhã (12h00), a campanha mundial Nurses Together.

O movimento Nursing Now foi lançado, em 2018, pelo Conselho Internacional de Enfermeiros e pela Organização Mundial da Saúde, tendo como missão melhorar a saúde a nível global e elevar o estatuto da Enfermagem em todo o mundo.

Kate Middleton, duquesa de Cambridge, a atriz Emilia Clarke e a princesa Muna da Jordânia foram algumas figuras ilustres que, então, apadrinharam a iniciativa Nursing Now. Em 2021, o Dia Mundial da Saúde é subordinado ao tema “Construir um mundo mais equitativo e saudável para todos”.

 

 

 

 

“A vitória contra a doença renal começa na prevenção”
A Associação Nacional de Centros de Diálise (ANADIAL) vai realizar várias sessões de esclarecimento sobre a doença renal...

As sessões de esclarecimento estão adaptadas para os alunos que se encontrem no ensino básico e secundário, e vão ser realizadas em formato online para as escolas de Alcobaça, Espinho, Figueira da Foz, Mafra, Pedrógão Grande, Ponte Guimarães, Torres Vedras, Valadares e Viseu.

“Esperamos que esta iniciativa online possa contribuir de forma positiva para o programa de educação em saúde das várias escolas, bem como prevenir e reduzir a incidência da doença renal crónica. Desta forma, iremos continuar a promover diversas ações de consciencialização, ministradas por médicos e enfermeiros, em escolas básicas e secundárias de norte a sul do país, proporcionando aos alunos a oportunidade de aprender a cuidar da saúde dos seus rins”, explica Jaime Tavares, presidente da ANADIAL.

A campanha “A vitória contra a doença renal começa na prevenção” conta com o apoio da Associação de Doentes Renais de Portugal, da Associação Portuguesa de Enfermeiros de Diálise e Transplantação, da Associação Portuguesa de Insuficientes Renais, da Sociedade Portuguesa de Nefrologia e da Sociedade Portuguesa de Transplantação.

A doença renal crónica caracteriza-se pela deterioração lenta e irreversível da função dos rins. Como consequência da perda desta função, existe retenção no sangue de substâncias que normalmente seriam excretadas pelo rim, resultando na acumulação de produtos metabólicos tóxicos no sangue (azotemia ou uremia). Os doentes com diabetes, hipertensão arterial, obesidade e historial familiar de doença renal podem estar em risco de desenvolver esta doença.

 

E alertam para as desigualdades sociais
A Ordem dos Nutricionistas alerta o Governo para a desigualdade no acesso aos cuidados de saúde, apelando para se garanta...

“É fundamental que os nossos decisores políticos tenham consciência que a situação pandémica que vivemos veio adensar as desigualdades sociais e aumentar a insegurança alimentar, pelo que os cuidados de nutrição devem ser assegurados para todos, de modo justo e igualitário. Algo que só se consegue com nutricionistas em locais mais próximos dos cidadãos”, afirma Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas.

Apesar do retrato nacional de doenças crónicas ser preocupante, o acesso aos cuidados de nutrição não é assegurado a todos os portugueses e, nos centros de saúde, faltam cerca de 800 nutricionistas, pelo que para a Ordem é urgente que exista uma estratégia interministerial que passe pela integração destes profissionais em locais próximos da população, seja nos centros de saúde, nas instituições do setor social e solidário, nas autarquias ou nas escolas. 

Para a Ordem dos Nutricionistas há uma clara necessidade de criação de políticas que, além de promoverem escolhas alimentares saudáveis, se foquem em particular nas populações mais vulneráveis, em maior risco de desigualdades, quer no acesso a alimentos, quer no acesso a cuidados de saúde no geral e em particular aos de nutrição. 

No nosso país, quanto mais baixa é a posição social, pior é o consumo alimentar, nomeadamente no que diz respeito ao acesso a alimentos saudáveis, o que pode condicionar o surgimento e agravamento de situações de insegurança alimentar, bem como ter efeitos nocivos na saúde de todos, dos mais jovens aos mais idosos.  

