O que muda
A partir de hoje o país avança com as medidas de desconfinamento previstas pelo Governo. Incidência e ritmo de transmissão da...

Assim, a partir de hoje, as lojas com porta para a rua com menos de 200 metros quadrados deixam de ter de vender ao postigo e passam a poder ter as suas portas abertas ao público, para, de acordo com a rotação e as regras da Direção-Geral da Saúde, poderem fazer atendimento presencial.

Os restaurantes, pastelarias e cafés com esplanada podem reabrir, com grupos limitados a quatro pessoas

Hoje volta a ser possível comprar roupa e outros bens cuja venda estava proibida nos hipermercados, por motivos de concorrência, uma vez que passa também a ser possível comprá-los nas lojas de rua que tenham até 200 m2.

Nesta segunda fase de desconfinamento, reabrem também os ginásios, mas ainda sem autorização para aulas de grupo. Passa a ser permitida a prática de modalidades desportivas de baixo risco, enquanto os eventos desportivos vão continuar a decorrer sem a presença de público.

 

Segunda fase de testagem
A garantia do Ministério da Educação que já confirmou que a segunda fase dos processos de testagem de professores e...

“O processo de testagem em estabelecimentos de educação e ensino do setor público e do setor privado prossegue a partir da próxima segunda-feira, coincidindo com o início do 3.º período letivo e com a retoma das atividades presenciais dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico”, escreve em comunicado.

De acordo com o Ministério da Educação cerca de “150 mil trabalhadores docentes e não docentes vão ser testados entre os dias 5 e 9 de abril, dando continuidade à implementação da Estratégia Nacional de Testes para SARS-CoV-2 e de acordo com a conhecida orientação conjunta do passado mês de março”.

Durante este processo garante que “será testada a totalidade de pessoal docente (PD) e de pessoal não docente (PND) dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico (do 5.º ao 9.º ano) dos estabelecimentos de todos os concelhos, bem como a totalidade de PD e PND da Educação Pré-Escolar, 1.º ciclo do ensino básico, e todos os trabalhadores de AAAF, AEC e CAF1 dos concelhos com taxa de incidência superior a 120 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias”.

“De acordo com informação prestada pela Direção-Geral da Saúde, todos os docentes e não docentes vacinados deverão ser igualmente testados», revela o comunicado adiantando que «entre a primeira fase (que se iniciou em janeiro) e a segunda fase (que arrancou no passado dia 15 de março) foram já realizados mais de 150 mil testes de antigénio à Covid-19”.

 

Apenas 27% da população acima dos 80 anos foi vacinada
A União Europeia encerrou o primeiro trimestre das campanhas de vacinação sem cumprir um único dos objetivos que fixou....

A UE também não conseguiu cumprir o cronograma de distribuição de dose planeado, embora, neste caso, tenha sido devido a falhas de fornecimento na AstraZeneca, que entregou 70 milhões de doses a menos do que o prometido. Bruxelas espera relançar as campanhas em abril e atingir a meta de 70% da população adulta vacinada até o final do verão.

Dados do Centro Europeu para Controle e Prevenção de Doenças (ECDC) mostram que apenas 27% da população com mais de 80 anos recebeu as duas doses necessárias para obter imunidade. De acordo com o ECDC, apenas quatro dos 27 parceiros da UE ultrapassaram o limiar de 80% (Finlândia, Irlanda, Malta e Suécia) e outros dois (Dinamarca e Portugal) estão prestes a fazê-lo. Em Espanha, que não forneceu dados ao ECDC, pouco mais de um terço da população com mais de 80 anos recebeu ambas as doses e 70% recebeu pelo menos uma.

No que diz respeito ao setor da saúde, o ECDC dispõe de poucos dados porque apenas 13 Estados enviaram informações. Esses dados indicam que 47% dos profissionais de saúde já foram vacinados e cerca de 61% receberam a primeira dose.

 

Países endurecem medidas
A Organização Mundial da Saúde (OMS) criticou esta quinta-feira a lentidão "inaceitável" da vacinação na Europa. ...

A Europa abriga 12% da população mundial e já administrou mais de 152 milhões de doses da vacina contra a Covid-19, ou seja, um quarto das injetadas no mundo. Na Europa, 10% da população recebeu uma dose da vacina e 4% as duas, segundo a organização.

Neste contexto, e de acordo com o jornal El Mundo, muitos países europeus já estão a intensificar as medidas para tentar impedir a propagação do vírus, especialmente limitando as viagens.

