Para o ano seguinte
A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) e a Câmara Municipal de Aveiro adiaram a realização da 4ª edição da Festa da...

“Ainda nos encontramos em fase de pandemia, sem a certeza do nível que teremos de enfrentar nos próximos meses e das exigências profissionais impostas aos Internistas, interferindo com a sua disponibilidade” afirma Rosa Jorge da Comissão Organizadora.

A mensagem que se transmite nesta fase é igualmente importante. “Temos vindo a apelar, sobretudo aos doentes com patologias crónicas, para que limitem os seus contactos. Um convite para realizar uma festa e para convívio, mote também desta iniciativa, nesta fase, seria uma incongruência vinda dos seus médicos”, conclui Rosa Jorge.

Para João Araújo Correia, Presidente da SPMI, “no próximo ano, acreditando nos efeitos da vacinação massiva, teremos mais garantias de segurança e de expetativas para o sucesso desta edição da Festa da Saúde, estando igualmente assegurado o apoio e a parceria com a Câmara Municipal de Aveiro”.

A 4ª edição da Festa da Saúde, organizada pelos Internistas e Internos de Medicina Interna do Centro Hospitalar Baixo Vouga, pretende criar laços e aproximar os médicos da comunidade, dando a conhecer a especialidade e as suas ofertas.

 

Terapia do Sono
As rotinas de sono são sem dúvida um dos maiores desafios do primeiro ano de vida dos bebés.

“Tal como uma mãe procura a melhor escola para o seu rebento, deve procurar também propiciar todas as condições para que o recém-nascido tenha um sono saudável. Para isso, é importante ter sempre em mente que cada bebé é diferente e único, sendo que não existem soluções universais infalíveis”, explica Ana Maria Pereira.

No entanto há seis aspetos que todos pais devem ter em atenção:

  1. Priorize o sono de toda a família: a criação de um ambiente de sono saudável é tão importante para as crianças como para os adultos, não a negligencie;
  2. Cuide do ambiente do sono: o nível de silêncio/barulho, a temperatura, a luz, o conforto e o uso de aparelhos eletrónicos são aspetos que devem ser tidos em consideração e que afetam o sono;
  3. Estabeleça horários consistentes: habitualmente, os bebés começam a desenvolver um padrão de sono mais regular aos 3 meses, sendo importante estabelecer horários consistentes para o sono da noite e sestas;
  4. Tenha a alimentação em atenção: uma boa alimentação é sinónimo de equilíbrio nas conexões entre os neurotransmissores cerebrais e os seus recetores, o que proporciona um sono retemperante. Além disso, a digestão à noite faz-se mais lentamente do que durante o dia. Por isso, alguns alimentos, como bebidas de frutas cítricas, leguminosas e fritos devem ser consumidos ao almoço;
  5. Implemente um ritual relaxante antes de ir para a cama: pode ser a leitura de uma história, por exemplo, evitando o uso de aparelhos eletrónicos;
  6. Promova as sestas: estas devem ser feitas de forma regular e adequada à fase de desenvolvimento da criança.

No entanto, nem sempre é fácil para os recéns pais adotar todos estes cuidados. É aqui que entra a terapia do sono. “Existem inúmeros pais que precisam de ajuda para melhorar o sono dos seus filhos e não há problema algum nisso. A Terapia do Sono e o respetivo plano têm sempre em conta as especificidades do bebé em questão e do estilo de parentalidades dos pais”, garante a terapeuta.

O objetivo deste plano passa por fazer com que o bebé consiga substituir uma associação de sono por outra que não dependa de terceiros, como é o caso dos pais. No final, a criança deverá sentir-se segura, conseguindo dormir sem precisar de ajuda.

O sono do bebé é um dos vários temas abordados pelo Guia de Gravidez e da Primeira Infância do Bebé da Mamãs sem Dúvidas, que se destina a pais e futuros pais e cujo download pode ser feito de forma gratuita em mamassemduvidas.pt.

 

 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Inquérito
Os resultados de um estudo divulgado pela Deco PROTESTE mostram que, apesar do caso AstraZeneca ter gerado muitas dúvidas sobre...

Os resultados dizem respeito a um inquérito online realizado, entre 26 e 30 de março, Portugal, em Espanha, em Itália e na Bélgica, incidindo sobre a população entre os 18 e os 74 anos.

Segundo a Deco PROTESTE, 63% dos portugueses “viu a sua confiança abalada” com os recentes acontecimentos que envolvem esta vacina. No entanto, apenas uma franja muito pequena dos inquiridos diz recusar a ser vacinados: 5%, sendo que 10% referem ter algumas dúvidas relativamente a esta decisão.

De um modo geral, apesar da desconfiança, 55% dos inquiridos afirma que irá avançar com a inoculação, seja qual for a vacina utilizada.

Quanto mais informados, mais confiantes

“O caso AstraZeneca tem abalado a confiança na segurança de todas as vacinas, contra a covid-19 ou não. Mas também a organização do plano de vacinação, a prestação da Agência Europeia de Medicamentos e a defesa da saúde dos cidadãos pelo Governo e pela Direção-Geral da Saúde estão debaixo de escrutínio. Cerca de três em dez inquiridos confessam que o caso AstraZeneca teve um impacto negativo na forma como avaliam cada um destes aspetos”, revela a Deco PROTESTE.

Ainda assim, e apesar de os números terem crescido ligeiramente face a um inquérito que realizado em janeiro deste ano, “apenas 35% alegam bons ou muito bons conhecimentos sobre os efeitos secundários das vacinas contra a covid-19. Quanto mais elevado o nível educacional dos participantes no estudo, maior é esta proporção. Já os meandros do plano de vacinação estão ao alcance de 42%, enquanto a eficácia das vacinas é do domínio de quase metade (48 por cento)”.

Os menos informados ou com um nível educacional mais baixo foram os que mais concordaram com a decisão do Governo de suspender a vacina da AstraZeneca.

