Doença reumática e músculo-esquelética
Celebra-se a 6 de abril o Dia Mundial da Atividade Física.

Mas, sim, é verdade: manter a atividade física é fundamental quando se tem o diagnóstico de doença reumática e músculo-esquelética! Fortalece os seus músculos, mobiliza as suas articulações, trabalha o equilíbrio, previne a obesidade e ainda ajuda ao bem-estar mental.

Porém, entre o receio de que a atividade física nos possa proporcionar algum agravamento das nossas maleitas e a falta de tempo ou de condições para a sua prática, são vários os constrangimentos a conseguirmos implementar na nossa rotina diária, um plano de exercícios ou de atividade física.

Para ultrapassar os seus receios, lembre-se que existem diversos tipos de atividade física e escolha aquele que lhe for aconselhado por um profissional de saúde e/ou que sinta que consegue fazer e que lhe dê prazer. Da caminhada à natação ou exercícios aquáticos, do pilates à fisioterapia, são várias as hipóteses ao seu dispor que certamente, priorizando a sua saúde e bem-estar, conseguirá incorporar no seu quotidiano.

Bem sabemos que a pandemia veio agravar os constrangimentos existentes. O acesso à fisioterapia ficou ainda mais dificultado, os ginásios e equipamentos desportivos (como as piscinas) têm tido um funcionamento limitado pelas regras de saúde pública e mesmo as caminhadas ou passeios higiénicos foram fortemente condicionadas pela pandemia. O estudo Reumavid, no qual a Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas foi um dos parceiros, mostrou-nos que mais de metade das pessoas com doença reumática que responderam ao questionário em 2020, praticava atividade física antes do confinamento. Durante o primeiro confinamento, 62% não conseguiram continuar a sua prática de atividade física e apenas 17% tentaram compensar com outros exercícios.

Tem agora ao seu dispor diversos recursos digitais que podem facilitar a prática de atividade física na sua casa. É o caso, por exemplo, do programa PLE2NO (Programa Livre de Educação e Exercício na Osteoartrose), desenvolvido pela Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa e que poderá encontrar aqui. Caso não tenha condições para os utilizar, pode recorrer a outras soluções, como dançar ao som de músicas que aprecie, ou adotar pequenos truques que possam obrigar a movimentar-se mais (desde o ir buscar o seu copo de água, ao colocar os telecomandos longe de si).

São recomendados 30 minutos diários de atividade física de intensidade pelo menos moderada e como nos recorda a DGS: cada movimento conta! Por isso, escolha a atividade física que consegue fazer e dê-lhe prioridade. Mantenha-se em forma!

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Promover um estilo de vida mais ativo e saudável
A DECO PROTESTE, organização de defesa do consumidor, lança hoje a sua mais recente plataforma destinada a promover um estilo...

Ao selecionar um ponto do mapa, os utilizadores terão acesso a imagens do local e ao descritivo sobre os tipos de atividades que se podem praticar. As informações das infraestruturas estão igualmente disponíveis no FitMap, com avaliações que espelham as condições do espaço e as preferências das pessoas.

Susana Santos, Técnica de Saúde da DECO PROTESTE afirma que “o FitMap é uma nova forma de treinar e foi desenhado para ser personalizada e interativa, permitindo desafiar os utilizadores. Através da definição de objetivos e dos treinos, cada atleta pode ganhar “troféus virtuais” e outros benefícios, alcançados pela interação com a plataforma, seja através de comentários sobre os locais de treino ou a partilha de fotografias, registos de treino e avaliação de personal trainers.” Susana Santos explica que “as Fitcoins são os pontos que os utilizadores podem ganhar e que poderão ser trocados por merchandising, vantagens com parceiros do FitMap, descontos em lojas e participação em eventos desportivos. Em alternativa, no futuro, os utilizadores poderão contribuir para um projeto de uma instituição de solidariedade social”.

Outro dos pontos mais relevantes do FitMap prende-se com a procura de personal trainers, segundo uma listagem de profissionais certificados que pretendem ajudar a melhorar a prática de exercício físico dos portugueses. Esta pesquisa pode ser feita através de um motor de busca que analisa os critérios de modalidade pretendida e de localização, embora, numa primeira fase esteja limitada do ponto de vista de cobertura geográfica.

Os utilizadores que não quiserem optar por serviços de acompanhamento de treino presencial, poderão seguir os vídeos gratuitos com exemplos de exercícios próprios para o exterior. O FitMap permite ainda registar todo o exercício feito. Através do Strava os atletas podem sincronizar a atividade física e monitorizar o seu progresso ao longo do tempo. Podem ainda desafiar-se ou participar no ranking com outros utilizadores.

Segundo Susana Santos, Técnica de Saúde da DECO PROTESTE, “a criação desta plataforma prende-se com a oportunidade que o País nos dá em treinar ao ar livre, com condições atmosféricas muito favoráveis na maior parte do ano. Queremos que os portugueses saibam onde podem treinar, de forma gratuita, cómoda e estimulante”. Susana Santos assume que “a apresentação de personal trainers certificados é também um ponto relevante que responde à necessidade dos portugueses que procuram ajuda para um treino mais estruturado, perto da sua área de residência”.

Após o levantamento das restrições atuais, fruto da pandemia da COVID-19, o FitMap irá informar sobre eventos oficiais, como a organização de corridas ou provas de variadas modalidades desportivas. Os utilizadores terão também a possibilidade de criar e organizar os seus próprios eventos de grupo e de publicar fotografias dos locais visitados e dos seus treinos na plataforma.

A par da atividade física, o FitMap contém ainda conteúdos com sugestões para uma alimentação mais saudável.

Pela primeira vez em Portugal
O Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, realizou as primeiras cirurgias sleeve para tratamento de obesidade em regime...

O procedimento foi o primeiro do género a ser realizado em Portugal, pelas mãos de Gil Faria, cirurgião responsável pela Unidade de Tratamento Cirúrgico da Obesidade da Unidade Local de Saúde de Matosinhos (ULSM).

Segundo nota da unidade hospitalar, “este avanço na resposta cirúrgica ao tratamento da obesidade”, espera-se que seja possível “quase duplicar o número de doentes intervencionados, prevendo-se que seja possível atingir cerca de 100 doentes/ano, diminuindo, dessa forma, a lista de espera”.

Até agora, este tipo de intervenção obrigava ao internamento hospitalar pós-operatório, o que implica disponibilidade de camas em enfermaria, situação que se agravou no contexto da pandemia pela Covid-19.