A Alemanha vai fortalecer nos próximos "8 a 14 dias" o controlo nas fronteiras terrestres, e a Itália decidiu estender as medidas restritivas até 30 de abril. Na Áustria, a região de Viena ficará confinada na Páscoa.

Em França, onde a situação de saúde se vem deteriorando há várias semanas, as escolas vão ficar fechadas durante pelo menos três semanas e as restrições vão ser estendidas a todo o território.

O consumo de álcool nas ruas vai ser proibido nas próximas semanas e o acesso a locais propícios para reuniões ao ar livre também pode ser limitado, anunciou o primeiro-ministro francês, Jean Castex.

 

Tratamento realizado pela primeira vez
O Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central realizou pela primeira vez em Portugal um procedimento inovador na área da...

A intervenção pouco invasiva com dispositivos TricValve aconteceu pela primeira vez a 5 de março, no laboratório de Hemodinâmica do polo Hospital de Santa Marta, tendo sido dirigida por Duarte Cacela e logo em dois doentes de faixas etárias distintas.

A válvula tricúspide é referida no meio cardiológico como a “válvula esquecida”, não sendo alvo das mesmas inovações tecnológicas disponibilizadas às válvulas aórtica e mitral. A sua insuficiência é uma patologia comum em doentes com doença cardíaca valvular mitral e/ou aórtica e está associada de forma independente a uma elevada taxa de mortalidade.

A maioria dos doentes com regurgitação significativa da válvula tricúspide é tratada com medicamentos, apenas cerca de 0,5% são submetidos a reparação e menos ainda a substituição valvular. Com o procedimento agora introduzido, a capacidade de tratar este tipo de pacientes ganha novos horizontes.

 

Novas infeções desceram ligeiramente
Portugal registou, nas últimas 24 horas, 11 mortes e 592 novos casos de infeção por Covid-19. O número de doentes internados...

Segundo o boletim divulgado, a região de Lisboa e Vale do Tejo foi aquela onde morreram mais pessoas com Covid-19, seis das 11 registadas no território continental. A região norte contabiliza mais quatro mortes e a região centro uma desde o último balanço. As restantes regiões do país, incluindo as regiões autónomas da Madeira e Açores, não registaram nenhum óbito.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 592 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 267 novos casos e a região norte 150. Desde ontem foram diagnosticados mais 41 na região Centro, 35 no Alentejo e 64 no Algarve. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 26 infeções e nos Açores nove.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 538 doentes internados, menos 20 que ontem. No entanto, as unidades de cuidados intensivos passaram a ter mais dois doentes internados. Atualmente, estão em UCI 129 pessoas.

O boletim desta quarta-feira mostra ainda que, desde ontem, 702 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 778.912 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 26.543 casos, menos 121 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 150 contactos, estando agora 15.950 pessoas em vigilância.

Balanço
Cerca de 75 mil pessoas ligaram para a Linha de Aconselhamento Psicológico do SNS 24 desde que foi criada, há um ano, um mês...

Luís Goes Pinheiro fez um balanço «muito positivo» deste serviço que atendeu num ano cerca de 75.000 pessoas, das quais quase seis mil eram profissionais de saúde. «Podemos dizer que tem sido um sucesso porque, acima de tudo, as pessoas têm procurado esta linha e têm obtido respostas», adiantou o presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, revelando que outubro foi o mês com «maior procura». Seguiu-se o mês de abril do ano passado, após o lançamento do serviço numa altura em que o país vivia «ainda um período de grande incerteza quanto à pandemia» e decorria o primeiro confinamento.

«No primeiro confinamento as pessoas tinham muita ansiedade, muito stress, muitas dúvidas também quanto ao seu futuro, designadamente, profissional e, portanto, houve de facto uma procura da linha motivada pelo choque inicial do embate com a pandemia», apontou.

A segunda vaga voltou a gerar «uma intranquilidade nas pessoas que resultou nesta maior procura de apoio da linha do aconselhamento psicológico», explica, acrescentando que se verificou um novo aumento na procura de apoio em janeiro de 2021 quando ocorreu a terceira vaga.

A linha de aconselhamento psicológico, que está disponível 24 horas por dia, sete dias por semana e que conta com 50 a 100 profissionais, um número que vai variando conforme a procura do serviço, enquadra-se na estratégia nacional de saúde mental.

 

 

Cuidado com as mentiras
Para assinalar o dia das mentiras, o cientista Fabiano de Abreu alerta para a mitomania. “Mentir pode ser parte da estratégia...