Quanto aos produtos da Janssen, da Pfizer e da Moderna, o nível de confiança é semelhante: em todos os casos, apenas 6% dos inquiridos mostram um forte receio face aos efeitos secundários.

Se fossem convocados para serem inoculados na próxima semana, 59% dos portugueses que ainda não a tomaram aceitariam a proposta sem reservas e mais 26%, apesar das dúvidas, provavelmente seguir-lhes-iam o exemplo. “Aliás, face ao inquérito de janeiro deste ano, são agora mais 9% os que dizem querer vacinar-se. Quanto mais bem informados se afirmam os inquiridos, maior é a predisposição para receber a vacina. Por outro lado, esta vontade é também superior na faixa etária acima dos 64 anos”.

Para ficar a conhecer estas e outras conclusões do estudo, siga a notícia em: https://www.deco.proteste.pt/saude/medicamentos/noticias/caso-astrazeneca-abala-confianca-maioria-portugueses-quer-ser-vacinada

Vasta experiência no setor biofarmacêutico
Andrius Varanavičius foi nomeado diretor geral da Takeda para a região da Ibéria. O recém-nomeado Diretor-Geral sucede a...

Varanavičius tem uma vasta experiência no setor biofarmacêutico e chega à Takeda Espanha depois de ter ocupado na empresa o cargo de Diretor Financeiro para a Europa e Canadá durante dois anos e meio.

“Assumo a Takeda Ibéria num momento especial, marcado pela pandemia da Covid-19, mas em que os nossos compromissos com os doentes, com os nossos colaboradores e com a inovação continuam intactos e são mais fortes do que nunca”, garantiu Andrius Varanavičius. “Na região da Ibéria, queremos continuar a proporcionar novos tratamentos inovadores para respondermos às necessidades não satisfeitas e urgentes dos doentes. Neste momento, em que a pandemia perdura e a segurança é fundamental, é especialmente importante a colaboração ativa entre todos os agentes que fazem parte do Serviço Nacional de Saúde, como os profissionais de saúde, os laboratórios e as diferentes administrações”, acrescentou o novo diretor-geral da Takeda Ibéria.

Antes de entrar na Takeda, Andrius Varanavičius trabalhou na Glaxosmithkline, onde ocupou o cargo de diretor financeiro da divisão farmacêutica na Alemanha. Durante este tempo, supervisionou a integração do negócio de Consumer Healthcare da Novartis, a dotação de recursos para os principais lançamentos e os acordos de desenvolvimento de negócios, e impulsionou programas de eficiência operacional para garantir que a Alemanha fosse o maior mercado da Europa. Varanavičius também fez parte do Conselho de Supervisão e foi membro do Comité de Auditoria da Klaipėdos Nafta AB. Antes disso, desempenhou vários cargos na Europa e viveu no Reino Unido, Portugal, Grécia e República Checa.

De nacionalidade lituana, Varanavičius é licenciado com distinção em Negócios Internacionais com especialidade em Finanças pela Universidade Internacional Concordia da Estónia.

Organizações sem fins lucrativos
Estão abertas as candidaturas a uma oportunidade internacional de financiamento, no valor total de 200 mil dólares, para...

Esta iniciativa de financiamento destina-se a organizações sem fins lucrativos que trabalham ativamente para melhorar a jornada do doente com cancro. O propósito é contribuir para a implementação e desenvolvimento de atividades e/ou programas na área da educação dos doentes oncológicos, das suas famílias e cuidadores.

As candidaturas deverão ter por base projetos centrados no apoio a pessoas idosas com cancro, no entanto, qualquer projeto dedicado à melhoria da qualidade de vida ao longo da jornada do doente com cancro poderá ser considerado válido.

As candidaturas devem ser submetidas no website que se segue:  (https://www.grantrequest.com/SID_277?SA=SNA&FID=35249) até 31 de maio de 2021.

“Receber o diagnóstico e passar por uma doença oncológica, por norma, tem um enorme impacto não só na pessoa em si, mas em toda a sua família, particularmente em idades mais avançadas. Este tema torna-se especialmente relevante numa altura em que, por um lado a pandemia atingiu especialmente as pessoas mais idosas, mas retirou muita atenção dos doentes não covid. Este programa de apoio visa estimular o desenvolvimento de projetos e iniciativas que possam dar respostas a necessidades existentes e contribuir para melhorar a qualidade de vida dos doentes com cancro, em linha com a nossa visão de centrar os cuidados no doente”, afirma Francisco del Val, diretor geral da Sanofi Genzyme.

Atualmente, estima-se que aproximadamente 37% dos novos casos de cancro sejam diagnosticados em pessoas com mais de 70 anos, um valor que se prevê ser o dobro em 2040. Se o mesmo se comprovar, esta tendência de aumento refletir-se-á num peso significativo, para os doentes, para as suas famílias e também para os sistemas de saúde a nível global.

 

E o terceiro no mundo
Na semana em que se assinala o Dia Mundial da Doença de Parkinson (11 de abril), o Centro Hospitalar Universitário de São João ...

Rui Vaz, neurocirurgião responsável por este procedimento explica que “este novo sistema de elétrodo direcional que surge para dar resposta às necessidades dos médicos e doentes, permite melhorar a deteção de potenciais campos locais enquanto oferece uma estimulação direcional, fornecendo dados individualizados e específicos sobre o doente. Desta forma e juntamente com as funcionalidades de programação adicionais de que o dispositivo dispõe, é possível realizar um tratamento personalizado e mais centrado no doente”.

O CHUSJ é assim o terceiro hospital no mundo a implantar este dispositivo. Até ao momento, foi apenas implantado no Hospital Universitário de Würzburg, na Alemanha e no Hospital Universitário Grenoble Alpes, em França. A tecnologia está ainda a ser avaliada pela Food and Drug Administration (FDA) para ser lançada nos EUA, o que significa que a Europa foi pioneira na utilização desta tecnologia inovadora.