“Esta inovação no tratamento da obesidade permitirá que mesmo durante o período pandémico as cirurgias continuem a decorrer com segurança para os doentes, uma vez que não será necessário o internamento. Por outro lado, aumenta a eficiência do hospital, reduzindo os custos e aumentando a capacidade de resposta, ou seja, com mais doentes tratados e com maior rapidez”, escreve o hospital.

De acordo com o Hospital Pedro Hispano, “a evolução constante e a segurança crescente deste tipo de cirurgia permitem que, atualmente, se possa realizar em regime de Ambulatório, nos doentes considerados elegíveis. A redução das complicações pós-operatórias, a ausência de drenos e a evolução no equipamento técnico permitem que o doente possa ter alta no mesmo dia, com toda a segurança”.

A prevalência da obesidade na população adulta em Portugal, de acordo com os dados da OCDE, é de 28,7%, o que coloca Portugal como o terceiro país europeu a registar os valores mais elevados da doença. Além disso, o confinamento social contribuiu para que 26,4% dos portugueses tenham aumentado de peso e que as listas de espera para o tratamento da obesidade tenham também aumentado.

“É neste contexto que o tratamento da obesidade se torna prioritário, nomeadamente o tratamento cirúrgico, considerado o mais eficaz na abordagem dos casos graves de obesidade”, justifica. Nesta abordagem, os doentes são submetidos a uma gastrectomia vertical laparoscópica (também chamada “sleeve gástrico”), que consiste na remoção de uma parte do estômago. “Dessa forma reduz-se a sua capacidade de armazenamento de comida, regulando o apetite e a saciedade, induzindo perdas de peso que podem atingir cerca de 40% do peso corporal”, esclarece em comunicado.

 

Pessoas LGBTI+ são ainda vítimas de preconceito e discriminação
A Deputada Cristina Rodrigues submeteu um projeto de lei que visa proibir qualquer prática ou recomendação de tratamentos ou...

De acordo com o Relatório das Nações Unidas de Maio de 2020, “terapias de conversão” ou “terapias de reorientação sexual” é o termo usado para “descrever intervenções de natureza ampla, que têm em comum a crença de que a orientação sexual ou identidade de género de uma pessoa pode e deve ser alterada. Tais práticas visam a mudança de pessoas de gays, lésbicas ou bissexuais para heterossexuais e de transexual para cisgénero. Dependendo do contexto, o termo é usado para uma infinidade de práticas e métodos, alguns dos quais são clandestinos e, portanto, mal documentados.”

Acrescenta ainda o Relatório que esta prática “acontece atualmente em uma infinidade de países em todas as regiões do mundo. Os agressores incluem prestadores privados e públicos de saúde mental, organizações baseadas na fé, curandeiros tradicionais e agentes do Estado. Os promotores incluem familiares e membros da comunidade, autoridades políticas e outros agentes.”

Em consequência, já diversos países no mundo proibiram ou criminalizaram a utilização de “terapias de conversão” existindo países que estão neste momento a fazer essa discussão, tais como: Argentina, Uruguai, Brasil, Califórnia, Estados Unidos da América, Espanha, Canadá, Malta, Equador, França, Nova Zelândia, entre outros.

Em Portugal não existe uma lei que proíba a utilização de “terapias de conversão”.

Em 2009, o Colégio da Especialidade de Psiquiatria da Ordem dos Médicos emitiu um parecer onde defende que a homossexualidade não é doença pelo que “considerar a possibilidade de um “tratamento” da homossexualidade implicaria, nos tempos atuais, a violação de normas constitucionais e de direitos humanos.”

A Ordem dos Psicólogos Portugueses lançou as “linhas de orientação para a prática profissional no âmbito da intervenção psicológica com pessoas LGBTQ”, documento que contou com os contributos de diversos especialistas e que surge com o objetivo de apoiar os psicólogos a identificar, reconhecer e implementar boas práticas quando acompanham pessoas LGBTQ.

No que diz respeito às “terapias de conversão”, prevê o documento que “Por serem socializadas em contextos maioritariamente estigmatizantes ou heterossexistas, as próprias pessoas LGB podem internalizar o preconceito. Tal pode refletir-se em pedidos de ajuda a psicólogas/os clínicas/os, que incluem a mudança da orientação sexual. Subjacente a estes pedidos estão, muitas vezes, além do preconceito internalizado, o medo de perder redes de apoio (e.g., amigas/os, família), o medo de ser alvo de estigma, discriminação e violência, ou o conflito identitário com outras dimensões relevantes de si mesmas/os. Dado que a orientação sexual de uma pessoa não é uma patologia e que as evidências científicas não conferem apoio à eficácia das técnicas de mudança de qualquer orientação sexual, evidenciando o seu potencial danoso, a intervenção psicológica afirmativa das orientações LGB configura-se atualmente como aquela que apresenta quer maior sustentabilidade científica, quer melhor adequação ética, ajudando os indivíduos a consolidar a sua autoestima e a lidar com o preconceito”.

Apesar deste entendimento, são conhecidas em Portugal situações de pessoas LGBTI+ que foram sujeitas a “terapias de conversão”.

Em 2014, a ILGA (Associação Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual, Trans e Intersexo) realizou um estudo denominado “saúde em Igualdade”, que revelou que “Em 11% dos/as atendimentos de saúde mental foi sugerido ao/à utente que a homossexualidade pode ser “curada”.

Em 2019, uma Investigação da TVI revelou a existência de psicólogos, psiquiatras e padres que defendem que a homossexualidade é uma doença e que, por isso, é possível mudar a orientação sexual das pessoas. Esta reportagem contém imagens de “terapias em grupo de conversão de homossexualidade”, sendo ainda referido que um padre católico se desloca do Porto para Lisboa para fazer “terapias de conversão ou de reorientação sexual individualizadas”. Para além disso, a reportagem inclui o testemunho de pessoas que foram submetidas a estas “terapias de conversão” e do impacto negativo que estas tiveram na sua vida.

“Sabemos que Portugal tem feito um caminho importante no reconhecimento dos direitos fundamentais das pessoas LGBTI+, do qual se destaca nomeadamente a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo, o reconhecimento de direitos para pessoas transgénero e a proteção das características sexuais das pessoas Intersexo. Contudo, apesar dos avanços que têm sido feitos, as pessoas LGBTI+ são ainda vítimas de preconceito e discriminação, que tem de ser combatido”, escreve em comunicado.