Alexandra Bento salienta que “em Portugal sabemos que os maus hábitos alimentares estão nos lugares cimeiros no que respeita à perda de anos de vida saudável. É preciso agir depressa e bem”. 

A Ordem dos Nutricionistas estima, ainda, que o perfil de doenças crónicas, como a diabetes, as doenças do aparelho circulatório ou a obesidade, poderá ter sido agravado por mais um confinamento social e recorda que a maior parte destas doenças estão diretamente relacionadas com os maus hábitos alimentares.

Estudo
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, o uso de desinfetantes é desnecessário na maioria...

Há muito que o CDC deixou claro que o risco de infeção contacto com superfícies contaminadas é altamente improvável, no entanto, só agora foram atualizadas as diretrizes.  “Devido aos vários fatores que afetam a eficiência da transmissão ambiental, o risco relativo de transmissão do SARS-CoV-2 é considerado baixo quando comparado ao contato direto, transmissão por gotículas ou transmissão aérea”, apontam na análise.

Deste modo, o CDC enfatiza que utilização de máscaras ou higienização das mãos são uma boa estratégia contra o possível contágio de superfícies e recomenda apenas o uso de desinfetantes especiais, além do sabonete normal, “nas situações em que houve suspeita ou confirmação de caso de Covid-19 em ambientes fechados nas últimas 24 horas”.

 

No âmbito do Dia Mundial da Saúde
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) lança, amanhã à tarde, o livro “Educação e trabalho interprofissional em...

A monografia será apresentada pela Presidente da ESEnfC, Aida Cruz Mendes, numa sessão por streaming, a partir da plataforma Videocast/FCCN (com início às 11h40), quando se assinalam os 140 anos da Escola ao serviço da saúde e do bem-estar das populações e durante o Dia Mundial da Saúde que a instituição de ensino superior também comemora amanhã.

«Se duvidas houvesse, o ano transato, com a eclosão e desenvolvimento de uma grande crise pandémica, demonstrou à saciedade o quanto o trabalho na área da saúde necessita de um trabalho colaborativo entre todos os trabalhadores da saúde e de como a resiliência de um serviço nacional de saúde depende dos seus recursos humanos. Esta resiliência dependente de recursos humanos não diz respeito só ao número absoluto de efetivos – cuja escassez a crise veio a realçar –, mas também se refere à sua diversidade e articulação», escreve a professora Aida Cruz Mendes, na nota de abertura da publicação, dada à estampa também no Ano Internacional dos Profissionais de Saúde e Cuidadores.

Do dia comemorativo de amanhã farão, ainda, parte, uma breve alocução da diretora do Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde sediado na ESEnfC, Ananda Fernandes – “Dia Mundial da Saúde 2021 - Para um mundo mais equitativo e saudável” (11h50) –, e uma nota (às 12h00) sobre a adesão à campanha mundial #NursesTogether, apresentada pelo membro da equipa local Nursing Now, Verónica Coutinho, também docente da ESEnfC.

As comemorações do Dia Mundial da Saúde na ESEnfC serão transmitidas pela plataforma Videocast/FCCN: https://videocast.fccn.pt/live/idpesenfc_esenfc/comemoracao_mundial_saude.

 

Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos
Filipe Granjo Paias renova a presidência da Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos (APORMED) para o biénio...

Reforçar o acesso integral à saúde, contribuindo para a eficiência do sector e do Sistema Nacional de Saúde, em ampla sinergia com todos os stakeholders serão algumas das prioridades da Direção, destacadas imediatamente após a eleição dos novos Órgãos Sociais da APORMED.