O desafio da estimulação cerebral profunda prende-se precisamente com o fornecimento de estimulação numa região muito pequena do cérebro apenas nos momentos nos quais os sintomas variáveis requerem tratamento. O uso deste dispositivo, compatível com determinados neuroestimuladores, resultará em melhorias significativas na administração precisa de estimulação, na simplificação do procedimento cirúrgico e na recolha de dados para uma programação mais eficiente e informada.

Cada movimento do corpo, implica uma interação complexa entre o sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal), os nervos e os músculos. A Doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum depois da Doença de Alzheimer e afeta cerca de 20 mil portugueses. Resulta da redução dos níveis de dopamina, uma substância que funciona como um mensageiro químico cerebral nos centros que comandam os movimentos.

Esta é uma doença com uma sintomatologia muito alargada e que varia muito entre os doentes. Muitos dos sintomas envolvem a capacidade de controlar os músculos e o movimento, havendo quatro sintomas que se destacam: lentidão de movimentos, rigidez muscular, tremor e alterações da postura.

“É com grande expectativa que o CHSJ introduz em Portugal uma inovação tecnológica que vai acrescentar qualidade de vida a muitas pessoas que vivem com doenças do movimento e epilepsia, sobretudo num ano como este, tão desafiante para os hospitais portugueses, devido à sobrecarga que pandemia da Covid-19 acabou por trazer a todos os serviços”, reforça Rui Vaz.

10 e 11 de abril
A SPDMov – Sociedade Portuguesa das Doenças do Movimento realiza nos próximos dias 10 e 11 de abril de 2021 o seu congresso...

Este evento, que decorrerá de forma virtual este ano, coincide com a comemoração Dia Mundial da doença de Parkinson, uma doença ainda sem cura que foi descrita por James Parkinson em 1817, quando numa sua publicação denominada de “An Essay on the Shaking Palsy” escreveu pela primeira vez sobre esta patologia. Em Portugal são cerca de 20 000 pessoas e mais de 6 milhões em todo o mundo afetadas diretamente por esta terrível doença.

Figuras mundiais manifestaram estas doenças, casos do Papa João Paulo II, o ator Michael J. Fox, Ronald Reagan, Yasser Arafat, Mohammad Ali entre outros. Como referiu o ator Michael J. Fox “no momento em que percebi que tinha Parkinson e, que não o podia evitar, comecei a olhar para as coisas que poderia mudar, ajudando na melhoria da investigação da doença.”

Este congresso será composto por debates, simpósios, e workshops com especialistas da área das doenças do movimento. A doença de Parkinson começa no intestino? Sim ou não? O que são distonias e ataxias? A pandemia da Covid-19 está a afetar os doentes com Parkinson e outras doenças do movimento? Como se estão a adaptar os médicos e especialistas das doenças do movimento a este problema acrescido da Covid-19 na relação com os doentes? O que nos diz a ciência sobre uma possível ligação entre covid- 19 e doença de Parkinson? Como foi possível desenvolver uma vacina tão depressa? Que  esperança teremos no futuro relativamente às doenças do movimento?

A SPDMov convida a comunicação social a divulgar e a falar destas doenças, que num momento complexo e critico em que vivemos, onde o tratamento das doenças de movimento têm sofrido um revés significativo, todos seremos poucos para ajudar. O ideal            seria que todos tivéssemos bons mo(vi)mentos!

Congresso Virtual SPDMov 2021

Dia 10 de abril – 9 h às 19 h – 1º dia do Congresso

Dia 11 de abril – 10 h – 11h30. 2º dia do Congresso - Comemorações do dia mundial da Doença de Parkinson.

Leia aqui todo o programa.

3.ª Edição da bolsa “Building Future Knowledge in mature B cell malignacies”
As candidaturas à 3.ª edição da bolsa “Building Future Knowledge in mature B cell malignacies” continuam abertas e encerram no...

A bolsa, no valor de 15 mil euros, destina-se a projetos com a duração máxima de um ano. Podem candidatar-se todos os investigadores nacionais ou estrangeiros, desde que os projetos estejam a ser desenvolvidos em instituições portuguesas. Serão valorizados projetos de caráter interdisciplinar e de colaboração entre instituições que se dediquem ao estudo das áreas do tratamento, diagnóstico, epidemiologia, qualidade de vida dos doentes e impacto a nível sociológico. As candidaturas podem ser submetidas por email para [email protected] e o regulamento pode ser consultado no website da APCL.

“Mesmo no ano atípico que estamos a viver, não podíamos deixar de apoiar estes projetos, sendo isto um dos pilares do nosso trabalho diário. Mais uma vez, demonstramos assim o nosso compromisso em contribuir para a investigação das doenças hemato-oncológicas malignas”, afirma Manuel Abecasis, presidente da APCL, que desde 2003 já atribuiu mais de 450 mil euros em bolsas de investigação.

A mesma ideia é sublinhada por João Raposo, presidente da SPH, que refere ainda que “a Hemato-oncologia é das áreas oncológicas com maior taxa de sucesso na cura definitiva de um número bastante expressivo de doentes. Para mantermos essa taxa de cura é necessário continuar a fomentar e incentivar a investigação com projetos como esta bolsa que com tanta satisfação apoiamos.”

Por sua vez, Vítor Papão, Diretor Geral da Gilead Sciences Portugal, refere que “esta é a terceira vez que a Gilead apoia esta iniciativa, porque acreditamos na importância da promoção da investigação nacional na área das doenças hemato-oncológicas”.

A coordenadora do projeto vencedor da primeira edição da bolsa, Sara Duarte, médica de Hematologia no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), considera que este é “um prémio que deu grande apoio ao nosso projeto e que nos dará a possibilidade de iniciar trabalhos posteriores mais vastos”, sendo que, no seu caso, o objetivo passou principalmente pelo uso deste “suporte financeiro nos estudos de citometria de fluxo”.