De acordo com a deputada, “o desrespeito pelos direitos das pessoas LGBTI+ constitui uma clara violação das normas nacionais e internacionais de direitos humanos devendo ser-lhes garantidas condições para que possam livremente viver e mostrar publicamente a sua orientação sexual e identidade de género, sem medo de represálias”.

Em 11 de Março deste ano, o Parlamento Europeu declarou a União Europeia uma "Zona de Liberdade LGBTIQ", tendo a resolução sido aprovada com 492 votos a favor, 141 contra e 46 abstenções.

“Por isso, consideramos que está na altura de Portugal dar mais um passo no reforço dos direitos das pessoas LGBTI+ com a aprovação de legislação que proíba a utilização de “terapias de conversão”. Vários países do mundo já fizeram, ou estão a fazer, este debate e aprovaram legislação neste sentido, não podendo Portugal ficar alheado deste”, acrescenta.

“As “terapias de conversão” atentam contra a liberdade sexual, a integridade física e psicológica e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa, o que constitui uma clara violação da Constituição da República Portuguesa. Por isso, deve o legislador proibir e sancionar a sua prática, garantindo o respeito pelos direitos fundamentais das pessoas LGBTI+.”, conclui a parlamentar.

Benefícios da atividade física
Para quem sofre de doenças da tiroide, a prática de exercício pode estar longe do primeiro lugar na

“Reconhecido como um fator desencadeador de bem-estar e que contribui para a melhoria do humor”, o exercício físico é, por este motivo, “essencial para melhorar a qualidade de vida, que os doentes com alterações da tiroide sentem tão alterada”. Mas atenção: estes benefícios só se vão fazer sentir “se os exames da função tiroideia estiverem normais”. Caso contrário, “se a função tiroideia estiver alterada, com hipotiroidismo ou hipertiroidismo, haverá dificuldade em realizar as atividades do dia-a-dia, quanto mais exercício físico. O médico irá certamente recomendar a redução, ou mesmo a sua suspensão, até à normalização da função tiroideia. O que é fácil de compreender, sabendo que as hormonas tiroideias atuam no coração e no aparelho respiratório e, por consequência, na capacidade de resposta ao exercício”.

Assumindo que tudo está normalizado, há que avançar. Aqui, a especialista recomenda “associar exercício aeróbico com exercício de força muscular”, que considera “o treino mais completo. O primeiro melhora a função cardíaca, respiratória, o perfil lipídico e a perda de massa gorda, e o segundo mantém e desenvolve a massa muscular”. E, já agora, “escolher uma atividade que dê prazer, da qual se goste”, é meio caminho andado para o sucesso, sobretudo em tempos de pandemia, altura em que, segundo os dados da Direção-Geral da Saúde, mais de metade dos inquiridos num estudo publicado em maio de 2020 confirma ter reduzido a prática de atividade física, com menos de 1/5 a percecionar um aumento. 

Ainda assim, Inês Sapinho revela que têm sido muitos os seus doentes que aproveitaram este momento para aumentar a prática de atividade física, considerando-a “como o grande auxílio para conseguir lidar com o sentimento de frustração existente”.

Além da prática regular de exercício físico, a especialista alerta também que seguir “uma dieta equilibrada e adequada é fundamental para o bem-estar e, obviamente, para o bom funcionamento da tiroide”. Em conjunto, estes dois hábitos saudáveis são excelentes aliados para a melhoria da qualidade de vida dos doentes com alterações na tiroide. 

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ciclo de conferências “Desafios da COVID-19”
Um ano após o início da pandemia, a CUF lança o desafio à comunidade científica e aos profissionais de saúde para uma reflexão...

“Desafios da COVID-19” é a primeira sessão clínica, de um ciclo de cinco webinars que tem como objetivo promover a discussão científica de problemas clínicos identificados e ainda por caracterizar, que possam servir de base de trabalho aos profissionais de saúde diariamente desafiados pelo contexto da COVID-19.  

O Bastonário da Ordem dos Médicos é o convidado desta sessão, agendada para amanhã, 6 de abril, pelas 19 horas. Esta sessão será moderada pelo Presidente do Conselho Médico da CUF, João Paço. 

Filipe Froes, membro do Conselho Nacional de Saúde Pública, lançará, a 13 de abril, a discussão sobre “um ano de COVID-19 ou o Bom, o Mau e o Vilão”, onde será analisada a qualidade de vida dos doentes no período pós-covid. Esta sessão, moderada por António Rendas, membro do Conselho Consultivo CUF, refletirá sobre as consequências da pandemia na qualidade de vida da população e os desafios que se enfrentam. 

“As consequências funcionais e fisiológicas no pós-covid” é a terceira sessão deste ciclo, marcada para 20 de abril. Especialistas de Pneumologia, Otorrinolaringologia, Medicina Física e Reabilitação, Neurologia e Medicina Interna da CUF irão analisar, de acordo com as suas práticas clínicas, as sequelas que têm vindo a ser diagnosticadas aos doentes no pós-covid e os desafios que se colocam na reabilitação e acompanhamento destes doentes. António Bugalho, Marques dos Santos, Paulo Beckert e Fernando Pita são os médicos oradores desta sessão moderada por Paulo Bettencourt.  

“As consequências da saúde mental no pós-covid” é outro tema central destas sessões clínicas, que irá juntar as áreas de Psiquiatra, Psicologia e Pedopsiquiatria. Nesta reflexão serão analisadas as sequelas que uma pandemia como aquela que atravessamos está a deixar na saúde mental das populações. Serão oradores nesta sessão, marcada para 27 de abril, o Diretor do programa Nacional de Saúde Mental, Miguel Xavier, e os médicos da CUF Magda Andrea Oliveira, Sara Melo e Luís Madeira que assumirá a moderação da sessão.

Para finalizar este ciclo, a CUF reflete sobre a forma e os modelos adotados para enfrentar a pandemia. A “Gestão da pandemia de COVID-19” | Sínteses e Conclusões” é a reflexão que encerra este ciclo de sessões clínicas, a 4 de maio. 

O Presidente da Comissão Executiva da CUF, Rui Diniz, o Presidente do Conselho de Médico da CUF, João Paço, a Presidente do Conselho de Enfermagem da CUF, Sara Martins, e um paciente, irão partilhar as estratégias adotadas para continuar a garantir resposta aos cuidados de saúde das populações e a forma como estas foram de encontro às necessidades dos doentes em tempo de pandemia. A Diretora Clínica da CUF Academic Center, Piedade Sande Lemos, é a moderadora desta sessão, marcada para 4 de maio. 