“A Direção tem diversas linhas estratégicas definidas para assegurar os valores que nos são basilares. Pretendemos garantir uma estabilidade diretiva, um reforço da presença e imagem da APORMED no ecossistema em que atuamos, bem como promover um amplo acesso às tecnologias de saúde. Estamos empenhados em nos posicionar como uma das vozes do setor dos dispositivos médicos e em desenvolver os novos grupos de trabalho”, afirmou Filipe Granjo Paias, presidente da APORMED, durante a Assembleia Geral.

No discurso referiu ainda alguns desafios, também partilhados por todo o setor dos dispositivos médicos, relativamente à implementação do novo Regulamento Europeu do Dispositivo Médico, à faturação eletrónica e ao plano de vacinação.

Revelou ainda expetativas quanto à Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, ao aumento da robustez e notoriedade da APORMED no setor, através de novos Associados, assim como com a retoma do país num cenário de pós-pandemia.

“O diálogo e a colaboração com os demais parceiros é a resposta para encontrarmos soluções eficientes e que criem valor para o setor, nomeadamente nesta fase atípica em que todos os esforços são fundamentais. A Direção da APORMED pretende continuar a posicionar-se como um parceiro relevante para o Ministério da Saúde e os diversos órgãos tutelados por este Ministério, bem como outras entidades governamentais, de forma a desenvolver as melhores respostas para a sociedade”, afirmou Filipe Granjo Paias, presidente da APORMED.

E acrescenta “A Direção da APORMED pretende continuar a trabalhar no sentido de atenuar as dificuldades que os sistemas de saúde, em geral, enfrentam atualmente, especialmente numa fase que tanto tem exigido às estruturas de saúde. É importante focarmo-nos na retoma do país e trabalharmos para relançar o setor da saúde, sendo este uma pedra basilar de crescimento e não de custo”.

Além da Baxter, a nova Direção da APORMED passa a ser representada também pelas empresas Medtronic, Medicinália Cormédica, Alcon, Johnson & Johnson, Pulmocor e B.Braun.  A Mesa da Assembleia Geral é agora composta pela Abbott Medical, JMV e Laboratórios Inibsa. O Conselho Fiscal integra a Fresenius Medical Care, a Boston Scientific e a Overpharma.

Vacina da AstraZeneca e eventos tromboembólicos
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) vai formular uma recomendação esta semana sobre o uso da vacina AstraZeneca após...

O órgão com sede em Amsterdão afirmou até agora que a vacina é eficaz e segura, embora não tenha descartado riscos isolados. Holanda e a Alemanha suspenderam a sua administração a menores de 60 anos até que o resultado das deliberações seja conhecido.

Os países da UE aguardam os resultados da reunião do Comité de Avaliação do Risco de Farmacovigilância (PROC), que deverá apresentar uma “recomendação atualizada” após análise dos raros episódios de trombose que lhe foram encaminhados pelas autoridades de saúde nacionais. 

Na última reunião, realizada na última quarta-feira, o órgão comunitário continuou a defender que os benefícios da vacina superam os "possíveis riscos". E, embora tenha concluído que o uso da formulação do grupo anglo-sueco não está associado a um aumento geral do risco de coagulação do sangue, admitiu, no entanto, que os casos já registados exigiam "investigação adicional".

Hoje, pela primeira vez, um alto funcionário da EMA estabeleceu a ligação entre a vacina e os coágulos que foram relatados. Antes da reunião do comité de especialistas desta semana, o chefe de estratégias de vacinas, Marco Cavaleri, afirmou a título pessoal em entrevista ao jornal italiano Il Messagero que “é claro que há uma ligação com a vacina, que causa essa reação”. Acrescentando, no entanto, que a agência ainda não conseguiu encontrar uma explicação. “Em resumo, nas próximas horas vamos dizer que existe uma ligação, mas ainda não entendemos por que isso acontece”, resumiu. Uma porta-voz da agência aprontou-se a afirmar que "a EMA ainda não chegou a uma conclusão e a revisão está em andamento".  

Os resultados desta análise serão apresentados antes do final da semana.