Este projeto, distinguido com a bolsa no valor de 15 mil euros, foca-se no Linfoma Linfoplasmocitico/Macroglobulinémia de Waldenstrom, um tipo de linfoma não Hodgkin, que não é muito frequente e caracterizado, pertencendo ao grupo dos linfomas indolentes.

Caso de estudo de Oftalmologia foi ponto de partida
A Bayer, a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) e a Nova Health & Analytics promoveram um estudo...
O estudo seguiu a metodologia de Design Thinking (inspiração, geração de insights, ideação e modelo de implementação) e contou com a participação de 20 administradores hospitalares e clínicos, integrando visões, experiências e expetativas distintas. A investigação procurou identificar como é que a Oftalmologia pode contribuir em termos de eficiência e inovação no Bloco Operatório (BO). Foram indicadas como prioridades a melhoria dos processos de agendamento, o controlo da disponibilidade para intervenções específicas e a diminuição de carga burocrática.
 
Por último, foram exploradas opções de inovação no processo, nomeadamente no local de administração de injeções intravítreas, e onde se concluiu que alterar o local de administração destas injeções do BO para uma sala limpa ou para uma unidade móvel seriam formas de otimizar a eficiência deste procedimento. Metade dos participantes no estudo considerou que a utilização de salas limpas permitiria reduzir o tempo do doente no hospital, agilizar o processo e libertar o BO para outro tipo de cirurgias, e 43% defendeu o uso de unidades móveis, que possibilitam a prestação de cuidados de saúde de proximidade e a libertação do BO e das outras salas para procedimentos mais complexos.
 
O estudo identifica ainda momentos concretos (espaços de oportunidade) que devem ser alvo de melhorias subsequentes, como por exemplo os momentos de admissão e alta do doente ou a passagem de turnos. A autonomia das entidades hospitalares, o desenvolvimento de uma ferramenta evolutiva de uniformização da informação, a implementação de Unidades Móveis, como alternativa ao aluguer de espaços em instituições privadas, e uma visão integrada da gestão do BO são as soluções propostas para a implementação de medidas futuras. Estas medidas passariam por reforçar a autonomia das instituições, garantir um planeamento adequado da organização, reforçar a gestão intermédia, desenvolver uma cultura de gestão por resultados e implementar, através de enquadramento legislativo, o reconhecimento do mérito e a avaliação pelo desempenho.

Os resultados completos do estudo foram publicados na Revista Gestão Hospitalar e podem ser consultados aqui.

Estudo revela
Jovens com elevados níveis de frieza emocional evidenciam baixos níveis de culpa sobre a possibilidade de cometerem atos...

Publicado na revista científica Frontiers in Psychiatry, o estudo juntou as universidades de Coimbra (UC), Porto (UP) e Minho (UMinho), bem como as instituições University College London e Royal Holloway University, no Reino Unido.

Nesta investigação, que envolveu 47 jovens do sexo masculino com idades compreendidas entre os 15 e os 18 anos, foram avaliados os traços de frieza emocional, ou seja, a falta de empatia e desprezo pelo bem-estar e sentimentos dos outros. Para tal, os jovens visualizaram animações em vídeo com exemplos de transgressões morais, tais como tomar o lugar de uma idosa num transporte público ou guardar dinheiro que caiu do bolso de outra pessoa.

"A abordagem de desenhos animados permitiu-nos criar estímulos mais reais e próximos dos jovens que podem acontecer no nosso quotidiano», afirma Óscar Gonçalves, investigador no Proaction Lab da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC), esclarecendo que «os jovens foram questionados sobre quão culpados se sentiriam se fossem os próprios a cometer as ações imorais e quão erradas as julgaram ser".

Os traços de frieza emocional observados na infância e adolescência são considerados precursores de psicopatia – um transtorno marcado por um comportamento antissocial grave e persistente – na idade adulta.

A principal descoberta deste estudo relaciona-se com o papel moderador dos traços de frieza na associação entre o sentimento de culpa e o julgamento moral. Margarida Vasconcelos, investigadora da Universidade do Minho, explica que "os adultos com psicopatia apresentam baixos níveis de culpa, mas julgam ações imorais como erradas, porém o nosso estudo demonstra que os jovens com elevados níveis de frieza emocional apresentam baixos níveis de culpa e julgam as ações imorais como menos erradas".

No entanto, sublinha a coordenadora do estudo, Ana Seara, também da UMinho, "foram encontradas evidências de dissociação entre as emoções morais e o julgamento moral, ou seja, entre o sentimento de culpa e o julgamento das ações imorais. Mesmo em níveis subclínicos de traços de frieza emocional, esta dissociação típica em psicopatia em adultos já se manifesta durante o desenvolvimento".

Segundo os autores do estudo, os resultados obtidos vão «contribuir para o desenvolvimento de um modelo de comportamento antissocial severo e, ainda, permitir o desenvolvimento de alvos de intervenção, reabilitação e prevenção precoce de comportamento antissocial».

O artigo científico está disponível: aqui.

Desafio para uma vida ativa
A Associação de Investigação e Cuidados de Suporte em Oncologia em parceria com a Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo...

A iniciativa, inserida no Dia Mundial da Atividade Física e nas comemorações do 80.º aniversário da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), tem como objetivo incentivar os doentes com cancro a praticar atividade física mesmo em período de confinamento com exercícios que podem ser feitos em casa. “Os nossos programas já demonstraram que os participantes veem melhorias na aptidão cardiorrespiratória, na força muscular e na composição corporal. A aptidão cardiorrespiratória e a força muscular, por exemplo, relacionam-se com a redução de mortalidade, efeitos adversos das terapêuticas e da sua severidade”, explica a Dra. Ana Joaquim, médica oncologista do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho e vice-presidente da Associação de Investigação e Cuidados de Suporte em Oncologia (AICSO). 