Este ciclo de sessões clínicas é promovido pela CUF Academic Center e os participantes podem inscrever-se aqui

 

 

Investimento de cerca de 60 mil euros
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) vai inaugurar, no dia 7 de abril, pelas 12h, no Hospital Sobral Cid-CHUC,...

Vão estar presentes nesta inauguração o Presidente do Conselho de Administração do CHUC, Carlos Santos, o Diretor do Centro de Responsabilidade Integrado de Psiquiatria (CRIP), Horácio Firmino, bem como outros elementos do CRIP. .

De acordo com o CHUC, “a criação desta Unidade representa um investimento de cerca de 60 mil euros e vem complementar a resposta às psicoses, uma vez que no mesmo pavilhão já se encontra instalada a Unidade de Cuidados Avançados de Esquizofrenia resistente ao tratamento”.

Nos objetivos da UIEP está considerada a “oferta dum tratamento especializado em regime de internamento, disponibilizado por uma equipa multidisciplinar, assente em metodologias baseadas em evidência de eficácia neste setting clínico, a indivíduos que se encontram nas fases iniciais (“período crítico”) da sua doença psicótica”.

Em comunicado a unidade hospitalar explica que “a intervenção da UIEP será assente no princípio fundamental do recovery, que tem por base a esperança realista na recuperação e no bem-estar”. “Tendo em consideração que a doença psicótica surge habitualmente numa fase precoce da vida, torna-se fundamental devolver a capacidade de os indivíduos afetados atingirem o seu potencial, apesar da eventual natureza crónica da doença”, pode ler-se no documento.

O CHUC faz ainda sabe que estão em curso procedimentos viabilizar um conjunto de obras com a finalidade de melhorar a assistência em internamento e em ambulatório, dos doentes com patologia mental.

 

Como a gripe
A comunidade científica concorda que o SARS-CoV-2, o coronavírus causador da doença conhecida como Covid-19, se tornará um...

“Provavelmente veremos uma evolução do vírus. O vírus vai se adaptando gradativamente”, disse Beatriz Mothe, especialista do serviço de doenças infeciosas do Hospital Alemão Trias i Pujol de Badalona (Barcelona), segundo a Europa Press da plataforma Sinc.

As razões pelas quais o coronavírus continua existindo são explicadas, na opinião dos especialistas, porque a vacinação não eliminará completamente o SARS-CoV-2 e o vírus provavelmente irá evoluir para continuar infetando de forma mais branda, embora "sem matar o hospedeiro".

Por outro lado, as vacinas previnem as formas mais graves da Covid-19, mas ainda não mostraram que são capazes de cortar a transmissão do vírus pela raiz, nem quanto tempo durará a imunidade causada pela vacina.

 

Sessão online
A Portugal AVC – União de Sobreviventes, Familiares e Amigos, a Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) e o...

“Com cerca de 25 mil episódios de internamento por ano, o AVC é a maior causa de incapacidade no nosso país. Pode atingir qualquer pessoa, independentemente do género ou da idade, deixando múltiplas sequelas físicas e motoras, sendo estas as mais visíveis. Contudo, também perduram as consequências na capacidade de comunicação, no campo cognitivo, psicológico, de visão, entre outros”, acrescenta Ana Paiva Nunes, vice-presidente da Portugal AVC, coordenadora da Unidade Cerebrovascular do Hospital S. José, e coordenadora adjunta do Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cerebral da SPMI.

João Brum Silveira, presidente da APIC e responsável pelo Laboratório de Hemodinâmica do Hospital de Santo António - Centro Hospitalar Universitário do Porto, explica que “o AVC (no cérebro) e o Enfarte Agudo do Miocárdio (no coração) estão associados a episódios vasculares, o que significa que envolvem os vasos sanguíneos e as artérias, em particular.  Contudo, é fundamental que as pessoas compreendam que os sintomas e os fatores de risco até podem ser semelhantes, mas são dois problemas médicos distintos. Com esta iniciativa, esperamos contribuir para a prevenção destas duas doenças, bem como para a redução das suas consequências.”

No caso do enfarte, que ocorre quando uma das artérias que transporta oxigénio e nutrientes ao coração fica obstruída, as pessoas devem estar atentas a sintomas como dor no peito, suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade. Já no caso do AVC, que ocorre quando uma das artérias que transporta oxigénio e nutrientes ao cérebro fica obstruída (AVC isquémico) ou quando uma artéria do cérebro rompe (AVC hemorrágico), a pessoa pode sentir a face ficar assimétrica de uma forma súbita, parecendo um “canto da boca” ou uma das pálpebras estarem descaídas; falta de força num braço ou numa perna subitamente; fala estranha ou incompreensível; perda súbita de visão, de um ou de ambos os olhos, e forte dor de cabeça, sem causa aparente.

Esta iniciativa irá promover uma conversa informal entre os profissionais de saúde, os testemunhos de sobreviventes de AVC e Enfarte e os participantes.

A participação nesta iniciativa é gratuita, mediante inscrição em: https://us02web.zoom.us/webinar/register/WN_k4hF4SLjRGyJsPLRwGyx9A

Partilha de bases de dados na investigação em Saúde
A 5º Assembleia Geral do projeto FAIR4Health decorreu nos dias 16 e 17 de março, para acompanhar o progresso científico e...

O FAIR4Health é o primeiro consórcio internacional de investigação em saúde a promover a utilização dos princípios FAIR (localizável, acessível, interoperável e reutilizável) em bases de dados.

Este projeto, financiado pela “Ciência com e para a Sociedade” do H2020 (SwafS-04-2018), conta com 17 parceiros de 11 países, entre eles a Universidade do Porto, e tem como objetivo promover a partilha e reutilização de bases de dados entre a comunidade científica na União Europeia.

Ao longo do projeto estão a ser desenvolvidas ferramentas tecnológicas que facilitam o processo de FAIRificação, cuja primeira demonstração foi feita nesta reunião. Em breve, a validação e demonstração da eficácia das metodologias será efetuada, utilizando os princípios FAIR, com recurso a bases de dados clínicas dos diferentes parceiros que compõem o consórcio.

Os dados resultantes serão partilhados e reutilizados num ecossistema seguro, controlado, legal e eticamente responsável. No final do projeto vão ser apresentados dois casos de estudo: identificação de padrões de multimorbidade e correlação da polimedicação no risco de mortalidade em idosos, e identificação de preditores precoces do risco de readmissão em 30 dias em doentes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica.