Segundo o neurocientista e psicanalista, "O ato de mentir é por antemão uma defesa criada pelo nosso cérebro para evitar sofrer algum tipo de dor, seja simbólica ou real. Mentir pode ser parte da estratégia para a nossa sobrevivência, mas também pode ser simplesmente o gosto pela mentira, pela sensação de prazer e recompensa desencadeada.".

Muitas vezes não temos consciência de que estes processos têm raízes biológicas e nem sempre temos total controlo sobre eles.

"Mentir é uma ação desenvolvida com o processo evolutivo cerebral do ser humano, deixando evidente que além da realidade em que vivemos, existe um mundo inacessível em todos nós. Este é utilizado quando existe uma necessidade de alcançar algum objetivo, como se ativado o modo de sobrevivência quando a região primitiva é acionada com medo de sentir as punições e/ou enfrentar as consequências das ações realizadas", esclareceu o também neuropsicólogo.

No entanto, devemos ter em atenção quando limites são ultrapassados e quando uma mentira não é meramente uma simples mentira.  Quando o ato de mentir se torna compulsivo tem que se admitir que existe um problema. A mitomania é considerada uma patologia. As principais causas da mentira patológica são decorrentes de traços da personalidade, problemas nas relações familiares e experiências estressantes ou traumáticas.

"O ato de mentir exageradamente faz com que forcemos o nosso cérebro a trabalhar de maneira inadequada, criando um ciclo vicioso devido a sensação de recompensa liberada pelo neurotransmissor dopamina.

Essa compulsividade altera significativamente a forma do nosso cérebro trabalhar", refere o especialista.

Quando isto ocorre em crianças temos que ter em conta as alterações que podem ocorrer e como estas podem prejudicar toda a sua formação.

"Quando a mentira chega a um ponto a criança em que não consegue mais dizer a verdade, ela torna-se um adulto estrategista e frio, desencadeando desde cedo ansiedade, depressão e negatividade perante a própria vida. Tal acontece, pois, as sinapses são alteradas na região do córtex pré-frontal, criando essas anormalidades, precisando ser tratadas", explica o neurocientista. "Em caso de mentira e a perceção dela, os pais deverão conversar com as crianças, mostrando que tal ato não deve ser repetido, sem criar algum tipo de receio traumático. Quando identificada uma situação crónica é necessária uma intervenção terapêutica", concluí.

Com base em vários ensaios clínicos
No âmbito do Dia Mundial da Consciencialização do Autismo, que se assinala amanhã, o laboratório português BebéVida alerta que...

Nos últimos anos, vários ensaios clínicos têm demonstrado que a utilização do sangue e dos tecidos do cordão umbilical é não só um procedimento seguro como apresenta benefícios terapêuticos em crianças diagnosticadas com autismo, já que promove a redução de sintomas clínicos de PEA, melhorias comportamentais, incluindo capacidades sociais e de comunicação, e melhorias fisiológicas, ao aumentar a conetividade neuronal.

É o caso do ensaio clínico realizado pela equipa de Joanne Kurtzberg, especialista de renome internacional em hemato-oncologia pediátrica e pioneira no uso do sangue do cordão umbilical em transplantação hematopoiética como alternativa aos transplantes de medula óssea. Em 2018, este ensaio clínico revelou que a infusão intravenosa de sangue autólogo (do próprio doente) do cordão umbilical em crianças com PEA era segura, viável e bem tolerada uma vez que, ao longo dos 12 meses, não se registaram quaisquer efeitos adversos. Foi também possível observar uma diminuição da gravidade geral dos sintomas de autismo, uma melhoria em medidas padronizadas de vocabulário e em medidas de atenção sustentada. Os pais das crianças envolvidas no estudo relataram ainda melhorias significativas no comportamento e em habilidades de comunicação social.

Simultaneamente, outros ensaios clínicos, que avaliaram o efeito terapêutico específico das células mesenquimais no autismo, sugerem melhorias dos sintomas em crianças com PEA. Destaca-se que a infusão repetida de células mesenquimais do tecido do cordão umbilical (alogénico) reduz a desregulação inflamatória presente nestes pacientes através da diminuição dos níveis de citocinas inflamatórias. É de sublinhar que esta terapêutica é segura e viável ​​em crianças com autismo, devendo sempre a infusão ser realizada por médicos competentes e qualificados.