 

 

Relatório DGS
No âmbito do Dia Mundial da Atividade Física, a Direção Geral da Saúde revela que mais de metade da população nunca praticou...

Dados do Inquérito Nacional de Saúde (INS), recolhidos em 2019 (10), revelam que 65% da população portuguesa com 15 anos de idade ou mais indica nunca praticar qualquer tipo de exercício físico (atividades desportivas ou de lazer), sendo que apenas 9% o reporta fazer em, pelo menos, 5 dias por semana. A proporção de pessoas que refere nunca pratica exercício físico aumenta com o aumento da idade, chegando a ser superior a 70% a partir da idade da reforma, e, para o mesmo intervalo de idades, a ausência de prática é sempre superior nas mulheres.

De entre quem refere praticar exercício físico em, pelo menos, 1 dia por semana (33%), a duração reportada de prática é inferior a 2 horas numa semana habitual em 34% dos inquiridos, contudo, 20% refere que essa prática é de 5 horas ou mais por semana (Gráfico 2). Quando analisamos homens e mulheres em separado, relativamente ao tempo semanal despendido na prática de exercício físico, as maiores diferenças observam-se nas categorias de “2 a menos de 3 horas por semana” (volume reportado por 23% das mulheres inquiridas vs. 15,9% dos homens) e de “5 horas ou mais” (volume reportado por 24,6% dos homens inquiridos vs. 15,4% das mulheres), parecendo haver uma tendência em ambos os sexos para a prática de volumes semanais inferiores com o aumento da idade.

Em relação ao comportamento sedentário diário, 63% dos inquiridos reportou passar menos de 6 horas sentado num dia normal (47% reportou passar menos de 4 horas na posição de sentado) e apenas 25% reportou que essa duração era de 8 horas ou superior.

No que respeita às deslocações a pé efetuadas durante uma semana habitual (com duração mínima de 10 minutos), 33% dos inquiridos no INS 2019 referiu fazê-lo todos os dias da semana (incluindo fim-de-semana) e 31% referiu nunca o fazer revelando uma prevalência considerável nas duas categorias mais extremas: se, por um lado, um terço da população tem hábitos de mobilidade ativa ou suave diários, através do andar a pé, por outro lado, quase um terço nunca o faz. Para 55% dos inquiridos, a duração dessas deslocações foi inferior a meia hora por dia, sendo que 26% dos inquiridos referiu deslocar-se a pé entre 30 a 59 minutos por dia.

A prevalência de portugueses com 15 anos ou mais que nunca se deslocam a pé é preocupante, tendo em conta a elevada prevalência concomitante de níveis insuficientes exercício físico planeado ou estruturado. No entanto, de acordo com a DGS, em 2017, estes valores não eram muito diferentes: 29% dos portugueses inquiridos no Eurobarómetro haviam reportado nunca se deslocar a pé e, de entre quem o fazia, a maioria (55%) indicou fazê-lo 30 minutos ou menos por dia.

Já em relação às deslocações de bicicleta como forma de transporte, apenas 2% referiu fazê-lo cinco ou mais dias por semana e 92% dos inquiridos no INS 2019 referiu nunca o fazer e. Dos que indicaram fazê-lo, pelo menos, 1 vez por semana, 43% reportou fazê-lo durante menos de 30 minutos por dia e 28% entre 30 a 59 minutos diários.

De acordo com o documento, a pandemia de Covid-19 veio colocar “desafios ímpares” a vários níveis, nomeadamente no contexto dos determinantes de saúde, mas lembra que, apesar das limitações de circulação e recolhimento obrigatório adotadas, “Portugal definiu a prática de atividade física como uma das exceções às medidas de confinamento, reconhecendo a sua importância para a saúde física e mental neste contexto”.

 

Situação Epidemiológica
Portugal registou, nas últimas 24 horas, duas mortes e 874 novos casos de infeção por Covid-19. Nos cuidados intensivos está...