 

 

Dados do Instituto Português do Sangue e da Transplantação
De acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Português do Sangue e da Transplantação, o número de...

Os dados mostram que no ano passado foram transplantados 684 órgãos de dadores falecidos, menos 184 que no ano anterior. Em janeiro do último ano foram realizadas 78 intervenções cirúrgicas para transplantação. O número diminuiu abruptamente em março, quando foram realizadas apenas 25, o número mais baixo de 2020.

Este abrandamento coincide com o período em que a Covid-19 apareceu em Portugal, revela a TSF. Segundo o IPST, o número de transplantes voltou a subir durante a primavera e o verão, no entanto, com o aumento dos casos de Covid-19 em outubro, voltou a registar-se uma queda nas intervenções.  De 86 passaram para 42 cirurgias.

Os dados revelados pelo Instituto Português do Sangue e da Transplantação mostram ainda que em 2020 morreram 253 dadores, menos 94 do que em 2019, o que representa um recuo de 27%.

Os transplantes renais e hepáticos foram os mais realizados, e a média de idades dos dadores falecidos em 2020 foi de 57 anos. Em 2019, a média era de 61. A principal causa de morte dos dadores foi o acidente vascular cerebral.

 

Situação Epidemiológica
Portugal registou, nas últimas 24 horas, seis mortes e 159 novos casos de infeção por Covid-19. O número de doentes internados...

Segundo o boletim divulgado, ocorreram mais duas mortes nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Centro e Norte, desde o último balanço. As restantes regiões do país, incluindo as regiões autónomas da Madeira e Açores, não registaram nenhum óbito.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 159 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 65 novos casos e a região norte 44. Desde ontem foram diagnosticados mais cinco na região Centro, dois no Alentejo e 32 no Algarve. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais nove infeções e nos Açores duas.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 536 doentes internados, mais 19 que ontem. No entanto, as unidades de cuidados intensivos passaram a ter menos cinco doentes internados. Atualmente, estão em UCI 112 pessoas.

O boletim desta segunda-feira mostra ainda que, desde ontem, 321 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 780.643 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 25.966 casos, menos 168 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 32 contactos, estando agora 15.928 pessoas em vigilância.

Autoteste de venda livre
A Biojam e a Pantest estabeleceram uma parceria de cooperação que visa alargar o leque de opções de autotestes COVID-19...

O Teste Rápido do Coronavírus Ag (N)(Fossas Nasais) de antigénio que será produzido pela Pantest e distribuído pela Biojam, cumpre todos os requisitos exigidos pelas autoridades, nomeadamente a apresentação de estudos de avaliação de desempenho do teste para colheita nasal e toda a informação sobre o produto.  De venda livre, sem obrigatoriedade de receita médica, os autotestes poderão ser adquiridos por qualquer pessoa, desde que maior de 18 anos. Com um custo unitário que rondará os valores já praticados entre os grandes grossistas, os testes estarão não só disponíveis em caixas de 25 unidades, como também em Kits individuais já preparados para venda ao público, vendidos em embalagens hermeticamente seladas, com toda a informação exigida pelas autoridades de saúde, como sejam as referências do lote, produtor, caraterísticas técnicas e indicações de utilização, entre outras.

Para facilitar o processo de diagnóstico, cada embalagem unitária do autoteste apresenta um QR Code que remete o consumidor para um vídeo explicativo e instruções muito claras e simples para que o teste seja facilmente utilizado por qualquer pessoa.  Para segurança do consumidor as empresas responsáveis pelo teste disponibilizam um serviço de apoio prestado via WhatsApp, através do qual é possível colocar dúvidas, pedir apoio adicional e enviar fotos dos testes. Como explica Catarina Almeida, Diretora da Pantest “além da qualidade do próprio teste, uma das nossas preocupações é assegurar que o consumidor terá acesso a toda a informação, de modo a que o processo de autodiagnóstico seja realizado da forma mais correta e segura”.

Com elevados níveis de fiabilidade, acima do desempenho mínimo que é estipulado para os autotestes pelas autoridades nacionais (sensibilidade superior ou igual a 80% e especificidade superior ou igual a 97%), o Teste Rápido do Coronavírus Ag (N)(Fossas Nasais) da Pantest apresenta valores na ordem dos 95,7% de sensibilidade e 99,1% de especificidade. Para Carlos Monteiro da Biojam “não há dúvida que os autotestes nasais produzidos pela Pantest apresentam elevados padrões de qualidade, garantindo ao consumidor uma solução de diagnóstico com níveis de precisão próximos de um teste PCR”.

Com inúmeras soluções terapêuticas e de diagnóstico já registadas no Infarmed, tanto a Biojam como a Pantest acreditam que o teste, que já se encontra em produção, faz parte do grupo restrito de pedidos de autorização que foram corretamente submetidos e como tal é expetável que até ao final da semana seja dada autorização de comercialização. “Até ao momento foram apresentados todos os elementos solicitados pelo Infarmed, os quais estamos confiantes que correspondem às exigências das autoridades. Além da certeza que temos em relação à qualidade do produto, e na linha daquilo que tem sido a estratégia do governo nos últimos anos no que toca as políticas de apoio à produção nacional, consideramos que hoje, mais do que nunca, é fundamental apoiar as empresas como a Pantest e a Biojam que têm investido em investigação e na produção de produtos inovadores”, acrescenta Carlos Monteiro.

Arritmologia é uma subespecialidade da Cardiologia
O Hospital de Guimarães, apesar de inserido numa das regiões do país mais afetadas pela pandemia, tem sido um verdadeiro caso...

O Serviço de Cardiologia do Hospital de Guimarães explica que “para nós foi fundamental manter a atividade nesta área porque estamos a falar de intervenções que salvam vidas, quer seja a implantação de um dispositivo cardíaco ou a realização de um estudo electrofisiológico e de uma ablação. Fazer menos um procedimento pode corresponder a uma vida perdida”.

“Uma organização rigorosa e clara definição de prioridades ajudou-nos a manter a atividade, mesmo considerando que foi no espaço físico da Unidade de Diagnóstico e Intervenção Cardiovascular do Serviço de Cardiologia que funcionou o Bloco Operatório, durante os três meses da 1ª vaga.”