As células mesenquimais, provenientes do tecido do cordão umbilical, são consideradas um produto de terapia avançada com utilidade terapêutica. De acordo com Andreia Gomes, responsável pela unidade de Investigação e Desenvolvimento (I&D) do laboratório português de tecidos e células estaminais BebéVida, “estas células estão cada vez mais presentes e próximas de serem consideradas uma ferramenta poderosa na medicina regenerativa e reconstrutiva devido à sua capacidade de auto-renovação e diferenciação. Apresentam também uma baixa imunogenicidade, propriedades imuno-modulatórias, capacidade de ‘homing’ (capacidade de migração para os locais de inflamação após infusão), produção e libertação de várias moléculas bioativas que auxiliam na reparação e/ou regeneração de, por exemplo, tecidos cardíacos e tecidos cerebrais”.

Embora sejam necessários mais estudos para que os tratamentos com recurso ao sangue do cordão umbilical em crianças com autismo sejam implementados na prática clínica, Andreia Gomes explica que “é já certo que o sangue do cordão umbilical é uma fonte disponível para transplante de células hematopoiéticas, apresentando várias características benéficas como baixa imunogenicidade, não exigindo uma correspondência rigorosa do antigénio leucocitário humano como acontece com outras fontes de células hematopoéticas. Uma vez criopreservado, os tecidos e células estaminais ficam prontamente e facilmente disponíveis, o que representa grandes vantagens face a outras fontes de células mesenquimais, como por exemplo a medula óssea, em que é necessário encontrar um dador compatível e disponível para se submeter a um processo invasivo”.

De acordo com a Associação Americana de Psiquiatria, as PEA são consideradas uma síndrome neuro-comportamental com origem em alterações do sistema nervoso central que afeta o desenvolvimento normal da criançaA designação de espetro foi atribuída pela variabilidade dos sintomas, desde as manifestações mais leves até às formas mais graves, podendo ser distribuídos em três grandes domínios de perturbação: social, comportamental e comunicacional. Habitualmente, os sintomas ocorrem nos primeiros três anos de vida, no entanto, podem não se manifestar inteiramente até as interações sociais excederem o limite das capacidades da criança.

Cerimónia de apresentação decorreu hoje
A MatosinhosHabit, como forma de agradecimento a todos os profissionais que estiveram na linha da frente no combate ao Covid-19...

No mês em que se assinala um ano de pandemia no nosso país, a MatosinhosHabit, em parceria com a Câmara Municipal de Matosinhos e o Centro Incentivar a Partilha (CIaP), promoveu a criação de um mural artístico numa parede no centro da malha urbana de Matosinhos.

Da autoria do artista matosinhense Paulo Boz, o mural localiza-se no conjunto habitacional Cruz de Pau, mais precisamente no muro do Centro Incentivar a Partilha, e pretende ser uma memória viva de quem esteve no combate à pandemia do novo coronavírus.

Tiago Maia, administrador da MatosinhosHabit, sublinha que «o nosso propósito com esta iniciativa é, acima de tudo, prestar homenagem a quem esteve sempre ao nosso lado, a defender-nos de um “vírus desconhecido” e que nunca baixou os braços perante a adversidade. Queremos que este mural perpetue assim o nosso agradecimento público e tributo ao espírito de serviço e resiliência de todos os profissionais no nosso país, não apenas os relacionados com o setor da saúde, mas também de outras áreas nomeadamente, bombeiros, polícias, profissionais de limpeza, entre muitos outros.»

A cerimónia de apresentação do mural decorreu hoje, com a presença do administrador da MatosinhosHabit, Tiago Maia, do vereador do Ambiente, Correia Pinto, e da Proteção Civil, José Pedro Rodrigues, de responsáveis do CIaP, da Rede Ambiente e de elementos da Polícia Municipal e de várias corporações de bombeiros locais.

 

Comunicado
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA – sigla em inglês) reafirma segurança da vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca,...

De acordo com a EMA, não foi comprovada nenhuma “ligação causal com a vacina”, no entanto, a agência continua a investigação. Assim, ressalva que, mesmo que os benefícios superem os riscos, as pessoas devem estar cientes da “possibilidade remota” da ocorrência de coágulos sanguíneos raros.

Embora as mulheres jovens e de meia-idade tenham sido as mais afetadas, a análise da Agência Europeia de Medicamentos não considerou que esta franja da população esteja particularmente em risco com a injeção de AstraZeneca. Segundo explicou o chefe de monitorização de segurança da EMA, Peter Arlett, as mulheres são, regra geral, mais propensas a desenvolverem CVST do que os homens e duas vezes mais mulheres do que os homens receberam a injeção de AstraZeneca na UE até agora.