O ONCOMOVE é o programa desenvolvido pela AICSO para promoção da reabilitação do doente oncológico. Inclui os projetos MAMA_MOVE e PROSTATA_MOVE e visa otimizar o tratamento da pessoa que vive com e para além do cancro. É multidisciplinar, contando com médicos oncologistas, fisiatras e cardiologistas, enfermeiros de reabilitação e de saúde mental dedicados à Oncologia, psicólogo, nutricionista, fisiologistas e técnicos de exercício físico. 

A aula streaming do projeto MAMA_MOVE Gaia Comunidade que se realiza amanhã pode ser acompanhada gratuitamente através do endereço: https://solinca-connected.pt/mama e será dada pelo professor fisiologista Micael Vieira com uma voluntária da LPCC-NRN. A sessão é dirigida a doentes oncológicos, mas está aberta a sobreviventes de cancro, cuidadores e população em geral. 

A prática de atividade física regular está relacionada com a redução do risco de doenças não transmissíveis como doenças cardio e cerebrovasculares, diabetes, cancro da mama e cancro do cólon. No entanto, em todo o mundo, “um em cada quatro adultos não cumpre estas recomendações. Nos países mais desenvolvidos, o nível de inatividade física chega aos 70%, o que é muito preocupante”, sublinha a médica.  

A AICSO, através do programa ONCOMOVE tem procurado manter os doentes oncológicos ativos apesar da pandemia e garante que o balanço é muito positivo. “Temos os ganhos em saúde e os sociais que são, essencialmente, o convívio e partilha de experiências entre participantes que estão unidos pelo diagnóstico e pelo gosto que ganharam à prática de exercício físico, o qual percecionam como seguro e aprovado pela equipa médica e outros profissionais de saúde que os acompanham”, refere a Dra. Ana Joaquim. 

Aulas virtuais têm cada vez mais adesão 

O primeiro confinamento interrompeu grande parte da atividade dos programas do ONCOMOVE. A equipa foi-se adaptando à nova realidade com contactos por telefone e sessões virtuais. A especialista revela que outra das estratégias utilizadas foi a troca de mensagens regulares com conselhos relativos à atividade física, nutrição, psicologia, entre outros, disponibilizando os contactos para esclarecimento de dúvidas e algum tipo de apoio que fosse necessário.  

“Quando foi permitida a abertura dos ginásios e dos pavilhões desportivos, os participantes aderiram, em massa, ao regresso aos programas presenciais. No segundo confinamento, tinha havido mais tempo para preparação, tanto da equipa como dos participantes. Assim, as plataformas digitais estão mais adaptadas e todos aprendemos a viver desta forma. Prova disso é a adesão superior dos participantes às aulas virtuais que verificamos atualmente, comparativamente com o primeiro confinamento”, explica. 

Webinar
A Secção Regional do Centro (SRCentro) da Ordem dos Enfermeiros (OE) vai organizar o Webinar Saber+2.0: O Enfermeiro consciente...

Saber+2.0: Webinar O Enfermeiro consciente do seu potencial irá decorrer no dia 13 de Abril, das 21h às 23h, através da plataforma online Cisco Webex.

A pertinência deste webinar prende-se com a premente necessidade de cada enfermeiro tomar consciência de várias ferramentas e estratégias de desenvolvimento pessoal e profissional, que estão ao alcance de cada um. No entanto, por vezes, os enfermeiros não estão sensibilizados para tirar o maior partido das suas vivências diárias, no aqui e agora, sem julgamentos.

Para além de profissionais de enfermagem, mas sobretudo enquanto seres humanos incluídos na sociedade, como pais, mães, filhos, netos e amigos, se os enfermeiros se dispuserem a treinar o cérebro, estimulando o foco intencional, obtendo maior atenção no momento presente em relação às emoções, pensamentos ou sensações, garantir-se-ão melhores feedbacks. A comunicação, a escuta activa, a empatia e uma maior compreensão da mente humana serão desenvolvidos e melhorados.

É chegada a hora de cuidarmos dos enfermeiros para que possam cuidar (ainda) melhor dos outros!

Carla Resende, Professora Universitária de Programação Neurolinguística (PNL) no INDEG-ISCTE Executive Education e IBM; coach e especialista em Body Language e Mindfulness, irá moderar este webinar que tem como objectivos: empoderar os participantes no seu autodesenvolvimento pessoal e profissional; consciencializar cada participante do impacto positivo nas interacções pessoais, no aspecto relacional e profissional, utilizando as ferramentas e estratégias adequadas; destacar a importância da comunicação na relação família, doente e equipa disciplinar, perante processos causadores de sofrimento e promover a aceitação e alterar a visão do “EU”, do mundo e do futuro no sentido de uma vida plena.

Sónia Lobo, Enfermeira Especialista em Enfermagem em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica, na Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, e especialista em Mindfulness e Hipnose Terapêutica; e Ângela Simões Enfermeira Especialista Enfermagem Médico-cirúrgica na Pessoa em Situação Paliativa, na ULS de Castelo Branco, e Doutorada em Enfermagem, na Universidade de Lisboa, integram o painel de palestrantes desta actividade online.

Este webinar é aberto a todos os enfermeiros com interesse pela temática, sendo a inscrição gratuita, mas obrigatória no Balcão Único AQUI.

Webinar
A MSD Portugal vai realizar, no próximo dia 14 de abril, às 21h00, o Webinar “Juntos pelo HPV – Questões práticas sobre...

O HPV continua a ser o vírus de transmissão sexual mais comum, estando na origem de vários tipos de cancro: é responsável por 5% de todos os cancros a nível mundial e 10% dos cancros que afetam as mulheres. A vacinação constitui uma das principais formas de prevenção, no entanto, persistem questões práticas ligadas à sua recomendação e administração, entre as quais se existem grupos de risco, qual o limite de idade para a recomendação da vacina e o que fazer quando o esquema de vacinação foi interrompido devido à pandemia.