A Arritmologia é uma subespecialidade da Cardiologia que se dedica ao diagnóstico e tratamento das arritmias cardíacas. As arritmias cardíacas são distúrbios dos batimentos do coração, que podem ocorrer de forma lenta (bradicardia), rápida (taquicardia) ou irregular (arrítmica). Alguns dos sintomas associados são palpitações (acompanhados ou não de mal-estar), cansaço, falta de ar, suor excessivo, sensação de desmaio ou mesmo desmaio. Por vezes o diagnóstico de arritmia é apenas identificado em exames de rotina sem que o paciente tenha tido qualquer tipo de sintoma. Uma das arritmias mais comuns é a fibrilhação auricular durante a qual o coração bate de forma irregular. A fibrilhação auricular é uma das principais causas de acidentes vasculares cerebrais (AVC), devendo por isso ser detetada e tratada atempadamente de forma a evitar outras complicações. Alguns dos tratamentos específicos para tratar os diferentes tipos de arritmias passam por fármacos antiarrítmicos, implantação de dispositivos cardíacos (pacemakers e cardioversores-disfibrilhadores) ou realização de estudos eletrofisiológicos e ablação.

Assim sendo, por ocasião do Dia Mundial da Saúde que se assinala no dia 7 de abril, o Hospital de Guimarães lembra a todos as pessoas com problemas relacionados com o ritmo cardíaco que é seguro procurarem o seu hospital para serem tratadas e que o diagnóstico e intervenção precoces são fundamentais para o sucesso do tratamento.

 

 

 

 

 

Dores de barriga
A prevalência da dor abdominal funcional em idade pediátrica tem um peso significativo nas consultas de gastroenterologia...

“Geralmente na dor abdominal funcional não precisamos de ser invasivos em termos de exames médicos, até porque podemos estar a preocupar os pais e a criança, o que pode perpetuar ainda mais o quadro. A dor abdominal funcional está relacionada com alterações do eixo intestino-cérebro do qual participa a microbiota intestinal”, afirma a especialista.  

Rosa Lima explica que no nosso intestino existem triliões de microrganismos, a que se dá o nome de microbiota intestinal e onde bactérias benéficas e nocivas competem entre si. Os desequilíbrios neste ecossistema podem provocar doenças. “Se nós conseguirmos modelar a microbiota intestinal, por exemplo com probióticos, podemos controlar a doença”, sublinha. Acrescenta ainda que o tratamento, para ser bem-sucedido, deve também ter em conta a dimensão biopsicossocial da criança. 

Quando procurar um médico 

Para fazer um correto diagnóstico, “importa saber as características da dor, se a criança está bem, se tem tido uma evolução ponderal adequada, se é uma criança saudável fora dos períodos da dor”. Associados à dor podem estar outros sinais e sintomas como problemas de defecação (obstipação ou diarreia), vómitos ou regurgitação. 

Acrescenta, no entanto, que “há um conjunto de sinais aos quais devemos estar atentos no sentido de perceber se estamos perante um quadro funcional ou de doença orgânica”. Explica que a dor funcional se localiza, geralmente, na região à volta do umbigo, enquanto outros quadros de dor podem estar noutras localizações e obrigam a considerar outros diagnósticos. “Entre os sintomas que devem levar a uma consulta no médico estão os vómitos persistentes (por vezes acompanhados de sangue), dor perianal, perda de peso e febre. “Se com a dor abdominal existem também estes sintomas, estes têm de ser investigados de forma mais exaustiva por um médico”, salienta. 

Entre os fatores que podem interferir com a dor e com a forma como a criança a perceciona estão a alimentação, a ansiedade, o uso excessivo de antibióticos (desequilibram a microbiota, causam diarreia), o divórcio parental ou o bullying. Às vezes as crianças expressam situações angustiantes através da dor. Daí que seja importante ter em conta estes fatores na análise clínica e no tratamento.  

Quanto aos probióticos – organismos vivos que quando administrados na dose adequada conferem benefícios à saúde do hospedeiro – refere que os Lactobacillus reuteri, os Bifidobacterium infantis e o Lactobacillus rhamnosus demonstraram, em diversos estudos, eficácia na redução do risco e no tratamento de distúrbios de dor funcional em pediatria. “Tendo em conta que existe uma relação entre a microbiota intestinal e os distúrbios gastrointestinais funcionais na criança, o uso de probióticos abre possibilidades terapêuticas e preventivas interessantes”, remata a médica. 

Distinguir projetos científicos inovadores
A 3.ª edição do Prémio MSD de Investigação em Saúde pretende distinguir projetos científicos inovadores, de qualidade e com...

O período de candidaturas da edição deste ano decorre entre 1 de abril e 17 de maio e podem concorrer equipas de profissionais de saúde em representação de instituições de prestação de cuidados de saúde, públicas ou privadas, assim como de instituições científicas sem fins lucrativos. As equipas, que terão de ser constituídas, no mínimo, por um médico interno e um médico especialista, devem submeter os seus projetos através do site do Prémio: www.premiomsdinvestigacaoemsaude.pt]www.premiomsdinvestigacaoemsaude.pt.

A avaliação dos trabalhos, por parte do júri, decorrerá entre 24 de maio e 8 julho.  Para selecionar o Grande Vencedor, ao qual será atribuído um prémio no valor de 10 000€, a Comissão de Avaliação terá em consideração critérios como a criatividade, relevância do projeto para a população-alvo, estrutura, objetivo, metodologia e exequibilidade dos protocolos. Este ano, será ainda atribuída uma menção honrosa no valor de 1 500€ a cada uma das duas candidaturas finalistas.

A Comissão de Avaliação é constituída pelos especialistas Catarina Resende de Oliveira, Emília Monteiro, Henrique Luz Rodrigues, Jorge Torgal Garcia, Manuel Abecasis, Mariana Monteiro e o Prof. Nuno Sousa.

Em 2020, num ano tão particular marcado pela conjuntura pandémica, o Prémio MSD de Investigação em Saúde superou todas as expectativas com os resultados alcançados. Foram contabilizadas mais de 100 candidaturas, submetidas por equipas e instituições científicas de 28 áreas de interesse, onde se destaca a Oncologia, a Cardiologia, a Endocrinologia e a Infeciologia, provenientes de 14 distritos.

O Grande Vencedor da 2.ª edição do Prémio MSD de Investigação em Saúde foi o protocolo “Uncovering novel prognostic and predictive epigenetic biomarkers in malignant testicular germ cell tumours”, desenvolvido por uma equipa do IPO do Porto liderada por João Lobo, Médico Interno de Anatomia Patológica. Este projeto visa descobrir novos biomarcadores epigenéticos de diagnóstico/prognóstico, bem como novos tratamentos menos tóxicos, para o cancro de células germinativas do testículo, um dos tumores mais comuns em homens adolescentes e adultos-jovens.