“É por isso que, neste estágio, é difícil desvendar por que há uma preponderância de relatos desse efeito colateral potencial muito raro em mulheres mais jovens em particular”, acrescentou.

De acordo com a EMA, não foi comprovada nenhuma “ligação causal com a vacina”, no entanto, a agência continua a investigação. Assim, ressalva que, mesmo que os benefícios superem os riscos, as pessoas devem estar cientes da “possibilidade remota” da ocorrência de coágulos sanguíneos raros.

 

 

 

Saúde ocular
Com a chegada da Primavera chegam também as famosas alergias.

A época polínica, altura em que os pólenes estão em grandes quantidades no ar, é a razão pela qual as alergias, de uma forma geral, têm o seu pico nesta altura do ano, habitualmente de março a julho - e as alergias oculares não fogem à regra! 

Tal como o próprio nome indica, a alergia ocular (ou conjuntivite alérgica) é uma infeção ou inflamação da conjuntiva (a membrana que reveste a pálpebra e cobre o branco do olho) causada por uma reação alérgica. Ou seja, quando exposta a uma grande variedade de estímulos como, pólen, esporos de fungos ou ácaros do pó, a conjuntiva liberta substâncias químicas, que provocam a tão característica inflamação nos olhos.

Há, no entanto, dois tipos de conjuntivite alérgica - estacional (comum na primavera e/ou no outono) e perene (ao longo de todo o ano). Segundo José Salgado Borges, Médico e Cirurgião Oftalmologista, “os principais sintomas deste tipo de doença são, geralmente, a comichão nos olhos, espirros e coriza nasal. As pessoas com qualquer uma das formas de conjuntivite alérgica sentem ardência intensa em ambos os olhos.” 

Estima-se que, atualmente, cerca de 20% das pessoas apresentam alguma manifestação, embora muitas vezes ligeira, de conjuntivite alérgica. Para reduzir as alergias nesta estação, há várias ações que poderão ser feitas, como utilizar óculos escuros com 100% filtração ultravioleta, manter as janelas fechadas durante a manhã, e evitar andar ao ar livre nas primeiras horas do dia (alturas de maior polinização). Por outro lado, é fundamental evitar a acumulação de pó e de ácaros domésticos.

Relativamente ao tratamento, “a conjuntivite alérgica é tratada inicialmente com lágrimas artificiais, mas muitas vezes o recurso a anti-histamínicos de aplicação tópica, de preferência sem conservantes, é crucial, fundamentalmente durante o período de contacto com o alergénio (a substância que provoca alergia). O anti-histamínico tópico pode ser usado também na prevenção”, afirma José Salgado Borges. É também importante evitar o ato de esfregar e arranhar os olhos, uma vez que pode levar à vermelhidão cutânea, inchaço e aparência enrugada das pálpebras.

De um modo geral, a conjuntivite alérgica não causa sequelas, nem pode ser transmissível. Mas, excecionalmente, pode provocar uma ceratite (inflamação da córnea) ou uma úlcera de córnea, pelo que, com o regresso da primavera, é importante estar atento a possíveis sintomas e procurar ajuda médica, sempre que necessário!

Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Medidas de restrição devem apertar
Segundo a diretora regional da OMS para Emergências na Europa, Dorit Nitzan, a situação na região é mais preocupante agora do...

Segundo a OMS, foram registados 1,6 milhão de novos casos e quase 24 mil mortes no continente, na semana passada. Números que contrastam com as semanas anteriores onde o número de novas infeções não chegava a um milhão de casos.

Para o diretor regional da OMS para a Europa, Hans Henri Kluge, “não é hora de relaxar” sendo necessários sacrifícios para conter o vírus.

Atualmente, cerca 27 países europeus aplicam restrições de intensidade variável, 21 dos quais impuseram recolher obrigatório. Nas últimas duas semanas, 23 Estados endureceram as medidas para conter a propagação da pandemia, enquanto 13 abrandaram as restrições.

Face à situação, Kluge pede “ação rápida” e a implementação de “medidas sociais e de saúde pública” até que avance a campanha de vacinação.

A OMS considerou que os encerramentos da vida pública e da atividade económica deveriam ser usados "enquanto a doença exceder a capacidade dos serviços de saúde para cuidar adequadamente dos pacientes e para acelerar a provisão dos sistemas de saúde locais e nacionais".