Com o intuito de responder a estas e outras questões e de promover uma estratégia de prevenção cada vez mais eficaz, a MSD Portugal irá dedicar esta sessão ao debate dos seguintes temas: “Recomendações SPG – Consenso Nacional sobre vacinas contra HPV”, “Esquemas de vacinação em atraso – Como proceder?” e “Qual o papel do profissional de saúde na aceitabilidade da vacinação para o HPV?”.

O webinar contará com a participação especial de Daniel Pereira da Silva, Ginecologista no Hospital CUF Coimbra e membro do Instituto Médico de Coimbra, e de Amália Pacheco, Coordenadora da Unidade de Patologia do Trato Genital Inferior, Colposcopia Laser, no Centro Hospitalar Universitário do Algarve. No final, haverá espaço para os participantes colocarem questões práticas ao painel de especialistas. A sessão ficará disponível para assistir em diferido nas 48 horas seguintes ao fim do evento.

Os profissionais de saúde interessados podem garantir a inscrição até 14 de abril através do site profissionaisdesaude.pt

 

Melhores trabalhos desenvolvidos por estudantes universitários na área da saúde
Miguel Guimarães e Ana Paula Martins vão avaliar propostas de soluções de crises em saúde desenvolvidas por estudantes...

Já são conhecidos os nomes que integram o júri do Angelini University Award! 2020/2021, uma iniciativa da Angelini Pharma que distingue os melhores trabalhos desenvolvidos por estudantes universitários na área da saúde, na procura de novas soluções para crises com impacto na sociedade. O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, e a bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, Ana Paula Martins, são dois dos jurados que irão avaliar os projetos a concurso nesta 12ª edição, que tem como tema “Soluções de Crises em Saúde – Identificar, gerir e cuidar”.

Além de Ana Paula Martins e Miguel Guimarães, fazem ainda parte do júri Miguel Xavier, Professor Catedrático de Psiquiatria, Sub-diretor e Presidente do Conselho Científico da Nova Medical School, e Miguel Arriaga, Chefe da Divisão de Literacia em Saúde e Bem Estar, da Direção Geral da Saúde.

“Tendo em conta a atualidade do tema do AUA! deste ano, Soluções de Crises em Saúde, estamos seguros que o contributo destes especialistas acrescentará ainda mais valor a este prémio, bem como aos projetos distinguidos”, refere Conceição Martins HR & Communication Head da Angelini Pharma Portugal.

“Estamos muito satisfeitos e agradecidos por poder contar com figuras tão representativas e com um conhecimento tão profundo do panorama da saúde em Portugal no nosso painel de jurados. A participação de dois bastonários de duas Ordens, e de representantes da Direção Geral da Saúde e da Academia no júri confere a esta iniciativa uma enorme relevância”, sublinha Eduardo Ribeiro, Scientific Relations Manager da Angelini Pharma Portugal.

As inscrições nos AUA decorrem até 12 de abril. Os dois melhores projetos, com aplicabilidade prática na sociedade, receberão um prémio monetário no valor de € 10.000 e € 5.000, respetivamente. Os jurados terão como critérios de avaliação dos trabalhos a inovação, a criatividade, a metodologia utilizada, a pertinência, a viabilidade da sua implementação, assim como a apresentação formal.

Os AUA realizam-se em Portugal há mais de uma década e têm como objetivo premiar o talento nacional ao reconhecer os melhores trabalhos apresentados por jovens a frequentar o ensino superior na área da saúde. Com esta participação, os estudantes têm oportunidade aplicar os conhecimentos académicos na procura de soluções relativas a um tema de relevância empresarial e social.

Em paralelo estão também abertas as inscrições para a 4.ª edição do Prémio Jornalismo, que visa distinguir um trabalho publicado ou emitido por um meio de comunicação social em Portugal, entre 1 de janeiro e 30 de setembro de 2021, relacionadas com o mote desta edição dos AUA!

Investigação
De acordo com uma investigação britânica, as pessoas diagnosticadas com Covid-19 há mais de seis meses eram estão mais...

Os cientistas do Reino Unido analisaram os registos médicos eletrónicos de mais de meio milhão de pacientes nos EUA e as suas hipóteses de desenvolver uma das 14 condições psicológicas ou neurológicas comuns, incluindo: hemorragia cerebral, AVC, Parkinson, Síndrome de Guillain-Barré, demência, psicose, distúrbios de humor e perturbações de ansiedade

Os distúrbios de ansiedade e humor foram o diagnóstico mais comum entre aqueles com Covid.

Um terço dos doentes obeservados desenvolveram-se ou tiveram uma recaída de uma condição psicológica ou neurológico. No entanto, a investigação conseguiu demonstrar que aqueles que são internados apresentam um risco ainda maior.

Para os investigadores, isto pode ficar a dever-se ao impacto do stresse ou ao impacto direto do vírus no cérebro.

Causa e efeito

O estudo foi observacional, por isso os investigadores não puderam dizer se a Covid tinha causado algum dos diagnósticos.

No entanto, ao comparar um grupo de pessoas que tinha tido Covid-19 com dois grupos – um com gripe e um com outras infeções respiratórias - os investigadores da Universidade de Oxford concluíram que Covid estava associada a mais doenças cerebrais subsequentes do que outras doenças respiratórias.

Os participantes foram acompanhados pela idade, sexo, etnia e condições de saúde, para torná-los o mais comparáveis possível.

Os doentes tinham 16% mais probabilidade de desenvolver uma desordem psicológica ou neurológica depois da Covid do que depois de outras infeções respiratórias, e 44% mais probabilidades do que as pessoas que se recuperam da gripe.

Além disso, quanto mais grave fosse a infeção provocada pelo novo coronavírus, mais provável seria receber um diagnóstico subsequente de saúde mental ou desordem cerebral.