Segundo o boletim divulgado, foram registadas mais duas mortes na região de Lisboa e Vale do Tejo, associadas ao novo coronavírus, desde o último balanço. As restantes regiões do país, incluindo as regiões autónomas da Madeira e Açores, não registaram nenhum óbito.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 874 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 317 novos casos e a região norte 273. Desde ontem foram diagnosticados mais 140 na região Centro, 57 no Alentejo e 18 no Algarve. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 32 infeções e nos Açores 37.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 504 doentes internados, menos 32 que ontem. No entanto, as unidades de cuidados intensivos passaram a ter mais um doente internado. Atualmente, estão em UCI 113 pessoas.

O boletim desta terça-feira mostra ainda que, desde ontem, 894 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 781.537 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 25.944 casos, menos 22 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 1.086 contactos, estando agora 14.842 pessoas em vigilância.

Nanotecnologia
O investimento global em saúde prevê-se que atinja os 10 biliões de dólares até 2022, numa trajetória ascendente nos próximos...

De acordo com um comunicado da World Nano Foundation, “o spin-off desta investigação está também a criar oportunidades para democratizar e descentralizar os cuidados de saúde através de diagnósticos de deteção precoce e terapias de intervenção precoce, e medicina de precisão, tudo pronto para transformar a saúde global e a longevidade humana”.

O recente lançamento de um sub-fundo, criado pelo Fundo de Inovação vetorial (VIF), sediado no Luxemburgo, no valor de 300 milhões de dólares centrado nesta "nova era" da healthtech, e na preparação para o próximo desafio global dos cuidados de saúde, vem mostrar para onde será canalizado o investimento no futuro.

Segundo a Scottish Health Innovations, a aceleração do investimento fez avançar o sector da saúde 10 anos em apenas seis meses, através de novas tecnologias e digitalização baseadas em dados, enquanto as vacinas se desenvolveram a uma velocidade sem precedentes - a investigação e lançamento das vacinas Pfizer e AstraZeneca COVID-19 foram as mais rápidas da história.

“Os testes também melhoraram; os testes de fluxo lateral (LFTs) do maior fabricante do mundo, a Innova Medical, são agora 99,9% precisos, demorando apenas 30 minutos a mostrar resultados e ajudam a identificar novas variantes e a isolar os portadores assintomáticos”, justifica a World Nano Foundation quanto à utilização de nanotecnologia de ponta no combate à pandemia.

No entanto, admite que é fazer muito mais para evitar a repetição da devastação provocada pela Covid-19 e que se traduz, até à data, em 2,74 milhões de mortes; 5,6 biliões de dólares perdidos no PIB global, fora outros problemas de ordem social. Neste último ano os problemas de saúde mental, desemprego e pobreza subiram, enquanto muitas pessoas com doenças em risco de vida não foram diagnosticadas.

“E o mundo ainda não está preparado para outra pandemia. A Covid-19 foi transmitida a partir de animais, e os cientistas sabem agora que dois novos vírus 'zoonóticos' o têm feito todos os anos durante o século passado. No entanto, a Royal Society of Chemistry afirma que apenas 10 dos 220 vírus conhecidos por infetar humanos têm medicamentos antivirais disponíveis para os combater”, refere em comunicado.

Contra essas probabilidades, o presidente executivo da Scottish Health Innovations, Graham Watson, diz que a inovação em cuidados de saúde, o desenvolvimento rápido e a adoção precoce devem tornar-se rotineiros naquilo a que chama um "ecossistema de investimento ideal".

A revista médica The Lancet, que relatou que uma avaliação pré-covid expôs a necessidade de uma produção e distribuição médica mais rápidas durante uma possível pandemia, e comentou: "Um verdadeiro ecossistema de I&D de ponta a ponta deve entregar os produtos necessários às pessoas o mais rapidamente possível, e à escala de uma forma globalmente justa e equitativa."

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