A OMS acrescentou que os casos estão a aumentar em todas as faixas etárias, exceto naqueles com mais de 80 anos, que em sua opinião mostram "os primeiros sinais do impacto da vacinação".

 

Face ao ano anterior
A Linha SNS24 atendeu mais de 1,6 milhões de chamadas durante os primeiros três meses do ano. Um aumento nos atendimentos que...

Segundo Luís Goes Pinheiro, presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, entre janeiro e março deste ano, foram atendidas 1.485.000 chamadas. No mesmo período do ano passado foram atendidas cerca de 700 mil chamadas.

Em janeiro deste ano, a Linha SNS recebeu quase 1.100.000 chamadas e em março atendeu cerca de 180 mil.

“Estamos como números cinco vezes abaixo daqueles que tínhamos em janeiro”, observou, salientando que a linha com a pandemia ganhou uma flexibilidade que não tinha “de se adaptar à procura, mantendo o nível de serviço tendencialmente sempre bom ou muito bom, apesar das flutuações bruscas de procura”, refere citado pelo Eco.

Atualmente, a Linha SNS 24 está também a emitir requisições para os contactos de baixo risco, “uma mudança relativamente recente e que veio em resposta à nova estratégia no que respeita à testagem”.

Para Luís Goes Pinheiro, o SNS 24 – Centro de Contacto do Serviço Nacional de Saúde “foi e continua a ser uma peça absolutamente crucial em toda a pandemia”.

“Não só porque permitiu encaminhar as pessoas, casos suspeitos ou casos suspeitos de contacto com pessoas com Covid-19, como durante a maior parte do tempo emitiu requisições para testes à Covid-19”, afirmou.

Ao longo da pandemia, emitiu 86.790 requisições para a realização de testes e cerca de 950 mil declarações provisórias de isolamento profilático.

 

 

 

Análise do Portal da Queixa
Impossibilidade de assistência médica, dificuldade no atendimento telefónico e vacinação foram os principais motivos de...

Um ano após o início da pandemia de Covid-19, uma análise do Portal da Queixa revela que as reclamações dirigidas ao setor da Saúde dispararam 73%, face a 2019. Entre 1 de março de 2020 e 29 de fevereiro de 2021, a plataforma recebeu mais de 7.500 reclamações. Em março deste ano, já foram contabilizadas 526 queixas. A impossibilidade de ser atendido por um médico é o principal motivo de reclamação dos portugueses e a categoria mais reclamada durante o mês de março, é a dos Planos e Seguros de Saúde, seguindo-se o SNS.

É um facto que a pandemia da Covid-19 veio alterar o funcionamento da maioria dos setores de atividade, entre os quais o setor de entregas, e-Commerce, hotelaria, entre outros, mas sobretudo, o setor da Saúde. Após um ano de pandemia, a equipa do Portal da Queixa fez um balanço das reclamações dirigidas à área da saúde, setor que está na linha-da-frente do combate à doença.

Desde o início de março de 2020 até ao final de fevereiro de 2021, foram registadas na plataforma 7.563 reclamações dirigidas ao setor da saúde, um aumento de 73% face a igual período do ano anterior (1 de março de 2019 até 29 de fevereiro de 2020), onde foram registadas 4.370 queixas.

Analisando o corrente mês de março, a plataforma de comunicação global entre consumidores e marcas/entidades, recebeu até ao dia 30 de março, 526 reclamações, uma ligeira subida comparativamente com o período homólogo (março de 2020), onde se verificaram 508 queixas.

Durante este mês de março, as categorias alvo do maior número de reclamações foram: Plano e Seguros de Saúde (124 queixas), Serviço Nacional de Saúde (106), Hospitais e Centros de Saúde (97), Grupos Privados de Saúde (60) e Farmácias (55).

O estudo apurou que, no mês de março, entre os três principais motivos de reclamação reportados pelos consumidores no Portal da Queixa, estão a impossibilidade de ser atendido por um médico (37%), a dificuldade no atendimento telefónico (34%) e a vacinação (8%), sendo que, este último, resulta do facto de a campanha de vacinação que se encontra a decorrer e está relacionado com as dúvidas e dificuldades dos utentes sobre a mesma.