Os vencedores da edição de 2021 do Prémio MSD de Investigação em Saúde serão conhecidos na Conferência Leading Innovation, Changing Lives, que decorrerá a 6 de novembro.

Alimentação saudável
No dia que marca o regresso dos alunos do 2º e 3º ciclo às escolas, a Direção Geral de Saúde e a Direção-Geral da Educação...

O guia apresenta algumas regras simples para a constituição de um lanche saudável, descreve os alimentos que devem fazer parte das lancheiras escolares, nomeadamente os alimentos “a privilegiar”, a consumir “de vez em quando” e “a evitar”, bem como as suas características nutricionais.

Por outro lado, são disponibilizadas diversas receitas simples, saudáveis e saborosas e uma sugestão de uma ementa que mostra que é possível garantir variedade, utilizando na sua grande maioria (mais de 90%) alimentos que se enquadram no grupo dos “a privilegiar”. A par destas informações é apresentada uma checklist de verificação de um lanche saudável e diferentes estratégias para incentivar as crianças a valorizarem e a apreciarem lanches saudáveis.

 

Oferta de pintura a óleo
Numa homenagem a todos os profissionais de enfermagem do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, o artista plástico Vítor...

“É uma honra poder representar todos os enfermeiros e todas as enfermeiras do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) na generosa homenagem que lhes foi feita, através da oferta da pintura a óleo intitulada “Anjos de Branco” - Pandemia 2020-2021, da autoria do artista plástico Vítor Costa”, refere Áurea Andrade, Enfermeira Diretora do CHUC, aquando da receção da obra com que Vítor Costa quis homenagear todos os profissionais de enfermagem do CHUC.

Áurea Andrade começa por “agradecer a todos os profissionais de enfermagem pelo empenho e envolvimento na resposta conseguida às necessidades de cuidados e, também, de forma especial, quero agradecer ao artista plástico Vítor Costa por nos ter distinguido com esta magnífica pintura, “Anjos de Branco”, a qual recebemos com grande responsabilidade e sentido de missão. Manifesto, em meu nome pessoal e em nome de todos os enfermeiros e de todas as enfermeiras do CHUC, o maior apreço e gratidão pela enorme generosidade”. 

A Enfermeira Diretora do CHUC aproveitou também a ocasião para enaltecer e reconhecer o contributo dos enfermeiros “que durante o internamento no hospital estão presentes na vida dos doentes em permanência, acompanhando-os na evolução do seu processo de saúde-doença. E com o aparecimento da Pandemia da Covid 19, os enfermeiros e as enfermeiras foram uma das pedras basilares da “defesa” da saúde de todos os cidadãos, intervindo quer na designada "linha da frente" quer em todas as linhas de defesa contra a pandemia, focados essencialmente no seu sentido de missão e no dever de operacionalizar e garantir a resposta de cuidados seguros, com impacto na perceção de todos os atores que integram as equipas de saúde”, disse.

“Contudo, também é verdade, que a par dos enfermeiros e das enfermeiras, estão todos os outros profissionais de saúde, que operam num verdadeiro trabalho de equipa multiprofissional e interdisciplinar consubstanciando o sucesso do processo de cuidados de saúde, onde os cuidados de enfermagem têm uma grande preponderância tanto na resposta autónoma como interdependente, mobilizando bem o seu acervo de competências.

Tendo consciência de que este legado está longe de terminar, a confiança depositada no CHUC e nos seus enfermeiros e enfermeiras sai reforçada pela resposta que este centro hospitalar e todos os seus profissionais têm sido capazes de operacionalizar no combate à pandemia da Covid-19”, rematou Áurea Andrade.

 

A importância do diagnóstico precoce
Estimando-se que afete cerca de 70 mil portugueses, a Artrite Reumatoide é uma das doenças reumática

Segundo a especialista em reumatologia, “a artrite reumatoide é uma doença reumática crónica inflamatória em que, por uma razão desconhecida, o organismo deixa de reconhecer a articulação, ou os órgãos afetados, como seus e reage contra eles (reação autoimune)”. Sabe-se, no entanto, que alguns fatores genéticos e ambientais como “o tabaco ou infeções, alterações hormonais, stress”, podem condicionar seu o desenvolvimento.

Atingindo, sobretudo, as mãos, punhos, cotovelos e pés, os principais sintomas da doença são a dor, o inchaço das articulações, a diminuição da mobilidade das articulações e a rigidez matinal. “O doente sente-se muito “preso” ao realizar movimentos nas primeiras horas após acordar ou após longos períodos de repouso”, explica a vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Reumatologia. Fadiga, cansaço, febre e perda de peso são outros dos sintomas frequentes. Contudo, e embora tenha “como manifestação principal o envolvimento das articulações”, esta patologia “pode afetar outros órgãos, como o coração, o pulmão, a pele, o olho, o sistema nervoso periférico, e ter outras manifestações clínicas”, esclarece Ana Filipa Mourão.

Entre as principais complicações, a especialista destaca “as deformidades articulares com compromisso funcional das articulações envolvidas”, que muitas vezes exige a colocação de próteses – “principalmente nas ancas e joelhos”.

“O doente também pode referir adormecimento e perda de força nas mãos (síndrome do túnel cárpico), rotura dos tendões das mãos, osteoporose (que pode ser agravada se o doente estiver medicado durante muito tempo com corticosteroides), atrofia muscular, e, dependendo das manifestações da doença, podem existir complicações no pulmão, nos olhos, e na pele”, acrescenta a reumatologista. Por outro lado, sublinha, a utilização de determinados fármacos pode comprometer o sistema imunitário do doente que fica mais suscetível ao desenvolvimento de infeções.

“A depressão é o distúrbio psiquiátrico mais associado à artrite reumatoide, muitas vezes associado ao isolamento e escasso suporte social”, acrescenta.

Com um elevado impacto económico e social, a Sociedade Portuguesa de Reumatologia tem vindo a alertar para a necessidade de “reforçar o número de unidades hospitalares com serviço de Reumatologia e de quadros técnicos e recursos humanos especializados”. A título de exemplo, Ana Filipa Mourão indica que só o diagnóstico precoce da artrite reumatoide representaria uma poupança média anual “por cada novo caso” de 30% ao Estado. Segundo a especialista, cerca de 51,8% da população não tem acesso a consultas da especialidade ficando, muitas vezes, por tratar.