Os transtornos de humor, ansiedade ou distúrbios psicóticos afetaram 24% de todos os pacientes, mas este aumentou para 25% nos internados, 28% em pessoas que estavam nos cuidados intensivos e 36% em pessoas que experimentaram delírio enquanto estavam doentes.

Os acidentes vasculares cerebrais afetaram 2% de todos os pacientes Covid, subindo para 7% dos internados na UCI e 9% dos que tinham delírio.

E a demência foi diagnosticada em 0,7% de todos os pacientes ovid, mas 5% dos que experimentaram o delírio como sintoma.

Sara Imarisio, chefe de pesquisa da Alzheimer's Research UK, afirmou: "Estudos anteriores salientaram que as pessoas com demência estão em maior risco de desenvolver ovid-19 grave. Este novo estudo investiga se esta relação também pode manter-se na outra direção.”

Segundo o professor de neurologia Masud Husain, da Universidade de Oxford, há evidências de que o vírus entra no cérebro e causa danos diretos

Pode ter outros efeitos indiretos, por exemplo, afetando a coagulação sanguínea que pode levar a derrames. E a inflamação geral que acontece no corpo à medida que responde à infeção pode afetar o cérebro.

A propósito do Dia Mundial da Saúde a 7 de abril
Nenhum de nós, tinha alguma vez sentido na pele os efeitos devastadores de uma pandemia.

A saúde é um bem precioso, reconhecido por qualquer um. Sem ela, ficamos frágeis e, num ápice, deixamos de dar valor às coisas materiais, fazemos promessas mentais de bom comportamento, e ajoelhamos perante quem nos possa ajudar a sair daquele aperto. No auge da pandemia, havia milhares de doentes infetados nos Hospitais, outros em casa a rezarem para não piorarem, e muitos milhões, ainda saudáveis, com o pânico de poderem sucumbir no dia seguinte. Na primeira vaga, o País ficou petrificado e incrédulo. Quase todos tememos pela nossa saúde, talvez irremediavelmente perdida, se já tínhamos alguma doença prévia, ou sujeitos á roleta russa do destino que a covid nos trouxesse.

Não me surpreende que as palmas de agradecimento aos profissionais de saúde se tenham calado, muito antes da acalmia dos números da pandemia. Aliás, nalguns casos, assistiu-se a um crescente sentimento de revolta, contra os especialistas que recomendavam alguma contensão na velocidade do desconfinamento, enquanto o SNS não retomasse a sua capacidade de tratar os doentes covid e os não covid. Embora triste, pelo contraste tão evidente de atitudes, é compreensível o silêncio das varandas. A manutenção dos gestos de gratidão, durante um grande período de tempo, acaba por cansar. Ainda mais, quando os problemas económicos se vêm juntar, e são postas em causa necessidades básicas, há muito consideradas resolvidas!  Mas, o reconhecimento e o respeito pelo trabalho abnegado dos profissionais de saúde deveria manter-se.

O respeito que temos por alguém, por um princípio ou por uma Instituição, é um sentimento nobre, civilizado e democrático! Nestes tempos conturbados, espero que tenhamos aprendido a ter respeito pela nossa saúde. Nunca foi tão evidente, que a defesa da nossa saúde individual, contribui para a saúde coletiva. Procurar não ficar doente, numa altura em que os Hospitais estão em colapso, é inteligente para o próprio, e a melhor forma de respeitar os outros, em que também se incluem os médicos e os enfermeiros e a restante equipa de saúde.

No dia 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, lembremos a importância de preservarmos a nossa saúde, respeitando-nos a nós próprios e aos outros, fazendo disso uma norma de vida!

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Uma equipa de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) está a desenvolver um estudo que...

Os tumores da hipófise, também chamados adenomas hipofisários, porque na sua maioria são benignos, afetam 15% da população e são dos tumores primários cerebrais mais frequentes.

O estudo, realizado em colaboração com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP) e Oxford Centre for Diabetes, Endocrinology and Metabolism (OCDEM), do Reino Unido, centra-se nos pequenos adenomas hipofisários denominados corticotrofos.

«Estes tumores, apesar de, na larga maioria dos casos, serem benignos, associam-se a elevada morbilidade e, se não forem tratados apropriadamente, apresentam mortalidade acrescida», explica Luís Cardoso, investigador principal do estudo designado “Molecular Characterisation of Corticotroph Adenomas in a Portuguese Cohort”.

Atualmente, além da cirurgia, não existem terapêuticas com eficácia curativa. Assim, esclarece o investigador da FMUC, «é fundamental estudar os mecanismos moleculares subjacentes à origem e desenvolvimento desta doença, que permitam, por um lado, identificar fatores prognósticos, que otimizem as terapêuticas existentes e, por outro lado, permitam identificar novas alternativas terapêuticas. Para tal, iremos estudar o perfil mutacional (por exemplo, genes USP8, USP48) de uma coorte portuguesa de adenomas corticotrofos, os fatores moleculares que permitam individualizar a abordagem ao doente, bem como o efeito da modulação epigenética em linhas celulares destes tumores».

Ao estudar a patogénese dos adenomas corticotrofos e suas implicações clínicas e terapêuticas, a equipa pretende essencialmente contribuir para «melhorar o conhecimento global da sua patogénese, nomeadamente o papel das mutações recorrentes no gene USP8 e da modulação epigenética, bem como identificar fatores que permitam prever o comportamento biológico do tumor e de resposta terapêutica», afirma Luís Cardoso, acentuando que a informação obtida no âmbito da investigação poderá permitir «melhorar a abordagem clínica dos doentes com adenomas corticotrofos. Além disso, a informação molecular poderá ter utilidade no prognóstico, terapêutica e seguimento».

Este estudo foi recentemente distinguido com uma bolsa da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo e HRA Pharma Iberia, no valor de 10 mil euros.

 

Estudo
O Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ) está a colaborar num projeto de investigação que pretende desvendar a...