De acordo com Pedro Lourenço, CEO & Founder do Portal da Queixa by Consumers Trust: “Enquanto que, verificámos indicadores de redução do número de reclamações através dos canais do Estado, nomeadamente no Livro Amarelo e de Reclamações, que induzem em erro na interpretação do atual estado do setor, no Portal da Queixa este crescimento é demais evidente, demostrando, não só, que os utentes do SNS estão descontentes com o serviço prestado, mas também pela desacreditação no regulador de defesa do consumidor, que manifestamente não traduz confiança na resolução dos problemas apresentados.”

Projeto AgES
A Universidade do Porto faz parte do projeto Erasmus+ “Actively aGeing European Seniors – AGES”, que junta parceiros de cidades...

Este projeto de dois anos junta cinco cidades exemplo (Gijon, Haia, Paris, Poznan e Porto), com o objetivo de criar materiais e atividades para equipar os seniores com novos métodos de gestão do stress, literacia financeira, digital e em saúde, e outras necessidades básicas como em tecnologias da comunicação e da informação e línguas. Para além disso, por ter o público idoso como alvo, e ao envolvê-lo nas atividades, o AgES estará também a reduzir o risco de exclusão social.

Nas cidades parceiras do projeto a densidade de população idosa é superior à média mundial. Ainda assim, são consideradas habitáveis para este grupo, no qual muitos dos indivíduos vivem independentes e, consequentemente, necessitam de ver reforçados os mecanismos de inclusão social. Assim, e tendo em conta os Princípios das Nações Unidas para as Pessoas Idosas, o AgES propõe-se a desenvolver atividades intergeracionais de inclusão – seminários de saúde, celebrações do Dia Mundial dos Seniores (21 de agosto), teatro, workshops de artes tradicionais, entre outras – que são essenciais para dar resposta à mudança demográfica que a Europa está a viver. Como resultados do projeto, será também criado um manual multilingue das cidades amigas das pessoas idosas na Europa, um vídeo ilustrativo das melhores práticas nestas cidades, um curso em formato e-livro sobre como manter uma vida ativa após a reforma, e uma plataforma digital com dicas sobre saúde.

O Centro de Competências para o Envelhecimento Ativo da Universidade do Porto (Porto4Ageing) é pioneiro na adoção de projetos e programas para capacitar a cidade e a população para o envelhecimento, como por exemplo, sendo parceiro da rede europeia para o envelhecimento ativo e saudável (EIP-AHA), ou do projeto SHAPES, que facilita a integração de tecnologias para os cuidados de saúde em casas e comunidades, ou ainda do ICTskills4All, que criou uma plataforma de ensino para a capacitação digital da população 55+.

O projeto AgES é coordenado pelo Governo de Çannakale e tem como parceiros a Universidade do Porto (Portugal), a Lidi Smart Solutions (Holanda), a E Seniors Associaton (França), a Magenta Consultoria (Espanha) e a Fundacja Parasol (Polónia). Com a duração de 24 meses, recebeu 190.760€ de financiamento europeu.

Relatório DGS
De acordo o relatório que contêm os últimos dados sobre processo de vacinação, divulgado hoje pela Direção Geral da Saúde, 494...

Ao todo, revela a DGS, 1.196.971 pessoas já foram vacinadas com a primeira dose, mais 252.979 em relação ao último relatório, o que representa 12% da população.

Por grupos etários, 33 % das pessoas com mais de 80 anos (223.614) já têm a vacinação completa, enquanto 80% (539.633) já receberam a primeira dose da vacina.

No grupo entre os 50 e 64 anos, 4% (81.913) já receberam as duas tomas e 11% (244.942) já tomaram a primeira dose, enquanto na faixa entre os 65 e 79 anos 3% (43.673) têm a vacinação completa e 9% (149.459) foram vacinados com a primeira dose.

Já entre os 25 e os 49 anos, os dados do relatório dizem que 4% das pessoas (134.059) também já receberam as duas tomas e 7% (241.723) já viram ser administrada a primeira dose.

No total, Portugal já recebeu 1.883.850 vacinas, tendo sido distribuídas pelos postos de vacinação do país 1.753.999 doses.

Por regiões, foram administradas 540.497 vacinas na região Norte, 536.868 em Lisboa e Vale do Tejo, 363.350 na região Centro, o Alentejo 111.225 no Alentejo, 64.670 no Algarve, 46.043 na Madeira e 26.683 nos Açores.

Pode consultar o relatório aqui

Hidratação, exercício físico e dieta
O Núcleo de Estudos de Geriatria (NEGERMI) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) acaba de lançar o terceiro vídeo...