“No seu todo, as patologias reumáticas e músculo-esqueléticas representam um problema de âmbito mundial que requer a intervenção urgente e concertada das instituições que devem zelar pela saúde pública, numa ótica global e nacional”, alerta a reumatologista.

Atualmente existem cada vez mais fármacos que são muito eficazes no tratamento da artrite reumatoide

De acordo com Ana Filipa Mourão, o tratamento da artrite reumatoide “inclui os analgésicos e os anti-inflamatórios para o controlo da dor (estes não alteram a progressão da doença), os corticosteroides, que  podem ser utilizados em combinação com outros fármacos ou nas infiltrações articulares, e os  fármacos modificadores da doença (os DMARDs), nomeadamente os DMARDs convencionais, como o metotrexato, a leflunomida, a sulfassalazina e a hidroxicloroquina, e outros fármacos mais sofisticados (os chamados fármacos biológicos)”.

“Na última década tem havido uma melhoria significativa no tratamento desta doença com a utilização mais eficaz dos medicamentos existentes e o aparecimento de cada vez mais novos fármacos no mercado”, esclarece sem deixar de reforçar a importância do seu estabelecimento precoce: “o tratamento correto e numa fase precoce da doença é crucial, potenciando a probabilidade de o doente com artrite reumatoide ter uma vida praticamente normal, ficando a doença num estado de remissão, ou seja, sem atividade clínica que leve a dano ou incapacidades futuras. Independentemente da gravidade da doença, os resultados obtidos são tanto melhores quanto mais precocemente e criteriosamente o tratamento seja iniciado”.

Assim, e uma vez que esta doença pode atingir qualquer pessoa em qualquer idade, a especialista recomenda que “uma pessoa que tenha dor mantida nas articulações deve procurar um profissional de saúde, nomeadamente o seu médico de família, para o encaminhar para uma consulta de Reumatologia”. “O doente com artrite reumatoide pode ter uma vida praticamente normal”, justifica.

Entre outros conselhos, a especialista considera essencial a adoção de um estilo de vida saudável. “Os doentes fumadores devem deixar de fumar (há estudos que apontam para o tabaco como potenciador de doença ou de agravamento de doença estabelecida, sendo esta mais uma razão para promover a evicção tabágica em todas as idades); em doentes com excesso de peso, é aconselhada a perda ponderal para prevenir o desgaste articular e outras doenças, como hipertensão e diabetes, e os doentes devem ter uma dieta equilibrada, do tipo mediterrânica, com quantidade suficiente de frutos e vegetais (antioxidantes) e sem excesso calórico, nem de gorduras e com uma quantidade moderada de proteínas”, explica.

Por outro lado, e uma vez que a doença pode causar perda muscular por atrofia e, consequentemente, dificuldades motoras, “é sempre recomendada a prática de exercício físico, devidamente orientada pela equipa médica, com exercícios isotónicos e isométricos para fortalecimento muscular e manutenção da função articular, e exercícios aeróbicos para otimização do sistema cardiorrespiratório”.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Reflexão sobre saúde e cidadania
No âmbito do dia Mundial da Saúde, que se assinala a 7 de abril, a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) vem...

Segundo a APDP, “é necessário acabar com a visão de que a diabetes é uma doença provocada pelo estilo de vida, sem considerar a sua complexidade, a influência da genética, dos ambientes obesogénicos e o impacto das desigualdades sociais”. Uma abordagem da “saúde em todas as políticas” ajuda a projetar comunidades mais favoráveis à saúde e não à doença, através de melhores condições de habitação, emprego, transportes, entre outras políticas sociais, declara a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal. Por isso, “as escolas, de todos os níveis de ensino, devem integrar no seu currículo perspetivas práticas de educação para a saúde. As estratégias de prevenção e diagnóstico precoce devem envolver as organizações de base comunitária, além das unidades de saúde”, advoga.

Por outro lado, “é fundamental reforçar os cuidados de proximidade, assegurando a sua agilização, garantindo um médico para cada cidadão, e criando uma forte articulação com as autarquias e o sector social. Devem ser implementados novos modelos de prestação de cuidados através da criação de unidades integradas e multidisciplinares, a exemplo do trabalho desenvolvido pela APDP, com objetivos centrados em resultados de saúde relevantes para as pessoas e que promovam a autonomia e os cuidados personalizados e centrados na avaliação de necessidades”.

Por fim, é fundamentar garantir o acesso aos cuidados de saúde. “É essencial assegurar o acompanhamento, a vigilância e os cuidados de qualidade das pessoas com diabetes. A aposta na educação terapêutica e no apoio pelos pares deve ser incluída nos serviços de saúde, dada a evidência da sua eficácia para o apoio psicológico, melhoria dos resultados de saúde e bem-estar. O acesso à inovação deve ser garantido com base em modelos de avaliação que incluam as pessoas com diabetes e resultados que, para elas, sejam relevantes. A integração de novas tecnologias e a digitalização da saúde devem ser acompanhadas de estratégias de aumento da literacia em saúde e de mecanismos que assegurem que ninguém fica para trás”, escreve em comunicado.

“Este é um tempo de mudança que nos desafia e nos desperta para a necessidade urgente de medidas concretas e eficazes. A resposta a estes desafios será tanto mais eficaz quanto melhor formos capazes de incluir as pessoas com diabetes em todos os níveis dos processos de decisão. É necessário mudar o paradigma da comunicação entre as pessoas com diabetes e o sistema de saúde e aproveitar todo o conhecimento que elas podem introduzir”, afirma José Manuel Boavida, presidente da APDP.

A ideia é sublinhada por João Raposo, diretor clínico da APDP que considera ser “importante que as entidades oficiais e governamentais assumam a implementação de ações sustentadas na experiência e no conhecimento existentes, incluindo o das associações de doentes. Este período de pandemia que vivemos foi e é uma tremenda amostra da importância quer na morbilidade quer na mortalidade das doenças crónicas em geral e da diabetes em particular”.

Neste ano de 2021, sob o signo da pandemia da Covid-19, a APDP comemora os 100 anos da descoberta da insulina e 95 anos da fundação desta associação. A introdução de um dos primeiros medicamentos “milagre” e o aparecimento do movimento associativo de cidadãos com doença levam a APDP a lançar esta reflexão sobre saúde e cidadania. A aposta na inovação, na literacia em saúde e a adequação dos cuidados de saúde às necessidades específicas das doenças crónicas são outras prioridades que a APDP aponta neste manifesto, que pode ser lido aqui: apdp.pt/noticias/dia-mundial-da-saude/.

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