Neste projeto, intitulado M2Child, estão envolvidos investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (I3S). Segundo Micaela Guardiano, médica do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), esta iniciativa “pretende contribuir para esclarecer o envolvimento do microbioma intestinal na PHDA"

Para tal, os investigadores vão explorar a associação entre esta perturbação e a desregulação intestinal, que pode ser influenciada por diferentes fatores, nomeadamente pela alimentação, infeções prévias e fatores hereditários.

De acordo com nota do Centro Hospitalar, “o recrutamento decorrerá nas consultas de Pediatria do CHUSJ e dos Cuidados de Saúde Primários, mas também estará aberto à comunidade”. As crianças selecionadas para o estudo vão ser submetidas a uma avaliação neuropsicológica, nutricional e clínica.

 

Através de colheita de sangue
A partir da próxima semana estará disponível, em Portugal, um novo teste para deteção de célula T, isto é, da chamada imunidade...

As células T são conhecidas por serem importantes na proteção contra muitas infeções virais através de processos conhecidos como imunidade celular. Definir cabalmente o papel das células T no Covid-19 é neste momento, um foco central de investigação. 

No entanto o seu doseamento é já consensualmente aceite como muito relevante na avaliação de presença de imunidade protetora para COVID. É nesse sentido que ter essa possibilidade de avaliar a imunidade celular para SARS-CoV-2, será tão relevante como a avaliação da imunidade humoral ou doseamento de anticorpos.

Parte da população desenvolve a imunidade através da criação de anticorpos IgG. No entanto a imunidade pode também ser identificada ao nível celular mesmo na ausência destes anticorpos.

Este teste permite o doseamento de INF-γ através do método ELISA apoiando o clínico posteriormente no diagnóstico e na tomada de decisão informada em conjunto com a deteção do anticorpo.

O tema da imunidade celular está agora a ser alvo de inúmeros estudos, tendo já milhares de publicações científicas a nível mundial, em face do decaimento da imunidade humoral (doseamento de anticorpos)


Figura 1 - As células T são geradas brevemente após a infeção, vacinação ou após nova exposição ao SARS-COV-2. A resposta das células T é detetável no início da fase aguda da infeção e pode ser estimulada e detetada mesmo quando os anticorpos têm níveis baixos ou indetetáveis.

Para o CEO da Unilabs Portugal, Luís Menezes, “é fundamental que a comunidade médica possua todos os instrumentos de diagnóstico que possamos oferecer para tomar as melhores decisões em cada momento, para cada paciente. Este teste é mais uma arma para ajudarmos a comunidade médica a conhecer melhor a doença, e vamos continuar a tentar trazer testes inovadores para apoiar no combate à Pandemia”.

O Diretor Médico da Unilabs Portugal, António Maia Gonçalves acrescenta que “perceber se a população desenvolve imunidade protetora e duradoura contra a SARS-CoV-2, após infeção ou vacinação, é o grande desafio clínico com que nos deparamos atualmente. Inicialmente foi sobretudo valorizada a presença de anticorpos neutralizantes do vírus. Esses anticorpos diminuem substancialmente ao longo de menos de seis meses, levantando questões sobre quanto tempo a imunidade protetora pode durar após a infeção. Este teste células T permitirá avaliar de forma mais concreta a imunidade de cada individuo, e a par do que ocorre noutros países, perceber a prevalência destas células T na população portuguesa”.

Os testes podem ser realizados em qualquer unidade de colheita Unilabs através da recolha de uma única amostra de sangue, não estando sujeitos a marcação prévia. Os resultados estarão disponíveis entre 24 a 60 horas após a realização do teste.

Impulsionado por novo recuperador de stents ajustáveis
Estima-se que o mercado da trombectomia valha cerca de 265 milhões de dólares em 2020 nos EUA e espera-se que este valor cresça...

O relatório da GlobalData, "Dispositivos neurovasculares de trombectomia (Dispositivos de Neurologia)", revela que este crescimento será impulsionado por um aumento dos procedimentos de trombectomia e pelo dispositivo de recuperação de stent ajustável recentemente aprovado.

A Food and Drug Administration (FDA) aprovou recentemente o TIGERTRIEVER da Rapid Medical, o primeiro recuperador de stent ajustável aprovado nos EUA, na sequência de resultados promissores de um ensaio multicentro. A principal vantagem do TIGERTRIEVER sobre os atuais recuperadores de stents é que o diâmetro do cesto, onde um coágulo é capturado e extraído, pode ser ajustado através de uma lâmina na pega do dispositivo. Isto permite aos médicos um maior controlo sobre o procedimento, aumentando a compatibilidade do paciente e potencialmente reduzindo o risco de fragmentação do coágulo.

Dominic Tong, Analista de Dispositivos Médicos da GlobalData, comenta: "A trombectomia mecânica tornou-se cada vez mais popular nos últimos anos em comparação com a gestão de pacientes com AVC usando gestão médica, uma vez que estudos clínicos iniciais sugerem que pode levar a melhores resultados clínicos. Os recuperadores de stents visam prender um coágulo dentro do cesto, permitindo que os coágulos sejam removidos do vaso sanguíneo, enquanto os cateteres de aspiração dependem da sucção para remover os coágulos.

"Quaisquer inovações que aumentem ainda mais a eficácia e a segurança da trombectomia mecânica são bem-vindas. Com melhorias contínuas, a trombectomia mecânica pode eventualmente ultrapassar a gestão médica como o tratamento preferido para alguns casos.

"Além disso, embora o mercado da trombectomia tenha sido relativamente resiliente através da pandemia Covid-19, ainda sofreu uma quebra nas receitas que se deveu potencialmente ao aumento da carga hospitalar, dificultando a realização de operações dentro de oito horas após o início do sintoma. À medida que as vacinas são lançadas e os hospitais regressam ao negócio como de costume, a Rapid Medical tem a oportunidade de capitalizar o mercado de recuperação e captar mais quota de mercado durante este período de recuperação."

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