A hidratação, o exercício físico e a dieta são aspetos essenciais para a regularização do trânsito intestinal.

“O confinamento agravou uma das queixas frequentes nos idosos, a obstipação. É sabido que 50 por cento dos idosos com mais de 80 anos apresentam queixas sobre o regular funcionamento dos intestinos. O stress, ansiedade e redução da motilidade, provocados pelo confinamento, agravam e tornam mais frequentes este tipo de queixas”, afirma João Gorjão Clara, coordenador do NEGERMI.

O primeiro vídeo teve como objetivo ensinar a evitar ou a recuperar a perda de massa muscular nos idosos em virtude da pouca ou reduzida mobilidade provocada pelo confinamento e o segundo, apresenta um conjunto de conselhos para melhorar o sono dos idosos.

Tomada de posse no próximo dia 17 de abril
No próximo dia 17 de abril, sábado, realiza-se a sessão de tomada de posse dos novos Corpos Sociais da Sociedade Portuguesa de...

Luís Bronze, cardiologista, diretor de Saúde da Marinha Portuguesa, e investigador integrado do Centro de Investigação e Desenvolvimento do Instituto Universitário Militar (CIDIUM), será o novo presidente. “É um grande orgulho ter sido escolhido para a esta honrosa posição. Esta eleição enriquece também a minha carreira clínica e científica. E, certamente, espero que contribua para o esforço que constitui o combate às doenças cardiovasculares, fonte de tanto sofrimento. Afinal, é mister da alma de cada médico o alívio da dor dos seus semelhantes… Também foi e será sempre aquele o meu objetivo, enquanto médico”, salienta.

Neste momento “as sociedades científicas são muito importantes para assegurar a informação científica mais atual e as boas práticas em relação à sua área científica de interesse. Esse papel é ainda mais relevante neste tempo pandémico em que as informações se sucedem, muitas vezes contraditórias e eivadas de “achismo”. Assim, no seu mandato, Luís Bronze quer dar destaque “aos principais desafios que são contribuir de todas as formas para o diagnóstico, combate e informação pública relativas a esta doença crónica e, ao cumprir este nobre desiderato, assegurar o engrandecimento e a continuidade do bom trabalho iniciado pelos meus antecessores, durante o biénio 2021-2023”.

O médico naval da Marinha Portuguesa é cardiologista com o grau de consultor da carreira médica hospitalar. É doutorado em Medicina/Cardiologia pela Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Nova de Lisboa, sendo professor auxiliar e coordenador do Bloco Cardiocirculatório do Mestrado Integrado de Medicina da Universidade da Beira Interior.

Entre outros cargos, é coordenador da linha de investigação da saúde, no Centro de Investigação Naval (CINAV), Escola Naval, Marinha Portuguesa. É diretor de Saúde da Marinha Portuguesa desde 26 de julho de 2018 e investigador integrado do Centro de Investigação e Desenvolvimento do Instituto Universitário Militar (CIDIUM).

No passado, foi cardiologista do Hospital da Marinha, subdiretor do Centro de Medicina Naval e responsável pela Secção de Cardiologia da referida instituição. Foi igualmente chefe de serviço de Cardiologia do Hospital das Forças Armadas (HFAR)/Polo de Lisboa, diretor do referido polo e, por inerência, subdiretor daquele grupo hospitalar militar, que inclui um polo em Lisboa e outro no Porto.

Resultados de um ensaio clínico
A Pfizer acaba de anunciar que a sua vacina contra o vírus da Covid-19 é segura e altamente eficaz em crianças de 12 anos de...

O estudo que contou com 2.260 voluntários com 12 a 15 anos de idade, demonstrou a inexistência de casos no grupo de adolescentes que receberam a vacina da Pfizer-BioNTech contra o Covid-19, em relação aos 18 casos registados nos que tinham recebido um placebo.

Por outro lado, ficou ainda demonstrado que, após a vacinação, os índices de anticorpos contra o novo coronavírus são ainda mais elevados do que os detetados em ensaios com jovens adultos.

No que diz respeito aos efeitos secundários foram observados dor, febre, calafrios e fadiga, principalmente após a segunda dose.

Estas concluções permitem que a companhia já tenha vindo assegurar que a vacina é "segura e 100% eficaz" em crianças a partir dos 12 anos. 

O estudo vai continuar a acompanhar os participantes deste ensaio clínico por dois anos para obter mais informações sobre proteção e segurança a longo prazo, avançou hoje a cadeia televisiva Sky News.

 

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